quinta-feira, janeiro 11, 2007

Philippine president to push for ASEAN community building

08:53, January 11, 2007
Source: Xinhua

Philippine President Gloria Macapagal-Arroyo is set to make a push for community building of the Association of Southeast Asian Nations (ASEAN) at the 12th summit of the regional group, her aid said on Wednesday.


As chairperson of the ASEAN summit this time, Arroyo will arrive here on Friday to begin her "very busy" work until Jan. 15, a presidential aid told reporters.

According to her schedule, Arroyo will attend the Brunei- Indonesia-Malaysia-Philippines-East Asia Growth Area Summit shortly after her arrival, discussing means to enhance investments, human resources development, use of natural resources and security environment in the area.

On the same day, Arroyo will welcome the heads of state of the 10 ASEAN member countries and six dialogue partners to be followed by informal meetings among the visiting leaders.

She is expected to meet with Timor-Leste Prime Minister Jose Ramos Horta on Friday night on accession of the former Portugese colony to ASEAN.

Timor-Leste is scheduled to sign the ASEAN Treaty of Amity and Cooperation on the sidelines of the ASEAN summit.
"The Philippines hosts the ASEAN summit at a time that the whole region is taking stock of the present and planning ahead for the future," the President said in a statement.

in the field of energy development, and poverty reduction are all concrete goals of the "continuing integration" for ASEAN, Arroyo said.

"One Caring, One Sharing Community," is the summit theme chosen by Arroyo, stemmed from the notion of three pillars of ASEAN -- Security Community, Economic Community and Socio-Cultural Community.

Leaders of 10 ASEAN countries -- Brunei, Cambodia, Indonesia, Laos, Malaysia, Myanmar, the Philippines, Singapore, Thailand and Vietnam are to converge in the Philippine city of Cebu this week for the annual ASEAN summit.

Ramos André com Ramos-Horta

Correio da Manhã
2007-01-07 - 00:29:00

António Ramos André, que ainda recentemente deixou o cargo de adjunto para a Imprensa da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, vai ser o assessor de Imprensa do primeiro-ministro de Timor-Leste, Ramos-Horta, apurou o CM. Ramos André parte para Timor ainda este mês.

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324 deslocados regressam aos Distritos com apoio do governo - MTRS e MOP

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA REINSERÇÃO COMUNITÁRIA
MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS

GABINETE DE INFORMAÇÃO

Dili, 11 de Janeiro 2007

Comunicado de Imprensa
324 deslocados regressam aos Distritos com apoio do governo

O Governo reforcou o esforço e a implementação do plano de apoio ao movimento dos deslocados para os Distritos neste mês de Janeiro, a todos os que pediram ajuda institucional.

O Ministério do Trabalho e Reinserção Comunitária ( MTRC ) em conjunto com o Ministério das Obras Públicas ( MOP ), as Forças Armadas de Timor Leste, (F-FDTL) e a Organizaçãão Internacional para as Migrações uniram esforcos para mais uma acção de abandono dos campos de deslocados da capital Díli, para os Distritos.

No dia 10 de Janeiro de 2007, 48 famílias que viviam nos campos: Jardim, Igreja Motael, Escola Primária Farol, Aeroporto e Hospital Nascional Guido Valadares regressaram durante o dia aos Distritos de origem: Lospalos, Baucau, Viqueque, Ermera e Suai.

Os deslocados que manifestaram a vontade de sair dos campos receberam o apoio humanitário prometido pelo Governo: arroz, feijão verde, óleo, tendas e material de construção, betão, madeira, cimento e zinco.

Em conferência de imprensa realizada no Ministério do Trabalho, no dia 09 de Janeiro de 2007, o Sr. Arsénio Paixão Bano, Ministro da tutela, garantiu :“Quero informar que a partir de agora o Governo só dará ajuda humanitaria aos deslocados que sairem dos campos e partirem para um dos 13 distritos de Timor-Leste. O Governo garante também apoio a todos os que ficaram feridos durante a crise de Abril e Maio.”

Os deslocados que saíram dos campos no dia 10 de Janeiro manifestaram satisfação.
No Hospital Guido Valadares vivia Martinha Gama, que aproveitou a ajuda do Governo para regressar a Baucau:”Estou muito contente com a ajuda do Governo. Estava muito triste, perdi tudo. Esta ajuda do Governo voltou a animar-me!”, afirmou antes de partir.

Desde o dia 29 de Agosto de 2006 o Ministério do Trabalho e Reinserção Comunitária já apoiou 318 famílias num total de 2131 pessoas, no entanto o Governo tem conhecimento que muitos outros deslocados que terão abandonado os campos sem qualquer apoio do institucional.
O Governo mostra, desta forma a vontade e prioridade máxima em resolver a crise que afectou Timor-Leste.
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Motociclista dos Rebeldes ligado ao roubo de lançador de míssil

(Tradução da Margarida)

The Australian
Natalie O'Brien
Janeiro 09, 2007

A polícia que está a investigar uma alegada conspiração terrorista usando lançadores de mísseis Australianos roubados tem esperança de prender mais suspeitos, incluindo um membro do mais conhecido bando de motociclistas da Austrália, fora-de-lei rebelde.

O motociclista dos Rebelde do Sudoeste de Sydney é uma das várias pessoas suspeitas de terem participado num roubo de armas cuja pista conduz ao alegado traficante de armas de Sydney Taha Abdulrahman e a clientes seus – um dos quais é um suspeito de terrorismo.

Acredita-se que a polícia se aproxima de mais detenções em conexão com a venda ilegal de armas anti-tanques, que a polícia alega houve a intenção de serem usadas para atacar alvos que incluíam a sede da American Express em Sydney.

O Sr Abdulrahman, de 28 anos, foi preso e acusado na Sexta-feira de 17 ofensas, incluindo a posse não autorizada de armas proibidas e o fornecimento não autorizado de armas proibidas. As acusações referem-se a cinco lançadores de mísseis anti-tanque portáveis entre sete alegadamente roubados às forças armadas. A polícia recuperou um dos lançadores depois de fazer um acordo com a figura do sub-mundo de Sydney Adnan Darwiche, que está a cumprir uma dupla sentença perpétua por assassínio.

Foi revelado que a família Darwiche, que foi apanhada em tiroteios no oeste de Sydney originados por contendas com a família rival Razzak, teve acesso a alguns dos lançadores de mísseis.

Cinco dos lançadores de mísseis roubados acredita-se que foram vendidos a um homem de Sydney que está agora a enfrentar acusações de terrorismo.

Fontes da comunidade disseram ao The Australian que um membro de uma família do crime do Médio Oriente gabou-se em privado de possuir pelo menos um lançador de mísseis.

A polícia disse na semana passada que o Sr Abdulrahman não tinha conexões imediatas com a Força de Defesa Australiana e que foi dito que nenhum membro da ADF estava sob investigação nesta altura. Mas o foco da investigação da polícia está agora em como as armas se mudaram para os Rebeldes, o Sr Abdulrahman e depois para as mãos duma potencial célula terrorista.

Ontem, a AFP declinou comentar.

Mas o Comissário Assistente para o Contra-Terrorismo da Polícia de NSW, Nick Kaldas disse que a prisão na semana passada do Sr Abdulrahman foi uma "fase da operação".

"De modo algum é o fim da investigação. Um número de significativas linhas de inquérito estão a ser activamente perseguidas e esse esforço poderá ser sustentado até o assunto se resolver," disse o Sr Kaldas.

O Sr Abdulrahman é acusado de conhecer vários dos 23 suspeitos de terrorimo detidos em Sydney e em Melbourne no final de 2005 durante a maior limpeza de contra–terrorismo, conhecida como Operação Pendennis.

Mas agora como ele pode ser alegadamente ligado ao gang de motociclistas Rebeldes está a ser ainda investigado.

Nos anos recentes houve um aumento de números de Australianos do Médio Oriente que se juntaram a gangs de motociclistas, mas peritos dizem que têm estado principalmente a encher as fileiras de clubes rivais, tais como os Nómados.

O antigo agente federal agora académico Michael Kennedy disse que as conexões entre os Rebeldes e a comunidade do Médio Oriente no Sudoeste de Sydney eram provavelmente mais empresariais.

O Dr Kennedy disse que os membros dos Rebeldes conheceriam "alguém " que conheceriam outros que podiam movimentar as armas no mercado negro.

Na semana passada, a polícia disse que poderiam alegar que um dos lançadores de mísseis portáveis de 66mm estava destinado a ser disparado contra um alvo em Sydney.

O único reactor nuclear da Austrália e a sede Australiana da American Express em Sydney foram mencionados entre os prováveis alvos para os alegados clientes terroristas do Sr Adbulrahman.

Os serviços de informações do país e as agências de espionagem estão a fazer uma auditoria em toda a nação das armas e munições das forças de defesa.

Detidos três suspeitos homicídio mulheres acusadas de feitiçaria



Díli, 10 Jan (Lusa) - A Polícia das Nações Unidas (UNPOL) em Timor-Leste deteve três suspeitos da morte de três mulheres em Maubara, 40 quilómetros a o este de Díli, acusadas de feitiçaria pelos vizinhos, disse hoje à Lusa a porta-voz daquela força.

A comissária Mónica Rodrigues referiu também que "a equipa de recolha de vestígios do Departamento Nacional de Investigação deslocou-se ao local e recolheu os corpos das vítimas para a casa mortuária do Hospital Nacional Guido Vala dares em Díli".

"As investigações ainda estão a decorrer", acrescentou.

As autoridades policiais timorenses locais disseram que as três mulheres da mesma família, de 70, 50 e 25 anos, foram mortas e queimadas sábado passado por populares que as acusaram de serem bruxas.

Mónica Rodrigues disse ainda que a situação de segurança na capital continua estável, apesar de se terem registado terça-feira "algumas situações de ar remesso de pedras entre grupos de artes marciais nos bairros de Ailok Laran e Vila Verde".

Não há referência a vítimas nem a detenções.

Uma crise político-militar eclodiu em Timor-Leste em Abril de 2006, provocando a desintegração da Polícia Nacional e divisões no seio das forças armada s.

A intervenção de efectivos militares e policiais enviados pela Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, a pedido das autoridades timorenses, repôs progressivamente a ordem pública.

A partir de Agosto, com a aprovação da resolução 1704 pelo Conselho de Segurança da ONU, iniciou-se o desdobramento de um contingente policial das Nações Unidas, em que foi integrada a força da GNR.

Dos 1.608 efectivos previstos para a UNPOL, cerca de 1.250 já se encontram em Timor-Leste, enquanto os efectivos militares da Austrália e Nova Zelândia, que se mantêm no país ao abrigo de acordos bilaterais, totalizam cerca de 900.

Timor-Leste prevê realizar em meados deste ano eleições presidenciais e legislativas, não tendo ainda sido anunciada as datas dos dois escrutínios.

A crise levou o primeiro-ministro Mari Alkatiri a demitir-se do cargo e m Junho, sendo substituído pelo então chefe da diplomacia, José Ramos-Horta.

EL-Lusa/Fim

AFP/ABC - Wednesday, January 10, 2007. 10:32pm (AEDT)

Three suspects arrested for killing of Timorese "witches"

East Timor police have arrested three people on suspicion of the murder and burning of three women accused of being witches, officials say.

The three women, aged 70, 50 and about 25, were killed and their house torched on Saturday evening in Liquica, about 40 kilometres west of the capital Dili.

"Regarding the Liquica incident where three women were killed ... police have arrested three suspects," United Nations (UN) police spokeswoman Monica Rodrigues told AFP.

Police say the victims had been accused of being witches and were attacked by unknown people.
"The forensics team from the national investigation department attended the scene and the victims' bodies were removed to Dili Hospital mortuary for autopsies," Ms Rodrigues said, adding the investigation was continuing.

There were spates of arson attacks during unrest in 2006 but this is believed to be the first such case involving witchcraft accusations in the overwhelmingly Roman Catholic country.

Unrest in April and May last year led to the deaths of at least 37 people and forced about 15 per cent of East Timor's population to flee their homes.

Stability has largely returned to the fledgling nation following the arrival of foreign peacekeepers at Dili's request and the installation of a new government in July headed by Prime Minister Dr Jose Ramos Horta, a Nobel Peace Prize winner.
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Fundação Champalimaud cria centro investigação oftalmológica

Diário Digital/Lusa - 10-01-2007 19:49:00

A Fundação Champalimaud assina quinta-feira com o L.V. Prasad Eye Institute um acordo que vai criar o quarto maior centro de investigação oftalmológica do mundo, um investimento superior a 1,8 milhões de euros.

Leonor Beleza, presidente da fundação criada pelo testamento de António Champalimaud, está na Índia a acompanhar a visita presidencial de Cavaco Silva, que assistirá à assinatura do acordo, ao lado do primeiro-ministro indiano, Manhmohan Singh.
O Centro Champalimaud-Tranlational Centre in Eye Research (C- TRACE) vai aliar a investigação ao tratamento de doentes dos olhos (um problema grave na Índia), aproveitando a experiência do Prasad Eye Institute, uma instituição de referência.
Em declarações aos jornalistas, Leonor Beleza afirmou que o projecto envolve um investimento de um milhão de euros por parte da fundação.
Os restantes 800 mil euros são investidos pelo instituto indiano.
O centro, que ficará situado em Hydeberad, Estado de Utar Pradesh, integra-se, segundo Beleza, no modelo definido pela fundação, ou seja, que a «investigação se possa traduzir, num prazo curto, em melhoria na situação das pessoas».
«Este é um centro delineado para fazer investigação de ponta, nomeadamente com a utilização de células estaminais adultas no tratamento de doenças dos olhos», descreveu a presidente da fundação.
O acordo prevê ainda que investigadores portugueses sejam contratados para trabalhar na Índia, o que deverá acontecer já este ano.

Leonor Beleza admitiu que um dos locais de actuação do futuro centro venha a ser Timor-Leste, onde há carência de médicos e cuidados de saúde ao nível oftalmológico, além de outros países em que é falado o português.
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GNR está preparada para garantir formação da polícia timorense - Mourato Nunes

Díli, 10 Jan (Lusa) - A GNR está preparada para garantir a formação da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), disse hoje em Díli o comandante-geral, general Mourato Nunes.

Mourato Nunes, que terminou hoje uma visita de trabalho de três dias a Timor-Leste, acrescentou que o governo timorense pretende estabelecer, a nível bilateral, um acordo com Portugal para a formação da PNTL.


"Há responsabilidades que pertencem às Nações Unidas e há intenções do governo de Timor-Leste, no âmbito bilateral, no sentido da GNR contribuir com algum as acções de formação", disse.

"O que podemos dizer sobre isso é que tomada a decisão política, a GNR está preparada para dar essa formação", frisou.

O primeiro-ministro timorense José Ramos-Horta disse à Lusa, a 27 de Dezembro, por ocasião de uma visita ao quartel-general da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), que a GNR iria garantir a formação dos efectivos daquele corpo de elite da PNTL.

O processo de selecção dos agentes que vão constituir a nova UIR, reformada após a desintegração de que foi alvo durante a crise político-militar iniciada em Abril de 2006, vai arrancar muito rapidamente, para o que será acelerada a triagem dos efectivos, acrescentou Ramos-Horta.

A formação será feita no quartel da UIR, no bairro de Fatuhada, o mesmo local em que em 2000 a GNR instalou o seu quartel-general.

A PNTL está a passar por um processo de triagem, desenvolvido conjuntamente pela Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) e pelo Ministério do Interior, que visa garantir que cada agente da polícia timorense não tem contra si qualquer processo crime por participação nos actos de violência espoletados em Abril.

Actualmente, cerca de 200 agentes da PNTL que já passaram por esse processo de selecção integram patrulhas mistas com polícias da ONU (UNPOL).

Nas declarações que fez hoje em conferência de imprensa, o general Mourato Nunes falou ainda a eventual vinda de uma segunda companhia da GNR, na sequência do pedido nesse sentido feito pelas autoridades timorenses.

"Houve uma solicitação (do governo timorense) à ONU, com conhecimento ao governo português. Neste momento aguardamos a decisão, por um lado, das Nações Unidas, que formalmente ou não, se o entenderem formalmente, farão a solicitação a o governo português e o governo português tomará a decisão política relativamente ao envio de uma nova companhia da GNR", salientou.

"Mas a decisão transcende-nos. Está ao nível da ONU e ao nível do poder político em Portugal. Mas a GNR não se pode por totalmente de fora e há um aspecto para o qual temos de estar preparados: ter uma companhia para a eventualidade d e ser essa a decisão a ser tomada", acrescentou Mourato Nunes.

Nesse caso, adiantou o general Mourato Nunes, a GNR "responderá como é habitual e enviará a unidade que considerar mais adequada, depois de estabelecidos os contactos com os órgãos da ONU presentes em Timor-Leste".

Durante a terceira visita a Timor-Leste no espaço de quatro meses, o general Mourato Nunes manteve reuniões de trabalho com o primeiro-ministro José Ramos-Horta, com o ministro do Interior, Alcino Baris, e com a Missão Integrada da ON U em Timor-Leste (UNMIT).

Sobre a actual situação de segurança em Timor-Leste, Mourato Nunes manifestou-se satisfeito com o trabalho dos militares da GNR actualmente estacionados e m Díli, que considerou reflectir-se nas melhorias que se registam.

"Seguramente que a intervenção da GNR tem contribuído para o aumento da segurança", destacou.

"Do ponto de vista estatístico, diminuiu de forma substantiva a agitação social em Díli. E tem vindo a diminuir de forma progressiva", vincou o general.

"Há menos casos, embora haja alguns com maior violência, nomeadamente a intervenção com armas de fogo, e por vezes de armas como granadas e mesmo de alguns engenhos explosivos tradicionais. Mas estamos convencidos que (a GNR) tem contribuído de forma significativa para um aumento da segurança", frisou.

A GNR mantém presentemente 143 militares, do segundo contingente do Subagrupamento Bravo, estacionados em Timor-Leste, no âmbito do acordo bilateral que levou à vinda, em Junho, dos primeiros efectivos.

Os primeiros efectivos integraram-se em Agosto na UNMIT, constituindo uma das três Unidades de Polícia Formada.

As outras duas são formadas por efectivos do Bangladesh e da Malásia.
EL-Lusa/Fim
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Principal testemunha acusação omite Alkatiri e cita apenas Lobato

Díli, 10 Jan (Lusa) - A principal testemunha no processo da alegada distribuição de armas a civis em Timor-Leste entrou hoje em contradição em relação à fase de instrução, ao omitir o nome do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri como estando envolvido no caso.

Na terceira sessão do julgamento do ex-ministro do Interior Rogério Lobato, a decorrer em Díli, Vicente da Conceição "Railós" não foi, designadamente, capaz de manter as declarações proferidas em sede de instrução, quando acusou Mari Alkatiri de ser o mentor da alegada distribuição de armas a civis.

Ao longo das cerca de 500 páginas que constituem o processo, em que Rogério Lobato é o principal arguido, avultam as referências ao alegado envolvimento de Mari Alkatiri.

Vicente da Conceição, antigo combatente da resistência contra a ocupação indonésia de Timor-Leste, refere-se a Alkatiri em dois documentos apensos ao processo, a que a Lusa teve acesso.
O primeiro é uma carta com data de 28 de Maio de 2006, que escreveu ao Presidente da República, Xanana Gusmão, e o segundo são as declarações que fez perante dois procuradores, a 19 de Junho do mesmo ano, quando iniciou o processo de colaboração com o Ministério Público timorense, tendo em vista a denúncia dos responsáveis pela distribuição de armas.
Nesses dois documentos, Vicente da Conceição identifica Alkatiri como o mandante da distribuição de armas a civis, com o propósito de eliminar adversários políticos.

Mas hoje, em tribunal, Vicente da Conceição citou unicamente Rogério Lobato, não tendo querido colaborar com o tribunal para ser mais preciso e para justificar por que razão acusou antes Mari Alkatiri e agora o faz relativamente a Rogério Lobato.

Mari Alkatiri, que se demitiu do cargo de primeiro-ministro em Junho, foi constituído arguido num processo separado do de Rogério de Lobato também relacionado com a distribuição de armas a civis.

Em Dezembro, fonte judicial em Díli disse à Lusa que o processo contra Alkatiri foi arquivado, mas a decisão ainda não foi anunciada oficialmente.

Num relatório sobre a violência ocorrida em Timor-Leste em Abril e Maio de 2006, divulgado em Outubro, uma comissão de investigação da ONU recomendou investigações adicionais a Mari Alkatiri para apurar se o ex-primeiro-ministro devia ser acusado criminalmente pela distribuição de armas.

Noutra parte do seu depoimento, já na fase das questões colocadas por Paulo Remédios, advogado de defesa do ex-ministro do Interior, Vicente da Conceição escusou-se repetidamente a explicar por que razão nos dias 23 e 24 de Maio de 2006, quando se confrontava com militares leais ao Governo, na zona de Tibar, a oeste de Díli, trocou mensagens com um número de telefone.

Vicente da Conceição identificou em tribunal o número, que está atribuído à Presidência da República, mas alegou desconhecer o seu proprietário.

O julgamento prossegue quinta-feira, com a audição da segunda testemunha arrolada pelo Ministério Público.

Trata-se de António Cruz, comandante ao tempo da Unidade de Patrulhamento de Fronteira, corpo especializado da Polícia Nacional de Timor-Leste.

António Cruz é citado por Vicente da Conceição como tendo sido o autor material da entrega de armas e demais material militar para equipar o grupo de civis que criou, alegadamente sob indicação de Rogério Lobato.

À semelhança da sessão de terça-feira, efectivos da Polícia das Nações Unidas (UNPOL) montaram um sistema de segurança do Tribunal de Recurso, onde decorre o julgamento, não se tendo, todavia, verificado a concentração de apoiantes de Rogério Lobato, ocorrida na véspera.

EL-Lusa/Fim

Timor-Leste: Principal testemunha de acusação omite Alkatiri

Diário Digital / Lusa

10-01-2007 14:02:00

A principal testemunha no processo da alegada distribuição de armas a civis em Timor-Leste entrou hoje em contradição em relação à fase de instrução, ao omitir o nome do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri como estando envolvido no caso.

Na terceira sessão do julgamento do ex-ministro do Interior Rogério Lobato, a decorrer em Díli, Vicente da Conceição «Railós» não foi, designadamente, capaz de manter as declarações proferidas em sede de instrução, quando acusou Mari Alkatiri de ser o mentor da alegada distribuição de armas a civis.

Ao longo das cerca de 500 páginas que constituem o processo, em que Rogério Lobato é o principal arguido, avultam as referências ao alegado envolvimento de Mari Alkatiri.

Vicente da Conceição, antigo combatente da resistência contra a ocupação indonésia de Timor-Leste, refere-se a Alkatiri em dois documentos apensos ao processo, a que a Lusa teve acesso.

O primeiro é uma carta com data de 28 de Maio de 2006, que escreveu ao Presidente da República, Xanana Gusmão, e o segundo são as declarações que fez perante dois procuradores, a 19 de Junho do mesmo ano, quando iniciou o processo de colaboração com o Ministério Público timorense, tendo em vista a denúncia dos responsáveis pela distribuição de armas.

Nesses dois documentos, Vicente da Conceição identifica Alkatiri como o mandante da distribuição de armas a civis, com o propósito de eliminar adversários políticos.

Mas hoje, em tribunal, Vicente da Conceição citou unicamente Rogério Lobato, não tendo querido colaborar com o tribunal para ser mais preciso e para justificar por que razão acusou antes Mari Alkatiri e agora o faz relativamente a Rogério Lobato.

Mari Alkatiri, que se demitiu do cargo de primeiro-ministro em Junho, foi constituído arguido num processo separado do de Rogério de Lobato também relacionado com a distribuição de armas a civis.

Em Dezembro, fonte judicial em Díli disse à Lusa que o processo contra Alkatiri foi arquivado, mas a decisão ainda não foi anunciada oficialmente.

Num relatório sobre a violência ocorrida em Timor-Leste em Abril e Maio de 2006, divulgado em Outubro, uma comissão de investigação da ONU recomendou investigações adicionais a Mari Alkatiri para apurar se o ex-primeiro-ministro devia ser acusado criminalmente pela distribuição de armas.

Noutra parte do seu depoimento, já na fase das questões colocadas por Paulo Remédios, advogado de defesa do ex-ministro do Interior, Vicente da Conceição escusou-se repetidamente a explicar por que razão nos dias 23 e 24 de Maio de 2006, quando se confrontava com militares leais ao Governo, na zona de Tibar, a oeste de Díli, trocou mensagens com um número de telefone.

Vicente da Conceição identificou em tribunal o número, que está atribuído à Presidência da República, mas alegou desconhecer o seu proprietário.

O julgamento prossegue quinta-feira, com a audição da segunda testemunha arrolada pelo Ministério Público.

Trata-se de António Cruz, comandante ao tempo da Unidade de Patrulhamento de Fronteira, corpo especializado da Polícia Nacional de Timor-Leste.

António Cruz é citado por Vicente da Conceição como tendo sido o autor material da entrega de armas e demais material militar para equipar o grupo de civis que criou, alegadamente sob indicação de Rogério Lobato.

À semelhança da sessão de terça-feira, efectivos da Polícia das Nações Unidas (UNPOL) montaram um sistema de segurança do Tribunal de Recurso, onde decorre o julgamento, não se tendo, todavia, verificado a concentração de apoiantes de Rogério Lobato, ocorrida na véspera.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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