quinta-feira, abril 05, 2007

LU- OLO NÃO SERÁ OPOSIÇÃO AO GOVERNO

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN


Comunicado de Imprensa
5 de Abril de 2007

O candidato a Presidente da RDTL, Francisco Guterres "Lu Olo" disse que como Presidente da República não se tornará oposição ao Governo, pois conhece as competências do Presidente segundo a Constituição da RDTL.

Lu Olo, candidato da FRETILIN à Presidente da RDTL, explicou ontem sobre o seu compromisso eleitoral, no Campo de Motocross, em Delta Manleuana, às dezenas de milhares de pessoas que participaram no seu comicio.

A Comissão de Gestão das Eleições da FRETILIN estava a espera de cerca de 12 mill participantes, mas o número de apoiantes que tomaram parte por iniciativa própria foi muito maior, vindos de diversas partes de Dili, assim como Liquiça, Ermera e Bacau (menos de 3000 dos três últimos distritos mencionados). No total, mais de 30 mil pessoas participaram na campanha realizada em Dili, demontrando o seu apoio a Lu-Olo para tornar-se Presidente da REpública. Representantes de cada distrito de Timor-Leste demonstraram o seu apoio a candidatura de Lu Olo durante o comício.

Lu Olo disse que não se deve dividir Timor-Leste em lorosae (leste) e loromonu (oeste). "Todos nós ouvimos que Loromonu é de Manatuto para trás. Lorosae é para frente. Eu fico triste assim como os camaradas que estão neste momento a viver em tendas. Timor é só um. A nossa fronteira é com a Indonésia; Não devemos dividir o nosso país, o nosso povo. Vamos apagar essa fronteira de Manatuto para que o povo seja só um, com apenas um país, só um".

Em relação a crise, Lu-Olo disse que a crise foi criada to topo para baixo, não foi o povo quem a criou, não foi a FRETILIN quem a criou. Lu-Olo acrescentou que alguns sentem saudades do tempo do CNRT "onde apenas uma pessoa comandava, e nós todos seguiamos".

Sobre as suas funções como Presidente da República, Lu-Olo prometeu que não será Presidente somente da FRETILIN, mas sim será Presidente de todo o povo e irá exercer as suas funções de acordo com as competências estipuladas na Constituição da RDTL.

Lu-Olo criticou os outros candidatos que fazem promessas eleitorais relacionadas com as competências do parlamento e do governo, mas não do Presidente.

Lu-Olo disse ainda que um candidato prometeu que ao tornar-se Presidente da República, ele irá levar 100 tractores para Maliana. Lu-Olo esclareceu que a agricultura e competência do Governo, e não do Presidente da República. Isto sæo demonstra que alguns ainda não conhecem a constituição. Por isso, os outros candidatos misturam as competências do Presidente com as dos outros órgãos de soberania. Lu-Olo disse tamb´m: "Se esse tornarem-se Presidente da República, no futuro continuaremos a ter conflitos porque eles não sabem usas as suas competências como Presidente.

A presença de milhares de apoiantes no comício de Lu-Olo, em Dili e nos outros distritos, só demonstra que o povo tem confiança na liderança da FRETILIN, que as raízes da FRETILIN estão fixas em todo Timor-Leste, e que a FRETILIN tem a capacidade de mobilizar e organizar o povo maubere para que continue a enfrentrar os vários desafios que apareçam.

Antes do início da campanha, alguns sonhamvam que haverá um segunda volta porque Lu-Olo não consegueria obter 51% dos votos. Em relação a este assunto, o Secretário Geral da FRETILIN disse já várias vezes os sonhos não se realizam. Lu-Olo irá vencer com 70% dos votos no dia 9 de Abril de 2007. Não haverá segunda volta, se as eleições forem justas e transparentes.

Para mais informações, contacte:

José Manuel Fernandes (representante oficial de Lu-Olo para as eleições):

(+670) 734 2174 (Dili)

Harold Moucho (Assistente Político de Lu Olo) (670) 723 0048

Arsenio Bano: (+670) 733 9416 (Dili)

Filomeno Aleixo: (+670) 724 3460 (Dili)

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Equipe de Comunicacao Social para Campanha 2007
DEPIM, FRETILIN

Fotografias dos comícios de ontem em Díli - Francisco Guterres "Lu-Olo"























(Díli, Maliuana)

Fotografias dos comícios de ontem em Díli - Fernando Lasama



(Díli, Campo da Democracia)

Fotografias dos comícios de ontem em Díli - Ramos-Horta



































(Díli, Estádio Nacional)

Fotografias dos comícios de ontem em Díli - Xavier do Amaral



(Díli - Lecider)

Fotografias dos comícios de ontem em Díli - João Carrascalão




(Díli - Ginásio Nacional)

Security Council press statement on Timor-Leste

United Nations Security Council - 04 Apr 2007

SC/8994
The following statement to the press was delivered today by the President of the Security Council, Emyr Jones Parry (United Kingdom):

The members of the Security Council expressed their full support for the holding of the presidential elections in Timor-Leste on 9 April. They stressed the importance of these elections as a significant milestone in the democratic process in the country.

The members of the Security Council called upon all parties in Timor-Leste to adhere to the principles of non-violence and to democratic and legal processes to ensure that the upcoming presidential elections have a unifying impact and contribute to bringing the people of Timor-Leste together. They appealed to all Timorese parties to ensure that free, fair and peaceful elections take place and that the electoral Code of Conduct developed by the National Commission on Elections is respected.

The members of the Security Council expressed sincere appreciation for the continuing central role played by the National Commission on Elections, the Technical Secretariat for Electoral Administration and the United Nations Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT) in preparations for the upcoming presidential elections. They expressed continued support for the work of UNMIT under the leadership of the Special Representative of the Secretary-General.

The members of the Security Council underlined the need for the international community to continue to provide support to Timor-Leste and welcomed the presence of domestic as well as international electoral observers in Timor-Leste for these elections.

Direitos humanos têm que ser prioridade - Human Rights

Londres, 04 Abr (Lusa) - Os candidatos às eleições presidenciais em Timor-Leste, na segunda-feira, devem comprometer-se publicamente na defesa dos direitos humanos e propor as necessárias reformas institucionais que garantam esses mesmos direitos, defendeu hoje a organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch.

Em comunicado divulgado em Londres, aquela ONG britânica apelou aos oito candidatos para que falem sobre a crise de segurança ainda existente no país, e que provocou pelo menos 38 mortos só na capital, desde finais de Abril de 2006.

A Human Rights Watch (HRW) quer, designadamente, que os candidatos presidenciais se comprometam a aplicar as recomendações das Nações Unidas, feitas em Outubro passado, que incluem a adopção de procedimentos criminais e sanções administrativas contra os responsáveis pela violência registada desde Abril de 2006.

"A prosperidade de Timor-Leste, no longo prazo, depende da forma transparente e credível como venham a ser accionados judicialmente os responsáveis da violência do ano passado", salientou Chairman Mohamed, investigador timorense da HRW.

"Esta devia ser uma questão central de todos os candidatos", acrescentou.
A campanha eleitoral só termina na sexta-feira, mas todos os candidatos já realizaram hoje as últimas acções de campanha eleitoral.
EL-Lusa/fim

Embaixador em Lisboa explica importância das eleições à comunidade

Lisboa, 05 Abr (Lusa) - O novo embaixador de Timor-Leste em Lisboa vai reunir-se sábado com a comunidade timorense radicada em Portugal para se apresentar pessoalmente e, ao mesmo tempo, explicar a importância das eleições presidenciais de segunda-feira no país.

Fonte da missão diplomática timorense em Lisboa disse à Agência Lusa que Manuel Soares Abrantes, que entregou em Março último as cartas credenciais ao Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, aproveitará a oportunidade para se dar a conhecer e também para conhecer melhor os problemas que afectam a comunidade em Portugal.

O encontro, segundo a fonte, decorrerá a partir da 14:00 na Residência Universitária Alfredo de Sousa, ligada à Universidade Nova de Lisboa, em Campolide.

Timor-Leste escolhe segunda-feira o sucessor de Xanana Gusmão, numas eleições presidenciais a que se apresentam oito candidatos e em que a comunidade timorense residente no estrangeiro está impedida de votar.
JSD-Lusa/Fim

Corte de estrada em Manatuto provoca incidentes, 1 ferido


Timor Leste, Abr (Lusa) - Um grupo de habitantes de Manatuto que hoje cortou o acesso à vila apedrejou uma pessoa que ficou ferida na cabeça e obrigou à intervenção dos soldados das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) e da GNR.

O corte da estrada que se registou às 10:00 (02:00 em Lisboa) foi um acto de retaliação pelo facto de apoiantes do candidato José Ramos-Horta originários de Manatuto terem sido atacados na quarta-feira à noite, em Metinaro, a cerca de 30 quilómetros de Díli, na altura em que se viajavam em direcção à capital timorense.

Na quarta-feira, as agressões em Metinaro contra o grupo de Manatuto provocaram 26 feridos, cinco em estado grave, e sete mikroletes (mini-autocarros) foram queimadas, disse à agência Lusa um elemento da Polícia Nacional de Timor Leste (PNTL).

Ainda na quarta-feira à noite as vítimas das agressões, por parte de indivíduos que ainda não foram identificados, foram escoltados no regresso a Manatuto, tendo os feridos recebido tratamento no hospital local.

Hoje, cerca das 10:00 um grupo de habitantes de Manatuto decidiu cortar a estrada de acesso à vila e impedir a circulação na única via que liga Díli a Baucau, a segunda cidade do país.

Os indivíduos que cortaram a estrada fizeram pelo menos um ferido - um professor do Colégio de S. José, em Díli, que seguia numa mota em direcção à capital de Timor e que foi apedrejado na cabeça.

O professor disse à agência Lusa, no Hospital de Manatuto onde ainda se encontra, que tentou explicar aos indivíduos que cortaram a estrada que como professor não tem ligações políticas mas, mesmo assim, foi atingido com uma pedra na cabeça lançada por um jovem que cortava a estrada.

A vítima disse ainda à agência Lusa que viajava na companhia de um outro professor, jesuíta, "que desapareceu" assim como desconhece onde se encontra a moto que lhe pertence.

Da parte da manhã os elementos da UNpol estiveram no local e consideraram que estava tudo controlado mas os problemas ressurgiram por volta das 13:00 (05:00 em Lisboa).

O incidente em Manatuto obrigou ao reforço dos militares da ISF, com 60 soldados da Nova Zelândia e da Austrália apoiados por dois helicópteros e mais tarde foram enviados para o local 20 soldados da GNR, que controlaram a situação.
PRM-Lusa/Fim

Editorial - The Gusmao factor

Jakarta Post – April 05, 2007

Timor Leste is gearing up for its second bout of presidential and parliamentary elections, to be held next week. The democratic events come on the heels of widespread poverty, mounting unemployment rates and chronic political divisions, all problems the new leaders will have to address.

The young nation is in pressing need of leaders who are not only able to propel economic engines through affirmative policies, but are also a symbol of peace and unity.

Over the past five years, under the leadership of outgoing President Xanana Gusmao, Timor Leste has achieved little in terms of economic gains. This is understandable, however, given the fact that the newly-born state has been consolidating itself following its heroic independence movement that culminated in the 1999 breakaway from Indonesia.

The mid-2006 outbreak of violence and civil unrest exacerbated the nation's situation. The events stagnated both private and public-sector economic activity in the country. Its negative real non-oil GDP growth last year is further proof of the country's struggling economy.

Timor Leste, under a new government, will still face the same old, great challenges. These include the building of infrastructure, the strengthening of the country's infant civil administration and the generation of jobs for young people.

Of the eight presidential candidates contesting the April 9 election, Jose Ramos-Horta is undoubtedly the red-hot favorite to succeed Gusmao, who has expressed interest in being prime minister.

Ramos-Horta has all the credentials required to lead Timor Leste. The joint-Nobel laureate has undergone a five-year stint as prime minister, which is a more than sufficient period of time to qualify him to take over the presidency.
Under Timor Leste's constitution, the president's post is largely ceremonial, although he or she officially leads the armed forces and has the right to veto legislation. The prime minister, however, is elected by parliament and wields real power.

Gusmao's intention to contest the prime ministerial post could have been triggered by popular demand for change in the fate of the new country, which has been dubbed one of the least developed nations in the world. His charismatic leadership will be put to the test when he has to deal with the execution of policy.

More importantly, Gusmao's presence in the next administration will at least warrant close relations between Timor Leste and its closest neighbor Indonesia.
A former guerrilla leader who spent years imprisoned in Indonesia, Gusmao has displayed his outstanding peaceful spirit. He has put 24 years of bloody Indonesian rule behind him for the sake of amiable co-existence with the country's former ruler, a decision that is unacceptable to most Timor Leste people.

It was Gusmao's wisdom that played an influential role in the establishment of the Commission of Truth and Friendship (CTF), which is currently questioning a number of Indonesian Army generals in connection with the 1999 turmoil in Timor Leste.

Because it will not seek punishment, but rather the truth behind one of the most painful periods in Timorese history, the CTF appears to be the result of a political compromise to bury the past.

Gusmao is undoubtedly the most valuable asset for Timor Leste because of his solidarity and unity-making capabilities. This is also the case for Indonesia, due mainly to his persistent efforts to maintain good ties between the two countries.
Even if Gusmao loses the election, he still deserves a respectable position in the new government of Timor Leste.

Timor Leste entra em período de reflexão

O Primeiro de Janeiro – 05 de Abril de 2007

Os boletins de voto para as eleições presidenciais de nove de Abril em Timor Leste começaram a ser distribuídos, num dia tenso e movimentado em Díli, onde se cruzam oito candidatos à sucessão de Xanana Gusmão.

Incidentes ocorridos ontem em Díli, último dia da campanha presidencial, provocaram 19 feridos, um deles em estado grave, vítimas de apedrejamentos entre apoiantes de partidos adversários. “Até ao momento entraram no hospital 19 feridos, a maior parte são jovens e um deles que foi atingido com uma pedra na cabeça tem ferimentos muito graves”, disse a responsável pela urgência do Hospital Nacional Guido Valadares, em Díli. Os feridos são jovens que se envolveram em apedrejamentos numa altura em que caravanas de cinco candidatos percorriam as ruas da capital.

Os episódios mais graves ocorreram junto ao edifício da embaixada da Austrália, numa das principais artérias da capital timorense, na altura em que passava a caravana de Francisco Guterres «Lu Olo», candidato apoiado pela Fretilin. De acordo com o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, a actualização do recenseamento registou um total de 522,933 eleitores “com a possibilidade de exercerem o direito de voto”.

Apesar de terminar oficialmente apenas na sexta-feira, as festividades da Páscoa, num país tão católico como Timor, «impedem» a prossecução da campanha. Estas eleições são as primeiras após a independência em 20 de Maio de 2002.

Fim de campanha violenta em Timor

Correio da Manhã - Quinta-feira, 5 de Abril de 2007

Carlos Menezes com agências

O último dia da campanha eleitoral em Timor-Leste, que vai às urnas no próximo dia 9, ficou marcado por violentos confrontos entre apoiantes de partidos diversos.

Apedrejamentos entre simpatizantes de oito candidatos adversários causaram 19 feridos, um dos quais grave. Os incidentes mais violentos ocorreram junto à embaixada da Austrália, com pessoas a lançar pedras contra a caravana de Francisco Guterres ‘Lu Olo’, candidato da Fretilin. As Forças Internacionais foram obrigadas a intervir para repor a ordem. Por seu turno, os apoiantes de José Ramos-Horta foram feitos reféns num campo de deslocados em Metinaro, a trinta quilómetros de Díli, mas foram libertados pela polícia da ONU. Refira-se que o presidente Xanana Gusmão participou num comício de Ramos-Horta.
O subagrupamento Bravo da GNR empenhou dois pelotões operacionais e uma equipa multidisciplinar de investigação criminal, tendo sido responsável pela segurança de diversos pontos-chave da cidade de Díli, capital do país, onde passavam os cortejos de campanha, mantendo ainda patrulhas móveis em reacção aos confrontos que frequentemente foram surgindo sempre que os diferentes apoiantes se cruzavam.

Durante as intervenções, as patrulhas da GNR solicitaram apoio médico para sete cidadãos feridos em apedrejamentos entre os apoiantes dos candidatos, tendo efectuado ainda duas detenções por participação em rixa.

Foi neste ambiente de grande tensão que o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral iniciou a distribuição de boletins de voto para as eleições presidenciais, as primeiras após a independência do país, a 20 de Maio de 2002. Foram entregues materiais para 504 assembleias de voto. A actualização do recenseamento registou um total de 522 933 eleitores.

O acto vai ser fiscalizado por 180 observadores internacionais de 20 países, aos quais se vão juntar outros 1900 indicados por organizações timorenses.

SOLTAS

FUNDOS DO PETRÓLEO

O presidente timorense, Xanana Gusmão, apelou ontem à libertação dos fundos do petróleo do Mar de Timor, no valor de 770 milhões de euros, alegando que a população do seu país continua a viver na miséria.

COMISSÃO DA VERDADE

O general Wiranto, antigo comandante militar indonésio, afirmou que quer ser ouvido na Comissão da Verdade e Amizade para “explicar” a violência que se registou em Timor-Leste associada ao referendo da independência, em 1999.

Weapons seized in East Timor violence

Radio Australia - 05/04/2007, 15:35

Security forces in East Timor have confiscated dozens of weapons in a bid to quell political violence, ahead of next Monday's presidential election.

Anne Barker reports from Dili, political tensions have sparked a spate of clashes across Dili as East Timorese prepare to vote for a new president.
More than 30 people were injured in various incidents between mobs of youths returning home from political rallies on Wednesday.

Security forces have confiscated a range of weapons, including knives and homemade darts and one pistol.

They have described the violence as only low-level exuberance between rival supporters and say they are not worried about security before or during Monday's poll.

There are nearly 3,000 international police and soldiers in Dili and many outer districts.

Electoral commission targeted

East Timor's National Electoral Commission has been targeted by violence.
The Commission, which has responsibility for running the election, says four men burst into its offices yesterday afternoon, threatening staff with sticks.
It says it is fearful for security both during and after Monday's vote.

UN appeal for peaceful elections

The UN Security Council has appealed to all parties in East Timor to ensure that "free, fair and peaceful elections" take place next week.
In a statement read by Britain's UN ambassador Emyr Jones Parry, the council chair this month, the 15-member body expressed "full support" for the polls scheduled for next Monday.

Council members described the polls as "a significant milestone in the democratic process in the country" and urged all parties "to adhere to the principle of non-violence and to democratic and legal processes to ensure that the upcoming presidential elections have a unifying impact and contribute to bring the people of Timor together."

The council appealed to all Timorese parties "to ensure that free, fair and peaceful elections take place."

Independent International Election Monitors Gather in Dili

Solidarity Observer Mission for East Timor (SOMET) - April 4, 2007

An international delegation of election observers, has gathered this week in Dili to monitor Timor-Leste’s April 9 Presidential election. The Solidarity Observer Mission for East Timor (SOMET), a coalition of grassroots groups working to support new nation’s fragile democracy, will maintain a continuous presence until the results of this month’s presidential contest and upcoming parliamentary election are implemented.

“SOMET supports a free, fair and peaceful democratic process. We plan to stay in East Timor until the last vote is counted and the results are implemented,” said Jill Sternberg, SOMET Coordinator. “If we see shortcomings in the process we will advocate with the appropriate official bodies to correct them,” she added.

Working cooperatively with nonpartisan East Timorese organizations, SOMET will observe and report on all aspects, positive and negative, of Timor-Leste’s 2007 elections.

“We will act in an independent manner, not taking the side of any party or candidate,” said Catharina Maria, SOMET Dili Coordinator. “All SOMET observers are bound by a code of conduct that stresses our non-partisanship and neutrality.”

International solidarity groups organized the non-partisan observer mission at the urging of civil society organizations in Timor-Leste. Many of the observers have long history with Timor-Leste, election observation or both. Several participated in the International Federation for East Timor’s Observer Project, the largest the largest international observer delegation for the 1999 independence referendum.

“Solidarity is not just for elections. Our observers will return to their homes with a deeper understanding of Timor-Leste and a commitment to strengthening ongoing ties with the new nation,” added Sternberg.
SOMET is a grassroots project of the U.S.-based East Timor and Indonesia Action Network (ETAN), Stichting Vrij Oost Timor (VOT) of the Netherlands, Asia Pacific Solidarity Coalition (APSOC), Global Partnership for the Prevention of Armed Conflict (GPPAC), and World Forum for Democratization in Asia (WFDA).

If no candidate in Monday’s presidential contest gains more than 50% of the vote, a run off will take place on May 9. Timor-Leste’s current president has said he will not announce the date of the parliamentary election until a new president has been selected. The parliamentary election can not take place until 80 days after it is announced.

More information can be found online at see http://etan.org/etan/obproject/default.htm

Lata...

Reuters - Thu 5 Apr 2007 6:56:38 BST

Interview - Gusmao blames Fretilin for Timor campaign violence

By Lenita Sulthani

Dili - East Timor President Xanana Gusmao on Thursday blamed the rival Fretilin party for violent clashes in the run-up to Monday's presidential vote and warned of "a spiral of violence" if Fretilin's candidate lost.

At least 30 people were injured Wednesday when rival party supporters threw rocks at each other during the last day of official campaigning for Monday's presidential election.

"Now the world can see that there's a party that instead of calling their supporters to calm down, they allow their supporters to provoke, to throw stones, to fight in the streets," Gusmao said in an interview with Reuters Television.

East Timor was wracked by violence ahead of its independence in 2002 and 30 people were killed in a rebellion last year.

Gusmao said East Timorese were still traumatised by last year's violence and he warned of more to come if Fretilin presidential candidate Francisco Guterres lost.

"I believe if their candidate loses, it will be a spiral of violence," he said.
"I believe if they feel they will win by violence, it will be their destruction because all Timorese don't like violence."

A Fretilin campaign official, Carmen da Cruz, told Reuters her party did not endorse violence.

"From the beginning, Fretilin leaders have called for tolerance and patience... but maybe because there were too many people what happened was beyond the control of the party leaders," she said. Former Prime Minister Mari Alkatiri's Fretilin Party led East Timor's struggle against Indonesian rule and is the dominant party in parliament.

Guterres is a frontrunner among eight candidates contesting Monday's election but faces a high-profile candidate in Jose Ramos-Horta, who was awarded a Nobel Peace Prize during the struggle for independence from Indonesia.

Gusmao, a charismatic independence hero and ally of Ramos-Horta, is not running for re-election but has said he would run for prime minister in parliamentary elections due this year.

Pro-Indonesian militia went on a rampage before and after East Timor voted to break away from 24 years of Jakarta rule in a 1999 referendum, destroying much of the territory's infrastructure and killing about 1,000 people, according to the United Nations.

East Timor descended into chaos against last year after the government sacked 600 rebellious soldiers. The violence drove about 100,000 from their homes and prompted further intervention by foreign troops.

Mal Rerden, the commander of the International Stabilisation Forces in East Timor, said he had a comprehensive security plan to prevent violence during the elections.

Últimos "cartuxos" eleitorais

Rádio Renascença – 04-04-2007 20:16

Na contagem decrescente para as Presidenciais de segunda-feira em Timor-Leste, o dia de hoje ficou marcada por comícios de encerramento e por vários incidentes.

Os dois comícios, de Francisco Guterres Lu-Olo e Ramos Horta, contaram com a presença de milhares de pessoas.

Francisco Guterres referiu que recebeu muito apoio da população durante a campanha eleitoral o que o leva a acreditar que vai vencer as presidenciais.
Ramos Horta contou no seu comício com o “apoio de peso” do ainda Presidente Xanana Gusmão, que se fez acompanhar pela esposa.

O Prémio Nobel da Paz dá como certa a candidatura de Xanana Gusmão às próximas eleições legislativas, em representação do novo partido CNRT.

“Se eu for eleito Presidente saberei trabalhar com o Primeiro-ministro Xanana Gusmão, com o novo Parlamento, ou com qualquer Governo e Parlamento que sair das eleições de Junho”, garante Ramos Horta.

O dia de hoje foi marcado por vários incidentes em Timor-Leste, o último dos quais foi resolvido já durante a noite.

Uma caravana de automóveis que esteve durante algum tempo parada na estrada, depois de ter sido apedrejada por desconhecidos, acabou por ser escoltada pela policia das Nações Unidas para a cidade de Manatuto.

Ramos Horta confident heading into E Timor elections

ABC News Online
Thursday, April 5, 2007. 4:04pm (AEST)

East Timor's Prime Minister, Jose Ramos Horta, says he is confident he will become the country's new president.

Dr Ramos Horta is one of eight candidates running for the presidency at national elections on Monday.

He is hoping to swap jobs with the President, Xanana Gusmao, who is looking to head a new party in government as Prime Minister after parliamentary elections in June.

Dr Ramos Horta says he believes most Timorese are sick of the ruling Fretilin Party after last year's security crisis.

"They're wary of the Fretilin leadership," he said.

"They know deep down that it was the Alkatiri leadership, his style of leadership, his confrontational nature, that created a lot of division."

Dr Ramos Horta says last year's security crisis in his country has left people desperate for an end to Fretilin rule.

"Because of the crisis, people were thirsty for leadership change and if it were not for the crisis, if the country was at peace, relatively prosperous, I would not have run for office," he said.

Violence

Security forces have confiscated dozens of weapons to try to quell political violence ahead of the election.

More than 30 people were injured in various incidents yesterday between mobs of youths returning home from political rallies.

A range of weapons, including knives and homemade darts and one pistol, were confiscated.

Security forces fired warning shots and used tear gas to restore calm.

They have described the violence as only low-level exuberance between rival supporters and say they are not worried about security before or during Monday's poll.

The country's National Electoral Commission, which has responsibility for running the election, says four men burst into its offices yesterday afternoon and threatened staff with sticks.

The commission says it is fearful for security both during and after Monday's vote.

But the United Nations says it is confident any isolated incidents of violence will be brought under control quickly and will not marr the election process.

More than 500,000 East Timorese are eligible to vote.

The last political rallies wind up today ahead of the election.

There are nearly 3,000 international police and soldiers in Dili and many outer districts.

Tension builds in Dili

ABC – Transcript The World Today Programme – Thursday, 5 April , 2007 12:14

Reporter: Anne Barker

ELEANOR HALL: Let's go now to Dili where the tension on the streets is building as citizens prepare to vote in Monday's Presidential election.
UN police have already fired warning shots and two police officers have been injured trying to deal with the violent clashes between Fretilin party members and their rivals.

The popular President, Shanana Gusmao, is not standing for re-election. And the contest between eight Presidential contenders is highlighting the deep generational divide between young East Timorese and the old resistance fighters from the Fretilin party.

Anne Barker is in Dili and she joins us now.
So Anne, what is the security situation there at the moment, how many police are on the streets?

ANNE BARKER: Well Eleanor, it's very visible everywhere, there are Australian troops on the one hand; there are UN police, which have been building in numbers in recent months.

There's even been a boost to New Zealand troops, so we have about more than 1,000 Australian soldiers who are very much around Dili and in some of the districts outside.

There are about 1,600 United Nations police, 150 New Zealanders, and also the local Timorese police force has been slowly gathering strength in recent months so that the force that was largely inactive after last year's crisis, a lot of those police have been training up their skills and have been slowly reintroduced onto the streets.

ELEANOR HALL: And what are the Australian troops saying about the role they're trying to play there to keep order?

ANNE BARKER: Well look, they are very much coordinating with the United Nations police, they are very much a joint task force and they'll be operating both in Dili and in a lot of the major towns in the days ahead.

We have had some tensions on the streets here, sporadic violence particularly yesterday, where there was some election rallies, and the Australian police at one large incident were the first that I saw on the ground.

They arrived in droves, as there was a rock fight that happened on the road to the airport, and it was quite violent at one stage, so the role is very much to keep law and order in the days ahead and also to provide some security when the election takes place on Monday for a new President.

ELEANOR HALL: And Anne, are security forces saying that they're worried about violence after the vote, or is the election itself likely to defuse the situation?

ANNE BARKER: Look, I've just been to a press conference with the Australian Defence Brigadier Mal Rerden, and he says that he is not particularly worried about the violence, that so far it has been sporadic and isolated, and even the large rock fight that we saw yesterday he described as low level exuberance, that it is very much just rivalry between political supporters for the various parties, and it was quickly brought under control, I was there myself and I saw it and I would attest to that.

So I don't think they are particularly worried that there will be any serious violence any more than we have seen in the last few days, even on Election Day. But depending on the results, who knows whether that might change.

ELEANOR HALL: Now this election won't select the parliament of East Timor, it is only to fill the largely ceremonial role of President. Why is it generating so much tension?

ANNE BARKER: Well look, it comes back to party politics I guess you could say, that Fretlin has been the dominant party here not just since independence five or six years ago but also going right back to the 1970's.

And it has a massive majority in the parliament at the moment, and yet we saw the disillusionment with Mari Alkatiri, the Fretilin Prime Minister last year, who was ousted in June.

So there is still a lot of tension between the very large numbers of Fretilin supporters right through the country, and there are seven other candidates including Jose Ramos Horta, the interim Prime Minister who is running as an independent, there other parties as well, the Social Democrats, the Democratic Party and various other candidates.

So because we have such a large number of candidates, and one of them is Fretilin, that has been seen by many to have helped generate a lot of the crisis and a lot of the divisions in the community here, it is understandable that there is going to be a lot of tension on the streets.

ELEANOR HALL: And you mentioned that the Prime Minister Ramos Horta is standing for President, if he were to win, what would that mean for his current position as PM?

ANNE BARKER: Well look, he has maintained that he is only the interim Prime Minster at the moment, and at the moment he is standing for President, he is also running on a fairly loose sort of joint ticket with Shanana Gusmao, the incumbent President who is stepping down and in fact wants to become the Prime Minster.

So they are effectively supporting each other to swap jobs.

If Jose Ramos Horta was to become the Prime Minister then obviously he wouldn't be the Prime Minister. If he doesn't win next week or when the election results come through then I guess the question will be will he run as a Prime Minster, as an independent Prime Minister, when those elections are held not until late June.

And look, the results or the outcome on Monday will be crucial here because if there is a clear victor then we will know the result on Monday night, but there is every chance that this will go to a second election, a run-off election, perhaps in May, and people are telling me that that would favour Jose Ramos Horta.

Because it's a bit like the preferential vote in Australia, those people who voted for the minor candidates will then have to vote again, and because they haven't voted for the Fretilin candidate, it will be very much a two-man race between Jose Ramos Horta and the Fretilin candidate, and that could then favour Jose Ramos Horta at the run-off election if there is one.

ELEANOR HALL: Anne Barker in Dili, thank you. And that vote in East Timor to take place on Monday.

NOTA DE RODAPÉ:
Esta entrevista é hilariante.

1. Não existe "polícia australiana" em Timor-Leste. Existe UNPOL, por tal, os polícias de nacionalidade australiana estão integrados em patrulhas de várias nacionalidades.

2. Ramos-Horta não se poderá candidatar como "Primeiro-Minsitro independente" porque as eleições legislativas são para eleger os deputados ao Parlamento Nacional, e o Presidente da República convidará o partido com mais assentos parlamentares a indicar o nome do Primeiro-Ministro.

Mais do mesmo...

Dili erupts in violence ahead of election

ABC – Transcript AM Programme – Thursday, 5 April , 2007 08:12:00
Reporter: Anne Barker

TONY EASTLEY: UN Police in East Timor have had to fire warning shots to break up rowdy political rallies and truckloads of Fretilin party members have clashed with rival youths in the lead up to the vote for a new President on Monday.

In the latest violence, supporters hurled rocks and darts and smashed up property.

Anne Barker was there, and filed this report for AM.
(Sound of riots)

ANNE BARKER: As the political tensions rise in East Timor, so too has the mood on the street.
(Sounds of shouting)

Rivalry between political parties spilled into more mob violence, as supporters of the ruling Fretilin party travelled home in trucks from a big campaign rally.

Anti-Fretilin supporters began hurling rocks and homemade weapons as the convoy passed the Australian embassy on the main road west. Very quickly the scene turned ugly.

Five people were injured, shots were fired, and one man had a large arrow right through his thigh. Within minutes, Australian soldiers and UN Police appeared with shields and body armour.

UN POLICE OFFICER: Just keep your eyes open, just stay around here so to stop them from coming back and causing trouble.

ANNE BARKER: Several rioters were arrested while security forces used tear-gas to bring the violence under control.

UN POLICE OFFICER: No one comes out here, okay? No one. If they start coming out...(inaudible) back home.

ANNE BARKER: Despite the clashes, thousands more people attended peaceful rallies for many of the eight candidates standing in next Monday's presidential election.

(Sounds of peacefully rally)

All are campaigning to replace Xanana Gusmao, who's stepping down as President, but standing as Prime Minister at the parliamentary elections in June.

Thousands of people packed Dili's football stadium to support the current Prime Minister Jose Ramos Horta, who now wants the presidency, and hopes to defeat Fretilin's candidate Francisco Guterres. And while his rally on the other side of town was even bigger, Mr Ramos Horta believes he has the people's support.

RAMOS HORTA: If they vote for me Monday, I accept the burden of the cross. I will carry on their behalf, for them. If they choose someone else, I still win because I win my freedom. So I'm totally relaxed.

ANNE BARKER: How confidant are you of winning on Monday?

RAMOS HORTA: Well, I'm reasonably confident because thousands of people, tens of thousands, I sense they want change. They're wary of the threatening leadership, and they want someone whom they know, who is able to talk with everybody. Who engage everybody. People are hungry for change.

TONY EASTLEY: East Timor Prime Minister and hopeful president, Jose Ramos Horta. That report from Anne Barker.

Female presidential hopeful preaches peace

By Jill Jolliffe
Dili, April 4 (AAP) - A colourful cavalcade of youths careers around Dili in trucks and on motor-bikes in support of the only woman among eight candidates in East Timor's upcoming presidential election.

Lucia Lobato is an articulate 41-year-old with a proven track record as an opposition Social Democrat deputy.

Her message in this country that has seen so much unrest and violence is a simple one - let's work together to achieve peace.

"Women have been the big victims of this year-long crisis," Lobato told supporters during her last campaign rally yesterday, ahead of Monday's vote. "It's brought no peace, no love, yet women aren't violent. "Our children are very affected. We need a woman in power."

East Timor's political powerbrokers tend to dismiss Lobato as far from a serious contender.

But she has the support of many women, and backing in the country's populous western districts. Yesterday's Dili rally attracted 1,500 cheering, flag-waving supporters.

Lobato also has some influential friends.

Among those who attended the rally was first lady Kirsty Sword Gusmao, the wife of outgoing President Xanana Gusmao, who brought with her a good-luck hug and a bouquet of flowers for the women's candidate.

To win Monday's presidential race outright a candidate must win 51 per cent of the vote - an unlikely result given the number of candidates, and the strength of support for the three front runners. They are Francisco 'Lu-Olo' Guterres of the governing Fretilin party, prime minister and Nobel laureate Jose Ramos Horta, and former student leader Fernando Lasama Araujo of the Democratic Party.
Fretilin is the historic party of liberation, and won a parliamentary majority of 58 per cent in 2001 elections. But it is expected to suffer a decline due to its association with last year's violence.

Lobato claims some of her campaign rallies in the countryside attracted crowds of 6,000-7,000, and believes Ramos Horta is "out of the race" after poor attendances at his rallies in the western towns of Ermera, Maubisse, and Ainaro.

Bernabe Araujo, an Ainaro resident contacted by phone, confirmed there had been "very few" people at the prime minister's rally there.

A letter issued by fugitive soldier Major Alfredo Reinado - urging voters not to support Ramos Horta or the Fretilin candidate because they supported an Australian attack on Reinado's headquarters in March - seems to be having an effect.

"You can't ignore that he has influenced people," Lobato says. "He has lots of support. "Everywhere I go people always ask: 'What will you do about Alfredo?'"

Her associate Mario Carrascalao, president of the Social Democrats, echoes the sentiment. "The influence of Alfredo is enormous, enormous," he says.

Lobato stresses that voters can decide for themselves. "People think we're still ignorant, as in 1974-75, but we're different," she says. "Ramos Horta was a great diplomat, but he has failed as prime minister."

Lobato is one of three candidates of western origin who last month agreed to redirect supporters' votes to whoever reaches the second round.

Lasama is considered most likely to succeed, but Lobato holds a small glimmer of hope that she can achieve her dream of a woman leading a peaceful nation.

Entrevista a Fernando Lassama Araújo

Diário de Notícias – 5 de Abril de 2007

Armando Rafael

DN: Tem sido apontado como uma das surpresas desta campanha. Que balanço faz destes 15 dias, em que percorreu o país com o apoio do Partido Democrático (PD)?

FLA: A campanha correu bem, correu até muito bem... Apesar das tentações que a Fretilin mostrou já na parte final... Ainda hoje [ontem], militantes, ou pelo menos apoiantes da Fretilin, queimaram cinco motorizadas que pertenciam a pessoas da minha campanha e atiraram pedras às outras caravanas.

DN: Foi surpreendido pela recepção à sua candidatura ou já estava à espera?

FLA: Fui um bocadinho surpreendido, mas não totalmente. O PD já tem uma estrutura montada, já tem militantes em muitos sítios e essa estrutura fez um grande esforço para me apoiar. Fiz campanha em todos os distritos, andei por todos os lados e a participação nos meus comícios foi sempre muito grande. Mas também é verdade que o PD fez um grande esforço para me apoiar.

DN: Que comentário lhe merece o facto de o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições [padre Martinho Gusmão] ter dito que iria votar em si?

FLA: Ainda não vi televisão, nem consegui ler os jornais … Mas há dias, houve um ministro deste Governo e um deputado da Fretilin que viram apoiantes da Fretilin apedrejarem as nossas caravanas e não fizeram nada para os impedir... Agora, quanto ao padre Gusmão, não vi, nem ouvi nenhum comentário (risos)...

DN: Que resultados espera obter na próxima segunda-feira?

FLA: Sou um democrata! Aceitarei sempre os resultados, sejam eles quais forem. Se for Lu-Olo [Francisco Guterres] a ganhar, baterei palmas e dar-lhe-ei um abraço, Se for Ramos Horta, é a mesma coisa.

DN: Há quem diga que o senhor pode ficar à frente de Ramos-Horta nestas eleições?

FLA: Não vou comentar. Pela minha parte, a única coisa que direi é que tenho estrutura e organização.

As opiniões de Ramos Horta e Francisco Guterres

Rádio Renascença - 05-04-2007 1:46

Entre os oito candidatos à sucessão de Xanana Gusmão no Palácio das Cinzas, o favoritismo divide-se entre Francisco Guterres e José Ramos Horta. A Renascença falou com os dois.

Um é conhecido entre os timorenses como Lu Olo, presidente ao Parlamento e é apoiado pela Fretilin; o outro é o actual Primeiro-ministro, ex-ministro e conta com o apoio de Xanana Gusmão. Será o primeiro teste, no espaço de meses, à popularidade das duas principais tendências políticas no país.

Pelo voto dos timorenses vai saber-se até que ponto a Fretilin – o maior partido – foi afectado pela crise aberta quanto Mari Alkatiri era Primeiro-ministro.

Nas urnas vai também perceber-se o futuro de Xanana Gusmão, agora que está a ser criado um novo partido à sua imagem: o CNRT.

Admite-se já um confronto eleitoral entre Xanana Gusmão e Alkatiri nas próximas legislativas.

No entanto, agora é altura de presidenciais e os dois principais candidatos estão convencidos que vão vencer já na primeira volta.

Caso chegue à presidência, Ramos Horta afirma que não tem como prioridade mudar a Constituição mas acha que a Lei Fundamental timorense resume, intencionalmente, os poderes presidenciais. Do outro lado está Francisco Lu-Olo Guterres que acusa Ramos Horta de pretender apenas uma troca de cadeiras com Xanana Gusmão.

As eleições presidenciais de Timor-Leste estão marcadas para segunda-feira, dia 9.
Para ouvir as entrevistas na íntegra:
http://www.rr.pt/informacaoDetalhe.aspx?AreaId=23&SubAreaId=54&ContentId=202797

Eleições Timor: ONU considera votação um «marco histórico»

Diário Digital / Lusa
05-04-2007 6:31:00

O Conselho de Segurança da ONU considerou que a realização das eleições presidenciais da próxima segunda-feira constituem mais um «significativo marco histórico» no processo democrático em Timor-Leste, expressando também «apoio total» ao desenvolvimento do país.

Numa declaração lida na quarta-feira pelo presidente em exercício do Conselho, o embaixador britânico Emyr Jones Parry, os 15 membros apelaram a todos os candidatos para que garantam a segurança e que se abstenham de actos de violência.

«O Conselho apela a todos os candidatos a aderir à não-violência e que garantam que as eleições tenham um impacte unificador e contribuam para a união de todo o povo timorense. Todos devem garantir também que as eleições decorram de forma livre, justa e pacífica», afirmou o diplomata britânico na declaração.

Vários focos de tensão têm-se espalhado um pouco por todo o país, aumentando os receios de que o acto eleitoral possa provocar uma nova onda de violência num país que ascendeu á independência formal em 2002, após cerca de duas décadas e meia de ocupação indonésia.

«Os membros dos Conselho de Segurança sublinham a necessidade de a comunidade internacional continuar a apoiar de Timor-Leste», sublinha-se na declaração, em que a ONU saúda também o envio de observadores internacionais para supervisionar a votação.

Oito candidatos apresentam-se às eleições de segunda-feira, que permitirão escolher o sucessor de Xanana Gusmão, o primeiro e único Presidente que Timor-Leste teve desde que ascendeu à independência.

Eleições Timor: Austrália apela à calma no dia da votação

Diário Digital / Lusa
05-04-2007 6:58:00

A Austrália vai enviar uma delegação de deputados a Timor-Leste para integrar a missão de observação internacional às eleições presidenciais timorenses da próxima segunda-feira, tendo hoje apelado para que a votação seja «livre e justa».

Citado pelo diário Sydney Morning Herald, o chefe da delegação, David Tollner, deputado eleito pelos Territórios do Norte, indicou que a missão chegará a Timor-Leste no próximo sábado, dois dias antes das primeiras presidenciais desde que o país acedeu à independência, em 2002.

A delegação, cuja quantidade de parlamentares não foi revelada, integra também o senador Claire Moore, de Queensland, e vários funcionários da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Departamento dos Negócios Estrangeiros e do Comércio.

«Gostaria de apelar a todos os candidatos que apoiem a ideia de uma votação livre e justa e que participem de forma pacífica, de forma a permitir aos eleitores que votem sem medo ou intimidações», afirmou David Tollner.
«Estas eleições são mais um passo importante para o desenvolvimento da democracia e das instituições eleitorais em Timor-Leste e estou satisfeito por poder desempenhar um papel importante nesta votação, também ela importante», acrescentou.

Segundo David Tollner, a delegação que chefia efectuará deslocações no dia da votação ao distrito de Liquiçá, parando em várias das assembleias de voto, devendo regressar na terça-feira à Austrália.

«As eleições presidenciais, seguidas pelas legislativas (ainda sem data marcada), garantem uma oportunidade excelente para que os timorenses possam resolver as suas divergências, mas traz também muitos desafios que terão de ser vencidos», concluiu David Tollner.

Timor-Leste vai a votos na próxima segunda-feira para escolher, entre os oito candidatos, o sucessor de Xanana Gusmão, o primeiro e único Presidente que o país conheceu na sua curta existência, pois acedeu formalmente à independência da Indonésia em 2002.

Incidentes violentos marcam encerramento da campanha

Jornal de Notícias, 5 de Abril de 2007

Foi à pedrada que decorreu boa parte do último dia de campanha para a eleição presidencial em Timor-Leste. Dos incidentes em Díli resultaram 19 feridos, tendo havido também confrontos em Metinaro. Na batalha dos comícios de encerramento, Francisco Guterres (Lu-Olo) e a FRETILIN, juntando cerca de seis mil pessoas, levaram vantagem sobre José Ramos Horta, que apenas reuniu 1700 apoiantes numa acção em que também discursou o presidente Xanana Gusmão.

Foi junto à embaixada da Austrália que ocorreram os incidentes de maior gravidade, quando atacantes não identificados produziram uma chuva de pedras sobre a caravana de apoio a Lu-Olo, mas o clima hostil foi constante ao longo do dia, com quatro outros candidatos a terem, também, paradas de apoiantes a deambular pelas ruas da capital. A acção das forças internacionais fez com que os ânimos serenassem de imediato, embora a tensão permaneça latente. Em Metinaro, 30 quilómetros a leste de Díli, o apedrejamento teve por alvo um grupo de apoiantes de Ramos-Horta.

A Páscoa será período de dupla reflexão, religiosa e política, estando o sufrágio agendado para segunda-feira. Lu-Olo, que preside ao Parlamento e foi comandante da guerrilha, insistiu na exaltação do passado e da resistência para quase proclamar antecipadamente a vitória. Depois de pedir "um minuto de silêncio por Nicolau Lobato e Konis Santana e por todos os que tombaram em defesa da pátria", o candidato caracterizou a FRETILIN como "um'tsunami'que pode liderar o país". Se a metáfora não é das mais felizes, seja pelo real significado ou pela conjuntura, a intenção era clara e mais o ficou ainda com a intervenção do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri "Já temos a vitória garantida. O presidente Lu-Olo já é presidente da República".

Ramos-Horta, o principal adversário de Francisco Guterres na corrida eleitoral, usou uma retórica antagónica, apelando à pacificação e à reflexão "Peço ao povo de Timor-Leste que se concentre na reflexão e não nas eleições. Embora as eleições sejam vitais para o futuro do país, é mais importante a necessidade de nos unirmos e deixar o passado para trás".

No fecho da campanha, também o padre Martinho Gusmão, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, esteve em foco, ao manifestar apoio a um dos candidatos, no caso o líder do Partido Democrático, Fernando Araújo ("Lasama"). Não houve queixas, e o porta-voz não viu problema em expressar uma "opinião pessoal".

Xanana quer usar fundo do petróleo

"Temos mil milhões de dólares num banco em Nova Iorque e temos pessoas a morrer em Timor-Leste", disse o presidente Xanana Gusmão, aludindo à necessidade de libertar os fundos do petróleo do Mar de Timor, quando a miséria alastra pelo jovem país. Xanana, que deixará agora a presidência mas prepara a manutenção na política activa, candidatando-se a primeiro-ministro por um novo partido, falava aos correspondentes em Díli da Imprensa indonésia, reconhece que "o povo não vê nenhuma luz no fundo do túnel", com milhares de cidadãos a viverem com menos do que um dólar por dia. Depois da aprovação unânime pelo Parlamento da legislação destinada a gerir os ganhos do petróleo, a Autoridade Bancária de Pagamentos abriu uma conta na Reserva Federal de Nova Iorque, apenas podendo ser movimentado, devido ao carácter obrigacionista, em 2010.

Ramos-Horta rock and roll

Público, 05.04.2007

José Ramos-Horta fez o seu comício no estádio de Díli. Cerca de duas mil pessoas encheram a bancada, mas não o relvado. Houve muitos discursos, além do de Horta e do Presidente da República, Xanana Gusmão, que o apoia, não a euforia da campanha da Fretilin.

Ao lado de um cartaz com uma fotografia do candidato com o Papa, Ramos-Horta falou das suas boas relações com a Igreja Católica e dos seus pergaminhos internacionais, como Nobel da Paz e amigo dos líderes do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

No fim, a banda do palco interpretou um tema de rock and roll com letra contando a história de Ramos-Horta. O guitarrista fez um solo à Jimmy Hendrix e muitos jovens vieram para o relvado dançar. Alguns pintaram as caras mas usando apenas tinta, não a imaginação. Alguns têm o cabelo comprido, mas lavado.

É notório que, na sua maioria, os apoiantes em Díli do primeiro-ministro cessante e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros pertencem a classes mais altas. Os pobres estão com Lu Olo, o presidente do Parlamento e candidato do partido Fretilin.

À saída, os camiões das várias campanhas cruzaram-se nas ruas da cidade. As polícias timorense e internacional organizaram um sistema eficaz de segurança, mas registaram-se alguns confrontos, nas imediações da embaixada australiana, perto do Hotel Díli e na zona de Comoro, provocando um total de 19 feridos, um deles grave.

Em Metinaro, num campo de refugiados a 30 quilómetros da capital, 50 apoiantes de José Ramos-Horta terão sido capturados como reféns. À hora de fecho desta edição, a polícia não tinha mais informações sobre este incidente. Paulo Moura, em Díli 50 apoiantes de José Ramos--Horta terão sido capturados como reféns em Metinaro, a 30 quilómetros de Díli, a capital timorense.

Xanana Gusmão apoia Ramos-Horta e Alkatiri promete tsunami da Fretilin

Diário de Notícias, 5 de Abril de 2007
Por: Armando Rafael

O Presidente Xanana Gusmão marcou ontem o último dia de campanha para as eleições presidenciais que se realizam segunda-feira em Timor-Leste, surgindo ao lado de Ramos-Horta num comício em Díli.

Um apoio esperado, atendendo à cumplicidade que sempre existiu entre Xanana Gusmão e Ramos-Horta, e que já tinha ficado bem expresso no primeiro dia de campanha, quando Kristy Sword, a mulher do Presidente, assistiu a um outro comício do ainda primeiro-ministro.

Só que este apoio, manifestado no último dia útil de uma campanha que acaba por ser prejudicada pelo período de Páscoa, surgiu na mesma altura em que o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, padre Martinho Gusmão, quebrou o seu dever de imparcialidade para revelar que tenciona votar em Fernando Lassama Araújo, que lidera o Partido Democrático (PD) e que é também candidato nestas eleições.

O que foi logo interpretado como um sinal de que a Igreja Católica timorense, que é normalmente muito disciplinada, tinha deixado cair Ramos-Horta, passando a apostar no líder do PD para travar aquele que parece ser o grande favorito nestas eleições: Francisco Guterres ("Lu-Olo"), o candidato da Fretilin.

Mas como Martinho Gusmão é também visto em Timor-Leste como alguém muito próximo de Xanana, esta mensagem - se é que ela foi intencional - corre agora sérios riscos de só contribuir para baralhar os eleitores que se opõem ao predomínio que a Fretilin tem tido desde a independência.

E que bem poderá continuar depois de segunda-feira, a avaliar pelos apoios que "Lu-Olo" foi capaz de mostrar nos últimos comícios. Incluindo aquele que ontem realizou na capital e que levou o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri a afirmar que a Fretilin "é um tsunami que pode liderar" Timor-Leste, minimizando o apoio que Xanana Gusmão deu a Ramos-Horta.

Num dia e num local também escolhidos por Fernando Lassama, João Carrascalão e Francisco Xavier do Amaral para encerrarem as suas campanhas, ajudando a explicar parte dos confrontos que se verificaram em Díli e que envolveram apoiantes dos diferentes candidatos.

Acabando por obrigar os militares australianos e as forças de segurança da ONU a terem de intervir. Nomeadamente na zona em que está a instalada A embaixada de Camberra, junto à estrada que liga o centro da cidade ao aeroporto.

Confrontos e apedrejamentos de que resultaram 19 feridos, um dos quais foi hospitalizado em estado grave, e que levaram ainda a polícia da ONU a ter de "libertar" um grupo de apoiantes da candidatura de Ramos-Horta que tinha ficado "retido" noutro ponto da cidade.

Lu Olo chegou a Díli com um tsunami chamado Fretilin

Público, 05.04.2007
Por: Paulo Moura, em Díli

Campanha das presidenciais encerrou na capital. Os principais candidatos fizeram os seus maiores comícios. Antes da votação, a guerra dos números já começou

Os camiões vão entrando no recinto do motocross. Música de manutenção, sol abrasador. Duas mil pessoas. Mais camiões, em fila. Não acontece nada, parece que vai ser um comício muito aborrecido. Quem pode, abriga-se num pequeno toldo, num promontório em frente do palco. Mas não cabe mais gente e os outros torram ao sol. Alguns jovens dançam, sem convicção. Outros pintam-se. Um passatempo é pintar as caras das raparigas. É um pretexto para lhes tocar. Elas riem-se. Deixam. Azuis e vermelhos a acariciarem a pele morena.

Há obras de arte. Demónios, caveiras, máscaras de canibais do Bornéu. A bandeira da Fretilin por todo o rosto, o nariz aproveitado para a estrela. Os camiões não param de chegar. Vai ser um comício aborrecido, mas com muita gente. Umas seis mil pessoas no total, segundo a Polícia (segundo a Fretilin, 30 mil)

Há rapazes com um "U" pintado no tronco. Outros têm um "L". Ou um "O". De repente alinham-se e formam "Lu Olo". Chegam camiões. A música pára, começam os discursos. Frouxos. "Viva a Fretilin! Viva!" Camiões. Ao microfone desfilam representantes de cada distrito. Chegam, gritam "Fretiliiiiiin!", o nome da sua terra e a percentagem de votos que o candidato Lu Olo lá terá, segundo a sua previsão: "Noventa e nove por cento!" Aplausos.

Mas depois a banda toca o hino da Fretilin, que é também o do país e é acompanhado por uma nota só. Não se percebe por que é tão emocionante. As pessoas cantam, encharcadas de suor. Um grupo de rapazes pintados avança sobre os seguranças, tenta violentamente subir para o palco. Percebe-se que o espectáculo está a começar. O grande espectáculo Fretilin. Ao microfone anuncia-se a chegada dos dirigentes, Mari Alkatiri e Francisco Guterres (Lu Olo). Agitação. Gritos. Dois jipes entram no recinto, pelo meio da multidão. Os rapazes pintados saltam para o tejadilho dos veículos. Ao microfone alguém grita os nomes dos líderes como se o estivessem a matar. Alkatiri e Lu Olo não conseguem sair dos carros, com a multidão a dar murros nas portas.

Agressividade relevante do puro e simples amor, mas que obriga os seguranças a usar os músculos. No meio da confusão, os líderes lá conseguem subir para o palco. Cada um traz um boné com o nome e a função: Mari Alkatiri, secretário-geral; Francisco Guterres "Lu Olo", Presidente. O primeiro vem de ténis e camisa fora das calças, o segundo de camisa por dentro, calça às riscas e sapato de cabedal. Sentam-se.

"Morreram pela pátria"

Lu Olo é o primeiro a falar, para recordar os mártires da independência e pedir um minuto de silêncio. "Estamos aqui por causa dos que morreram pela pátria", diz ele. Depois fala Alkatiri. É um mestre de comunicação. Lança logo o seu sound bite: "A Fretilin é um tsunami." Depois diz que recusa a violência. E as divisões leste-oeste. E os conflitos com a Igreja. As pessoas ouvem-no. Entendem o que ele diz. Falam quando ele se cala, por longos e estudados momentos. Ele responde. Refere-se a Lu Olo, o candidato presidencial da Fretilin, e à polémica sobre o uso da bandeira do país, que vários candidatos reivindicam: "Só Lu Olo tem o direito de usar a bandeira, sabem porquê? Porque ele transportou-a na sua mochila durante anos, quando era guerrilheiro nas montanhas."

E desenvolveu o tema, durante duas horas: a Fretilin lutou pela independência, agora tem o direito de governar. Outros estão interessados no poder desde que foi descoberto petróleo. Mas não o terão, porque seria uma usurpação e o povo não vai deixar.

Este é o dogma da Fretilin e de Alkatiri, que para o explicar gritou, sussurrou, disse piadas, contou histórias, cantou. "A Fretilin libertou o país e agora querem acabar com ela. Mas não vão conseguir. Teremos a vitória logo na primeira volta. A Fretilin é um tsunami."

"Lorosae, Lorosae"

Entra a música e a loucura. Um gigantesco cartaz de madeira representando um boletim de voto é trazido até ao palco, para explicar que se deve marcar o candidato número 1. Outro cartaz de madeira navega por cima da multidão, deitado. Um jovem de calças de camuflado, cabelo azul em crista e cara pintada faz surf com os pés sobre os óculos de Lu Olo. Uma mangueira dos bombeiros lança água sobre a multidão. É altura de Lu Olo falar.

"Eu venho de uma família pobre e estou pronto a servir o meu povo", começa o ex-guerrilheiro, magro e frágil, com uma voz sumida, sob um guarda-chuva vermelho e branco aberto por um segurança. "Eu percebo o que o povo está a sofrer hoje, porque também sofri, nas montanhas." Levanta a voz: "Chegou a altura de o povo de Timor finalmente se libertar. De se libertar das forças estrangeiras que o querem controlar e impedir de ser independente. Só a Fretilin pode fazer isso."

Tentou algumas piadas: "Os meus adversários dizem que, se ganharem, cada timorense terá um poço de petróleo em casa. Pois eu estou muito preocupado com isso. Tenho medo que haja incêndios por todo o lado."

Lu Olo senta-se e fica pensativo, como se estivesse sozinho, escondido na montanha. A multidão cresce em euforia e violência. "Lorosae, Lororae", cantam todos.

O filho mais novo de Lu Olo, que tem dois anos e dorme profundamente no colo da mãe, agita ao som da música o pequeno punho erguido. Para ele, tudo isto é um sonho.

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN

Comunicado de Imprensa
5 de Abril de 2007

Uma bebe gravemente ferida num ataque a caravana dos apoiantes da FRETILIN

Os médicos em Dili deverão decidir ainda hoje se a bebe de 8 meses de idade, gravemente ferida durante o ataque aos apoiantes da FRETILIN, terá que ser evacuada para Darwin para tratamento.

Jessica Quintão Lima encontra-se na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Nacional Guido Valadares, em Dili, depois de ontem ter sido atingida por uma pedrada na cabeça.

A caravana da FRETILIN onde a criança viajava foi apedrejada por um grupo de pessoas vestindo camisetes brancas e azuis do candidato do Partido Democrático (PD), Fernando de Araújo "Lasama".

O porta-voz da FRETILIN, Arsénio Bano, disse que o ataque, sem motivo, onde a bebe foi atingida, teve como alvos os apoiantes da FRETILIN quando dirigiam-se ao Campo de Motocross, em Delta-Manleuana, onde o candidato do partido, Francisco Guterres "Lu-Olo" realizou o seu comício. Esse ataque ocorreu na zona de Kampu Alor, perto to Heliporto.

Após ter visitado o hospital, ontem a noite, Bano disse que os médico irão hoje decidir sobre se será necessário evacuar Jessica Quintão Lima, neta de um conhecido empresário timorense, Óscar Lima, tendo em consideração a gravidade dos ferimentos e os desenvolvimentos que ocorressem durante a noite.

Arsénio Bano acrescentou que a criança é uma das 33 pessoas, incluindo mulheres e crianças, que foram levadas ao hospital com ferimentos causados durante os diversos ataques aos apoiantes de Lu-Olo.

Assim como Jessima Lima, mais três pessoas, que participaram na campanha de Lu-Olo, continuaram hospitalizadas a noite passada, incluindo duas mulheres que receberam tratamento intensivo por ferimentos graves na cara causados por apedrejamentos.

Arsénio Bano disse também que três apoiantes da FRETILIN foram atingidos por "setas/flechas de Ambon" (rama Ambon).

Arsénio Bano, membro do Comité Central e da Comissão Política Nacional, disse que os ataques aos apoiantes da FRETILIN tiveram lugar em Fatuhada (pelo menos três incidentes), perto do Heliporto em Kampu Alor, Lecidere, Ginásio GMT, Campo da Democracia, Balide, Matadouro, Delta Comoro (pelo menos dois incidentes), Taci Tolu e Jardim Colmera (em frente ao Hotel Timor), onde alguns ataques envolveram pessoas identificadas como apoiantes de outros candidatos presidenciais.

"Os ataques em Lecidere e Delta Comoro foram iniciados por pessoas que vestiam camisetes do candidato do ASDT, Xavier do Amaral; os ataques no Ginásio GMT foram iniciados por pessoas vestindo camisetes do Candidato da União Democrática Timorense (UDT), João Carrascalão, e os ataques no Campo da Democracia, Fatuhad e Delta Comoro foram iniciados por pessoas que vestiam camisetes do candidato do PD, Fernando "Lasama"", disse Bano. A polícia das Nações Unidas informaram ter prendido apenas duas das pessoas envolvidas nos ataques às caravanas da FRETILIN.

Arsénio Bano disse ontem que os ataques contra a FRETILIN são completamente inaceitáveis e a continuação da violência contra apoiantes do partido, que iniciou no ano passado, durante a crise, tinha como objectivo derrubar o governo eleito da FRETILIN.

"Todos os candidatos presidenciais assinaram o código de conduta, concordando esforçarem-se para que não ocorressem actos de violência durante o período eleitoral. Os candidatos prometeram, especificamente, não impedir a realização de actividades de campanha pelos candidatos rivais e seus apoiantes", disse Arsénio Bano.

"A nossa campanha foi inteiramente pacífica, mas mesmo assim os nossos apoiantes foram atacados numa tentativa de provocarem reação da nossa parte e assim agravar a situação. Um pequeno número dos nossos apoiantes fortam forçados a reagir em defesa própria.

"É lamentável e desapontante que os líderes do PD, ASDT e UDT não tenham conseguido trabalhar da melhor forma para poderem controlar os seus apoiantes.

"A FRETILIN não compactua com qualquer forma de violência, e qualquer pessoa que seja suspeita de ter comitido algum crime deve ser levado aos tribunais," disse Arsénio Bano.

Bano disse ainda que a FRETILIN têm tomado medidas para evitar conflitos, incluindo a mudança de local onde ontem o comício foi realizado (inicialmente seria no Estádio Municipal, centro da cidade, mas mais tarde decidiu-se mudar para o Campo de Motocross que está localizado no extremo oeste da cidade), e também mudança de último minuto da rota por onde a caravana passaria, para evitar passar pela caravana do PD.

No entanto, 16 apoiantes da FRETILIN foram feridos numa emboscada aos seus veículos quando se encontravam de regresso às suas casas, no distrito de Ermera. Os feridos tiveram que ser imediatamente transportados para o Hospital Nacional em Dili.

Contactos:
Filomeno Aleixo (+670) 724 3460 (Dili)
Jose Manuel Fernandes (Representante Oficial para CNE de Francisco Guterres Lu-Olo) : (+670) 734 2174 (Dili)
Arsenio Bano (+670) 733 9416 (Dili)
Paulo Araujo (+61) 424 413 525 (Darwin, Australia)

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Equipe de Comunicacao Social para Campanha 2007
DEPIM, FRETILIN

UNMIT - security situation - Thursday, April 5, 2007

This is a broadcast of the UN Police in Timor-Leste to provide you with information about the security situation around the country.

Today, the situation across the country has been calm. Yesterday, a number of election-related incidents took place in and outside of Dili.

UNPol attended eight incidents today, none were serious. Around midday, UNPol responded to reports of a roadblock on the road to Metinaro. However, no road block was found.

With four different Presidential candidates campaigning in Dili yesterday, confrontations were reported in Balide Church, Fatuhada, Kampung Alor, Caicoli, Colmera, Airport Roundabout and Obridgado Barracks. Eight people were injured in these incidents. UNPol along with Formed Police Units and the International Stabilisation Force worked hard to prevent the situation from escalating. After 2300hrs, the situation remained calm.

Yesterday evening in Ermera, supporters of one presidential candidate attacked supporters of another as their convoy arrived in Gleno. Rock fighting ensued, but UNPol and the ISF managed to restore order to the area. Five people injured by steel darts were transported to Dili hospital.

Separately, at about 1930hrs in Metinaro, a convoy of supporters was similarly attacked by rival supporters. 15 people were allegedly injured in the ensuing fighting, and four trucks were damaged. At 2230, UNPol then negotiated the release of eight vehicles through road blocks. Finally, a Portuguese Formed Police Unit escorted the entire convoy through Metinaro at about 2310. One vehicle in the convoy was damaged by rock throwing, as were two UN vehicles in a separate incident.

The Elections Security Plan is currently in phase two, which covers the campaign period.
As part of phase three, which covers Election Day 9 April, UNPol and PNTL will be deployed at every polling centre and mobile patrols will be monitoring the surrounding areas. Formed Police Units covering ten polling centers per Unit will be able to arrive at speed in case of an emergency. These measures are in place to ensure that all Timorese can vote without fear of violence or intimidation.

The Police advise that you should avoid traveling during the night to the most affected areas. Contact the police if you see anything suspicious or any kind of problems, and avoid remaining near any disturbances. Call 112 or 7230365 to contact the police 24 hours a day, seven days a week.

This has been a daily broadcast of the UN Police in Timor-Leste, for the people of Timor-Leste

Comunicado

COMUNICADO DE IMPRENSA CONJUNTO - ELEIÇÃO PRESIDENCIAL EM TIMOR-LESTE

Agora que este período da campanha presidencial está a terminar, e que faltam apenas alguns dias para o povo de Timor-Leste ir às urnas para eleger o seu próximo Presidente, desejamos saudar o povo e as instituições da República Democrática de Timor-Leste pela organização das suas primeiras eleições nacionais soberanas.

Acreditamos no empenho do povo timorense no funcionamento da democracia e esperamos que a eleição presidencial decorra de forma livre e pacifica. O mundo recorda a coragem e a unidade demonstradas pelo povo timorense no Referendo de 1999 e, desde então, a sua dedicação à continuidade do processo democrático. Apelamos a todos os cidadãos para que exerçam o seu direito de voto e que se comportem de forma apropriada. Não há lugar à violençia nem ao uso de outros meios coercivos durante a votação ou como reacção aos resultados eleitorais.

Após a votação, todos aguardaremos os resultados. Será importante que todos aceitem os resultados, como reflexo da realização de uma eleição livre e justa e da vontade do povo. Quaisquer preocupações relativas a irregularidades eleitorais deverão ser seguidas pelos mecanismos para a resolução de diferendos previstos na lei e regulamentos timorenses.

Reiteramos o nosso apoio ao povo de Timor-Leste e esperamos continuar a cooperar com as suas instituições, e a trabalhar para a união do povo no desenvolvimento do país.

Sua Execelência Sr. João Ramos Pinto - Embaixador de Portugal
Embaixadora da Nova Zelândia - Sua Execelência Sra. Ruth Nuttall
Sua Execelência Sr. Kenji Shimizu - Embaixador do Japão
Sra. Eleanor Nagy - Encaregada de Negócios Embaixada dos Estados Unidos da América
Sr. Miguel Amado - Representante Especial da Comissão Europeia

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA - FRETILIN

FRENTE REVOLUCIONARIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN

4 de Abril de 2007

CONFERENCIA DE IMPRENSA SOBRE A CAMPANHA DO CANDIDATO DA FRETILIN AS ELEICOES PRESIDENCIAIS, FRANCISCO GUTERRES LU-OLO

Convida-se todos os orgaos de informacao a participarem na conferencia de imprensa sobre a campanha do candidato da FRETILIN, Lu-Olo, para as eleicoes presidenciais.

Local: Sede da FRETILIN, Avenida Martires da Patria, Comoro, Dili

Data: 5 de Abril de 2007

Horas: 11.00 da manha

Orador:

Arsenio Bano, membro do Comite Central e da Comissao Politica Nacional da FRETILIN

Jose Manuel Fernandes, Representante Oficial do Candidato as eleicoes presidenciais, Secretario Geral Adjunto da FRETILIN, membro do Comite Central e da Comissao Politica Nacional da FRETILIN

Contacto:
Arsenio Bano: +670-7339416

A Comissao Nacional das Eleicoes

Filomena de Almeida
Directora-Adjunta

CAMPANHA EM DILI: mais de 30 mil pessoas

Quinta-feira, 5 de Abril de 2007
LU-OLO ba PRESIDENTE Timor-Leste

Ontem, 4 de Abril de 2007, foi realizada a campanha do Presidente Lu Olo em Dili, onde contou com a participacao de mais de 30 mil pessoas, incluindo menos de 3 mil de Ermera, Luquica e Baucau.

APOIANTES DE LU-OLO, DO DISTRITO DE ERMERA, ATACADOS NO REGRESSO DA CAMPANHA EM DILI

Os apoiantes do candidato da FRETILIN, Francisco Guterres Lu Olo, que particiaparam na campanha realizada na cidade de Dili, ontem dia 4 de Abril de 2007, provenientes do distrito de Ermera, foram atacados no caminho de regresso ao seu distrito, por apoiantes de candidatos rivais.

Dos Leitores

Comentário na sua mensagem "Louco?...":

Não há palavras que consigam definir o que sinto perante tais declarações. Com que então, depois de estar todo este tempo na presidência é que o Sr. Xanana se apercebeu que o povo vive na miséria enquanto aqueles milhares estão "presos" em NY?! Ah! e o Sr. Suharto afinal é bonzinho, e um bom exemplo a seguir, não interessa o resto nem os milhares de timorenses que pereceram nas mãos do seu regime!

Tenha vergonha e desapareça Sr. Xanana, ou pelo menos tenha a inteligência suficiente pra saber ficar calado, não se enterrar mais, e não entristecer e desiludir mais o povo timorense, que em tempos tanto acreditou em si. Laumalai

Hugo Chavez? Não. Xanana Gusmão... Separados à nascença?...

The Australian - April 05, 2007

I'll bring home oil millions: Gusmao
Stephen Fitzpatrick, Dili, East Timor

East Timorese resistance hero Xanana Gusmao has promised he will unlock hundreds of millions of dollars in oil revenue held in a New York escrow bank account if he is elected prime minister.

Mr Gusmao's current post of president is up for election on Monday. He is not contesting the symbolically important position but eight others are, including incumbent Prime Minister Jose Ramos Horta.

Monday's presidential polls will be followed by parliamentary elections mid-year, including for the powerful position of prime minister - a job Mr Ramos Horta inherited last year after the ruling Fretilin party's Mari Alkatiri was deposed in a bout of bloody public unrest.

Campaigning in Dili deteriorated into violence yesterday as sporadic fighting broke out between gangs of youths from rival parties. Police fired tear gas and warning shots to break up fights and rock-throwing attacks, which left several injured, including two UN policemen who were hurt during a clash near the Australian embassy.

Mr Ramos Horta attracted several thousand people to a stadium in the capital, Dili, yesterday afternoon for the final official event of campaigning for Monday's vote.

No further election rallies will be allowed, leaving the pulpits at Easter Sunday masses as the last opportunity for political direction in this devoutly Catholic country.

Electoral Commission spokesman Martinho Gusmao, a senior Catholic priest, said yesterday that parishioners would not officially be told who to vote for, since "we ask people to choose according to their conscience".

However, Father Gusmao said that of the eight candidates, he favoured Democratic Party leader Fernando "Lasama" de Araujo "and if someone asks me to give advice in my personal capacity, that is what I will say".

The priest denied he was creating a conflict of interest in appearing to endorse a particular candidate while working for the electoral commission, "since we Timorese still in a way have to develop the character of our political style - the culture of our politics".

Speaking at a public forum in Dili, Father Gusmao was interrupted by his namesake, the former president, who said: "What he means is that, of the candidates, Lasama is the one who satisfies the younger generation - of the others, there are only grandparents standing for election."

The issue of a generation gap cutting across East Timor's political divide has become a rhetorical theme of the poll, with the demarcation being seen as between those who carried arms against the Indonesian occupation and those who did not.

Mr Gusmao, a one-time guerilla leader jailed by Indonesia for his actions, appears to have delivered to long-time ally Mr Ramos Horta the votes of those who did fight in the 24-year resistance, by personally backing the latter's campaign.

Mr Gusmao, wife Kirsty Sword Gusmao and their children were at yesterday's Horta rally, to the delight of supporters.

In a targeted attack on the current government - led by Mr Ramos Horta but run by the Fretilin party machine - Mr Gusmao said yesterday it was important that the next administration "put our fingers on the many things that we did in not the right way".

Key among these, he said, was the failure to provide adequate healthcare, education and other important social needs, "or even to make sure people had enough to eat".

"Now we need to have a master plan on how to spend the money, so that in 10 to 15 years this country will live in a very good condition," he said.

"But democracy will not work if the people are hungry. We have so much money in an account in New York, while here in Timor people are struggling and living in misery."

Mr Gusmao went on to say he would be able to get access to that money.

A third contender with a chance is Fretilin's Francisco "Lu Olo" Guterres, who attracted several thousand people to a rally in Dili yesterday.

Formal election results are not expected to be known for at least two days after polls close, leaving the possibility of more violence should the outcome be in dispute.

Balanço dos confrontos

Rádio Renascença - 04-04-2007 15:28

No hospital de Díli, em Timor-Leste, calcula-se que tenham dado entrado cerca de meia centena de feridos, em resultado dos confrontos entre apoiantes dos vários candidatos presidenciais.

António Caleras, médico naquele hospital, adiantou à Renascença que foram assistidas 18 pessoas vítimas de agressão, quatro das quais com ferimentos de maior gravidade. Entretanto, algumas dezenas de pessoas estão retidas numa coluna de viaturas que foi atacada à pedrada, na zona de Metinaro, em Timor-Leste.

Por sugestão das forças policiais das Nações Unidas, os veículos estão parados até que haja condições de serem escoltados para um ponto seguro.

É o mais recente episódio de violência, neste que foi o último dia de campanha eleitoral para as eleições Presidenciais da próxima segunda-feira.

Entretanto, os 77 militares da GNR, que esta semana foram enviados para Timor como reforço do subagrupamento Bravo, vão começar a trabalhar no sábado, dois dias antes das eleições Presidenciais. O grupo chegou ontem a Díli, mas ainda vai precisar de alguns dias para estar em condições de actuar. Nesta fase de instalação, os dois novos pelotões estão a tratar, nomeadamente, das viaturas e das armas que seguiram de Lisboa para apoiar este reforço.

Os militares da GNR estão também a receber a formação que todos os polícias estrangeiros recebem quando chegam a Timor-Leste, explicou à Renascença Mónica Rodrigues, porta-voz da força da ONU

Reuters - Wed 4 Apr 2007 11:02:29 BST
Violence hits Timor campaign as candidate urges unity
By Ahmad Pathoni
Dili - A former East Timorese independence fighter jailed by Indonesia for six years pledged on Wednesday to unite his conflict-torn country and bring justice to its people, as the final day of election campaigning was marred by violence.
Fernando de Araujo, whose nom de guerre was La Sama, is among eight candidates running in Monday's presidential poll.
By the standards of the tiny country's chaotic history, the election campaign has been relatively peaceful, but on Wednesday rock-throwing clashes between supporters of various candidates left some 30 people in need of medical treatment in the capital Dili, according to Reuters eyewitnesses and hospital staff.
Several victims had bleeding head injuries and a nurse said at least one person had been wounded by an arrow.

U.N. police said in a statement "the situation in and around Dili has mostly been calm" but noted two incidents, one brought under control when officers fired two warning shots and another in which five people were taken to hospital with minor injuries.

However, a rally for De Araujo - at 44 the youngest among the candidates and considered by some to be a strong contender - went peacefully.
"La Sama has a good chance of winning. He appeals to young voters who are disappointed with the failure of the older generation," political analyst Julio Thomas told Reuters.

The candidate with the highest profile, however, is Jose Ramos-Horta, who succeeded Alkatiri as prime minister and won a Nobel Peace Prize during the struggle against Indonesia.

About 2,000 people turned up at a Dili soccer field, waving De Araujo pictures and blue flags of the Democratic Party he founded. "I believe the young generation of Timor Leste will unite again," De Araujo told his supporters, who chanted "Viva La Sama".

New Generation

"It's time for young people to replace the old ones, who have brought only chaos to this country," said supporter Leo da Costa, his bare chest emblazoned with the Democratic Party's initials painted in yellow.

De Araujo, whose campaign theme is "It's time for a son of the poor to lead the country," said he would create a legal system free from discrimination. "The current judiciary is trash. Law must not discriminate. It must not only punish people who steal chickens but also those who distribute weapons illegally," said De Araujo, standing on a truck and wearing a colourful traditional scarf around his neck. He did not mention any names.

Former East Timor Prime Minister Mari Alkatiri was accused of giving weapons to supporters to kill political opponents during last year's wave of violence which prompted the government to invite in foreign troops to restore order.

The charges against Alkatiri were dropped earlier this year after authorities said there was not enough evidence.

East Timor became independent in 2002 after a period of U.N. stewardship. It has rich energy resources but has only begun to tap them and most of the country's one million people remain among the world's poorest.

De Araujo spent six years in a Jakarta prison, from 1992 to 1998, for campaigning for East Timor's independence.
He continued his studies after being released and graduated from the University of Melbourne in 2001.

Gusmao warns of violence in Timor Leste vote

AFP – 04 April 2007

Dili: Timor Leste President Xanana Gusmao warned on Wednesday of violence during next Monday's election to choose his successor.
"There will be provocation from one group," Gusmao told AFP, declining to identify it.


He was speaking at a rally for CNRT, a newly-formed political party which he says he intends to join with the aim of gaining the prime minister's post, which holds much more power than the presidency. Gusmao is not running for re-election as president.

The CNRT, or National Congress of Reconstruction of Timor, has the same initials in Portuguese as an umbrella group that sought independence during a United Nations-supervised referendum in which Timorese voted to split from Indonesia in 1999.

Former prime minister Mari Alkatiri has alleged the new CNRT party was deliberately given a misleading name to confuse and deceive voters.

Alkatiri is secretary general of Fretilin, which led the independence struggle and which is fielding a former senior guerrilla fighter, Fransisco Guterres, as its presidential candidate.

Another candidate, current Prime Minister Jose Ramos-Horta, joined Gusmao at the CNRT rally before hundreds of people at a stadium in the capital, Dili.
Both Ramos-Horta and Guterres are strong contenders to win the presidential ballot. Ramos-Horta told AFP that if there is any violence on election day, "it will be limited and it will be easily controlled."

The comments came as United Nations police fired warning shots after two officers were injured when they came across people fighting with rocks near the Australian embassy, the police said.

Five other people received minor injuries in a separate incident near Dili involving rival supporters, they said.

Hundreds of Fretilin backers paraded through the city in vehicles, as did hundreds who support the opposition Democrat Party, whose presidential candidate, Fernando De Araujo, also stands a chance to win the vote.

Five other candidates are running for election in the first presidential ballot since the impoverished former Portuguese colony became independent in 2002 after more than two decades of Indonesian occupation.

Last year at least 37 people were killed and 150,000 displaced by violence that led to the dispatch of Australian-led international peacekeepers.

Ramos-Horta pede reflexão Sexta-Feira Santa, PR no comício

Díli, 04 Abr (Lusa) - José Ramos-Horta, primeiro-ministro de Timor-Leste e candidato às eleições presidenciais da próxima segunda-feira, pediu hoje que Sexta-Feira Santa fosse um dia de reflexão, "porque é tempo de paz e unidade para o povo" timorense.

"O nosso país sofreu o suficiente durante anos de ocupação e instabilidade política", afirmou José Ramos-Horta durante o último comício da sua campanha, realizado no Estádio Municipal de Díli.

O primeiro-ministro reuniu nesta acção de campanha cerca de 1.700 apoiantes - numa estimativa de observadores eleitorais europeus e de forças de segurança presentes no local -, menos do que as mais de 6.000 pessoas que a FRETILIN conseguiu juntar também hoje, no lado contrário da cidade, no comício de "Lu-Olo", o principal adversário de José Ramos-Horta.

O Presidente Timor-Leste, Xanana Gusmão, chegou ao Estádio de Díli poucos minutos depois de José Ramos-Horta, na mesma altura em que uma caravana de apoiantes ocupava o relvado e as bancadas, agitando bandeiras e envergando camisolas do Congresso Nacional da Reconstrução de Timor (CNRT).

O chefe de Estado discursou antes do primeiro-ministro e saiu antes de o comício acabar.

Além do CNRT, outros grupos marcavam o seu apoio à candidatura de José Ramos-Horta, como a UNDERTIM (Unidade Nacional Democrática da Resistência Timorense), do veterano Cornélio Gama, aliás "L7", o Partido Milénio Democrático e o Grupo Mudança, uma dissidência da FRETILIN, liderada por Vicente Ximenes "Maubocy", que fez de anfitrião.

"Peço ao povo de Timor-Leste que se concentre na reflexão e não nas eleições", afirmou José Ramos-Horta no último comício, antes do encerramento da campanha eleitoral.

"Embora as eleições sejam vitais para o futuro do país, é mais importante a necessidade de nos unirmos e deixar o passado para trás", acrescentou o candidato.

O dia ficou marcado por diferentes incidentes envolvendo apoiantes de diferentes candidatos, quase todos sem gravidade.

Entre as 17:00 e as 18:00 (09:00 e 10:00 em Lisboa) registou-se o incidente mais grave, na zona da embaixada da Austrália, com apedrejamentos à passagem da caravana com apoiantes de Francisco Guterres "Lu-Olo", o candidato da FRETILIN.

Deste incidente resultaram 19 feridos, um deles em estado grave, até à hora de fecho da campanha, 18:30.

Mais tarde, um grupo de apoiantes de José Ramos-Horta foi apedrejado à passagem por Metinaro, cerca de 30 quilómetros a leste de Díli.

Os ocupantes de quatro viaturas estiveram alguns minutos "retidos" junto ao campo de deslocados de Metinaro, segundo fonte policial.

A UNPol, que inicialmente interveio devido a uma queixa de que haveria meia centena de reféns no campo, retirou os apoiantes de José Ramos-Horta do local e escoltou-os até Manatuto.
PRM-Lusa/Fim

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.