FRENTE REVOLUCIONARIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN
FRETILIN
4 de Abril de 2007
CONFERENCIA DE IMPRENSA SOBRE A CAMPANHA DO CANDIDATO DA FRETILIN AS ELEICOES PRESIDENCIAIS, FRANCISCO GUTERRES LU-OLO
Convida-se todos os orgaos de informacao a participarem na conferencia de imprensa sobre a campanha do candidato da FRETILIN, Lu-Olo, para as eleicoes presidenciais.
Local: Sede da FRETILIN, Avenida Martires da Patria, Comoro, Dili
Data: 5 de Abril de 2007
Horas: 11.00 da manha
Orador:
Arsenio Bano, membro do Comite Central e da Comissao Politica Nacional da FRETILIN
Jose Manuel Fernandes, Representante Oficial do Candidato as eleicoes presidenciais, Secretario Geral Adjunto da FRETILIN, membro do Comite Central e da Comissao Politica Nacional da FRETILIN
Contacto:
Arsenio Bano: +670-7339416
A Comissao Nacional das Eleicoes
Filomena de Almeida
Directora-Adjunta
7 comentários:
The Presidential election is next Monday, you may like to look at Jim Dunn's
blog
> View from the Wings
>
> James Dunn
>
> Timor Today 3
>
> With less than a week to go before East Timor's presidential
> election, we are hopeful that incidents of violence will remain at a
> minimum. There have been several so far, mostly in eastern districts,
> with a number of Timorese having been injured, and these have
> evidently dominated the attention of the Australian press. Some of
> these incidents are troubling, because of the alleged political
> involvement of police, but, given this new country's situation things
> could have been much worse. As it happens the leader of the party
> responsible for the worst incidents, Fretilin, has apologized to the
> victims and has promised Jose Ramos Horta to avoid a recurrence.
>
> All in all the election campaign is not going badly if we take into
> account the violence that has dogged this nation in the past three
> decades, and the uneasiness it has created in the community.
> Unfortunately our press is on the hunt for violent incidents, and has
> given too little attention to the fact that for a new Third World
> nation whose people are still suffering from a trauma caused by two
> major catastrophes in the past 70 years. Against the background the
> situation is surprisingly calm. In fact the rhetoric of the
> candidates has been mild when compared with what we endure during an
> Australian election. It is too early to guess the outcome. Horta and
> the Fretilin leader, Lu'Olu Gutteres, are regarded as the front
> runners, but unless one of them wins more than 50% there will be a
> second round, which now seems likely.
>
> It means that we may not know who East Timor's next president will be
> until May. The National Assembly will then follow a month or so
> later. The latter is the election causing most concern, for it looks
> like being a contest between parties led by Mari Alkatiri and Xanana.
> Hostility between these two leaders reached its peak last year,
> leading to Alkatiri's resignation. Although the Assembly campaign has
> yet to begin both leaders are already trading insults. We are hoping
> to introduce restraints to keep violence to a minimum, but the
> hostility that has emerged between these two who themselves are not
> exercising much restraint, will test the capacity of UN and other
> agencies involved in monitoring the election.
>
> In the event the security forces are gearing up to meet violent
> outbreaks. In view of the relatively calm circumstances so far, our
> defence forces seem to have gone rather too far, naming their
> contingent, the East Timor Election Battle Force. Even by our
> standards it is a political contest not a violent conflict. My guess
> is that it is another move by our politicians to exploit the fear
> element. However in doing so we are at risk of adding to local fears
> and tensions. With only a couple of days of campaigning to go, the
> situation in the streets of Dili is quite orderly, with occasional
> parades of party supporters, but without a hint of violence. Even the
> gangs seem quiet. In fact I am hoping next week to meet with some of
> the gang leaders to try to assess the prospect of persuading at least
> some to them to change to a peaceful agenda.
>
> * * * * *
>
> Last week I attended a forum on the issue of how to bring the
> perpetrators of past crimes against humanity in East Timor to some
> form of justice, or account. Here in Timor we have been shocked by
> statements by former President Habibie and several Kopassus generals
> before the joint Truth and Reconciliation Commission now in session
> in Bali. Habibie's position was perhaps understandable, but we had
> hoped for some admissions of guilt, especially from Kopassus generals
> Zakky Anwar and Adam Damiri, who played key roles in organising the
> violence, the killing and destruction in 1999. To our astonishment
> they disclaimed any responsibility and blamed the UN for the murder
> and mayhem they created, naming Kofi Annan himself as a culprit,
> apparently with no serious questioning from Indonesian Commission
> members! The arrogant stand they assumed, not to speak of the
> outright lies, has reinforced the views of many Timorese that there
> must be further international action on these grave war crimes. It
> seems that the statements of the generals were given widespread
> publicity in Indonesia with the evidence of victims attracting little
> media attention.
>
> The perpetrators now seem confident that they can bury the past, but
> the people of this country, the views of Xanana aside, are not ready
> to do so, and there are renewed calls for an international tribunal,
> an option that Kofi Annan left on the table in the event that the
> Bali commission turned out to be a farce. This is a course Australia
> should be supporting, reminding ourselves of our past lamentable
> accommodation of an annexation that had such catastrophic
> humanitarian consequences, creating the national trauma that lies at
> the root of this new nation's present problems. In the present
> political circumstances, however, the Howard Government seems
> unlikely to take up the matter.
>
> http://jasdunn.bigblog.com.au/post.do?id=131524
>
> etanetanetanetanetanetanetanetanetanetanetanetan
>
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Lu Olo chegou a Díli com um tsunami chamado Fretilin
Público, 05.04.2007
Por: Paulo Moura, em Díli
Campanha das presidenciais encerrou na capital. Os principais candidatos fizeram os seus maiores comícios. Antes da votação, a guerra dos números já começou
Os camiões vão entrando no recinto do motocross. Música de manutenção, sol abrasador. Duas mil pessoas. Mais camiões, em fila. Não acontece nada, parece que vai ser um comício muito aborrecido. Quem pode, abriga-se num pequeno toldo, num promontório em frente do palco. Mas não cabe mais gente e os outros torram ao sol. Alguns jovens dançam, sem convicção. Outros pintam-se. Um passatempo é pintar as caras das raparigas. É um pretexto para lhes tocar. Elas riem-se. Deixam. Azuis e vermelhos a acariciarem a pele morena.
Há obras de arte. Demónios, caveiras, máscaras de canibais do Bornéu. A bandeira da Fretilin por todo o rosto, o nariz aproveitado para a estrela. Os camiões não param de chegar. Vai ser um comício aborrecido, mas com muita gente. Umas seis mil pessoas no total, segundo a Polícia (segundo a Fretilin, 30 mil)
Há rapazes com um "U" pintado no tronco. Outros têm um "L". Ou um "O". De repente alinham-se e formam "Lu Olo". Chegam camiões. A música pára, começam os discursos. Frouxos. "Viva a Fretilin! Viva!" Camiões. Ao microfone desfilam representantes de cada distrito. Chegam, gritam "Fretiliiiiiin!", o nome da sua terra e a percentagem de votos que o candidato Lu Olo lá terá, segundo a sua previsão: "Noventa e nove por cento!" Aplausos.
Mas depois a banda toca o hino da Fretilin, que é também o do país e é acompanhado por uma nota só. Não se percebe por que é tão emocionante. As pessoas cantam, encharcadas de suor. Um grupo de rapazes pintados avança sobre os seguranças, tenta violentamente subir para o palco. Percebe-se que o espectáculo está a começar. O grande espectáculo Fretilin. Ao microfone anuncia-se a chegada dos dirigentes, Mari Alkatiri e Francisco Guterres (Lu Olo). Agitação. Gritos. Dois jipes entram no recinto, pelo meio da multidão. Os rapazes pintados saltam para o tejadilho dos veículos. Ao microfone alguém grita os nomes dos líderes como se o estivessem a matar. Alkatiri e Lu Olo não conseguem sair dos carros, com a multidão a dar murros nas portas. Agressividade relevante do puro e simples amor, mas que obriga os seguranças a usar os músculos. No meio da confusão, os líderes lá conseguem subir para o palco. Cada um traz um boné com o nome e a função: Mari Alkatiri, secretário-geral; Francisco Guterres "Lu Olo", Presidente. O primeiro vem de ténis e camisa fora das calças, o segundo de camisa por dentro, calça às riscas e sapato de cabedal. Sentam-se.
"Morreram pela pátria"
Lu Olo é o primeiro a falar, para recordar os mártires da independência e pedir um minuto de silêncio. "Estamos aqui por causa dos que morreram pela pátria", diz ele. Depois fala Alkatiri. É um mestre de comunicação. Lança logo o seu sound bite: "A Fretilin é um tsunami." Depois diz que recusa a violência. E as divisões leste-oeste. E os conflitos com a Igreja. As pessoas ouvem-no. Entendem o que ele diz. Falam quando ele se cala, por longos e estudados momentos. Ele responde. Refere-se a Lu Olo, o candidato presidencial da Fretilin, e à polémica sobre o uso da bandeira do país, que vários candidatos reivindicam: "Só Lu Olo tem o direito de usar a bandeira, sabem porquê? Porque ele transportou-a na sua mochila durante anos, quando era guerrilheiro nas montanhas."
E desenvolveu o tema, durante duas horas: a Fretilin lutou pela independência, agora tem o direito de governar. Outros estão interessados no poder desde que foi descoberto petróleo. Mas não o terão, porque seria uma usurpação e o povo não vai deixar.
Este é o dogma da Fretilin e de Alkatiri, que para o explicar gritou, sussurrou, disse piadas, contou histórias, cantou. "A Fretilin libertou o país e agora querem acabar com ela. Mas não vão conseguir. Teremos a vitória logo na primeira volta. A Fretilin é um tsunami."
"Lorosae, Lorosae"
Entra a música e a loucura. Um gigantesco cartaz de madeira representando um boletim de voto é trazido até ao palco, para explicar que se deve marcar o candidato número 1. Outro cartaz de madeira navega por cima da multidão, deitado. Um jovem de calças de camuflado, cabelo azul em crista e cara pintada faz surf com os pés sobre os óculos de Lu Olo. Uma mangueira dos bombeiros lança água sobre a multidão. É altura de Lu Olo falar.
"Eu venho de uma família pobre e estou pronto a servir o meu povo", começa o ex-guerrilheiro, magro e frágil, com uma voz sumida, sob um guarda-chuva vermelho e branco aberto por um segurança. "Eu percebo o que o povo está a sofrer hoje, porque também sofri, nas montanhas." Levanta a voz: "Chegou a altura de o povo de Timor finalmente se libertar. De se libertar das forças estrangeiras que o querem controlar e impedir de ser independente. Só a Fretilin pode fazer isso."
Tentou algumas piadas: "Os meus adversários dizem que, se ganharem, cada timorense terá um poço de petróleo em casa. Pois eu estou muito preocupado com isso. Tenho medo que haja incêndios por todo o lado."
Lu Olo senta-se e fica pensativo, como se estivesse sozinho, escondido na montanha. A multidão cresce em euforia e violência. "Lorosae, Lororae", cantam todos.
O filho mais novo de Lu Olo, que tem dois anos e dorme profundamente no colo da mãe, agita ao som da música o pequeno punho erguido. Para ele, tudo isto é um sonho.
http://jornal.publico.clix.pt/UL/
Ramos-Horta rock and roll
Público, 05.04.2007
José Ramos-Horta fez o seu comício no estádio de Díli. Cerca de duas mil pessoas encheram a bancada, mas não o relvado. Houve muitos discursos, além do de Horta e do Presidente da República, Xanana Gusmão, que o apoia, não a euforia da campanha da Fretilin.
Ao lado de um cartaz com uma fotografia do candidato com o Papa, Ramos-Horta falou das suas boas relações com a Igreja Católica e dos seus pergaminhos internacionais, como Nobel da Paz e amigo dos líderes do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.
No fim, a banda do palco interpretou um tema de rock and roll com letra contando a história de Ramos-Horta. O guitarrista fez um solo à Jimmy Hendrix e muitos jovens vieram para o relvado dançar. Alguns pintaram as caras mas usando apenas tinta, não a imaginação. Alguns têm o cabelo comprido, mas lavado.
É notório que, na sua maioria, os apoiantes em Díli do primeiro-ministro cessante e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros pertencem a classes mais altas. Os pobres estão com Lu Olo, o presidente do Parlamento e candidato do partido Fretilin.
À saída, os camiões das várias campanhas cruzaram-se nas ruas da cidade. As polícias timorense e internacional organizaram um sistema eficaz de segurança, mas registaram-se alguns confrontos, nas imediações da embaixada australiana, perto do Hotel Díli e na zona de Comoro, provocando um total de 19 feridos, um deles grave.
Em Metinaro, num campo de refugiados a 30 quilómetros da capital, 50 apoiantes de José Ramos-Horta terão sido capturados como reféns. À hora de fecho desta edição, a polícia não tinha mais informações sobre este incidente. Paulo Moura,
em Díli 50 apoiantes de José Ramos--Horta terão sido capturados como reféns em Metinaro, a 30 quilómetros de Díli, a capital timorense
http://jornal.publico.clix.pt/UL/
Xanana Gusmão apoia Ramos-Horta e Alkatiri promete tsunami da Fretilin
Diário de Notícias, 5 de Abril de 2007
Por: Armando Rafael
O Presidente Xanana Gusmão marcou ontem o último dia de campanha para as eleições presidenciais que se realizam segunda-feira em Timor-Leste, surgindo ao lado de Ramos-Horta num comício em Díli.
Um apoio esperado, atendendo à cumplicidade que sempre existiu entre Xanana Gusmão e Ramos-Horta, e que já tinha ficado bem expresso no primeiro dia de campanha, quando Kristy Sword, a mulher do Presidente, assistiu a um outro comício do ainda primeiro-ministro.
Só que este apoio, manifestado no último dia útil de uma campanha que acaba por ser prejudicada pelo período de Páscoa, surgiu na mesma altura em que o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, padre Martinho Gusmão, quebrou o seu dever de imparcialidade para revelar que tenciona votar em Fernando Lassama Araújo, que lidera o Partido Democrático (PD) e que é também candidato nestas eleições.
O que foi logo interpretado como um sinal de que a Igreja Católica timorense, que é normalmente muito disciplinada, tinha deixado cair Ramos-Horta, passando a apostar no líder do PD para travar aquele que parece ser o grande favorito nestas eleições: Francisco Guterres ("Lu-Olo"), o candidato da Fretilin.
Mas como Martinho Gusmão é também visto em Timor-Leste como alguém muito próximo de Xanana, esta mensagem - se é que ela foi intencional - corre agora sérios riscos de só contribuir para baralhar os eleitores que se opõem ao predomínio que a Fretilin tem tido desde a independência.
E que bem poderá continuar depois de segunda-feira, a avaliar pelos apoios que "Lu-Olo" foi capaz de mostrar nos últimos comícios. Incluindo aquele que ontem realizou na capital e que levou o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri a afirmar que a Fretilin "é um tsunami que pode liderar" Timor-Leste, minimizando o apoio que Xanana Gusmão deu a Ramos-Horta.
Num dia e num local também escolhidos por Fernando Lassama, João Carrascalão e Francisco Xavier do Amaral para encerrarem as suas campanhas, ajudando a explicar parte dos confrontos que se verificaram em Díli e que envolveram apoiantes dos diferentes candidatos.
Acabando por obrigar os militares australianos e as forças de segurança da ONU a terem de intervir. Nomeadamente na zona em que está a instalada A embaixada de Camberra, junto à estrada que liga o centro da cidade ao aeroporto.
Confrontos e apedrejamentos de que resultaram 19 feridos, um dos quais foi hospitalizado em estado grave, e que levaram ainda a polícia da ONU a ter de "libertar" um grupo de apoiantes da candidatura de Ramos-Horta que tinha ficado "retido" noutro ponto da cidade.
http://dn.sapo.pt/2007/04/05/internacional/xanana_gusmao_apoia_ramoshorta_e_alk.html
Incidentes violentos marcam encerramento da campanha
Jornal de Notícias, 5 de Abril de 2007
Foi à pedrada que decorreu boa parte do último dia de campanha para a eleição presidencial em Timor-Leste. Dos incidentes em Díli resultaram 19 feridos, tendo havido também confrontos em Metinaro. Na batalha dos comícios de encerramento, Francisco Guterres (Lu-Olo) e a FRETILIN, juntando cerca de seis mil pessoas, levaram vantagem sobre José Ramos Horta, que apenas reuniu 1700 apoiantes numa acção em que também discursou o presidente Xanana Gusmão.
Foi junto à embaixada da Austrália que ocorreram os incidentes de maior gravidade, quando atacantes não identificados produziram uma chuva de pedras sobre a caravana de apoio a Lu-Olo, mas o clima hostil foi constante ao longo do dia, com quatro outros candidatos a terem, também, paradas de apoiantes a deambular pelas ruas da capital. A acção das forças internacionais fez com que os ânimos serenassem de imediato, embora a tensão permaneça latente. Em Metinaro, 30 quilómetros a leste de Díli, o apedrejamento teve por alvo um grupo de apoiantes de Ramos-Horta.
A Páscoa será período de dupla reflexão, religiosa e política, estando o sufrágio agendado para segunda-feira. Lu-Olo, que preside ao Parlamento e foi comandante da guerrilha, insistiu na exaltação do passado e da resistência para quase proclamar antecipadamente a vitória. Depois de pedir "um minuto de silêncio por Nicolau Lobato e Konis Santana e por todos os que tombaram em defesa da pátria", o candidato caracterizou a FRETILIN como "um'tsunami'que pode liderar o país". Se a metáfora não é das mais felizes, seja pelo real significado ou pela conjuntura, a intenção era clara e mais o ficou ainda com a intervenção do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri "Já temos a vitória garantida. O presidente Lu-Olo já é presidente da República".
Ramos-Horta, o principal adversário de Francisco Guterres na corrida eleitoral, usou uma retórica antagónica, apelando à pacificação e à reflexão "Peço ao povo de Timor-Leste que se concentre na reflexão e não nas eleições. Embora as eleições sejam vitais para o futuro do país, é mais importante a necessidade de nos unirmos e deixar o passado para trás".
No fecho da campanha, também o padre Martinho Gusmão, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, esteve em foco, ao manifestar apoio a um dos candidatos, no caso o líder do Partido Democrático, Fernando Araújo ("Lasama"). Não houve queixas, e o porta-voz não viu problema em expressar uma "opinião pessoal".
Xanana quer usar fundo do petróleo
"Temos mil milhões de dólares num banco em Nova Iorque e temos pessoas a morrer em Timor-Leste", disse o presidente Xanana Gusmão, aludindo à necessidade de libertar os fundos do petróleo do Mar de Timor, quando a miséria alastra pelo jovem país. Xanana, que deixará agora a presidência mas prepara a manutenção na política activa, candidatando-se a primeiro-ministro por um novo partido, falava aos correspondentes em Díli da Imprensa indonésia, reconhece que "o povo não vê nenhuma luz no fundo do túnel", com milhares de cidadãos a viverem com menos do que um dólar por dia. Depois da aprovação unânime pelo Parlamento da legislação destinada a gerir os ganhos do petróleo, a Autoridade Bancária de Pagamentos abriu uma conta na Reserva Federal de Nova Iorque, apenas podendo ser movimentado, devido ao carácter obrigacionista, em 2010.
http://jn.sapo.pt/2007/04/05/mundo/incidentes_violentos_marcamencerrame.html
leições Timor: Austrália apela à calma no dia da votação
A Austrália vai enviar uma delegação de deputados a Timor-Leste para integrar a missão de observação internacional às eleições presidenciais timorenses da próxima segunda-feira, tendo hoje apelado para que a votação seja «livre e justa».
Citado pelo diário Sydney Morning Herald, o chefe da delegação, David Tollner, deputado eleito pelos Territórios do Norte, indicou que a missão chegará a Timor-Leste no próximo sábado, dois dias antes das primeiras presidenciais desde que o país acedeu à independência, em 2002.
A delegação, cuja quantidade de parlamentares não foi revelada, integra também o senador Claire Moore, de Queensland, e vários funcionários da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Departamento dos Negócios Estrangeiros e do Comércio.
«Gostaria de apelar a todos os candidatos que apoiem a ideia de uma votação livre e justa e que participem de forma pacífica, de forma a permitir aos eleitores que votem sem medo ou intimidações», afirmou David Tollner.
«Estas eleições são mais um passo importante para o desenvolvimento da democracia e das instituições eleitorais em Timor-Leste e estou satisfeito por poder desempenhar um papel importante nesta votação, também ela importante», acrescentou.
Segundo David Tollner, a delegação que chefia efectuará deslocações no dia da votação ao distrito de Liquiçá, parando em várias das assembleias de voto, devendo regressar na terça-feira à Austrália.
«As eleições presidenciais, seguidas pelas legislativas (ainda sem data marcada), garantem uma oportunidade excelente para que os timorenses possam resolver as suas divergências, mas traz também muitos desafios que terão de ser vencidos», concluiu David Tollner.
Timor-Leste vai a votos na próxima segunda-feira para escolher, entre os oito candidatos, o sucessor de Xanana Gusmão, o primeiro e único Presidente que o país conheceu na sua curta existência, pois acedeu formalmente à independência da Indonésia em 2002.
Diário Digital / Lusa
05-04-2007 6:58:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=270393
Eleições Timor: ONU considera votação um «marco histórico»
O Conselho de Segurança da ONU considerou que a realização das eleições presidenciais da próxima segunda-feira constituem mais um «significativo marco histórico» no processo democrático em Timor-Leste, expressando também «apoio total» ao desenvolvimento do país.
Numa declaração lida na quarta-feira pelo presidente em exercício do Conselho, o embaixador britânico Emyr Jones Parry, os 15 membros apelaram a todos os candidatos para que garantam a segurança e que se abstenham de actos de violência.
«O Conselho apela a todos os candidatos a aderir à não-violência e que garantam que as eleições tenham um impacte unificador e contribuam para a união de todo o povo timorense. Todos devem garantir também que as eleições decorram de forma livre, justa e pacífica», afirmou o diplomata britânico na declaração.
Vários focos de tensão têm-se espalhado um pouco por todo o país, aumentando os receios de que o acto eleitoral possa provocar uma nova onda de violência num país que ascendeu á independência formal em 2002, após cerca de duas décadas e meia de ocupação indonésia.
«Os membros dos Conselho de Segurança sublinham a necessidade de a comunidade internacional continuar a apoiar de Timor-Leste», sublinha-se na declaração, em que a ONU saúda também o envio de observadores internacionais para supervisionar a votação.
Oito candidatos apresentam-se às eleições de segunda-feira, que permitirão escolher o sucessor de Xanana Gusmão, o primeiro e único Presidente que Timor-Leste teve desde que ascendeu à independência.
Diário Digital / Lusa
05-04-2007 6:31:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=270395
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