sexta-feira, agosto 25, 2006

GNR e INEM em apoio humanitário em Díli

José Costa Santos, da Agência Lusa Díli, 25 Ago (Lusa) - Militares da GNR e a equipa do INEM que acompanha o subagrupamento Bravo saíram hoje à rua para mais uma missão de apoio humanitá rio à população de Díli, o outro lado da actuação portuguesa em Timor-Leste.

Num percurso feito numa Proteto, o carro blindado da Guarda Nacional Re publicana, que a Lusa acompanhou, a médica Isabel Santos, o enfermeiro Rui Campo s e o técnico de ambulâncias Patrício Ramalho, do Instituto Nacional de Emergênc ia Médica (INEM), tinham que visitar dois campos de deslocados para darem apoio médico a quem precisasse.

A primeira paragem, dez minutos depois da saída do quartel da GNR, foi no campo da Farmácia Central, onde nas últimas semanas foram "acompanhados vário s casos de constipações e febres", como explicou Isabel Santos, que desta vez nã o tinha nenhum doente à sua espera.

As condições neste campo não serão as melhores podendo mesmo ser classi ficadas de muito precárias, face às encontradas na casa das Irmãs Canossianas, o nde 20 pessoas das mais variadas idades foram hoje atendidas pela médica, sempre com os mais pequenos à porta do "consultório" improvisado numa biblioteca à esp era que Patrício Ramalho distribuísse rebuçados.

No contraste de um campo de cimento e terra batida com pouco espaço par a os 3.000 deslocados que estão no campo da Farmácia Central, a casa das Irmãs C anossianas oferece condições excelentes e vários locais de apoio para que crianç as e adultos, também cerca de 3.000, tenham alguns divertimentos.

Salas de leitura, campos relvados amplos e outros em cimento estendem-s e por muitos metros livres e são palco das brincadeiras da pequenada, vendo-se m esmo alguns miúdos a passear em bicicletas.

Depois de cerca de duas horas em consultas e na entrega de medicamentos aos doentes, e de distribuição de rebuçados aos mais pequenos - alguns entretid os a jogar futebol nos amplos relvados do campo -, terminava mais uma tarde de t rabalho humanitário que a equipa portuguesa faz em Timor-Leste.

Num balanço feito à Lusa sobre a acção de hoje, Isabel Santos disse que a equipa do INEM não deparou com casos graves, como o que obrigou recentemente a uma deslocação num helicóptero das Nações Unidas a Maliana (oeste) para socorr er feridos graves num acidente.

"Vimos pessoas com umas feridas e outras lesões cutâneas, umas gripes, febres e outros problemas virais também derivados das condições em que vivem", e xplicou.

O trabalho da equipa de emergência não se fica apenas pelo apoio humani tário.

"Fundamentalmente, estamos em Timor-Leste para apoiar os militares da G NR e, quando nos é solicitado, sair em patrulhas de risco mais elevado para o ca so de ser necessária a nossa intervenção", disse Isabel Santos.

Sem entrar em pormenores sobre as missões de risco elevado feitas pela patrulha da GNR, a médica regista, contudo, que ainda não foi necessário, "feliz mente", intervir quando saíram para a rua como aconteceu na última madrugada.

"Por isso, e aproveitando a presença de equipas do INEM no país, dispon ibilizamo-nos ao Ministério da Saúde e estamos a trabalhar em coordenação com as necessidades que nos são apresentadas", disse.

Nos intervalos das consultas aos militares da GNR, a equipa médica do I NEM também já deu algum apoio à população portuguesa residente em Timor-Leste e formação aos militares sobre técnicas que devem ser aplicadas no caso de ser nec essário retirar alguém ferido de um conflito.

No hospital de Díli, quando estava em Timor-Leste uma outra equipa que integrava um cirurgião, o pessoal do INEM chegou mesmo a efectuar uma operação c irúrgica de um homem que tinha sido atingido por uma seta que lhe perfurou o fíg ado.

"Ninguém o queria operar e foi o nosso médico que por acaso era cirurgi ão que fez o trabalho".

Ao longo dos dias que estão em Timor-Leste os médicos do INEM têm ainda a responsabilidade de "fazer relatórios médicos sobre todas as pessoas detidas" pela força portuguesa, elementos que são enviados ao Ministério Público juntame nte com o processo de cada detido.

O Governo timorense anunciou esta semana que existem cerca de 186 mil d eslocados no país, dos quais 82 mil só em Díli, espalhados por 56 centros de aco lhimento.

A saída da população dos seus locais de residência seguiu-se à onde de violência que provocou três dezenas de mortos, ocorrida na sequência da crise po lítico-institucional que afectou o país nos últimos meses.

.

International Federation for East Timor Urges Fully Integrated UN Mission

Calls for Australian troops to forego separate command

For immediate release

Contact: John M. Miller +1-718-596-7668; cell: 917-690-4391
Charles Scheiner, +1-914-831-1098; cell: +1-914-473-3185

August 25 - The International Federation for East Timor (IFET) today said that the Security Council should create a new UN mission to Timor-Leste which fully integrates all international military components.

"Any other arrangement will hinder the effectiveness of the overall mission and runs contrary to the preference of the people and government of Timor-Leste and the recommendations of the UN Secretary-General," said John M. Miller, IFET UN Representative.

"Australia's insistence on keeping its troops under a separate, national command structure will make coordination difficult, lessening the confidence and security that the UN Mission is intended to provide for the people of Timor-Leste.

The Security Council is expected to pass a resolution today creating the new mission which defers the decision on military command structure, leaving the current Australian-led Joint Task Force in place until after the Secretary-General reports on the issue by
October 25. Australia has so far refused to place its troops under UN command, and the United Nations will not create the 345-soldier military component of the new integrated mission if a separate international military force is operating in Timor-Leste.

"An integrated mission is in the best interests of everyone, especially the East Timorese," said Charles Scheiner, International Secretariat for IFET "Many people in Timor-Leste already suspect the motives, capability and impartiality of the Australian forces there
now, and Australia's refusal to be part of a UN force increases that distrust. Delaying this issue for another two months is unlikely to lead to a satisfactory resolution. More likely it will increase confusion and resentment in Timor-Leste."

"The new UN mission has great potential to help Timor-Leste recover from its recent troubles and continue on the path to peace, democracy and prosperity. But that potential is possible only if the UN and its member states carefully listen to the wishes of the Timorese people," he added.

In a statement this week, the Timor-Leste NGO Forum and others in civil society there urged an integrated mission, saying that "there will be a greater degree of accountability for UN forces as it is a civilian led, international, neutral institution." The group
statement added that "There is an inherently unequal relationship in Timor-Leste's dealings with other more powerful countries on a bilateral basis. Working through the UN would avoid this situation."

Several countries, including a number of Timor-Leste's neighbors, are willing to contribute troops but will only do so if they are part of an integrated UN mission.

On August 25, the Security Council is expected to authorize the new UN mission for at least one year. It will include a large contingent of UN police, support for next year's presidential and parliamentary elections, and improving Timor-Leste's capacity to govern itself. The mission will also assist Timor-Leste to continue investigations into serious human rights crimes committed in 1999.

IFET was formed in 1991 to support East Timor's human and political rights at the United Nations. It has 34 member groups from 23 countries.

Additional information can be found at http://www.laohamutuk.org/reports/UN/06StopAustraliaUN.html and www.etan.org.

Dos leitores

Tradução da Margarida.

Quando é que vai acordar e ver que algo em Timor não está certo? As pessoas como você são esquecidas e ignoram o facto de em Timor-Leste se estar a desenrolar uma tragédia.

Este blog tem sido um forum aberto que leva a pensar, com liberdade de expressão e questionamento. Nunca negou a ninguém o direito de crítica incluindo a Mari ou Horta ou Xanana. Se há gente a pensar como você então é provável que nunca venha a haver qualquer verdade em Timor-Leste, porque ficamos com medo de questionar e de procurar a verdade.

Discordo fortemente com a sua conotação de que estamos a puxar por sangue, “puxar o sangue do povo”. Não, o sangue foi derramado e a confiança quebrada, queremos descobrir porque é que isto aconteceu. Porque é que alguns líderes incluindo o nosso próprio Presidente actuaram como actuaram. Houve grandes violações de confiança e de responsabilidades da parte de alguns, em Timor-Leste.

Fala em nome do povo e contudo não reconhece que o mandato do povo foi quebrado e a democracia foi ameaçada. Os únicos verdadeiros representantes do povo são os Parlamentares e continuarão a ser até aos resultados das próximas eleições em 2007.

Que vegonha? A única vergonha em Timor-Leste é o nosso Presidente. Um símbolo da unidade e contudo ele dividiu-nos de Manatuto a Oecussi, hoje é esta divisão que está na base da divisão este oeste em Dili entre os nossos jovens os chamados “gangs”. Carismático, sim foi o seu carisma que o levou a manifestar-se junto com Tara e Rai Los a apelar à resignação de um legítimo Primeiro-Ministro. Um líder, sem dúvida para os amotinados e peticionários que estiveram envolvidos numa insurreição armada, ele é o seu proclamado comandante supremo, não fez nenhum esforço para negar a sua publicamente declarada fidelidade a ele. Nem esteve disposto a criticar as acções de pessoas como Alfredo que atacaram soldados do Governo, e fornece-lhe uma casa, um “santuário seguro” perto da tropa Australiana. Felizmente que a GNR prendeu Alfredo com todas as armas que ele tinha senão podia desenrolar-se outra tragédia. Incompetente, sim e muito, como pode um Presidente fazer fé numa reportagem duma televisão estrangeira para insistir na resignação do Primeiro-Ministro sem questionar a validade de tal reportagem. O Presidente não respondeu às questões da crise mas inflamou-a e a gora os Timorenses viram-se contra outros Timorenses.

Somos todos responsáveis pelo que está a acontecer em Timor-Leste e o Presidente não é excepção.

Hospital Nacional Inseguro

Tradução da Margarida.


O Hospital Nacional está a ficar vulnerável devido às constantes lutas com pedras e à presença de desconhecidos, disse António Caleres Junior, Director do hospital.

De acordo com Caleres houve alguns incidentes quando pessoas que procuravam tratamento médico não conseguiram aceder ao hospital. Disse que muitas grávidas que vinham para o hospital dar à luz não conseguiram entrar no complexo e tiveram de ter os filhos numa clínica privada.

António Caleres disse ainda que as instalações do hospital não podem ser usadas pelos doentes porque estão a ser usadas por outros. Disse que tem visto gente com armas ligeiras como catanas, a andarem no hospital. Acredita que algumas das pessoas que estão correntemente no hospital mudaram-se dos campos da Obrigado Barrack e do Jardim (portos opostos).

O Director do Hospital Nacional pediu à polícia internacional para montar um posto de polícia no hospital de modo às pessoa poderem procurar tratamentos médicos com segurança.
(STL)

Conselho de Segurança deverá aprovar hoje nova missão ONU

Nova Iorque, 25 Ago (Lusa) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas deverá votar hoje uma resolução sobre a nova missão da ONU em Timor-Leste.

A resolução deveria ter sido votada na semana passada mas foi adiada de vido ao não entendimento quanto à composição e atribuições das forças internacio nais em Timor-Leste.

A maior parte dos membros do Conselho apoia a proposta expressa no rela tório do secretário-geral, Kofi Annan, que recomenda que seja constituída uma fo rça militar da ONU que apoie um contingente policial internacional.

A proposta de Annan é de que o número de militares seja reduzido a 350 e o contingente policial integre 1.608 elementos.

Entre os países que têm forças de segurança em Timor-Leste, esta propos ta é apoiada por Portugal, Malásia e Nova Zelândia.

A Austrália, apoiada pelos Estados Unidos, Japão e Grã-Bretanha, contra põe que às Nações Unidas deve ser deixado unicamente o comando das forças polici ais - um "papel que pode desempenhar mais eficazmente", segundo o embaixador aus traliano Robert Hill - , continuando os australianos a liderar as operações mili tares.

Quanto às forças policiais, a Austrália, apoiada pela Nova Zelândia, de sejaria que o contingente fosse fornecido por um único país, pois assim seria fa cilitada a formação da polícia timorense reactivada.

O Conselho de Ministros timorense aprovou há quatro dias o plano de rea ctivação da polícia, que ficará sob a responsabilidade do comissário português A ntero Lopes.

MRF.

Segundo dia consecutivo de confrontos em Timor-Leste

DN
25.08.06


Abel Coelho de Morais

Díli foi ontem palco de novos confrontos entre bandos rivais no segundo dia consecutivo de incidentes violentos na capital timorense. Os grupos, compostos por centenas de jovens armados com pedras e catanas, defrontaram-se junto do Hospital Guido Valadares, registando as agências 11 feridos ligeiros, dois graves e a destruição de habitações por fogo posto .

No dia anterior, largas dezenas de jovens tinham-se envolvido em confrontos junto a um dos campos de deslocados em Díli, o campo Obrigado, situado na estrada do aeroporto, enfrentando posteriormente forças da polícia australiana e malaia presentes na zona em patrulha e que tiveram de ser apoiadas pela GNR.

Desde o fim de semana passado que cenas de violência voltaram a ser comuns em Díli, envolvendo grupos afectos às diferentes facções que se enfrentaram nos acontecimentos de Abril e Maio. A força internacional presente em Timor-Leste constata igualmente o envolvimento na violência de bandos ligados ao crime.

Por outro lado, as tensões entre os "ocidentais" e "orientais" continuam a fazer-se sentir nas ruas de Díli, atendendo a que permanecem na capital milhares de deslocados sem condições ou receosos de voltarem às suas localidades de origem. A crise que culminou com a demissão do então chefe do Governo, Mari Alkatiri, terá provocado, pelo menos, 30 mortos e mais de 150 mil deslocados.

Este problema foi ontem reconhecido pelo actual primeiro-ministro, José Ramos-Horta, numa sessão extraordinária do Parlamento timorense. Citado pela agência Lusa, Ramos-Horta afirmou que o seu Executivo fará "o possível para que [os deslocados] regressem às suas casas antes do tempo da chuva", isto é, em finais de 2006.

Ramos-Horta referiu ainda a disponibilidade dos militares australianos em permanecerem no território até final de Dezembro. A oferta do Governo de Camberra pode facilitar a aprovação da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas - cuja votação deve ocorrer hoje - e que foi adiada na passada semana, devido a divergências sobre o comando e componente militar da nova missão da ONU em Timor- Leste.

.

National Hospital Insecure

The national hospital is becoming vulnerable due to the constant stone fighting and the presence of unknown faces, said Antonio Caleres Junior, Director of the hospital.

According to Caleres there have been a few incidents where people seeking medical treatment could not proceed to the hospital. He pointed out that many pregnant women came to the hospital to give birth but could not proceed into the compound and had to have their babies delivered at a private clinic.

Antonio Caleres further said the facilities of the hospital cannot be used by patients as it is being used by other people. He said he has observed a few people carrying light weapons such as machetes, walking into the hospital. He believes some of people currently in the hospital have moved from Obrigado Barrack and Jardim (opposite port) camps.

The Director of the national hospital asked the international police to set up a police post at the hospital so that the public can seek medical treatment safely.
(STL)

Dos leitores

When are you going to wake up and see that something in Timor is not right? People like you are oblivious and are ignorant of the fact that is a tragedy that is unfolding in Timor Leste.

This blog has been an open forum that generates thinking, freedom of expression and questioning. It has never denied any one the right to criticise anyone including Mari or Horta or Xanana. If people think like you then there is likelihood that there will ever be any truth in Timor Leste, because we become afraid to question and search for the truth.

I strongly disagree with you connotation that we are pushing for the blood of the people “puxar o sangue do povo”. No, the blood has been shed and trust broken, we want to find out why it has happened. Why have some leaders including our own President acted the way they did. There has been a gross volitation of trust and responsibilities by some individuals in Timor Leste.

You speak the people's name yet you do not recognise the fact that the people’s mandate has been broken, and democracy was jeopardised. The only true representatives of the people are the Parliamentarians and will continue to be so until the results of the next elections in 2007.

Que vegonha? The only shame in Timor Leste is our President. A symbol of unity yet he divided us from Manatuto to Oecussi, today it is this division that is the basis of East West divide in Dili amongst our youth the so called “gangs”. Charismatic, yes it was his charisma that led him to demonstrate amongst Tara and Rai Los to call for the resignation of a legitimate Prime Minister. A leader, no doubt, to the rebels and petitioners who were involved in an armed insurrection he is their proclaimed supreme commander, he has made no effort to deny their publicly stated allegiance to him. Nor has he been willing to criticise the actions of people like Alfredo who attacked Government soldiers, and provided a house “safe haven” next to the Australian Army. It was fortunate the GNR arrested Alfredo with all the weapons he had what other tragedy may unfold. Incompetent, yes very much so, how can a President rely on a foreign report to insist the resignation of Prime Minister without questioning the validity of such a report. A President did not address the issues of the crisis but he inflamed the crisis and now Timorese are turning on Timorese.

We are all accountable for what is happening in Timor Leste and the President is no exception.
.

Aldrabão, vigarista e intriguista

De um leitor (aldrabão, vigarista e intriguista):

Valha em abono da verdade que o autor do blogue confessa que a ideia da sua criação foi abrir um espaço de informação que apoie a FRETILIN. Independentemente dessa informação ser verdadeira, falsa, isenta ou facciosa.

Nisso não engana ninguém.

Resposta:

Os cães ladram e a caravana passa...

.

Dos leitores

Tradução da Margarida.

Numa nota mais ligeira!!!

Timor-Leste lembra Brasil para canções de liberdade08/23/2006

Por TAKESHI FUJITANI, THE ASAHI SHIMBUN

DILI—O programa de rádio de Helder de Araujo começa à 1 p.m. Nas duas horas seguintes, do seu novo, fresco estúdio estatal com ar-condicionado, pintado de branco, Helder recebe pedidos típicos de estudantes do secundário: "Quero desejar a toda a gente aí fora boa sorte nos exames"—e sai com Música Popular Brasileira (MPB). Antes de Timor-Leste ter ganho a sua independência da Indonésia em 2002, Helder teria passado música diferente -- a maioria da música que se podia ouvir era disco Indonésio, conhecido como dangdut. Nestes dias, apesar da independência não ter trazido sempre a paz -- Timor-Leste continua a ter violência esporádica -- libertou os gostos musicais da nação. Nem pode haver nenhuma dúvida da música de escolha; os ritmos Brasileiros apanharam todo o país. As pessoas de Timor-Leste foram atraídas não só pela MPB, mas também pelo merengue (música de dança das Caraíbas) e kizomba (uma mistura de samba e de ritmos Africanos).

A MPB teve origem numa mistura de estilos urbanos tradicionais como samba e choro e rock contemporâneo no final dos anos de 1960. É, claro, cantado em Português, a língua oficial do Brasil. E é isto que torna a popularidade da MPB em Timor-Leste ainda mais interessante. Helder, 38 anos, é também um cantos. Quando começou a cantar na escola elementar, cantava em Indonésio, em Tétun (a língua de Timor-Leste), ou em Inglês. Foi educado em Indonésio. Não conhecia canções Portuguesas songs. "Não conseguia realmente compreender as letras, e não conseguia pronunciar as palavras," Helder disse. Contudo, como cantor profissional, tinha de cantar o que o povo queria ouvir. E assim, em 1999, quando foi decidido oficialmente que seria concedida a independência a Timor-Leste, Helder foi para a escola nocturna, ter aulas de Português três vezes por semana.

Foi difícil. "O Português é tão diferente do Indonésio, tem tempos complexos," disse Helder. "É muito mais difícil do que o Inglês." Mas perseverou, experimentando as suas novas habilidades com os seus pais que foram educados quando a ilha estava sob domínio colonial Português. Timor-Leste foi primeiro colonizado por Portugal no século 16. Depois de Portugal se ter decidido retirar de Timor em 1974, rebentou uma guerra civil entre os que queriam a independência e os que queriam ser anexados pela Indonésia. A Indonésia invadiu em 1975, e declarou a anexação de Timor-Leste um ano depois. A área manteve-se sob domínio Indonésio até 1999 quando largou o controlo do território. A independência de Timor-Leste foi oficialmente reconhecida em Maio de 2002. Agora, a língua oficial são o Tétun e o Português. Contudo, o Indonésio é ainda largamente usado.

Um das primeiras canções que Helder dominou na sua nova língua foi "Lambada," que tinha sido um grande sucesso mundial no final dos anos 1980. Antes da independência, 80 por cento do reportório de Helder era feito de canções Indonésias mas agora calcula que 90 por cento têm letras Portuguesas, e na sua maioria são importadas do Brasil. Helder actua todos os fins-de-semana. Uma das suas favoritas é a canção merengue, "Angelina." A letra diz: "Por favor volta para mim / o meu coração está em fogo, tenho saudades tuas / Chamo-te / mas não estás aqui." Lui Manuel Lopez, 40 anos, é um fã entusiasta da canção. "Helder é um baixo tão doce e melodioso, condiz lindamente com a canção. Quando chega a 'Angelina', a multidão enlouquece," diz. "Helder canta todos os êxitos correntes do Brasil, de todos os estilos," entusiasma-se Lopez, que pediu ao cantor para actuar no seu casamento. "Não há ninguém como ele." Anito Matos, é outro cantor de Timor-Leste, cinco anos mais velho que Helder. Matos foi um das últimas gerações de Timorenses a ser educado em Português. Na altura, a maioria das canções populares eram cantadas em Português, também. "Actualmente preferimos a música Brasileira, com os seus ritmos mais rápidos, à Portuguesa. Era mais fácil de dançar também," lembra Matos.

"Para a geração que lembra os anos coloniais sob Portugal," diz, "as canções Brasileiras não são novidade." Matos lançou recentemente um CD, com músicas Brasileiras. Contudo, sob o regime Indonésio, qualquer que usasse o Português corria o perigo de ser rotulado um "separatista" -- um activista pela independência. Naturalmente, a música Brasileira entrou na clandistinidade. "Assim quando a independência foi oficialmente declarada e podíamos cantar todas as canções Brasileiras outra vez, tive um ataque de nostalgia," diz Matos. "Foi a primeira vez que senti que éramos realmente livres. Não foi só Matos quem se lembrou das velhas canções. Nadja Matoso foi vice-cônsul na Embaixada do Brasil em Dili desde a independência até Abril deste ano. Surpreendeu-se descobrir que os "antigos" da sua pátria eram cantados em Timor-Leste. "Descobri que os velhos êxitos de Roberto Carlos dos anos 1960 eram muito populares. Muitas canções, há muito esquecidas no Brasil, estavam muito vivas aqui," diz. Depois veio o sangue novo. Por altura da independência, chegou pessoal militar nas operações da ONU e seguiu-se pessoal das ONG’s e professores de português. Muitos de Portugal e Brasil trouxeram novas músicas com eles. Lojas de música em Dili ainda estão cheias de cópias piratas.

"Como a música era muito cool, espalhou-se rapidamente entre os jovens," disse Matos. "Era uma vergonha que a maioria não entendesse as letras, mas o Português não era falado há 30 anos." Mas as canções podem estar a trazer a língua re volta. Na creche de São Carlos perto da catedral de Dili, 320 crianças aprendem o Português cantando canções Brasileiras. "As crianças têm ouvido para as línguas. Divertem-se durante o processo e assim aprendem rapidamente," diz Elizabeth, 56 anos, a directora Indonésia. Há dois anos, a Embaixada Brasileira em Timor-Leste trouxe 25 estudantes Brasileiros voluntários para ensinar Português numa universidade em Dili usando música Brasileira. A experiência de seis meses foi um tal sucesso que o governo Brasileiro planeia implementar o projecto a sério pelo fim deste ano. Para pessoas com, a liberdade de falar -- e cantar – em Português é mais uma prova da libertação de Timor-Leste. "Daqui a dez anos," diz, "seremos capaz de sentir que as canções Brasileiras são mesmo nossas." (IHT)

Dois feridos e casas queimadas em ataques de jovens em Díli

Díli, 25 Ago (Lusa) - Pelo menos dois timorenses alojados no campo de d eslocados junto ao aeroporto internacional de Díli ficaram esta madrugada ferido s, um dos quais com gravidade, devido a ataques de grupos de jovens que incendia ram também duas casas.

De acordo com o capitão Gonçalo Carvalho, comandante do subagrupamento Bravo da GNR estacionado em Díli, cerca da 01:30 de hoje (17:30 de quinta-feira em Lisboa) um grupo de cerca 100 jovens atacou o campo de refugiados situado jun to ao aeroporto tendo feito dois feridos, um com gravidade devido a um golpe na face com uma catana e outro, sem gravidade, devido a uma pedrada numa perna.

Apesar do elevado número de jovens a participar do ataque ao campo, Gon çalo Carvalho disse não ter sido feita nenhuma detenção entre os agressores já q ue, quando a GNR chegou ao local chamada pelas forças australianas, "teve como m issão dispersar os jovens que estavam a atacar à pedrada os polícias australiano s".

"Quando chegamos ao local e com os nossos colegas a serem apedrejados, tivemos de usar cartuchos de bagos de borracha para que os jovens não continuass em o ataque tanto às polícias como ao campo e devido à distancia de segurança qu e temos de manter para usar os cartuchos de borracha é impossível deter quem que r que seja", explicou.

Ao início da noite de quinta-feira em Díli, também um grupo composto po r cerca de uma centena de jovens tinha atacado o hospital de Díli tendo igualmen te os militares portugueses "sido obrigados a usar os cartuchos de borracha para dispersar os jovens que estavam mais uma vez a atacar a polícia australiana dep ois desta ter chegado ao local", disse o comandante das forças portuguesas.

No ataque ao hospital não houve feridos a registar mas os atacantes "mo ntaram várias barricadas para impedir ao avanço da força da GNR".

"Quando chegamos ao local dos confrontos fomos atacados com pedras e re spondemos com cartuchos de bagos de borracha tendo o grupo encetado a fuga e, no caminho, incendiado duas casas", disse Gonçalo Carvalho.

JCS.

Polícia fez 62 detenções em operação no bairro de Comoro

Díli, 25 Ago (Lusa) - As polícias internacionais estacionadas em Timor- Leste lançaram esta madrugada uma operação policial no bairro do mercado de Como ro, em Díli, que resultou em 62 detenções.

A operação, acompanhada pela Agência Lusa, foi lançada nas ruas da capi tal timorense pelas 06:00 (22:00 de quinta-feira em Lisboa), envolveu cerca de 1 55 polícias e militares e os três elementos civis do Instituto Nacional de Emerg ência Médica português, apoiados por 33 viaturas e um helicóptero.

A Guarda Nacional Republicana, comandada pelo capitão Gonçalo Carvalho, colocou no terreno seis viaturas e 42 militares entre os quais um pelotão de or dem pública e uma secção de operações especiais.

A operação vinha a ser preparada há vários dias pelo comando australian o com o apoio de forças portuguesas e malaias e foi desencadeada na sequência de um ataque, sábado, a um oficial australiano.

No sábado, 19 de Agosto, um oficial da polícia australiana foi assaltad o e agredido por um grupo de cerca de 30 jovens que se movimentavam para combate r um grupo rival nas ruas de Díli, sendo que pelo menos um elemento do grupo agr essor foi, no domingo, identificado e detido pelo mesmo oficial numa outra opera ção.

Com mais de uma dezena de mandados de captura emitidos pelas autoridade s judiciais e com o grupo referenciado ao bairro do mercado de Comoro, os políci as internacionais juntaram-se durante a madrugada no quartel australiano e parti ram para o bairro, a pouco mais de cinco minutos do local da concentração, quand o o dia começa a nascer na capital timorense.

Dispostos os polícias em volta do bairro para fechar qualquer tentativa de fuga que fosse encetada, foi dada ordem para avançar pelo comando conjunto a o que os grupos de agentes espalhados no perímetro respondem com o início da ope ração e com a detenção dos suspeitos.

Apanhados de surpresa, os habitantes do bairro foram acordados ao som d e portas a serem destruídas e com a polícia dos três países envolvidos a deter v árias pessoas e a conduzir mulheres e crianças para um pequeno recinto descobert o enquanto decorriam as operações de busca de armas nas casas.

Com 62 detidos, entre os quais o cabecilha do grupo que alegadamente ag rediu o oficial australiano, uma hora depois a operação estava acabada, continua ndo, no entanto, algumas operações de busca nas habitações também rapidamente co ncluídas.

Entre catanas, setas com a ponta trabalhada em forma de anzol, fisgas - que servem para lançar as setas - e pelo menos uma arma branca de cerca de 30 c entímetros, os agentes internacionais que asseguram a ordem da capital timorense confiscaram diverso material que é habitualmente usado em acções de violência p raticada por grupos de jovens.

Depois de revistados e colocados dentro das carrinhas, os detidos foram todos conduzidos ao Centro de Detenção de Díli onde serão agora identificados e interrogados pelas três forças policiais antes de serem presentes ao juiz.

O percurso entre o bairro do mercado de Comoro e o Centro de Detenção f oi efectuado com duas viaturas Proteto da GNR a abrir e fechar a coluna de carro s de forma a garantir a segurança de polícias e detidos.

Ainda as polícias internacionais não tinham saído do bairro do mercado de Comoro e já os habitantes das redondezas circulavam, entre homens e mulheres armados, dirigindo-se aos mercados informais comuns nas ruas de Díli onde vendem carne, frutos e aves.

Além da curiosidade que o aparato policial causava, os timorenses queri am mesmo era umas garrafas de água ou outros bens que os polícias distribuem, qu ando a população lhes pede, durante as operações.

JCS.

Dos leitores

...os bispos e os padres eram timorenses como timorenses eram os agricultores e os professores e as donas de casa no tempo da ocupação indonésia e em todas as profissões, sexos e idades houve gente que lutou pela libertação do seu país. Em todos os países ocupados isso aconteceu e acontece. Está agora a querer pôr ao mesmo nível a luta de libertação com a luta político-partidária? Porque o que acontece em 2006 é uma luta político-partidária, ou tem dúvidas nisso? Eu não retiro o direito aos bispos e padres de terem as suas preferências partidárias - são cidadãos como os outros - mas o que acho que não é aceitável é usarem a sua posição para "legitimarem" uns e "deslegitimarem" outros do alto dos púlpitos ou, como foi o caso do Bispo de Dili, abusando da sua posição.

Margarida.

13 feridos em lutas em Timor-Leste

Tradução da Margarida


Salon
Agosto 24, 2006 DILI, Timor-Leste

Gangs rivais armados com catanas e pedras lutaram na capital de Timor-Leste no fim do dia, Quinta-feira, ferindo pelo menos 13 pessoas, disseram testemunhas e funcionários.

Centenas de jovens participaram nas lutas frente ao Hospital Guido Valadares, disse um repórter da Associated Press, no local.

Dos leitores

Eu não só costumo ler este blog como, estou convencido de este ser um ponto de encontro e discussão bastante mais elucidativo de algumas questões que os meios de comunicação social convencionais.

Apesar de ter algum conhecimento da situação, vejo o caso do voto de "mão no ar" ter demasiado o ónus da decisão em congresso.
Eu pessoalmente, sou contra o voto de braço no ar em questões que envolvam pessoas. Eleições, moções de censura, moções de confiança ou outro tipo de documentos ou questões que envolvam pessoas devem ser sempre tratados com anonimato.

A legitimidade da Direcção eleita em congresso não pode ser contestada com o voto não-secreto. Se existem provas de coacção essas é que devem ser usadas. Se existem provas de irregularidades no processo de eleição de congressistas, essas é que devem ser denunciadas.

Resta aos "opositores" conseguir convocar um congresso extraordinário para novas eleições.

Cabe aos dirigentes eleitos executar ou zelar pela execução do seu programa para o partido.

Não me parece que se venha fazer dentro da FRETILIN, uma golpe de estado de baixo nível como se viu fazer noutros casos. (não me referindo especificamente a nenhum).

Outra coisa, se não "sabem como" se identificar no blog, podem ir a www.blogger.com
César Valentim.

Confrontos regressam a Timor-Leste

DN
24.08.06
Armas

Abel Coelho de Morais

Grupos de jovens atacaram de terça para quarta-feira elementos da polícia australiana e malaia em missão de patrulha no bairro de Comoro, provocando nove feridos e a destruição dos veículos em que se deslocavam as forças de segurança.

Segundo o comandante da GNR em Díli, capitão Gonçalo Carvalho, ouvido pela Lusa, os confrontos verificaram-se junto ao campo de refugiados Obrigado, na estrada do aeroporto, e envolveram jovens "alegadamente a viver no campo" e grupos rivais. Há divergência sobre o número dos envolvidos, referindo o capitão Carvalho "cerca de 30 jovens" que enfrentaram um outro grupo, de número indeterminado de elementos, enquanto os media australianos referem "cerca de 200 jovens", não indicando se se trata apenas de um grupo ou do total.

Os polícias australianos e malaios tentaram interpelar alguns dos elementos de um dos grupos, estes reagiram lançando pedras e procurando destruir os veículos; perante esta situação, foram feitos disparos de munição real e a GNR foi chamada de emergência, procedendo "ao disparo com munições de borracha para dispersar os atacantes", disse o oficial da GNR à Lusa. Segundo os media australianos, registaram-se nove feridos, sete australianos, um malaio e uma timorense ao serviço da força internacional presente em Timor.

Esta é a segunda vez, em me- nos de uma semana, que a zona de Comoro é palco de confrontos junto ao campo Obrigado, alvo de regulares ataques com cocktails Molotov e pedras. O campo, segundo The Age, de ontem, com cerca de três mil deslocados, principalmente da re- gião oriental de Timor-Leste, é apenas protegido por um muro e um destacamento sem armas da ONU.
O ministro do Interior, Alcino Barris, prestou ontem esclarecimentos no Parlamento de Díli sobre o processo de reactivação da polícia timorense, salientando que esta será formada por elementos não envolvidos nos incidentes de Abril e Maio.

Interrogado pelos deputados, o ministro reconheceu existir um grande número de armas espalhadas pelo território, mas escusou-se a revelar mais detalhes até à conclusão de um relatório sobre o assunto.

.

13 Injured in Fighting in East Timor

Salon
August 24,2006 DILI, East Timor

Rival gangs armed with machetes and stones fought in East Timor's capital late Thursday, injuring at least 13 people, witnesses and officials said.

Hundreds of youths took part in the fighting in front of Guido Valadares Hospital, an Associated Press reporter at the scene said.

.

Confrontos entre jovens

Ocorreram confrontos entre jovens perto do aeroporto e perto do hospital Guido Valadares.

A GNR voltou a ocorrer em ajuda às forças australianas, tendo disparado granadas de borracha.

.

Timor-Leste: apelo de emergência

Tradução da Margarida.

Fonte: Plan

Data: 23 Agosto 2006

O Plan continua a apelar a financiamentos para ajudar as milhares de crianças e adultos que fugiram das suas casas por causa da violência politica na capital de Timor-Leste, Dili.

Por favor envie os donativos para o Gabinete do Plan mais próximo: Austrália, Japão, USA

Desde Abril, a violência nas ruas em numerosas ocasiões levou a muitas mortes, feridos e casas destruídas.

Apesar da situação estar agora mais estável do que há alguns meses, mais de 150,000 pessoas ainda vivem em campos em Dili e nos distritos. Os campos vão de abrigos improvisados para cerca de 4,000 pessoas a campos grandes de 10,000 pessoas, geralmente em seminários ou colégios Católicos, mas outras vezes em campos abertos como parques, edifícios abandonados e escolas.

O trabalho de resposta de emergência do Plan ajudou mais de 15,000 deslocados em Dili e Metinaro – mas muito mais é preciso ainda fazer.

Projectos do Plan

O Plan foca-se na resposta a desastres em quatro áreas chaves: saúde, aprendizagem, ambiente, e protecção infantil e participação.

O nosso projecto de trabalho até à data inclui:

- construção de instalações higiénicas e chuveiros em campos de Dili

- distribuição de tendas, plásticos, itens de casa e de alimentação a deslocados

- organização do Conselho Nacional da Juventude para falar a favor da paz e da reconciliação e para dar passos positivos para reduzir tensões na comunidade

- treino para voluntários e prestadores de cuidados de necessidades especiais de crianças nos campos

- montagem de espaços para crianças e para reuniões de mulheres nos nossos campos

- campanhas de higiene e de limpeza para salientar os perigos para a saúde de má colocação do lixo, latrinas sujas e águas paradas

- educação de saúde para grávidas.

Trabalhamos com uma série de agências locais e internacionais, incluindo Bibi Bulak (Crazy Goat) que fornece workshops de teatro nalguns dos nossos campos.

Também procuramos iniciativas de longo termo e temos esperança de reiniciar o nosso programa de trabalho na região de Aileu, 50 kilometros a sul de Dili, no futuro próximo.

Por favor ajude a apoiar os milhares afectados por esta violência.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.