quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Manuel Tilman abre corrida às presidenciais

Diário Digital / Lusa
07-02-2007 19:25:00


O deputado Manuel Tilman apresentou esta quarta-feira a sua candidatura às eleições presidenciais em Timor-Leste, marcadas para 9 de Abril, invocando a necessidade de «uma ressurreição de Timor-Leste».

«O povo de Timor precisa de ressuscitar no Sábado de Aleluia», afirmou Tilman, o primeiro candidato a anunciar a decisão de concorrer às segundas presidenciais do país desde a restauração da independência, a 20 de Maio de 2002.

Do programa de candidatura divulgado apenas em língua tetum, Manuel Tilman destacou a necessidade de um «tratado global de amizade» com a Indonésia que possibilite a criação de um espaço de livre circulação e negócio em toda a ilha de Timor, na parte Oriental e na parte indonésia.

A abertura da Austrália aos estudantes e aos trabalhadores timorenses é outra das prioridades referidas por Manuel Tilman, que defende a adesão de Timor-Leste à Commonwealth, à semelhança de Moçambique.

Ao anunciar a candidatura, Manuel Tilman apresentou-se com a bandeira do partido KOTA, a que preside, um «hino de paz interior» e o mote «dignificar o passado, pensar o presente, projectar o futuro».

Manuel Tílman, de 60 anos, é licenciado em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa e viveu dez anos nos Açores. Foi deputado ao parlamento português de 1980 a 1984, passou por Macau e Hong Kong no início da década de 1990, onde exerceu advocacia, e foi jurista do Conselho Nacional da Resistência Timorense. Actualmente é reitor de uma das universidades privadas timorenses, a Universidade Dom Martinho Lopes/UNIMAR.

O primeiro-ministro de Timor-Leste, José Ramos-Horta, que hoje deixou Díli com destino a Nova Iorque, onde vai participar na sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre Timor-Leste, desejou felicidades a Tilman ao ser informado pelos jornalistas da apresentação formal desta primeira candidatura.

«Desejo ao meu irmão (Manuel Tilman) felicidades até ao Palácio das Cinzas», afirmou Ramos-Horta, adiantando que continua em aberto a hipótese de ele próprio se candidatar às presidenciais para o que gostaria de contar com o apoio «de todas as forças políticas».

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Redaccao do Porto da RTP troca imagens e insiste com erro

O Jornal de Noticias da 1 da tarde, que passa em Timor-Leste as 10 da noite, emitido pela redaccao da RTP do Porto, anunciou que estava a ocorrer uma "mega-manifestacao" contra Mari Alkati em Dili, utilizando as imagens de ... uma manifestacao de apoio a Mari Alkatiri de ha uns meses atras, com cerca de 15 mil manifestantes.

Nao satisfeitos com o erro, e uma vez transmitidas as imagens correctas que mostram cerca de 2000 pessoas em camioes transportados de Ermera e Liquica, o pivot da RTP insiste na "mega-manifestacao", acrescentando que a populacao se manifesta resvoltada com a decisao da PGR de arquivar por falta de provas o processo contra Mari Alkatiri.

Mais do mesmo...

*nao temos acentos.

TSF com problemas de contas

Milhares protestam contra Mari Alkatiri

Cerca de cinco centenas de timorenses estão a manifestar-se, em Dili, contra o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri. A ONU autorizou a marcha pela capital timorense, após verificar que os manifestantes não possuem armas.

( 13:10 / 07 de Fevereiro 07 )

Cerca de 2500 timorenses estão concentrados em Dili, esta quarta-feira, numa manifestação contra o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri, por este ter anunciado o arquivamento do processo que o acusava de distribuição de armas a civis.

Os manifestantes, que foram transportados por mais de 50 camiões desde Liquiçá até à capital timorense, entoam palavras de ordem contra o ex-primeiro-ministro e estão a ser chefiados por Vicente Rai Los, a principal testemunha do antigo processo contra Mari Alkatir.

Em declarações à TSF, a porta-voz da missão das Nações Unidas em Timor-Leste, Allison Cooper, afirmou que os veículos foram revistados antes de entrar na cidade e, como os manifestantes não traziam armas, o protesto foi considerado «pacífico» e, consequentemente, autorizado. As forças policiais da ONU estão a acompanhar o protesto de perto, tendo-o já desviado do centro da cidade, na qual se encontram refugiados da zona leste da ilha, possíveis adversários dos homens de Rai Los.

Entretanto, o deputado eleito pelo PSD e agora independente Leandro Isaac disse à agência Lusa que se trata de um protesto, organizado pelo Movimento de Unidade Nacional para a Justiça, «contra o actual governo e contra a conspiração política» do mesmo, mas também uma «reivindicação pela justiça no seu todo».
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Conflitos no Bairro Pite

Foram incendiadas duas casas no Bairro Pite e ouviram-se disparos. A policia da Malasia foi enviada ao local.
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Escapee threat to E Timor elections

The Australian
Mark Dodd
February 08, 2007

THE failure to bring to justice East Timor rebel Major Alfredo Reinado and 55 fellow escapees posed a threat to presidential and parliamentary elections scheduled later this year.

Wanted for murder, Major Reinado, a central figure in last year's political violence, escaped from Dili's Becora prison last August with 56 other inmates and while he remained at large, he posed a risk to a free and fair election, a UN Security Council report warned this week.

The report, dated February 1, a copy of which was seen by The Australian, said several attempts involving the Government, led by Jose Ramos Horta, the UN and East Timor military had failed to convince Major Reinado to turn himself in.

The security situation in East Timor, notably the capital Dili, had improved since last August but remained fragile.

East Timor's judicial system attracted strong expressions of concern from the UN, in particular its limited capacity to deal with a growing number of serious cases.

"Increasingly, reports of intimidation of witnesses and the absence of mechanisms for witness protection are hampering prosecutions. These factors, coupled with a general lack of understanding among the population about judicial procedures have contributed to a growing perception that impunity is tolerated," the report said.

A criminal investigation against former prime minister Mari Alkatiri over allegations he was connected to the arming of a pro-government "hit squad" was dropped this week.

The deployment of an Australian-led peacekeeping force now backed by more than 1070 UN police has seen a fall in the number of violent incidents from a peak of 20-30 daily last August to about 10-15 between November and January.

A force of 800 Australian troops and 120 New Zealanders under national, not UN, command is providing security support to the UN mission and its police force.

Screening of East Timor's former police force has resulted in 200 officers being put back on the streets alongside their UN counterparts but the crime rate remains unenviably high.

Since the establishment of the UN Mission in East Timor last August, 295 criminal cases have been reported. They included 53 murders, 37 attempted murders, 26 serious assaults, 45 arson attempts, 10 rapes and two sexual assaults of minors.

In its latest travel advice for East Timor, the Department of Foreign Affairs and Trade warns of a "volatile security situation" in which Australians may be specifically targeted.

"On the 19th of December (2006) we received a report indicating that Australians are at risk. You should exercise extreme caution," it said.

While daily incidents of violence appeared to be dropping off, the UN expressed "growing concern" at incidents in which firearms and hand grenades were used. "Rocks, machetes and iron darts continued to be the most commonly used weapons in such gang fights, in some cases causing deaths or serious injuries," the UN said.

Last November, the Dili Government informed the UN of its intention to "normalise" army operations.

The army currently numbers around 720 soldiers, mostly from the eastern part of the country. The Australian reported last week that a new law on conscription had been passed by parliament, paving the way for a fresh influx of recruits to boost the force to about 3000 men and women.
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Noticias LUSA

Manifestantes anti-Mari Alkatiri entraram em Díli

Díli, 07 Fev (Lusa) - Cerca de 2500 pessoas, transportadas em mais de 50 camiões, entraram às 19:00 (10:00 em Lisboa) em Díli, capital de Timor-Leste, entoando palavras de ordem contra o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri.

A manifestação, proveniente de Liquiçá (a 36 km a oeste de Díli), protesta contra o arquivamento do processo-crime que envolvia Mari Alkatiri, por alegada distribuição de armas a civis, e apoia a principal testemunha do processo, Vicente Rai Los.

Os manifestantes entraram na avenida principal de Díli, sem terem qualquer resistência e foram aplaudidos por uma multidão de populares que ali se concentraram.

As forças internacionais que garantem a segurança no território estão ainda a decidir formas de actuação, segundo apurou a Lusa em Díli.

A marcha entrou na capital timorense já de noite, estando os manifestantes concentrados diante da embaixada australiana.

PRM/LAS Lusa/Fim

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Manifestação chefiada por Rai Los desviada de centro de Díli

Díli, 07 Fev (Lusa) - Uma manifestação com cerca de 2500 pessoas contra o ex-primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, foi hoje afastada do centro de Díli, pela intervenção das forças policiais da ONU.

Os manifestantes, transportados desde Liquiçá (a 36 km de Díli) por mais de 50 camiões, são chefiados por Vicente Rai Los, a principal testemunha do processo contra Mari Alkatiri, entretanto arquivado.

O arquivamento do processo, anunciado por Mari Alkatiri na segunda-feira, é um dos motivos desta marcha durante a qual estão a ser gritadas palavras de ordem contra o ex-primeiro-ministro.

A manifestação entrou em Díli às 19:00 (10;00 em Lisboa) por uma das avenidas principais da capital, mas pouco tempo depois foi travada pelas forças policias das Nações Unidas.

Durante as negociações, em que participaram elementos da GNR e, por banda dos manifestantes, o deputado eleito pelo PSD e agora independente Leandro Isaac, foi decidido que o desfile não iria atravessar o centro da cidade, na qual se encontram refugiados da zona leste da ilha, possíveis adversários dos homens de Rai Los.

"É uma reivindicação contra o actual governo e contra a conspiração política do actual governo", disse Isaac à Lusa, depois de revelar que a manifestação é liderada por Rai Los.

"É uma reivindicação pela justiça no seu todo", acrescentou o deputado independente, que disse que a marcha foi organizada pelo Movimento de Unidade Nacional para a Justiça.


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Timor-Leste/Presidenciais: "Se decidir avançar, avanço" - Ramos-Horta

Díli, 7 Fev (Lusa) À O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, afirmou hoje que continua em aberto a hipótese de se candidatar à Presidência da República e manifestou o desejo de ter o apoio "de todas as forças políticas.


"Se decidir avançar, avançarei", declarou hoje em Díli antes de viajar para Nova Iorque.

"Gostaria de ter o apoio de todas as forças políticas", reafirmou o chefe de governo, sublinhando que ainda não tomou a decisão de se candidatar às eleições de 9 de Abril. "Conto com Deus e com o povo", afirmou à margem da assinatura de um acordo para a conclusão da rede de emissores da televisão timorense em todos os distritos.

José Ramos-Horta não quis responder ao secretário-geral da Fretilin e ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, que segunda-feira exigiu em conferência de imprensa desculpas públicas do actual primeiro-ministro e do Presidente da República, Xanana Gusmão.

"Eles sabem perfeitamente os corredores que fizeram para me forçarem a sair do governo", referiu Mari Alkatiri ao anunciar, segunda-feira, o arquivamento do processo-crime aberto contra si em Junho de 2006, por alegada entrega de armas a civis.

"Os meus actos foram todos públicos e a minha preocupação única e exclusiva foi de evitar que a crise (se) agravasse e descambasse em guerra civil", explicou hoje José Ramos-Horta antes de deixar o país para uma visita a Nova Iorque e a Berlim.

"Esforcei-me muito para o diálogo entre a Presidência da República e a direcção da Fretilin", acrescentou.

"O que eu disse na altura é que nunca acreditei que o doutor Mari Alkatiri pudesse estar implicado directa ou indirectamente nas alegações feitas" contra ele.

O gabinete do primeiro-ministro distribuiu terça-feira à imprensa uma nota com a transcrição de uma entrevista à Australian Broadcasting Corporation e um despacho da agência AFP, ambos de Julho de 2006, nos quais José Ramos-Horta afirmava a mesma incredulidade e "inexistência de provas" contra Mari Alkatiri.

José Ramos-Horta acompanhará em Nova Iorque o debate no Conselho de Segurança sobre a situação em Timor-Leste e o futuro da missão das Nações Unidas no país.

Sem outro comentário à invectiva pública de Mari Alkatiri, José Ramos-Horta explicou que nunca teve qualquer intenção de ocupar a chefia do governo, propondo até "vários nomes" para o cargo antes de aceitar liderar o II Governo Constitucional.

"Se não tivesse havido crise, não estaria aqui hoje", disse ainda o primeiro-ministro. "Abandonei a minha não-candidatura a secretário-geral das Nações Unidas, quando já tinha muitos apoios para o cargo", no Conselho de Segurança, de membros permanentes, "de políticos em Washington".

PRM Lusa/Fim

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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