domingo, outubro 26, 2008

Nem todos se calam perante o ditadorzeco Xanana Gusmão

In Blog Timor Lorosae Nação
Domingo, 26 de Outubro de 2008

ESCREVENDO DE CARAS, PORQUE A INDIGNAÇÃO É ENORME

Por ANA LORO METAN

Estou recordada de nos tempos de Salazar, era eu estudante e estava em Lisboa, Salazar, o ditador de Portugal e colónias, fazer declarações em que justificava as repressões e prisões dos operários e estudantes por pretender assegurar a segurança do Estado Fascista Português. A própria PIDE dizia-se de defesa do Estado – Polícia Internacional de Defesa do Estado – e a DGS era nada mais que Direção Geral de Segurança. Defendiam realmente um Estado, o Estado deles, fascistas, um Estado Totalitário.

Volvidos anos e anos, muitas dezenas deles, deparo com um “salvador da Pátria” com o mesmo tipo de discurso no meu massacrado país. Um ex-herói, ditador de pacotilha, enche o peito do ar poluído e putrefato que o rodeia e faz declarações semelhantes a Salazar, com as devidas adaptações aos tempos de hoje, adaptações a que chamo hipocrisia, palavras repletas de enganos, de falsidades, coisa em que o ditador de meia-tijela é perito. Obviamente que estou a referir-me ao primeiro-ministro-sobre-cadáveres Xanana Gusmão.

É provável que se admirem com a violência das minhas palavras. Creio que compreenderão as razões porque aqui as expresso. Não posso permitir-me calar a indignação perante as atitudes de um falsário como este primeiro-ministro-à-força-e-sobre-cadáveres, que só vem confirmar as suas intenções de se tornar em ditador de um país chamado e lutado Timor-Leste.

«Vamos deter todos aqueles que participem em qualquer manifestação a bem da segurança do Estado», afirmou o primeiro-ministro, na segunda-feira.” Podemos ler em despacho da Lusa desta semana.

«É-me indiferente que me considerem ditador porque a nossa prioridade é a estabilidade e a segurança de todos os cidadãos» Também disse o aprendiz de ditador Xanana Gusmão.

“O que disse é que respeito o direito das pessoas e das massas às demonstrações.” Também foi ele que disse na altura, continuando.”O que me preocupa são grupos que podem provocar pânico na população e começam a fugir e a queimar coisas e a roubar coisas”, esclareceu hoje o primeiro-ministro, em declarações à Lusa à margem da primeira interpelação ao Governo, no Parlamento Nacional.

Concluindo, segundo a Lusa: “Isso não vou permitir”, insistiu o chefe do Governo, que é também responsável das pastas da Defesa e da Segurança. De resto, acrescentou Xanana Gusmão, “façam marchas todos os dias”.

Em que ficamos, senhor ditadorzeco?

Primeiro diz que vai deter “todos aqueles que participem em qualquer manifestação” mas no fim diz para que “façam marchas todos os dias”.

Fala em nome da segurança do Estado, dá uma no cravo outra na ferradura com a sua habitual incongruência. Age como um coronel bastardo dos tempos dos idos no Brasil e logo de seguida dá ares de democrata quando diz “façam marchas todos os dias”.

Em que ficamos, senhor ditadorzeco?

Quis dizer que podem fazer marchas todos os dias em seu apoio? Que os que fizerem marchas a contestá-lo, a contestar a sua política, não podem fazê-lo ou se o fizerem vão todos presos?

Será que o ditadorzeco se confunde com o Estado? Será que ele se julga Estado? Que por isso tem de preservar a sua segurança? Que ao contestá-lo estamos a causar insegurança ao Estado? Qual Estado? Ao estado Xanana? V. Exa. é um bronco. Saiba que o Estado somos todos nós, não um ditadorzeco inchado, cobarde e temeroso das contestações que já há muito sabe existirem e que cada vez crescem mais.

Acontece que os que discordam do ditadorzeco só pretendem manifestar-se pacificamente, aliás, quem tem as armas é a sua ditadurazeca. Se houve quem apadrinhasse em 2006 toda a violência existente foram certos padres e um emergente ditadorzeco que era na época presidente da República por nos ter enganado.

Aquilo que o ditadorzeco teme é a sua queda por exigência de muitos milhares de timorenses, porque sabe que para a maioria dos timorenses já nada vale. Repare-se no seu quarto de representatividade expressos nas últimas eleições. Pode crer que agora serão muitos menos.

Essa é a verdade que sabe, teme e quer esconder. É um primeiro-ministro-à-força-sobre-cadáveres. Um ditadorzeco de pacotilha. Uma enorme fraude para todos nós, timorenses, e também para muitos no mundo.

Esta é a realidade nua e crua. Temos de salvar-nos desta enorme fraude que fala em nome da segurança do “estado dele e dos corruptos” para nos cortar as liberdades inscritas na nossa Constituição.

Desta vez esta prosa sai assim, de caras, porque a indignação é enorme. Ele que fique sabendo que iremos para a luta com as armas legais, coisa que ele desprezou em 2006 e ainda hoje despreza, talvez por julgar que o Estado e a Constituição é ele.

Para agravar a situação temos um PR que “mete o rabo entre as pernas”, como disse Jaime Silva Pinto em prosa anterior. Como não devemos estar indignados, apreensivos, sentirmo-nos a sufocar? Não precisamos de ser Fretilin para contestar esta situação ditatorial e podre, só precisamos de ser timorenses.

TIMOR 2018

Por ANTÓNIO VERÍSSIMO – Página Lusófona

Dili – XTVRJ – 26Out2018 – O ditador Xanana Gus-Mau inaugurou as novas instalações da PPTL, Polícia Política de Timor-Leste, que teve a cobertura televisiva da XTVRJ, Xanana Televisão Rádio e Jornais, e demais associados da comunicação social do nosso país.

As instalações foram inauguradas na presença de mais de uma dezena de estadistas convidados para o evento, General Pinochet, Idi Amin Dada, Hitler, Staline, Mugabe, Bush pai e filho, Howard, Sukarno, Suharto, Mao e muitos outros ditadores que mantêm relações próximas e de grande amizade com o nosso herói, mentor e dono, Sua Excelência Alternadíssima, Reverenda, Venerada e Exultada, Kay-Kay Rala-Rala-Rala Xanana Gus-Mau.

Após a cerimónia o Exultado Xanana Gus-Mau disse que hoje era um dia muito especial para o país “porque acordei muito bem disposto e decidi libertar dois dos prisioneiros políticos dos dez mil e setecentos registados no último censo de há cinco anos, o que vem provar a minha magnanimidade e transparência nos destinos da nossa nação democrática, pacifica, sem contestações e toda mansinha às minhas ordens”.

Apurámos que os libertados eram Nandinho Lasama e Luís Guterres.

Em representação dos estadistas presentes, John Howard foi o porta-voz. Regozijou-se pela ordem social existente em Timor e elogiou a superior liderança do Venerável, Alternadíssimo e Exultado Xanana Mau, recordando nas suas palavras que “este é um dia para nunca mais esquecer e relembrar que estavam certos os desígnios que ambos traçámos desde 2005 para afastar os agitadores sociais e políticos que queriam levar o país à ruína e aos desaires das manifestações e liberdades selváticas de fazerem, dizerem e escreverem tudo que lhes dava na real gana constitucional”.

Posteriormente a comitiva rumou ao Palácio de Marfim, Jade e Platina, residência oficial do casal Kirs-Xanana Mau. A multidão ululava nas saudações devidas ao cortejo e os timorenses menos empenhados eram chicoteados ou abatidos in loco no caso de reincidência por falta de empenho energético a saudarem o ditador.

Registou-se também um pequeno incidente com uma viatura da Telecom Xanan que quase fez o cortejo parar. O condutor da Telecom Xanan alegou que foi o carrinho dos gelados Xanan Ice que o obrigou a abrandar, mas o incidente foi rapidamente resolvido. Ambos foram abatidos e logo recolhidos em viatura fúnebre da Xanan Fast Death, que os encaminhou para o Xanan Cemetery Big Fire.

Alguns membros da comitiva assistiram e elogiaram a eficiência e organização deste Estado Totalitário, em que quase não se ouve um ai nem um pio sem ordens superiores do Alternadíssimo e Exultado Xanana Mau.

Nota: Este é um texto de ficção, qualquer semelhança com acontecimentos em data futura não é coincidência.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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