sexta-feira, maio 04, 2007

Lu Olo adverte Horta: responda às perguntas!

Francisco Guterres Lu Olo para Presidente
"Serei Presidente de todos e para todos"

Comunicado de Imprensa
4 de Maio de 2007


O candidato presidencial da FRETILIN Francisco Guterres Lu Olo, pediu hoje ao seu oponente para que responda as perguntas que lhe foram feitas.

"José Ramos Horta esquivou-se a responder a importantes perguntas feitas por mim, pelos representantes da sociedade civil e eleitores durante esta campanha eleitoral", afirmou Lu Olo.
"Ele tem o dever de responder as seguintes perguntas antes de terminar a campanha para que os votantes possam tomar uma decisão acertada".

1. Porque é que Ramos Horta se recusa a revelar por escrito o seu património?

2. Porque é que Ramos Horta usa o desacreditado ex-elemento das F-FDTL Vicente da Conceição (aliás Railós) como um proeminente membro da sua campanha? A "UN Special Commission of Inquiry" indiciou Railós para ser processado pelo seu envolvimento no ataque às F-FDTL aquarteladas em Tasi Tolo a 23 de Maio de 2006, no qual nove pessoas morreram. Crê-se que foi emitido um mandato de captura para Railós.

3. Será que Ramos Horta adiou o processo de Railós, interferindo assim nos trabalhos do Procurador Geral e no sistema judiciário?

4. Que direito tem Ramos Horta para tentar manipular as Forças de Estabilização Internacional na operação de captura do renegado Alfredo Reinado, na sequência de um acordo eleitoral com outro partido?

5. Porque é que Ramos Horta desde Fevereiro de 2007 escondeu a verdade aos membros do seu próprio Governo e do Parlamento Nacional, acerca do conteúdo do Relatório da Comissão dos Notáveis referente ao caso dos denominados Petissionários – assim como a sua proposta para resolver este assunto tão sensível?

6. Porque é que Ramos Horta pretende alterar a lei do Fundo do Petróleo quando este foi unanimemente aprovado pelo Parlamento e foi considerado internacionalmente como o melhor sistema?

7. Porque é que Ramos Horta, em frente de alguns eleitores, continua a apresentar-se como sendo um candidato da FRETILIN e membro da FRETILIN, quando ele deixou o partido em 1984?

8. Porque é que Ramos Horta quer manter as Forças Internacionais entre cinco a dez anos em Timor-Leste?

9. Que aconteceu às promessas de Ramos Horta, feitas o ano passado para acabar com a violência em Dili, para que deste modo os deslocados pudessem regressar as suas casas?

"Todas as vezes que questiono a sua postura nestes assuntos, Ramos Horta tenta disfarçar e muda de assunto, incluindo fazendo alegações falsas a meu respeito e ao meu partido, alegações estas nunca fundamentadas com evidências", afirmou Lu Olo.

Parece que Ramos Horta às vezes não entende claramente quem é o seu oponente nestas eleições.

Uma vez mais peço a Ramos Horta que actue de acordo com os regulamentos e deixe que os eleitores oiçam o que tiver que dizer acerca desta matéria e comparem as suas respostas com as minhas.

Para mais informações, contacte:

Harold Moucho (Assessor Político de Lu Olo) (+670) 723 0048 (Dili) Jose Manuel Fernandes (Representante oficial de Lu Olo para a CNE) (+670) 734 2174 (Dili)

Prova em vídeo mostra Ramos Horta a comprar votos

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE

FRETILIN
Comunicado de imprensa

4 Maio 2007

A FRETILIN irá hoje fornecer à Comissão Nacional de Eleições testemunhos gravados de votantes que dizem ter sido pagos para votarem por José Ramos Horta na primeira volta das eleições presidenciais.

Será entregue à Comissão (CNE) um CD que contém gravações visuais de depoimentos de cinco testemunhas na área de Venilale, distrito de Baucau, que testemunham ter recebido dinheiro para votarem por Ramos Horta e convencer outros a votarem nele também na primeira ronda, a 9 de Abril. A gravação visual também mostra dois votantes a testemunhar que Ramos Horta lhes deu pessoalmente dinheiro em troca dos seus votos.

O Secretário Geral Adjunto da FRETILIN, José Reis, disse hoje que o partido tinha recebido várias alegações de compra de votos por Ramos Horta, mas que ainda não tinham trazido o assunto a público, pois estavam à espera de ter provas concretas onde se apoiar.

"Agora já temos essas provas e queremos isto investigado", disse José Reis. "Vamos enviar o CD à CNE para que eles possam investigar e tomar medidas que pensem ser justas e apropriadas", disse ele.

"Ramos Horta já tinha levantado anteriormente alegações semelhantes contra a FRETILIN, mas não forneceu nenhuma prova para consubstanciar as suas queixas nem apresentou queixas oficiais perante as autoridades.

"As instituições com responsabilidade constitucional e legal para investigar e agir sobre a má conduta eleitoral são o fórum apropriado para levantar tais alegações. É por isso que nós vamos pedir à CNE para investigar os testemunhos documentados sobre a compra de votos por Ramos Horta. Só pedimos e esperamos que a CNE recorra a um processo justo, conforme a lei", acrescentou José Reis.

Recentemente, de modo a atingir o candidato da FRETILIN, Francisco Guterres Lu Olo, Ramos Horta acusou publicamente a FRETILIN de má conduta em Kulau (Suco de Becora), em Díli. Mas depois de ter estado presente numa reunião lá e de ter falado com as pessoas da área a 2 de Maio de 2007, Ramos Horta foi forçado a admitir que não tinha provas que sustentassem a sua queixa.

O jornal diário de Díli, Jornal Diário , reportou a 3 de Maio de 2007 que (tradução directa do Tétum para Português):

"O candidato a Presidente da República, José Ramos Horta, não encontrou provas acerca dos rumores que circularam através do partido ASDT de que algumas pessoas estariam a comprar cartões eleitorais de outras porque as pessoas têm o direito de receber apoio do estado." O relato continuava dizendo: "Ramos Horta trouxe a lume este assunto quando foi ver as condições das pessoas relacionadas com os rumores publicitados pela ASDT de que em Kulau algumas pessoas estavam a comprar cartões eleitorais a outras pessoas mas quando ele chegou ao local não encontrou provas concretas disto..."

José Reis disse: "Se Ramos Horta tem provas, nós desafiamo-lo a apresentá-las às autoridades. Nós temos dito repetidas vezes que provas de má conduta eleitoral deveriam ser apresentadas às autoridades e não deveriam ser usadas como uma arma para esmagar candidatos da oposição."

Para mas informações, contactar:

José Reis, Secretário Geral Adjunto da FRETILIN, tel. (+670) 734 0382 (Dili)
http://www.luolobapresidente.blogspot.com
http://luolo.blogspot.com
http://www.timortruth.com

Comunicado de Imprensa - Alfabetização de mulheres deve ser uma prioridade, afirma Lu Olo

Francisco Guterres Lu Olo para Presidente
“Eu Serei o Presidente de Todos e para Todos”

Comunicado de Imprensa
4 de Maio de 2007

Alfabetização de mulheres deve ser uma prioridade, afirma Lu Olo

Ensinar as mulheres a ler e escrever é uma forma clara de reduzir a mortalidade infantil e melhorar a saúde das mulheres e das crianças, disse hoje o candidato presidencial da FRETILIN, Francisco Guterres Lu Olo.

Lu Olo declarou que irá estabelecer um sector, na Presidência da República, para as Mulheres, para ajudarem a fortalecer a alfabetização de mulheres e outras necessidades das mesmas, na agenda do desenvolvimento nacional.

“Investir na alfabetização das mulheres será uma grande contribuição para a saúde e bem-estar dos timorenses de agora e das gerações futuras,” disse Lu Olo.

“Alfabetização não é apenas ler e escrever, mas também capacitar e dar poderes às mulheres para fazerem parte da vida política e económica. É-se também sabido e concordado que mulheres alfabetizadas têm menos probabilidades de se tornarem vítimas de violência doméstica, que é um grande problema nas sociedades pós-conflito.”

Lu Olo continuou: “As mulheres deTimor-Leste têm um lugar especial na nossa sociedade. Não só são o centro da família e membros vitais da mão de obra, especialmente na economia agrícola rural, mas também elas foram grandes vítimas da violência durante a ocupação militar indonésia à nossa nação. As mulheres participaram na resistência de forma decisiva, levando armas, formando a coluna vertebral do movimento clandestino, e trabalhando incansavelmente na frente diplomática.”

Lu Olo afirmou ter lutado ao lado de mulheres corajosas, durante os 24 anos de resistência, nas FALINTIL. “Eu conheço, por experiência própria, os sacrifícios que as mulheres fizeram pela independência da nossa nação. É agora nosso dever assegurar que essas mulheres – nossas esposas, mães, irmãs e filhas – sejam respeitadas e tratadas de forma equivalente.”

Lu Olo afirmou que promover a igualdade de gender e os direitos das mulheres requer muito mais do que simplesmente escrever provisões na Constituição e decretar leis para estabelecer igualdedade com os homens.

“Melhorar os nívels de alfabetismo é um começo essencial. Deve existir o foco claro no desenvolvimento de políticas e estratégias para aumentar a participação de mulheres na mão-de-obra, providenciar oportunidades para continuarem os seus estudos, melhorar os seus indicadores de saúde e capacitá-las com competências e apoios para tomarem decisões chave na nossa sociedade e partilharem, de forma equitativa, os benefícios da independência.

“Irei trabalhar numa das muitas realizações do Governo da FRETILIN e o árduo trabalho de organizações da sociedade civil, desde 2001. As necessidades e os objectivos das mulheres Timorenses, jovens e idosas, serão uma das prioridades do meu trabalho como vosso presidente durante os próximos cinco anos. Eu irei estabelecer uma unidade para as mulheres como uma mecanismo para assegurar que as vozes de todas as mulheres encontram-se no topo da agenda nacional.”

Dados indicadores sociais básicos:

O nível de analfabetismo em Timor-Leste está estimado ser 46%, em todo território. Para as mulheres, o nível é de 52%, mas atinge os 90% em algumas area remotas. Timor-Leste tem também o mais alto nível de fertilidade do mundo, com uma média de 7.8 filhos por mulher em idade de conceber. Contudo, entre 42 e 80 por cada 100 mulheres morre dando a luz.

A mortalidade infantil, que significa numero de mortes antes de atingirem um ano de idade, é de cerca de 88 por cada 100 crianças nascidas, e cerca de 128 por cada 100 crianças morrem antes de atingirem os 5 anos de idade. 45% das crianças abaixo dos 5 anos de idade sofrem de má nutrição e baixo peso.

Para mais informações, contacte com:

Harold Moucho (assessor político de Lu Olo) (+670) 723 0048
José Manuel Fernandes (reprezentante oficial de Lu Olo para as eleições) (+670) 734 2174

Timor/eleições: Mais 1.140 eleitores na segunda volta

Diário Digital / Lusa
04-05-2007 5:12:00

A segunda volta das presidenciais timorenses vai contar com mais 1.140 novos eleitores que atingiram os 17 anos já depois da primeira votação a 09 de Abril, disse hoje à agência Lusa o director do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral.

Os 522.933 cidadãos com capacidade eleitoral na primeira volta passam a ser agora 524.073, sublinhou Tomás do Rosário Cabral, que falava à margem da cerimónia de entrega, aos comandantes distritais da Polícia Nacional de Timor-Leste, do material destinados às eleições.

Na cerimónia, que contou a com a presença de vários responsáveis do processo eleitoral como o presidente da Comissão Nacional de Eleições, Faustino Cardoso, Tomás Cabral disse que foram impressos 630.000 votos que serão distribuídos tendo em conta os eleitores locais acrescidos de uma margem de 15 por cento sendo que na própria sede do distrito ficará um reforço suplementar para atender às necessidades.

Uma equipa de cerca de 4.000 pessoas vai trabalhar directamente nos 504 centros de votação com 705 estações de voto e serão apoiados por um total de 224 viaturas para deslocações nos distritos de forma a «garantir a segurança e as necessidades sentidas ao longo do período de votação».

A distribuição dos votos e a segurança dos postos de votação será assegurada pela Polícia timorense em conjugação de esforços com a polícia das Nações Unidas estacionadas no país.
Na primeira volta das presidenciais, com um total de oito candidatos, votaram 427.198 pessoas, 81,69 por cento do total dos eleitores.

A segunda volta das presidenciais timorenses estão a ser disputadas pelo primeiro-ministro José Ramos-Horta e pelo presidente do Parlamento Nacional Francisco Guterres «Lu Olo», estando a votação marcada para o dia 09 de Maio.

Timor: Organização territorial do país vai mudar diz ministra

Diário Digital / Lusa
04-05-2007 4:19:00

A organização territorial de Timor-Leste vai ser alterada com a extinção dos distritos e subdistritos e com a criação dos municípios que concretizem a descentralização de poderes, disse hoje à agência Lusa a ministra Ana Pessoa.

Responsável pela pasta da Administração Estatal no país, Ana Pessoa explicou que depois de um estudo técnico de quatro anos que preconiza a extinção dos 13 distritos e dos 65 subdistritos timorenses com a criação entre 30 a 35 municípios, «estão a ser desenvolvidos consultas locais ao nível dos subdistritos».

«É uma nova organização administrativa mais perto da comunidade e mais participada pela comunidade», sublinhou ao salientar, contudo, que o processo «não é para realizar amanhã».
«Estamos neste processo desde 2002 e a equipa encarregada do estudo analisou outros exemplos de descentralização como o de Cabo Verde e fez uma série de recomendações ao Conselho de Ministros, que adoptou um programa que determina que o trabalho seja faseado, com a capacitação dos recursos humanos necessários e tendo a criação dos municípios como base os subdistritos», explicou.

Ana Pessoa sublinhou ainda que todo o processo de descentralização em Timor-Leste deve ser «encarado como um investimento», embora no início haja a necessidade de «investir na criação das condições necessárias para potenciar as vantagens da nova organização que visa o desenvolvimento do país».

UNMIT – MEDIA MONITORING - Friday, 4 May 2007

National Media Reports

Jose da Costa: alliances between parties have no impact on other political parties
The Dean of Faculty of Political Science of National University, Jose da Costa Magno speaking to journalist on Thursday (3/5) said that the alliances between political parties will have no crucial impact on other parties, since each party has its own strategies to gain the votes.

“Since the first parliamentary election, they allied and there were no consequences for others,” said Magno.


Vote for Horta, vote for capitalism
A member of National Parliament from Fretilin, Joaquim dos Santos speaking to journalists yesterday (3/5) said that voting for Ramos Horta means voting for feudalism and capitalism since Ramos Horta is supported by opportunists and capitalists.

Mr. Joaquim also questioned why Ramos Horta accused Fretilin of backing the crisis.

“Ramos Horta was part of the government, he was the Minister of Foreign Affairs, he is the one negotiating here and there, why does the crisis still exist?” said Joaquim.

Domingos Sarmento: Ramos Horta using blanket politics

Domingos Sarmento, the Minister of Justice at his office in Caicoli, Dili on Wednesday (2/5) said that during the campaign Ramos Horta used to say that Fretilin was using money politics, however Horta is using blanket politics over people in Deleixo village in Ermera 24 hours before presidential election in April 9.

Mr. Sarmento said that Ramos Horta got most votes in that village because he provided blankets and preserved food to the villagers.

“He used to accuse Fretilin, but he himself is using blanket politics to buy votes,” said Sarmento

Railos: “I am the militia that was formed by Fretilin”
In response to the declaration of presidential candidate Francisco Guterres Lu-Olo that he is a militiaman, Vicente da Conceição Railos said that he agreed with Lu-Olo’s statement.

“…Last year, Fretilin distributed weapons to us to kill and intimidate people. People in Liquica recognize me as a member of a group of terrorists, not just a group of militiamen,” said Railos via mobile yesterday (3/5). (STL)

CNE dos not authorize STAE to give observer cards to the members of government
In answering the statement from some ministers concerning the provision of ID cards for the members of government to be VIP observers for the runoff election, the spokesperson of CNE Fr. Martinho Gusmão reportedly said that CNE does not authorize STAE to do that.

He added that CNE has sent a letter to STAE in demanding that they do not issue such cards.
(DN)

UNPol presented Sarmento-Somoco’s Case to the general prosecutor
The case of the Minister of Justice, Domingos Sarmento and Vice Minister of Interior, Agostinho Sequeira Samoco, has been presented to the prosecutor general by UNPol.

The spokesperson of UNPol, Monica Rodriguez said that weapons, Rama Ambons and cash (US$5.000) found by Australian forces in the possession of the campaign team of presidential candidate Francisco Guterres Lu-Olo in Ermera were presented to the prosecutor general of republic in the last few days.

“It is true that the case concerning the electoral campaign of presidential candidate Lu-Olo in Ermera is now under investigation and has been presented to the general prosecutor, for further information please contact the prosecutor general,” explained Monica via phone on Thursday (3/5). (STL)

Run-off election, UNPol provided maximum security
After the weekly meeting with President of Republic, Xanana Gusmão on Thursday (3/5) at Palacio das Cinzas Caicoli Dili, the Second vice Prime Minister, Rui Maria de Araujo told journalists that the government of Timor-Leste cooperates with UNMIT, UNPol and ISF to provide maximum attention to security and improve the system of security for the run-off presidential election.

He added that UNMIT, UNPol and ISF brief the council ministry on the affected places in the districts and in Dili. (STL and TP)

PD will have a coalition after general election
The Democratic Party (PD) will make a coalition after the general election 2007/2012 period for the reason that PD is not prepared to make coalition before parliamentary election and politically it is not a strategic priority for PD.

“…after the result of the parliamentary election we can see the percentage achieved which by the coalition party, then we will create a coalition together to form government and opposition,” said Rui Menezes on Thursday (3/5) in national parliament. (STL)

F-FDTL will be deployed at the national hospital
The vice Minister of Health, Luis Lobato speaking to the journalists on Thursday (3/5) in the National Hospital (HNGV), Bidau Dili, said that the government is planning to deploy F-FDTL in the HNGV to provide security to the doctors, nurses and patients.
“We have security provided by UNPol and ISF (New Zealand). I think we will deploy F-FDTL in HNGV if there is no ultimate solution for this matter,” said Luis. (STL and DN)

Press should be courageous
Member of parliament from Social Democratic Party (PSD), Maria Paixão, called for all media outlets in Timor-Leste to be courageous in dedicating their life to the society.

“I congratulate to all press in Timor-Leste and I demand them to work constantly to provide information because the reality shows that the politicians could not access the current information without the press,” said Paixão on Thursday (3/4) on World Press Freedom Day. (STL)

Leandro blames Fretilin Leaders supporting
The member of national parliament and supporter of fugitive Alfredo Reinado Leandro Isaac, accused Fretilin of giving major support to the operation of the International Stabilization Forces (ISF) to capture Alfredo Reinado and his men. Moreover, the operation only persists thanks to this support.

Leandro admired the declaration of president of republic Xanana Gusmão and Prime Minister Jose Ramos Horta to halt the operation.

Leandro said that Fretilin, through its leaders, such as president of national parliament Lu-Olo and vice of Prime Minister Estanislau da Silva, have always been against halting the operation on Alfredo and there is no agreement in the high level committee about this matter.

“I would cease the operation now, however Estanislau and Lu-Olo reject this on the grounds that there is no agreement to halt the operation. The operation is also supported by the majority of the members of national parliament after ISF attacked to Alfredo’s camp in Same in last two month,” said Leandro on Tuesday (01/5) in Same-Manufahi. (TP)

Alfredo occupies strategic sites across Timor-Leste
The member of national parliament Leandro Isaac reportedly said that the fugitive Alfredo Reinado Alves has occupied all the strategic sites across the country.

In response to the strategic places mentioned, Leandro stated that 80% of the strategic places are in the west region; however he doesn’t know the other strategic places in the eastern region.
Leandro revealed that after the raid by ISF on Sunday (4/3) in Same, about 70-80 members of Alfredo’s group fled with 30 automatic weapons. (TP)

Lu-Olo demands that Horta declare his wealth
The presidential candidate from Fretilin Francisco Guterres Lu-Olo told journalists on Thursday (3/5) through a press conference that his adversary Jose Ramos Horta seeks to flee away from his moral obligation to declare his wealth by a letter, so Lu-Olo demands that Horta declare his wealth publicly.

Furthermore he said he has declared his wealth in a letter on 23 April. (DN)

Attack on journalists means an attack against international law
The Secretary General of the United Nation Ban Ki-Moon delivered his message on freedom of the international press on Thursday (3/5).

Secretary General Ban Ki-Moon stated that the UN is mandated to act as a defender of the free presses.

He also stated that an attack on the free press is an attack on international law, humanity, freedom and all things which the United Nations struggles for. (TP)

The General Prosecutor: no comment on Railos’ case
The prosecutor general, Longuinhos Monteiro did not want to comment on the case of ex secret armed commander of Fretilin Vicente da Conceição Railos.

“We have no time to comment publicly on Railos because the prosecutor general has too many tasks,” said Longuinhos through his secretary via the phone on Thursday (3/5). (TP)

Presidential Candidates are not providing a good program during the campaign
The president of Christian Democratic Party (PDC) Antonio Ximenes and the better sector manager of world vision in East Timor Agosto Ferreira Soares separately told journalists on Thursday (3/5) that the campaign of both presidential candidates Jose Ramos Horta and Francisco Guterres Lu-Olo in the rural areas are preoccupied with personalities and that people do not believe them.

...

UNMIT - Security Situation - Friday, May 4, 2007

This is a broadcast of the UN Police in Timor-Leste to provide you with information about the security situation around the country.


The security situation in Dili has been relatively calm, although Bairo Pite remains a flashpoint.

Today in Dili, UNPol conducted a total of 51 patrols and were required to attend four incidents, including two incidents of fighting. The first occurred at 1057hrs when UNPOL received reports of rock throwing on Comoro Road. On arrival, the UNPOL patrol discovered that about 30 people were involved. One man was arrested and the others fled the scene. The second incident occurred at 1155hrs. UNPOL responded to reports of fighting in Bairo Pite behind the Bairo Pite police post. However, the patrol was able to bring the situation under control without any arrest or injury.

Yesterday, at about 2210hrs, the International Stabilization Forces (ISF) arrested seven people for possession of local-made fire arms, a grenade and sling shots at Banana road in Bairo Pite. Approximately two hours later in the same area, the ISF arrested a further two people for possession of an offensive weapon. UNPOL recovered two slingshots and 42 darts and transported the suspects to the detention centre.

Yesterday in Bobonaro sub-district, UNPol and PNTL officers traveled to Sibuni to find a peaceful solution to a clash between two rival groups of supporters. Five supporters from one side had been subject to verbal and physical abuse one day previously.

In Viqueque district, an UNPOL team and one PNTL officer went to Uaimori village yesterday to investigate reports of a rape.

In Liquica two days ago, two local electoral staff had rocks thrown at their car in Metago Bazartete sub district. The two victims had leg and back injuries, and were treated at Dili Hospital. The injuries are not life-threatening. The matter is under Investigation.

The Police advise to avoid traveling during the night to the most affected areas. Report any suspicious activities and avoid traveling the areas affected by disturbances. Call 112 or 7230365 to contact the police 24 hours a day, seven days a week.

This has been a daily broadcast of the UN Police in Timor-Leste, for +the people of Timor-Leste

The UNMIT Deputy Special Representative discusses ways to improve areas of the electoral process

UNMIT
4.07.2007

Dili, Timor-Leste – The Deputy Special Representative of the Secretary-General for Governance Support, Development and Humanitarian Coordination, Mr. Finn Reske-Nielsen, continued his visits to the districts this week and met with local authorities to discuss ways of improving the electoral process taking into account the lessons learnt from the first round of presidential elections.

On Tuesday, the DSRSG travelled to Ainaro, Manufahi and Lautem Districts.

During his meetings with local authorities, the Deputy Special Representative explained that an intensive voter education campaign is being carried out, especially in the most problematic areas, to ensure increased voter-turn out and to reduce the number of invalid votes during the second round.

Most districts reported that voter education had gone well so far and the local authorities seemed confident that the communities understood the purpose of the run-off elections. All the districts visited by the DSRSG reported excellent cooperation with the United Nations Police, PNTL and the ISF and thanked UNMIT for the support being provided.

During the visit, the DSRSG also met with the UN staff deployed in those districts. Other issues discussed included security, training, campaigning and logistical support.

For further information please contact UNMIT spokesperson Allison Cooper on +670 7230453

Cerimónia de entrega de material eleitoral para os Distritos

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LESTE
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL
SECRETARIADO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO ELEITORAL (STAE)
Rua de Caicoli, Dili, Tel. 3317445 / 3317446

Comunicado de Imprensa
Díli, 4 de Maio de 2007

A preparação final para a Segunda Volta das Eleições Presidenciais em Timor-Leste, começa oficialmente com uma cerimónia de distribuição de material eleitoral, considerado sensível, para as sedes distritais, antes de chegarem ao destino final, os 504 Centros de Votação e respectivas 705 Estações de Voto espalhadas por ttodo o território timorense.

O simbólico evento está marcado para Sexta-Feira, dia 4 de Maio de 2007, na Sede do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) em Caicoli, Dili.

A cerimónia vai ser presidida pela Ministra da Administração Estatal, Ana Pessoa, conta com a presença do Ministro do Interior, Alcino Baris, representantes do STAE e da Comissão Nacional de Eleições (CNE), elementos da Missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), foram também convidados Observadores Nacionais e Internacionais.

Um camião e outro veículo de tracção às quatro rodas vão transportar, imediatamente após a cerimónia para doze dos treze Distritos de Timor-Leste, material eleitoral considerado sensível, como boletins de voto, carimbos e tinta. As colunas de veículos serão escoltados por patrulhas da UNPOL e PNTL desde Dili até à capital de cada Distrito. O transporte para o Distrito de Oecusse será feito por helicóptero..

Para a Segunda Volta da Eleiçõ Presidencial, foram impressos 630.000 boletins de voto, o que supera cerca de 20% o número total de eleitores recenseados, 522.903. Uma reserva desses boletins de voto será guardada nas sedes de Distrito para resonder às necessidades no dia da votação.

Os programas de Educação Cívica para a população e treino para os elementos que vão trabalhar nas Estações de Voto estão a acontecer em todo o país de acordo com o plano antecipadamente estabelecido pelo STAE.

O director da instituição, Tomás do Rosário Cabral, mostra grande expectativa em relação a esta Segunda Volta: “A afluência às urnas no dia 9 de Abril foi muito elevada, 81,69%, o que demonstra que a Educação Cívica chegou aos cidadãos e a participação dos eleitores revelou um grande espírito democrático da parte do povo Timorense. No entanto, queremos sempre melhorar. Intensificámos o treino ministrado aos elementos que vão trabalhar nas Estações de Voto para que o processo se torne ainda mais eficiente. É importante lembrar que o processo de contagem ao nível Distrital e Nacional já não é da nossa competência, mas da CNE. Não podemos esquecer, no entanto, que Timor-Leste é a mais jovem Nação independente do mundo, e estas são as primeiras eleições organizadas pelo Estado Timorense. Antes da primeira volta tivemos apenas quatro semanas para preparar toda a logística necessária e agora temos só mais uma semana pela frente, mas fizemos tudo para garantir eficiência. A CNE, como orgão independente, supervisiona as campanhas de Educação Cívica e de treino de pessoal, esperamos poder continuar a contar com esse apoio tão necessário para que a Segunda Volta seja também um sucesso”.

O processo de Educação Cívica do STAE inclui diversas formas. Ao longo dos últimos dias têm-se multiplicado os encontros com os Administradores de Sub-Distrito e Chefes de Suco, responsáveis por disseminação de informação relacionada com as eleições tal como: porque devem os timorenses votar, porque se realiza a segunda volta da Eleição Presidencial e a importância de uma eleição pacífica.

A informação é também difundida de outras formas, nomeadamente através de sessões nocturnas de projeccção de filmes de Educação Cívica e mensagens radiofónicas emitidas pelas Rádios Comunitárias.

Equipas especiais de Educação Cívica dirigem-se a escolas, mercados centros de saúde, paragens de microlete e à porta de igrejas, pontos usuais de concentração de população, para transmitirem, através de contacto directo, informação relativa ao processo eleitoral. 15.000 boletins de voto com candidatos ficcionados foram utilizados por muitos eleitores como documento de treino, para melhorar o acto eleitoral.

Por todo o país foram afixados 18.000 posters e distribuídos 15.000 panfletos e 13.000 autocolantes com informação sobre a Segunda Volta.

Um total de 4029 elementos responsáveis pelas operações nas Estações de Voto foram treinados antes da primeira volta da Eleição Presidencial e durante esta semana receberam um “reforço” dessa formação.

No dia 9 de Maio estarão a trabalhar em todos os 504 Centros de Votaão e 705 Estações de voto para garantirem que tudo corre de forma eficiente. Durante três dias, em Díli, os formadores foram também sujeitos a uma actualização da formação de carácter mais específico para esta Segunda Volta.

Todas estas operações foram levadas a cabo pelo STAE, o orgão eleitoral do governo Timorense integrado na tutela do Ministério da Administração Estatal. A Secção de Apoio Eleitoral da UNMIT garante o suporte logístico e técnico necessários ao STAE, de acordo com o que ficou estabelecido na Resolução 1704 do Conselho de Segurança. O PNUD Timor-Leste também colabora de forma significativa nestas Eleições, com apoio técnico e financeiro graças à contribuição dos doadores internacionais.


Para mais informações por favor contacte : Dulce Junior : 7288425 no Julio da Silva: 7250761 julio.dasilva@undp.org.

Candidates' assets an issue in Timor poll East Timor

ABC Radio Australia
Last Updated 04/05/2007, 10:39:50

In East Timor, the personal wealth of Prime Minister Jose Ramos Horta is shaping up as an election issue in next week's presidential poll.

A second round of voting is scheduled for Wednesday.

The ruling Fretilin party candidate Francisco Guterres won the highest share of votes in last month's poll, ahead of Dr Ramos Horta, but failed to win the 50 percent required to prevent a run-off vote.

Mr Guterres has now released a statement of pecuniary interests, declaring he has few assets - no bank account, no savings, no shares or investments, and only a family home in the country's east.

He says Dr Ramos Horta has a moral obligation to declare his financial interests as well.

But the prime minister's office says there is no such constitutional requirement, and that his pecuniary interests are already in the public domain.

They include houses in Dili and Sydney and earnings from the international speaking circuit.

ASEAN & Mais longe- Xanana Gusmão: Nenhum Problema se o meu Partido Perder

(Tradução da Margarida)

Tempo Magazine - No. 35/VII - Maio 01-07, 2007


Quero ser livre. Quero escrever poesia e pintar," disse Kay Rala Xanana Gusmão numa entrevista especial ao Tempo no ano passado. Talvez fosse um tanto romântico, talvez um pouco cansado. O que queria parecia ser um futuro pacífico. No fim de contas, tinha tido uma experiência movimentada antes de se tornar um ícone nacional.

Xanana, 61 anos, é o Presidente de Timor-Leste. É também uma figura carismática. Observa a atmosfera política caótica que rodeou as eleições e já não é mais o Xanana de há um ano atrás. Condena a Fretilin, de que está convencido distribuiu armas aos seus seguidores. Agora, preparando-se para liderar o seu novo partido, o Congresso Nacional para a Reconstrução Timorense (CNRT) para as eleições parlamentares em 30 de Junho, declarou a sua prontidão para se tornar primeiro-ministro se Ramos Horta se tornar presidente.

Falou com o Tempo no seu Gabinete no Palácio das Cinzas na área de Kaikoli de Dili, há duas semanas, parecendo relaxado e feliz. Cortou o tabaco de seis maços para um por dia.

Falando aos repórteres Ximenes Soares e mais tarde com Faisal Assegaf, clarificou uma série de questões incluindo as suas razões para se manter envolvido na política. Excertos:

Tempo: Como é que vê os últimos acontecimentos, Lu Olo à frente de Horta, o candidato que apoia?

Podemos olhar para isso de duas perspectivas. Primeiro, talvez quiséssemos encurtar o tempo de modo a que Horta pudesse ganhar na primeira volta com o apoio de todos os outros partidos da oposição. Mas estamos também a analisar isso doutro perspectiva, que é positiva porque indica as dinâmicas da democracia. Comparadas com os resultados das eleições de 2001 quando a Fretilin ganhou com 57 por cento dos votos, desta vez não alcançou os 30 por cento. Se estivesse no lugar da Fretilin, obviamente diria que foi uma derrota, por que para a Fretilin com a sua organização e máquina política que chega às aldeias e distritos, e apoiada por fundos ilimitados, o resultado foi bastante pobre. Podem ter ganho mas podem perder mais tarde. Com muito dinheiro, podem continuar a dá-lo.

Tempo: Porque é que apoia Horta?

Ramos Horta tem sido o meu candidato desde 2003, não é nenhuma novidade. No fim de cada ano as pessoas da administração vêem oferecer-me bençãos, e tenho dito consistentemente que Horta é a pessoa que me vai substituir. Em Nova Iorque, em Setembro de 2005, Alkatiri veio ao meu quarto, dizendo que a igreja e as pessoas e apoiam a nomeação do Chefe das Forças Armadas, Gen. Taur Matan Ruak, como o próximo presidente. Disse explicitamente que não. Não por causa de gostar de Ramos Horta e ele é como se fosse da minha família. A minha consideração era, porque em Maio de 2006 a UNMISET (a Missão da ONU de apoio em Timor-Leste) acabou a missão em Timor-Leste. Já temos financiamentos e petróleo. Há muitos conflitos no mundo portanto a atenção da comunidade internacional diminuirá. Por causa disto, falando nos interesses nacionais, a bem da boa governação e do povo, Horta é a pessoa certa para ser presidente. Conhece o mundo, é conhecido de muita gente, e sabe como trabalhar com as instituições internacionais. Se a Fretilin quer que Taur Matan Ruak seja presidente, será melhor se o prepararem para as eleições de 2012.

Tempo: Mas o resultado da primeira volta das eleições presidenciais indica que o nome bem conhecido de Horta não é nenhuma garantia.

Penso que a resposta é que temos de trabalhar mais. Esta foi uma boa lição para todos nós. Fiquei também surpreendido pelos resultados alcançados por um dos candidatos. Durante a noite e apenas numas poucas horas, o candidato ganhou mais de 30,000 votos apenas num distrito. Isto significa que do nada dispararam directamente para a lua. Muita gente escreveu-me cartas, questionam algo que não faz sentido. Indica que a máquina do partido está a trabalhar e a dirigir. Para o novo partido (CNRT), o desafio é nada mais que trabalho árduo.

Tempo: Mas o seu partido não tem nenhuma rede, os seus recursos humanos são limitados. Como é que pode acreditar que o seu partido vai ter sucesso?

O problema nesta altura é que sou ainda o presidente. O partido é também novo. Ainda estamos no processo de o registar oficialmente com o Departamento da Justiça e a prepararmos a nós próprios para um congresso. Contudo tenho andado a pensar acerca de em breve formarmos uma equipa de especialistas para aprendermos com eles e estudarmos todas as diferentes áreas de maneira geral. O mais importante, no primeiro ano devemos corrigir os nossos erros. O CNRT nasceu para reformar e para dar esperança, seja sozinho, seja colaborando com outros partidos.

Tempo: Disse uma vez que se queria retirar da política. Porque é que mudou de ideias?

Pensei em regressar à política cada vez mais durante a crise recente. Sabemos que houve armas distribuídas. Recebi informações que os que receberam as armas não podiam ser apenas uma ameaça para a Fretilin Mudanca (um grupo reformista no seio da Fretilin) mas também para as pessoas durante as eleições. Além disso, comecei a ver que existia uma situação extremamente perigosa. Mais ainda, todos sabemos que eles têm uma influência forte sobre a PNTL (a polícia) e também sobre as F-FDTL (as forças armadas). Dados estes desenvolvimentos, pensei que a situação não levava a uma mudança.

Se as armas estavam nas mãos dos que estavam no poder então as pessoas continuariam a sofrer. Como presidente, tentei seguir a Constituição. Mas, baseado na minha experiência, o presidente não tem suficiente influência e apenas segurando as rédeas de um novo governo podemos fazer algo para as pessoas e para a nação.

Tempo: Se for eleito primeiro-ministro, será capaz de resolver a crise?

Penso que sim. Algumas pessoas sentem que um bom primeiro-ministro devia ser formado de modo a resolver problemas. Disse e dei sempre um exemplo, Suharto como o Pai do Desenvolvimento na Indonésia. Obviamente que devemos diferenciar isso da questão da ditadura, violações dos direitos humanos e outras coisas negativas. Em relação a Suharto como o Pai do Desenvolvimento, o povo Indonésio conhece melhor do que eu. Mas, não foi ele próprio que fez o trabalho. Para se ser primeiro-ministro, temos de ter uma visão clara, boas ideias; temos de delegar poder a outras pessoas, deixá-los fazer o trabalho e será feito certamente. Lembro-me que em 1978, quando morreram todos os membros de topo do Comité Central da Fretilin e os comandantes das Falintil de mais alta categoria que eu próprio nas partes centrais e do oeste [de Timor-Leste], assumi a liderança. Mas não tinha que ir para as batalhas confrontar os soldados Indonésios. Fazia apenas os planos e determinava a estratégia.

Tempo: Mas talvez as pessoas possam perguntar: quando irrompeu a crise, houve apelos para declarar o estado de emergência, contudo hesitou a tomar tal decisão.

Como primeiro presidente eleito, tenho de salvaguardar e assegurar que a Constituição é respeitada.

Isso seria um mau precedente para mais tarde. Se não, daqui a uns tempos no futuro, durante uma crise, podíamos dissolver o parlamento. Obviamente isso não seria bom para a nação e para o Estado. Se há algo de que me orgulhe, é de ter tido sucesso em defender e honrar a Constituição, não por ter sido hesitante mas por respeito pela Constituição, mesmo apesar de ter havido apelos fortes por representantes de 13 distritos na altura.

Tempo: Está a regressar à política porque pensa que ninguém o pode substituir?

A geração mais jovem tem de saber que apenas a dinâmica não chega. Tem de haver uma combinação de experiência e maturidade. Agora todos têm de participar. Da nossa experiência dos últimos cinco ou seis anos, a política tem sido controlada apenas por um pequeno grupo de pessoas. Exclusivamente para eles. Foi isto que correu mal, foi isto que nos marginalizou a todos nós. Como tal, o CNRT usa a palavra reconstrução. Isto significa reconstrução das ideias, políticas, reformas, e de todas as coisas erradas. A participação das pessoas deve ser aberta tanto quanto possível. Por causa disto, temos de preparar as condições para ir nesta direcção. Os jovens devem preparar-se bem eles próprios.

Tempo: E se o seu partido perder as eleições parlamentares em Junho próximo?

Não penso que isso seja um problema. Se um outro partido nos convidar para nos juntarmos numa coligação, analisaremos a forma e juntaremos os programas. Claramente, isto não é possível com a Fretilin. O CNRT poderá cooperar com outros partidos de modo a que a coligação não seja apenas para obter votos ou lugares, mas mais importante, para dar benefícios significativos para as pessoas. Se não, será melhor estar na oposição. Se o CNRT não ganhar, significa que o povo quer ver os projectos a serem dominados apenas por uma família. A compra dos uniformes da polícia controlados por uma família, as armas para as F-FDTL controladas por uma única família, projectos para abrir estradas e para fechar estradas por essa mesma família também, e projectos de gasóleo e de arroz controlados por essa única família. Se o povo sentir que esta é a melhor situação para ele e para todos nós, assim seja e elejam-nos.

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA – Quinta-feira, 3 Maio 2007

(Tradução da Margarida)
Relatos dos Media Nacionais

Lu-Olo: “A Fretilin tem apenas um candidato”

Numa conferência de imprensa na Quarta-feira (02/05) no Comité Central da Fretilin (CCF) em Comoro Dili, o candidato presidencial Francisco Guterres Lu-Olo afirmou que há apenas um candidato presidencial da Fretilin.

Lu-Olo questionou porque é que Ramos Horta usou a Fretilin na sua campanha presidencial.

Explicou que Horta deixou a Fretilin em 1984, por isso não deve falar (como se fosse) membro ou candidato da Fretilin. (DN e TP)

Horta discute questões de segurança com os partidos políticos

O candidato presidencial e Primeiro-Ministro José Manuel Ramos Horta teve um encontro na Quarta-feira (02/05) na sua residência com os partidos políticos que o apoiam para discutir questões de segurança durante a segunda volta das eleições presidenciais.

“É importante (estar) preparado para incidentes de intimidação especialmente em áreas como Viqueque, Baucau e Los Palos – não apenas durante a Segunda volta das presidenciais como também durante as eleições parlamentares,” disse Horta.

No encontro estiveram presentes PSD, PD, ASDT, PMD, UNDERTIM, PST, e os ‘Reformistas’ da Fretilin incluindo o representante dos jovens do distrito de Viqueque. (DN)

Ramos Horta: Forças Australianas encontraram armas e dinheiros em carros da Fretilin

Em resposta à acusação pelo candidato presidencial José Ramos Horta que forças Australianas tinham encontrado armas e dinheiro em carros da Fretilin durante a campanha de Lu-Olo, o coordenador da campanha da Fretilin no distrito de Ermera, Domingos Sarmento, disse que levará as forças Australianas a tribunal se não encontrarem nenhuma evidência do caso. (TP e STL)

Relatório da ONU sobre a primeira volta das eleições: Horta acusa o STAE de manipulação

O candidato presidencial José Ramos Horta disse que o relatório da ONU sobre a primeira volta das eleições afirmou que houve muitos incidentes de manipulação pelo STAE, pelo governo e pela Fretilin. (TP)

IRI dá treino a quase 700 membros dos partidos políticos

Uma declaracção para a imprensa da USAID na Quarta-feira (02/05) afirmava que o USAID por intermédio do IRI continuará a apoiar Timor-Leste no processo eleitoral. Correntemente, dá treino a quase 700 membros dos partidos políticos; 50 participantes são mulheres.

O treino foca o desenvolvimento de mensagens, estratégias de campanha e comunicações internas.

“O treino ensina ideias novas em como abordar os apoiantes numa campanha,” disse um participante. (TP)

Líderes da Fretilin preocupados com a presença da ISF

Depois de ter participado na inauguração de uma livraria no Sábado passado (28/4) na aldeia Bercoli, o líder da Fretilin, José Maria dos Reis, disse que estava preocupado com a presença da ISF (Força Internacional de Estabilização) pelo país, particularmente na região I (Los Palos, Baucau, e Viqueque).

Disse que a ISF na região leste não está a coordenar com as autoridades locais. (TP)

CVA: muito dinheiro, nenhum resultado

De acordo com um relatório da Associação de Direitos Humanos e Justiça, o trabalho da Comissão da Verdade e Amizade (CVA) entre Timor-Leste e a Indonésia gastou muito dinheiro mas não alcançou nenhum resultado maior.

A CVA, que foi montada para estabelecer a verdade que rodeou o referendo, começará hoje uma terceira volta de interrogatórios. (TP)

Resignação: Ramos Horta espera uma carta oficial do CCF

O Primeiro-Minstro José Ramos Horta disse que está preparado para resignar quando receber uma carta oficial do Comité Central da Fretilin (CCF).

Horta disse que antes de tomar quaisquer decisões, o CCF deve consultar o presidente da República, Xanana Gusmão. (STL)

CNE não é imparcial

O Vice-Secretário-Geral da Fretilin, José Manuel Fernandes, observou que a CNE não foi imparcial durante a primeira volta das eleições presidenciais por ter apenas feito queixas publicamente contra a Fretilin. (STL)

Alguns candidates compram votos

O porta-voz da CNE padre Fr. Martinho Gusmão e Maria Angelina Lopes Sarmento disseram aos jornalistas numa conferência de imprensa na Quarta-feira (02/05) que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) recebeu queixas de vários distritos, nomeadamente em Dili, Ermera, Viqueque, Suai e Manatuto, que alguns candidatos começaram a distribuir arroz e a darem dinheiro para ganharem votos para a segunda volta das presidenciais. (STL)

HNGV vai entrar em greve se o governo não mudar os deslocados

O Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) ameaçou entrar em greve depois de ameaças contra médicos e enfermeiros por grupos não identificados.

Algumas janelas do hospital foram destruídas e alguns deslocados ficaram feridos.

“É melhor para nós morrermos numa greve do que sermos vítimas das acções deles. Anunciaremos isto publicamente e confirmaremos que não haverá tratamentos nesse período,” disse um médico. (STL)

Ramos Horta questiona o dinheiro encontrado com os seguidores de Lu-Olo

O candidato presidencial José Manuel Ramos Horta questionou se o dinheiro (US$5.000) e as armas encontradas pela ISF nos seguidores de Lu-Olo pertenciam ao governo ou à Fretilin.

O Ministro da Justiça Domingos Sarmento disse que o dinheiro pertencia ao governo para financiar vários projectos em Ermera, enquanto que António Lima da Fretilin afirmou que o dinheiro lhe pertence. (STL)

STAE viola a lei eleitoral

O presidente da comissão conjunta de monitorização das eleições gerais (KOMEG) padre Agostinho de Jesus Soares disse que a atitude do Director do STAE Director, que não permitiu a entrada dos comissários da CNE, ia contra a lei eleitoral No. 5/2006.

O padre Agostinho de Jesus Soares disse na Quarta-feira (02/05) que a CNE tem autoridade para controlar o processo eleitoral.


Relatos dos Media Internacionais

A ONU avalia a segurança das eleições em Timor-Leste
Quarta-feira, 02 Maio 2007 12:32:02

O Representante Especial da ONU começou uma volta por Timor-Leste para avaliar a segurança antes da segunda volta para as presidenciais na próxima semana.

Atul Khare encontrar-se-á com funcionários locais em áreas onde foram relatados desassossego e intimidação de eleitores durante a votação no mês passado, disse a missão numa declaração, conforme relatou a AFP na Terça-feira.

Está agendada para a próxima Quarta-feira uma segunda volta entre o laureado do Nobel José Ramos-Horta e o Presidente do Parlamento Francisco Guterres depois de nenhum ter ganho a maioria absoluta dos votos nas eleições de 9 de Abril.

"Em particular, o Representante Especial do Secretário-Geral visitará distritos que relataram incidentes de violência ou de intimidação, bem como daqueles que tiveram menor participação de eleitores na primeira volta," lê-se numa declaração da ONU.

A eleição, a primeira nesta nação inquieta desde que ganhou a independência em 2002, foi louvada como tendo sido pacífica com grande participação de eleitores excepto em áreas onde houve relatos isolados de intimidação.

Tropas estrangeiras lideradas pelos Australianos têm estado nas estradas durante quase um ano depois do desassossego entre facções dos militares e das polícias que acabaram em violência de gangs que mataram 37 pessoas e forçaram 150,000 ta fugirem das suas casas. AS/NDJ/BGH

Ramos-Horta: Tropas encontram pislola, dinheiro em carros da Fretilin em Timor-Leste
Maio 3, 2007: Última actualização 07:35 pm (hora local Tailandesa)

Fonte: The Nation

Dili – Tropas estrangeiras que fazem segurança em Timor-Leste encontraram uma pistola, outras armas e dinheiro numa caravana de carros que transportava membros da Fretilin na Quarta-feira, denuncia o candidato presidencial José Ramos-Horta.

Ramos-Horta fez o comentário quando se intensifica a campanha entre o laureado do Nobel e o seu opositor, o candidato da Fretilin Francisco Guterres, antes da votação da segunda volta na próxima semana, para presidente do país inquieto.

Ramos-Horta, correntemente o primeiro-ministro, disse que tinha sido informada da descoberta pelo Brigadeiro Mal Rerden, o responsável da força estrangeira liderada pelos Australianos que tem estado a restaurar a segurança em Timor-Leste quase há um ano.

Disse aos repórteres que o Ministro da Justiça Domingos Sarmento estava num dos carros, que se dirigiam para um comício da campanha da Fretilin.

"A ISF (Força Internacional de Estabilidade) estava a fazer o seu trabalho, gerindo um checkpoint antes de um comício da Fretilin, e num dos carros foi encontrado uma arma automática," disse Ramos-Horta.

Num outro carro foi encontrado 5,000 dólares em dinheiro, disse ele, acrescentando que foram também encontradas setas e projécteis Disse que Sarmento disse às tropas que o dinheiro era para ser usado em projectos ministeriais.

Nem Sarmento nem o Brigadeiro Rerden puderam ser de momento contactados para comentários sobre a denúncia.

Nem Ramos-Horta ou Guterres ganharam uma maioria absoluta nas eleições de 9 de Abril para presidente, levando à segunda volta na próxima Quarta-feira.

A eleição é a primeira desde que o empobrecido Timor-Leste ganhou a independência em 2002, após uma divisão sangrenta das forças ocupantes Indonésias.

Vários milhares de tropas têm estado a patrulhar as ruas desde que o desassossego das ruas do ano passado caiu em violência de gangs que deixaram mortas 37 pessoas e forçou mais 150,000 a fugirem das suas casas.

Ramos-Horta disse que procurará clarificar o incidente, na sua capacidade de primeiro-ministro, quando acabar a campanha oficial em 7 de Maio. AFP


Antigo chefe das forças armadas de Jacarta vai testemunhar sobre Timor

Publicado: Quarta-feira, 2 Maio, 2007, 08:37 AM hora de Doha

JAKARTA: O antigo chefe das forças militares da Indonésia, acusado por críticos de falhanço em acalmar a onda de violência em Timor-Leste depois de ter votado separar-se de Jacarta em 1999, está agendado testemunhar no Sábado numa comissão de verdade que investiga a desordem.

O General Wiranto era o comandante das forças armadas quando milícias pró-Jacarta entraram numa fúria violenta antes e depois dos Timorenses terem votado pela independência em Agosto de 1999.

A Comissão da Verdade e da Amizade montada pela Indonésia e Timor-Leste para estabelecer a verdade do que aconteceu por altura do referendo vai começar a terceira volta de interrogatórios hoje.

O co-Presidente da Comissão Benjamin Mangkoedilaga disse que Wiranto terá a oportunidade para contar a sua versão da história no Sábado.

“Esta é uma boa oportunidade para ele. Tenho a certeza que não a vai desperdiçar,” disse Mangkoedilaga numa conferência de imprensa.

Os grupos de direitos humanos dizem que Wiranto foi pelo menos moralmente responsável pela violência e deve enfrentar a justiça.

Wiranto negou isto, dizendo que fez o seu melhor para parar a violência.

A comissão não tem poder para punir esses responsáveis ou para recomendar a prossecução.

Wiranto concorreu sem sucesso às eleições presidenciais de 2004 na Indonésia e espera-se que concorra outra vez em 2009. Fundou um partido novo chamado Hanura.

A ONU estima que morreram cerca de 1,000 Timorenses durante a desordem pós-eleitoral, de que foram largamente acusadas milícias pró-Jacarta apoiadas por elementos das forças armadas Indonésias. A Indonésia invadiu Timor-Leste em 1975 no final da governação colonial Portuguesa e mais tarde nesse ano anexou o território, mantendo uma pesada e às vezes dura presença militar dado que combateu rebeldes durante mais de duas décadas.

Os Timorenses votaram em massa separarem-se da governação Indonésia mas alguns votantes pró-Jacarta e oficiais argumentaram que o referendo fora falsificado pela ONU, apesar de observadores independentes terem concluído que a votação foi largamente correcta.

O líder de milícia Eurico Guterres, a única pessoa presa na Indonésia pela violência, está a cumprir uma sentença de 10 anos numa prisão de Jacarta.–Reuters

Polícia sem poderes para parar a violência em Timor-Leste

De correspondentes em Jacarta

Maio 03, 2007 04:16am
Artigo de: Agence France-Presse

Um antigo chefe de polícia em Timor-Leste chorou quando contou numa comissão hoje que não tinha poderes para prevenir a violência mortal de escalar no país durante a votação em 1999 para a independência.

Hulman Gultom disse que a pobremente equipada polícia militar recusou tentar parar os confrontos mortais entre grupos que apoiavam a Indonésia, que tinha ocupado Timor-Leste, e facções pró-independência.

"Disseram que estavam apenas equipados para controlarem perturbações de ordem pública, enquanto as massas tinham catanas e setas," disse na comissão Indonésia-Timor-Leste que está a analisar o desassossego desse tempo inquieto.

Soçobrando em lágrimas, o Sr Gultom disse que ele e alguns dos oficiais voluntários, que também não tinham as armas adequadas, tinham decidido mesmo assim saírem para as ruas e tentar acabar com as agressões brutais e as desordens que estavam a ocorrer.

"Foi apenas o meu medo de Deus que me levou a fazer isso, eram todos família, fossem pró-integração ou pró-independência," disse o Sr Gultom, que foi chefe da polícia na capital de Timor-Leste, Dili.

"Não quero lembrar o que aconteceu, se formos sérios acerca da amizade devemos esquecer este período negro nas nossas vidas e avançar," disse a soluçar.

A comissão de 10 membros, montada em 2005, tem estado em cidades na Indonésia e Timor-Leste desde Fevereiro a ouvir testemunhas da violência.

Modelada com linhas similares à da Comissão da Verdade e Reconciliação da África do Sul pós -apartheid, visa a reconciliação mais do que a recriminação.

Gangs de milícias, que a ONU disse terem sido recrutados e dirigidos por militares da Indonésia, prosseguiram com ataques incendiários e numa fúria de assassinatos antes e depois dos Timorenses terem votado pela independência na votação apadrinhada pela ONU em 1999.

Mataram cerca de 1400 pessoas e destruíram a maioria das infra-estruturas na meia ilha, que foi uma colónia Portuguesa antes da invasão pela Indonésia em 1975.

Dezoito pessoas estão agendadas para testemunhar esta semana na comissão em Jacarta, incluindo o antigo chefe das forças militares General Wiranto e o Inspector provincial da polícia Timorense General Timbul Silaen.

Um tribunal de direitos humanos na Indonésia montado para julgar oficiais e funcionários pelas atrocidades em Timor-Leste foi extensamente condenado como uma falsidade por não ter posto na prisão nenhum Indonésio.

The Advertise/Sunday Mail

«Lu Olo» volta a atacar Horta na declaração de rendimentos

Notícias Lusófonas - 03.05.2007

O candidato da Fretilin às eleições presidenciais timorenses, Francisco Guterres "Lu Olo", acusou hoje o seu rival, Ramos-Horta, de estar "a fugir à sua obrigação moral" de apresentar por escrito os seus rendimentos.

"Lu Olo", que a 23 de Abril declarou por escrito todos os seus bens e rendimentos em Timor-Leste, disse que o seu opositor e primeiro-ministro também o deveria fazer, explicando ao povo a totalidade dos seus rendimentos e interesses patrimoniais, económicos e empresariais, incluindo ligações a estrangeiros.

"Ramos-Horta está moralmente obrigado a declarar por escrito os seus interesses de forma a que o povo de Timor-Leste possa efectuar uma decisão com todas as informações sobre quem deverá ser o Presidente da República", afirmou, salientando que ninguém deve escudar-se na inexistência de legislação que obriga à declaração de rendimentos para não o fazer.

Sublinhando "não entender" as razões que levam o seu opositor a não declarar os seus interesses por escrito, Francisco Guterres "Lu Olo" questionou o que tenta "esconder" Ramos-Horta do povo de Timor.

"Estará ele com receio de revelar os seus interesses financeiros por escrito e o povo de Timor-leste chegar a conclusão que está comprometido de alguma forma?", perguntou.

Entre outras coisas, "Lu Olo" diz pretender saber se Ramos-Horta tem interesses num barco que está atracado em Díli, ligado a um empresário australiano - Wayne Thomas - que tem ligações à política australiana.

Durante uma recente conferência de imprensa, concedida na sua residência, José Ramos-Horta explicou verbalmente a origem do seu património e como conseguiu adquirir uma residência em Díli e outra na Austrália, mas o seu adversário exige que o faça por escrito.

A três dias do encerramento da campanha eleitoral, "Lu Olo" sustenta que além de não prestar informações escritas, Ramos-Horta tentou também passar a mensagem de que a sua (de "Lu Olo") declaração não seria correcta e negou "ter uma pensão paga por Portugal ou ser proprietário de uma casa" Na sua declaração escrita, "Lu Olo" disse apenas ter uma casa da família (propriedade colectiva) em Ossu, aldeia natal, e um jipe com um valor aproximado de cinco mil dólares americanos, além do salário de presidente do parlamento nacional. Garantiu não possuir quotas em empresas e qualquer conta bancária, quer em Timor-Leste quer no estrangeiro.

José Ramos-Horta e Francisco Guterres "Lu Olo" disputam a 09 de Maio a segunda volta das presidenciais timorenses, e o próximo chefe de Estado, que sucederá a Xanana Gusmão, tomará posse a 20 de Maio.

Timorenses controlam espaço aéreo em tempos de crise

Notícias Lusófonas - 03.05.2007

O Aeroporto Internacional de Díli, em Timor-Leste é o espelho das dificuldades com que se debate o país: não há autocarros para transportar os passageiros enquanto as malas são descarregadas à mão dos aviões.

Por José Costa Santos
da agência Lusa

Longe do "rebuliço" provocado pela chegada de um avião - diariamente no aeroporto de Díli são contabilizados mais de 20 movimentos de aeronaves mas apenas entre quatro a seis voos comerciais - estão os oito controladores aéreos que por falta de meios possuem apenas a responsabilidade de gerir uma área delimitada a 15 milhas para sul e 25 milhas para norte do aeroporto.

Um telefone directo para a Austrália e para a Indonésia informa os aviões que chegam naquele dia e a hora previsível da aterragem, feita na ausência dos modernos instrumentos de navegação.

"Não temos muitos aparelhos de comunicação nem de ajuda à navegação e comunicamos com as aeronaves através de um rádio VHF", explicou Zezinho Gusmão, um dos controladores no activo.

O sistema VOR - Very Omnidirectional Range - ajuda os pilotos a orientarem os aviões até ao contacto visual com a pista e durante a noite quando não está ninguém na torre de controlo e em alguma emergência, existe ainda a possibilidade do próprio piloto do avião em dificuldade ligar, via sistema PAL, as luzes da pista para efectuar a aterragem.

Actualmente, desde o início dos tumultos no país, em Abril de 2006, os oito controladores - entre as quais uma mulher, Filomena Soares - estão ao serviço entre as 08:00 e as 17:00 mas o horário normal de trabalho deveria ser cumprido entre as 06:30 e as 18:45.

"O problema é que cumprindo o horário normal de trabalho ficamos aqui entregues em nós próprios, sem qualquer segurança no edifício e por isso, há cerca de um mês, foi decidido encurtar o período de trabalho nestes tempos de crise", explicou Mário Silva, o chefe da Torre de controlo.

Com uma pista de 1.850 metros que limita o aeroporto à utilização apenas por aviões de médio porte do tipo do Boeing 737-200 ou 737-300, o movimento do aeroporto de Díli não justifica ainda a aquisição de novos equipamentos nem a aposta nas novas tecnologias existentes, mas também limita a actuação dos controladores.

"Se Timor-Leste quiser controlar quem passa no seu espaço aéreo então tem de adquirir capacidade técnica e apostar na nossa formação como controladores para que tenhamos a capacidade de gerir e de saber quem passa por esta região", disse Mário Silva.

Entre o avião que descolou e a próxima "missão" de fazer aterrar um avião em Díli irão ainda decorrer cerca de duas horas sem que esteja agendado qualquer movimento de aeronaves.

No entanto, é preciso ainda enviar para departamento de informações aeronáuticas de Díli a rota do Boeing que descolou poucos minutos antes para que o aeroporto de destino receba todos os dados do avião.

Pouco depois de explicarem os procedimentos de controlo de tráfego aéreo em Timor-Leste, os controladores, que estão a terminar a segunda fase da supervisão efectuada pela NAV PORTUGAL, receberiam das mãos do director da Aviação Civil as respectivas licenças de controladores de tráfego aéreo, as primeiras emitidas no país.


NOTA DE RODAPÉ:

Os aviões estacionam a cerca de 50 metros do terminal do aeroporto. Seriam precisos autocarros? Só se fosse para darem a volta à pista...

E não são os passageiros que descarregam as malas... São descarregadas por funcionários que as levam num carro próprio até ao terminal.

Gough Whitlam vai depor sobre morte de jornalistas em 1975

Notícias Lusófonas - 03.05.2007

O antigo primeiro-ministro australiano Gough Whitlam vai apresentar-se na próxima semana como testemunha no tribunal que investiga a morte dos cinco jornalistas estrangeiros que cobriam a invasão militar indonésia de Timor-Leste, em 1975.

Segundo o magistrado provincial australiano Dorrele Pinch, citado pelo diário Sydney Morning Herald, Whitlam, actualmente com 90 anos, vai comparecer no tribunal na próxima terça-feira, juntamente com o seu então ministro da Defesa, Bill Morrison, e com o, na altura, seu chefe de gabinete, John Menadue.

Whitlam, que era primeiro-ministro quando as forças militares indonésias invadiram Timor-Leste, já afirmou num depoimento escrito que só soube da morte dos cinco jornalistas - dois australianos, dois britânicos e um neo-zelandês - a 21 de Outubro de 1975, cinco dias após o incidente.

"Além do que já disse, duvido que (Whitlam) tenha algo mais a acrescentar. No entanto, não seria bom se não investigássemos o assunto a fundo", afirmou Pinch, aludindo às mortes de Greg Shackleton, Gary Cunningham e Tony Stewart, do Channel Seven, e de Brian Peters e Malcolm Rennie, do Channel Nine.

Os cinco jornalistas morreram a 16 de Outubro de 1975, havendo ainda muitas dúvidas sobre as circunstâncias que rodearam as suas mortes, com versões contraditórias.

Pinch adiantou também que as investigações estão agora centradas na procura de seis homens, já identificados, que trabalhavam numa estação de contra-espionagem em Darwin na altura da morte dos jornalistas.

Segundo o magistrado provincial, os seis homens, que operavam no centro dos serviços secretos de Shoal Bay, em Darwin, poderão ajudar nas averiguações relacionadas com a morte do operador de câmara Brian Peters, pois, na altura, coligiam as comunicações da secreta indonésia.

Os seis homens procurados são Guy Peterson, Martin Robert Hicks, Michael Griggs, Clive Ronald Shepherd, Sam O'Shea e Brian Osborne, sobre quem Pinch pediu ajuda a todas as pessoas que possam ter indicações do respectivo paradeiro.

A 06 de Fevereiro último, em declarações prestadas num tribunal de Sydney, um antigo colaborador timorense do exército indonésio, identificado apenas pelo pseudónimo "Glebe 2", afirmou que um antigo comandante indonésio foi o primeiro a disparar sobre cinco jornalistas.

A testemunha adiantou que o comandante militar indonésio Yunus Yosfiah foi quem efectuou os disparos e garantiu que os cinco profissionais, que se encontravam em Balibó (oeste de Timor-Leste e próximo da fronteira com a Indonésia) não morreram em fogo cruzado como sempre afirmou a Indonésia durante o avanço das suas tropas.

Yunus Yosfiah, que na época da invasão era capitão das forcas especiais indonésias, chegando a ministro da Informação em 1980, rejeitou as acusações que classificou como mentiras.

"São tudo mentiras. Receio que essa pessoa queira iniciar uma nova vida na Austrália com essa história sensacional", disse o antigo militar à Associated Press.

O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, sempre declarou que não havia qualquer dúvida de que os jornalistas tinham sido deliberadamente assassinados pelas forças ocupantes indonésias e pediu a Jacarta para esclarecer o incidente, permitindo às famílias dos jornalistas ultrapassar este momento doloroso do passado.

"Pelo menos, deixem a verdade emergir para tranquilidade das famílias desses jornalistas", afirmou Ramos Horta.

Por seu lado, Adelino Gomes, jornalista português que se encontrava destacado pela estação de televisão RTP para cobrir uma previsível invasão de Timor-Leste, afirmou várias vezes publicamente não ter quaisquer dúvidas sobre o envolvimento das tropas indonésias no assassínio de cinco colegas e considerou "inverosímil" a versão de Jacarta.

Um relatório independente das Nações Unidas, elaborado em 2006, concluiu que, "provavelmente", os cinco jornalistas foram mortos pelos soldados indonésios.

A Indonésia invadiu a antiga colónia portuguesa em 1975, administrando-a até 1999, ano em que um plebiscito resultou numa votação esmagadora a favor da independência do território.

As forças de Jacarta em retirada e as suas milícias auxiliares destruíram a maior parte das infra-estruturas do território matando milhares de pessoas.

ASEAN & Beyond - Xanana Gusmao: No Problem If My Party Loses

Tempo Magazine - No. 35/VII - May 01-07, 2007


I Want to be free. I want to write poetry and paint," said Kay Rala Xanana Gusmao in a special interview with Tempo last year. Perhaps he was a bit romantic, perhaps a little tired. What he wanted seemed to be a peaceful future. After all, he did go through an eventful experience before becoming a national icon.

Xanana, 61, is the President of Timor Leste. He is also a charismatic figure. He looks at the chaotic political atmosphere surrounding the elections and he is no longer the Xanana of a year ago. He condemns Fretilin, whom he is convinced distributed weapons to its followers. Now preparing to lead his new party, the National Congress for Timorese Reconstruction (CNRT) into the parliamentary elections on June 30, he has declared his readiness to become prime minister if Ramos Horta becomes president.

He spoke with Tempo at his office at the Palace of Ashes in the Kaikoli area of Dili, two weeks ago, appearing relaxed and genial. He has cut down his smoking from six packs a day to one.

Speaking with reporters Ximenes Soares and later with Faisal Assegaf, he clarified a number of issues including his reasons for staying involved in politics. Excerpts:

Tempo: How do you see the latest developments, Lu Olo leading Horta, the candidate you support?

We can look at it from two perspectives. First, perhaps we had wanted to shorten the time so that Horta could win in the first round with the support of all the other opposition parties. But we are also looking at it from the other perspective, which is positive because it indicates the dynamics of democracy. Compared to the 2001 election results when Fretilin won with 57 percent of the vote, this time it did not reach 30 percent. If I were in Fretilin's place, I would certainly say this is a defeat, because for Fretilin with its organization and political machinery reaching down to the villages and districts, and backed by unlimited funds, the result was still very poor. They may have won now but might lose later. With a lot of money, they can keep handing it out.

Tempo: Why do you support Horta?

Ramos Horta has been my candidate since 2003, it is nothing new. At the end of each year people from the administration come to offer blessings, and I have consistently told Horta that he is the person who will replace me. In New York, in September 2005, Alkatiri came to my room, saying that the church and the people support the nomination of Armed Forces Chief, Gen. Taur Matan Ruak, as the next president. I explicitly said no. Not because I like Ramos Horta and he is like my family. My consideration was, because in May 2006 UNMISET (United Nations Mission of Support in East Timor) ended its mission in Timor Leste. We already have funds and oil. There are many conflicts in the world so the attention of the international community will diminish. Because of this, speaking in the national interest, for the sake of good governance and the people, Horta is the right person to be president. He knows the world, is known by many figures, and understands how to work with international institutions. If Fretilin wants Taur Matan Ruak to be president, it would be better for them to prepare him for 2012 [elections].

Tempo: But the result of the first round of the presidential elections indicate Horta's well-known name is no guarantee.

I think the answer is that we must work hard. This was a lesson for all of us. I was also surprised by the results achieved by one of the candidates. Overnight or in just a few hours, the candidate gained more than 30,000 votes in just one district. This means that from nothing they shot directly to the moon. Many people have written letters to me, they question something that doesn't make sense. It indicates that the party machinery is running and working. For the new party (CNRT), the challenge is nothing more than hard work.

Tempo: But your new party has no network, its human resources are limited. How can you believe your party will succeed?

The problem right now is that I am still the president. The party is also new. We are still in the process of officially registering it with the Justice Department and preparing ourselves for a congress. However I have been thinking about soon forming a team of specialists to learn from and study all the different areas comprehensively. Most importantly, in the first year we must correct our mistakes. The CNRT was born to reform and to provide hope, either alone or by collaborating with other parties.

Tempo: You once said that you wanted to retire from politics. Why did you change your mind?

I thought about going back to politics more and more during the recent crisis. We know that there were weapons distributed. I received information that those who received the weapons would not just be a threat to Fretilin Mudanca (a reformist group within Fretilin) but also the people during elections. From this, I began to see that an extremely dangerous situation existed. What is more, we all know they have a strong influence over the PNTL (the police) and also FFDTL (the armed forces). Given these developments, I thought the situation would not be conducive to change.

If weapons were in the hands of those in power then people would continue to suffer. As president, I tried to follow the constitution. But, based on my experience, the president does not have enough influence and only by holding the reins of a new government can we do much for the people and the nation.

Tempo: If elected prime minister, would you be capable of resolving the crisis?

I believe so. Some people feel that a good prime minister must have a degree and so on, in order to solve problems. I have always said and given as an example, Suharto as the Father of Development in Indonesia. Of course we must differentiate this from the issue of his dictatorship, human rights violations and other negative things. With regard to Suharto as the Father of Development, the Indonesian people know better than I do. But, it was not he himself who did the work. In order to become prime minister, we must have a clear vision, good ideas; we must delegate power to other people, let them do the work and it will definitely be done. I remember in 1978, when all the senior members of Fretilin's Central Committee and the Falintil commanders more senior than myself in the central and western parts [of Timor Leste] had died, I took over the leadership. But I didn't have to go into the battle to confront the Indonesian soldiers. I just made the plans and determined the strategy.

Tempo: But perhaps people might ask: when crisis erupted, there were calls to enact a state of emergency, yet you hesitated in making a decision.

As the first elected president, I must safeguard and ensure that the constitution is respected.

This would be a bad precedent in later days. If not, some time in the future, during a crisis, we might dissolve parliament. This of course would not be good for the nation and the state. If there is something I am proud of, it was that I succeeded in defending and honoring the constitution, not by being hesitant but out of respect for the constitution, even though there were strong calls from the representatives of the 13 districts at the time.

Tempo: Are you returning to politics because you believe no one can replace you?

The younger generation must be aware that dynamics alone is not enough. There must be a combination of experience and maturity. Everyone must now participate. From our experience over the last five or six years, politics has been controlled only by a small group of people. Exclusively for them. This is what went wrong, this is what marginalized us all. As such, the CNRT uses the word reconstruction. This means reconstruction of the mindset, politics, reform, and all of the things that were wrong. Participation by people must be opened up as much as possible. Because of this, we must prepare the conditions to go in this direction. The young must prepare themselves well.

Tempo: What if your party loses in the parliamentary elections next June?

I don't think it will be a problem. If another party invites us to join a coalition, we will look at the form and joint programs. Clearly, this is not possible with the Fretilin Party. CNRT could cooperate with other parties so that the coalition is not just to get votes or seats, but most importantly, to provide significant benefits to the people. If not, it would be better to be part of the opposition. If the CNRT doesn't win, it means that the people want to see projects being dominated by just one family. The purchase of police uniforms controlled by one family, weapons for the FFDTL controlled by the same single family, projects to open roads and close roads by that very same family as well, and fuel and rice projects controlled by that one family. If the people feel that this is the best situation for them and for all of us, so be it and elect them.

Padre Martinho da Silva e o futuro do país

Rádio Renascença - 03-05-2007 2:20

Seja qual for o vencedor da segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste não será fácil superar as feridas do passado. A opinião é do porta-voz da Comissão Nacional de Eleições.

O padre Martinho da Silva fez estas declarações a propósito do próximo acto eleitoral marcado para 9 deste mês com Ramos Horta e Francisco Guterres a medirem forças.

Em entrevista ao jornalista Domingos Pinto, o presidente da Comissão Justiça e Paz timorense diz que os dois candidatos têm procurado colar-se à Igreja Católica para conseguir votos, fizeram promessas que o cargo que se propõem exercer não lhes permitirá cumprir e apresentam discursos diferentes.

Na opinião do padre Martinho da Silva, Ramos Horta tem um discurso mais consistente e Francisco Guterres Lu-Olo não tem originalidade.

Sublinha ainda o facto da campanha ter decorrido sem violência, apesar de algumas intimidações.

Declarações na íntegra em:

http://www.rr.pt/PopUpMedia.Aspx?&FileTypeId=1&FileId=316857&contentid=205790

Rival urges Ramos Horta to declare personal wealth

ABC News Online
Last Update: Friday, May 4, 2007. 0:48am (AEST)
By Anne Barker

In East Timor, the personal wealth of Prime Minister Jose Ramos Horta is shaping up as an election issue in next week's presidential poll.

A second round of voting is scheduled for Wednesday.

The ruling Fretilin party's candidate, Francisco Guterres, won the highest share of votes in last month's poll, ahead of Dr Ramos Horta, who wants to change jobs.

Mr Guterres, known as Lu Olo, has released a statement of pecuniary interests, declaring he has few assets - no bank account, no savings, no shares or investments, and only a family home in the country's east.

He says Dr Ramos Horta has a moral obligation to declare his financial interests as well.

But Dr Ramos Horta's office says there is no such constitutional requirement, and his pecuniary interests are already in the public domain.

They include houses in Dili and Sydney and earnings from the international speaking circuit.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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