terça-feira, junho 27, 2006

A arma da FRETILIN "é a inteligência" - Mari Alkatiri

Hera, Timor-Leste, 27 Jun (Lusa) - A FRETILIN não precisa de armas para fazer valer a sua força eleitoral, porque a sua arma "é a inteligência", afirmo u hoje em Hera, arredores de Díli, o secretário-geral do partido e primeiro-mini stro demissionário, Mari Alkatiri.

"Nós já não usamos armas. Usámos há muito tempo para libertar Timor-Les te. A nossa arma, agora, é a inteligência", frisou Alkatiri, dirigindo-se a mais de 10 mil militantes e simpatizantes da FRETILIN que pretendiam entrar em Díli para manifestarem apoio ao governo, ao partido e à sua liderança.

Mari Alkatiri foi notificado segunda-feira pelo Ministério Público para ser ouvido no âmbito de um processo de averiguações aberto na sequência de aleg ações de que a FRETILIN formou "esquadrões da morte" para eliminar adversários p olíticos.

As acusações foram feitas por Vicente da Conceição "Railos", veterano d a resistência contra a ocupação indonésia, que envolveu o ex-ministro do Interio r Rogério Lobato e Mari Alkatiri numa alegada distribuição de armas a civis.

Na semana passada, Rogério Lobato foi ouvido pelo tribunal de Díli, que lhe decretou a prisão domiciliária.

Na sua intervenção em Hera, a cerca de 12 quilómetros a leste de Díli, Alkatiri disse estar disposto a preparar o partido para as eleições legislativas , previstas para o primeiro trimestre de 2007, e reafirmou que a FRETILIN "respe ita a democracia".

"Sim, a FRETILIN respeita a democracia. Respeita a soberania. Por isso não queremos a demissão de ninguém", disse, numa referência aos milhares de mani festantes que, desde quinta-feira, estão concentrados em Díli a exigir a sua dem issão do governo e que o Presidente da República dissolva o Parlamento e convoqu e eleições antecipadas.

Mari Alkatiri demitiu-se do cargo de primeiro-ministro segunda-feira, n a sequência de fortes pressões do Presidente da República, Xanana Gusmão, que am eaçara demitir-se se o líder da FRETILIN não deixasse a chefia do governo.

Hoje, após uma reunião do Conselho de Estado, a Presidência da Repúblic a anunciou, em comunicado, que Xanana Gusmão vai iniciar de imediato diligências para a formação de um novo governo no âmbito do actual quadro parlamentar.

A FRETILIN detém a maioria no Parlamento, com 55 dos 88 deputados, pelo que a declaração presidencial significará que, nos termos da Constituição, Xana na Gusmão solicitará àquele partido que indique o nome do novo primeiro-ministro .

Caso não seja possível formar um novo governo, Xanana Gusmão "considera rá a possibilidade de dissolver o Parlamento e antecipar eleições gerais", lê-se no comunicado.

Mari Alkatiri e o presidente da FRETILIN e do Parlamento, Francisco Gut erres "Lu-Olo", foram hoje ao encontro dos militantes e simpatizantes do partido para os dissuadir de entrarem na capital, onde se mantêm alguns milhares de man ifestantes que contestam o primeiro-ministro e exigem a dissolução do parlamento .

Estes manifestantes são enquadrados pela autodenominada Frente Nacional Justiça e Paz, cujo coordenador-geral, major Alves Tara, tem repetidamente gara ntido que não deixarão Díli enquanto Xanana Gusmão não dissolver o Parlamento.

EL.

Voltou a confusão e a provocação

Casas a arder no Bairro Pité, Comorro e ao pé de Taibessi. Confrontos entre jovens, casas de membros e deputados da Fretilin alvos de violência.

Forças australianas onde estão?

A GNR está na rua.

Os manifestantes da Fretilin estão fora de Díli. Recebem sms a provocar e a dizer que as casas dos deputados da Fretilin estão a arder.

Dos leitores.

Disse Ana Gomes a Xanana:“Presidente - não se demita. Demita-o!!“

"…preciso que em Portugal se entenda que Mari Alkatiri até hoje não juntou os milhares de manifestantes da FRETILIN, que diz estar a reter para não provocar mais perturbações, pura e simplesmente porque não os tem.”



Aqui tem exactamente o contrário. E agora o que é que diz????

Demita-se, minha senhora…VIVA A FRETILIN!

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Manifestação Fretilin. Palavras para quê?...



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Palavras para quê?... Manifestação Fretilin




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Manifestação Fretilin. Palavras para quê?...



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Fretilin protesters mass in Dili

Jane Holroyd
June 27, 2006 - 5:03PM


Thousands of supporters of East Timor's ruling Fretilin party are heading into Dili this afternoon as the country's political and social leaders meet to discuss the appointment of an interim Prime Minister.

The meeting was called by President Xanana Gusmao yesterday after the country's embattled Prime Minister Mari Alkatiri resigned.

Mr Alkatiri, widely blamed for the violence that has rocked East Timor over the past two months, will front the nation's chief prosecutor on Friday to provide testimony over his alleged role in arming militia groups.

The protesters massing in Dili are understood to be associating themselves with the Fretilin Party, rather than its fallen leader Mr Alkatiri.

The Age's Dili correspondent Lindsay Murdoch said the protesters, who aretravelling in a convoy of trucks from the country's east, were being searched by peacekeeping forces at a roadblock located about 15 kilometres from Dili.

theage.com.au

Manifestação Fretilin. Palavras para quê?...



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A Fretilin apareceu

Milhares de manifestantes, mais de 15.000, segundo a LUSA, estiveram a dez minutos de Dili, em Hera.

Os manifestantes voltaram para Metinaro onde permanecerão durante a noite.

Alkatiri e Luo'Olo acompanharam-nos até Metinaro de forma a permitir que os manifestantes anti-governamentais saissem da cidade.

Os manifestantes empunhavam cartazes a dizer "Viva Alkatiri", "Viva a Fretiln", "We are not a Banana Republic".

Contavam-se entre os manifestantes muitos Katuas, homens mais velhos, e muitos antigos combatentes.

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Dos leitores

Why worrying. Did it not worry you that a coup was staged. Did it not worry you that those who protested for the removal of the President dont represent the views of Timorese.

It does not worry you because your house was not burned because you were a FRETILIN member. It does not worry you because the rights of the people are being ignored.

Does it worry you that a precedence is being set for the removal of future Prime Minister. Does it worry you that Democracy is being erroded. Does it worry you that our Constitution has been violated.

Would it worry you if peoples right to demonstrate is taken away and only those who support the President have access to that right.

Please you should not worry Timor is living in a crisis and if only one side of this political divide is heard then there will never be peace.

PR condiciona dissolução Parlamento a impossibilidade novo governo

Díli, 27 Jun (Lusa) - O presidente timorense, Xanana Gusmão, anunciou h oje que vai iniciar "imediatamente" diligências para a formação de um governo no âmbito do "actual quadro parlamentar" e que só dissolverá o Parlamento se isso não for possível.

"Se, apesar de tudo, não for possível [formar] um governo, o Presidente da República considerará a possibilidade de dissolver o Parlamento e antecipar as eleições gerais", lê-se num comunicado da Presidência.

O documento foi distribuído à imprensa ao final da tarde (hora local), horas depois do fim da reunião do Conselho de Estado.

Na reunião, segundo o comunicado, o Conselho de Estado pronunciou-se a favor da extensão, por 30 dias, das medidas de emergência para ultrapassar a cri se, decretadas por Xanana Gusmão a 30 de Maio.

EL.

Dos leitores

No passado, os indonésios chamavam GPK aos que tinham a legitimidade da indignacao e da contestacao, e lutaram e morreram pela Patria ... agora, chamam-lhes os "sedentos de sangue" ... o aluno aprendeu!

Ainda vai fazer que Suharto, Zacky Anwar, e tantos outros, pareçam meninos de coro.

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Claro que foram prorrogadas as medidas de emergência no Conselho de estado! Alguém esperava algo diferente?

Eram as tais medidas que iriam permitir ao Presidente manter a 'ordem e a segurança' que o Governo não conseguiu manter. Lembram-se?

Pois é, conjugam-se lentamente as peças previsíveis.

A seguir, virão a acumulação de outros poderes e, devegarinho, o comandante ditador revela-se.

Sr. Ramos-Horta (títulos: ex-Ministro-de-Estado-e-dos-Negócios-Estrangeiros-e-Cooperação-e-da-Defesa-e-demissionário-de-todos-estes-cargos-ora-mais-conhecido- por-Avo-e-Pai-do-grande-colunista-Loro-Horta-e-ex-esposo-da-potencial-futura-patroa-e-ex-pedinte-da-representação-pessoal-do-ex-comandante-da-ex-guerrilha-e-ex-confidente-do-PR-e-futuro-excomungado-pela-Igreja-por-comungar-herejemente-sem-confissão-prévia) julga que o PR não o vaio deixar cair?

Ontem pedia aos manifestantes - aliás bem enquadrado pelo Patrão Tara que cuidava das suas costas - que compreendessem a necessidade de não dissolver o Parlamento ... apenas um preceito que até iria ao encontro do estipulado na Constituição - lembram-se dela???!!

Ninguém o ouviu ... usaram-no para fazer o golpe ... agora também vai cair. Dê graças ao seu Ego de macho (palavras suas no Australian) que não o deixam ver a realidade cega pela ambição.

PS: alguém sabe que a manifestação da Fretilin - às portas de Dili e impedida de entrar - é a única que nos últimos dois meses, tem a autorização legal para ser realizada?

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Povo de Timor sai à rua para defender a Soberania e as instituições... Xanana Gusmão vai ficar isolado!

A FRETILIN está a mostrar a sua força e a sua maturidade democrática.
Os cerca de 20 mil apoiantes da FRETILIN estão a regressar a Metinaro e amanhã poderão entrar em Dili.
Amanhã serão 30 mil e mais e mais e mais!
Mas não são 20 ou 30 mil crianças, vadios e bandidos. São POVO de Timor-Leste, maduros e sabedores dos seus direitos.
Senhor presidente XANANA está num beco sem saída. Avance coma dissoluação, vá at´ao fim! Leve o seu Povo para a guerra, continue.
Saiba que o Povo de Timor não dorme!
Qual vai ser a sua posição com estes manifestantes?

Há uns dias disse perante os jornalistas que "o povo de timor quando as coisas estão mal sabe corrigir o que quer" pois é a verdade é que este é o povo de Timor-Leste que grita pela justiça que o senhor lhes está a retirar.

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Todos reconhecemos e agradecemos o que a Dra. Ana Gomes fez por Timor leste. Reconheço e aprecio também a sua impulsividade na defesa de causas que acha justas. Mas a verdade é que a Dra. Ana Gomes nunca viveu e trabalhou em Timor leste, dia a dia com as instituições do pais, ainda em formação, e com um povo ainda com marcas profundas de trauma pos-conflito. Por isso devia ser mais cautelosa a tirar conclusões apressadas sobre o caracter das pessoas e dos timorenses. E ja agora também nao lhe fica bem recorrer ao insulto baixo como o fez em relação ao Malai Azul. Caiu na mesma armadilha de que o acusava.
Mais uma vez, seria bom que todos tivessem um pouco mais de calma.
Obrigada aos criadores do blog que criaram um espaço para todos os que amam e se preocupam com timor...

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Wake up to your senses!! Fretilin will choose somebody with the capacity and intelligence to govern the country as well as someone they can trust.

Not Ramos Horta, not Jose Luis Gutteres, and not Virgilio de Jesus!!! If it is power they want, which is obviously evident, why dont they go and form their own political party and challenge FRETILIN in the next elections.

People always criticise the fact that Mari Alkitiri spent most of the independence stuggle outside East Timor. What people seem to forget is that he was a strong FRETILIN activist outside. The outside stuggle was just as important as the one inside. East Timor would still be under Indonesian occupation if it hadnt been for the work of the international solidarity that Mari Alkitiri and others like him created.

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Acho muito interessante que ninguém da oposição (dentro e fora da Fretilin) a Alkatiri se chegue para a frente e assuma o perfil de "candidato" ao lugar dele.

Se calhar porque o lugar é extremamente complicado...

Se calhar porque um lugar desses, num sistema político como o timorense, exige uma Presidência forte, responsável e capaz...

Se calhar porque nenhum se sente habilitado para tanto...

Daí talvez aquela imagem da camioneta, com uns dizeres pintados num impecável inglês, solicitando a integração na Austrália... Há muito quem faça passar a imagem de que é mesmo a melhor opção... E a esta distância, desde Portugal, começa a muitos a parecer o mesmo. Conviria, como se apela no Abrupto, que os nossos media fossem até lá...

Porque há gente capaz, porque o Dr. Alkatiri terá muitos defeitos (sendo talvez o principal o de querer que TL não seja uma província/território de qualquer outro País), mas não é certamente um monstro, porque as responsabilidades de todos têm que ser percebidas, etc.

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Dos leitores

Deputada portuguesa ingere em assuntos de política interna timorense
Ana Gomes não existe. Esta senhora não mede os meios para atingir os fins.

É digna de repúdio!
É digna de comentário político do seu partido, o PS será esta a posição do Partido Socialista de Portugal?

Esta senhora é que está a apresentar relatórios ao Parlamento Europeu sobre Timor-Leste. Qual a independência desta senhora neste processo?

É só rir, é só rir das figuras tristes desta senhora.

Senhor Secretário-Geral do PS

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa

Diga-nos, é esta a posição do seu partido? é esta a posição do seu governo? é esta a representação imparcial junto do parlamento europeu?

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this has nothing to do with Mari Alkatiri. it's all about removing FRETILIN from power altogether. FRETILIN is the only political organisation able to gather massive grassroot support. As long as FRETILIN is around, no other political party or individual will get their hands on power or money flowing from the Timor Gap. They want FRETILIN eliminated or FRETILIN leadership replaced with one off their own. Ramos-Horta has indicated he wants the become the next leader of FRETILIN. In 2001 they wanted CNRT to become a political party with Xanana as the leader, but this came to nothing. Then they formed political parties which put Xanana as their main candidate for the president. Posters of Xanana and Mario Carrascalao were placed all over Dili. They tried to lie to people that Xanana supported or even a member of their party. Still, this didn't work. Now everything seems to be in motion towards the elimination of FRETILIN. Or they take the helms of FRETILIN. Good luck. The people will raise and this time it will be worse than 1975.

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I have always maintained that President Xanana is a man of peace and would never hurt a fly. He never wanted to be involved in politics, that's why he chose not become a candidate for president. Instead he wanted to devote the rest of his life to peace and artistic pleasures: becoming a pumpkin farmer, a poet, a painter a photographer and a head of family, a father for his young family. He had spent 25 years of his adult life either in the jungles or in prison in Cipinang. But he was pushed to the forefront of political games by opportunistic people, who realised that their only chance of gaining power is to ride on Xanana's back. People like Mario Carrascalao and Fernando Lasama actively pushed Xanana to become president. Lasama even pushed for a presidential system so that Xanana can have executive power and share it with them. President Xanana has been tricked into believing that he was indispensable in the new era of independence that he would be serving the people. Instead, he was being used and used to serve the political ambitions of others like Agio Pereira, Carrascalao brothers and Fernando Lasama. The Church and FRETILIN itself also used Xanana in some waus. Today Xanana is even pushed further to the point where he broke his own personal conviction and the Constitution of the Republic. He has come so far that he might be putting the people whom he so much loved and cared against each other. This in the belief that he is doing it to save the people. Now that Mari Alkatiri has resigned, should a bloody conflict emerge in Timor-Leste, it will be Xanana's own doing. Xanana, the warrior poet, the humanist, will have to answer to his conscience, to the people and to world.

I know Xanana personally and to those who have accused him of trying to overthrow the government or trying to divide the people, I can assure you that he is not the kind of person who have the heart for it. Xanana cries when he watches Finding Nemo and Hotel Rwanda. He even cries when an animal is tortured in front of him. He is a very emotional man, but not a weak man emotionally. His emotions represent his caring nature and his desire for peace and prosperity not just for the East Timorese but for the people of the world. Some said he is not Nelson Mandela and they are right. I think he is different from Nelson Mandela in many ways. One of them is that while Nelson Mandela is quick to eliminate his political opponents, and can confidently identify who his opponents are and whether if these people are using him, Xanan does the contrary due to his innate personal character. Xanana would instead choose to be close to his opponents and try to work with them and in many occasions, let himself be used by his opponents. But both Xanana and Mandela have one thing which they share, the desire to fight for justice, the desire for peace and their inner strength to show the world that they care.

President Xanana is doing his best to avoid Timor-Leste becoming a failed state, a state riddled with armed conflict. He is doing his best to the best of his knowledge. His trusting wife is standing there always beside him. A good sign that his family is united in times of grave personal crisis. Unfortunately, people are taking advantage of his current emotional vulnerability to further their own political ambitions. They are sacrificing Xanana mercilessly.

If you want to help Timor-Leste, you must help Xanana. The people love him as much as he loves the people. Send him letters of support. Tell him who his real enemies are. Tell him who his real friends are. It's not too late. Help Xanana to help Timor-Leste.

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Xanana fez aquilo que foi feito em prol de Timor graças a FRETILIN. A decisão de despartidarizar as FALINTIL, a criação do CNRM... teve como suporte a FRETILIN. Quem mais procurou prolongar o processo foi a UDT... Mas Xanana habituou-se mandar e quando chegou a vez dos partidos ele simplesmente não aceitou...! Ainda mais FRETILIN e Alkatiri... um duro com projecto! Isso caiu-lhe mal a ele e os opositores da FRETILIN. Por isso teve que orquestrar esta suposta crise com a conivência dos Austrália para acabar com a FRETILIN. Sabem ou sempre souberam que na próxima eleição iriam perder caso o processo corra normalmente!
Este é o facto!

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Ainda que mal pergunte:
1 - até agora, pelo menos aparentemente, a únicas armas de que o Lobato (e o Mari Alkatiri) são acusados de distribuir a civis foram as que foram parar às mãos dos "pisteiros" que ausam terem sido contratados para matar os opositores a Mari/Fretilin --- o que, aqui para a gente que ninguém nos ouve, seria uma prova de burrice de todo o tamanho; e se há coisa que o mari não é é burro, de certeza!
2 - essas armas dispararam algum tiro? São, nomeadamente, responsáveis por algumas mortes das cerca de 30 que já ocorreram? Não? Ah!... Pensava que sim... Com tanto alarido...
3 - se essas armas nunca foram utilizadas porque estão tão preocupados com elas e não estão preocupados com as que o foram, de facto (nomeadamente a do "estivador de Maubisse"), e com quem deitou fogo às casas de tantas e tantas pessoas?
4 - Porque é que Mari tem de assumir as suas responsabilidades (importam-se de esclarecer quais são, de facto, sff?) e Xanana não? Quem incentivou a luta "étnica" --- que degenerou em tantas perdas de pessoas e bens --- a não ser o Xanana ao dar cobertura pública às alegações de discriminação feitas pelos "peticionários"? Será que ele é "comandante supremo das Forças Armadas" para umas coisas e um menino de coro para outras? Não era giro se ele viesse publicamente pedir desculpa das asneiras que tem dito?
5 - Porque é que ele sempre foi tão partidário da reconciliação com as milícias --- mesmo contra a vontade do "povu" de que se reivindica --- e agora faz um disurso daqueles no dia 22? Quando --- que Maromak não o permita... --- começar a "caça às bruxas" (aos militantes e simpatizantes da FRETILIN, incluindo os de topo) vai assumir as suas responsabilidades pelo ódio que espalhou ou não?
6 - há tantas outras perguntas por fazer e por responder!

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Sorry I wanted to say if the Australian media has gone to Metinaro and see if this reports of a protest real or not. I want to see it on Television. Come on ABC where are ya mate?

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Obrigado, Margarida.

Tradução:

Alkatiri foi-se mas os problemas de Timor-Leste permanecem
TodayOnline

Terça-feira • Junho 27, 2006

Marianne Kearney em Jakarta

Depois de se aguentar na sua difícil posição durante semanas, o impopular Primeiro-Ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri sucumbiu finalmente à pressão e entregou ontem a sua carta de resignação.

Mas os analistas avisam que a sua partida não significa necessáriamente decretar o fim da agitação e da violência no país empobrecido.

O Sr Alkatiri disse que resignava no interesse do país. "Assumindo a minha parte de responsibilidade na crise que afecta o nosso país, estou determinado a não contribuir para nenhum aprofundamento da crise," disse.

O primeiro-ministro tinha enfrentado os pedidos para sair desde final de Maio, quando confrontos entre duas facções da polícia e das forças armadas, ao lado de violência de gangs deixaram 21 pessoas mortas e forçaram perto de 150,000 a fugir das suas casas.

A pressão intensificou-se na semana passada quando o Presidente Xanana Gusmão, um herói do movimento de independência do país, ordenou ao Sr Alkatiri para resignar e assumir a responsabilidade da crise. Ele ameaçou resignar se o Sr Alkatiri não o fizesse.

O Sr. Alkatiri disse: "Declaro que estou pronto a resignar da minha posição de primeiro-ministro do governo ... para assim evitar a resignação de Sua Excelência o Presidente da República."

Centenas de manifestantes, acampados fora do Parlamento nos últimos dias, celebraram a decisão quando a sua caravana barulhenta marchou através de Dili. Mesmo antes de terem emergido as acusações na semana passada de que o Sr Alkatiri tinha armado um esquadrão de ataque para eliminar os seus opositores, ele fora acusado de usar os militares para esmagar tropas rebeldes e pela crise nas forças de segurança.

Mr Damien Kingsbury, um analista Australiano, disse que sem a resignação do Sr Alkatiri seria impossivel para o país e para o partido no poder, a Fretilin, progredirem.

"Eles terão a oportunidade de escolher um Primeiro-Ministro mais conciliador," disse.

Mas outros problemas podem-se arrastar, avisou Mr Tigor Naispolos de uma ONG com base em Dil, a Solidariedade Sem Fronteiras.

As forças de segurançs estavam num turbilhão, os rebeldes estavam armadas e sectores do partido no poder estavam zangados com o facto do Sr Alkatiri ter sido forçado a sair do gabinete, disse Mr Naispolos.

Prevê que os apoiantes do Sr Alkatiri não causem necessariamente confusão nas ruas de Dili, mas não podemos descartar que isso não ocorra.

O novo governo terá de fazer recuar a cultura da violência, acrescentou.

Observadores dizem que neste período de reconstrução, Timor Leste pode precisar mais do que de tropas Australianas, que geralmente são vistas como anti-Alkatiri, mas uma força liderada pela ONU para restaurar a paz.

Até agora, mais de 2,200 tropas, a maioria Australianas foram destacadas para manter a paz e a segurança no país.

"A Violência e a cultura da violência serão difíceis de resolver, não precisamos só de soldados Australianos mas também Portuguesee e outros liderados pela ONU," disse Mr Naispolos .

A nova liderança terá as mãos cheias

Significantemente o candidate referido para ficar com o posto do Sr Alkatiri é a Senhora Ana Pessoa, uma aliada política próxima do Sr Alkatiri e que faz parte dum grupo de Timorenses que passaram anos de exílio na antiga colónia Portuguesa, Moçambique.

"È da clique de Moçambique, e o problema é que Alkatiri continuará ainda a controlar as coisas detrás da cena," disse Mr Naispolos.

A Senhora Pessoa, a antiga mulher do vencedor do prémio Nobel José Ramos Horta, tem melhores credenciais do que o Sr Alkatiri, que era amplamente criticado como antipático para os Timorenses vulgares, porque passou os anos da brutal ocupação Indonésia no relativo conforto de Moçambique.

Mas os observadores também dizem que a Senhora Pessoa pode enfrentar o seu próprio conjunto de problemas.

"É muito Portuguesa, muito formal e será difícil para ela ser aceite pelo povo," disse Mr Naispolos.

Um problema maior é que ela não fala Tetum, a lingua local, disse Mr Kingsbury, uma desvantagem se ela quiser chegar aos Timorenses rapidamente.

Contudo, ao contrário do Sr Alkatiri, a Senhora Pessoa é uma figura muito mais moderada.

"Ela não é necessariamente a melhor candidata — a linguagem é uma questão central — mas pode ser uma figura unificadora, e essencialmente, não é autoritárias," disse Mr Kingsbury.

Além da Senhora Pessoa, o Sr José Luis Gutteres o Embaixador de Timor-Leste nos USA ou o Sr Virgilio de Jesus, ambos figuras reformistas do partido, são candidatos fortes ao cargo de Primeiro-Ministro, disse, Mr Kingsbury.

O amplamente respeitado ex-Ministro dos Estrangeiros José Ramos Horta tem também sugerido que estaria disposto a aceitar o lugar, mas os analistas dizem que com a Fretilin a considerar que Mr Horta traiu o Sr Alkatiri, será quase impossível que ele seja o escolhido.


Tradução:

A ONU vai aumentar as Tropas em Timor-Leste
United Nations, Jun 26 (Prensa Latina) O enviado especial da ONU Ian Martin chegou a Dili para avaliar a necessidade de aumentar o número de capacetes azuis da ONU quando a violência atinge Timor-Leste.

O diplomata veterano disse que o Conselho de Segurança dirá sobre o tamanho das tropes ( até agora compostas pela Austrália, Nova Zelândia, Portugal e Malásia) conforme recomendações do Secretário-Geral Kofi Annan.

Annan anotou na semana passada a necessidade de aumentar as tropas no arquipélago causadas pelo levantamento de 600 soldados que se queixavam de motivos raciais para a sua demissão.

Martin diz que tudo fará no que estiver ao seu alcance nas próximas duas semanas para conter a crise que até agora resultou em 30 mortos, numerosos feridos e alguns 145,000 deslocados.
Entretanto o Representante da ONU em Timor-Leste Sukehiro Hasegawa urgiu os politicos a pedir aos seus seguidores para não criarem violência no meio da resignação do ministro dos estrangeiros e da defesa e o pedido do Primeiro-Ministro Mai Alkatiri para sair.

Lusa

Alkatiri convence apoiantes esperar "um dia ou dois" fora de Díli

Hera, Timor-Leste, 27 Jun (Lusa) - O líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, convenceu hoje cerca de 10 mil apoiantes do partido reunidos a uma dezena de quilómetros de Díli a esperarem "um dia ou dois" antes de entrarem na capital de Ti mor-Leste.

"Nós ainda vamos a Díli, mas não é hoje. É quase noite. Vamos voltar a Metinaro e esperar um dia ou dois", disse o secretário-geral do partido no poder e primeiro-ministro demissionário, que discursou aos seus apoiantes ao fim da t arde (hora local) na zona de Hera, a cerca de 12 quilómetros a leste de Díli.

Mari Alkatiri e o presidente da FRETILIN e do Parlamento Nacional, Francisco Guterres "Lu-Olo", foram ao encontro dos manifestantes, que se encontravam em Metinaro, a 40 quilómetros de Díli, mas que durante o dia se começaram a dirigir para a capital.

Os dois dirigentes da FRETILIN alegaram falta de condições de segurança e a hora tardia para pedir aos manifestantes que regressassem a Metinaro, movimento que se iniciou após as suas intervenções.

Alkatiri e "Lu-Olo" decidiram acompanhar os manifestantes até Metinaro e só depois é que regressarão a Díli.

"Vamos esperar que outros [apoiantes da FRETILIN] se juntem a nós e depois nós [Alkatiri e "Lu-Olo"] vamos ter convosco e vamos conversar", disse o secretário-geral do partido, que se demitiu segunda-feira do cargo de primeiro-ministro.

Mari Alkatiri disse que "só uma pequena parte dos loromonu [timorenses dos distritos ocidentais] é que está contra a FRETILIN".

"Quando a nossa manifestação entrar em Díli, alguns que lá se encontram juntam-se a nós", garantiu.

Ao dirigir-se aos manifestantes, a quem também pediu que não entrassem hoje em Díli, Francisco Guterres "Lu-Olo" sublinhou que a legitimidade da FRETIL IN foi obtida pela via eleitoral.

"Se alguém quiser ir para os nossos lugares no Parlamento [55 dos 88 deputados foram eleitos pela FRETILIN], tem de ser por via democrática", disse.

Mari Alkatiri referiu ainda que antes de se dirigir para Hera, combinou com os militares internacionais que a entrada dos seus apoiantes em Díli só deveria ocorrer depois da desmobilização dos manifestantes anti-governo que têm estado na capital nos últimos dias.

À saída de Hera, na estrada da Areia Branca, que conduz a Díli, a Lusa viu um dispositivo de segurança formado por 10 viaturas blindadas com militares australianos e neozelandeses.
Nas entradas leste da cidade, os militares australianos e neozelandeses montaram diversas barreiras de segurança e têm estado a revistar todas as viaturas para tentar detectar qualquer tipo de armamento.

Os manifestantes que estavam em Hera, provenientes dos distritos orientais do país, exibiam bandeiras da FRETILIN e cartazes com frases de apoio a Mari Alkatiri e a "Lu-Olo".

Um dos organizadores da manifestação, Francisco Faustino Vieira, disse à Lusa que os manifestantes pretendem entrar em Díli para "entregar uma petição ao Presidente da República a exigir a anulação da demissão do primeiro-ministro" .

Exigem também que "os líderes timorenses se juntem para falar e resolve r a crise", acrescentou Francisco Faustino Vieira, proveniente de Baucau, a segunda cidade de Timor-Leste, situada a cerca de 130 quilómetros a leste de Díli.
EL/PNG.

Conselho de Estado apoia prorrogação medidas de emergência

Díli, 27 Jun (Lusa) - O Conselho de Estado de Timor-Leste pronunciou-se hoje a favor da prorrogação por 30 dias das medidas de segurança de emergência decretadas a 30 de Maio pelo Presidente da República, disse hoje à Lusa fonte daquele órgão.

A mesma fonte, que pediu para não ser identificada, disse que na reunião também foi abordada a possibilidade de o Presidente da República, Xanana Gusmão, nomear um governo de gestão "por um período curto".

Alguns dos conselheiros falaram na eventual dissolução do Parlamento Nacional, "mas o Presidente da República não reagiu à questão", acrescentou a fonte contactada pela Lusa.

As medidas de emergência anunciadas por Xanana Gusmão a 30 de Maio, num a altura em que Díli vivia uma situação de violência crescente, incluem "a apreensão de armas, munições e explosivos", "a vigilância de pessoas, edifícios e estabelecimentos" e a "exigência de identificação de qualquer pessoa que se encontre ou circule em lugar público ou sujeito a vigilância policial".
Mari Alkatiri demitiu-se segunda-feira do cargo de primeiro-ministro, decisão que foi aceite pelo presidente timorense.

O primeiro-ministro demissionário não participou na reunião do Conselho de Estado, de que faz parte, por não ter sido convocado, segundo disse à Lusa fonte do seu gabinete.

EL/PNG.


Conselho de Estado terminou sem informação...

Díli, 27 Jun (Lusa) - A reunião do Conselho de Estado de Timor-Leste terminou hoje, em Díli, sem que tivesse sido divulgada qualquer informação sobre o s temas debatidos.
A reunião do órgão de consulta do presidente timorense, Xanana Gusmão, a terceira desde 30 de Maio, foi convocada sem indicação de agenda, o que aconteceu pela primeira vez.
O primeiro-ministro demissionário, Mari Alkatiri, não participou na reunião por não ter sido convocado, segundo fonte do seu gabinete.

Depois da reunião, que durou cerca de cinco horas, o presidente do Parlamento Nacional e da FRETILIN, Francisco Guterres "Lu-Olo", foi ao encontro de M ari Alkatiri para o acompanhar na deslocação a Metinaro, a cerca de 40 quilómetros a leste de Díli, onde estão concentrados cerca de 10 mil apoiantes do primeiro-ministro demissionário.

No trajecto para Metinaro, a agência Lusa cruzou-se com 10 camiões em que viajavam cerca de 200 apoiantes da FRETILIN e que se dirigiam para Díli pela estrada da Areia Branca, uma das entradas em Díli a partir dos distritos do leste do país.

"Os nossos militantes e simpatizantes encontram-se nas proximidades da escola pré-secundária de Metinaro", afirmou à Lusa Estanislau da Silva, porta-voz da Comissão Política Nacional da FRETILIN.

Em Metinaro situa-se um centro de instrução das forças armadas timorenses.
Fonte militar internacional indicara anteriormente à Lusa que os efectivos australianos presentes na zona foram reforçados ao longo da manhã (hora local).

Segundo a mesa fonte, os apoiantes de Alkatiri, líder da FRETILIN, não foram autorizados a entrar na capital timorense "para prevenir eventuais confrontos com os manifestantes anti-governamentais que ainda se encontram em Díli".

O número dos manifestantes anti-governamentais, que segunda-feira chegou a ser de cerca de sete mil, desceu hoje para cerca de metade.

Muitos dos manifestantes percorrem a cidade em caravanas automóveis, gritando palavras de ordem pró-Xanana Gusmão, pró-dissolução do Parlamento e contra Mari Alkatiri.
EL.






Seis partidos oposição retiram confiança presidente do Parlamento
Díli, 27 Jun (Lusa) - Seis partidos da oposição timorense, com representação parlamentar, anunciaram hoje em Díli que retiram a sua "total confiança" a o presidente do Parlamento Nacional e rejeitam que Mari Alkatiri, primeiro-ministro demissionário, reassuma o seu mandato de deputado.
Numa declaração lida aos jornalistas por João Gonçalves, do Partido Social Democrata (PSD), sem direito a perguntas, os seis partidos denunciam o que a legam ser a "falta de capacidade e total incompetência" do presidente do Parlamento, Francisco Guterres "Lu-Olo", durante os quatro anos da actual legislatura.
A "falta de liderança" de "Lu-Olo" contribuiu, alegam os seis partidos, para que o Parlamento Nacional "se transformasse numa instituição totalmente controlada e dirigida pelo governo, perdendo assim a sua credibilidade institucional e a confiança do povo que representa".

Relativamente ao demissionário primeiro-ministro Mari Alkatiri, que segunda-feira se demitiu e anunciou ser sua intenção regressar ao Parlamento, os se is partidos rejeitam que recupere o lugar de deputado "enquanto não for ilibado em tribunal das acusações de que é alvo, de distribuição ilícita de armas a civis, com o intuito de eliminar os seus oponentes políticos e partidários".
A declaração é assinada pelo Partido Democrático (sete deputados), Partido Social Democrata (seis), Partido Socialista de Timor (um), Partido do Povo d e Timor (dois), União democrática Timorense (dois) e Klibur Oan Timor Assuain (K ota), dois deputados.
O parlamento timorense, onde a Fretilin elegeu 55 deputados, é constituído por 88 elementos.
JPA.

Dos leitores

I heard FRETILIN supporters will stage a counter demonstration in Dili. It is very worrying. Leaders of East Timor should solve their differences through dialogue and not mass protests involving the people who largely have no political knowledge or activism. This would ammount to using the people's ignorance for political gains of the few.

Changes of government should only follow the law as found in the Constitution. Anything other should be rejected.

........................

Sure... Está-se mesmo a ver. estes apoiantes do Alkatiri não jeito, não é?

Parecia tão simples dizer que a Fretilin não tinha apoiantes..

E agora senhor Presidente? Começa a ficar difícil dissolver o Parlamento ou vai pedir aos "amigos" que não os deixem entrar em Dili?

Manifestações só para alguns???

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Alkatiri's gone but Timor Leste's problems remain

TodayOnline



Tuesday • June 27, 2006

Marianne Kearney in Jakarta

After hanging on to his tenuous position for weeks, Timor Leste's unpopular Prime Minister Mari Alkatiri finally succumbed to pressure and handed in a resignation letter yesterday.

But analysts warn that his departure does not necessarily spell the end of unrest and violence in the impoverished country.

Mr Alkatiri said he was resigning in the interests of the country. "Assuming my own share of responsibility for the crisis affecting our country, I am determined not to contribute to any deepening of the crisis," he said.

The premier had faced demands to quit since late May, when clashes between police and army factions along with mob violence left 21 people dead and forced nearly 150,000 to flee their homes.

The pressure intensified last week when President Xanana Gusmao, a hero of the country's independence movement, ordered Mr Alkatiri to resign to take responsibility for the crisis. He threatened to resign if Mr Alkatiri would not.

Mr Alkatiri said: "I declare I am ready to resign my position as prime minister of the government ... so as to avoid the resignation of His Excellency the President of the Republic."

Hundreds of protesters, camped outside Parliament for the last few days, welcomed the decision as their noisy convoy marched through Dili. Even before accusations emerged last week that Mr Alkatiri had armed a hit squad tasked with wiping out his opponents, he was blamed for using the military to crack down on rebel troops and for a crisis in the security forces.

Mr Damien Kingsbury, an Australian-based analyst, said without Mr Alkatiri's resignation it would have been impossible for the country, and the ruling Fretilin party, to move forward.

"They will have opportunity to choose a more conciliatory Prime Minister," he said.

But other problems could linger, warned Mr Tigor Naispolos from a Dili-based non-government group Solidarity Without Borders.

The security forces were in turmoil, rebels were armed and sections of the ruling party were angry that Mr Alkatiri had been forced out of office, said Mr Naispolos.

He predicts that Mr Alkatiri's supporters won't necessarily cause havoc on the streets of Dili, but it can't be ruled out.

The new government would have to roll back the culture of violence, he added.

Observers said that in this period of rebuilding, Timor Leste may need more than just Australian peacekeepers, who are generally viewed as anti-Alkatiri, but a United Nations led force to restore peace.

So far, more than 2,200 foreign peacekeepers, mainly Australian have been deployed to maintain peace and security in the country.

"Violence and the culture of violence will be hard to solve, we need not just Australian soldiers but Portuguese and others, led by the UN," Mr Naispolos said.

The new leadership would have its hands full.

Significantly the candidate tipped to take over Mr Alkatiri's post is Ms Ana Pessoa, a close political ally of Mr Alkatiri's and part of a group of East Timorese who spent years of exile in the former Portuguese colony of Mozambique.

"She's from the Mozambique clique, and the problem is I think Alkatiri will still be controlling things from behind the scenes," said Mr Naispolos.

Ms Pessoa, the former wife of Nobel prize-winner Jose Ramos Horta, has better credentials than Mr Alkatiri, who was widely criticised as unsympathetic towards ordinary East Timorese, because he spent the years of the brutal Indonesian occupation in the relative comfort of Mozambique.

But observers also say that Ms Pessoa may face her own set of challenges.

"She's very Portuguese, very formal and it will be difficult for her to be accepted by the people," said Mr Naispolos.

One major problem is that she doesn't speak Tetum, the local language, said Mr Kingsbury, a hindrance if she wants to quickly reach out to ordinary Timorese.

However unlike Mr Alkatiri, Ms Pessoa is a much more moderate figure.

"She's not necessarily the best candidate — language is a central issue — but she could be a unifying figure, and essentially she's not authoritarian," Mr Kingsbury said.

Other than Ms Pessoa, Mr Jose Luis Gutteres, Timor Leste's United States ambassador or Mr Virgilio de Jesus, both reformist figures in the party, are strong contenders for the Prime Minister's post, said Mr Kingsbury.

The widely respected ex-Foreign Minister Jose Ramos Horta has also been hinting that he would be willing to step into the job, but analysts say with Fretilin viewing Mr Horta as having betrayed Mr Alkatiri, it would be almost impossible for him to be chosen..

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Saída de Alkatiri ajudou a serenar os ânimos em Díli (Será?)

João Pedro Fonseca Em Díli

Desanuviou a tensão em Díli. O primeiro-ministro pediu a demissão, Xanana Gusmão aceitou-a e marcou uma reunião do Conselho de Estado para a manhã de hoje para se iniciar o processo de formação de um Governo provisório até às eleições. A Fretilin terá de apresentar um nome consensual, que, se for aceite por Xanana, escolherá a sua equipa ministerial e, dentro de um mês, apresentará um programa de governo.

Fora da esfera política, os milhares de manifestantes que estão em Díli têm ordens para cá permanecer. Uns dizem que a demissão de Alkatiri não basta, é preciso que seja "julgado pelos crimes que cometeu." Outros alegam que "Xanana terá de dissolver o Parlamento, porque um Governo da Fretilin mantém tudo na mesma."

Perante este jogo de forças, a Fretilin não hesitará em apresentar um nome que reúna consensos: assim não perderá a face e pode nos próximos meses reconquistar, até às eleições que deverão realizar-se em Fevereiro ou Março de 2007, a imagem muito positiva que o partido tinha na sociedade timorense. Por outro lado, mostrará que sempre esteve de boa--fé na tentativa de se encontrar uma solução política no quadro constitucional.

A dissolução da Assembleia impediria a realização de eleições, já que não há lei eleitoral e Xanana teria de governar por decreto ou, como disse ao DN Mário Carrascalão, "poderia recorrer ao regulamento eleitoral do tempo da UNTAET". Só que seria um retrocesso, mais um argumento para aqueles que acusam Timor de ser um Estado falhado.

De manhã bem cedo, os manifestantes começaram o carrossel habitual. Grupos de centenas de motorizadas por umas ruas, camiões apinhados por outras, jovens todos pintados de branco simbolizando os mortos dos incidentes de 28 de Abril e 25 de Maio, grupos a pé empunhando cartazes pedindo a "prisão para Alkatiri".

Neste ambiente, chega a informação de que vários ministros vão apresentar a sua demissão. São cinco. O Governo está a desintegrar-se. Ramos-Horta chama os jornalistas para informar que também se demite. Mas é a meio da conferência de imprensa que recebe um telefonema muito importante. Pede desculpa, sai por uns segundos, volta e diz: "Sou uma pessoa insignificante, sem consequências, há outra pessoa muito mais importante que precisa de ser ouvida, façam o favor de ir a casa do senhor primeiro-ministro." Na hora, confirma que é a demissão de Alkatiri. O primeiro-ministro explica, ponto por ponto, as razões da sua demissão, mas deixa um pormenor: "Estou pronto para resignar..." Mas demitiu-se ou está apenas pronto para? Jornalistas e pessoal internacional avaliam a declaração e não estão seguros. "Uma escrita refinada", diz, sorrindo, um assessor político da Fretilin.

Na Presidência da República ainda não confirmam a demissão. "Estamos a estudar o documento, mas diga-me, qual é a sua interpretação?" Bem, o problema ficou ultrapassado quando Ramos-Horta chamou os jornalistas de novo para explicar os futuros passos políticos e disse, claramente, que a carta de demissão já estava na posse de Xanana Gusmão, que emitiria uma nota a qualquer momento.

Na rua o ambiente é de histeria. Os jovens cantam, dançam, apitam, circulam em grande velocidade pelas ruas. Sempre sem incidentes. O ambiente está mais distendido. Muita gente sorri nas ruas. Os manifestantes, questionados sobre se vão voltar às suas terras, dizem que não: "A comissão organizadora ainda não deu ordens", afirma o senhor Antonino, de Same. Egídio Maia, de Ermera, confirma: "Vamos ficar mais uns dias, até que Alkatiri seja julgado pelos crimes que cometeu."

O major Tara, que encabeça a Frente Nacional Justiça e Paz, diz ao DN que "ninguém sairá de Díli enquanto o Presidente não dissolver o Parlamento".

Pelo meio, Ramos-Horta deslocou-se ao centro da manifestação, junto ao Palácio do Governo, e transmitiu as últimas notícias. Que Alkatiri já não era primeiro-ministro e que podiam continuar a protestar mas sem violência. Pede mesmo para terem respeito pela Fretilin, que é um grande partido: "Dêem à Fretilin uma oportunidade."

UN to Increase Troops in East Timor

United Nations, Jun 26 (Prensa Latina) UN Special Envoy Ian Martin arrived in Dili to assess the need to increase the number of UN peace keepers at violence-stricken East Timor.

The veteran diplomat said the Security Council will rule on the troop's size (so far made up by Australia, New Zealand, Portugal and Malaysia) with recommendations by Secretary General Kofi Annan.

Annan noted last week the need to increase its troops at the archipelago to control the crisis caused by the upraising of 600 soldiers who claim racial motives in their discharge.

Martin said he will do all in his power in the next two weeks to contain the crisis that so far resulted in 30 dead, numerous wounded and some 145,000 displaced.
Meanwhile UN Representative in East Timor Sukehiro Hasegawa urged the politicians to call their followers not to poke violence amid the resignation of the foreign and defense minister and demands for Premier Mai Alkatiri to leave.

Northern Off-shore Territory

Sugestão recebida de um leitor para o nome da nova província...

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Dos leitores

Alguém sabe quem é o "conselheiro de Estado" João (Mariano) Saldanha?

Doutorado em Economia nos Estados Unidos, é por todos considerado como "o homem dos americanos" e dos japoneses, que financiam generosamente o seu TIDS-Timor Institue of Development Studies. Como outras pessoas "tem a sombra maior que o corpo", i.e, é vaidoso e "convencido"."Persona non grata" para o governo da FRETILIN --- quase diria que qualquer documento proveniente daquelas bandas vai directamente para o lixo... --- sabe muito (mas mesmo muito) menos de economia do que julga saber... Aliàs, essa nem é a sua formação de base."
Atrasou-se" muito na opção pela independência, tendo elaborado um conhecido documento justificando porque Timor Leste deveria ser parte da Indonésia. Daí o ser tão mal-quisto por muita gente em Dili -- que como habitualmente têm memória de elefante.

Dos leitores

Alguém sabe quem é o "conselheiro de Estado" João (Mariano) Saldanha?

Doutorado em Economia nos Estados Unidos, é por todos considerado como "o homem dos americanos" e dos japoneses, que financiam generosamente o seu TIDS-Timor Institue of Development Studies. Como outras pessoas "tem a sombra maior que o corpo", i.e, é vaidoso e "convencido"."Persona non grata" para o governo da FRETILIN --- quase diria que qualquer documento proveniente daquelas bandas vai directamente para o lixo... --- sabe muito (mas mesmo muito) menos de economia do que julga saber... Aliàs, essa nem é a sua formação de base."
Atrasou-se" muito na opção pela independência, tendo elaborado um conhecido documento justificando porque Timor Leste deveria ser parte da Indonésia. Daí o ser tão mal-quisto por muita gente em Dili -- que como habitualmente têm memória de elefante.

Dos leitores

O conveniente politicamente...mesmo assim, é com muita, muita mágoa, que só agora se ouve uma voz do Governo português no local. Continua portanto a postura do politicamente correcto e aparentemente da anuência com "his master's voice"...
Mágoa, muita mágoa, depois de tudo o que fizemos e tentamos fazer por e com os timorenses.

Manifestantes da Fretilin em Metinaro e Baucau

Estão cerca de 100 camionetes em Metinaro com manifestantes da Fretilin.

Vêem-se cartazes a dizer Viva Alkatiri e Viva Lu'Olo.


Chegam mais camionetes a Baucau.
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Conselho de Estado a decorrer

Mari Alkatiri não foi convocado para Conselho de Estado, gabinete PM


Díli, 27 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro demissionário Mari Alkatiri e stá ausente da reunião do Conselho de Estado de Timor-Leste, iniciada hoje de ma nhã (hora local), por não ter sido convocado, disse à Lusa fonte do gabinete do chefe do governo.

"O primeiro-ministro não recebeu nenhuma convocatória para a reunião, p or isso não está presente", explicou a mesma fonte contactada pela Lusa.

Mari Alkatiri é o único conselheiro de Estado ausente da reunião convoc ada para hoje pelo presidente da República logo após ter recebido segunda-feira o pedido de demissão do primeiro-ministro.

A reunião, a terceira desde 30 de Maio, foi convocada sem indicação de agenda, o que acontece pela primeira vez.

O Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República, foi convocado "a fim de garantir o bom funcionamento das instituições democráticas e uma gestão eficaz da crise nacional enfrentada pelo país", lê-se num comunicad o do gabinete de Xanana Gusmão divulgado segunda-feira.

A Frente Nacional Justiça e Paz, que desde quinta-feira coordena as man ifestações em Díli contra o governo, anunciara segunda-feira que mantém a exigên cia de dissolução do Parlamento Nacional, rejeitando a formação de um novo execu tivo no actual quadro parlamentar.

Dos 88 deputados ao Parlamento Nacional, 55 pertencem à FRETILIN, parti do liderado por Mari Alkatiri.

Segundo a Constituição de Timor-Leste, o Presidente da República só pod e dissolver o Parlamento Nacional depois de ouvidos os partidos políticos nele r epresentados e o Conselho de Estado.

Outra fonte, oficial, contactada pela Lusa admitiu que outra das matéri as que pode ser debatida na reunião do Conselho de Estado é a eventual prorrogaç ão por 30 dias das medidas de emergência anunciadas a 30 de Maio, por Xanana Gus mão.

As medidas de emergência, anunciadas por Xanana Gusmão numa altura em q ue Díli vivia uma situação de violência crescente, incluem "a apreensão de armas , munições e explosivos", "a vigilância de pessoas, edifícios e estabelecimentos " e a "exigência de identificação de qualquer pessoa que se encontre ou circule em lugar público ou sujeito a vigilância policial".

Na última reunião do Conselho de Estado, a 21 de Junho, convocado para analisar a situação no país face a denúncias sobre uma alegada distribuição de a rmas a civis, Xanana Gusmão ameaçou demitir- se se Mari Alkatiri não aceitasse d eixar a chefia do governo.

Desde o início da crise, a 28 de Abril, foram mortas cerca de três deze nas de pessoas numa onda de violência que provocou ainda mais de 145 mil desloca dos.

Para pôr termo à violência, as autoridades timorenses solicitaram a int ervenção de uma força militar e policial da Austrália, Portugal, Nova Zelândia e Malásia.

EL/JPA.



Começou reunião do Conselho de Estado


Díli, 27 Jun (Lusa) - A reunião do Conselho de Estado de Timor-Leste, c onvocada pelo presidente da República, Xanana Gusmão, começou às 09:30 de hoje ( 01:30 em Lisboa), com a presença de todos os conselheiros, à excepção do primeir o-ministro demissionário, Mari Alkatiri.

A reunião, a terceira desde 30 de Maio, foi convocada sem indicação de agenda, o que acontece pela primeira vez.

O Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República, foi convocado "a fim de garantir o bom funcionamento das instituições democráticas e uma gestão eficaz da crise nacional enfrentada pelo país", lê-se num comunicad o do gabinete de Xanana Gusmão divulgado segunda-feira, depois de Mari Alkatiri ter formalizado o pedido de demissão.

A Frente Nacional Justiça e Paz, que desde quinta-feira coordena as man ifestações em Díli contra o governo, anunciara segunda-feira que mantém a exigên cia de dissolução do Parlamento Nacional, rejeitando a formação de um novo execu tivo no actual quadro parlamentar.

Dos 88 deputados ao Parlamento Nacional, 55 pertencem à FRETILIN, parti do liderado por Mari Alkatiri.

Segundo a Constituição de Timor-Leste, o Presidente da República só pod e dissolver o Parlamento Nacional depois de ouvidos os partidos políticos nele r epresentados e o Conselho de Estado.

Outra fonte, oficial, contactada pela Lusa admitiu que outra das matéri as que pode ser debatida na reunião do Conselho de Estado é a eventual prorrogaç ão por 30 dias das medidas de emergência anunciadas a 30 de Maio, por Xanana Gus mão.

As medidas de emergência, anunciadas por Xanana Gusmão numa altura em q ue Díli vivia uma situação de violência crescente, incluem "a apreensão de armas , munições e explosivos", "a vigilância de pessoas, edifícios e estabelecimentos " e a "exigência de identificação de qualquer pessoa que se encontre ou circule em lugar público ou sujeito a vigilância policial".

Na última reunião do Conselho de Estado, a 21 de Junho, convocado para analisar a situação no país face a denúncias sobre uma alegada distribuição de a rmas a civis, Xanana Gusmão ameaçou demitir- se se Mari Alkatiri não aceitasse d eixar a chefia do governo.

Desde o início da crise, a 28 de Abril, foram mortas cerca de três deze nas de pessoas numa onda de violência que provocou ainda mais de 145 mil desloca dos.

Para pôr termo à violência, as autoridades timorenses solicitaram a int ervenção de uma força militar e policial da Austrália, Portugal, Nova Zelândia e Malásia.

EL/JPA.

São seis da manhã

Chegam notícias de que militantes e simpatizantes da Fretilin se concentram em Metinaro (a meia hora de Díli) para se manifestarem pacificamente em Díli.


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Timor-Leste: Austrália pacificadora ou predadora de petróleo?

Expresso
23.06.2006
Kalinga Seneviratne

UMA rebelião de dois meses levada a cabo por oficiais do exército demitidos e desertores da polícia em Timor-leste, um dos mais recentes e mais pobres países do mundo, teve como consequência o desembarque na sua capital Dili de uma «força de manutenção da paz» liderada pelos australianos, e uma pressão para uma «mudança de regime» com a ajuda dos meios de informação.

O primeiro-ministro Mari Alkatiri, um muçulmano que lidera um país predominantemente católico, é o líder do Partido Fretilin, que lutou pela independência do jugo indonésio durante duas décadas, e que ganhou com uma vitória esmagadora as primeiras eleições legislativas, em 2001.

Nas notícias dos meios de informação australianos, que por sua vez influenciam toda a informação regional e internacional sobre o assunto, a crise em Timor é descrita como uma luta interna pelo poder, onde um primeiro-ministro «impopular» depara com a oposição de um movimento popular. As palavras «petróleo» e «gás» raramente são mencionadas nestas notícias, apesar de isso estar na origem da intervenção australiana.

A história da independência de Timor-leste é também a história das piruetas dos australianos e das suas tentativas de deitar mão aos vastos depósitos petrolíferos nos mares envolventes, actualmente avaliados em mais de 30 mil milhões de dólares. Contudo, a Austrália sempre pintou o seu apoio à independência timorense como uma missão «humanitária» e de defesa dos «direitos humanos». Ainda hoje os meios de informação reflectem isso.

Falando recentemente na ABC Rádio, James Dunn, conselheiro da Missão das Nações Unidas em Timor-leste (UNMET) em 1999, referiu-se a Alkatiri como um «político que tinha laços estreitos com o povo» e acrescentou que é também um trabalhador eficiente e um bom governante, mas não uma «pessoa com quem seja fácil lidar».

Foi a sua posição dura ao negociar com a Austrália os direitos de Timor às suas reservas de petróleo e de gás, nos últimos cinco anos, que lhe mereceram a cólera do governo australiano - que tentou intimidar o seu vizinho pobre para o submeter às ambições de Camberra para controlar a exploração destes recursos naturais.

Rob Wesley-Smith, porta-voz de Free East Timor, considera que Alkatiri tem tendências ditatoriais e que a Fretilin se tornou corrupta, mas lança as culpas ao governo australiano do primeiro-ministro John Howard por ter precipitado a crise ao derrogar desde 1999 todas as receitas do petróleo em disputa, no valor de cerca de 1,5 mil milhões de dólares, à Austrália».

«Apesar desta área estar a ser disputada, é quase certo segundo os regulamentos da UNCLOS (Comissão da ONU para a Lei Marítima) que ela pertence a Timor-leste», disse ele à IPS, acrescentando que as imagens televisivas das tropas australianas que chegaram a Dili a observar pilhagens e incêndios sem nada fazer o levavam a perguntar se isto não faria parte de uma conspiração sinistra de Camberra para declarar Timor-leste um Estado inviável «para que assim pudessem controlar o roubo (do petróleo) do Mar de Timor».

Wesley-Smith salientou que embora a Austrália levasse quase 1,5 mil milhões de dólares em royalties das reservas de petróleo em disputa nos mares de Timor desde 1999, retribuíram com aproximadamente 300 milhões de dólares em assistência durante o mesmo período, contribuindo assim para criar uma dependência.

Helen Hill, uma académica australiana, autora de «Stirring of Nationalism in East Timor» (Incentivar o nacionalismo em Timor Leste), defendeu recentemente num artigo de jornal que a razão por que Alkatiri é odiado pelas autoridades de Camberra é porque, apesar de ser o único líder timorense a fazer frente às tácticas intimidatórias do governo australiano, também tem estado a criar ligações com países asiáticos como a China e a Malásia, e com Cuba, Brasil e Portugal, a antiga potência colonial, para ajudar a diversificar os laços económicos de Timor-leste.

«Ele é um nacionalista económico», nota Hill. «Espera que uma empresa petrolífera estatal, assistida pela China, Malásia e Brasil permita que Timor beneficie do seu próprio petróleo e gás, a juntar às receitas que receberá das áreas partilhadas com a Austrália».

Alkatiri também se manifestou contra a privatização da electricidade e conseguiu criar um depósito farmacêutico de «balcão único», apesar da oposição do Banco Mundial. Também se recusou a receber ajuda condicional da parte do Banco Mundial e do FMI, convidou médicos cubanos para prestarem serviço nos centros de saúde rurais e ajudarem a criar uma nova faculdade de Medicina, aboliu as propinas nas escolas primárias e introduziu um serviço de almoços gratuitos para crianças. Tudo isto e o facto de ter sido educado e passado 24 anos no exílio num Moçambique marxista tem sido citado pelos seus opositores na Austrália como sendo características identificadoras de líder comunista.

Pelo contrário, julga-se que o líder rebelde, Major Alfredo Reinado, antigo exilado na Austrália, foi treinado na academia de defesa nacional em Camberra, tendo sido o candidato preferido da Austrália para o cargo de primeiro-ministro, o ministro dos Negócios Estrangeiros Ramos Horta, quem criou o programa de treino diplomático em Sydney durante os seus anos de exílio na Austrália.

Falando esta semana na ABC-TV, Horta defendeu que Timor-leste «não pode dar-se ao luxo do seu governo continuar a perder credibilidade nem do país manter uma má imagem», assim Alkatiri deve afastar-se no interesse do seu próprio partido.

Rebatendo acusações feitas no mesmo programa de que tinha armado elementos da Fretilin para eliminar os seus opositores, Alkatiri disse que não está a sofrer qualquer pressão para se demitir e que não tenciona fazê-lo.

A campanha em curso contra Alkatiri reflecte as sucessivas reviravoltas políticas dos governos australianos relativamente a Timor-leste desde 1975, atribuídas ao seu desejo de controlar os recursos naturais de petróleo e gás de Timor.

Depois de apoiar a anexação indonésia em 1975, a Austrália e a Indonésia assinaram em 1989 um tratado, o «Timor Gap Treaty» (TGT), para partilharem os recursos nesta área. A Autoridade Transitória da ONU em Timor-leste declarou o TGT ilegal em 2001, a Austrália assinou um Memorando de Entendimento com as autoridades da ONU que lhe permite uma exploração petrolífera continuada na região.

Mas pouco antes de Timor-leste se tornar um estado independente em 2002, o governo de Howard anunciou que nunca mais se submetia às decisões do Tribunal Mundial sobre fronteiras marítimas, uma atitude que Alkatiri descreveu nessa altura como hostil.

Desde então, Alkatiri tem tido uma série de azedas discussões com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália Alexander Downer sobre este problema. Após duras negociações, em Janeiro Alkatiri conseguiu levar Camberra a aceitar uma quota de 90-10 dos rendimentos do campo Greater Sunrise a favor de Timor-leste. Isso ocorreu depois de concordar em não levar por diante, pelo menos durante 40 anos, a reivindicação de Timor-leste ao mar em disputa segundo as disposições da convenção da UNCLOS, um período de tempo suficiente para que a maioria das reservas de petróleo e gás estejam esgotadas.

Em 2005, constou que o governo Alkatiri iniciou negociações com a Petro China para construir uma refinaria em Timor-leste, o que deitaria por terra os planos australianos de construção de uma refinaria em Darwin, uma cidade do norte da Austrália, para processar todo o petróleo do Mar de Timor de ambos os lados da fronteira. O Presidente Xanana Gusmão devia visitar a China este mês para cimentar o acordo, mas isso foi impedido pelos militares australianos.

Tim Anderson, um especialista em política da Universidade de Sydney, considera que o governo de Howard planeia impor uma «junta» em Timor-leste, liderada por Horta e por Gusmão, que está doente, e que também incluiria nomeações feitas pelo bispado católico. «A presença das tropas ocupantes (australianas) até às eleições do próximo ano pode minar seriamente a posição dominante da Fretilin», salienta.


Kalinga Seneviratne

23 Junho 2006

Missão da GNR em «plena articulação» com australiana

TSF

João Gomes Cravinho, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros garantiu esta segunda-feira que a cooperação entre as tropas australianas e os militares da GNR em Timor «é exemplar», sem qualquer vestígios da polémica que envolveu Portugal e Austrália por causa do comando operacional dos militares portugueses no terreno.

( 20:46 / 26 de Junho 06 )

Gomes Cravinho, que visitou esta segunda-feira o quartel-general do Sub Agrupamento Bravo, em Díli, disse à TSF que tudo corre na perfeição. «A missão está a decorrer de forma muito positiva, a articulação com os australianos e com as outras forças é excelente», garante o secretário de Estado.

Gomes Cravinho sublinhou ainda que Portugal está disponível para ajudar Timor-Leste a encontrar soluções para os problemas políticos, apoiando a «plena consolidação das instituições de um país soberano.

«Toda a nossa colaboração vai exactamente nesse sentido. Não de apoio ao indivíduo A ou B, mas às instituições de Timor-Leste e à procura de uma solução dentro dos contornos constitucionais que já estão definidos», precisou o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação no final da visita que efectuou hoje ao quartel do sub-agrupamento Bravo da GNR.

Referindo-se ao processo de diálogo em curso entre os timorenses, João Gomes Cravinho, que se encontra em Timor-Leste desde domingo, acrescentou que Portugal pretende ajudar para que essa iniciativa «contribua para a procura de uma solução».

«Não trazemos qualquer solução ou receita. É aos timorenses que compete encontrar soluções políticas para problemas políticos», sublinhou.

Acompanhado do embaixador de Portugal em Díli, João Ramos Pinto, o governante português jantou com os efectivos da GNR, e percorreu as instalações do quartel, em Díli, numa visita guiada pelo comandante operacional, capitão Gonçalo Carvalho.

Para terça-feira, o secretário de Estado português tem agendado um encontro com o Presidente Xanana Gusmão, após a reunião prevista do Conselho de Estado, e também com Ian Martin, enviado especial do secretário-geral da ONU a Timor-Leste, com quem abordará a participação portuguesa numa futura missão das Nações Unidas.

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Timor Leste: Uma Nova Guerra Fria

No Informação Alternativa:

Maryann Keady *

New Matilda

“Novo vizinho, novo desafio”, um documento emitido pelo Instituto de Política Estratégica Australiano em 2002, sublinha a importância da Austrália para a segurança de Timor Leste. Também reflecte a importância de Timor Leste para a segurança da Austrália, e fornece um prisma para ver os últimos desenvolvimentos:

«A Austrália tem muito em jogo no futuro do nosso novo vizinho. Altruisticamente esperamos que o povo de Timor Leste possa ter um futuro próspero e pacífico. Considerando mais os interesses próprios, o seu sucesso ou falhanço afectará directamente as próprias perspectivas da Austrália sobre a segurança. Sérios problemas em Timor Leste minarão os interesses estratégicos duradoiros da Austrália na estabilidade da nossa vizinhança próxima.»

No momento, o que preocupa a Austrália são as rotas marítimas e as reserves marítimas de petróleo e de gás à volta de Timor Leste, bem como a entrada visível de um jogador regional: a China.

Quando o aliado da Austrália, os Estados Unidos, fizeram da Ásia­‑Pacífico a sua prioridade estratégica máxima no Quadrennial Defence Review de 2001, ficou claro para todos os analistas de defesa que o “competidor principal” era a China.

O recentemente emitido relatório anual do Pentágono sobre o poder militar da China diz que o reforço militar da China «já alterou o equilíbrio militar na Ásia-Pacífico e poderia constituir uma ameaça para as forças armadas regionais». O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Chinês, Liu Jianchao, acusou os EUA de exagerar a força militar da China dizendo que é baseada numa «mentalidade de Guerra Fria».

E uma “Nova Guerra Fria” é exactamente o que emergiu.

Timor Leste é apenas um dos países da região apanhados no fogo­‑cruzado entre dois competidores estratégicos poderosos: China e os EUA. Infelizmente para Timor Leste, está na vizinhança de algumas das rotas marítimas mais cruciais do Pacífico – principalmente os estreitos de Ombai­‑Wetar, uma passagem de águas­‑profundas entre os Oceanos Índico e Pacífico, importante para a passagem submarina, que será um vital ‘ponto de estrangulamento’ marítimo em qualquer conflito futuro.

Políticos e comentadores de todo o espectro têm sido cândidos acerca do que vêem como dilemas de Timor Leste em tentar equilibrar-se entre dois gigantes. Da mudança rápida de aliança da China para Taiwan em Kiribati, ao alvejamento dos habitantes de etnia chinesa nos distúrbios de Abril em Honiara, o “factor China” está a causar caos na região. Os locais receiam que as potências hegemónicas regionais – China, EUA e Austrália – joguem um papel maior nesta instabilidade do que qualquer desassossego civil orgânico.

A imprensa australiana escolheu ignorar a maior, contenda estratégica até muito recentemente, permitindo que o governo australiano se “empenhasse” no Pacífico com muito pouco criticismo ou análise independente.

A Austrália continuará a afirmar-se no Pacífico — e dum ponto de vista de defesa racional, isto parece perfeitamente aceitável. O que pode ser contestado é a sabedoria de não interferir antes do conflito, mas somente depois de os chamados “estados falhados” caírem no caos. Tanto a missão RAMSI nas Ilhas Solomão como a Operação Astute em Timor Leste reflectem isso.

Muitas dessas comunidades do Pacífico são pequenas, e é fácil encontrar mãos cheias de testemunhas (ou no meu caso, ser uma testemunha) de agitação que podia ter sido facilmente contida e tratada. É impossível no caso de Timor Leste compreender como um bando de jovens desempregados desordeiros protestando contra o seu despedimento das forças armadas puderam emergir como dois bandos rebeldes (com conselheiros da ONU e australianos presentes durante a confusão) exigindo a remoção do primeiro­‑ministro.

Muito tem sido dito na imprensa australiana sobre as divisões étnicas entre o leste e o oeste de Timor Leste terem inflamado a violência — uma divisão conveniente se se quer usar o caos civil como um pretexto para mandar forças militares e deixar o país debaixo da sua esfera de influência. Mas pouco se ouviu acerca desta ter sido a terceira vez que forças internacionais falharam em evitar que o povo de Timor Leste fosse aterrorizado por uma terceira parte. Primeiro, houve o ataque indonésio em 1999. Em segundo lugar, os distúrbios de 4 de Dezembro de 2002 (que levaram aos primeiros apelos da imprensa australiana para a demissão de Alkatiri, imediatamente antes das negociações do petróleo e do gás). E agora, o caos civil em 2006.

Imediatamente depois da agitação de 2002, entrevistei testemunhas locais bem como o líder da ONU e das forças australianas acerca de queixas de que nada tinham feito para parar o caos. Depois de muita investigação, foi-me dito que um representante da ONU foi “não­‑oficialmente” ao gabinete do primeiro­‑ministro Alkatiri pedir-lhe para se demitir, uma resposta interessante a distúrbios civis – e uma que faz uma anedota dos pretensos e apolíticos esforços humanitários da ONU.

Desta vez, a ONU disse que enviará Ian Martin (que foi o Representante Especial da ONU em 1999 quando o pessoal internacional foi evacuado, deixando os timorenses orientais nas mãos dos militares indonésios). A questão que não tem sido respondida é como é que a situação pôde ter escalado até aqui? Irão os timorenses orientais outra vez ouvir palavras vazias dos burocratas acerca de “limitações” para “assegurar a sua segurança”?

A grande questão é evidentemente se a Austrália escolhe permitir que Timor Leste caia na anarquia ao estilo das ilhas Salomão, possibilitando assim que as suas tropas sejam depois destacadas para este local estratégico.

Richard Woolcott, que foi o embaixador australiano em Jakarta na altura da invasão de Timor Leste em 1975, disse recentemente na ABC Radio que um membro sénior da administração Bush lhe contou em 2000, que “Timor será o vosso Haiti”.

Muito tem sido escrito acerca do Haiti e da demonização pelos media americananos do presidente Jean­‑Bertrand Aristide em 2004. A Austrália embarcou numa campanha similar contra Alkatiri. A imprensa americana chamou a Aristide e ao seu Partido esquerdistas não-reconstruídos cujo modelo era a Revolução Cultural Chinesa. Alkatiri é acusado de ser um “marxista moçambicano” – e o seu partido Fretilin “comunista” – apesar do seu modelo ser mais o do primeiro­‑ministro da Malásia, Mahathir bin Mohamad do que de outros.

No Haiti, a oposição teve o apoio do International Republican Institute (IRI) apoiado pelo governo dos EUA. O papel dos EUA em Timor Leste não é menos interessante. O IRI, o National Endowment for Democracy e o National Democratic Institute, criaram todos eles programas de “democracia” que financiam a oposição local em Timor Leste – a mesma oposição que tem boas relações com a Austrália.

A Igreja Católica, um corpo influente em Timor Leste, também tem estado por detrás da campanha anti­‑Alkatiri. Os seus protestos em 2005 contra as tentativas de Alkatiri para tornar não­‑obrigatória a instrução religiosa foram uma indicação perigosa de quão poderosas essas forças se tornaram [1].

O comentário de Richard Woolcott sobre o Haiti chegou ao mesmo tempo que relatos de testemunhas de tropas australianas a falharem em assegurar a segurança dos locais e inflamou acusações de que a Austrália é um actor importante no caos. Fontes locais dizem que chegaram dois aviões com pessoal australiano em roupas não­‑civis antes do pedido de ajuda à Austrália. Conselheiros australianos foram vistos encontrando­‑se com rebeldes e os seus conselheiros locais. Estas acusações requerem mais investigação se se quiser dissipar a suspeita do envolvimento australiano.

Enquanto que muitos timorenses orientais compreendem as preocupações de defesa da Austrália na Ásia­‑Pacífico, preocupa-os também que a “defesa da Defesa” permitirá à Austrália dominar esses pequenos países — no caso de Timor Leste, um país com substanciais reservas de petróleo e de gás que foram o foco de difíceis e prolongadas negociações bilaterais.

Em 7 de Maio, Mari Alkatiri chamou ao recente desassossego um «golpe» — dizendo que «os estrangeiros estavam a vir para controlar e dividir Timor Leste outra vez» com «conselheiros estrangeiros a reunir­‑se com políticos e a irem às montanhas» para se encontrarem com os rebeldes. Ele acusou os media australianos de espalharem rumores de que ele já não era primeiro­‑ministro. Numa entrevista comigo na semana passada, ele reiterou outra vez que não havia dúvidas de que forças «no interior e no exterior» de Timor Leste estavam por detrás da agitação, e que ninguém o ia forçar a demitir-se com métodos violentos. Ele afirmou que 200.000 pessoas o apoiariam nas ruas.

Desde 2002, a retórica de Alkatiri tem sido “eles que tentem” e “não sem o consentimento da Fretilin”. Em entrevistas, ministros do seu governo têm declarado abertamente que outros países “querem levantar uma outra bandeira sobre esta nação”. A implicação tem sido sempre dirigida à Austrália.

Mas quando funcionários dos EUA começaram a encontrar-se com funcionários judiciários de Timor Leste em 2003, ficou claro que maiores esforços internacionais estavam a caminho. O primeiro­‑ministro disse na altura que os funcionários judiciários estavam a interferir «politicamente» no país. Privadamente, funcionários de Alkatiri declararam no mês passado: «eles tentaram os protestos da Igreja, agora estão a tentar desalojá­‑lo via Fretilin. Não vai resultar. Eles não compreendem este país».

Os media australianos não fizeram segredo do que acreditavam devia acontecer em Timor Leste — em editoriais e em comentários tanto na imprensa como na rádio e televisão pediram a demissão de Alkatiri. Contudo pouco se ouviu da imprensa ou dos apoiantes dos “direitos humanos” de Timor Leste sobre as consequências de desalojarem Alkatiri inconstitucionalmente.

No interior de Timor Leste, as pessoas estão cientes dos jogos políticas que estão a ser jogados, e o presidente Xanana Gusmão é visto como “o homem da Austrália”. Se Alkatiri for desalojado através de meios violentos, Gusmão ficará com a indesejável herança de ter expulsado inconstitucionalmente o primeiro líder de Timor Leste, com o apoio tácito da Austrália.
...

Se a luta actual de Timor Leste faz parte das políticas da Nova Guerra Fria, então os povos da Ásia­‑Pacífico têm muito a recear — e Canberra tem muito para responder.

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* Maryann Keady é uma jornalista e produtora de rádio australiana que tem feito a cobertura de Timor Leste para a ABC e a SBS e que regressou recentemente de Dili. Ela está actualmente no Instituto Weatherhead da Universidade de Columbia ocupando­‑se da política externa dos EUA e da China. O seu primeiro livro de entrevistas, China conversations, será publicado em 2007.

[1] Miriam Lyons, Rumour and reality in East Timor. New Matilda, 18/05/2005.

Timor sem rumo

No Galo Verde:

Com uma independência extemporânea e com reservas petrolíferas, Timor tem pela frente um futuro sombrio.
E é o petróleo que dita a lei em Timor. Sob o manto diáfano da crise política, que os media internacionais alimentam diariamente, ninguém se dá ao trabalho de ligar a política ao petróleo, a posição de Alkatiri ao facto de ser um defensor de uma posição de privilégio de Timor nas receitas do petróleo do seu Mar, o facto de Ramos Horta, o Nobel da Paz, ser um amigo intímo dos políticos de Davos, com ligações evidentes a grandes interesses económicos mundo fora. Xanana, qual boneco frágil, lá se vai mexendo como pode ao sabor do vento.[link]
Xanana, apesar do seu passado de combate e sacrifício pela causa timorense, nunca foi um político nato nem nasceu com perfil para presidente ou governante. O modo como usa um programa televisivo da ABC (Canal Norte-Americano) com a tese de que Alkatiri preparava uma contra-revolução, para pedir a exoneração daquele; como ameaça com a sua própria renúncia; como consente as intervenções políticas pró-australianas da sua mulher, dá-nos uma ideia do mau caminho que as coisas levam.

As decisões tomadas a partir de manifestações populares alinhadas com as facções em confronto; a ingerência de Xanana na vida interna da Fretilin, dá razão aos que pensam ser Timor inviável como país independente, acabando a prazo na tutela económica e política de Camberra.

Alkatiri é um dos opositores a esta tutela australiana. Tentou deversificar a dependência por várias potências. Por isso, tem de ser afastado, mesmo que com isso se mergulhe o país numa guerra civil.

Em tempo: Díli, 26 Jun (Lusa) - O Presidente da República de Timor-Leste já receb eu a carta de demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, disse hoje à Lusa fo nte do gabinete de Xanana Gusmão.

Timor - Anatomia de um golpe

No Veritas:

Timor
Maryann Keady *
Znet

Há três anos, escrevi uma peça sobre as tentativas de correr com o PM Mari Alkatiri em Timor Leste, então uma nova nação independente que porfiava. Escrevi que acreditava que os USA e a Austrália estavam determinados a correr com o líder timorense, devido à sua posição dura sobre o petróleo e o gás, a sua determinação em não aceitar empréstimos internacionais, e o desejo deles de verem tomar o poder o Presidente Xanana Gusmão, amigo da Austrália.

Três anos mais tarde, infelizmente tenho que dizer que os eventos que previ estão actualmente a tomar forma. Os media patrióticos da Austrália, que sem se interrogarem tomam o partido de qualquer parte da agenda do Pacífico de John Howard – incluindo a excursão às Ilhas Solomon – apregoam agora a queda de Alkatiri, um homem que corajosamente desafiou as reivindicações da Austrália sobre o seu petróleo e gás, [com] muitos dos editores de questões internacionais dos jornais claramente mais em sintonia com as exortações do Departamento de Negócios Estrangeiros e Comércio da Austrália do que com os sentimentos dos timorenses.

Cheguei a Dili precisamente quando rebentaram os primeiros distúrbios em 28 de Abril deste ano – e como testemunhei da frente do desassossego, os muito jovens soldados pareciam ter ajuda do exterior – crendo¬ se serem políticos locais e “do exterior”. A maioria dos observadores citaram a capacidade dos soldados dissidentes de passar de grupo vocal desarmado a um com centenas brandindo paus e armas, o que levantou a locais suspeitas de que isto não era um protesto “orgânico”. Entrevistei muita gente – desde fontes internas da Fretlin, a políticos da oposição e jornalistas locais – e nem um único descartou o facto que os distúrbios tinham sido feitos reféns de “outros” propósitos. O próprio primeiro-ministro o afirmou. Num discurso em 7 de Maio, chamou-lhe um golpe – e disse que “estrangeiros e pessoas do exterior” estavam a tentar mais uma vez dividir a nação. Eu relatei isso para a ABC Radio – e perguntaram-se se tinha a tradução errada. Expliquei pacientemente que não – tínhamos revisto com cuidado o discurso palavra por palavra, e qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento da política timorense perceberia que era isso precisamente o que o primeiro¬ ministro queria dizer. Mais nenhum media se preocupou em ir ao evento – os media australianos preferindo ir ter com os soldados rebeldes ou com os diplomatas australianos que querem Alkatiri “fora”.

Desde a sua eleição, Alkatiri tinha deixado de lado a figura mais importante na política timorense – o presidente Xanana Gusmão – e a tensão entre os dois tornou-se imediatamente evidente. Alkatiri tem uma visão diferente de Gusmão sobre como deve ocorrer o desenvolvimento do país – devagar, sem “os ricos a encherem¬ se à porta fechada” foi o modo como mo descreveu, com uma estrutura sólida de desenvolvimento para desenvolver uma nação verdadeiramente independente. A sua habilidade em defender os interesses de Timor no petróleo e no gás, contra os interesses agressivos da Austrália e de negociantes poderosos, e a sua criação de um Fundo do Petróleo para proteger o dinheiro do petróleo de Timor de uma futura corrupção, nunca estiveram de acordo com a caricatura de um “ditador corrupto” criada pelos seus detractores australianos e americanos.

A campanha para expulsar Alkatiri começou no mínimo há quatro anos – lembro-me da data depois de um oficial americano ter começado a deixar escapar boatos sobre a corrupção de Alkatiri, quando eu trabalhava como freelancer para a ABC Radio. Investiguei essas alegações – e não encontrei nada – mas fiquei mais preocupada com o tom das críticas feitas por responsáveis americanos e australianos que sugeriam claramente que queriam ver¬ se livres deste primeiro-ministro “criador de problemas”. Como Somare, ele não estava a fazer as coisas à maneira deles. Depois de ter entrevistado os principais líderes políticos, era claro que muitos não parariam diante de nada para se livrarem do primeiro-ministro de Timor Leste. O presidente Xanana Gusmão, há três anos atrás, não descartou a possibilidade de dissolver o parlamento e de formar um “governo de unidade nacional”.

Gusmão e os seus apoiantes (incluindo José Ramos-Horta) chamaram em privado a Alkatiri “comunista angolano” com a sua ideia de desenvolvimento em ritmo lento com o qual nem Gusmão nem os seus apoiantes australianos concordam. Para além disso, é difícil compreender porque é que o presidente Gusmão autorizaria forças a removerem inconstitucionalmente este primeiro-ministro. Em Timor, muitos criticam Gusmão, por discordar do primeiro-ministro sobre o despedimento dos soldados (devia ter sido resolvido em privado) enquanto outros o vêem como o arquitecto de todo o fiasco, [tendo] a sua frustração com os limites políticos do seu cargo permitido ser convencido pelos seus conselheiros australianos a embarcar num desnecessário golpe sangrento.

Nos últimos dias temos ouvido jovens escritores timorenses que estão actualmente no Festival de Escritores em Sydney. Eles têm uma visão diferente da dos media australianos sobre o que está a acontecer em Timor. Considere esta citação de um jovem escritor:

«… é suspeito e questionável. É difícil analisar porque é que a Austrália quer ir para lá. Penso que é guiada mais por preocupações sobre a segurança económica da Austrália, incluindo o petróleo debaixo do mar, do que por preocupações com o povo de Timor Leste. Receio que tem menos a ver com a segurança de Timor Leste do que com os interesses e segurança da Austrália».

Gil Gutteres, o líder da Associação de Jornalistas de Timor, TILJA, disse igualmente no mês passado que medos do comunismo, ao velho estilo, e os interesses económicos da Austrália moviam a campanha anti-Alkatiri e estavam por detrás da violência. De facto, não há ninguém em Timor que não entenda que isto é sobre grandes políticas – ajudadas por figuras internas que querem controlar o bolo do petróleo e do gás.

E contudo a imprensa australiana está cheias dos “nossos rapazes” que nos trazem orgulho. Isto não condiz com o sentimento no terreno, nem responde à questão de onde é que as forças rebeldes podiam receber apoio para esta mal amanhada campanha que levou a que tantos timorenses estejam assustados, inquietos e sem casa.

Ainda esta noite, testemunhas falavam de tropas australianas presentes enquanto a milícia disparava contra uma igreja em Belide. Durante a violência inicial, nem um soldado da ONU interveio para parar os pequenos bandos de desordeiros, e as recentes acções das tropas australianas juntam petróleo à especulação de que estão a deixar Timor arder.

Alkatiri, pela sua parte recusa-se a sair, dizendo que somente a Fretilin, o seu partido, lhe pode pedir para se demitir. Se ele sair, os timorenses têm que agradecer aos media australianos pelo seu inquestionável apoio a este golpe. Talvez possam explicar aos esfomeados cidadãos (que já foram ignorados pela Austrália durante 25 anos) porque é que a Austrália agora controla o seu petróleo e o seu gás. Mais importante ainda, os políticos de Timor que são parte da violência terão que explicar ao povo o seu envolvimento neste último capítulo da sua história traumática.

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* Maryann Keady é uma jornalista e produtora de rádio australiana que tem informado de Dili desde 2002. Ela é actualmente uma associada profissional do Instituto Weatherhead da Universidade de Columbia ocupando¬ se da política externa dos EUA e da China.

No Abrupto

A doença dos títulos: "Timorenses solidários com Xanana". Todos? A maioria? A resposta certa é "alguns" que até podem ser muitos, os que são trazidos "em camiões e autocarros à capital timorense e juntaram-se às cerca de 700 pessoas que passaram a noite diante do Palácio do Governo." Mais do que isto, o jornalista não sabe e provavelmente não pode saber.

Por falar em Timor, está na altura de os órgãos de comunicação social começarem a preparar outra ida e volta dos seus enviados. Até para se saber o que está lá a fazer a GNR, e que timorenses mandam nela, Xanana ou o governo do país. A não ser que tudo isso seja uma ficção e sejam as autoridades portuguesas a decidir quais os timorenses que têm legitimidade para dar ordens à GNR, ou seja, tomem partido. Então, nesse caso, um governo democrático (o nosso) devia ir à Assembleia explicar as suas opções, e uma oposição a sério devia exigi-las. A não ser assim temos que ler os jornais australianos para saber o papel de Portugal na crise de poder em Timor.

Porque será?..

Dissolução é a melhor opção, dizem conselheiros

Os conselheiros do Presidente da República timorense, João Saldanha e Mário Carrascalão, vão estar presentes no Conselho de Estado.
26/06/2006
João Saldanha
RR

João Saldanha vai defender que, nesta altura, é tarde para que a solução seja encontrada pela FRETILIN. Na sua opinião e face à crise que o país atravessa, o Presidente deve optar por dissolver o Parlamento e nomear um novo Governo até às eleições.

"Na minha opinião, nomear um novo Primeiro-ministro já não se justifica, já o podia ter feito a semana passada. A possibilidade é dissolver o Parlamento", afirmou.

A opinião é partilhada por Mário Carrascalão. O líder do PSD diz que a direcção da FRETILIN não tem legitimidade para escolher um substituto para o Primeiro-ministro, porque foi eleita de forma irregular, em clara violação dos partidos.

No Bloguitica

Timor-Leste: depois da tempestade, a bonança?

Hope so. Espero que Xanana Gusmão não decida fazer outro braço de ferro, desta vez com a escolha do novo Primeiro-Ministro. É urgente estabilizar a situação. O resto das contas salda-se nas próximas eleições legislativas.

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PIROMANIA POLÍTICA

Caso fosse necessário um exemplo de como os «amigos do povo de Timor-Leste» podem ser os seus maiores inimigos, ele estaria aqui (CAUSA NOSSA, 25.6.2006). Perante um incêndio que ameaça fugir ao controlo, Ana Gomes adiciona-lhe ainda mais gasolina. Em vez de apelar à calma e à serenidade, i.e. em vez de tentar controlar uma situação cujo desfecho poderá ser imprevisível, Ana Gomes faz exactamente o contrário.
Ana Gomes -- lamento ter de dizer isto, uma vez que tenho estima pessoal por ela -- parece ser mais amiga de Xanana Gusmão do que do povo timorense.

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Austrália apaga Timor do mapa

Notícias Lusófonas
26.06.2006


Mari Alkatiri não resistiu ao golpe de Estado presidencial, patrocinado por Xanana Gusmão sob as ordens mais próximas da Austrália e mais distantes de George W. Bush. Começa agora a fase, petroliferamente incendiária, da tornar a FRETILIN num partido domesticado (Ramos Horta quer regressar para isso), residual ou, quem sabe, ilegal. Ou seja, lá se vai mais um país lusófono.

Por Orlando Castro

Ramos Horta teve já hoje o desplante de indicar três nomes como sucessores de Alkatiri. Não está mal. Não sei em que articulado da Constituição do país se baseou, mas certamente que os australianos lhe devem ter dido onde é que isso constava.

Com a saída de Alkatiri e a mais do que provável domesticação da FRETILIN, Timor-Leste vai passar definitivamente para a esfera política, económica, militar e social dos australianos. Assim o quis Xanana Gusmão, assim o permitiu (que remédio) Portugal e a própria CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

Xanana Gusmão nem sequer escondeu que apostava tudo na tomada do poder, tal como não ocultou que recebera ordens para decapitar a FRETILIN e Alkatiri que, reconheça-se, eram o único obstáculo a que o petróleo e gás natural de Timor passassem a ter a designação “made in Austrália”.

Xanana Gusmão, obviamente protegido por soldados australianos, agradeceu aos timorenses que se juntaram em Díli o contributo para vencerem a “guerra”. Guerra? Sim, talvez ela regresse.

Aliás, se calhar era isso mesmo que os australianos queriam mas, mais uma vez, Alkatiri não lhes deu esse prazer. Não deu a Camberra como não deu às figuras de terceiro plano que sairam às ruas para gritar vitória. Quais figuras? Fernando de Araújo, Leandro Isaac, Manuel Tilman, Mário Carrascalão, Ângela Carrascalão, Lúcia Lobato, Joe Gonçalves, por exemplo.

Creio que Alkatiri vai ser o último a rir. Pena é que sejam os timorenses, mais uma vez, a pagar a crise.

Orlando Castro
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O enviado da ONU chega para avaliar a necessidade de reforçar a missão da ONU depois da violência

Tradução: Margarida

UN News

26 June 2006 – O enviado especial do Secretário-geral da ONU Kofi Annan, para Timor-Leste chegou hoje para avaliar as necessidades para um possível aumento da presença das Nações Unidas depois de a violência ter rompido através da pequena nação do Sudeste da Ásia, que a ONU guiou para a independência da Indonésia somente à quatro anos.

Ian Martin, um veterano da ONU da pela pela independência em Timor-Leste, disse aos reporters à sua chegada no aeroporto de Dili que ele faria “qualquer coisa que puder nestas duas semanas para assistir na resolução da presente crise,”que pode ser atribuída a diferenças entre as regiões orientais e ocidentais.
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Mr. Martin disse que o tamanho da nova missão da ONU sera decidida pelo Conselho de Segurança na base de recomendações de Mr. Annan, que disse a repórteres na semana passada que previa uma operação reforçada em Timor-Leste.

Ele espera encontrar-se com líderes de todos os lados do espectro politico Timorense, organizações religiosas e cívicas e membros da equipa de países da ONU.


“Os líderes dos partidos politicos têm a responsabilidade de restringir os seus seguidores de se engajarem em qualquer acto de violência, quando exercerem a sua liberdade de reunião e o direito de se manifestarem em público,”disse Mr. Hasegawa.

Ele acrescentou que tinha recebido garantias do Sr. Alkatiri que tinha dado instruções aos seus apoiantes para se manterem longe de manifestações de opositores. O Gabinete do Presidente Xanana Gusmão também deu garantias que os Timorenses continuarão a exercer pacificamente o seu direito à liberdade de expressão.

A Força Conjunta (Joint Task Force) constituída por militares e policias Australianos, Nova Zelândeses, Portugueses e Malários, a pedido do Governo, tomou medidas para garantir que os manifestantes se mantém separados.

O órgão mundial primeiro constituiu a UNTAET em 1999, no seguimento do voto do país pela independência da Indonésia, que tinha tomado o poder depois do fim do domínio colonial de Portugal em 1974. Mr. Martin foi o especial representante de Mr. Annan lá, nessa altura.

Esta estrutura robusta foi mantida até à independência em 2002, quando a UNTAET foi substituída por uma operação diminuída, a UNMISET. Esta por sua vez foi substituída pela corrente, ainda mais pequena UNOTIL.

Na frente humanitária a UNICEF e a WFP relataram que comida e outros bens de apoio foram enviados para os campos apesar da perturbação do tráfico pelos manifestantes. Equipas para avaliação têm sido enviadas para os distritos exteriores para determinar as necessidades das pessoas deslocadas.

Ramos Horta and ex up for top job

The Australian
Stephen Fitzpatrick, Dili, East Timor
June 27, 2006

IF Minister for State Ana Pessoa is chosen to replace Mari Alkatiri as East Timor's prime minister, it will take more than a little humility on the part of her former husband, Jose Ramos Horta.

The recently resigned foreign and defence minister said he was not ecstatic "about being ruled by my own ex-wife".

"My macho ego will not be very good," he joked, before insisting he thought Ms Pessoa would make an "excellent" leader.

But he also threw his own hat into the ring. "I will do it if I am persuaded that I am the only person that everyone else agrees with," he said.

"I'm just a little man. My ambition in life has never been to be prime minister of this or any other country."

Mr Ramos Horta, for years one of the most recognisable faces of East Timor's struggle for independence, managed to place himself at the centre of the country's latest political machinations.

His resignation on Sunday, apparently as a result of the ruling Fretilin party's refusal to sack deeply unpopular Dr Alkatiri as prime minister, was supposed to have been a secret, he claimed yesterday, "but somehow the media got hold of it". However, since the news was out, he said, he wanted to explain what had happened.

Word from Mr Ramos Horta on Sunday had been that he was not prepared to continue as foreign and defence minister under Dr Alkatiri "or any group related to him", and he revealed yesterday that he had informed the prime minister of his feelings by text message.

"I wrote to him that the time has come for each of us to act on the basis of our conscience," Mr Ramos Horta told reporters yesterday morning, shortly before Dr Alkatiri's sudden resignation changed the day's complexion radically. "He replied, 'What do you mean'," Mr Ramos Horta said. "I sent back an SMS saying, 'I intend to act on my conscience this afternoon, at 5pm'."

Thus are the cryptic workings of state in East Timor, resignation by SMS - and ones with multiple interpretations at that.

But even the master manipulators can be outmanoeuvred, as Mr Ramos Horta discovered, to his consternation.

Attempting to describe the impasse and the heavy heart with which he faced "a very serious obstacle, and that was the prime minister", Mr Ramos Horta was handed a note by his media adviser, Chris Santos. Looking suddenly pale, Mr Ramos Horta excused himself from the briefing room, saying, "I'm sorry, I must take a phone call."

He returned a moment later to announce that he was "a little person of no consequence in this planet and there is other news for you to cover. I think you should go to Dr Alkatiri's house".

Abandoning Mr Ramos Horta's office, the press throng reconvened at the prime minister's residence, which is guarded by Australian and Malaysian soldiers, to hear him make the announcement that increasingly vocal hordes of East Timorese have been demanding.

Mr Ramos Horta later used the speed with which the media contingent had left his office as proof of his minor role in events.

"Not even one journalist stayed behind to talk to me," he complained with mock bitterness late yesterday afternoon, before breaking into a grin.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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