sábado, dezembro 29, 2007

Dos leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "LU$A REPRE$ENTA A CEGA LU$ITANEADADE":

Concordo com esta análise correctíssima da (in)existência de uma comunicação social decente em língua portuguesa, em Timor-Leste.

É lamentável a ausência de noticiário timorense na televisão portuguesa. E quando há uma excepção, esta nunca toca nos assuntos quentes. A maioria dos portugueses desconhece a existência da célebre "guia de marcha", do telefonema entre Longuinhos, Agio e Leandro Isaac, ou a troca de palavras entre Ivo Rosa, Ramos Horta e Hutcheson, só para dar alguns exemplos.
Na imprensa escrita a situação não é muito melhor, pois os jornais recebem normalmente as notícias da Lusa.

Este artigo de A. Veríssimo enumera os dois aspectos fundamentais para a difusão não só do Português em TL, como também para o desenvolvimento do Tétum e das capacidades comunicativas dos timorenses em geral.

O primeiro aspecto é a RTPi, que lamentavelmente orienta a sua programação para as "comunidades portuguesas" e que se deveria chamar RTS - "Rádio e Televisão da Saudade".
Incompreensivelmente, não há preocupação em posicionar este canal de TV para os povos não portugueses que têm algum tipo de relação afectiva ou histórica com Portugal, nem com os estrangeiros em geral, cuja única motivação seja a curiosidade em conhecer melhor o mundo português e dos restantes países lusófonos.

Alguns programas não têm qualquer interesse para os timorenses. Em contrapartida, é habitual que os populares jogos de futebol não se possam ver.

Não há noticiário local, nem a mínima adaptação à realidade timorense. Não há nenhum programa em Tétum, seja oralmente, seja por legendas.

A RTP África, por contraste, é o exemplo do que poderia ser a RTPi, com noticiários locais e outros programas localizados. Só que está limitada ao público-alvo africano.

Uma alternativa poderia ser a TVTL, desde que devidamente apoiada para poder ter produção própria. Falta, porém, a cobertura do sinal televisivo em todo o país.

O segundo aspecto é a imprensa, artesanal, amadora, sem meios nem dinheiro. É um autêntico milagre que um jornal consiga persistir nestas condições.

Não quero acreditar que não haja pelo menos uma empresa ou uma dessas tantas fundações que possa dispor de meia-dúzia de tostões para sustentar a imprensa timorense enquanto esta não tiver meios de subsistência. Os timorenses conseguem farão o resto, como habitualmente conseguem fazer tudo.

LU$A REPRE$ENTA A CEGA LU$ITANEADADE

Blog TIMOR LOROSAE NAÇÃO
António Veríssimo
Sábado, 29 de Dezembro de 2007

OS MAUS-TRATOS DO PORTUGUÊS EM TIMOR-LESTE

A falta de notícias em português sobre a actualidade timorense é uma constante que nos remete para os tempos coloniais anteriores aos anos sessenta e grande parte desses.

Quase no final da década de sessenta começámos a ver recrudescer uma grande vontade de produzir noticiário semanal que nem sempre cumpria a pontualidade mas que acabava por ser redigido, impresso e distribuído, gratuitamente ou quase. Havia mesmo um semanário militar, editado pelo CTIT, que incluía textos em português com a respectiva tradução em tétum.
Esse era o mais pontual e gratuito, mas em formato A4 e de baixa qualidade.

Actualmente, pelo que os meus companheiros timorenses da Fábrica informam e amigos meus dizem, aquele que poderia ser um dos maiores e melhores veículos do português em Timor-Leste, o JN Semanário, vive a balões de soro por carolice de uns quantos do mister da comunicação e de um ou outro empresário, que importa aqui louvar.

A ser assim teremos de lamentar esta realidade e devemos confrontar as grandes empresas portuguesas de comunicação social por ficarem alheias à importância de fomentar a leitura de notícias em português, preferindo serem arcaicos merceeiros e tasqueiros, exploradores, que não vêem um palmo à frente do nariz – a não ser cifrões produzidos na hora, no momento ou quase. O lucro fácil.

Podemos perguntar o que é que a Lusa-Balsemão faz pelo português e pela cultura portuguesa em Timor-Leste – que é ao que aqui me refiro.

Que se saiba nada. Quando muito dá ares de controlar os jornalistas que estão por Timor – actualmente Pedro Rosa Mendes – para que produzam notícias cuidadosas e favoráveis aos seus intentos, interesses e simpatias…

Compreende-se que os profissionais não estão em condições de darem um murro na mesa e escreverem tudo como vêem mas sim autocensurando-se e despachando a “papinha” que os “patrões” – quais censores de lápis azul – consideram por bem, por conveniente.

Até percebo que existem profissionais que negam esta realidade. Assim como percebo que todos os meses têm as contas da família para pagar.

Pois claro que assim é, senhores censores encapotados – dos patrões aos chefes servis, muitos por não terem outro remédio, os chefes, outros por viroses do passado salazarista.

Voltando à vaca quente – preferia leitão frio – era bom que aparecessem algumas almas caridosas que protegessem o propósito de divulgar o português em Timor-Leste também em letra impressa e não só através da RTPi e sua congénere do som RDPi.

Até porque se bem repararem – tenham um pouco de paciência a vê-la e ouvi-las – parece que estão a fazer rádio e televisão com alinhamentos bolorentos que rebuscaram nos arquivos de há décadas. De interesse pouco têm para as actualidades dos novos países que Portugal “deu” ao mundo por anteriormente os ter abusivamente ocupado.

A letra impressa e a produção de um semanário, pelo menos, em português correcto podiam fazer muito pelo português-idioma em Timor-Leste. Ainda mais se fosse a baixo custo, muitíssimo baixo custo, acessível, quase gratuito.

É que se ainda não repararam – por causa da cegueira do lucro fácil – daqui por uns anos poderiam começar a recuperar o investimento pelo simples facto de existirem muitos mais timorenses a ler em português.

Não tenho conhecimento de que o Estado português, nas pessoas dos governantes, alguma vez dessem importância a este facto e o devido apoio. Repito: O DEVIDO APOIO.

Se já tivessem tomado a iniciativa, a sério, certamente que a situação actual era bem diferente e nem teria razão de ser esta prosa, que acaba por chamar macacos aos macacos e ursos aos ursos, comprovando o meu “mau feitio” perante realidades inadmissíveis.

Fiquemos à espera. Se em algo erro, esclareçam-me, por favor.

Jornalismo de Guerra

Blog Comunicação na Sociedade da Informação

Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2007


“Adelino suspirou e voltou-se para os companheiros.

«Fazemos o vivo aqui», anunciou.

Herlander Mendes, o operador de câmara, passou a mão pelo rosto transpirado, afastou um mosquito e fez um gesto para o seu assistente. Manuel Patrício pegou no tripé e montou-o junto a Herlander. Jorge Teófilo, o operador de som, deu uma mão e estabeleceu a ligação entre o gravador e a máquina de filmar.

«Porra para a humidade!», praguejou Herlander, preocupado com a máquina de filmar e irritado com o calor abafado e o ar pesado.

O operador de câmara não estava habituado a trabalhar naquelas condições e agonizava com a possibilidade de a humidade lhe inutilizar o equipamento. Manuel estendeu-lhe o secador para desumidificar a máquina, mas Herlander abanou a cabeça. Não era preciso, a Harriflex funcionava.

«Estás pronto?», impacientou-se Adelino.

Jorge fez sinal que não, apesar de a pergunta não lhe ser especificamente dirigida.

«Ó Adelino, fala lá um bocado, pá», pediu, querendo acertar os níveis de som.

«Um dois três, um dois três, um dois três quatro.»

«Está bom», indicou Jorge.

Herlander fez um sinal, Adelino calou-se, concentrou-se, reviu mentalmente o sentido do seu texto e começou a falar para a câmara, fazendo um vivo ali mesmo, nas areias da praia da ilha de Ataúro, frente à cidade de Díli.”

“A entrevista com o governador, mais todas as reportagens pitorescas feitas em Ataúro, seguiram de avião para Portugal, enquanto a equipa da RTP tentava entrar em Díli.”




In Ilha das Trevas, José Rodrigues dos Santos



Os excertos acima fazem parte do livro Ilha das Trevas de José Rodrigues dos Santos. Este livro conta a história de Timor Leste deste a retirada dos portugueses em 1975 até à restauração da independência a 20 de Maio de 2002. Os horrores desta guerra em Timor são documentados nestes vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=04qNGgVhtNQ

http://www.youtube.com/watch?v=-aGL7VT1T-w

O jornalismo de guerra é uma temática que considero muito interessante. Na linha da tecnologia no jornalismo vou tentar mostrar as evoluções na cobertura de acontecimentos bélicos. Este primeiro livro fala da cobertura da guerra de Timor em 1975 aquando a retirada dos portugueses do território na sequência do 25 de Abril. Como se pode ver, os jornalistas deparam-se com problemas de ordem tecnológica. O operador de câmara teme que a humidade local impeça a gravação da peça. Esta humidade pode ser resolvida com um secador. Antes de o jornalista Adelino Gomes fazer o vivo, falar para a câmara, o operador de som tem de testar os níveis de som para que nada falhe. O segundo excerto refere de que forma as reportagens desta equipa de jornalistas chega a Portugal, à RTP em 1975.

publicado por Ana** às 21:53

SAIDA MAKA LUZOFONIA - O QUE É A LUSOFONIA

Blog TIMOR LOROSAE NAÇÃO
Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2007

Estamos crentes que os amigos que nos lêem decidiram-se a enviar-nos ofertas de natal através de textos interessantes. Valorizamos e agradecemos.
Desta vez, um anónimo enviou-nos um texto, em ambos os idiomas oficiais de Timor-Leste, que para nós tem de aqui ser exposto - nunca no TLN há quem faça tal.
Agradecemos, com a devida vénia, aos autores e a quem o enviou.
Já agora, aproveitamos para informar que por razões que ainda não conseguimos descobrir os emails constantes na barra lateral, através das ligações dos autores e da Fábrica, não funcionam. Para o caso de pretenderem contactar-nos via email basta inserirem fabricadosblogs@gmail.com e aqui chegarão.

Fiquem bem e preparem-se para a passagem de ano.

Nota explicativa:

Este é um texto originalmente publicado por duas amigas minhas - e ex-alunas - no jornal literário do Departamento de Língua Portuguesa da UNTL. Foi depois incluído por nós no nosso livro colectivo “O que é a lusofonia – Saida maka luzofonia”.

Lisensiatura kona-ba Lia-Portugés no Kultura Luzófona sira

Ita hotu hatene katak ita-nia nasaun iha lian ofisiál rua, tetun no portugés. Ne’e desizaun matenek husi ita-nia na’i-ulun sira, tanba hanesan ne’e timoroan sira ne’ebé seidauk hatene portugés mós bele komunika ho Estadu. Porezemplu, tia ida iha foho ne’ebé laeskola bele hakerek surat – ka husu ba ema ruma atu hakerek – uza de’it tetun no haruka ba Ministériu ida ka ba Tribunál kona-ba problema ruma ne’ebé nia hetan. Maibé ita mós hatene katak tetun sei tuir hela prosesu atu dezenvolve an, no lia-portugés maka nia belun istóriku no lia-portugés maka lian nasaun Timór Lorosa’e nian ne’ebé ita uza hodi hatene kultura aas. Ita seidauk bele lee ho tetun Mahabarata ka Odisseia ka testu sira husi Stephen Hawking ka António Damásio, Santu Agostiñu ka Karl Marx, Shakespeare ka Camões, José Saramago ka George Orwell. Ita seidauk bele uza tetun hodi koñese Literatura Boot husi mundu ne’e, ka hatene kona-ba siénsia foun oioin, no importante tebetebes ba intelektuál sira atu lee kona-ba buat hirak-ne’e hotu. Selae ita sei sai nasaun ida ke la iha matenek-na’in. No matenek-na’in sira de’it maka bele hatene porezemplu oinsá atu prodús eletrisidade, halo operasaun ba ema moras, ke’e mina-rai iha tasi-kidun, ka dezenvolve ita-nia ekonomia... Ita timoroan sei bele uza lia-portugés atu estuda kona-ba asuntu hirak-ne’e.

Tebes duni, ema barak seidauk hatene portugés moos. Tia husi foho ne’ebé ita temi tiha ona bele komprende fraze ida hanesan ne’e “Maria konta ke Domingu-Domingu, depoizde misa, avó bá merkadu halo kompras. Nia presiza kafé, repollu, pepinu, alfase, mostarda, agriaun, tomate, kouve, salsa, ervilla i senoura.” Maibé tia ida-ne’e la bele lee A última morte do Coronel Santiago, husi hakerek-na’in timoroan Luís Cardoso. Hanesan de’it tia mós bele ko’alia “bahasa pasaran” maibé nia la hatene lee Bumi Manusia, husi autór indonéziu Pramoedya Ananta Toer. Ema ne’ebé hakarak estuda atu hatene portugés moos iha oportunidade oioin. Labarik sira hotu oras-ne’e estuda ona iha eskola primária, profesór sira iha Dili no iha distritu tuir daudaun Baxarelatu atu aprende lian ida-ne’e, no foin-sa’e sira ne’ebé remata eskola sekundária no iha intensaun atu buka matenek bele mai estuda iha ami-nia Lisensiatura kona-ba Lia-Portugés no Kultura Luzófona sira.

Universidade Nacional de Timor Lorosa’e maka hala’o Lisensiatura ida-ne’e, iha Faculdade de Ciências da Educação, hahú tiha ona iha tinan akadémiku 2001/2002. Iha kursu ne’e ami estuda buat oioin interesante tebetebes: lia-portugés, literatura husi Portugál, Brazíl, rain oioin iha Áfrika no Timór Lorosa’e, kultura Timór nian no rain seluk nian, gramátika, linguístika, Istória Timór Lorosa’e nian no seluseluk tan. Ami-nia kursu mós fó atensaun maka’as ba lia-tetun, no ami tuir kadeira (ho lia-indonézia katak mata kuliah) hanesan Padronizasaun no Ortografia Tetun nian, no Gramátika Tetun nian. Bainhira ami-nia Lisensiatura hotu ami sei bele buka serbisu nu’udar profesór, durubasa, tradutór, sekretária, jornalista, ka funsionáriu iha fatin sira ne’ebé ezije ema atu hatene momoos lian ofisiál rua ita-nia nasaun nian. Ami-nia profesór barak mai husi Portugál no rain sira seluk ne’ebé mós iha lia-portugés nu’udar lian ofisiál, liuliu husi Instituto Camões. Ami mós hala’o atividade oioin hanesan jornál kona-ba literatura “Várzea de Letras”, teatru, tradusaun, nsst...

Joven timoroan, mai estuda ho ami!

Testu husi Icha Bossa ho Irta Araújo, publika tiha iha Várzea de Letras, Suplemento Literário mensal do jornal Semanário, nº 4 [5], Julho 2004

Licenciatura em Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas

Todos sabemos que a nossa nação tem duas línguas oficiais, o tétum e o português. Isto foi uma decisão inteligente dos nossos líderes, porque desta forma os timorenses que ainda não sabem português também podem comunicar com o Estado. Por exemplo, uma tia não-escolarizada na montanha pode escrever uma carta – ou pedir a alguém que lha escreva – usando apenas o tétum e enviá-la para um Ministério ou para o Tribunal sobre um problema qualquer que ela tenha. Mas nós também sabemos que o tétum ainda está num processo de desenvolvimento, e que o português é que é o seu aliado histórico e a língua portuguesa é que é a língua da nação leste-timorense que usamos para ter acesso à alta cultura. Ainda não podemos ler em tétum o Mahabarata ou a Odisseia ou os textos de Stephen Hawking ou António Damásio, Santo Agostinho ou Karl Marx, Shakespeare ou Camões, José Saramago ou George Orwell. Ainda não podemos usar o tétum para conhecer a Grande Literatura mundial, ou para saber sobre as ciências modernas, e é muito importante que os intelectuais leiam sobre tudo isto. Se não seremos uma nação sem intelectuais e sem especialistas. E só estes é que podem saber por exemplo como se produz electricidade, se fazem operações cirúrgicas, se extrai petróleo do fundo do mar, ou se desenvolve a nossa economia... Nós timorenses poderemos através da língua portuguesa estudar sobre estes assuntos.

Claro que é verdade que muita gente ainda não domina o português. A tia da montanha que já mencionámos pode compreender uma frase como esta “Maria konta ke Domingu-Domingu, depoizde misa, avó bá merkadu halo kompras. Nia presiza kafé, repollu, pepinu, alfase, mostarda, agriaun, tomate, kouve, salsa, ervilla i senoura” (A Maria conta que aos Domingos, depois da missa, a avó vai ao mercado fazer compras. Ela precisa de café, repolho, pepino, alface, mostarda, agrião, tomate, couve, salsa, ervilha e cenoura). Mas esta tia não pode ler A última morte do Coronel Santiago, do escritor timorense Luís Cardoso. Da mesma forma, a tia também pode falar “bahasa pasaran” (língua malaia “do mercado”), porém não é capaz de ler Bumi Manusia, do autor indonésio Pramoedya Ananta Toer. Quem quer estudar para saber português correctamente tem muitas oportunidades. Todas as crianças actualmente o aprendem na escola primária, os professores em Díli e nos distritos seguem actualmente um Bacharelato para aprenderem este idioma, e os jovens que terminaram a escola secundária e têm intenção de aprofundar os seus conhecimentos podem vir estudar connosco na nossa Licenciatura em Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas.

Esta Licenciatura foi criada na Universidade Nacional de Timor Lorosa’e, na Faculdade de Ciências da Educação, no ano académico de 2001/2002. Neste curso estudamos muitas coisas interessantes: língua portuguesa, literatura de Portugal, Brasil, países africanos lusófonos e Timor-Leste, cultura timorense e de outras nações da lusofonia, gramática, linguística e história de Timor-Leste, entre outras coisas. O nosso curso também dá uma grande atenção ao tétum, e temos cadeiras como Padronização e Ortografia do Tétum, e Gramática do Tétum. No final da Licenciatura poderemos procurar trabalho como professores, intérpretes, tradutores, secretárias, jornalistas, ou funcionários em locais que exijam o domínio das duas línguas oficiais da nossa nação. Muitos dos nossos professores vêm de Portugal ou de outros países lusófonos, principalmente do Instituto Camões. Levamos também a cabo diversas actividades como o jornal literário “Várzea de Letras”, teatro, traduções, etc...

Jovem timorense, vem estudar connosco!

A versão original em tétum, de Icha Bossa e Irta Araújo, foi publicada no Várzea de Letras, Suplemento Literário mensal do jornal Semanário, nº 4 [5], Julho 2004

PN - Agenda No. 48/II

Gabinete de Relações Públicas
Plenária Extraordinária

Sexta-feira, 28 de Dezembro de 2007

A Sessão Plenária de hoje foi presidida pelo Presidente do Parlamento Nacional, Sr. Fernando La Sama de Araújo, coadjuvado pelos Vice-Presidentes, Sr. Vicente da Silva Guterres e a Sra. Maria da Paixão de Jesus da Costa, Secretária da Mesa Sra. Maria Terezinha Viegas e a Vice-Secretária, Sra. Maria da Costa Exposto.

Estiveram presentes na sessão, o Primeiro Ministro, Sr. Kay Rala Xanana Gusmão, os Ministros e os Secretários de Estado.

No período da ordem do dia, deu-se continuação da discussão e aprovação na especialidade do Orçamento Geral do Estado para o ano 2008.

O Presidente do Parlamento Nacional abriu a sessão plenária e deu oportunidade a cada Ministério para fazer a sua apresentação sobre as verbas que estão previstas no OGE para o ano 2008.

Foram discutidos e aprovados os seguintes artigos, constantes da Proposta de Lei em apreço:
artigo 2º “Aprovação” foi aprovado com 38 votos a favor, 14 contra e 4 abstenções.
Artigo 3.º “Receitas” foi aprovado com 42 votos a favor, 1 voto contra e 12 abstenções;
Artigo 4.º Limite Autorizado para Crédito do OGE” – foi aprovado com 41 votos a favor, 1 voto contra e 13 abstenções;
Artigo 5.º “Pagamento de impostos sobre importações do Governo” foi aprovado com 41 votos a favor, nenhum voto contra e 14 abstenções;
Artigo 6.º “Afectações orçamentais ” foi aprovado com 41 votos a favor, 1 voto contra e 14 abstenções;
Artigo 7.º “ Tranferência de verbas” foi aprovado com 44 votos a favor, nenhum voto contra e 2 abstenções;
Artigo 8.º “ Fundos ” foi aprovado com 45 votos a favor, nenhum voto contra e 10 abstenções;
Artigo 9.º “Reserva de contingência” foi aprovado com 49 votos a favor, nenhum voto contra e 13 abstenções;
Artigo 10.º “Transferências publicas”: foi aprovado com 41 votos a favor, nenhum voto contra e 15 abstenções;
Artigo 11.º “Verbas transitadas”: foi aprovado com 44 votos a favor, 1 voto contra e 10 abstenções;
Artigo 12.º “Receitas Próprias”: foi aprovado com 39 votos a favor, 3 voto contra e 14 abstenções;
Artigo 13.º “Financiamento”: foi aprovado com 41 votos a favor, 1 voto contra e 15 abstenções;
Artigo 14.º “Financiamento através de doadores independentes”: Foi aprovado com 45 votos a favor, nenhum voto contra e 15 abstenções;
Artigo 15.º “Direito subsidiário”: Foi aprovado com 45 votos a favor, nenhum voto contra e 15 abstenções.
Artigo 16º “ Entrada em Vigor ” foi aprovado com 39 votos a favor, 3 voto contra e 14 abstenções;

Depois de aprovação na especialidade, o Plenário do Parlamento Nacional, continua a fazer Votação Final Global, a Proposta de Lei n.º 3/II sobre o “Orçamento Geral do Estado para o Ano de 2008” com 38 votos a favor, 18 votos contra e 1 abstenção.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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