domingo, abril 27, 2008

Salsinha continua em Ermera, nada mudou desde sexta-feira

Díli, 26 Abr (Lusa) - O ex-tenente timorense Gastão Salsinha, que na sexta-feira aceitou render-se às autoridades, permanence em Ermera, na região ocidental de Timor-Leste, numa casa sob controlo das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).

"A situação não mudou desde sexta-feira. Demos mais um par de dias para a entrega das armas e do resto do grupo", afirmou à Agência Lusa uma fonte que acompanha as negociações.

O ex-líder dos peticionários das Forças Armadas aceitou render-se após reuniões que envolveram a Presidência da República, elementos das forças de segurança timorenses, da Igreja Católica e líderes locais.

"Salsinha não tem as armas mas não as entregou (às autoridades). Não está preso mas concordou em não abandonar a casa onde está instalado", disse hoje uma fonte internacional à Lusa.

Não foi feita nenhuma declaração oficial sobre a situação de Gastão Salsinha nem sobre a data prevista para a concretização do acordo atingido na sexta-feira numa aldeia de Ermera.

Salsinha, líder do grupo rebelde que a 11 de Fevereiro atentou contra a vida do Presidente Ramos-Horta e do primeiro-ministro Xanana Gusmão, concordou "em não deixar a casa onde se encontra, até que o resto dos seus homens se juntem a ele", disse na sexta-feira à Lusa uma fonte oficial da ONU em Timor-Leste .

"A situação é muito parecida com o que aconteceu quando Gastão Salsinha concordou em entregar-se ao Procurador-Geral da República" há cerca de dois meses, comentou aquela fonte, que salientou o papel relevante da Igreja Católica, de políticos locais e da Procuradoria-Geral da República nas negociações com o chefe rebelde.

Até quinta-feira, estavam em prisão preventiva dez elementos do grupo de Gastão Salsinha e do major Alfredo Reinado, arguidos no processo do 11 de Fevereiro.

Angelita Pires, ex-assessora legal e namorada de Alfredo Reinado, está indiciada no mesmo processo, aguardando julgamento em liberdade mas com interdição de se ausentar do país.

Continuavam a monte 13 suspeitos com mandado de captura emitido, incluindo Gastão Salsinha, que lidera o grupo de fugitivos depois da morte do major Reinado no ataque à casa do Presidente José Ramos-Horta.

A operação Halibur de captura do grupo de Salsinha tem estado concentrada no distrito de Ermera.

No seu regresso a Timor-Leste, no passado dia 17, o Presidente da República, José Ramos-Horta, tinha ordenado ao ex-tenente Gastão Salsinha para se entregar e acabar com a sua "aventura".

"Deixe-se de aventuras. A vossa aventura e irresponsabilidade ao longo de meses já custou vidas", afirmou José Ramos-Horta na conferência de imprensa que deu no aeroporto internacional Nicolau Lobato, em Díli, dirigindo-se ao líder dos fugitivos ligados aos ataques de 11 de Fevereiro.

O Presidente fez, na ocasião, uma intervenção emocionada mas dura contra Gastão Salsinha e o major Alfredo Reinado, responsáveis pelos ataques contra José Ramos-Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão.

José Ramos-Horta ficou gravemente ferido, o major Reinado morreu no ataque e o ex-tenente Salsinha fugiu com um grupo que agora está reduzido a cerca de 15 homens.

PRM.
Lusa/fim

Gastão Salsinha concordou em render-se mas ainda não entregou armas

Díli, 25 Abr (Lusa) - O ex-tenente timorense Gastão Salsinha concordou hoje em render-se em Ermera (Oeste de Timor-Leste), "mas até ao momento ainda não entregou as armas", disse à Agência Lusa fonte do comando conjunto da Operação Halibur.

Uma fonte oficial da ONU em Timor-Leste confirmou à Lusa existirem reuniões entre Gastão Salsinha e uma delegação da Procuradoria-Geral da República, do Parlamento, do Governo e das Forças Armadas, na aldeia de Liolo, junto a Gleno, Ermera.

Salsinha, líder do grupo rebelde que em 11 de Fevereiro atentou contra a vida do Presidente Ramos-Horta e do primeiro-ministro Xanana Gusmão, concordou, "em resultado destas conversações, em não deixar a casa onde se encontra, até que o resto dos seus homens se juntem a ele", disse aquela fonte.

"Depois disso, Gastão Salsinha concordou em entregar-se às autoridades", concluiu a fonte da ONU.

Uma outra fonte que tem acompanhado localmente as negociações, confirmou à Lusa a concordância de Salsinha na sua rendição, "mas até ao momento ainda não entregou as armas".

"A situação é muito parecida com o que aconteceu quando Gastão Salsinha concordou em entregar-se ao Procurador-Geral da República" há cerca de dois meses, comentou aquela fonte, que salientou o papel relevante da Igreja, de políticos locais e da Procuradoria-Geral da República nas negociações com o chefe rebelde.

Até quinta-feira, estavam em prisão preventiva dez elementos do grupo de Gastão Salsinha e do major Alfredo Reinado, arguidos no processo do 11 de Fevereiro.

Angelita Pires, ex-assessora legal e namorada de Alfredo Reinado, está indiciada no mesmo processo, aguardando julgamento em liberdade mas com interdição de se ausentar do país.

Continuavam a monte 13 suspeitos com mandado de captura emitido, incluindo Gastão Salsinha, que lidera o grupo de fugitivos depois da morte do major Reinado no ataque à casa do Presidente José Ramos-Horta.

A operação Halibur de captura do grupo de Salsinha tem estado concentrada no distrito de Ermera.

No seu regresso a Timor-Leste, no dia 17 de Abril, o Presidente da República, José Ramos-Horta, tinha ordenado ao ex-tenente Gastão Salsinha para se entregar e acabar com a sua "aventura".

"Deixe-se de aventuras. A vossa aventura e irresponsabilidade ao longo de meses já custou vidas", afirmou José Ramos-Horta na conferência de imprensa que deu no aeroporto internacional Nicolau Lobato, em Díli, dirigindo-se ao líder dos fugitivos ligados aos ataques de 11 de Fevereiro.

O Presidente fez, na ocasião, uma intervenção emocionada mas dura contra Gastão Salsinha e o major Alfredo Reinado, responsáveis pelos ataques contra José Ramos-Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão.

José Ramos-Horta ficou gravemente ferido, o major Reinado morreu no ataque e o ex-tenente Salsinha fugiu com um grupo que agora está reduzido a cerca de 15 homens.

"Entregue-se ao pároco em Gleno ou Maubisse. Confio totalmente nesta igreja timorense. Ela saberá como contactar as autoridades", pediu o chefe de Estado a Salsinha no regresso de mais de dois meses de convalescença em Darwin, Austrália.

"Apesar de eu ter sido atingido, eu não queria que Salsinha ou qualquer outro timorense perdesse a sua vida.

Demasiados timorenses perderam as suas vidas", acrescentou José Ramos-Horta num momento em que, embargado, interrompeu as suas palavras.

"Salsinha tem que se entregar. Ele disse que esperava pelo meu regresso para se entregar. Eu prefiro que ele procure a igreja. Depois ele tem de ir ao Procurador-geral da República, ou ao tribunal, não sei o processo, e enfrentar a justiça", insistiu o Presidente.

"Salsinha já não é o líder dos peticionários", afirmou o Presidente da República na sua curta intervenção perante os deputados e a comunidade diplomática.


PRM.
Lusa/fim.

Gastão Salsinha rende-se em Ermera

Díli, 25 Abr (Lusa) - O ex-tenente timorense Gastão Salsinha rendeu-se hoje em Ermera (Oeste de Timor-Leste), disse à Agência Lusa fonte do comando conjunto da Operação Halibur.


PRM.
Lusa/fim.

Histórias de Portugal e da II Guerra Mundial no "Diário do Tenente Pires"

** Pedro Rosa Mendes, da agência Lusa, em Díli **

Díli, 26 Abr (Lusa) - A "violência" da colonização de Timor, a "brutalidade" da I República e o "cinismo" da política de Salazar face à invasão japonesa são as linhas que se cruzam na vida do tenente português Manuel de Jesus Pires.

"Timor na 2ª Guerra Mundial, O Diário do Tenente Pires", de António Monteiro Cardoso, é, por isso, "um livro iconoclasta", resumiu o historiador português em entrevista à agência Lusa.

António Monteiro Cardoso apresentou a obra (lançada em Outubro de 2007) em Díli, na Feira do Livro em Português, que terminou a 23 de Abril.

O historiador, que nunca tinha estado em Timor-Leste, visitou nos últimos dias alguns dos cenários onde se desenrolou a história heróica, com fim trágico, do tenente Pires, no distrito de Baucau (leste do país), à vista das montanhas do Matebian e do Mundo Perdido.

O tenente Pires foi administrador da vila de Baucau, que entre 1936 e 1975 se chamou Vila Salazar, capital da circunscrição de São Domingos, e morreu em data e local desconhecidos, talvez no final de 1944, assassinado no cativeiro japonês.

O pano de fundo do "Diário do Tenente Pires" é a resistência à ocupação japonesa de Timor, a guerra de guerrilhas movida por forças australianas ajudadas por timorenses e portugueses, a saída de Pires para a Austrália e o seu regresso à ilha, numa missão suicida, para salvar os portugueses que tinham ficado e corriam perigo.

António Monteiro Cardoso, recorrendo a abundantes fontes documentais, analisa e refuta neste livro dois mitos persistentes: a bondade da colonização de Timor e o sucesso da política de Salazar na colónia mais distante da metrópole.

"O livro pode não ser bom mas é o único livro que não vai ser fascista, como (são) os clássicos livros sobre a História de Timor, que são livros de exaltação do culto da bandeira e outras fantasias", ironizou o historiador na entrevista à Lusa em Baucau.

"Claro que há uma excepção, que é o livro de José Mattoso ("A Dignidade")", ressalvou António Monteiro Cardoso.

"Comete-se erros de interpretação em que se toma a parte pelo todo", acrescentou, recordando que uma versão realista, menos simpática a Portugal, já aparecia nas obras do historiador francês René Pélissier sobre o avanço das fronteiras coloniais.

"A verdade é o que Pélissier contou: a colonização foi violenta e usou os métodos de guerra, guerra de timorenses contra timorenses, como na Guiné pelo Teixeira Pinto", afirmou António Monteiro Cardoso à Lusa.

"Mantém-se a ilusão mitológica de que o colonialismo português não fazia mal a ninguém. Todos são maus a colonizar menos os portugueses", declarou à Lusa.

"O caso de Timor é o que melhor ajuda a criar este mito, devido à invasão indonésia. Há o mito da cristianização, da conquista das almas e não pela espada", explicou o historiador.

"O timorense por definição era católico, falava português e adorava Portugal", recorda.

António Monteiro Cardoso salienta que na sua obra sobre o tenente Pires e a 2ª Guerra Mundial teve presente as lições retiradas de "Weapons of the Weak" e "Hidden Transcripts", de James C. Scott, em que são analisadas as formas de resistência dos "fracos".

"As pessoas que estão sob uma situação de dominação não se podem exprimir livremente. Dão ideia de pacificação ou adesão, mas, criando-se certas oportunidades, passa-se rapidamente a situação de revolta de populações que pareciam amigas", diz António Monteiro Cardoso.

"É a história de todos os colonialismos".

"Os indígenas são tão simpáticos, tão portugueses, dóceis, um pouco mandriões é certo. Conhecem as crianças? Assim são os indígenas", ironiza o historiador sobre a visão colonial do timorense.

Outra das novidades do "Diário do Tenente Pires" é recuperar parte da história dos deportados portugueses em Timor, origem de vários "clãs" importantes, como a família Carrascalão ou a família do Presidente José Ramos-Horta.

"A novidade é que os principais deportados não foram enviados pelo regime de Salazar. Os primeiros, o núcleo-duro, eram anarco-sindicalistas, enviados pela I República para a Guiné e Cabo Verde e que depois a ditadura militar aproveitou para mandar para mais longe", conta António Monteiro Cardoso.

O historiador sublinha que o regime "democrático" e "benevolente" anterior ao Estado Novo tinha "uma forte componente anti-operária e de polícias políticas que agiam com uma brutalidade espantosa e que deportavam sem julgamento".

"Um regime sinistro", resume António Monteiro Cardoso.

Na obra sobre o tenente Pires, fala-se, por exemplo, da Legião Vermelha, "uma organização terrorista de contornos ocultos, de acção directa, destinada a atacar patrões, polícias e outros serventuários menores do capital".

A Legião fez um atentado contra o comandante da polícia de Lisboa, Ferreira do Amaral, origem de uma repressão que atingiu o auge em 1925.

Em 1931, o número de deportados "sociais" e "políticos" portugueses em Timor ultrapassava os 500, superior ao número de funcionários da administração.

Sobre a política de Salazar em Timor, António Monteiro Cardoso defende que o ditador português "demonstrou um desprezo absoluto pela vida humana e um cinismo completo".

Salazar pediu aos portugueses, perseguidos pelos japoneses, um "massacre inútil", uma decisão que antecipa o que aconteceu em 1961 com a invasão de Goa.

Na análise do historiador, Salazar descurou a protecção da colónia, até antes do início da guerra no Pacífico, não dando garantias de efectiva neutralidade nem ao Japão nem à Austrália e às potências Aliadas.

O tenente Pires e outros portugueses em Timor foram usados e sacrificados por Salazar para "garantir" a soberania sobre a colónia.

"Os mortos foram esquecidos e os sobreviventes perseguidos", conta o historiador.

Do tenente Pires, fica a história de um oficial que conseguiu salvar centenas de vidas "e que depois fica para a morte, acossado por todos os lados".

"É um exemplo de dignidade, coragem e abnegação até à morte, para cumprir um compromisso", conclui António Monteiro Cardoso.

Lusa/fim

Salsinha reedita promessa de se entregar em Ermera

JN, 26/04/08

O ex-tenente timorense Gastão Salsinha concordou ontem em render-se em Ermera (Oeste de Timor-Leste), "mas até ao momento ainda não entregou as armas", disse à Agência Lusa fonte do comando conjunto da Operação Halibur.

Uma fonte oficial da ONU em Timor-Leste confirmou existirem reuniões entre Gastão Salsinha e uma delegação da Procuradoria-Geral da República, do Parlamento, do Governo e das Forças Armadas, na aldeia de Liolo, junto a Gleno, Ermera.

Salsinha, líder do grupo rebelde que em 11 de Fevereiro atentou contra a vida do presidente Ramos-Horta e do primeiro-ministro Xanana Gusmão, concordou, "em resultado destas conversações, em não deixar a casa onde se encontra, até que o resto dos seus homens se juntem a ele", disse aquela fonte.

"Depois disso, Gastão Salsinha concordou em entregar-se às autoridades", concluiu a fonte da ONU.

Uma outra fonte que tem acompanhado localmente as negociações confirmou a concordância de Salsinha na sua rendição, "mas até ao momento ainda não entregou as armas".

"Filme" já visto

"A situação é muito parecida com o que aconteceu quando Gastão Salsinha concordou em entregar-se ao procurador-geral da República" há cerca de dois meses, comentou aquela fonte, que salientou o papel relevante da Igreja, de políticos locais e da Procuradoria-Geral da República nas negociações com o chefe rebelde.

Até anteontem, estavam em prisão preventiva dez elementos do grupo de Gastão Salsinha e do major Alfredo Reinado, arguidos no processo do 11 de Fevereiro.

Angelita Pires, ex-assessora legal e namorada de Alfredo Reinado, está indiciada no mesmo processo, aguardando julgamento em liberdade mas com interdição de se ausentar do país.

Continuavam a monte 13 suspeitos com mandado de captura emitido, incluindo Gastão Salsinha, que lidera o grupo de fugitivos depois da morte do major Reinado no ataque à casa do presidente José Ramos-Horta.

A operação Halibur de captura do grupo de Salsinha tem estado concentrada no distrito de Ermera.

Iminente a rendição do rebelde timorense Gastão Salsinha

Público, 26.04.2008
Jorge Heitor

Presidente Ramos-Horta desmentiu no Parlamento que tivesse agendado para sua casa, no dia em que foi atacado, qualquer encontro com o major Reinado

É possível que as autoridades timorenses possam anunciar hoje a rendição do antigo tenente Gastão Salsinha, que era tido como o líder do grupo que andava a monte desde Fevereiro e que ontem concordou uma vez mais render-se, se bem que não tenha de imediato entregue as armas, declarou ao PÚBLICO um responsável do gabinete de imprensa da Presidência da República, contactado pelo telefone.

Também os correspondentes da Lusa e da Antena Um referiram contactos entre Salsinha e representantes da Procuradoria-Geral e de outras entidades, na região de Gleno, distrito de Ermera, o único onde actualmente prevalece o estado de excepção decretado em todo o país depois do atentado de há dois meses e meio em que ficou gravemente ferido o Presidente, José Ramos-Horta.

O ambiente geral em Timor-Leste é hoje bem melhor e mais calmo do que há alguns meses, antes dos incidentes de 11 de Fevereiro, reconheceu ao PÚBLICO Maria Ângela Carrascalão, chefe de gabinete do secretário de Estado da Defesa, segundo a qual os militares e polícias timorenses saíram prestigiados das recentes provações.

Ao discursar esta semana no Parlamento, Ramos-Horta disse que "sem a intervenção divina e a sabedoria e dedicação dos médicos e enfermeiros em Díli e Darwin" não teria sobrevivido ao atentado, a propósito do qual três homens foram detidos na Indonésia, para onde entretanto teriam fugido: "Deus quis que eu continue a fazer uso de todas as minhas modestas faculdades para continuar a minha obra modesta em prol deste nosso povo e em prol da Humanidade".

O Presidente insistiu em que naquela data esteve na fronteira entre a vida e a morte; e que nessa altura ouviu "uma voz muito clara" a dizer para os que o tentavam matar: "Larguem-no, ele não fez mal a ninguém." E acredita que "era uma voz de comando, a voz de Deus".

O chefe de Estado felicitou o presidente do Parlamento, Fernando Araújo, "Lasama", pelo modo como interinamente o substituiu, tendo agradecido a todos os que acompanharam a evolução do seu estado, referindo em especial o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o Papa Bento XVI.

Por outro lado, procurando desfazer certas teses que vieram a público, sublinhou que no dia 11 de Fevereiro não tinha nenhum encontro marcado, na sua residência, com o major rebelde Alfredo Reinado, que acabou por seu morto nesse local, algum tempo antes de ele próprio ter sido alvejado a tiro, "pelas costas, do lado direito", e caído na estrada.

Police chief denies Hercules arrested

04/25/08 18:36

Jakarta (ANTARA News) - National Police Chief Gen. Sutanto denied on Friday reports that police had arrested youth leader Hercules for implication in rebel activities in Timor Leste.

"There is no arrest of Hercules and no Indonesian national was captured," the police chief said here on Friday.

Sutanto explained that police had only arrested two Timor Leste citizens at Hercules`s house.

They were suspected of involvement in the Timor Leste revolt.

"Hercules himself was not arrested," the police chief stressed.

He said Hercules did not know that the two Timor Leste citizens who stayed at his house were fugitives and suspects in rebel activities in Timor Leste.

Hercules was willing to accommodate them at his house only because of humanitarian consideration and was willing to find them a job, he said.

When police arrested them, police did not find any fire arms, sharp weapons or other illegal items in the house, Sutanto said.

So far, Hercules had often helped Timor Leste citizens with regard to the economic development in that country.

Hercules even tried to convince investors to invest in Timor Leste, the police chief said.

Asked on telephone relations with Timor Leste rebels, Sutanto said Hercules did have telephone links with them but not in connection with rebellion.

Previously, President Susilo Bambang Yudhoyono said Indonesian police had arrested three citizens of Timor Leste who were involved in rebellious activities. The three were identified as Egidio Lay Carvalho, Jose Gomes, and Ismail Sansao Moniz Soares.

The three suspects are all members of the military of Timor Leste who were involved in the rebel activities, and suspected of involvement in President Ramos Horta`s shooting incident, he said.

But the police chief said that those arrested were not only three but four.

"Two were arrested in the border area between Indonesia and Timor Leste and the two others at Hercules`s home," Sutanto said.

East Timor's top rebel gives up

The Australian
Paul Toohey April 26, 2008

REBEL lieutenant Gastao Salsinha last night surrendered after two years on the run and put himself in the personal control of East Timor's most senior army officer, Brigadier Tuar Matan Ruak.

Salsinha's capitulation will hopefully bring to an end two years of stand-offs, negotiations and violence that has torn the country apart.

Salsinha, who allegedly led the attack on Prime Minister Xanana Gusmao on February 11 while Alfredo Reinado launched the raid on President Jose Ramos Horta's compound, spent yesterday sitting in a house in Ermera, in the west of East Timor, with a Catholic Church priest acting as his mediator as armed forces surrounded the position.

Negotiators had gone to a house near the town of Gleno, atSalsinha's suggestion, to collect him.

Despite being circled by a heavily armed joint command taskforce made up of F-FDTL (army) and PNTL (police), Salsinha continued to hold his weapon and said he would not surrender until members of his family, who are also on the run, and eight or nine other rebels, joined him. In the end, Salsinha, 35, did not have much in the way of bargaining power.

Salsinha's role as a rebel leader dates back to January 2006, when he and other members of the F-FDTL wrote to their brigadier and then president, Mr Gusmao, complaining that people born in the west of the country had been overlooked for promotions.

They said the government preferred to reward eastern-born soldiers who were more likely to be associated with the Indonesian resistance. The following month, 591 of the "petitioners" abandoned their barracks.

In March, they were officially sacked. The petitioners, led by Salsinha, then won permission to stage a four-day demonstration in front of the Dili government offices. On the final day, April 28, 2006, they were joined by unruly youths. The government, led by then prime minister Mari Alkatiri ordered the F-FDTL in.

Six people were shot, two fatally. Violence spread across Dili and the country turned on itself. About 150,000 easterners became displaced and sought shelter in tent camps in Dili, most of which are still occupied.

Early in May 2006, Reinado, a military policeman, joined Salsinha's men. Reinado became the brash spokesman, with the quiet but determined Salsinha his second-in-charge.

Later that month, Reinado engaged F-FDTL and police in a firefight near Dili, in which five were killed and 10 injured. Reinado was later arrested for murder, but escaped from prison.

Meanwhile the government was accused, and later proved guilty, of arming a secret militia to attack the petitioners. Many police, or PNTL, born in the west, supported the petitioners. On May 25, 2006, nine police under the protection of the UN were massacred in cold blood as they sought to surrender.

This set in train events that would last more than two years and culminate in the February 11 attack on the President and the Prime Minister, with Reinado being shot dead.

Although Salsinha was not charged with murder, he was wanted for staging the ambush on Mr Gusmao's home.

Desi Anwar asks for president`s protection against Horta`s accusation

04/25/08 22:08
By Eliswan Azly

Jakarta (ANTARA News) - Metro TV's senior journalist Desi Anwar has asked President Susilo Bambang Yudhoyono to protect her from possible negative consequences following Timor Leste President Ramos Horta`s accusation against her.

"I also beg President Yudhoyono to ask Ramos Horta for a clarification of his groundless accusation and to rehabilate my good name as a journalist of Metro TV station," Anwar said when reporting her case to Indonesia`s Press Council here on Friday.

In the presence of all Press Council members, Desi Anwar categorically denied Horta`s charge which was made in a statement to the international press in Dili on April 18.

Horta accused Desi Anwar of having violated the journalist code of ethics and Timor Leste laws by activities that had contributed to the attempt to assassinate him.

"The accusation is a total lie, irresponsible and hurting me," she said in the company of Metro TV executives Djafar Assagaf, Elman Saragih and Saur Hutabarat.

Anwar said Horta`s accusation was a lie as she had never done the things Horta had referred to in his statement.

"I never went to Atambua, forged documents or facilitated Major Alfredo Reinado`s travel. I never made any direct or indirect contact with whoever, much less violated the law and contributed to an assassination attempt," she said.

Anwar reiterated that she had never known, met or made any contact with Major Alfredo Reinado.

According to her, Horta`s accusation was very dangerous as it was made by a president. It had created a negative perception about her as a journalist and person and had put her in difficult position with consequences in the future.

"Horta`s accusation against me will create a bad perception harmful to me as a journalist and an individual. I will take the matter to the Press Council and professional organizations," she said.

Anwar also intended to tell the International Federation of Journalists (IFJ) about the Timor Leste President`s false accusation and ask for IFJ protection.

"The accusation is damaging my reputation at home and abroad. I could be banned from entering a country due to the accusation. As a journalist, I often cover events abroad," she said.

In the meantime, Wina Armada, a member of the Press Council, said he was ready to receive information from Anwar about her problem and give moral support to her.

"The Press Council is obliged to help and protect every member of the press community. We will receive Desi Anwar and our friends from Metro TV (an Indonesian private TV satiation) tomorrow (Friday/ April 25)," he said.

Meanwhile, chairman of the Indonesian Journalist Association (PWI)`s foreign affairs section, Saiful Hadi, told newsmen that PWI would help defend Desi Anwar as according to information he had received, the Metro TV journalist was not wrong.

"We will hear about Ramos Horta`s accusation directly from Desi. If the accusation is unfounded and not supported by evidence, PWI will urge Ramos Horta to withdraw his accusation. Horta must also apologize to Desi, Metro TV and the Indonesian people," said Saiful Hadi who is also Chief Editor of ANTARA news agency.

According to Saiful, nobody, not even a president, could level an accusation against someone else without evidence. "The accusation against Desi could disrupt her journalistic works and threaten her life," he said.

Metro TV`s denial

On Ramos Horta`s accusation against Desi Anwar, Metro TV made a clarification on the matter.

It was untrue that Metro TV journalist Desi Anwar was involved, either directly or indirectly, in an attempt to assassinate Timor Leste President Ramos Horta.

It was also untrue that, as a journalist, Desi Anwar had facilitated Major Alfredo Reinado`s trip to Jakarta or other places in the world.

In her professional history as a journalist, Desi Anwar did not know Major Alfredo Reinado as an individual and did not make any direct or indirect contact with Reinado.

Thus, according to Metro TV, Ramos Horta`s accusation against Desi Anwar was unfounded, irresponsible and had a created a bad perception harmful to Metro TV as an institution and Desi Anwar both as a journalist and an individual.

Metro TV had been looking forward to giving chances to President Ramos Horta to make corrections on his statement which was declared openly and quoted by media worldwide, and till April 22, 2008, at 2 pm, he did not make any correction, Metro TV needed to issue an official denial.

Metro TV urged President Ramos Horta to soon make a rectification of his unfounded accusation.

RI reporter accused by Ramos Horta to report to press council

04/24/08 19:20

Jakarta (ANTARA News) - Metro TV journalist Desi Anwar who was accused of involvement in an attempt to assassinate Timor Leste President Ramos Horta has called for support and protection from Indonesia`s Press Council and journalist associations.

"Ramos Horta`s accusation against me is unfounded and irresponsible . It has also created a bad perception harmful to me as a journalist and an individual. I will take the matter to the Press Council and professional organizations," she said here Thursday.

Desi was also expected to tell the International Federation of Journalists (IFJ) about the Timor Leste President`s false accusation and ask for IFJ protection.

"The accusation is damaging my reputation at home and abroad. I could be banned from entering a country due to the accusation. As a journalist, I often cover events abroad," she said.

A member of the Press Council, Wina Armada, said he was ready to receive information from Desi about her problem and give moral support to her.

"The Press Council is obliged to help and protect every member of the press community. We will receive Desi Anwar and our friends from Metro TV (an Indonesian private TV satiation) tomorrow (Friday/ April 25)," he said.

Meanwhile, chairman of the Indonesian Journalist Association (PWI)`s foreign affairs section, Saiful Hadi, told newsmen that PWI would help defend Desi Anwar as according to information he had received, the Metro TV journalist was not wrong.

"We will hear about Ramos Horta`s accusation directly from Desi. If the accusation is unfounded and not supported by evidence, PWI will urge Ramos Horta to withdraw his accusation. Horta must also apologize to Desi, Metro TV and the Indonesian people," said Saiful Hadi who is also Chief Editor of ANTARA news agency.

According to Saiful, nobody, not even a president, could level an accusation against someone else without evidence. "The accusation against Desi could disrupt her journalistic works and threaten her life," he said.

On Ramos Horta`s accusation against Desi Anwar, Metro TV made a clarification on the matter.

It was untrue that Metro TV journalist Desi Anwar was involved, either directly or indirectly, in an attempt to assassinate Timor Leste President Ramos Horta.

It was also untrue that, as a journalist, Desi Anwar had facilitated Major Alfredo Reinado`s trip to Jakarta or other places in the world.

In her professional history as a journalist, Desi Anwar did not know Major Alfredo Reinado as an individual and did not make any direct or indirect contact with Reinado.

Thus, according to Metro TV, Ramos Horta`s accusation against Desi Anwar was unfounded, irresponsible and had a created a bad perception harmful to Metro TV as an institution and Desi Anwar both as a journalist and an individual.

Metro TV has been looking forward to giving chances to President Ramos Horta to make corrections on his statement which was declared openly and quoted by media worldwide, and till April 22, 2008, at 2 pm, he did not make any correction, Metro TV needed to issue an official denial.

Metro TV urged President Ramos Horta to soon make a rectification on the unfounded accusation.

Timor rebel comes out of hiding

The Age
Lindsay Murdoch
April 26, 2008

A REBEL leader who played a key role in attacks on East Timor's top two political leaders has come out of hiding to start negotiating his surrender.

Gastao Salsinha, who led a dozen heavily armed rebels to the home of Prime Minister Xanana Gusmao, yesterday met Government leaders, Timorese army chiefs and local Catholic church leaders at a house in Gleno in the country's western mountains.

A United Nations spokeswoman in Dili, Allison Cooper, confirmed the talks. "It appears Mr Salsinha is taking a step towards surrendering," she said.

For weeks Salsinha had told negotiators he would surrender only to President Jose Ramos Horta, who returned to Dili last week after nine weeks in Darwin recovering from gunshot wounds. But Mr Ramos Horta refused to go to the mountains to accept the surrender, saying Salsinha must give himself up.

A former army lieutenant who led 600 soldiers sacked in 2006 after they went on strike, Salsinha joined forces last year with rebel leader Alfredo Reinado, shot dead at the home of Mr Ramos Horta during the February 11 attacks.

Political leaders in Dili urged Timorese security forces not to kill Salsinha after he fled because they wanted him to tell them the identities of the figures behind Reinado.

Mr Ramos Horta has revealed that Reinado and his Timorese-born Australian lover, Angelita Pires, had been given access to $1 million in a Darwin bank account. Australian Federal Police have been asked to trace the source of the money.

If Salsinha surrenders, he is expected to play a key role in a Government offer to give the sacked soldiers their jobs back or to pay them the equivalent of three years' salary — about $US7000 ($A7493).

Government officials have been reluctant to finalise the deal while Salsinha is on the run, fearing some of the men would take the money and rejoin him in the mountains. Negotiations over the offer have been at a sensitive stage for weeks.

Although 80% of the men want to rejoin the army, analysts say their return to the ranks could revive hostilities over accusations that soldiers from western parts of the country were discriminated against by those from the east.

Mr Gusmao needs to secure the deal if the country is to return to peace, analysts say.

Since the attacks, Salsinha has often changed his account of what happened when speaking to journalists on his mobile telephone. At first he even denied going to Mr Gusmao's house.

Most recently, he claimed that Reinado was drunk, stressed and angry the night before the attacks and that he and the other rebels were not given any instructions to attack.

Investigators want to find out why the men under Salsinha's command at Mr Gusmao's house opened fire on the Prime Minister's vehicle. Reinado could not have ordered them to as he had been dead for up to an hour.

UNMIT Daily Media Review - 25 April 2008

UNMIT-MEDIA

(International news reports and extracts from national media. UNMIT does not vouch for the accuracy of these reports)

Salsinha promises to submit himself within April – Diario Nacional

The Deputy Commander of the Joint Operation Command Mateus Fernandes said that Salsinha and his members have promised to submit themselves within this month even though the operation is still continuing. “He did not nominate an exact date, but he did promise that in short time he will submit himself to the church. That is what he said … we will see the reality,” said Commander Fernandes on Wednesday (23/4) in Dili.

Ed: Pardon for Rogerio Lobato– Diario Nacional

When President Ramos-Horta said that he would pardon prisoners on 20 May, including former Minister of Interior Rogerio Tiago Lobato, many people were surprised as Mr. Lobato was imprisoned for a short time before he went to Malaysia for medical treatment.

We know that Mr. Lobato is a political leader who has political maturity, obeys the law and with humility accepted the decision of the court sentence. We may reject the decision of President Ramos-Horta, but the Constitution gives him the right to do so. As citizens of this country, we should bow our heads to the constitution made by our representatives in the National Parliament.

Pardon for Rogerio: Horta attacks the Constitution – Suara Timor Lorosa’e

CNRT MPAderito Hugo said that the decision made by the president to pardon Rogerio Lobato is an attack on Timor Leste’s constitution. “The way that the President has handled this is an attempted attack on our constitution,” said Aderito Hugo on Thursday (24/4) at the National Parliament.

Mr Hugo added that the man imprisoned for his part in the weapons distribution of 2006, Rogerio Lobato, has not yet earned the right to be pardoned.Separately, National Director of Prison, Helena Gomes said that it is right for President Ramos Horta to pardon Rogerio Lobato as he had shown a good attitude and had collaborated with the justice system before receiving a medical treatment in Malaysia.

PR holds a meeting with AMP leaders – Suara Timor Lorosa’e

Prime Minister Xanana Gusmão said that PR Ramos-Horta held a meeting with the leaders of AMP Government on Thursday (24/4) at the President’s new office in Farol, Dili. The meeting aimed at informing the President on the strategies already implemented by the AMP government during his absence. President Ramos Horta also suggested the all political parties work to strengthen national unity.

Carrascalao: it is normal to form a shadow cabinet – Suara Timor Lorosa’e

MP PSD Mario Viegas Carrascalão said that its normal if the President invites all former leaders to from a shadow cabinet in the manner of other countries. He added that a shadow cabinet has the right to provide constructive criticism to the Government.

PGR Longuinhos goes to Indonesia to bring back captured rebels – Timor Post

Prosecutor-General Longuinhos Monteiro is today (25/4) going to Jakarta to bring back the three rebels arrested by the National Police of Indonesia (POLRI). Prosecutor Longuinhos said that the rebels will be brought back to Timor-Leste before the Prime Minister’s visit to Indonesia. He also said that he would be accompanied by court police and the military. The rebels will be transferred from Jakarta to Bali, then to Timor-Leste.

PR Horta interrogated by Public Ministry for more than four hours – Televisão Timor-Leste

The Public Ministry has interrogated President Ramos-Horta as a victim of February 11 for more than four hours. Prosecutor-General Longuinhos Monteiro said that the interrogation was conducted well and helped clarify the investigation. “Everything went normally. He provided a chronology of events for February 11,” said Mr. Longuinhos on Thursday (24/4). Mr. Longuinhos said that the case is very complex, so it needs cooperation from every part, including from Indonesia and Australia.

Pardon for Rogerio may impact the judgment of 2006 crisis – Timor Post

The Director of HAK Association Jose Luis Oliveira said that the decision of President Ramos-Horta to pardon Rogerio Lobato will impact the process for the unresolved cases of the 2006 crisis. “Because some people have still not been investigated, if the President has decided to pardon Rogerio Lobato this indicates that other cases of 2006 crisis may be closed. The suspects will think this whether they are right or wrong,” said Mr. Oliveira. According to Mr. Oliveira, Rogerio Lobato should at least fulfil his sentence in the prison for half a year. He added that the decision of the President sets a bad example for society.

Ed: all political parties should have dialogue – Timor Post

On Wednesday (23/4), President Ramos-Horta appealed to all political parties to have a dialogue for the sake of peace and stability in the country.

It is clear that there should be a dialogue, especially between the AMP Government and the opposition party of Fretilin.

We can all see that AMP is facing great challenges by Fretilin who won the 2007 elections but lost the opportunity to rule the country.

Fretilin used to claim that the AMP is illegal based on the results of the 2007 elections. At the same time, AMP used to say that they were legal based on the parliamentary chairs they had and the decision of President Horta to form the government.

So who follows who?

We need collaboration and reconciliation from the highest levels. We do not need early elections as proposed by Fretilin

We are still questioning whether the dialogue is for collaboration and reconciliation or to decide on early elections?

Indonesia arrests fourth man linked to East Timor attack- The Earth Times, 24 April

Jakarta - Indonesia has arrested a fourth East Timor rebel believed linked to assassination attempts against the president and prime minister of the fledgling nation, national police chief General Sutanto said Thursday.

General Sutanto, who like many Indonesians goes only by one name, said the four East Timorese nationals were arrested separately near the Indonesia-East Timor border.

"All four were Timor Leste military-men who had entered Indonesia without legal travel documents," the state-run Antara news agency quoted Sutanto as saying, adding that the four were suspected to have involved in the attacks of President Jose Ramos-Horta and Prime Minister Xanana Gusmao in February.

Earlier this week, Indonesian police said they had arrested three people, two in a border town in Indonesia's West Timor and another near Jakarta.

Sutanto said that all four were currently being held in Jakarta but gave no detail on the fourth person, adding that the arrests followed a request from the East Timor government.

Armed men, led by rebel leader Alfredo Reinado, attacked the residence of East Timor's president on February 11, which seriously injured Ramos-Horta.

Prime Minister Gusmao escaped unhurt from an attack on his motorcade a short time later.

Rebel leader Reinado and one of his men were killed in the attack, but a number of other militants remain at large.

Indonesia occupied East Timor for 24 years, and as many as 200,000 civilians died during that period. Jakarta denies committing any atrocities during the occupation and has claimed the violence in 1999 was not organized by its armed forces.

East Timor, a half-island territory that used to be a Portuguese colony, became an independent nation in 2002 after being administered by the UN for more than two years.

Two killed in East Timor gang violence- Reuters, 24 April

DILI, April 24 (Reuters) - Two members of East Timor's rival martial arts gangs were killed on Thursday in another bout of violence that has beset the young, impoverished nation, police said.

One of the victims was decapitated in a revenge attack that followed the killing of a rival gang member in the eastern district of Baucau, said local police detective chief Rogerio Gueterres.

"We are searching for 10 perpetrators who have been identified," Gueterres said.

The former Portuguese colony plunged into chaos in 2006 after the sacking of 600 rebellious soldiers triggered violence that killed 37 people and drove 150,000 from their homes.

Foreign troops had to be brought in to restore order and security has improved, although sporadic violence, vandalism and arson persist, with an unemployment rate of around 50 per cent helping fan a gang culture among bored youths.

Indonesia annexed East Timor in 1975. East Timor voted for independence from Indonesia in a violence-marred referendum in 1999. It became fully independent in 2002 after a period of U.N. administration. (Reporting by Tito Belo; Writing by Ahmad Pathoni; Editing by Sugita Katyal)

No Indonesian arrested over Ramos Horta's shooting

JAKARTA, April 24 (Xinhua) -- Indonesian National Police Chief Gen Sutanto has said no a single Indonesian citizen was arrested and being questioned in connection with the shooting of Timor Leste President Ramos Horta last February, according to Antara news agency on Thursday.

"Not a single Indonesian citizen has been arrested. All the people we are now questioning (in relation with Horta's shooting)are Timor Leste citizens," Antara news agency quoted the military chief as saying.

He said the police were questioning four Timor Leste nationals who were arrested near the Indonesia-Timor Leste border on suspicion of involvement in the attempt on Horta's life in Dili last February. All four were Timor Leste militarymen who had entered Indonesia without the required legal travel documents.

Sutanto said the Timor Leste government had earlier asked for Indonesia's assistance to take action against anybody suspected of involvement in the attempt on Horta's life who had fled to Indonesia.

The police chief expressed hope other members of the network that had perpetrated the attack on Horta could be nabbed.

Sutanto also denied rumors that a Timor Leste-born youth figureresiding in Jakarta was linked with the plot to kill Horta.

"There is no such link," he said.

Previously, Indonesian President Susilo Bambang Yudhoyono said police arrested three people from Timor Leste, namely Egidio Lay Carvalho, Jose Gomes, and Ismail Sansao Moniz Soares last Friday.

"I need to clarify that the three suspects are all members of the Timor Leste military involved in the unrest and shooting," he said.

Anzac Day to remember for departing East Timor contingent- NZPA, 24 April

Anzac Day will be a memorable one for 11 New Zealand Defence Force (NZDF) personnel scheduled to depart for East Timor tomorrow for a three month stint.

Drawn mostly from the Air Force's No 3 squadron, the team will fly over in a C-130 Hercules which will also be delivering an Iroquois helicopter to replace another one due to return to New Zealand for servicing.

Those heading over tomorrow will join 19 comrades who have already arrived in East Timor.

The New Zealanders will work alongside the Australian Defence Force air assets and 150 NZDF infantry and military observers, conducting personnel movement, aero medical evacuation and air logistic support.

New Zealand has two helicopters along with 170 personnel in East Timor, including two military liaison officers serving with a United Nations (UN) unit and another two advisors to the East Timor Defence Force.

Over 800 NZDF personnel are now deployed on 16 operations, UN missions and defence exercises around the world.

UNMIT MEDIA MONITORING
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Rebuilding infrastructure poses challenge to tackling malaria

IRIN
Saturday 26 April 2008

A malaria patient at the national hospital in Dili, the capital. Men are the most prevalent carriers of the disease because of their work on farmland and other malaria-infested areas
DILI, 24 April 2008 (IRIN) - Timor-Leste reported 46,832 cases of malaria - nearly one-twentieth of the population - in 2007 but health officials are optimistic that a nationwide spraying campaign and the extensive distribution of bed nets since then will have reduced numbers.

The Ministry of Health told IRIN it wants every man, woman and child to sleep under an insecticide-impregnated bed net. In a country where 80 percent of those sampled for malaria test positive, this might seem an obvious solution, but until November 2007, it was not government policy. Nets were only issued to pregnant women and children under five.

However, Maria Mota, a malaria official at the Ministry of Health, said research indicated it was often the men in the household - most likely to work in rice fields or low croplands - who often carried the disease.

"We've bought 66,000 bed nets in the last three months and we're about to buy 100,000 more," said vice-minister Madalena Hanjam. The programme still has some way to go, but Hanjam was confident of success. "This is still in the planning phase," she said. "We're doing it in steps."

Hanjam said the new nets were treated with anti-mosquito chemicals that stay active for five years. This is an improvement over earlier nets that had to be washed more frequently and were often torn in the process.

But additional prevention was hard and coordinating with other ministries often led to bureaucratic delays, she said.


Photo: Brennon Jones/IRIN
Wide-scale destruction throughout Timor-Leste has left pools of standing water – perfect breeding grounds for malaria-ridden mosquitos
Hanjam said the destruction that followed the referendum vote for independence in 1999 left the infrastructure in shambles and much of it had still not been fixed. Open sewers, potholes and abandoned buildings are common in urban settings around Timor-Leste. Hanjam said the standing water in such places made excellent mosquito breeding grounds.

Timor is home to two strains of malaria, falciparum and vivax. Falciparum, a particularly dangerous strain, is the most common, though it is also the easiest to treat.

Hanjam said every health post, clinic and hospital had rapid test kits and since late last year the ministry had been using Coartem, recommended by the World Health Organization (WHO), to treat falciparum.

Treatment sites

Including rural health posts, sub-district clinics and district hospitals, there are 195 sites around the country where people can seek treatment.

"If 10 people come with symptoms and take the rapid test, eight will have a positive result," Hanjam said. Malaria is the third most prevalent communicable disease in Timor following diarrhoea and tuberculosis.

The system, however, is not flawless. Some patients live far away from a clinic and many rural Timorese are unaccustomed to using western medicines as a first response to illness, so they may wait until it is too late, risking cerebral malaria, which is deadly unless treated in hospital.

Infrastructure challenge

According to Arun B Thapa, WHO representative for Timor-Leste, "The fact that the country is in the process of rebuilding itself is the biggest challenge in addressing the malaria problem – much of the infrastructure has been destroyed. Even families in the most remote corners should have access."

WHO is working with the ministry of health to intensify its community services outreach programmes and mobile clinics. "What the programme does is pull together the different elements at the health centre level so they can't complain they don't have the transport or the logistics," Thapa told IRIN.

However, it is a slow process, and "more progress will be needed to make sure we really rid the country of malaria".

sm/bj/mw

East Timor authorities locate rebel leader

ABC Online
Updated April 25, 2008 19:46:42

East Timorese authorities have located rebel leader Gastao Salsinha but the country's most wanted man will wait for more of his followers to join him before he will surrender.

Stephanie March reports from Dili Gastao Salsinha has cantoned himself in a house in Ermera district and says he will turn himself in to authorities when joined by more members of his rebel group.

United Nations spokesperson Allison Cooper confirms that the rebel leader is taking steps towards surrendering. She says Salsinha has been in meetings with representatives from the Prosecutor General's office, FFDTL military, and the church at a village near the town of Gleno.

She says it seems Salsinha has agreed to not leave the house until he is joined by his men at which stage he may hand himself over to authorities.

Authorities have not yet confirmed if any of remaining thirteen rebels are currently with their leader in Gleno. Authorities suspect Gastao Salsinha lead the attack on Prime Minister Xanana Gusmao on February 11.

He took over as leader of the rebel group following the death of Alfredo Reinado who was shot and killed in an almost-simultaneous attack on President Jose Ramos Horta.


Tradução:

Autoridades de Timor-Leste localizaram líder amotinado

ABC Online
Actualizado Abril 25, 2008 19:46:42

As autoridades Timorenses localizaram o líder amotinado Gastão Salsinha mas o homem mais procurado vai esperar que mais seguidores se juntem antes de se render.

Stephanie March relata de Dili que Gastão Salsinha se acantonou numa casa no distrito de Ermera de que diz que se vai entregar às autoridades quando se juntarem mais membros do seu grupo de amotinados.

A porta-voz da ONU Allison Cooper confirma que o líder amotinado está a dar passos para se render. Diz que Salsinha tem estado em encontros com representantes do gabinete do Procurador-Geral, militares das FFDTL e a igreja numa aldeia perto da cidade de Gleno.

Diz que parece que Salsinha concordou em não sair da casa até se lhe juntarem os seus homens altura em que ele pode entregar-se às autoridades.

As autoridades não confirmaram ainda se os restantes treze amotinados estão correntemente com o líder em Gleno. As autoridades suspeitam que Gastão Salsinha liderou o ataque ao Primeiro-Ministro Xanana Gusmão em 11 de Fevereiro.

Ele tomou o comando do grupo de amotinados depois da morte de Alfredo Reinado que foi baleado e morto num ataque quase simultâneo ao Presidente José Ramos Horta.

quinta-feira, abril 24, 2008

Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão visita Jakarta para aprofundar as relações bilaterais com a República da Indonésia

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
Gabinete de Imprensa

Dili, 24 de Abril de 2008

O Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão desloca-se a Jakarta em visita oficial, entre os próximos dias 28 de Abril e 2 de Maio, com o objectivo principal de aprofundar as relações bilaterais entre a República Democrática de Timor-Leste e a República da Indonésia, designadamente no que respeita à cooperação bilateral entre os dois países e debater assuntos de interesse comum no âmbito regional e internacional.

Kay Rala Xanana Gusmão vai manter encontros com o Presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudyono; com o Presidente da Câmara dos Representantes da República da Indonésia, Agung Laksono e com o Representante da Assembleia Popular Consultiva da República da Indonésia, Hidayat Nur Wahid; com o Chefe das Forças Armadas da Indonésia, General Joko Santoso e com o Comandante Geral da Polícia da Indonésia, General Sutanto.

O Chefe do Governo de Timor-Leste terá ainda um almoço de trabalho com empresários indonésios e um encontro com a comunidade timorense residente na Indonésia, depois de proferir uma palestra subordinada ao tema: “Indonésia e Timor-Leste, Redefinindo Relações Para o Futuro”.

Durante a visita oficial, serão assinados acordos entre os dois países sobre comércio e cooperação técnica no domínio do controlo alimentar e droga.

No âmbito da deslocação de Kay Rala Xanana Gusmão a Jakarta, as autoridades governamentais de Timor-Leste e da Indonésia vão abordar a realização de protocolos bilaterais para o serviço postal, aviação comercial e criação de vistos especiais de residência para estudantes timorenses na Indonésia, para além de discussões políticas em matérias de defesa e segurança.

O Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão considera que o reforço das relações bilaterais entre a República Democrática de Timor-Leste e a República da Indonésia “pode contribuir para a consolidação das nossas duas jovens democracias” e defende que o futuro das relações entre os dois países vizinhos “deverá ser construído em torno de uma parceria forte que promova a paz e a segurança e que conduza a novas oportunidades de prosperidade, de liberdade, de justiça, de tolerância e de democracia”.

"A justiça foi reposta", diz Alkatiri sobre indulto a Rogério Lobato

Díli, 23 Abr (Lusa) - O indulto presidencial ao ex-ministro Rogério Lobato, anunciado hoje no Parlamento de Timor-Leste, significa que "a justiça foi reposta", afirmou à agência Lusa o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri.

Num discurso à nação, no Parlamento Nacional, José Ramos-Horta anunciou que no dia 20 de Maio, dia da independência timorense, vai conceder um perdão a cerca de 80 presos que tiveram bom comportamento, incluindo a Rogério Lobato.

José Ramos-Horta recordou, no plenário e fora do discurso escrito, que Rogério Lobato perdeu toda a sua família mais próxima durante a ocupação indonésia e em 2006 e sublinhou a sua contribuição para a independência timorense como fundador das Falintil.

"Eu sempre disse que Rogério Lobato estava inocente da acusação porque ele nunca quis, em 2006, a morte de ninguém", afirmou Mari Alkatiri à Lusa.

Rogério Lobato, que a 09 de Agosto de 2007 foi autorizado a sair da prisão e ausentar-se do país para ser submetido a um tratamento médico na Malásia, onde se encontra desde então, foi hoje mesmo operado à coluna vertebral, afirmou Mari Alkatiri à Lusa.

O secretário-geral da Fretilin, que liderou o governo em que Rogério Lobato foi ministro do Interior, acrescentou que "as decisões da justiça não podem ser determinadas pelas reacções às decisões" dos tribunais.

Mari Alkatiri respondia a uma questão da Lusa sobre a possibilidade de o indulto presidencial provocar o mesmo tipo de reacção desencadeada pelo arquivamento do seu próprio processo, a 05 de Fevereiro de 2007.

O anúncio do arquivamento do processo de Mari Alkatiri esteve na origem, dois dias depois, a 07 de Fevereiro, da entrada em Díli de uma manifestação com uma coluna de meia centena de viaturas e um número indeterminado mas substancial de pessoas - as forças das Nações Unidas admitiriam mais tarde trabalhar com um esquema de segurança "para 1.600 manifestantes".

Essa coluna, liderada por Vicente da Conceição "Railós", protestava contra o arquivamento do processo em que Mari Alkatiri era suspeito de ligação à distribuição de armas a civis durante a crise militar de Abril a Junho de 2006.

Rogério Lobato foi julgado e condenado em 2007 por factos semelhantes relativos ao mesmo período.

Os factos provados em tribunal foram a base para um acórdão de 65 páginas do juiz internacional Ivo Rosa, do Tribunal Distrital de Díli, num processo que tinha mais três arguidos.

"Na verdade, o arguido distribuiu armas de fogo e munições pertencentes à Polícia Nacional de Timor-Leste a civis, agindo de forma livre, deliberada e conscientemente, com a intenção de perturbar a ordem e tranquilidade pública, como perturbou, tendo perfeito conhecimento de que tal conduta era proibida por lei", leu o juiz Ivo Rosa perante o ex-ministro.

"O regime democrático é, por excelência, um regime de transparência", considerou Ivo Rosa no acórdão, e "o comportamento adoptado pelo arguido constitui, também, um comportamento anti-social, antidemocrático e contrário à justiça e à dignidade e eticamente condenável".

O ex-ministro do Interior foi conduzido à prisão de Becora, em Díli, a 10 de Maio de 2007, depois de o Tribunal de Recurso ter confirmado a pena de sete anos e meio de prisão por homicídio que tinha sido proferida pelo Tribunal Distrital de Díli.

Rogério Lobato, ministro no I Governo Constitucional (de 2002 a 2006), foi julgado sob a acusação de 18 crimes de homicídio, 11 de homicídio na forma tentada e um crime de peculato.

O ex-ministro do Interior foi absolvido do crime de peculato, de 14 crimes de homicídio e dos 11 crimes de homicídio na forma tentada, sendo condenado como autor indirecto de quatro crimes de homicídio.

O tribunal deu como provado que Rogério Lobato entregou armas a civis, nomeadamente ao grupo de Vicente da Conceição "Railós" (posteriormente preso como arguido num outro processo), "para eliminar peticionários e líderes da oposição" em Abril e Maio de 2006.

Contactado hoje pela Lusa, o juiz Ivo Rosa recusou comentar o anúncio do indulto presidencial, alegando desconhecer, por enquanto, os detalhes do decreto do chefe de Estado.


PRM
Lusa/Fim

"Bom discurso" de PR, considera Xanana Gusmão

Díli, 23 Abr (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, considerou hoje à Lusa que o Presidente da República, José Ramos Horta, fez "um bom discurso" no Parlamento.

"Bom discurso", comentou Xanana Gusmão à Lusa no Palácio do Governo, contíguo ao edifício do Parlamento, pouco depois de terminar o discurso do chefe de Estado à nação.

"Temos que ver", respondeu apenas o primeiro-ministro quando questionado sobre as propostas apresentadas pelo Presidente da República.

"Não faço comentários logo a seguir", explicou Xanana Gusmão na cafetaria onde estava reunido informalmente parte do IV Governo Constitucional.

"Esperava outra coisa", afirmou à Lusa o ministro da Economia e Desenvolvimento, João Gonçalves.

"O Presidente falou muito de Alfredo Reinado. Do passado. Gostaria que ele tivesse abordado mais directamente um apelo ao povo para participar das propostas do governo para resolver os problemas nacionais", explicou o ministro.

José Luís Guterres, vice-primeiro-ministro, reconheceu no discurso presidencial a marca pessoal de José Ramos Horta e mostrou-se satisfeito pelo apelo à reconciliação e á união dos timorenses.

"Foi um discurso que veio do fundo do coração", declarou José Luís Guterres à Lusa.

No mesmo sentido, Ana Pessoa, deputada e militante "histórica" da Fretilin, o maior partido da oposição, reconheceu na intervenção a "sensibilidade" e a "sinceridade" do chefe de Estado.

"É o estilo dele e tento compreender", afirmou à Lusa a ex-ministra da Administração do Território.

"É ele a falar. É um discurso que vem do coração, que é sincero e por isso foi bom nós ouvirmos. A proposta que eu registo com mais apreço é a de os timorenses se valorizarem a si próprios e caminharmos em conjunto", sublinhou a ex-ministra, primeira mulher de José Ramos Horta, com quem tem um filho.

"As propostas em concreto merecerão discussão. Teremos que digerir e pensar bem porque estamos numa encruzilhada que é decisiva", frisou Ana Pessoa.

"Não sei se há um corte (político) porque o Presidente nos convidou a revisitar os nossos ideais, a revisitar aquilo que era e ainda é o nosso sonho. Só que este nosso sonho tem de ser actualizado ao contexto e àquilo que agora está a acontecer no mundo e a nós próprios", afirmou Ana Pessoa à Lusa.

"Muito aconteceu, muito mudou e nós temos que acompanhar. Se dissermos que começou hoje uma II República timorense, que seja uma melhor República", comentou Ana Pessoa.

"[José Ramos Horta] Voltou talvez mais consciente da complexidade de cada um de nós e mais sensível do que ele já era, mais realista e mais pragmático quanto à conjuntura internacional e ao nosso lugar no mundo. À nossa pequenez e à nossa grandeza também", acrescentou Ana Pessoa.

"Temos sofrido de um certo autismo, o que é mau. Espero que o discurso seja para cada um de nós o despertar das nossas consciências", concluiu Ana Pessoa.


PRM
Lusa/fim

"Depois do 11/2, nada é igual", diz Ramos Horta

Díli, 23 Abr (Lusa) - O Presidente da República de Timor-Leste afirmou hoje no Parlamento Nacional que "depois do 11 de Fevereiro [data do atentado de que foi alvo], nada é igual".

"Mudámos uma página da história de Timor-Leste. Deus não dividiu o Mar Vermelho perante os Israelitas até a água chegar aos seus narizes", afirmou José Ramos Horta num longo discurso marcado por referências bíblicas e religiosas.

O Presidente da República regressou ao país a 17 de Abril, após mais de dois meses na Austrália, onde recuperou dos ferimentos graves que sofreu em Fevereiro no ataque à sua residência.

O chefe de Estado revisitou as circunstâncias do ataque de que foi alvo e traçou as linhas que considera importantes para o futuro de Timor-Leste.

José Ramos Horta defendeu a prioridade do combate à pobreza, a alteração da Lei do Fundo do Petróleo, a inclusão da Fretilin e de "ex-titulares" na definição de políticas, a consolidação das forças de segurança e a resolução do problema dos deslocados internos.

Sublinhou a importância da reconciliação nacional e do perdão, anunciando um indulto presidencial para cerca de 80 presos, que inclui o ex-ministro do Interior, Rogério Lobato.

"Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Olof Palme, John F. Kennedy, Robert F. Kennedy, Patrice Lumumba, Kwame N'Kruma, Amílcar Cabral, são alguns dos grandes nomes do século XX que não sobreviveram às balas dos assassinos", recordou o Presidente no seu discurso de cerca de hora e meia, na sua maioria em tétum.

"Deus os chamou para junto de si, privando a Humanidade da sua grandeza moral, força intelectual e inspiradora. Mas eles legaram para a Humanidade as grandes lições que ainda hoje nos inspiram. Esta sua herança é eterna e nos inspira no dia a dia", considerou José Ramos-Horta.

"Eu sobrevivi às duas balas disparadas a menos de 20 metros de distância. Sou pequeno comparado com a grandeza daqueles mártires que sempre foram a minha inspiração. E pergunto porque Deus quis que eu vivesse mas nos privou desses grandes homens. Só Deus sabe", acrescentou o Presidente timorense.

"Sem a intervenção divina e a sabedoria e dedicação dos médicos e enfermeiros em Díli e Darwin (Austrália), eu não estaria hoje entre vós. Quis Deus que eu sobrevivesse", afirmou José Ramos Horta no início da sua intervenção.

"Os estilhaços das balas que me atingiram pararam a poucos milímetros da coluna e a poucos centímetros do coração e do pulmão. Nenhum órgão vital foi atingido", explicou.

"As orações, as vigílias, os rituais sagrados que têm a força de milhares de anos e a recepção de que fui objecto no dia 17 de Abril, reflectem a grandeza do vosso coração, da vossa bondade, a grandeza deste nosso povo. Não sabia que merecesse tanto, eu que sou um pecador", continuou o chefe de Estado.

"No dia 11 de Fevereiro, eu não tinha nenhum encontro marcado com o senhor Alfredo Reinado. Não agendei nenhuma reunião com o senhor Alfredo Reinado na minha residência", explicou o Presidente da República sobre o dia do ataque.

"Revelando uma total falta de respeito pelo chefe de Estado, o senhor Alfredo Reinado e o seu grupo forçaram a sua entrada na minha residência, desarmaram elementos da segurança pessoal do Presidente da República e apropriaram-se ilegalmente de mais armas. Este comportamento não é de quem vem para dialogar", acusou.

"Relativamente a Gastão Salsinha, ao tornar-se cúmplice de Alfredo Reinado, perdeu toda a legitimidade ou razão para fazer exigências e dirigir-se ao chefe de Estado", declarou o Presidente.

"Gastão Salsinha deve entregar-se imediatamente, entregar todas as armas e enfrentar a justiça", apelou José Ramos Horta ao ex-tenente que, de Janeiro de 2006 a Fevereiro de 2008, liderou os chamados peticionários das Forças Armadas.

"Este senhor não representa os peticionários, os quais escolheram acantonar-se, e não merece o título de tenente das Forças Armadas. O seu comportamento não é próprio de um oficial", disse hoje o chefe de Estado.

"O regresso desses dois elementos às Forças Armadas é inaceitável e não poderia, nunca, ter o meu apoio", disse também José Ramos Horta sobre Salsinha e Reinado.

"Não sou pacifista utópico. Sou pacifista realista e pragmático que acredita na via do diálogo, mas tão pouco acredito cegamente no diálogo quando se sabe que o outro lado se quer impor pela via das armas", sublinhou, ao recordar as iniciativas que, nos últimos dois anos, liderou para resolver o caso de Alfredo Reinado e o problema dos peticionários.

O Presidente da República repetiu no seu discurso apelos à unidade nacional em torno de "grandes causas nacionais".

"Continuar divididos, cada um na sua trincheira, guerreando-nos, em nada nos ajuda a ultrapassar a crise", defendeu.

"Temos de saber gerar soluções de inclusão política e institucional", frisou o Presidente, que pretende continuar o diálogo político iniciado antes dos ataques de Fevereiro entre os partidos da aliança no Governo e a Fretilin, vencedora das legislativas de 2007.

"Peço, em especial, ao ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, companheiro e amigo de muitos anos, que contribua com o seu gabinete, tornando-o um gabinete de apoio ao desenvolvimento, nos aspectos político, económico, social e institucional", pediu José Ramos Horta.

O Presidente timorense alertou para tentativas de desestabilização e divisão vindas do estrangeiro.

"Em 1975, houve interferências e manipulações externas na situação interna do país. Alguns de nós caímos na teia, preparada contra nós por interesses exteriores, e guerreámo-nos na primeira guerra civil da história deste país", lembrou o chefe de Estado.

"Em 2006, houve elementos estranhos que fomentaram a divisão entre a PNTL (Polícia Nacional) e as F-FDTL" (Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste), recordou.

"Logo a seguir à tentativa de assassinato que me visou e ao primeiro-ministro, surgiram mútuas acusações entre dirigentes timorenses, sem se deterem a pensar se, uma vez mais, elementos estranhos a este país estariam implicados nestes hediondos crimes", salientou o Presidente da República.


PRM
Lusa/fim

Ramos Horta anuncia indulto a Rogério Lobato

Díli, 23 Abr (Lusa) - O presidente da República de Timor-Leste anunciou hoje que vai indultar o ex-ministro do Interior Rogério Lobato, condenado a sete anos de prisão.

José Ramos Horta anunciou a concessão de "um amplo perdão que beneficiará todos os condenados a penas de prisão que tiverem bom comportamento prisional".

"Rogério Lobato será um de entre os mais de 80 beneficiários do indulto presidencial", revelou.

Num longo discurso à Nação, José Ramos Horta defendeu a alteração da Lei do Fundo Petrolífero e estabeleceu como prioridades nacionais o combate à pobreza em Timor-Leste.

O presidente da República recordou também as circunstâncias do atentado que sofreu a 11 de Fevereiro.

Ramos Horta, depois de ter passado mais de dois meses na Austrália a recuperar dos ferimentos sofridos em Fevereiro, regressou a Timor-Leste a 17 de Abril.

PRM
Lusa/Fim

COMUNICADO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Presidência da República

22 DE ABRIL DE 2008

AS MEDIDAS ESPECIAIS SÃO EXTINTAS EM TODOS OS DISTRITOS COM EXCEPÇÃO DO DISTRITO DE ERMERA, onde se renova O ESTADO DE SÍTIO PARA APOIAR A OPERAÇÃO DO COMANDO CONJUNTO,

DIFICULTAR O MOVIMENTO DO GRUPO FUGITIVO E AUMENTAR A SEGURANÇA DOS RESIDENTES.

A segurança interna do nosso país tem registado uma boa evolução, devido ao bom andamento da operação do comando conjunto das F-FDTL e da PNTL.

O estado de excepção declarado após os atentados que me atingiram e alvejaram o senhor Primeiro-Ministro, em 11 de Fevereiro passado, foi uma boa resposta para dar mais segurança ao Povo e para limitar a acção dos criminosos.

Quase sem disparar um único tiro, a operação do Comando Conjunto conseguiu trazer perante a Justiça um grande número de ex-associados do grupo fugitivo.

Os homens que já se entregaram são pessoas que souberam confiar na Justiça, que escolheram abandonar a violência e aceitar a oferta para a sua entrega pacífica. A Justiça e o povo sabem apreciar esse gesto de arrependimento.

As medidas especiais adoptadas e a boa operação conjunta das F-FDTL e da PNTL ajudaram a garantir a ordem pública, deram mais confiança aos cidadãos e garantiram a segurança destes.

As medidas especiais contribuíram também para dar estabilidade à nossa economia, apesar de limitarem a actividade das empresas, em resultado do recolher obrigatório.

Ainda persistem alguns focos de perturbação, localizados no distrito de Ermera, onde os fugitivos se esconderam.

O grupo fugitivo, apesar de estar muito reduzido e apesar de estar isolado, ainda é uma ameaça, porque está armado e tem equipamento de guerra.

Estes elementos armados resistem a entregar-se às autoridades, continuam a fugir da Justiça, e a sua captura é uma obrigação de todos para assegurar a tranquilidade pública e a defesa da ordem democrática.

Por isso, é necessário ainda manter o Estado de excepção no distrito de Ermera, mas já é possível acabar com o Estado de Sítio e o Estado de Emergência em todos os outros distritos do nosso país.

Continua o Estado de Sítio em Ermera porque essa é a melhor maneira de dar condições à operação do Comando Conjunto e de dificultar os movimentos e as acções dos elementos procurados pela Justiça. Desta forma, também se garante melhor a segurança dos habitantes de Ermera e dos seus bens.

Reuni o Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa e Segurança, para debater a situação de segurança do país, analisar as ameaças que continuam a existir e procurar a melhor resposta para essas ameaças.

A prioridade do Presidente da República é garantir a segurança e a estabilidade, afectando o mínimo possível a liberdade e os direitos dos cidadãos.

Por isso, sob proposta do Governo, ouvidos o Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa e Segurança e autorizado pelo Parlamento Nacional, o Presidente da República decidiu acabar com o Estado de Sítio e o Estado de Emergência em todos os distritos, com excepção de Ermera.

O novo Decreto Presidencial, já em vigor, renova o Estado de Sítio no distrito de Ermera por 30 (trinta) dias, com início às 22 horas do dia 22 de Abril e termo às 22 horas do dia 21 de Maio de 2008.

Durante o estado de sítio, em Ermera:

a) Fica suspenso o direito de livre circulação, com recolher obrigatório entre as 22h00 e as 6h00.

b) Ficam suspensos os direitos de manifestação e de reunião.

c) Ficam suspensos o direito à inviolabilidade do domicílio e pode haver buscas domiciliárias durante a noite, desde que haja autorização de um juiz, nos termos da lei.

O Comando Conjunto, já constituído, continuará a sua operação para deter os suspeitos da prática de crimes do passado dia 11 de Fevereiro.

A operação do comando conjunto tem por objectivo reunir as condições para restabelecer a normalidade da vida democrática em Timor-Leste.

Durante o Estado de Sítio os cidadãos continuam a ter direito de acesso aos tribunais, de acesso ao Provedor de Direitos Humanos e Justiça, como estabelecido na lei, para defenderem os seus direitos, liberdades e toda a protecção que a Constituição de Timor-Leste dá aos cidadãos.

A continuação do Estado de Sítio em Ermera, por mais algum tempo, é a melhor maneira de ajudar o trabalho do Comando Conjunto e de proteger a segurança dos habitantes de Ermera e dos seus bens.

Pede-se a todo o povo que cumpra a lei e ajude a conquistar a estabilidade e a paz.


O Presidente da República.

UNMIT Daily Media Review - 24 April 2008

UNMIT-MEDIA

(International news reports and extracts from national media. UNMIT does not vouch for the accuracy of these reports)

Ed: the State of Siege, only for Ermera district – Suara Timor Lorosa’e

How sad for those who are living in Ermera district. They have to endure the consequences of Salsinha’s rebel group for one more month (22 April-22 May 2008) by living under a State of Siege, while other districts resume back to a normal state.

Sometimes, the State just takes outrageous decision, but what can we do? They have all the power.

The worst thing is that if Salsinha does not surrender in one month, then the people of Ermera will be living and dying under a State of Siege.

Why has the Joint Operation Command not taken any alternative action to arrest Salsinha?

It is better not to implement a State of Siege just because of one Salsinha. To arrest Salsinha, the State may deploy all the army forces the country to arrest Salsinha.

Why should Salsinha become the indicator for the State to prevent people’s movement? This might be wrong.

Bishop Ricardo: Horta’s heart, full of love – Suara Timor Lorosa’e

The Bishop of Dili Diocese Mgr. Alberto Ricardo said that PR José Ramos-Horta’s heart used to be full of love. “PR Ramos-Horta has expressed his love in his speech in the National Parliament,” said Bishop Ricardo on Wednesday (23/4) after participating in PR Horta’s national speech to the National Parliament in Dili.

Commenting about the indulgence given by the President to Rogerio Lobato, Bishop Ricardo said that it is the competence of the President as consecrated by the nation’s constitution.

Indonesia: does not give asylum to rebels – ­Suara Timor Lorosa’e

The Vice Prime Minister of Timor-Leste, José Luis Guterres has said that he does not believe Indonesia will grant political asylum to the rebels who were involved in the attempts against PR Ramos-Horta and PM Xanana Gusmão on February 11.

“I think no, because Indonesia has arrested three people. This shows that we have a good neighbor who sees that peace and national stability are important for Timor-Leste,” said Mr. Guterres on Wednesday (23/4).

Separately, the National Parliament said that the three people do not deserve to get political asylum as they are fugitives from justice.

“They are criminals who flee and hide in Indonesia. They do not deserve to get political asylum. It depends on the Indonesian Government,” said MP Vital dos Santos.

According to the information between the Indonesian and Timor-Leste Government, Indonesia continues to cooperate with Timor-Leste as stated by Indonesian President Soesilo Bambang Yudhoyono.

PR Horta to pardon Rogerio; Fretilin’s happy, MP sad – Timor Post

In a statement made to the National Parliament on Wednesday (23/4), President Ramos-Horta said on 20 May he will pardon 80 prisoners, including former Minister of Interior Rogerio Tiago Lobato who was imprisoned for his part in the weapons distribution of 2006.

PR Horta said that the pardon he is going to give is based upon the prerogative rights he has and the recommendations from Ministry of Justice. “I went to Becora prison many times. On 20 May I will pardon 80 prisoners, including former Minister of Interior Rogerio Lobato,” said PR Horta on speech in the National Parliament.

PR Horta said that the reasons for pardoning Rogerio Lobato were that Rogerio had shown a good attitude and had collaborated with the justice system. The President is also pardoning Lobato as he is the only one surviving member of his family- all who were killed defending the nation.

PR Horta: asks Alkatiri to form his cabinet – Timor Post

PR Ramos-Horta has asked the Secretary-General of Fretilin Mari Alkatiri to form his cabinet to contribute to the development of the country. “I especially ask the former Prime Minister Mari Alkatiri, his companions and friends for many years to form a support cabinet of development to contribute to the development of the nation. If the suggestion is accepted, the former Prime Minister may present a clear proposal about the necessities of the cabinet,” said the President during his long speech on Wednesday (23/4) in the National Parliament, Dili.

Mr Alkatiri said he felt proud of the recognition of President Horta, but he still needs to discuss the details with the President. “I am glad the President still recognizes my ability and I am ready to contribute to the nation. I will talk with the President of how the cabinet is going to be formed,” said Mr. Alkatiri.

Ed: The State of Siege ended …!!! – Diario Nacional

The National Parliament has approved to extend the State of Siege for one more month (22 April-22 May 2008) in the district of Ermera.

The State of Siege is extended upon the reason that there are still illegal weapons carried throughout the country, including 13 riffles of Salsinha and his group. This policy can be considered as discrimination to the people of Ermera as all people in the other districts are living freely.

President to pardon prisoners – Diario Nacional

President José Ramos-Horta has announced that 80 prisoners will receive pardons for good behavior on May 20, the anniversary of Independence, and has named Rogerio Lobato as one of them.

“Some prisoners have received pardons from me, as recommended by the judicial justice system. I myself have visited and observed prisoners in Becora prison many times. So, at least 80 prisoners will receive pardons from me as the President on May 20, the anniversary of Independence and Lobato is one of them,” said PR Ramos Horta on Wednesday (24/4) at the National Parliament.

Separately, the president of Fretilin party, Francisco Guterres Lu-Olo said that his party will be happy if the President pardons Rogerio Lobato. However, PUN MP Fernanda Borges said that this is not the time to do so, as some rebels are still at large.

Malaysia: ready to train F-FDTL – Televisaun Timor-Leste

The State Secretary for Defence Julio Thomas Pinto said that The Government of Malaysia, through its Defence Department, has agreed to give military training to the Defence Forces of Timor-Leste (F-FDTL).

“I have met the Vice Prime Minister who is also the Minister of Defence of Malaysia, Dato Sri Najib Tun Rajak. We discussed defences issues of the two nations and Malaysia is committed to help Timor-Leste in its military development. On behalf of the Government of Timor-Leste, I give my gratitude to the Government of Malaysia for sending its military forces to Timor-Leste during the 2006 crisis and for providing scholarships providing military training to F-FDTL …,” said Mr. Pinto via telephone on Wednesday (23/4).

Lao Hamutuk: petroleum funds utilized ineffectively – Radio Timor-Leste

The Program Manager of Lao Hamutuk Mericio Akara said that because the petroleum funds are not utilized effectively, they cannot give benefits to the people. Mr. Akara said that the fund should be managed in order to use the fund effectively.

“Minimally, we could guarantee that this will benefit the population. As we see now that there is no sign that the people will benefit from the petroleum fund which is not currently well managed.

Our preoccupation is whether to use the fund or not. Is the accountable? Have we the capability to manage the money? Will we be able to minimize collusion, corruption and nepotism or not? These are our preoccupations,” said Mr. Akara.

East Timor agitator to receive pardon- ABC News, 23 April

A former East Timor government minister jailed for inciting much of the civil unrest two years ago is to receive an official pardon.

The former interior minister, Rogerio Lobato, was jailed for seven years after helping to ferment the violence that rocked East Timor in 2006.

Last August the courts granted him permission to fly to Malaysia for heart surgery.

Despite last-minute legal wrangling by the new Government to stop him, Lobato flew out with his wife, children and other relatives.

He is yet to return to Dili.

Now, President Jose Ramos-Horta has announced 80 prisoners will receive pardons for good behaviour on May 20, the anniversary of independence, and Lobato is one of them.

A presidential spokesman says Lobato was due to have another heart operation today.

The President has declared Independence Day a day of forgiveness and clemency.

Rebels fled to Aust after attack: Ramos-Horta- ABC online, 23 April

The East Timorese President has alleged that soon after he was gunned down by armed rebels in early February, some people involved in the assassination attempt fled to Australia.

President Jose Ramos-Horta has given a lengthy speech in the National Parliament about the attack by armed rebels loyal to Alfredo Reinado.

He says inquiries by Australian Federal Police and East Timor's prosecutor-general have confirmed that foreign elements gave the rebel leader considerable support over more than a year, supplying money, uniforms, communications and other resources.

Dr Ramos-Horta said soon after the attack, some Timorese with Australian citizenship fled to Australia, while others fled to Indonesia.

An Australian Federal Police spokesman says he knows nothing of the claims, and any formal request from East Timor for Australian assistance could not be made public anyway.

East Timor's prosecutor-general is travelling to Jakarta today to bring home three Timorese men arrested last week on suspicion of involvement in the attacks.

UNMIT MEDIA MONITORING
http://www.unmit.org/

Tradução:

UNMIT Revista Diária dos Media - 24 Abril 2008

UNMIT-MEDIA

(Relatos de notícias internacionais e extractos de media nacionais. A UNMIT não garante a correcção destes relatos)

Ed: o Estado de Sítio apenas para o distrito de Ermera – Suara Timor Lorosa’e

Que triste é para os que vivem no distrito de Ermera. Têm que aguentar com as consequências do grupo de amotinados de Salsinha por mais um mês (22 Abril-22 Maio 2008) a viverem sob um Estado de Sítio, quando nos outros distritos a vida recomeçou no estado normal.

Às vezes, o Estado toma decisões exorbitantes, mas o que é que podemos fazer? Eles têm o poder todo.

O pior é que se Salsinha não se render dentro de um mês, então a população de Ermera viverá e morrerá sob um Estado de Sítio.

Porque é que o Comando da Operação Conjunta não toma uma acção alternativa para prender Salsinha?

É melhor não implementar o Estado de Sítio apenas por causa de Salsinha. Para prender Salsinha, o Estado pode destacar todas as forças armadas do país.

Porque é que Salsinha se tornou o indicativo para o Estado prevenir is movimentos da população? Isto pode estar errado.

Bispo Ricardo: o coração de Horta está cheio de amor – Suara Timor Lorosa’e

O Bispo da Diocese de Dili. Alberto Ricardo disse que o coração do PR José Ramos-Horta está cheio de amor. “O PR Ramos-Horta expressou o seu amor no seu discurso no Parlamento Nacional,” disse o Bispo Ricardo na Quarta-feira (23/4) depois de participar no discurso nacional do PR Horta ao Parlamento Nacional em Dili.

Comentando sobre o indulto dado pelo Presidente a Rogério Lobato, o Bispo Ricardo disse que isso está na competência do Presidente conforme consagrado na Constituição da nação.

Indonésia: não dá asilo a amotinados – ­Suara Timor Lorosa’e

O Vice-Primeiro-Ministro de Timor-Leste, José Luis Guterres disse que não acredita que a Indonésia vá dar asilo político aos amotinados que estiveram envolvidos nos atentados contra o PR Ramos-Horta e PM Xanana Gusmão em 11 de Fevereiro.

“Penso que não, porque a Indonésia prendeu três pessoas. Isto mostra que temos um bom vizinho que entende que a paz e a estabilidade nacional são importantes para Timor-Leste,” disse o Sr. Guterres na Quarta-feira (23/4).

Em separado, o Parlamento Nacional disse que as três pessoas não merecem obter asilo político dado que são foragidos da justiça.

“Eles são criminosos que fugiram para se esconderem na Indonésia. Eles não merecem obter asilo político. Isso depende do Governo da Indonésia,” disse o deputado Vital dos Santos.

De acordo com informações entre os Indonésios e o Governo de Timor-Leste, continua a cooperação com Timor-Leste como foi afirmado pelo Presidente Indonésio Soesilo Bambang Yudhoyono.

PR Horta vai perdoar Rogério; a Fretilin está contente, ’s happy, MP sad – Timor Post

Numa declaração feita ao Parlamento Nacional na Quarta-feira (23/4), o Presidente Ramos-Horta disse que em 20 de Maio vai perdoar 80 presos, incluindo o antigo Ministro do Interior Rogério Tiago Lobato que foi preso pela sua parte na distribuição de armas em 2006.

O PR Horta disse que o perdão que vai dar é com base nas suas prerrogativas e as recomendações do Ministério da Justiça. “Fui muitas vezes à prisão de Becora. Em 20 de Maio perdoarei 80 presos, incluindo o antigo Ministro do Interior Rogério Lobato,” disse o PR Horta no discurso ao Parlamento Nacional.

O PR Horta disse que as razões para perdoar Rogério Lobato foram por Rogério ter mostrado uma boa atitude e ter colaborado com o sistema da justiça. O Presidente perdoa ainda Lobato por ele ser o único membro sobrevivente da sua família – e que todos os outros foram mortos a defender a nação.

PR Horta: pede a Alkatiri para formar o seu gabinete – Timor Post

O PR Ramos-Horta pediu ao Secretário-Geral da Fretilin Mari Alkatiri para formar o seu gabinete para contribuir para o desenvolvimento do país. “Peço especialmente ao antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri, meu companheiro e amigo de muitos anos para formar um gabinete de apoio ao desenvolvimento para contribuir para o desenvolvimento da nação. Se a sugestão for aceite, o antigo Primeiro-Ministro pode apresentar uma proposta clara sobre as necessidades do gabinete,” disse o Presidente durante o seu longo discurso na Quarta-feira (23/4) no Parlamento Nacional, Dili.

O Sr Alkatiri disse que se orgulhava com o reconhecimento do Presidente Horta, mas que precisa ainda de discutir os detalhes com o Presidente. “Estou satisfeito por o Presidente reconhecer ainda a minha capacidade e pronto para contribuir para a nação. Falarei com o Presidente sobre como vai ser formado o gabinete,” disse o Sr. Alkatiri.

Ed: O Estado de Sítio acabou …!!! – Diario Nacional

O Parlamento Nacional aprovou prolongar o Estado de Sítio mais um mês (22 Abril-22 Maio 2008) no distrito de Ermera.

O Estado de Sítio é prolongado com a razão que há ainda armas ilegais a serem transportadas pelo país, incluindo 13 espingardas do Salsinha e seu grupo. Esta política pode ser considerada como uma discriminação com a população de Ermera dado que todos os outros distritos estão a viver livremente.

Presidente vai perdoar presos – Diario Nacional

O Presidente José Ramos-Horta anunciou que 80 presos receberão perdões por bom comportamento em 20 de Maio, o aniversário da Independência, e indicou que Rogério Lobato é um deles.

“Alguns presos receberam perdões meus, como recomendado pelo sistema judicial. Eu próprio visitei e observei presos na prisão de Becora muitas vezes. Assim, pelo menos 80 presos vão receber perdões de mim, como Presidente em 20 de Maio, o aniversário da Independência e Lobato é um deles,” disse o PR Ramos Horta na Quarta-feira (24/4) no Parlamento Nacional.

Em separado, o presidente da Fretilin, Francisco Guterres Lu-Olo disse que o seu partido ficará feliz se o Presidente perdoar Rogério Lobato. Contudo, a deputada do PUN Fernanda Borges disse que esta não é a altura de se proceder assim dado que alguns amotinados ainda estão ao largo.

Malásia: pronta para formar as F-FDTL – Televisaun Timor-Leste

O Secretário de Estado da Defesa Júlio Thomas Pinto disse que o Governo da Malásia, através do Departamento da Defesa, concordou em dar formação militar às Forças da Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).

“Encontrei-me com o Vice-Primeiro-Ministro que é também o Ministro da Defesa da Malásia, Dato Sri Najib Tun Rajak. Discutimos questões de defesa das duas nações e a Malásia comprometeu-se a ajudar Timor-Leste no seu desenvolvimento militar. Em nome do Governo de Timor-Leste, agradeci ao Governo da Malásia por enviar as suas forças militares para Timor-Leste durante a crise de 2006 e por providenciar bolsas de estudo para formação militar às F-FDTL …,” disse o Sr. Pinto via telefone na Quarta-feira (23/4).

Lao Hamutuk: fundos do petróleo utilizados sem eficácia – Radio Timor-Leste

O Director do Programa do Lao Hamutuk Mericio Akara disse que como os fundos do petróleo não estão a ser usados com eficácia, não podem beneficiar a população. O Sr. Akara disse que o fundo deve ser gerido de modo a ser usado com eficácia.

“No mínimo, podíamos garantir que beneficiasse a população. Como vemos não há sinal que a população beneficie do fundo do petróleo que correntemente não está a ser bem gerido.

A nossa preocupação é usar o fundo ou não. Há responsabilidade? Temos a capacidade para gerir o dinheiro? Seremos capaz de minimizar a conivência, corrupção e o nepotismo ou não? São estas as nossas preocupações,” disse o Sr. Akara.

Agitador de Timor-Leste vai receber perdão - ABC News, 23 Abril

Um antigo ministro do governo de Timor-Leste preso por incitar muito do desassossego civil de há dois anos atrás vai receber um perdão oficial.

O antigo ministro do interior, Rogério Lobato, foi condenado a sete anos depois de ajudar a fomentar a violência que abalou Timor-Leste em 2006.

Em Agosto passado o tribunal autorizou-o a voar para a Malásia para ser operado ao coração.

Apesar de tentativas à última hora do novo Governo para o deter, Lobato voou com a mulher, filhos e outros familiares.

Ainda não regressou a Dili.

Agora, o Presidente José Ramos-Horta anunciou o perdão a 80 presos por bom comportamento em 20 de Maio, o aniversário da independência e Lobato é um deles.

Um porta-voz presidencial diz que Lobato tem calendarizado outra operação ao coração hoje.

O Presidente declarou o Dia da Independência um dia de perdão e de clemência.

Amotinados fugiram para a Austrália depois do ataque: Ramos-Horta- ABC online, 23 Abril

O Presidente Timorense alegou que pouco depois de ter sido baleado por amotinados armados no princípio de Fevereiro, algumas pessoas envolvidas na tentativa de assassínio fugiram para a Austrália.

O Presidente José Ramos-Horta deu um longo discurso no Parlamento Nacional acerca do ataque por amotinados armados leais a Alfredo Reinado.

Diz que inquéritos pela Polícia Federal Australiana e Procurador-Geral de Timor-Leste confirmaram que elementos estrangeiros deram considerável apoio ao líder amotinado durante mais de um ano, fornecendo-lhe dinheiro, uniformes, comunicações e outros recursos.

O Dr Ramos-Horta disse pouco depois do ataque, que alguns Timorenses com cidadania Australiana fugiram para a Austrália, enquanto outros fugiram para a Indonésia.

Um porta-voz da Polícia Federal Australiana diz nada saber das queixas, e que qualquer pedido formal de Timor-Leste por assistência Australiana não pode ser tornado público de qualquer modo.

O Procurador-Geral de Timor-Leste viajou para Jacarta hoje para trazer três homens Timorenses presos na semana passada por suspeitas de envolvimento nos ataques.

UNMIT MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA
www.unmit.org

COMUNICAÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA DR. JOSÉ RAMOS-HORTA AO PARLAMENTO NACIONAL

Presidência da República

23 DE ABRIL DE 2008

Exmo. Senhor Presidente do Parlamento Nacional
Exmo. Senhor Primeiro-Ministro
Exmo. Senhor Presidente do Tribunal de Recurso
Exmo. Senhor ex-Presidente da Republica, Francisco Xavier do Amaral,
Exmo. Senhor ex-Presidente do PN Francisco Guterres Lu’Olo
Exmo. Senhor ex-PM Dr. Mari Alkatiri
Exmo. Senhor ex-PM Eng. Estanislau da Silva
Exmo. Senhor Procurador-Geral da República
Exmo. Senhor Chefe do Estado Maior-General das F-FDTL
Exmo. Senhor Cdnte-Geral da PNTL a.i.
Exmas. Senhoras e senhores Deputados
Exmas. Senhoras e senhores Membros do Governo
Exmos. Membros de Autoridades Civis e Religiosas
Exmo. Senhor RESG da ONU, Dr. Atul Khare
Exmos. Membros do Corpo Diplomático e Consular,
Exmas. Senhoras e Senhores Convidados,

Povo de Timor-Leste,

Excelências,

Volto hoje a esta Casa da Democracia timorense depois dos tristes e trágicos eventos de 11 de Fevereiro. Sem a intervenção divina e a sabedoria e dedicação dos médicos e enfermeiros em Dili e Darwin eu não estaria hoje entre vos. Quis Deus que eu sobrevivesse.

Este ano celebra-se o 40º. Aniversário do assassinato de Martin Luther King, homem de diálogo e da tolerância, detentor do Prémio Nobel de Paz, lutador generoso e inspirador pela emancipação dos negros americanos e dos oprimidos de todo o mundo.

Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Olof Palme, John F. Kennedy, Robert F. Kennedy, Patrice Lumumba, Kwame N’Kruma, Amílcar Cabral, são alguns dos grandes nomes do Sec. XX que não sobreviveram as balas dos assassinos. Deus os chamou para junto de si, privando a Humanidade da sua grandeza moral, forca intelectual e inspiradora. Mas eles legaram para a Humanidade as grandes lições que ainda hoje nos inspiram. Esta sua herança é eterna e nos inspira no dia a dia.

Eu sobrevivi as duas balas disparadas a menos de 20 metros de distância. Sou pequeno comparado com a grandeza daqueles mártires que sempre foram a minha inspiração. E pergunto porque Deus quis que eu vivesse mas nos privou desses grandes homens. Só Deus sabe.

Os estilhaços das balas que me atingiram pararam a poucos milímetros da coluna e a poucos centímetros do coração e do pulmão. Nenhum órgão vital foi atingido. Deus quis que eu continue a fazer uso de todas as minhas modestas faculdades para continuar a minha obra modesta em prol deste nosso grande povo e em prol da Humanidade.

Uma freira amiga australiana me contou que ela e outras irmãs rogavam a Deus para me salvar, dizendo, “Deus Tu não necessitas dele no Céu. Nos necessitamos dele na Terra”. E Deus ouviu esse pedido.

No dia 11 de Fevereiro eu estive na fronteira entre a vida e a morte. Nesse momento parecia ver e sentir que um grupo de homens tentava asfixiar-me. Assim como Cristo perguntou ao Pai quando foi crucificado “Pai porque me abandonaste”, eu perguntei “Que ao menos me diga que mal fiz”. Nesse momento ouvi uma voz muito clara, voz que nunca mais esquecerei, dizendo para os meus algozes: “Larguem-no, ele não fez mal a ninguém”. Logo de seguida os meus algozes sumiram e senti uma sensação de ligeireza, a sensação de que eu estava vivo. Acredito que era uma voz de comando, a voz de Deus. Fui também salvo pelos “matebians” e “lia nains” que eu sei que em todo o Timor-Leste oraram por mim e me protegeram.

Por isso estou hoje aqui, perante vós, de novo nesta nossa Terra sagrada, no meio deste povo que já tanto sofreu e que sofreu com o meu sofrimento.

As orações, as vigílias, os rituais sagrados que têm a força de milhares de anos e a recepção de que fui objecto no dia 17 de Abril, reflectem a grandeza do vosso coração, da vossa bondade, a grandeza deste nosso povo. Não sabia que merecesse tanto, eu que sou um pecador.

As orações e todas as atenções de que fui objecto de pessoas de todo o mundo, grandes e pequenos, poderosos e fracos, ricos e pobres, de todas as culturas e religiões, me comovem profundamente e me ensinam a ser mais humilde, paciente e tolerante.

Exmos. Senhores e Senhoras,

Agradeço aos senhores deputados, de todas as bancadas, que me telefonaram, enviaram mensagens ou se deslocaram a Darwin para me transmitirem o seu apoio.

Felicito o senhor Presidente do Parlamento Nacional Fernando Araújo Lasama pela serenidade e o equilíbrio com que assumiu as suas responsabilidades enquanto Presidente da República interino.

Agradeço sentidamente a todas as personalidades, nacionais e estrangeiras, que me visitaram, contactaram e acompanharam a evolução do meu estado de saúde:

- ao meu anfitrião e amigo, o Sr. Primeiro-Ministro da Austrália, Kevin Rudd, assim como o Gen. Peter Cosgrove, ex-Chefe do Estado-Maior General das forças armadas australianas; O Chief Minister e vários Ministros e deputados do Território Norte.

- os Srs. Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, Embaixadores de Portugal, Brasil, EUA e Japão; o Embaixador do Brasil em Canberra, assim como o Enc. de Negócios da Venezuela, que me trouxe uma mensagem do Presidente Hugo Chavez; o meu amigo Guigliermo Colombo; o Embaixador de Kuwait em Jacarta; o Dr. António Franco do Banco Mundial.

Ao Dr. Atul Khare que me visitou varias vezes no hospital e durante a minha convalescença, revelando a sua amizade e preocupação, registo a minha sincera apreciação.

Os nossos estimados e venerados bispos Dom Alberto e Dom Basílio, sacerdotes e freiras em todo o Timor-Leste oraram por mim noite e dia. A eles o meu sincero e profundo agradecimento.

Agradeço a todos os Chefes de Estado e de Governo, ao Secretário-Geral da ONU Sr. Ban Ki-Moon, ao presidente da Comissão Europeia, Dr. José Manuel Durão Barroso, membros do Congresso e Senado dos Estados Unidos, deputados de outros países amigos, às personalidades amigas de Timor-Leste, que me visitaram, telefonaram, enviaram mensagens ou, de outras formas, me transmitiram a sua preocupação e o seu cuidado.

Agradeço a Sua Santidade o Papa Bento XVI, cujas palavras amigas ajudaram a renovar a minha energia.

E agradeço muito especialmente, a todo o povo timorense, as manifestações de apoio e as mensagens – que continuo ainda a receber diariamente.

A toda a população agradeço o apoio que me transmitiu e a preocupação que revelou – com a minha saúde e com o futuro da nossa sagrada terra, Timor-Leste. Perante este nosso povo simples, humilde, pobre, que nada tem mas tudo dá do seu coração generoso, curvo-me em humildade.

Deixo o meu testemunho de gratidão e uma palavra muito especial para a comunidade timorense, em Darwin e na Austrália, em geral, pelo apoio e a amizade que manifestaram.

Agradeço as visitas do senhor Presidente do Parlamento Nacional, Fernando La Sama de Araújo, a visita do senhor Presidente interino do Parlamento Nacional, senhor Vicente Guterres, do senhor ex-Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres Lu’Olo, e dos senhores ex-Primeiro-Ministros Dr. Mari Alkatiri e Eng. Estanislau da Silva.

Ao senhor Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, agradeço a sua visita e todas as iniciativas e atenções que teve, para proporcionar condições para a minha recuperação e para o bem-estar dos familiares que me acompanharam. Vossa Excelência, Sr. Primeiro-Ministro, revelou uma vez mais as suas qualidades de liderança em momentos difíceis e cruciais em que um líder é posto a prova. Vossa Excelência foi igualmente alvo de um atentado contra a sua pessoa mas soube agir com serenidade.

O meu apreço ao Comando Conjunto das F-FDTL e PNTL pela sua acção profissional e estabilizadora da nossa comunidade nacional. Estão de parabéns pela forma disciplinada como se comportaram, com profissionalismo e eficácia, e respeitando sempre os direitos fundamentais das populações.

Por intermédio do seu comando, nas pessoas do Sr. Gen. Taur Matan Ruak e do Sr. Afonso de Jesus, saúdo todos os homens e mulheres, das F-FDTL e da PNTL, ao serviço da operação do Comando Conjunto.

Deixo também o meu reconhecimento aos efectivos da UNPOL e das ISF.

Agradeço ainda, entre muitos que poderia citar, à senhora deputada a este Parlamento Nacional, Dr.ª Ana Pessoa, ao senhor Eng. João Carascalão, cunhado e amigo, ao Dr. Rui de Araújo, na sua qualidade de médico e amigo, a amizade e a disponibilidade com que acompanharam, desde os primeiros dias, a minha recuperação em Darwin.

Reitero o meu agradecimento à GNR e aos profissionais da Emergência Médica portuguesa, em Díli, em especial ao senhor enfermeiro Jorge Marques, que primeiro me assistiu na manhã do dia 11 de Fevereiro. A reacção pronta da GNR revelou uma vez mais não só o seu profissionalismo mas também a sua amizade que vai para alem do dever.

Agradeço também, muito especialmente, ao pessoal do Aspen Medical Centre, de Díli, e aos militares australianos que se prontificaram a dar sangue, contribuindo para a estabilização do meu estado de saúde, nas primeiras horas após ser ferido.



Exmos. Senhores e Senhoras,

A intervenção dos médicos e dos outros especialistas do Aspen Medical Centre foi essencial para eu chegar vivo a Darwin e poder estar, hoje aqui, a falar perante este Parlamento Nacional.

Agradeço também aos profissionais do Hospital Real de Darwin, pela dedicação com que me trataram. Naquele hospital fui tratado com especial atenção e carinho por todos, desde os funcionários de limpeza, aos enfermeiros e médicos, chefiados pelo Prof. Phil Carson, cirurgião que chefiou a equipa medica que me operou.

Não posso deixar de agradecer ainda os agentes da polícia federal australiana e da polícia do Território do Norte, que acompanharam a minha estada em Darwin.

Ao governo e ao povo australianos, o meu eterno reconhecimento. O Primeiro-Ministro Kevin Rudd, assim como todo o povo australiano, revelaram verdadeira amizade e solidariedade, não só para comigo, mas também para com todo o povo timorense.

Deixo ainda uma palavra de louvor aos servidores da Presidência da República, nacionais e internacionais, pela maneira como asseguraram a estabilidade do funcionamento dos serviços e como apoiaram o desempenho das funções do senhor Presidente da República interino.

Aos meus familiares, a minha sofrida mãe, meu filho, irmãos, tios, sobrinhos, primos, cunhados, em Timor-Leste, na Austrália e em Portugal, que choraram, sofreram e velaram por mim, passando noites a minha cabeceira sempre atentos ao meu chamamento, fico eternamente grato.


Excelências,

Vou agora abordar a questão do Sr. Alfredo Reinado e dos ditos “peticionários”.

Todos conhecem o meu empenhamento na busca de uma solução pacífica para o caso do senhor Alfredo Reinado. A sua resposta aos esforços de diálogo e de paz foi, infelizmente, a que conhecem. Ao longo de um ano e meio, explorei todas as vias possíveis para resolver estas duas questões pela via do diálogo, nunca hesitando em deslocar-me até onde fosse necessário para ouvir o Sr. Alfredo Reinado e o Sr. Gastão Salsinha.

No dia 11 de Fevereiro, eu não tinha nenhum encontro marcado com o senhor Alfredo Reinado. Não agendei nenhuma reunião com o Sr. Alfredo Reinado na minha residência.

As reuniões que tivemos foram sempre fora de Díli e nunca foram secretas. Ao longo de quase dois anos de esforços para a solução deste caso, assim como de muitos outros, optei sempre pela transparência, informando sempre todos os colegas da liderança. Quando se realizavam reuniões, os meus colegas de liderança eram sempre informados por mim, incluindo o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri e o Fórum de Alto Nível. Eu não teria agendado uma reunião em minha casa sem ter consultado e informado o Sr. Presidente do PN e o Sr. PM.

No passado dia 11 de Fevereiro, saí de casa às 6 da manhã e dirigi-me ao Cristo-Rei, a passo rápido, para o meu exercício matinal habitual. Fui acompanhado de dois elementos das F-FDTL. No regresso, cerca das 6h50, ouvi tiros. Continuei o meu exercício e, uns cinco minutos mais tarde, ouvi uma segunda rajada de tiros. Nessa altura, percebi que os tiros vinham da área da minha residência.

Continuei a andar e cruzei-me com uma pessoa conhecida que me disse haver exercícios das ISF na zona da minha casa. Fiquei perplexo por não saber de tais exercícios e dever ter sido informado.

Prossegui em direcção a casa e vi, a alguma distância à minha frente, uma viatura das F-FDTL caída numa vala, não longe do portão principal da casa. Não havia ninguém visível, muito menos efectivos das ISF. Fiquei preocupado com a segurança das crianças e de outras pessoas acolhidas em minha casa e apressei o passo.

Mas, logo a seguir, um dos elementos das F-FDTL que me acompanhava alertou-me para a presença de um homem armado, a uma dezena de metros de distância, junto ao portão principal da residência.

Pude ver esse homem claramente; estava com um uniforme militar, que eu sabia ser do grupo do senhor Alfredo Reinado e apontou para mim a sua arma.

Virei com a intenção de correr e me afastar mas, nessa altura, ele disparou, atingindo-me pelas costas, do lado direito. Cai na estrada e os dois efectivos das F-FDTL correram para mim, tentando socorrer-me.

Antes de ser atingido, quando fazia o caminho de regresso a casa, telefonei ao senhor Gen. Taur Matan Ruak para o informar de que havia tiroteio na zona da minha residência. O Gen. Taur imediatamente mobilizou os homens sob seu comando para fecharem as saídas de Dili do lado de Hera e Fatuahi. Ao mesmo tempo foi ao Campo Fenix para pedir ajuda ao comandante da ISF.

Dali se deslocou ao Comando da GNR e ficou mais tranquilizado quando constata que a GNR já estava a actuar.

Depois de ter sido ferido, pedi aos militares que estavam comigo para tirarem o telemóvel do meu bolso e eu próprio telefonei à minha Chefe de Gabinete, a quem pedi para informar a UNPOL e as ISF de que tinha sido atingido.

Revelando uma total falta de respeito pelo Chefe de Estado, o senhor Alfredo Reinado e o seu grupo forçaram a sua entrada na minha residência, desarmaram elementos da segurança pessoal do Presidente da República e apropriaram-se ilegalmente de mais armas. Este comportamento não é de quem vem para dialogar.

O elemento das F-FDTL que atingiu o senhor Alfredo Reinado e seu guarda-costas cumpriu o seu dever perante um acto criminoso, punível severamente em qualquer país do mundo.

Um dos assaltantes aguardou o tempo necessário pelo meu regresso e disparou, friamente, sem aviso, contra a minha pessoa.

Trata-se de acto extremamente grave – a agressão a tiro, deliberada – contra uma pessoa desarmada, e contra um chefe de Estado democraticamente eleito.

Aguardo serenamente os resultados da investigação que está em curso e reitero a minha confiança no PGR e o felicito a si e a toda a equipa que beneficia de excelente apoio de agentes da Policia Federal Australiana, da POLRI e do FBI pelos progressos já realizados. A POLRI, agindo sob autoridade do Presidente da Republica da Indonésia, já apreendeu três cúmplices do Sr. Reinado que entraram ilegalmente na Indonésia logo a seguir ao criminoso atentado de 11 de Fevereiro.

Relativamente ao Sr. Gastão Salsinha, ao tornar-se cúmplice do senhor Alfredo Reinado, perdeu toda a legitimidade ou razão para fazer exigências e dirigir-se ao Chefe de Estado.

O Sr. Gastão Salsinha deve entregar-se imediatamente, entregar todas as armas, e enfrentar a Justiça.

A operação do comando conjunto deve continuar, tendo em vista recuperar todas as amas e deter todos os elementos armados que agem em cumplicidade com o Sr. Gastão Salsinha.

Este senhor não representa os peticionários, os quais escolheram acantonar-se e não merece o título de tenente das forças armadas. O seu comportamento não é próprio de um oficial das forças armadas. Quem veste uma farda sabe que pesa sobre si uma elevada responsabilidade. No caso de um oficial do exército, tem a elevada responsabilidade de defender o bom nome da instituição a que pertence, a integridade das instituições do Estado e os órgãos da soberania nacional.

Ao longo de quase dois anos, não só quando era ministro dos Negócios Estrangeiros, como depois enquanto Primeiro-Ministro e, agora, como Presidente da República, eu próprio proporcionei, ao Sr. Gastão Salsinha, muitas oportunidades para depor as armas. Sempre insisti com ele e os ditos “peticionários” para nunca usarem da violência.

Em Julho de 2007, por intermédio do ex-Deputado Leandro Isaac e do Sr. Procurador-Geral da República, avistei-me com os senhores Amaro da Costa Susar e Felisberto Garcia Pinto, em Alas, tendo dialogado com ambos. Fizeram a entrega de uma arma e prometeram que se entregariam, eles próprios e mais armas, alguns dias depois. O Sr. Susar mudou de ideias e voltou a juntar-se ao Sr. Reinado. O Sr. Garcia revelou maior maturidade e seriedade e deslocou-se a Dili, apresentando-se ao Comando da PNTL e, a seguir, à Presidência da República, com uma arma. Como manifestação de boa fé e confiança integrei de imediato o Sr. Garcia na equipa da minha segurança pessoal.

Caros Senhores e Senhoras,

A Comissão de Notáveis, criada em Abril de 2006 pelo então Primeiro-Ministro Dr. Mari Alkatiri, foi constituída por personalidades timorenses representando o governo, o PN e a sociedade civil, como era exigência dos “peticionários”. Eu próprio auscultei a opinião do Sr. Gastão numa reunião realizada na minha residência no dia 27 de Abril de 2006. Ele revelou-se satisfeito com os nomes indicados. No entanto, após a formação da Comissão, o Sr. Gastão Salsinha não só não quis cooperar como instrumentalizou os seus homens a não cooperarem, revelando má fé.

Durante o meu breve mandato como Primeiro-Ministro tive varias reuniões com o Gen. Taur Matan Ruak e todos os oficiais superiores, para encontrarmos uma solução justa e digna para a questão dos “peticionários”.

Sempre disse que não seria possível modernizar as nossas forças armadas e pôr em prática o modelo de forças recomendado no Estudo 20/20 sem termos resolvida a questão dos ditos peticionários.

O Sr. Gen. Taur Matan Ruak e os oficiais do seu estado-maior que combateram 24 anos – graças aos quais somos hoje um país livre e independente – e que sobreviveram graças ao apoio do povo pequeno e pobre, são homens de coração de ouro.

Quando fazemos face a um conflito ou a situações em que as partes não estão em acordo, procuramos resolver o conflito pela via do dialogo e esse processo de dialogo só pode produzir um resultado positivo para todas as partes se cada uma delas estiver a agir de boa fé e colocar os interesses nacionais acima de tudo. A chefia militar endossou a minha proposta, esta que o actual executivo AMP está a executar.

A minha proposta resume-se no seguinte:

Não haverá readmissão em bloco de todos os “peticionários”.

Haverá um novo processo de recrutamento com base na Lei de serviço Militar Obrigatório que o II Governo Constitucional enviou ao PN e o qual foi aprovado e promulgado em 2006.

Os “peticionários” que queiram regressar as fileiras das F-FDTL terão que se submeter a um novo processo de recrutamento, não havendo garantia de que o requerente será admitido.
Os “peticionários” que preferem optar pela vida civil são elegíveis a receber um incentivo monetário equivalente a três anos de seu vencimento.

Em duas ocasiões, por intermédio do Sr. Augusto Júnior, de MUNJ, auscultei a opinião do Sr. Gastão Salsinha sobre a minha proposta. Conforme o Sr. Augusto Júnior, o Sr. Gastão Salsinha mostrou-se positivo, alias, muito entusiasmado em relação a minha proposta. Embora o Sr. Alfredo Reinado não fizesse parte do grupo dos “peticionários”, segundo o Sr. Augusto Júnior, ele também concordou com a minha proposta.

No entanto, quando me reuni com o Sr. Alfredo Reinado e Gastão Salsinha, em Maubisse, no início de Janeiro deste ano, ambos negaram ter alguma vez concordado com a proposta.

Quero recordar aos senhores deputados e a todo o povo que, no início da crise em Abril/Maio de 2006, o Sr. Alfredo Reinado disse-me a mim e à Imprensa que não era “peticionário” e que o seu caso era diferente, era separado. Só o Maj. Tara é que desde o início se aliou aos peticionários, defendendo os seus interesses.

O Sr. Alfredo Reinado começou a mudar de atitude em finais de 2006, auto-proclamando-se como líder dos peticionários.

Porque mudou de posição?

Mudou porque foi aconselhado pelos seus muitos conselheiros timorenses e não-timorenses que, apoderando-se da causa dos peticionários, lhe disseram que teria mais poder de negociação com o Governo e as F-FDTL.

Em 2006 e 2007 tive vários encontros com o Sr. Alfredo Reinado e o Sr. Gastão Salsinha. Observei que ultimamente já possuíam mais meios, evidência de que elementos timorenses e não timorenses os apoiavam na aquisição de novo fardamento, aparelhos de comunicação, telemóveis, viaturas, combustível, etc. Certa imprensa timorense e internacional que acorria aos pés do Sr. Alfredo Reinado inflacionavam o seu ego. Faziam-no passar por “herói”. Havia ONGs timorenses e indivíduos que, em vez de contribuírem para uma solução pacífica, alimentavam o ego do Sr. Reinado e tornavam-no cada vez mais irracional e arrogante.

Caros Senhores e Senhoras,

Lamento a morte do Sr. Alfredo Reinado, assim como lamento a morte de qualquer ser humano, e mesmo de um animal quando esse animal é morto sem razão ou motivo aparente. Nós não matamos um animal por prazer. Matamos para nos alimentarmos assim como os animais buscam alimentos e, as vezes, usam da sua força bruta. Demasiadas vidas timorenses foram ceifadas pela violência ao longo de mais de três décadas. No penúltimo encontro que tive com o Sr. Reinado, na região de Ermera, encontro a sós, eu disse textualmente o seguinte a esse meu irmão. Repito as minhas palavras pois foram palavras bem pensadas e sentidas por mim:

“ Alfredo, qual é a sua causa afinal? Posso compreender que alguém, você, pegue em armas quando está frente a uma tirania que oprime o povo e não quer o dialogo. Eu sou o Chefe de Estado de um país livre, democrático. Estou aqui a sua frente. Desça comigo para Dili, volte a sua instituição, vamos falar com os seus companheiros de armas das FFDTL. Alfredo, até quando você vai ficar nas montanhas? Contra quem esta a combater? Sou eu o seu inimigo? - Você tem mulher e filhos. Volte para a sua família. Cuide deles. Você gosta de armas, mas qualquer dia morre com elas. Quem brinca com o fogo pode queimar-se.

O Sr. Alfredo Reinado respondeu já exaltado:

“Eu não tenho medo da morte... Eu não penso na minha família. Penso no povo”.

A este discurso barato respondi:

“Isso é falso, e demagogia. Se você diz que não pensa na família, então você não tem sentimentos para ninguém. Quem não pensa na esposa e filhos, nos pais e irmãos, então não pode ter sentimentos para os outros”.

No dia 11 de Fevereiro Alfredo Reinado morre uma morte sem glória, não morre uma morte de herói, de mártir. Morre uma morte sem causa, morre pelas armas de que ele se sentia muito orgulhoso.

Como é sabido de todos, fui criticado por defender e ordenar o não uso da força para fazer prevalecer o mandato de captura em relação ao Sr. Reinado. A minha decisão não foi unilateral. Ela foi amplamente discutida no Fórum de Alto Nível e apoiada como decisão do Estado a ser acatado pelas forças internacionais. Esta era uma decisão correcta, sensível. Quando, em 2007, se optou pelo uso da forca para fazer valer lei, cinco pessoas perderam a vida e o foragido conseguiu escapar. Abandonar o dialogo para de novo se fazer uso da força contraria o espírito e a letra da nossa Constituição onde em letra e espírito se consagra a primazia da vida e o não uso da força para solucionar casos eminentemente políticos. Mesmo ao pior criminoso fugido da justiça se lhe respeita o sagrado da vida. Foi por isso, e só por isso, para se evitar mais derramamento de sangue e mais perda de vidas numa sociedade que já viu demasiado sangue jorrar e vidas ceifadas pela violência, que eu, enquanto Chefe de Estado, optei pelo processo de dialogo com o Sr. Alfredo Reinado e o Sr. Gastão Salsinha.

Não sou pacifista utópico. Sou pacifista realista e pragmático que acredita na via do diálogo, mas tão pouco acredito cegamente no diálogo quando se sabe que o outro lado se quer impor pela via das armas.

Caros Senhores e senhoras;

Após décadas de violência, Timor-Leste independente quer abrir uma nova página na história da construção nacional, no nosso desenvolvimento económico e na melhoria das condições de vida do povo pequeno – uma página nova que represente uma vida melhor para as crianças, as mulheres e os homens da nossa terra que põem a sua esperança nos frutos da independência.

Todos nós devemos dar o exemplo. Por isso, apelo ao governo para que, em diálogo permanente, envolva o partido mais votado na construção dos consensos e das soluções para os desafios que o país tem à sua frente: o caso dos peticionários, deslocados, a reforma da Administração Pública – em particular nos sectores da Justiça, da Defesa e Segurança e da administração descentralizada.

Os timorenses deslocados devem ser estimulados a reintegrarem-se, rapidamente, nas suas comunidades porque a situação de segurança actual permite encarar o futuro com uma nova confiança. Vamos renovar o diálogo nos bairros para que o regresso dos IDPs seja o mais digno e pacifico possível. O problema dos IDPs está intimamente ligado à questão das terras e propriedades, à habitação, a oportunidades para que cada um possa sentir que não está abandonado e esquecido pelos líderes.

O Estado tem os meios financeiros ao seu alcance para assegurar que, a médio prazo, se possa oferecer, a cada família timorense, que hoje vive em condições precárias, uma casa simples, mas condigna.

Os desafios que enfrentamos envolvem grandes causas nacionais. Continuar divididos, cada um na sua trincheira, guerreando-nos, em nada nos ajuda a ultrapassar a crise.

Temos de saber gerar soluções de inclusão política e institucional.

Antes de 11 de Fevereiro, partindo de uma proposta apresentada pela Fretilin, iniciámos diálogos com vista à criação de mecanismos de inclusão e de participação.

Quero aprofundar esse diálogo, estruturante para o nosso futuro, de valorização das forças políticas representativas, no sistema democrático.

Nesse sentido, existe já alguma base legal que importa desenvolver. A lei 07/2007 prevê a criação de gabinetes para ex-titulares de órgãos de soberania.

Nesta fase da vida do nosso país, todas as competências devem ser aproveitadas e valorizadas no desenvolvimento de objectivos nacionais comuns – como, entre outros, a consolidação do Estado de Direito democrático e a erradicação da pobreza.

Assim, peço a todos os ex-titulares que constituam gabinetes, criando melhores condições para participarem no esforço nacional de consolidação do Estado e do sistema democrático.

Peço, em especial, ao senhor ex-Primeiro-Ministro Dr. Mari Alkatiri, companheiro e amigo de muitos anos, que contribua com o seu gabinete, tornando-o um gabinete de apoio ao Desenvolvimento, nos aspectos político, económico, social e institucional.

Um objectivo como este requer, provavelmente, mais meios e recursos do que aqueles previstos na legislação existente. Mas, no caso desta ideia ser acolhida, o senhor ex-Primeiro-Ministro poderá apresentar propostas claras sobre as necessidades de um gabinete com esta natureza.

Darei o meu contributo empenhado para que o Governo e o Parlamento tomem iniciativas legislativas para acolher tais propostas.

Como Chefe de Estado, convidarei em breve ex-titulares de órgãos de soberania para me representarem fora do país, em missões de interesses nacional que tenham a sua aceitação. Poderão, desse modo, dar um renovado contributo para a satisfação de necessidades nacionais e para a visibilidade e a afirmação da imagem de Timor-Leste independente e unido.

É importante utilizarmos a experiência e o conhecimento de todos os timorenses ao serviço de objectivos nacionais comuns.


Senhor Presidente, senhoras e senhores deputados.

Senhoras e senhores convidados.

Tenciono retomar e desenvolver o diálogo iniciado na minha residência entre o governo representado pelo senhor Primeiro-Ministro, a AMP, representada pelo senhor Presidente do Parlamento Nacional e todos os partidos da oposição, da FRETILIN, ao Partido da Unidade Nacional, à UNDERTIM e ao partido KOTA e o PPT.

As duas rondas de diálogo que decorreram até agora realizaram-se num ambiente positivo e felicito todos pela forma madura e construtiva com que dialogaram em conjunto.

Existem condições para encontrarmos um entendimento entre o governo da AMP e as outras forças políticas com assento neste Parlamento Nacional, incluindo o partido mais votado, e sem negligenciar os outros partidos aqui representados.

Apesar de todas as diferenças, que são naturais na política, acredito que a liderança nacional tem como primeira preocupação e primeira prioridade a construção da paz e do desenvolvimento do nosso país.

Os meus irmãos da liderança política timorense nunca devem esquecer – mas sim ter sempre bem presentes – os erros e as lições do passado.

Em 1975, houve interferências e manipulações externas na situação interna do país. Alguns de nós caímos na teia, preparada contra nós por interesses exteriores, e guerreámo-nos na primeira guerra civil da história deste país.

Em 2006, houve elementos estranhos que fomentaram a divisão entre a PNTL e as F-FDTL.

Logo a seguir à tentativa de assassinato que me visou e ao senhor Primeiro-Ministro, surgiram mútuas acusações entre dirigentes timorenses, sem se deterem a pensar se, uma vez mais, elementos estranhos a este país estariam implicados nestes hediondos crimes.

A investigação em curso, dirigida pelo senhor PGR, Dr. Longuinhos Monteiro, e apoiada pela polícia Federal Australiana, está a revelar dados que confirmam haver elementos estranhos ao nosso país implicados, ao longo de pelo menos um ano, no fornecimento ao senhor Alfredo Reinado de meios financeiros, de aparelhos de comunicações e de fardas.

Logo a seguir aos atentados contra a minha pessoa e o senhor Primeiro-Ministro, alguns elementos timorenses de nacionalidade australiana fugiram para a Austrália. Outros timorenses implicados nos crimes de 11 de Fevereiro fugiram para a Indonésia.

Devo aqui registar o meu sincero apreço ao Sr. Presidente da República Indonésia, Susilo Banbang Youdhayono, que alertado por mim sobre o envolvimento de certos elementos, ordenou imediatamente que a Polícia Indonésia desse todo o apoio à nossa investigação.

Elementos de alta patente da Polícia Indonésia estiveram em Díli e estão a dar todo o apoio ao senhor Procurador-Geral da República.

A Indonésia é um país de quase 250 milhões de pessoas e é quase impossível para as autoridades de fronteira controlarem o movimento de todas as pessoas que circulam para fora e para dentro da Indonésia.

O senhor Alfredo Reinado, em 2007, entrou em território indonésio, com documentos falsos, e foi em Jacarta que foi entrevistado pela Metro TV.

Nas vésperas dos ataques contra a minha pessoa e a do senhor Primeiro-Ministro, foram feitas dezenas de chamadas telefónicas, pelo senhor Reinado e pelo senhor Salsinha, para a Indonésia e para a Austrália.

Tenho total confiança no Estado indonésio e em particular no Presidente Susilo Bambang Youdhayono assim como tenho total confianca nos dirigentes australianos e em paticular o PM Kevin Rudd.

Assim como Timor-Leste, desde a independência, nunca permitiu que elementos hostis à Indonésia usem o seu território para desestabilizar o país vizinho, também acreditamos que a Indonésia não permitirá que elementos, timorenses ou não timorenses, usem o território da Indonésia – se aproveitem da liberdade e da abertura na Indonésia – para fomentar instabilidade no nosso país.


Excelências,

Quero uma vez mais sublinhar a conduta exemplar dos efectivos do Comando Conjunto e todos os seus oficiais, os quais conseguiram a rendição de 26 elementos e a entrega das respectivas armas, quase sem terem disparado um tiro.

Ao Sr. Gen. Taur Matan Ruak e, através dele, a todos os oficiais e efectivos das forças, uma palavra de parabéns do Comandante Supremo das Forças Armadas.

Para a PNTL, através do seu comandante-geral interino Afonso de Jesus, igualmente uma palavra de parabéns a todos os efectivos policiais.

Apelo às duas forças para que nunca mais haja desconfianças entre si e falsas divisões. As F-FDTL e a PNTL são forças nacionais, com o dever de defender a Pátria e todo o povo. Não devem cair na teia daqueles que as querem dividir para desestabilizarem a nossa nação.

O nosso Estado vai investir na melhor preparação das forças. Vai dar às F-FDTL e à PNTL mais formação e melhores meios materiais para exercerem as suas funções com dignidade e profissionalismo.

Aos ditos peticionários, assim como àqueles elementos do grupo do Sr. Alfredo Reinado que se entregaram, quero garantir que não haverá nem perseguição nem discriminação.

Serão tratados com todo o respeito pela sua dignidade pessoal e pela sua integridade física, de acordo com a lei e como é garantido pela nossa Constituição.

Sei que a esmagadora maioria dos ditos peticionários abandonou as forças armadas porque foi manipulada.

Quero também reiterar, perante o digno Parlamento Nacional e perante todo o povo de Timor-Leste, que – como Chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas –, o comportamento do falecido Sr. Alfredo Reinado e do Sr. Gastão Salsinha me merecem a mais firme condenação.

Essa condenação é tanto maior quanto, como oficiais das Forças Armadas, tinham o dever e a obrigação, perante toda a Nação, de lealdade, disciplina e obediência aos seus superiores.

O dever de um oficial das forças armadas, como da polícia, é de lealdade ao seu país e de respeito pelo Estado, que devem proteger e defender.

Um oficial tem o dever de contribuir para a solução dos problemas da instituição e de dirigir os homens sob o seu comando tendo em vista os objectivos da instituição e do país.

Provocar motins ou insurreições contra o Estado e as Forças Armadas são comportamentos inaceitáveis, impróprios de verdadeiros oficiais.

O regresso desses dois elementos às Forças Armadas é inaceitável e não poderia, nunca, ter o meu apoio. Dentro de cinco anos, o Gen. Taur Matan Ruak e outros grandes oficiais das nossas forcas que vieram da luta armada passarão à reforma que bem merecem. O Estado muito lhes deve pelos mais de 30 anos de patriotismo, dedicação e abnegação. Tudo deram ao povo e a Pátria, e tudo o Estado livre e democrático deve fazer para os honrar e reconhecer o seu direito de repouso na reforma.

Mas pergunto: quem os substituiria? Oficiais como os Srs. Reinado e Gastão Salsinha?

A minha resposta é um NÃO categórico pois traíram a própria instituição e os seus companheiros. Aqueles que apesar de todas as falhas e insuficiências que afligem a instituição das forcas armadas se mantiveram fiéis a essa instituição histórica que nasceu do sangue do povo e de tantos heróis filhos deste povo, esses sim, reúnem condições para tomar o lugar daqueles que o peso da idade e de décadas de sacrifício aconselham a reforma.

Mas, por outro lado, apelo ao senhor Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa e Segurança, ao Chefe do Estado Maior General das Forças, e ao comando da polícia para abordarem com firmeza os problemas existentes nas Forças Armadas e na nossa polícia.

As nossas forças têm problemas de falta de incentivos aos seus efectivos, necessidade de mais formação, falta de infra-estruturas, de meios logísticos e de comunicações.

Os homens e as mulheres das duas instituições, a quem exigimos que defendam a lei, a ordem e a integridade do país têm de ser tratados à altura do que lhes é pedido e de dispor dos meios correspondentes.

A exigência que fazemos às duas instituições é uma exigência maior do que aquela que o país faz a outras instituições do Estado.

O Ministério de Defesa e a chefia das Forças Armadas devem ser firmes na solução dos problemas que persistem na instituição, designadamente, de ordem disciplinar, má gestão de recursos existentes e de utilização indevida de meios e propriedades do Estado.


Além dos problemas relacionados directamente com a segurança, Timor-Leste tem à sua frente outros desafios importantes.

O mais urgente é o da ponderação dos meios financeiros disponíveis para o combate à pobreza.

Caros Senhores e Senhoras,

Como membro do I Governo Constitucional orgulho-me da Lei do Fundo do Petróleo e o mecanismo do seu funcionamento. À época, foi uma solução inteligente, séria e transparente. Mas as circunstâncias mudaram. O Fundo de Petróleo, presentemente, só beneficia o tesouro dos Estados Unidos, a troco de uma remuneração de capitais muito insuficiente. Essa remuneração, aos níveis actuais, aliado a desvalorização do dólar, o que reduz para cerca de 50% o poder de compre do dólar, já nos fez perder centenas de milhão de dólares.

A grande crise financeira e alimentar mundial que vivemos, associada a subida do preço dos combustíveis e dos alimentos de primeira necessidade, estão a afectar milhões de pessoas em todo o Mundo e, em Timor-Leste, ameaçam agravar perigosamente os índices de pobreza, se nada for feito para mudar a situação.

Por isso, o Governo deve iniciar diálogo com as bancadas da oposição para alterar a Lei do Fundo de Petróleo, de maneira tão consensual quanto possível.

É vantajoso para o país, aproveitar os recursos de conhecimento e de experiência do líder da oposição, Dr. Mari Alkatiri, e de outros respeitados ex-Ministros como o Eng. Estanislau da Silva, Dra. Ana Pessoa, Dr. José Teixeira. São patriotas timorenses com profundo conhecimento do dossier do petróleo e também sentem a dor dos pobres.

A reforma do Fundo de Petróleo é indispensável para apetrechar o nosso Estado para as suas grandes prioridades: o combate à pobreza e o impulso a um desenvolvimento sustentado, criador de emprego para os nossos jovens.

O combate à pobreza e o reforço da coesão nacional e social são duas faces do mesmo dever do Estado timorense – promover o desenvolvimento da nossa sociedade e consolidar as instituições.


Excelências,

Para concluir, quero lançar um desafio a todas as forças políticas para o diálogo e para o entendimento. Estou convicto que é possível construirmos a paz à volta das prioridades mais importantes do país e cultivar o entendimento político para afastarmos de nós a pobreza.

Acreditarmos em nós mesmos, no melhor que cada um tem dentro de si, é afinal o verdadeiro desafio.

A Presidência da Republica, para celebrar a Fé e renovar a Esperança nos Timorenses, vai decretar, no dia 20 de Maio, um amplo perdão que beneficiará todos os condenados a penas de prisão, que tiverem bom comportamento prisional. Rogério Lobato será um, de entre os mais de 80 beneficiários do indulto presidencial.

Saber perdoar é uma virtude que nós precisamos de cultivar no nosso coração, bem como sermos humildes e estarmos atentos aos sentimentos dos nossos irmãos.

Vamos consagrar o dia em que foi restaurada a nossa Independência Nacional, como o Dia de Perdão e da Clemência entre os timorenses.

A Presidência da Republica conta com todos na reconstrução da Paz e do Desenvolvimento para a nossa Pátria amada Timor-Leste.


Excelencias

Conheci o valor da dor e da angústia. Senti a vulnerabilidade cruel da realidade humana. Esta experiência leva-me a compartilhar duma forma humana a vulnerabilidade do meu povo.

Mas os acontecimentos também confirmaram, sem qualquer duvida, que o Estado é capaz de funcionar em tempos de crise. Nós não somos um Estado falhado.


Depois do 11/2 nada é igual. Mudamos a página da historia de Timor-Leste. Deus não dividiu o Mar Vermelho perante os Israelitas até a água chegar aos seus narizes.

Estamos no cruzamento onde, enquanto povo de Deus, somos chamados a escolher entre uma dura vitória ou uma simples derrota. Na Bíblia há uma injunção para escolher a vida em vez da morte. Deus disse a Moisés: “Dou-te a escolher entre a vida e a morte, a bênção e o pecado; portanto escolhe a vida.”

O profeta Jeromias recorda-nos que a vontade de Deus é para fazermos “boas acções, justiça e firmeza na terra” Jer 9:24. E o profeta Isaías disse: Aprende a praticar o bem, defende a justiça, ajuda os oprimidos, protege os direitos dos orfaos, defende a causa das viúvas” Isaías 1:17

Temos a nossa terra graças ao sacrifício de muitos que deram as suas vidas, e de muitos outros que ainda hoje encontram-se marcados pelas cicatrizes da guerra e da tortura. Temos a nossa terra, e é nossa para valorizar e proteger. Temos um lugar no palco do mundo como o primeiro estado criado neste milenium. Temos uma terra que, pela graça de Deus, é nossa para amarmos e protegermos. Temos uma terra construída em altos princípios dos direitos humanos e direito internacional.

Mas quase que estivemos para a destruir: Não somente pelos atentados de 11 de Fevereiro contra duas importantes instituições da nação, como também contra o povo que diariamente luta para sair da pobreza, falta de alimentos, enfraquecidos, desempregados.

Recuperamos, através da luta de libertação que custou a vida de muitos irmãos, a terra prometida do povo Maubere, mas desde então perdemos o sentido com violências que custaram a vida de muitos que sobreviveram as atrocidades da ocupação, e nós que fomos escolhidos pelo povo para construirmos uma nação democrática com respeito à dignidade humana e direitos humanos, estamos preocupados com o poder dos partidos em vez do poder do povo.

Se nós hoje revisitarmos os nossos ideais, os ideais que inspiraram a nossa luta pela independência e liberdade, somos de novo chamados a resistir a forças destrutivas.

Para ganharmos a liberdade que é nossa com o nascimento desta nação, devemos diariamente resistir aos poderes internos que destroem ou desvalorizam a grande vitória.

Precisamos engajarmo-nos a resistir qualquer tendência:

Para o abuso do poder, para desvalorizar em vez de construir; Para a corrupção a altos níveis; Para a cultura da violência; Para qualquer tentativa de colocar os interesses dos partidos acima dos valores comuns do povo e da nação; Para a cultura da impunidade que esquece a necessidade das vitimas para a verdade e justiça; Para um espírito de pessimismo ou mesmo de cinismo que aceite o status quo em vez de lutar para valores mais elevados como a reconciliação e paz. Devemos resistir ao espírito derrotista.

Que Deus o Todo Poderoso e o Todo Bondoso nos Abençoe.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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