quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Reunião do Conselho de Ministros Extraordinário de 21 de Fevereiro de 2008

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE

IV Governo Constitucional


COMUNICADO À IMPRENSA

O Conselho de Ministros reuniu-se, extraordinariamente, esta Quinta-feira, 21 de Fevereiro, 2008, na Sala de Reuniões do Conselho de Ministros, no Palácio do Governo, em Díli, e decidiu:

Solicitar a Sua Excelência o Presidente da República em exercício o prolongamento da situação de Estado de Sítio actualmente em vigor.

A situação de acalmia que o país tem vivido nos últimos dias não pode fazer esquecer que os elementos do grupo que atentou gravemente contra a ordem constitucional democrática de Timor-Leste, continuam à solta e impunes.

Timor-Leste afirma-se constitucionalmente como um Estado de Direito Democrático, que se rege pelo primado da Lei e onde impera a Justiça.

A continuação da liberdade deste grupo criminoso prolonga uma situação de ameaça muito séria aos orgãos de soberania e à população em geral que não pode nem deve continuar.

O Governo, através das autoridades policiais e militares e suportado pelas autoridades judiciárias tem vindo a realizar operações de busca dos elementos deste grupo e dos seus cúmplices, operações estas que se devem manter ainda por algum tempo para que possa pôr-se termo de forma total a esta ameaça.

Nesse sentido, o Governo, a quem compete executar as medidas impostas na Declaração de Estado de Sítio decidiu solicitar a Sua Excelência o Senhor Presidente da República que, nos termos legais, decrete o prolongamento do Estado de Sítio.

Conscious Ramos-Horta 'asked about East Timorese'

ABC News
21.02.2008

Posted 2 hours 27 minutes ago
Updated 1 hour 14 minutes ago


Mr Ramos-Horta has undergone five operations since being shot twice. (File photo) (AFP: Monica Napper)

Video: Ramos-Horta regains consciousness (ABC News) The Deputy Prime Minister of East Timor says as President Jose Ramos-Horta regained consciousness after an induced coma, one of his first questions to his family was to ask about the people of East Timor.

Mr Ramos-Horta has undergone five operations since being shot twice in a failed assassination attempt 10 days ago.

The President is aware the rebel leader Alfredo Reinado died in the assassination attempt.

East Timor's deputy Prime Minister, Jose Luis Guterres, has flown to Darwin to see the President's condition first hand.

"In that condition he still remembers the main task and the main purpose for all his entire life - that was fight for the freedom, the democracy and the independence of East Timor," he said.

Mr Ramos-Horta's niece, Melissa Ramos-Horta, spoke to the President this morning.

"I think today he is doing much better - everything is sinking in today," she said.

"But he is happy and just asking for his family and the people of Timor and for us - he just wants the reassurance that everyone is well.

"He is the one lying in bed and he's asking to make sure everyone is well."

Mr Guterres says his country is thankful for the help given by the Australian Government and says he is pleased with the protection offered to Mr Ramos-Horta.

"We are happy that all the measures have been taken by the authorities in Australia - the federal authorities as well as the Northern Territory, so we are very, very happy," he said.


Recovery

Doctors at the Royal Darwin Hospital say Mr Ramos-Horta is recovering well.

Dr Paul Goldrick says the President is in pain but making progress.

"Doctors - myself and surgeons here at the hospital - are very pleased with his steady progress," Dr Goldrick said.

"We expect him to make a full recovery but we think this may take up to several months.

"He is going to remain in an intensive care unit for a period longer - we don't know how long; this may be several weeks."

Meanwhile, the President's guard who was also shot, Lieutenant Sellistino Gomez, has been taken out of intensive care and is now in a general ward.


Tradução:

Consciente, Ramos-Horta 'perguntou pelos Timorenses'

ABC News
21.02.2008

Postado 2 horas 27 minutos atrás
Actualizado 1 hora 14 minutos atrás


O Sr Ramos-Horta sofreu cinco operações por ter sido baleado duas vezes. (File photo) (AFP: Monica Napper)

Video: Ramos-Horta re-ganha a consciência (ABC News) O Vice-Primeiro-Ministro de Timor-Leste diz que quando o Presidente José Ramos-Horta re-ganhou a consciência depois de sair dum coma induzido, uma das primeiras perguntas à família foi perguntar pelas pessoas de Timor-Leste.

O Sr Ramos-Horta sofreu cinco operações desde que foi baleado duas vezes numa tentativa falhada de assassínio há 10 dias atrás.

O Presidente sabe que o líder amotinado Alfredo Reinado morreu na tentativa de assassínio.

O Vice-Primeiro-Ministro de Timor-Leste, José Luís Guterres, voou para Darwin para ver em primeira mão o estado do Presidente.

"Neste estado ele ainda se lembra da tarefa principal e do propósito principal de toda a sua vida – que era a luta pela liberdade, democracia e independência de Timor-Leste," disse.

A sobrinha do Sr Ramos-Horta, Melissa Ramos-Horta, falou esta manhã com o Presidente.

"Penso que hoje ele está muito melhor – tudo está a ir ao sítio hoje," disse ela.

"Mas ele está feliz e a perguntar pela sua família e pessoas de Timor e por nós – ele apenas quer a garantia de que toda a gente está bem.

"É ele quem está de cama e é ele quem pergunta se toda a gente está bem."

O Sr Guterres diz que o seu país está grato pela ajuda dada pelo Governo Australiano e diz que está agradado com a protecção oferecida ao Sr Ramos-Horta.

"Estamos felizes por as autoridades da Austrália terem tomado todas as medidas – as autoridades federais bem como as do Território do Norte, por isso estamos muito, muito felizes," disse ele.


Recuperação

Os médicos no Royal Darwin Hospital dizem que o Sr Ramos-Horta está a recuperar bem.

O Dr Paul Goldrick diz que o Presidente tem dores mas que está a fazer progressos.

"Médicos – eu próprio e os cirurgiões daqui do hospital – estamos muito contentes com o seu progresso constante," disse o Dr Goldrick.

"Esperamos que se recupere totalmente mas pensamos que isso pode levar vários meses.

"Ele vai permanecer numa unidade de cuidados intensivos por um período maior –não sabemos quanto tempo, podem ser várias semanas."

Entretanto, o guarda do Presidente que foi também baleado, Tenente Celestino Gomes, foi tirado do cuidado intensivo e está numa enfermaria geral.

Reunião Nacional dos Ex-Quadros da Resistencia entre 22 e 25 de Fevereiro - Dili

Dili, 21 de Fevereiro de 2008

Decorre em Díli, a partir do dia 22 e até ao dia 25 de Fevereiro, a Reunião Nacional dos Ex-Quadros da Resistência, para encerramento do processo de validação de dados dos Combatentes e Mártires registados, entre 2003 e 2005, pelas Comissões de Veteranos, com o intuito de proceder à última validação dos dados do Registo.

O encontro terá lugar nas instalações do ex-CNRT em Balide.
(em anexo)

Cumprimentos,
Gabinete do Primeiro-Ministro
República Democrática de Timor-Leste
Gabinete de Imprensa


REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE

GRUPO COORDENADOR PARA A EXECUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE
RECONHECIMENTO E VALORIZAÇÃO DA RESISTÊNCIA TIMORENSE

GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
REUNIÃO NACIONAL DE EX-QUADROS DA RESISTÊNCIA TIMORENSE

Comunicado de Imprensa

Díli, 21 de Fevereiro de 2008

Decorre em Díli, a partir do dia 22 e até ao dia 25 de Fevereiro, a Reunião Nacional dos Ex-Quadros da Resistência, para encerramento do processo de validação de dados dos Combatentes e Mártires registados, entre 2003 e 2005, pelas Comissões de Veteranos, com o intuito de proceder à última validação dos dados do Registo

A Lei sobre o Estatuto dos Combatentes da Libertação Nacional privilegia a militância organizada e pressupõe que os Combatentes participaram na luta, integrados e sob orientação das Estruturas da Resistência.

Malgrado as diversas operações de conferência de dados na base, que vêm tendo lugar em todo o País desde finais de 2005, subsistem falsidades no que respeita ao tempo de participação na Luta, ao último Posto/Cargo ocupado e às reais circunstâncias da morte.

Foram convocados à Reunião mais de 200 Ex-Quadros - Antigos Responsáveis ao nível Nacional, Regional, Sub-Regional e das Zonas, tendo sido ainda convidados Ex-representantes de 9 Organizações Independentes da Resistência.

Cumprindo com a Constituição da República Democrática de Timor-Leste e com o Programa do IV Governo Constitucional, vai concretizar-se em 2008 a Valorização da Resistência.

O Estado Timorense irá durante o corrente ano, e pela primeira vez, assegurar protecção social àqueles que dedicaram as suas vidas à luta pela independência e soberania nacional e participaram na Resistência contra a ocupação estrangeira.

À face da Lei sobre o Estatuto dos Combatentes da Libertação Nacional, terão direito a Pensões do Estado: os Combatentes Veteranos da Libertação Nacional, os Combatentes Idosos com mais de 8 anos de participação na luta a tempo inteiro, os Incapacitados para o Trabalho por acidente de guerra e um Familiar por Mártir da Libertação Nacional.

Para dignificar a Resistência e honrar os compromissos do Estado com os Verdadeiros Combatentes e Mártires da libertação nacional, continuamos com a penosa missão de apuramento da verdade, de modo a vir a beneficiar apenas aqueles que, tendo cumprido com a História cumpram a Lei da República Democrática de Timor-Leste.

O Secretário de Estados para os Assuntos dos Combatentes da Libertação Nacional
&
O Presidente da Comissão de Homenagem, Supervisão do Registo e Recursos

COMUNICADO À IMPRENSA - Governo

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
SECRETARIA DE ESTADO DO CONSELHO DE MINISTROS
_________________________________________________________________________


COMUNICADO À IMPRENSA
Díli, 21 de Fevereiro de 2008

No âmbito das operações conjuntas entre as F-FDTL e a PNTL tendentes a cumprir a missão de capturar os rebeldes envolvidos nos atentados de 11 de Fevereiro contra a vida do Presidente da República e do Primeiro Ministro, a mobilização das tropas constituiu a prioridade.

Os primeiros dias serviram também para delinear o plano de acção, criar a estrutura operacional e preparar o apoio logístico e sanitário.

Entretanto, devido à chuva torrencial que ocorreu durante a noite e madrugada, a água de uma ribeira extravasou o seu curso normal, provocando o deslizamento de terras e destruindo diversas habitações em Liquiçá.

Trinta e sete famílias foram gravemente afectadas pelas cheias. Hoje foram identificadas vinte casas que foram destruídas pelas chuvas torrenciais e agora cobertas pela água da ribeira, desalojando mais de cem famílias.

O Ministério da Solidariedade Social enviou já para Liquiçá cem lonas, cinquenta panelas, 2500 latas de sardinha, cinquenta sacas de arroz com 35 kg cada, 1200 pacotes de sumo Frutamin e 250 pacotes de biscoitos.

Num trabalho coordenado entre os ministérios das Infraestruturas e da Solidariedade Social, foi também enviado para Liquiçá equipamento pesado de construção.

Relativamente ao estado de saúde do Presidente José Ramos-Horta, os médicos do Hospital Real de Darwin informaram que continua a sua recuperação gradual. Ontem, ao acordar, dirigiu algumas palavras a familiares que o acompanham. O Presidente continua a descansar, sendo o repouso fundamental para acelerar a sua recuperação.

O Conselho de Ministros, reunido hoje extraordinariamente, decidiu solicitar ao Presidente da República interino o prolongamento do Estado de Sítio por um período adicional de trinta dias.


Paulo Ferraz
Assessor de Imprensa
Secretaria de Estado do Conselho de Ministros

Portugal vê com bons olhos tentativa chinesa de contrabalançar hegemonia australiana - investigador

Lisboa, 21 Fev (Lusa) - A tentativa chinesa de contrabalançar a hegemonia australiana em Timor-Leste agrada a Portugal, considerou o investigador Moisés Silva Fernandes, que hoje lança em Lisboa um livro sobre as relações luso-chinesas, com Macau como pretexto.

"Acho que embora não exista nenhum entendimento formal entre Portugal e a China relativamente a Timor-Leste, Portugal vê com muito bons olhos - não o diz publicamente, mas de forma discreta -, toda esta tentativa chinesa de se aproximar de Timor-Leste para contrabalançar a hegemonia australiana", disse o investigador à Agência Lusa.

Em causa está a recente deslocação de uma importante delegação chinesa a Díli, com propostas de investimentos no valor de 100 milhões de dólares, a que se junta a construção do futuro edifício do Ministério dos negócios Estrangeiros, totalmente financiado por Pequim.

"Todas as iniciativas que a China tem tomado para investir, apesar de muita instabilidade política em Timor-Leste, isso é, em parte, uma resposta e uma tentativa de conter a crescente hegemonia australiana. E, tenho a certeza absoluta, Portugal vê isso com muito bons olhos", acentuou.

Na obra "Confluência de Interesses: Macau nas Relações Luso-Chinesas Contemporâneas 1945/2005", que será lançada hoje em Lisboa, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, Moisés Silva Fernandes fala do relacionamento de Portugal com os dois regimes chineses: o de Chiang Kai-chek, que esteve no poder até 1949, e o da República Popular da China.



"Estávamos condicionados por uma grande questão que era Timor. Portugal tinha de ser muito cuidadoso, porque Timor foi ocupado durante a (Segunda) Guerra Mundial e havia muito receio aqui em Lisboa que Macau fosse também ocupado pelos japoneses e então isso levou a que as autoridades em Macau tivessem uma grande latitude para ceder a muitas das pressões que os japoneses iam fazendo, através dos regimes fantoches que tinham espalhado pela China", sustentou.

Todavia, a guerra civil entre nacionalistas e comunistas conduziu ao abandono dessa tese e comprova para o investigador o carácter "difícil e conflituoso" das relações entre Portugal e a China.

"Foi uma relação muito difícil, extremamente conflituosa, que levou quase ao uso da força", considerou.



"O regime de Mao fez duas sondagens, em 1949-50 e em 1954-55 junto do governo português (para estabelecimento de relações diplomáticas). Os ministérios dos Negócios Estrangeiros, do Ultramar e Colónias e o governo do território de Macau eram geralmente favoráveis ao reconhecimento da República Popular da China, o que significaria o corte com Taiwan. Todavia, (António de Oliveira) Salazar resistiu sempre a isso", assevera.

"Opunha-se, terminantemente, por convicções políticas e também porque achava que Portugal tinha de ter um entendimento com os Estados Unidos nessa questão", continuou.


Moisés Silva Fernandes é director do Instituto Confúcio, que resulta do acordo assinado em Pequim, a 31 de Janeiro de 2007, entre a Universidade de Lisboa, o Conselho Internacional de Língua Chinese (Hanban) e a Universidade de Estudos Estrangeiros de Tianjin.

EL.
Lusa/Fim

Governo pede prolongamento do estado de sítio

Díli, 21 Fev (Lusa) - O Governo de Timor-Leste pediu hoje o prolongamento do estado de sítio actualmente em vigor, em reunião extraordinária de Conselho de Ministros.

"A situação de acalmia que o país tem vivido nos últimos dias não pode fazer esquecer que os elementos do grupo que atentou gravemente contra a ordem constitucional democrática de Timor-Leste continuam à solta e impunes", afirma em comunicado o IV Governo Constitucional.

"A continuação da liberdade deste grupo criminoso prolonga uma situação de ameaça muito séria aos órgãos de soberania e à população em geral que não pode nem deve continuar", lê-se no comunicado sobre os motivos do pedido do Governo liderado por Xanana Gusmão ao Presidente da República interino, Fernando "La Sama" de Araújo.

"O Governo, através das autoridades policiais e militares e suportado pelas autoridades judiciárias tem vindo a realizar operações de busca dos elementos deste grupo e dos seus cúmplices, operações estas que se devem manter ainda por algum tempo para que possa pôr-se termo de forma total a esta ameaça", acrescenta no comunicado, que não precisa o número de dias de prolongamento do estado de sítio.

Um grupo liderado pelo ex-tenente Gastão Salsinha, depois da morte do major Alfredo Reinado, encontra-se fugido desde 11 de Fevereiro, data do duplo ataque contra o Presidente da República, José Ramos-Horta, que foi gravemente ferido a tiro, e o primeiro-ministro, que escapou ileso.

Uma decisão anterior do Conselho de Ministros entregou o controlo das operações a um comando conjunto das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e da Polícia Nacional (PNTL), sob a responsabilidade operacional do brigadeiro-general Taur Matan Ruak e a coordenação do primeiro-ministro e ministro da Defesa, Xanana Gusmão.

Numa mensagem à nação difundida pela televisão timorense desde segunda-feira, Xanana Gusmão anunciou que o comando conjunto das "intervenções operacionais da PNTL e das F-FDTL seria baseado nas respectivas funções e papéis de acordo com as provisões da legislação relevante".

A decisão de criar um comando conjunto timorense, tomada em reunião de 17 de Fevereiro, foi antecedida de consultas ao Presidente da República interino e ao presidente em exercício do Parlamento Nacional e aos membros da mesa da Assembleia, explicou Xanana Gusmão.

Esses dirigentes "deram o acordo para atribuir poderes mais alargados ao Governo para deliberar a resolução" aprovada por Xanana Gusmão segunda-feira sobre a chefia do comando conjunto.

O primeiro-ministro acrescentou, na sua mensagem à nação, que o brigadeiro-general Ruak, chefe do Estado-Maior general das F-FDTL, estabeleceria "uma coordenação com as Forças de Estabilização Internacionais (ISF) e a Polícia das Nações Unidas (UNPol) sobre a forma de resolver os problemas" que o país enfrenta.

O pedido de extensão do estado de sítio, se for aprovado no Parlamento, deverá modificar as horas de recolher obrigatório para o período entre as 22:00 e as 06:00, segundo fonte oficial do Governo.

O estado de sítio foi decretado inicialmente por 48 horas, mas depois foi prolongado por mais dez dias, até 23 de Fevereiro.

Actualmente, o estado de sítio prevê o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00.

PRM
Lusa/fim

NOTA DE RODAPÉ:
´
Pelo menos já se pode jantar fora...

UNMIT – MEDIA MONITORING - Thursday, 21 February 2008

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any conseque6nce resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Report

TVTL News Coverage


Lasama thanks US Ambassador: Acting President Fernando Lasama de Araujo has thanked the United States Government for providing three FBI officers to Timor-Leste to work with the Prosecutor General in investigating the events of 11 February.

“I give my thanks to Ambassador Hans Klemm for the rapid response to the request by Timor-Leste to conduct deeper investigations into the assassination attempts against PR Ramos-Horta PM Xanana,” said Acting President Lasama on Wednesday (20/2) in Palacio das Cinzas Caicoli, Dili.

Military operation against Salsinha cancelled: The Commander of the Defence Forces of Timor-Leste (F-FDTL), Brigadier General Taur Matan Ruak (TMR), confirmed that the operation against Salsinha and his group has been cancelled as they have left Dili.

Commander TMR said that further preparations are needed before continuing the operation.

Commander TMR pointed out that that is was only this operation which was cancelled, and not the entire operation which is still continuing.

“We have cancelled this operation. We know that they have walked away and we need to reassess before continuing the operation. It is useless to go to an empty place,” said Commander TMR. (11/2).

Public Ministry issued request letter to witnesses: The Public Ministry has issued a request letter to four civilians in relation to the assassination attempts against President José Ramos-Horta and Prime Minister Xanana Gusmão. The General Prosecutor, Longuinhos Monteiro, said the requests were based on the investigation conducted so far. To date, sixteen witnesses have given their statement to the Public Ministry. One of the witnesses has been placed under house arrest as they were involved directly in the conspiracy to commit the assassinations on 11 February.

International Secret Agents in TL: The General Prosecutor of Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, has confirmed that three Federal Bureau of Investigation (FBI) officers from the United States of America (USA) and five Australian Federal Police (AFP) officers have arrived in Dili to investigate the conspiracy and attempted assassinations against PR Ramos-Horta and PM Xanana Gusmão.

“The Government has invited them, as Timor-Leste has no forensic capacity and no laboratories to analyse ballistic evidence,” said Mr. Monteiro. Upon the request of the General Prosecutor, the President of Republic is also asking the Government and Australia to provide some crime and forensic investigators.

The US Ambassador to Timor-Leste, Hans George Klemm, also confirmed that the US Government sent three FBI officers to help in the investigations. (STL)

RTL News Coverage

Ireland supports conflict resolution: The State Secretary for the Council of Ministers, Hermenegildo Pereira, confirmed that the Government of Ireland will assist Timor-Leste in the area of conflict resolution. Mr. Pereira said that the Irish Government would focus on education and human resource development. Ireland will send a delegate to Timor-Leste to be responsible for human resource development. “The visit is very important as Ireland is a guest and friend of Timor-Leste. As the Foreign Minster informed, Ireland has made a decision to widen its programs on foreign affairs to include specific areas, such as conflict resolution,” said Mr. Pereira on Wednesday (20/2) in the Government Palace, Dili.

Military operation against Salsinha cancelled: The Commander of the Defence Forces of Timor-Leste (F-FDTL), Brigadier General Taur Matan Ruak (TMR), confirmed that the operation against Salsinha and his group has been cancelled as they have left Dili.

Commander TMR underlined further preparations are needed before continuing the operation. Commander TMR pointed out that that is was only this operation which was cancelled and that the whole investigation was still continuing.

“We have cancelled this operation. We know that they have walked away and we need to reassess before continuing the operation. It is useless to go to an empty place,” said Commander TMR.

As the General Commander for the Joint Operation, Commander TMR had discussed the mechanisms of the operation with the National Police of Timor-Leste and coordinated with the International Stabilization Forces (ISF) and United Nations Police (UNPol.) (11/2).

18 people who stand against the ‘State of Emergency’ released: The Operational Commander of PNTL Mateus Fernandes said that the eighteen people arrested on Monday night for breaching the State of Emergency were released yesterday (20/2) after being detained for 72 hours.

Commander Fernandes said there is no indication that the eighteen people were involved in crimes. The investigation shows that they were protesting against the decision of the Government to impose the ‘State Emergency.’

“They were released as there was no indication that they were involved in anything,” said Commander Fernandes.

‘State of emergency’ targets Fretilin: The Fretilin Member of the National Parliament, Francisco Miranda Branco, has said that Fretilin believes the Government to be committing human rights violations against Fetilin as well as politically persecuting them. This statement was made in relation to the arrest of the former Minister of Mineral Resources and Energy, José Teixeira, in his residence in Taibisse, Dili by PNTL Task Forces. The arrest was conducted without an arrest warrant.

“The Government has begun its political persecution and human rights violations. The arrest has surprised Fretilin and we consider it as political persecution against Fretilin,” said Mr. Miranda on Wednesday (20/2) in Dili.

Print Coverage

Lasama thanks FBI: Acting President Fernando Lasama de Araujo has thanked the United States Government for providing three FBI officers to Timor-Leste to work with the Prosecutor General in investigating the events of 11 February.

“I would like to make clear to the public those who are coming (FBI and AFP) are not part of an international commission. They are experts requested by the State of Timor-Leste to support the General Prosecutor in conducting the investigations,” said Acting President Lasama on Wednesday (20/2) in Palacio das Cinzas Caicoli, Dili. (STL)

USA sends FBI to Timor-Leste: The General Prosecutor of Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, has confirmed that three Federal Bureau of Investigation (FBI) officers from the United States of America have arrived in Dili to investigate the conspiracy and attempted assassinations against PR Ramos-Horta and PM Xanana Gusmão.

Mr. Monteiro said that FBI will stay in Timor-Leste as long as they were requested to by the Public Ministry. (TP)

No more dialogue with Salsinha: National Parliament members have asked Gastão Salsinha and his group to submit themselves to justice as they are the perpetrators of the problems being faced in the country.

MPs have also given their support to the coordination between the F-FDTL, PNTL and ISF to pursue Salsinha and his groups.

“The State is sacred. The position of Fretilin is that we will no longer pursue dialogue with the people who want to destroy the State,” said Fretilin member of NP David Dias Ximenes.

ISF starts operation in Manufahi: The International Stabilisation Force (ISF), comprised of Australian and New Zealand Forces, on Monday (18/2) started their operation to search for the suspects involved in the assassination attempts against PR Horta and PM Xanana.

Even though the population is uneasy with the presence of the international forces, they are happy with the State of Emergency and know that the ISF is protecting them by providing security.

“The ‘State of Emergency’ could bring us peace in this nation,” said Almerio Oliveira, a Youth Council member of Manufahi in Manufahi. (TP)

F-FDTL and PNTL implement ‘State of Emergency’ professionally: The Deputy President of National Parliament, Maria Paixão, has observed that the F-FDTL and PNTL have conducted themselves professionally during the implementation of the State of Emergency. (DN)
Military operations against Salsinha cancelled: The Commander of the Defence Forces of Timor-Leste (F-FDTL), Brigadier General Taur Matan Ruak (TMR), confirmed that the operation against Salsinha and his group has been cancelled.

“We have cancelled this operation. Cancelling does not mean that the overall operation has stopped.” said Commander TMR on Wednesday (20/2) in Palacio das Cinzas Caicoli, Dili after briefing the Acting President Fernando Lasama

Regarding the extension of the ‘State of Emergency,’ TMR said that any extension is the decision of the Council of Ministers. (DN)


Tradução:

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA – Quinta-feira, 21 Fevereiro 2008

"A UNMIT não assume qualquer responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das traduções. A selecção dos artigos e do seus conteúdo não indicam apoio ou endosso pela UNMIT seja de forma expressa ou implícita. A UNMIT não será responsável por qualquer consequência resultante da publicação, ou da confiança em tais artigos e traduções."

Relatos dos Media Nacionais

TVTL Cobertura de Notícias


Lasama agradece ao embaixador dos USA: O Presidente interino Fernando Lasama de Araujo agradeceu ao Governo dos Estados Unidos por ter enviado três oficiais do FBI para Timor-Leste para trabalharem com o Procurador-Geral na investigação dos eventos de 11 de Fevereiro.

“Dei os meus agradecimentos ao Embaixador Hans Klemm pela resposta rápida ao pedido de Timor-Leste para conduzir investigações mais profundas às tentativas de assassínio contra o PR Ramos-Horta e PM Xanana,” disse o Presidente interino Lasama na Quarta-feira (20/2) no Palácio das Cinzas Caicoli, Dili.

Operação militar contra Salsinha cancelada: O Comandante das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Brigadeiro General Taur Matan Ruak (TMR), confirmou que a operação contra Salsinha e o seu grupo tinha sido cancelada dado que eles tinham saído de Dili.

O Comandante TMR disse que são precisos mais preparativos antes de continuarem a operação.

O Comandante TMR apontou que foi apenas esta operação que for a cancelada e não a operação completa que continua ainda.

“Cancelámos esta operação. Sabemos que eles se foram embora e precisamos de avaliar novamente antes da operação continuar. É inútil ir a sítios vazios,” disse o Comandante TMR. (11/2).

Ministério Público emitiu convocatórias a testemunhas: O Ministério Público emitiu uma convocatória a quarto civis em relação às tentativas de assassínio contra o Presidente José Ramos-Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão. O Procurador Geral, Longuinhos Monteiro, disse que as convocatórias estavam baseadas na investigação conduzida até agora. Até hoje, dezasseis testemunhas fizeram os seus depoimentos ao Ministério Público. Uma das testemunhas foi colocada em prisão domiciliária dado que esteve envolvida directamente na conspiração para cometer os assassínios em 11 de Fevereiro.

Agentes Secretos Internacionais em TL: O Procurador-Geral de Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, confirmou que três agentes do FBI dos Estados Unidos da América e cinco oficiais da Polícia Federal Australiana chegaram a Dili para investigar a conspiração e tentativas de assassínio contra o PR Ramos-Horta e PM Xanana Gusmão.

“O Governo convidou-os dado que Timor-Leste não tem capacidades judiciais e nenhum laboratório para analisar evidência balística,” disse o Sr. Monteiro. A pedido do Procurador-Geral, o Presidente da República está ainda a pedir ao Governo e à Austrália para fornecerem alguns investigadores de crime e judiciais.

O embaixador dos USA em Timor-Leste, Hans George Klemm, confirmou também que o Governo dos USA enviou três agentes do FBI para ajudar nas investigações. (STL)

RTL Cobertura de Notícias

Irlanda apoia resolução do conflito: O Secretário do Estado para o Conselho de Ministros, Hermenegildo Pereira, confirmou que o Governo da Irlanda vai assistir Timor-Leste na área da resolução de conflitos. O Sr. Pereira disse que o Governo Irlandês se vai focar na educação e desenvolvimento de recursos humanos. A Irlanda vai mandar uma delegada para Timor-Leste para ser responsável pelo desenvolvimento dos recursos humanos. “A visita é muito importante dado que a Irlanda é visita e amiga de Timor-Leste. Como informou o Ministro dos Estrangeiros, a Irlanda tomou a decisão de abrir os seus programas de negócios estrangeiros para incluir áreas específicas, como resolução de conflitos,” disse o Sr. Pereira na Quarta-feira (20/2) no Palácio do Governo, Dili.

Operação Militar contra Salsinha cancelada: O Comandante das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Brigadeiro General Taur Matan Ruak (TMR), confirmou que a operação contra Salsinha e o seu grupo foi cancelada dado que saíram de Dili.

O Comandante TMR sublinhou que são precisos mais preparativos antes de continuar a operação. O Comandante TMR apontou que foi apenas esta operação que foi cancelada e que a investigação total continua.

“Cancelámos esta operação. Sabemos que eles se foram embora e precisamos de avaliar novamente antes de continuarmos a operação. É inútil ir a sítios vazios,” disse o Comandante TMR.

Como Comandante Geral da Operação Conjunta, o Comandante TMR discutiu os mecanismos da operação com a Polícia Nacional de Timor-Leste e coordenou com a ISF e UNPol. (11/2).

Libertadas 18 pessoas que estiveram contra o estado de emergência: O Comandante Operacional da PNTL Mateus Fernandes disse que as 18 pessoas presas na Segunda-feira à noite por quebrarem o estado de emergência foram ontem libertadas (20/2) depois de terem estado 72 horas detidas.

O Comandante Fernandes disse que não havia qualquer indicação que os 18 tenham estado envolvidos em crimes. A investigação mostra que estavam a protestar contra a decisão do Governo de impor o estado de emergência.

“Foram libertadas por não haver nenhuma indicação de estarem envolvidas em nada,” disse o Comandante Fernandes.

‘Estado de emergência visa a Fretilin: O deputado da Fretilin, Francisco Miranda Branco, disse que a Fretilin acredita que o Governo está a cometer violações aos direitos humanos contra a Fretilin como está também a persegui-la politicamente. Esta declaração foi feita em relação à prisão do antigo Ministro dos Recursos Minerais e Energia, José Teixeira, na sua residência em Taibisse, Dili pela Task Force da PNTL. A prisão foi feita sem mandato de captura.

“O Governo começos com perseguição política e violações dos direitos humanos. A prisão surpreendeu a Fretilin e consideramos que isto foi perseguição política contra a Fretilin,” disse o Sr. Miranda na Quarta-feira (20/2) em Dili.

Cobertura impressa

Lasama agradece ao FBI: O Presidente interino Fernando Lasama de Araujo agradeceu ao Governo dos Estados Unidos por ter enviado três agentes do FBI para Timor-Leste para trabalharem com o Procurador-Geral na investigação dos eventos de 11 de Fevereiro.

“Gostaria de deixar claro à população que os agentes que estão a chegar (FBI e AFP) não fazem parte duma comissão internacional. São peritos requisitados pelo Estado de Timor-Leste para apoiar o Procurador-Geral na condução das investigações,” disse o Presidente interino Lasama na Quarta-feira (20/2) no Palácio das Cinzas Caicoli, Dili. (STL)

USA manda o FBI para Timor-Leste: O Procurador-Geral de Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, confirmou a chegada de três agentes do FBI dos Estados Unidos da América para investigar a conspiração e tentativas de assassínio contra o PR Ramos-Horta e o PM Xanana Gusmão.

O Sr. Monteiro disse que o FBI ficará em Timor-Leste conforme forem requisitados pelo Ministério Público. (TP)

Não mais diálogo com Salsinha: Deputados do Parlamento Nacional pediram a Gastão Salsinha e ao seu grupo para se entregarem à justiça dado que são perpetradores dos problemas que o país enfrenta.

Os deputados deram também o seu apoio à coordenação entre F-FDTL, PNTL e ISF para procurarem Salsinha e o seu grupo.

“O Estado é sagrado. A posição da Fretilin é que não prosseguirá diálogo com as pessoas que querem destruir o Estado,” disse o deputado da Fretilin David Dias Ximenes.

ISF começa operação em Manufahi: A ISF, que engloba tropas Australianas e da Nova Zelândia, começou na Segunda-feira (18/2) as operações para procurar os suspeitos envolvidos nas tentativas de assassínio contra PR Horta e PM Xanana.

Mesmo apesar da população estar incomodada com a presença das tropas internacionais, está feliz com o estado de emergência e sabe que a ISF as protege dando-lhes segurança.

“O estado da emergência pode trazer paz a esta nação,” disse Almerio Oliveira, um membro do Conselho da Juventude de Manufahi em Manufahi. (TP)

F-FDTL e PNTL implementam profissionalmente o estado de emergência: O Vice- Presidente do Parlamento Nacional, Maria Paixão, observou que a F-FDTL e PNTL conduziram-se profissionalmente durante a implementação do estado de emergência. (DN)

Operações Militares contra Salsinha canceladas: O Comandante da F-FDTL, Brigadeiro General Taur Matan Ruak (TMR), confirmou que a operação contra Salsinha e o seu grupo foi cancelada.

“Cancelámos esta operação. Cancelar não quer dizer que toda a operação parou.” Disse o Comandante TMR na Quarta-feira (20/2) no Palácio das Cinzas Caicoli, Dili depois de informar o Presidente interino Fernando Lasama

Sobre o prolongamento do estado de emergência, TMR disse que qualquer prolongamento é decisão do Conselho de Ministros. (DN)

Que políticos estiveram com Reinado na véspera dos ataques?

Quando as ISF se "encontraram" com o grupo de Reinado há uma semanas atrás este estava com os deputados Fernando Gusmão (PSD), Adriano Nascimento (PD) e Francisco de Araújo (ASDT).

E agora com quem se encontrou Reinado na véspera dos ataques? Segundo fonte próxima de Angela Pires, que também esteve com Reinado na véspera, ela terá dito que "Reinado pode morrer amanhã".

Suspeitava de alguma emboscada a Reinado, sabia dos ataques?...

Ramos Horta ainda não falou sobre atentado - irmã

Lisboa, 21 Fev (Lusa) - O presidente de Timor-Leste continua a "recuperar bem", pergunta pela família e amigos, mas ainda não falou sobre o ataque que sofreu a 11 de Fevereiro, em Díli, disse hoje à Lusa uma irmã de José Ramos-Horta.

“Ele está como ontem [quarta-feira]. A recuperar bem, não tem febre e tem uma voz mais clara”, contou Romana Horta, salientando que o presidente timorense ainda não falou nem perguntou nada sobre o ataque de que foi vítima a 11 de Fevereiro, em Díli, em que foi gravemente ferido a tiro.

De acordo com Romana Horta, o presidente timorense apenas pergunta por amigos e familiares.

“Ele fica é com os olhos muito assustados quando houve algum barulho ou ruído maior. Contudo, não fala sobre o acidente e nós também não perguntamos”, referiu, acrescentando que o presidente está acompanhado pela mãe, por um irmão e pelo cunhado João Carrascalão.

Um duplo atentado visou a 11 de Fevereiro o primeiro-ministro Xanana Gusmão, que escapou ileso, e o presidente e prémio Nobel da Paz, José Ramos-Horta, que ficou gravemente ferido e teve de ser transferido para um hospital de Darwin, na Austrália.

O Royal Darwin Hospital salientou hoje, no último boletim médico sobre o presidente timorense, que Ramos-Horta está a "acordar lentamente da sedação e disse algumas palavras aos seus familiares".

Os médicos dizem também que Ramos-Horta deverá continuar na unidade de cuidados intensivos por mais tempo e provavelmente será submetido a "outra cirurgia menor".

Ramos-Horta foi submetido a uma primeira intervenção cirúrgica ainda em Díli e já foi operado quatro vezes no hospital de Darwin.

Os médicos australianos têm-se mostrado confiantes na recuperação total de Ramos-Horta, admitindo que venha a ter alta hospital dentro de três semanas e uma recuperação total no prazo de seis meses.

Em relação ao tenente Celestino Gomes, também ferido no ataque à casa do presidente e igualmente hospitalizado em Darwin, o boletim médico divulgado hoje adianta que continua estável e deverá permanecer naquela unidade durante algum tempo.

O major Alfredo Reinado e um elemento do seu grupo, que estavam fugidos à justiça, foram mortos no ataque à residência do presidente timorense.

Pouco depois deste ataque, o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, escapou ileso a uma emboscada quando se dirigia da sua residência em Balíbar para Díli.

Na sequência dos ataques, foi decretado o estado de sítio em Timor-Leste, com recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00, medida que estará em vigor até 23 de Fevereiro.

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Lusa/Fim

Sobre o Relatório da Investigação preliminar da ONU

No seguimento das notícias da LUSA que revelam o conteúdo do Relatório de Investigação preliminar da ONU e datado de dia 12 de Fevereiro, no dia seguinte aos ataques, aparecem na imprensa portuguesa os seguintes títulos:

Reinado terá sido morto depois Horta ser baleado
JN, 21/02/08

ONU confirma ligação de ataques a Ramos-Horta e Xanana Gusmão
DN, 21/02/08

Ataques visavam matar Xanana e Ramos-Horta, diz a ONU
Público, 21.02.2008

À luz das investigações realizadas nos dias seguintes aos ataques, muitos outros factos chegaram a público que contradizem alguns dados deste relatório:

Reinado foi morto depois de Ramos-Horta ser baleado, a suposta intenção dos atacantes afinal era raptar Xanana e Ramos-Horta, enfim... baralha e volta a dar.

A confusão continua a mesma e urge um esclarecimento dos investigadores, nomeadamente da UNPOL sobre o que já foi apurado até à data e que pode ser tornado público.

Senão correm o risco de serem acusados de terem "libertado" este relatório confidencial apenas para distrair a opinião pública de algo que se anda a passar.

Tal como, que grupo de políticos esteve com Reinado na véspera dos ataques e como é que este se dirigiu a casa de Ramos-Horta num dos carros desssas pessoas, porque razão Matan Ruak suspendeu ou cancelou as operações das FDTL na busca dos suspeitos, e outras mais que continuam sem resposta.

Gusmao driver tells of headlong flight from ambush

The Australian - Thursday, February 21, 2008
Paul Toohey

DILI -- ADOLFO Suarez dos Santos, Xanana Gusmao's driver since 2002, has no doubt the men who ambushed his boss last week had lethal intentions. The two bullets that lodged in the back of his seat proved that much.

Mr dos Santos has revealed for the first time how he got the East Timor Prime Minister out of harm's way as his motorcade came under heavy fire from four angles by ramming the vehicle in front, tearing down the hill on three tyres and later marching his boss through the jungle to safety.

Speaking to The Australian, he said at about 6.15am last Monday, one of the Prime Minister's advisers, Joaquim Fonseca, called to say that President Jose Ramos Horta's compound was under attack.

Mr Fonseca, who lives near the Ramos Horta villa east of Dili, wanted to warn Mr Gusmao, who lives in Balibar, about 10km up a winding, narrow road in the hills above the capital. But Mr Gusmao decided he would head to his Dili office regardless.

``We readied the cars to go down the hill,'' Mr dos Santos said.

``We heard the shooting. The car in front of us stopped and blocked the road for the Prime Minister's car as the guard returned fire out of his side window. The Prime Minister was trapped behind this car and couldn't get out.''

The attack was aimed mainly at the Prime Minister's car, he said. ``I was working out how to get out of there. I straightened up my car (and) rammed the vehicle in front, which was blocking my way. I hit it hard.''

Mr dos Santos said Mr Gusmao was calm. ``He was just saying, `Take off, go'. The ambushers were positioned in four points on either side of the road. When they saw no one had died inside our vehicle, they started firing low. The front left tyre was shot out as they got past the car in front.

``I could not know how many shots hit the car. Two bullets hit my back seat but didn't go all the way through. The back window was shattered. They were trying to kill me, but they couldn't do it.''

Mr dos Santos said the Prime Minister's car was not fitted with bullet-proof windows. He said Mr Gusmao also never carried a telephone. His own phone battery was too low to call out but even if he could have called, his priority was to get Mr Gusmao to Dili.

They drove the crippled Toyota Prado about 6km down to a spot called Fatunabo, where Mr dos Santos declared the 4WD could go no further. He hailed a truck loaded with people. ``I said to the driver, `Please take the Prime Minister and us to Dili','' he said.

But Mr dos Santos was still worried about the possibility of an ambush on a bend just ahead and realised they might be placing the truck passengers in danger. They asked the truck to take the bend and wait for them on the other side of a valley.

Mr Gusmao, Mr dos Santos and the armed guard walked for about 1km through the jungle as people emerged from scattered shacks and started following them. ``The Prime Minister told them to return to their homes and stay there,'' Mr dos Santos said.

``They said, `Yes, brother'.''

The third vehicle in the convoy had returned to the Prime Minister's residence, where Mr Gusmao's Australian-born wife, Kirsty Sword-Gusmao, and their three children had also been under attack.

The fourth vehicle from the convoy arrived and collected the three men from the roadside. They told the waiting truck they would not need their help and drove to Dili, where Mr Gusmao walked straight into security meetings.

Mr dos Santos did not have time to examine how many bullets Mr Gusmao's car took.

The Australian briefly inspected it before being ordered away and it did not appear to be riddled. But Prosecutor-General Longuinhos Monteiro said the vehicles in the convoy took about 45 bullets, most of them aimed at Mr Gusmao's car.

He said Major-General Alfredo Reinado's second-in-command, Lieutenant Gastao Salsinha, who has strongly denied any involvement, had been positively identified in the events at Balibar.

Mr Monteiro said minutes before the ambush, Lieutenant Salsinha and another rebel had approached Mr Gusmao's residence and pointed their weapons at the police guard
. Mr Monteiro said the guard said to them: ``If you take my weapon, you must kill me.''

``They asked, `Where is the Prime Minister?' They said the Prime Minister had already left. Salsinha seemed to want to go in the back of the house, asking where the Prime Minister's wife and kids were. Suddenly, he turned back and fired once in the air.

What did this mean? It was a signal to the men below to ambush.

``Our conclusion is that if Salsinha had found the Prime Minister in the house, he would have taken him alive. But because he had already left, the decision was to kill him.''

Mr Monteiro also said 11 men, including Reinado, had gone to Mr Ramos Horta's house -- seven with rifles, one with a pistol and three who were possibly drivers. He said there was evidence of 75 shots being fired in the presidential compound but they were ``still counting''.

Reinado was killed in the exchange, which left Mr Ramos Horta fighting for his life in a Darwin hospital.


Tradução:


Condutor de Gusmão conta fuga precipitada depois da emboscada

The Australian – Quinta-feira, Fevereiro 21, 2008
Paul Toohey


DILI -- ADOLFO Suarez dos Santos, condutor de Xanana Gusmão desde 2002, não tem dúvidas que os homens que emboscaram o seu patrão na semana passada tinham intenções letais. As duas balas alojadas nas traseiras do seu assento provam isso mesmo.

O Sr dos Santos revelou pela primeira vez como é que ele tirou o Primeiro-Ministro de Timor-Leste do caminho do perigo quando a sua caravana ficou debaixo de fogo pesado vindo de quarto ângulos ao bater no carro da frente, rasgando monte abaixo em três pneus e mais tarde encaminhando o seu patrão através do mato para a segurança.

Falando ao The Australian, ele disse que por volta das 6.15 am na última Segunda-feira, um dos conselheiros do Primeiro-Ministro, Joaquim Fonseca, lhe ligou a dizer que o complexo do Presidente José Ramos Horta estava sob ataque.

O Sr Fonseca, que vive perto da casa de Ramos Horta a leste de Dili, queria avisar o Sr Gusmão, que vive em Balibar, a cerca de 10 km por uma estrada sinuosa e estreita nos montes acima da capital. Mas o Sr Gusmão decidiu que iria para o seu gabinete em Dili, sem levar isso em consideração .

``Preparámos os carros para descer o monte,'' disse o Sr dos Santos.

``Ouvimos os tiros. O carro que estava à nossa frente parou e bloqueou a estrada para o carro do Primeiro-Ministro quando os guardas responderam com fogo da janela do seu lado. O Primeiro-Ministro estava apanhado numa cilada por detrás deste carro e não pode sair.''

O ataque visava principalmente o carro do Primeiro-Ministro, disse. ``Eu estava a trabalhar para sair de lá. Endireitei o meu carro (e) bati no veículo à frente, que estava a bloquear o meu caminho. Bati-lhe com força.''

O Sr dos Santos disse que o Sr Gusmão estava calmo. ``Ele apenas dizia, `Arranca, vai'. Os que faziam a emboscada estavam posicionados em quarto pontos em ambos os lados da estrada. Quando viram que não tinha morrido ninguém dentro do nosso veículo, começaram a disparar baixo. O pneu esquerdo da frente foi atingido quando ultrapassaram o carro à frente.

``Não podia saber quantos tiros atingiram o carro. Duas balas atingiram a parte detrás do meu assento mas não o atravessaram. O vidro detrás ficou partido. Estavam a tentar matar-me, mas não o conseguiram.''

O Sr dos Santos disse que o carro do Primeiro-Ministro não tinha janelas à prova de bala. Disse que o Sr Gusmão também nunca andava com telefone. A bateria do seu próprio telefone estava tão em baixo para ele ligar mas que mesmo que pudesse ter ligado, a sua prioridade era pôr o Sr Gusmão em Dili.

Eles guiaram o acidentado Toyota Prado cerca de 6 km para baixo até um local chamado Fatunabo, onde, declarou o Sr dos Santos o 4WD já não podia continuar. Ele mandou parar um camião cheio de gente. ``Disse ao motorista, `Por favor leve o Primeiro-Ministro e a nós para Dili','' disse.

Mas o Sr dos Santos estava ainda preocupado com a possibilidade duma emboscada numa curva mesmo à frente e percebeu que podia colocar em risco os passageiros do camião. Pediram ao camião para fazer a curva e que esperasse por eles no outro lado do vale.

O Sr Gusmão, o Sr dos Santos e o guarda armado caminharam durante cerca de 1 km através do mato enquanto pessoas emergiam de cabanas dispersas e começaram a segui-los. ``O Primeiro-Ministro disse-lhes para voltarem para as suas casas e ficarem lá,'' disse o Sr dos Santos.

``Disseram, `Sim, irmão'.''

O terceiro veículo na caravana tinha regressado para a residência do Primeiro-Ministro, onde a mulher Australiana do Sr Gusmão, Kirsty Sword-Gusmão, e os seus três filhos tinham estado também sob ataque.

O quarto veículo da caravana chegou e recolheu os três homens da beira da estrada. Disseram ao camião que esperava que não precisavam de ajuda e guiaram para Dili, onde o Sr Gusmão foi direito para encontros de segurança.

O Sr dos Santos não teve tempo de examinar quantas balas entraram no carro do Sr Gusmão.

The Australian examinou-o brevemente antes de ser mandado embora e ele não parecia ter sido perfurado. Mas o Procurador-Geral Longuinhos Monteiro disse que os veículos da caravana tinham sido perfurados por cerca de 45 balas, a maioria delas visando o carro do Sr Gusmão.

Ele disse que o segundo em comando do Major-General Alfredo Reinado, Tenente Gastão Salsinha, que negou fortemente qualquer envolvimento, tinha sido identificado positivamente, nos eventos em Balibar.

O Sr Monteiro disse que minutos antes da emboscada, o Tenente Salsinha e um outro amotinado se tinham aproximado da residência do Sr Gusmão e apontado as suas armas ao guarda da polícia. O Sr Monteiro disse que o guarda disse a eles: ``Se tiram a minha arma, têm de me matar.''

``Eles perguntaram, `Onde está o Primeiro-Ministro?' Eles disseram que o Primeiro-Ministro já tinha partido. O Salsinha pareceu que queria ir à parte traseira da casa, perguntando onde estavam a mulher e os miúdos do Primeiro-Ministro. De repente, ele voltou para trás e disparou um tiro para o ar.

O que é que isto significa? Isto era um sinal para os homens em baixo (fazerem) a emboscada.

``A nossa conclusão é que se Salsinha tivesse encontrado o Primeiro-Ministro em casa, teria levado ele vivo. Mas como ele já tinha saído, a decisão foi matá-lo.''

O Sr Monteiro disse também que 11 homens, incluindo Reinado, tinham ido à casa do Sr Ramos Horta – sete com espingardas, um com uma pistola e três que possivelmente eram condutores. Disse que havia evidência de terem sido disparados 75 tiros no complexo presidencial mas que estavam ``ainda a contar''.

Reinado foi morto na troca de tiros que deixou o Sr Ramos Horta a lutar pela sua vida num hospital de Darwin.

NOTA DE RODAPÉ:

Engraçado o que Longuinhos Monteiro vê que os militares não conseguem ver... Tantos furos de balas "invisíveis"...

E afinal Salsinha foi antes da emboscada a casa de Xanana? Mas afinal não foi ele que atacou Xanana?...

UN guards `scared to help shot president'

The Australian - Thursday, February 21, 2008
Paul Toohey

AS Jose Ramos Horta regains consciousness and breathes without the assistance of machines in a Darwin hospital, his most senior adviser has told for the first time of his anger at armed UN guards for refusing to assist the East Timor President after he had been shot.

Paolo Remedios missed a call from Mr Ramos Horta at 6.55am on the day the President was shot. At 6.58am, Mr Ramos Horta's brother Arsenio, who was hiding inside the compound, called Mr Remedios to say he had heard his brother had been shot.

At 7.04am, the President called Mr Remedios again as he lay face down on the ground outside his compound. This time he got through. He asked to be rescued.

Mr Remedios said the President's voice was clear and firm. The adviser immediately called the Australian-led International Stabilisation Force and spoke to ``a very senior person'' asking for a helicopter and support but ``they didn't ever show up''.

Mr Remedios left home at 7.07am and came upon two UN vehicles parked several hundred metres from the compound, in earshot of the firing.

He said he asked the UN officers to accompany him to the President but ``they refused to follow me''.

``There were several officers of different nationalities, sitting there, talking on their radios, afraid to go in with me,'' Mr Remedios said. ``They were cowards.''

Mr Remedios arrived at Mr Ramos Horta's villa to find the President lying face down and Arsenio holding the wound on his brother's right side. There was one F-FDTL (army) guard standing by the President, but otherwise the vicinity was quiet.

Mr Remedios, Arsenio Horta and the President's niece Ducle Horta Lemos began trying to shift the President into his vehicle. At that point, a Portuguese GNR (riot police) squad, followed by an ambulance and Timorese police, arrived. The UN police had still not come.

Mr Remedios questioned why the ISF never showed up at the scene, given its job was to provide security and stability.

Ms Horta Lemos said the President remained conscious the whole time. She travelled with him in the ambulance where he said twice: ``Why did you shoot me?''

Mr Remedios said Mr Ramos Horta was now ``in very good condition''.

``He has opened his eyes and he's conscious, moving in and out of sleep,'' he said.



Tradução:

Guardas da ONU `com medo de ajudar o presidente baleado'

The Australian – Quinta-feira, Fevereiro 21, 2008
Paul Toohey

Enquanto José Ramos Horta re-ganha a consciência e respire sem a assistência de máquinas num hospital em Darwin, o seu conselheiro de topo falou pela primeira vez da sua raiva por guardas armados da ONU se terem recusado assistir o Presidente de Timor-Leste depois dele ter sido baleado.

Paulo Remédios falhou uma chamada do Sr Ramos Horta às 6.55 am no dia em que o Presidente foi baleado. Às 6.58 am, o irmão do Sr Ramos Horta, Arsénio, que estava Escondido dentro do complexo, ligou ao Sr Remédios a dizer que tinha ouvido dizer que o irmão tinha sido baleado.

Às 7.04 am, o Presidente ligou outra vez ao Sr Remedios quando estava deitado de cara para o chão no exterior do seu complexo. Desta vez ele recebeu a chamada. Ele pedia para ser salvo.

O Sr Remédios disse que a voz do Presidente era clara e firme. O conselheiro ligou imediatamente para a chamada Força Internacional de Estabilização liderada pelos Australianos e falou com ``uma pessoa de topo'' pedindo um helicóptero e apoio mas ``eles nem sequer apareceram''.

O Sr Remédios saiu da casa às 7.07 am e chegou até dois veículos da ONU estacionados a várias centenas de metros do complexo, donde se podia ouvir os tiros.

Disse que pediu aos oficiais da ONU para o acompanharem até ao Presidente mas ``eles recusaram-se a acompanhar-me''.

``Havia vários oficiais de nacionalidades diferentes, lá sentados, a falar nos seus rádios, com medo de irem comigo,'' disse o Sr Remédios. ``Eles foram cobardes.''

O Sr Remédios chegou à casa do Sr Ramos Horta e encontrou o Presidente deitado de cara para o chão e Arsénio a segurar os ferimentos do lado direito do seu irmão. Havia um guarda das F-FDTL (forças armadas) em pé ao lado do Presidente, mas nas proximidades tudo estava quieto.

O Sr Remédios, Arsénio Horta e a sobrinha do Presidente Ducle Horta Lemos começaram a tentar mudar o Presidente para dentro do seu veículo. Nessa altura, chegou uma equipa da GNR Portuguesa (polícia anti-motin), seguida por uma ambulância e a polícia Timorense. A polícia da ONU não tinha ainda vindo.

O Sr Remédios questionou porque é que a ISF nunca foi ao local, dado que o seu trabalho é providenciar segurança e estabilidade.

A Srª Horta Lemos disse que o Presidente se manteve consciente todo o tempo. Ela viajou com ele na ambulância onde ele disse duas vezes: ``Porque é que disparas contra mim''

O Sr Remédios disse que agora o Sr Ramos Horta estava ``numa condição muito boa''.

``Ele abriu os olhos e está consciente, entrando e saindo do sono,'' disse.

NOTA DE RODAPÉ:

Quando ouvimos o relato da equipa do INEM, o enfermeiro disse terem encontrado uma pessoa no chão ferida, que lhe deram os primeiros cuidados e que só depois o viraram e se aperceberam que se tratava do Presidente Ramos-Horta.

Como seria isso possível se quer o irmão e a sobrinha de Ramos-Horta lá estavam, assim como Paulo Remédios e um militar das FDTL?

Ou chegaram depois da GNR?

O Exército de Timor

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Passaram dez dias... e todos os suspeitos continua...":

Das duas uma: ou TMR recebeu ordens do comandante supremo Lasama para cancelar as operações, o que não faz sentido porque ainda há poucos dias ele disse precisamente o contrário, ou "recebeu" interferências dos "ISF", com a cumplicidade de alguém altamente colocado na hierarquia do Estado timorense.

Inclino-me mais para a segunda hipótese.

Lembram-se daqueles dois jornalistas que tentaram ir para Dare? E dos soldados australianos que os detiveram ilegalmente e lhes apreenderam os passaportes, os telemóveis e as máquinas fotográficas?

Alguém imagina estes invasores prepotentes a permitir que as FFDTL tenham autonomia para desenvolver as operações que entenderem? Em Timor-Leste só pode haver um exército e esse exército é... o australiano.

Mais perguntas

Fizeram uma comparacao entre as balas que encontrarm no corpodo Presidente com as da arma do Reinado?

D.

***

Porque é que veio a FBI?

R.: Provavelmente para ajudar os amigos australianos, e Xanana Gusmão, a "provarem" uma versão oficial.

Cada vez se afasta mais a hipótese de uma investigação independente.

Presidente Ramos-Horta regista melhoras

Gabinete da Presidência da República

Os médicos que assistem o Presidente José Ramos-Horta no Hospital Real de Darwin informaram que o presidente continua a sua recuperação gradual.

Ontem, ao acordar, dirigiu algumas palavras a familiares que o acompanham. O Presidente continua a descansar, sendo o repouso fundamental para acelerar a sua recuperação.

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Xanana Gusmão quer prolongar estado de sítio": ~

"Xanana Gusmão explicou que o seu Executivo vai propor o prolongamento do estado de sítio até que os "objectivos sejam alcançados""

Recordemos uma entrevista de Salsinha a Adelino Gomes, em 8-6-2006:

"AG - Está optimista à resolução do problema [peticionários]?

S - Estou. Tenho certeza de que pode ser resolvido. Mas penso que só através do Presidente da República [Xanana].

AG - Também defende que o primeiro ministro [Alkatiri] deve ser demitido?

S - Seria melhor ele demitir-se para alguém ir, por ele, resolver o problema.

AG - Quanto tempo dá a Xanana para isso?

S - Está nas medidas de emergência: 30 dias.

Irlanda disposta a acolher rebeldes timorenses - "La Sama" de Araújo

Díli, 21 Fev (Lusa) - A Irlanda manifestou-se pronta para acolher os soldados rebeldes timorenses com o objectivo de resolver a crise em Timor-Leste, assegurou hoje o presidente interino Fernando "La Sama" de Araújo.

Esta oferta foi feira pelo ministro irlandês dos Negócios Estrangeiros, Dermot Ahern, de visita a Díli, indicou Fernando "La Sama" de Araújo, que substitui temporariamente na liderança de Timor-Leste o presidente, José Ramos Horta, gravemente ferido a tiro.

“Ele (Ahern) disse que estavam prontos para receber os peticionários”, afirmou aos jornalistas "La Sama" de Araújo.

A Irlanda vai acolher os soldados amotinados que “desejem iniciar uma nova vida, como por exemplo no sector privado”, acrescentou o presidente interino timorense.

Um terço dos efectivos (peticionários) do exército timorense, cerca de 600 pessoas, desertou em 2006 dizendo-se vítima de discriminação.

A reintegração na sociedade dos militares amotinados tem constituído um problema desde então e um núcleo duro desses soldados é acusado de destabilizar o país.

A República da Irlanda pensa poder inspirar-se na sua experiência de resolução de conflitos na Irlanda do Norte para ajudar Timor-Leste.

Timor-Leste faz parte de um grupo de nove países prioritários aos quais Dublin garante a sua assistência.

Depois de uma vaga de confrontos entre Abril e Junho de 2006, polícias e soldados estrangeiros (entre os quais a GNR), em parte sob mandato da ONU, garantem a segurança em Timor-Leste, independente desde 2002.

A presença das forças de segurança estrangeiras não impediu o duplo atentado que a 11 de Fevereiro visou o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que escapou ileso, e o presidente José Ramos Horta, que ficou gravemente ferido e teve de ser evacuado para um hospital australiano.


LMP
Lusa/fim

Presidente Ramos Horta de novo consciente - Porta-voz

Sydney, 21 Fev (Lusa) - O presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, ferido a 11 de Fevereiro num atentado em Díli, está de novo consciente e falou aos seus próximos, após sair de um coma induzido, anunciou hoje o seu porta-voz.

“Segundo os médicos do Royal Hospital de Darwin, o presidente José Ramos Horta continua a recuperar e desperta lentamente”, indicou o seu porta-voz Luke Gosling em comunicado.

“O presidente disse algumas palavras à família e está a repousar”, acrescentou.

Um duplo atentado visou a 11 de Fevereiro o primeiro-ministro Xanana Gusmão, que escapou às balas, e o presidente e prémio Nobel da paz, José Ramos Horta, gravemente ferido e evacuado para um hospital de Darwin, na Austrália.

Pergunta Meira da Rocha:

Meira da Rocha

Qual a origem das informações? Timor Online divulgou vários blogs de testemunhas estrangeiras. Elas foram ouvidas? Se foram, isto não está divulgado em seus blogs...

Pergunta Paulo:

Paulo

Onde foi atingido Ramos-Horta? Dentro de casa ou na rua?

Pergunta Anita:

Anita

1. Quem viu ou identificou Gastão Salsinha no ataque a Xanana ou em casa deste?

2. Quem viu no dia 11, os carros de Xanana que estiveram debaixo de fogo?

R: Supostamente Salsinha foi identificado pelos seguranças de Xanana Gusmão em casa deste. Os carros do Presidente que estiveram debaixo de fogo, foram vistos pela UNPOL, pelas forças australianas e pela GNR, logo de seguida. As declarações iniciais não referem furos de bala nos carros, à excepção dos pneus. Posteriormente surge uma declaração de Longuinhos Monteiro que diz que o carro do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão tinha "45 tiros".

Pergunta Meira da Rocha:

Meira da Rocha

Apresentando-me: Sou jornalista e professor de jornalismo de Porto Alegre, do Sul do Brasil. Tenho interesse na comunidade luso-falante pelo mundo e na cobertura da imprensa sobre o trágico incidente.

1. Quais os trajetos dos peticionários?
2. Por que um militar experiente como Reinado faria um "ataque" tão mal planeado, enquanto ataque?
3. Quantos grupos, viaturas e homens se envolveram no incidente?
4. Quem e quando atirou em Reinado?
5. Quem atirou em Ramos-Horta?
6. O que dizem os parentes de Ramos-Horta que estavam na residência?
7. O que dizem os seguranças do presidente?
8. O que fizeram os peticionários durante meia hora entre os dois tiroteios?
9. Por que a segurança do presidente não deu o alerta?
10. Por onde fugiram os peticionários, depois do tiroteio?

Envie-nos as perguntas e questões que considera estarem por responder

Propomos um debate sobre o que tem esta história de mal contada.

Aguardamos a sua participação.

Passaram dez dias... e todos os suspeitos continuam em fuga

Continuam em fuga TODOS os suspeitos sobre os quais recai um mandado de captura, do grupo de Reinado en agora de Salsinha.

E fica uma questão no ar. Porque foram suspensas pelo General Matan Ruak as operações das FDTL que participavam nas operações de captura dos suspeitos?

As palavras do General, ""Porque é que temos de ir a lugares que estão vazios?" perguntou Matan Ruak da busca, que se tem focado nos montes for a de Dili. ", querem dizer o quê?

Quem mandou as FDTL para lugares "vazios"? A estratégia era "fingir" que as FDTL participavam nas buscas?

Mais perguntas sem resposta.

EMENDA PODE SER PIOR QUE O SONETO

Blog Timor Lorosae Nação
Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008

Relatório Preliminar - CONCLUSÕES DE DOIS ATENTADOS EM UM?
Jaime Silva Pinto

PREÂMBULO

Já por algumas vezes elementos da Fábrica dos Blogs teceram justas críticas ao mau desempenho da Lusa e de Pedro Rosa Mendes sobre certos “silêncios” relacionados com o que se passa em Timor-Leste, que vimos a saber por outras fontes mas que para os menos atentos simplesmente não aconteceu.

Quando isso ocorre, naturalmente que a agência de notícias e os seus profissionais habilitam-se a críticas e exigências de mais e melhor informação, por ser essa a sua função.

Ao contrário de umas quantas vezes atrás, agora é tempo de parabenizar o jornalista Pedro Rosa Mendes e os outros profissionais da Lusa que nos têm mantido bem informados sobre o que está a acontecer em Timor. O seu a seu dono.

NOVAMENTE “PEDRO E O LOBO”?

Por mais de uma vez que aqui tem sido evocada a história do “Pedro e o Lobo” como alegoria ao descrédito a que as autoridades timorenses chegaram no desempenho dos mais altos cargos. Tão altos que incluem praticamente tudo e todos, incluindo as autoridades eclesiásticas.
Também a UNMIT está posta no mesmo “saco”, não é fiável.

Desconheço como chegou às mãos de Pedro Rosa Mendes, jornalista da Lusa, um documento da UNMIT, datado de 12 deste mês, com alguns dos resultados preliminares de um inquérito por certo imediatamente elaborado após o atentado ao presidente Ramos Horta. Só ao presidente Ramos Horta. Porque no referido documento mais não reza que nos possa fazer perceber o que quer que seja sobre o alegado atentado a Xanana Gusmão.

Assim sendo, quem é o sabichão ou os sabichões que concluíram que o grupo é o mesmo?
A não ser que tenham seguido o conselho de Ana Loro Metan e fossem à bruxa.

Como perante as inverdades de certos escamoteadores da UNMIT e da política timorense devemos estar sempre de pé atrás, é mais que legítimo questionarmo-nos sobre como este documento foi parar às mãos do profissional da Lusa e se não o foi por “conveniências” da UNMIT ou doutrem que a ele tivesse acesso, fazendo crer a PRM que era um “furo” jornalístico, mas não passando de um “serviço conveniente”. É que o documento diz muito pouco e se foi concluído no dia imediatamente a seguir ao atentado porque não foi logo divulgado? Nada tinha de confidencial e teria evitado algumas especulações relativas ao atentado a Horta. Ou será que está a ser agora divulgado devido ao descrédito de muitos relativamente ao alegado atentado a Xanana? Que por isso, apesar de só ter declarações relacionadas com o atentado ao presidente, pretende “empurrar-nos” para o crédito ao alegado atentado em Balibar?

Mas, é que essa conclusão está viciada, só assim, com o que consta neste documento como podem concluir que o grupo é o mesmo? Foram à bruxa? Há pormenores que não constam no documento? Ou que PRM não refere?

Tenho a impressão que foi pior a emenda que o soneto. É que quando descobrimos que estamos a lidar com aldrabões lembramo-nos sempre do “Pedro e do Lobo”.

Aguardemos por investigações sérias, pormenorizadas e credíveis e por eventuais revelações que possam estar contidas no documento que está em posse da Lusa. Até pode acontecer que também lá conste algo sobre o eventual atentado a Xanana mas por agora nada disso se entende. Se assim é porque razão o título o refere?

Coisas estranhas… ou será para criar “suspense”?

Ficamos à espera.

Investigadores da ONU dizem que o objectivo era eliminar os dois dirigentes

Ataques contra Xanana e Ramos-Horta terão sido feitos pelo mesmo grupo
20.02.2008 - 17h08 PÚBLICO

As investigações preliminares da missão das Nações Unidas em Timor-Leste aos ataques da semana passada contra Ramos-Horta e Xanana Gusmão revelam que terá sido o mesmo grupo a atacar o Presidente e o primeiro-ministro e que o seu propósito era eliminar os mais altos dirigentes do país.

Segundo o site da RTP, que cita o correspondente da Lusa em Timor-Leste, o relatório do departamento de investigação da missão das Nações Unidas no país fornece informações detalhadas sobre os ataques do passado dia 11.

De acordo com a mesma fonte, o ataque à casa do Presidente timorense terá começado às 06h05, quando “doze a treze pessoas”, armadas e com uniformes militares, chegaram ao local em duas viaturas.

O militar das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) que fazia a guarda ao portão principal da residência foi manietado por três dos atacantes, enquanto outros sete, liderados pelo major Alfredo Reinado, entraram no complexo residencial em busca de Ramos-Horta.

Os investigadores adiantam que o grupo de Reinado não conseguiu encontrar o Presidente no interior do complexo e acabaria por ser visado por um outro militar das F-FDTL que fora entretanto acordado por um funcionário da residência. O militar disparou contra o major Reinado e um outro atacante, que estava encapuzado, tendo matado e desarmado ambos.

Ramos-Horta só foi atingido quando regressava a casa depois de uma corrida junto à praia, na companhia de dois seguranças. Apesar de ter ouvido disparos, que um civil terá atribuído a exercícios das tropas americanas, o Presidente prosseguiu a marcha e só se apercebeu do ataque quando estava a 50 metros da residência, ao ver militares encapuzados na estrada.

O Presidente atirou-se para o chão por indicação de um dos seguranças, mas ainda assim foi atingido com dois disparos “no lado direito do peito”, acrescentam os investigadores. O outro segurança abriu fogo contra os atacantes que fugiram do local em direcção às montanhas, acrescenta o relatório, dando a entender que só aí se encontraram com a caravana automóvel em que seguia Xanana Gusmão que saiu ileso da emboscada.

Exército do Timor suspende busca aos rebeldes que atiraram contra Ramos Horta

Agência EFE
20/02/2008 - 11:05:37

O chefe das Forças Armadas do Timor-Leste, o general-de-brigada Taur Matan Ruak, disse hoje que foram encerradas as buscas aos rebeldes que atiraram contra o presidente do país, José Ramos Horta, e do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, em 11 de fevereiro em Díli.

"Cancelamos as operações", disse o militar aos jornalistas na capital do país, em relação aos 30 suspeitos de participarem dos ataques frustrados.

A Polícia da ONU (UNPol) e a Força Internacional de Segurança - contingente formado por tropas de Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal - continuam a perseguição pelos 15 mil quilômetros quadrados do território do Timor, que conquistou a independência em 2002.

Matan Ruak criticou as forças de segurança estrangeiras por não terem sido capazes de impedir as tentativas de assassinato feitas pelo comandante rebelde Alfredo Reinado e seus homens.

Reinado liderou o grupo que atirou contra Ramos Horta perto da casa do presidente em Díli e o feriu gravemente, mas morreu na ação, juntamente com um rebelde e um segurança.

O Nobel da Paz Ramos Horta, de 58 anos, que foi atingido por dois tiros nas costas e outro no estômago, se recupera hoje de uma quinta cirurgia feita na terça-feira no Hospital Real de Darwin, no norte da Austrália.

Gusmão saiu ileso da emboscada sofrida quando ele ia de carro para o trabalho.

Relatório da ONU abre hipótese de Reinado ter sido morto depois de ferimentos de Ramos-Horta

Díli, 20 Fev (Lusa) - O primeiro relatório dos investigadores das Nações Unidas aos acontecimentos de 11 de Fevereiro em Díli, a que a agência Lusa teve acesso, deixa em aberto a hipótese de Alfredo Reinado ter sido morto depois de José Ramos-Horta ter sido atingido a tiro.

O relatório, datado de 12 de Fevereiro, é confidencial e explica detalhadamente os acontecimento do dia do ataque, ressaltando por isso que o Presidente timorense terá sido ferido antes de Alfredo Reinado e de um elemento do grupo de atacantes, Leopoldino Exposto, terem sido abatidos.

Realizado pelo Departamento de Investigações Nacionais (NID), o relatório sustenta que tudo terá começado com a chegada do grupo de Alfredo Reinado à casa de Ramos-Horta, em dois veículos, cerca das 06:05 de 11 de Fevereiro.

Um guarda das F-FDTL (Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste) foi imobilizado pelo grupo que parcialmente entrou na casa, não tendo encontrado José Ramos-Horta.

O Presidente regressava a casa depois de uma caminhada matinal junto à praia com dois guardas das F-FDTL.

"No caminho, ouviram tiros e um civil (provavelmente australiano) disse-lhes que o Exército Australiano estava em exercícios na vizinhança", estabeleceu a investigação do NID.

"A cerca de 50 metros da residência, (o Presidente e os seus guardas) viram três atacantes de máscara na estrada. Um dos guarda-costas (que estava vestido à civil e sem armas) disse ao Presidente para se deitar no chão. Um dos atacantes deu dois tiros na direcção do Presidente, que o atingiram no lado direito do peito", diz a investigação do NID.

"O segundo guarda-costas (que estava vestido à civil mas armado com uma pistola de calibre 45) fez alguns disparos contra os atacantes mas eles fugiram a pé pelas colinas".

"Ao mesmo tempo, mais três atacantes que estavam de guarda ao soldado das F-FDTL no portão principal começaram a correr para as montanhas. Levaram a arma do soldado (uma M16)", segundo os testemunhos recolhidos pelo NID.

"Entretanto, dentro do recinto, Alfredo Reinado tentava encontrar o Presidente e estava próximo de uma das tendas. Naquela altura, onze elementos das F-FDTL estavam nos seus alojamentos" e terá sido um deles que, avisado por um jovem, que abateu Alfredo Reinado e Leopoldino Mendonça Exposto.

Na apresentação da sequência dos acontecimentos, o primeiro relatório do NID deixa em aberto a possibilidade de o major Alfredo Reinado ter sido abatido depois de Ramos-Horta ter sido ferido.

JCS/PRM.
Lusa/fim


NOTA DE RODAPÉ:

Os investigadores enganaram-se na sequência ou está mal escrito? Ou era mesmo isso que queriam escrever?...

LUSA

A LUSA continua de parabéns.

NOTA PRELIMINAR

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Ataques "estão relacionados" e tinham "o mesmo pro...":

No texto lê-se:

"Os atacantes usaram "provavelmente" armas do tipo [...] FLC [...]"
"Esse militar "levantou-se, pegou na sua metralhadora MINIME [...]"

Trata-se das armas belgas FNC (Fabrique Nationale Carabine) - e não FLC - e Minimi - não Minime.

É o perigo de escrever de ouvido...

--------------------------

Esse "civil" levou o PR a concluir que os tiros se deviam a "exercícios" do exército australiano.

Assim, RH e seus seguranças aproximaram-se da sua casa sem receio, julgando que os tiros não representavam perigo algum.

Seria interessante interrogar esse "civil" e saber porque deu essa informação falsa ao PR.

É muito estranho um dos dois guarda-costas de RH não estar armado.

Segundo este relatório, Reinado ainda estava vivo quando RH foi atingido. Mas Reinado não morreu antes de RH ser alvejado?

Partindo do princípio de que Reinado ainda estava vivo quando isso aconteceu, como é que ele estava a arrombar portas dentro de casa e não ouviu os tiros lá fora?

"Onze [...] F-FDTL estavam nos seus alojamentos" a dormir??? E não acordaram com o tiroteio??? Foi preciso um rapaz ir acordar um deles? Tomaram Valium ou quê? E só um é que acordou?

Os assaltantes sobreviventes eram 10 a 11 e nem sequer ripostaram ao fogo de um único FFDTL???

Fugiram todos, abandonando o seu líder e sem dar um único tiro? E fugiram "a correr para as montanhas", apesar de terem "dois veículos"?

E já agora, que "libertaram" o relatório preliminar...

... podiam dizer-nos também o relatório com o resultado da balística, dos carros da comitiva de Xanana que foram atacados?...

Mas já agora, o que viram dia 11 nos carros. Nunca se sabe, e sei lá, às vezes aparecem uns furitos assim de repente...

liderado ou supostamente liderado?...

“08:00 - Um grupo armado, liderado pelo tenente Gastão Salsinha, número-dois de Alfredo Reinado, ataca a coluna de veículos do primeiro-ministro”

Mas não disseram que só viram um único atacante, encapuçado, a disparar e que não identificaram ninguém?

Ou foi o super Xanana Gusmão, com a sua visão Raio-X, que o identificou?... Pela carapuça violeta?..

Cronologia dos acontecimentos de 11 de Fevereiro relatados pela investigação das Nações Unidas

Díli, 20 Fev (Lusa) - A cronologia dos acontecimentos principais do duplo ataque contra o Presidente da República e o primeiro-ministro de Timor-Leste, dia 11 de Fevereiro, segundo o primeiro relatório oficial da investigação realizadas pelo Departamento de Investigações Nacionais (NID) da missão integrada das Nações Unidas.

06:05 - Um grupo de homens armados liderado pelo major Alfredo Reinado chega em duas viaturas e ataca a residência de José Ramos-Horta em Meti-hau; o Presidente estava fora mas perto, no exercicio matinal junto à praia da Areia Branca;

06:59 - Primeira chamada para o Centro Nacional de Operações, devido ao tiroteio;

07:00 - Duas unidades de polícia nacional e internacional (BECORA 10 e 11) são enviadas para a residência do chefe de Estado a partir de Becora;

07:10 - É enviada ao local a primeira ambulância;

07:15: A unidade "BECORA 10" chega ao local e solicita o envio de assistência urgente devido aos múltiplos tiros que estavam a ser disparados dentro da residência de Ramos-Horta.

07:20 - Os primeiros militares da GNR chegam ao local com uma ambulância e assistem José Ramos-Horta, que estava caído na estrada; o Presidente é socorrido e evacuado para o hospital de campanha das forças australianas em conjunto pela GNR e pela equipa do INEM que está adistrita ao contingente português em Timor-Leste;

07:30 - A unidade "BECORA 3" informa que o presidente foi atingido a tiro e que uma ambulância está a evacuar Ramos-Horta para o hospital. A unidade TANGO 11 é enviada para prestar assistência;

07:35 - A unidade autónoma de polícia da Malásia estacionada em Timor-Leste é enviada para o Hospital Nacional Guido Valadares para efectuar segurança ao local;

07:38 - O Departamento de Investigações Nacionais (NID) da Missão Integrada das Nações Unidas (UNMIT) é notificado dos incidentes;

07:40 - O Comissário da Polícia das Nações Unidas é informado e a unidade "BECORA 3" informa que outras duas pessoas foram levadas para o hospital e que as Forças de Estabilização Internacionais estão já no local;

07:55 - Ramos-Horta chega ao hospital de campanha australiano no Heliporto;

08:00 - Um grupo armado, liderado pelo tenente Gastão Salsinha, número-dois de Alfredo Reinado, ataca a coluna de veículos do primeiro-ministro, depois de Xanana Gusmão sair da sua residência em Balíbar e começar a descer a estrada para Díli; um carro da segurança despista-se; o carro do primeiro-ministro é atingido mas chega à cidade; a unidade PZ12, que deu o alarme ao comando, regressa a casa dos Gusmão e solicita evacuação para a mulher e os filhos do primeiro-ministro;

09:05 - A unidade autónoma de polícia portuguesa (GNR) estacionada em Timor-Leste requisita uma ambulância para transporte dos dois guardas de Ramos-Horta feridos no ataque à casa do chefe de Estado;

09:30 - A unidade PZ12 informa o comando que saiu da residência de Xanana Gusmão com o apoio dos militares portugueses da GNR.

09:38 - A unidade PZ12 informa o comando que a família do primeiro-ministro está em segurança no Palácio do Governo.

JCS/PRM.
Lusa/fim

Assim vai Timor...

Na reportagem da RTP, Mari Alkatiri diz que “o Estado de Direito está posto em causa, e espero que não seja mesmo o Estado, que esteja em causa.”, relativamente à “detenção” do deputado e ex-Ministro, José Teixeira, para prestar declarações sobre os incidentes de 11 de Feveriro, sem mandado judicial e perante o desconhecimento da Unidade de Investigação ou do Ministério Público.

Na conferência de imprensa dada pelo Primeiro-Ministro Xanana Gusmão com o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Irlanda, Xanana não responde às inúmeras questões dos jornalistas, nomeadamente porque é que as operações militares das FDTL foram suspensas.

Na mesma reportagem, Fernando Lasama, Presidente em Exercício, mostra um total desconhecimento sobre a suspensão das operações militares das FDTL, anunciadas ontem pelo Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, General Matan Ruak.

Como diz o jornalista Paulo Dentinho, assim vai Timor…

Passa aí mais uma arma...

Depois de estacionarem as viaturas da UNPol e da PNTL, um dos seguranças da CPU "viu dois homens armados de metralhadora na encosta por cima da casa de Xanana Gusmão".
...

Segundo os testemunhos citados pelo NID, os homens que cercavam a casa fizeram ainda alusão a "lutar com os UNPol" por eles terem uma metralhadora, ordenando aos elementos da PNTL para se afastarem, mas os seguranças timorenses da família Gusmão terão dito que "isso não podia ser porque trabalhavam juntos".

Porquê? Eram “amigos” da PNTL ou dos seguranças de casa de Xanana e só queriam lutar com a UNPOL?...

E os furos de bala que não aparecem... que chatice...

"Quando o carro de Xanana Gusmão fazia a curva, um (elemento da CPU-Unidade de Protecção Pessoal da) UNPol viu um homem de pé com uma metralhadora disparando contra o carro" do primeiro-ministro.
...
Sobre a emboscada, o testemunho dado pelos dois UNPol é a de que o atacante não usava uniforme, "apenas um blusão de treino com um capuz na cabeça, de cor violeta".
...
"Não viram mais nenhum atacante mas ouviram tiros disparados de diferentes posições na encosta, pelo menos de três", acima do atacante junto à estrada, e "não notaram se a viatura do primeiro-ministro foi atingida".


Um homem. Encapuçado. O tal que o segurança de Xanana diz ter reconhecido como Salsinha.

E disparou contra quê?...

Disparos de escolta da ONU permitiram a Xanana escapar de emboscada - investigação UNMIT

Díli, 20 Fev (Lusa) - A resposta da escolta internacional de Xanana Gusmão permitiu que o primeiro-ministro "escapasse" do sítio em que foi emboscado, segundo um relatório confidencial obtido pela Agência Lusa.

O primeiro relatório do Departamento de Investigações Nacionais (NID) da Missão Integrada das Nações Unidas (UNMIT) sobre a emboscada a Xanana Gusmão, a 11 de Fevereiro, concluiu que a resposta da escolta internacional "permitiu ao primeiro-ministro escapar do local do ataque".

O documento refere também que o escolta internacional que respondeu ao ataque usou uma espingarda que não lhe pertencia.

Xanana Gusmão foi emboscado por volta das 07:35 a cerca de 500 metros da sua residência, em Balibar, na estrada sinuosa que desce das montanhas a sul de Díli para a capital.

Segundo o relatório do NID dedicado à emboscada de Xanana Gusmão, um dos dos documentos confidenciais da UNMIT a que a Lusa teve acesso, a caravana do primeiro-ministro foi atacada quando o carro da frente, com a escolta timorense, tinha passado uma curva para a direita e o segundo carro, onde seguia Xanana Gusmão, fazia ainda a mesma curva.

Atrás das duas viaturas seguia a viatura da Polícia das Nações Unidas (UNPol), com uma escolta de reserva ao primeiro-ministro.

"Quando o carro de Xanana Gusmão fazia a curva, um (elemento da CPU-Unidade de Protecção Pessoal da) UNPol viu um homem de pé com uma metralhadora disparando contra o carro" do primeiro-ministro.

Os seguranças da UNPol pararam e um deles saiu do carro e respondeu ao fogo do atacante, disparando na sua direcção.

"Nesse momento, o atacante virou-se e disparou contra a posição dos UNPol, permitindo ao primeiro-ministro escapar do local", apurou o NID na sua investigação ao incidente.

O mesmo elemento da UNPol "continuou a disparar contra o atacante até ficar sem munições", diz o relatório confidencial obtido pela Lusa.

Sobre a emboscada, o testemunho dado pelos dois UNPol é a de que o atacante não usava uniforme, "apenas um blusão de treino com um capuz na cabeça, de cor violeta".

O atacante esperou a caravana do primeiro-ministro "atrás de uma pequena ponte, do lado esquerdo da estrada para quem desce".

"Não viram mais nenhum atacante mas ouviram tiros disparados de diferentes posições na encosta, pelo menos de três", acima do atacante junto à estrada, e "não notaram se a viatura do primeiro-ministro foi atingida".

Os disparos do elemento da UNPol foram feitos com uma espingarda Styre que não lhe pertencia, mas que era de um elemento da PNTL (Polícia Nacional) "que normalmente trabalha com UNPols (sic) mas que não estava de serviço nesse dia e se esqueceu da arma na viatura", segundo o documento a que a Lusa teve acesso.

A justificação do elemento da UNPol para usar uma espingarda que não lhe pertencia foi a de (os polícias internacionais) "estarem debaixo de fogo cerrado e calcularem que as suas pistolas não eram suficientes para parar o ataque".

"Ao usar aquela arma, deram tempo ao primeiro-ministro para deixar a área", insiste o relatório do NID.

"Depois do ataque, (os elementos UNPol da CPU) não conseguiam ver o atacante e tudo ficou calmo" e os dois seguranças fizeram inversão de marcha e regressaram à casa da família Gusmão, onde se encontrava a mulher e os filhos do primeiro-ministro.

Kirsty Sword-Gusmão estava em casa "sem protecção", segundo o NID.

Chegou nessa altura a viatura com a escolta da PNTL ao primeiro-ministro, "apenas com um elemento lá dentro", e um dos elementos da CPU entrou no carro e seguiu para dentro do recinto da residência.

Depois de estacionarem as viaturas da UNPol e da PNTL, um dos seguranças da CPU "viu dois homens armados de metralhadora na encosta por cima da casa de Xanana Gusmão".

"Alguns minutos depois, cerca das 07:45, uma equipa de segurança da UNPol com dois elementos chegou e reforçou a segurança à família Gusmão", conta o relatório do NID.

Um dos seguranças da UNPol telefonou então para o condutor do primeiro-ministro e conseguiu falar com Xanana Gusmão, "que lhe pediu para tomar conta da sua família".

O mesmo elemento da UNPol ligou para a base "e pediu um helicóptero para transferir a família de Xanana Gusmão para um lugar seguro".

O relatório do NID refere que a GNR "chegou às 09:40 com dois veículos blindados e levou a família de Xanana Gusmão para o Palácio do Governo, onde chegaram às 10:00".

O NID apurou que um dos seguranças de Kirsty Sword-Gusmão "disse aos elementos da UNPol que conhecia um dos três homens armados que estavam na encosta" por cima da residência do primeiro-ministro.

"Um deles gritou em tétum para os (elementos) PNTL que estavam fora de casa e depois pretendia negociar com eles", segundo o relatório do NID.

Os dois elementos da UNPol foram informados por um dos guardas timorenses que os homens armados na encosta queriam saber quantas metralhadoras tinham com eles, ao que lhes foi respondido que possuíam apenas uma.

Segundo os testemunhos citados pelo NID, os homens que cercavam a casa fizeram ainda alusão a "lutar com os UNPol" por eles terem uma metralhadora, ordenando aos elementos da PNTL para se afastarem, mas os seguranças timorenses da família Gusmão terão dito que "isso não podia ser porque trabalhavam juntos".

"Depois disso, tudo ficou calmo e ninguém atacou a casa", conclui o relatório do NID à emboscada ao primeiro-ministro.

"Pesquisou-se com detalhe a área à procura de testemunhas mas as pessoas têm demasiado medo para cooperarem com as autoridades", diz um dos documentos confidenciais obtidos pela Lusa.

Os documentos obtidos pela Lusa sobre o duplo ataque ao Presidente da República e ao primeiro-ministro têm a data de 12 de Fevereiro.

PRM/JCS.
Lusa/fim

NOTA DE RODAPÉ:

Pois, pois...

Mesmo que não o tivessem salvado, o outro não acertava nem uma...

Interview - Mari Alkatiri: Reinado Did Not Shoot Horta

Tempo Magazine No. 25/VIII/February 19-25, 2008

Two shooting incidents took place last Monday--at two different times: one happened at the residence of President Jose Ramos-Horta and the other was aimed at the car carrying Prime Minister Xanana Gusmao. Ramos-Horta had just ended his exercises when he was struck by a volley of bullets at the compound of his residence. Major Alfredo Reinado, 42, the leader of the bloody attack was killed during the ensuing gun battle, along with one of his troops.

Ramos-Horta, a recipient of the Nobel peace prize in 1966, was immediately flown to the Royal Darwin Hospital in Darwin, Australia. "This is clearly an attempted coup d'etat. I will not allow anyone to take advantage of the situation," said Prime Minister Xanana. Since then, Timor Leste has come under emergency rule.

The armed attack was actually a tip of the iceberg in the series of political conflicts besetting Timor Leste since its independence. Some people say the incident was a continuation of the May 2006 violence, which erupted as a result of then-Prime Minister Mari Alkatiri's policies. Alkatiri had intended to streamline the military. About 600 dismissed soldiers protested, charging Alkatiri with discrimination. It seems most of the dismissed troops came from the western part of Timor Leste, while the leaders came from the eastern areas.

They formed themselves into street gangs. The nameless groups consisted of youths, and former members of the military and police--some of them commanders. One of them was Major Alfredo Reinado. Their actions succeeded in causing chaos in Dili. A number of civilians were killed. Mari Alkatiri himself was forced to resign as prime minister.

One day after the shooting of Ramos-Horta, a number of publications in Dili pointed at Alkatiri, charging his political party of being behind Reinado's activities. Alkatiri denied the charges. Last Tuesday, he held a press conference to refute all charges.

In the middle of the emergency situation in Timor Leste, Alkatiri spoke with Tempo correspondent in Dili, Jose Sarito Amaral, in an exclusive interview, which took place at his residence, last Friday. Alkatiri provided additional information to Tempo reporters Widiarsi Agustina and Faisal Assegaf by telephone. Excerpts:

What is your view on the shootings of President Ramos-Horta and Prime Minister Xanana?

It is all still very mysterious and I don't want to speculate on the incident. Clearly, the death of Reinado poses many questions, particularly since he died before President Horta was shot. That is to say, Reinado actually did not kill Horta because he died first. This is what confuses me.

So, who was actually responsible for the two attacks?

Once again it is difficult to determine who the mastermind is. I just know that it was not Reinado who shot President Horta. Strangely enough, one hour after the shooting, Prime Minister Xanana Gusmao was attacked. All this requires an immediate and thorough investigation. I suggest that a professional international team investigate the incidents.

Who do you think should be suspected?

I don't want to accuse anyone, because that needs evidence and a thorough investigation. Such as, why were Reinado's military attacks done simultaneously but so unprofessionally? This is strange. In my view, the shooting of Horta was executed by an organized group.

Do you have any idea who might have plotted this with Reinado?

I am not able to say much at this time. Clearly, the assassination attempts are linked. I am not an investigator, but I am attempting to seek some information and trying to analyze who is behind Reinado. Why did he die before Horta was shot?

According to some reports, the attack was linked to a meeting President Horta held with a number of politicians, a week before the shooting.

I think they are connected. Indeed, there was a meeting of politicians at Horta's residence a week before the shootings. Attending the meeting were members of the Timorese Reconstruction National Party (CNRT) led by Xanana Gusmao, the Social Democrat Party, the Timor Social Democrat Party Association (ASDT) and the Fretilin Party.

What was discussed at that meeting?

President Horta welcomed the proposal of the Fretilin Party to the UN Secretary-General.

Essentially it united all parties under the Parliamentary Majority Alliance (AMP) with the Fretilin, and forming an inclusive government, a national unity government. Fretilin itself refused to join in the national unity government like this one. The initiative was taken to resolve the problem of Alfredo Reinado, deserters led by Salsinha Gastao and also the refugees.

Do you think any of the party elites were involved?

I will just say that the person behind Horta's shooting perhaps disagreed with the President's initiative to form a new government and hold another election.

As the opposition, your party must be seen as a possible instigator of the attempted coup.
We want another election, not a coup, particularly since President Horta already approved it. But suddenly the Reinado group took the road to rebel against the state.

We want to ask whether you are involved or not in this attempted coup.

Well, I've been getting a lot of hate mail accusing me of being behind all this. They don't want me to be prime minister again. They say they are willing to do anything as long as Alkatiri does not return as prime minister. Everyone seems to hate me. I already explained: if Horta had not been shot, the agreement on the formation of an inclusive government and a repeat election would have taken place. And that was the recommendation of my party. So why should I kill anyone or pull a coup d'etat?

According to some reports it was you and Fretilin who were behind Reinado's actions.

It has become the tradition in Timor Leste that if there is a problem, everyone blames it on Mari Alkatiri. But that's all right. That's why I called for the establishment of an international investigation. The United Nations mission and international peacekeeping forces in Timor Leste must also clarify their weaknesses in the country. Why weren't they able to detect the attack? They were quite close by.

In your view, how credible is the government of Xanana and Horta in the eyes of the public?
The coup and the shootings indicate the public's faith in the Xanana Gusmao government has fallen. If it was not able to control its security forces and protect President Horta, I can say that this is an inadequate government.

Did Fretilin want this to happen?

Fretilin did not want this. We do not want the crisis to be worse. Fretilin defends this nation so it is stable. The Fretilin chief and I called Xanana. We told him that the shooting of Horta was an act of rebellion against the state, not against Xanana or Horta.

What do you think was the intention of the Reinado group?

Fretilin never used Reinado for its political objectives. I never separated from him because I was never together with him in the first place. They united to bring down my government, but now they are split. In your opinion, who is behind all this?

So, you don't approve of Reinado's movement?

It's not a matter of supporting Reinado's movement or not. I just regret that it happened at all.
Is it true that a few days before the shooting Reinado met with a number of parliamentarians?
Three members of parliament met with Reinado three days before the shootings. They were from PSD/ASDT and PD. If Fretilin parliamentarians had met with Reinado that day, imagine what people would be saying now. Their meeting was secret and the international forces actually saw them. That is why the Attorney General must investigate them. I don't want to accuse anyone of the shooting right now. But on the other hand, there must be an investigation to seek the truth.

What about political support towards the government?

I think that politically, AMP is beginning to be destabilized. Perhaps it will soon fall. From the political viewpoint, they are already weak, they are unable to solve the Reinado problem, the deserters under Gastao and the refugees. This is making the supporters of AMP very unhappy. From the security viewpoint, President Horta could not be protected. He was shot. From the economic point of view, everyone knows that there is a rice crisis currently going on. Prices of commodities have gone up and the government has not been able to control this. This is what will bring down the AMP government, unless there is another election or an inclusive government is formed.

How strong are the Xanana supporters on the ground?

There are none at all because they were incapable of providing security for President Horta. If the people really want it, this cowboy government can prevail. Otherwise, I don't know any other solution. Pending the President's return to health, we must continue with preparing for repeat elections.

On security, what about the UN forces and the Australian troops?

The government is in a better position to answer that question. Personally, I question their professionalism in Timor Leste. They were very close to where it happened, yet they were not able to see the Reinado group. I don't want make accusations, but this quite clear.

It seems there has been continuous violence in Timor Leste since independence. Why is this?

This is because there is a group which uses violence for their political ends. Actually, we should really learn from this experience to better understand what the people want.

What about efforts at reconciliation so far?

There has been no attempt at reconciliation. Before and after last year's election, all the parties wanted to get rid of Fretilin. They did not want to unite, they wanted to be separate. And during the elections, Fretilin was accused of many things to damage its reputation.

What if Horta dies?

I am sure he will recover. But if he does pass away, there must be a new presidential election in six weeks' time.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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