quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Dos leitores

Comentário sobre a sua postagem "Charges against Alkatiri dropped":

E estranho ler esta parte da noticia: "Dr Alkatiri foi alegado, por um antigo ministro do seu gabinete, ter tido um papel no desassossego que matou pelo menos 37 pessoas e viu o destacamento de tropas lideradas pelos Australianos na pequena nação que ganhou a independência da Indonésia em 1999". Basta!

Ha que clarificar que antes da chegada dos australianos eram apenas 4 vitimas mas o numero subiu em flexa quando os australianos chegaram e, principalmente, depois da resignacao do Dr Alkatiri.

Portanto, a responsabilidade da consequencia de incapacidade dos ambisiosos e da sede insaciavel pelo poder de alguns dirigentes nao devia ser atribuido ao Dr Alkatiri (37 mortos !!?????.

Foi precisamente por causa das 4 vitimas que o Governo foi acusado de nao ter a capacidade de controlo a situacao e que o governo nao fez o suficiente para evitar derramento de sangue e perdas de vida (ate pelo proprio actual PM e era Ministro Senior e MNEC no executivo liderado pelo Dr Alkatiri) mas depois de chegar ao poder fez o suficiente para ....?

Claro fez o suficiente mas para ele e para impor os interesses dos ...

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Uma dezena de nomes para suceder ao Presidente Xanana Gusmão

Público, 06/02/07

Depois de Mari Alkatiri ter dito que reúne condições para se candidatar à presidência da República, são perto de dez os nomes alvitrados para o lugar, que começa a ser disputado numa primeira volta em 9 de Abril.

Até se saber que o secretário-geral da Fretilin fora ilibado das acusações que o fizeram afastar-se da chefia do Governo, a formação política maioritária da sociedade timorense admitia avançar com o nome do seu presidente, Francisco Guterres (Lu"Olo), também presidente do Parlamento.

O comandante das Forças Armadas, brigadeiro Taur Matan-Ruak, foi uma hipótese admitida na imprensa australiana, enquanto nos próprios jornais de Timor-Leste se tem falado, entre outros, no bispo resignatário de Díli, D. Carlos Filipe Ximenes Belo.

Quinta hipótese é o actual primeiro-ministro, José Ramos-Horta. O antigo governador Mário Carrascalão - que apoia a candidatura presidencial da vice-presidente do Partido Social Democrata, Milena Pires - prefere vir posteriormente a tentar ser primeiro-ministro, mas o seu irmão João, líder da União Democrática Timorense, está na corrida à presidência.

Outras hipóteses de presidenciáveis são um antigo quadro da Fretilin, Abílio Araújo, actual líder do Partido Nacionalista Timorense (PNT), Manuel Tilman, presidente do partido KOTA, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Luís Guterrres, que em 2006 tentou arrebatar a Alkatiri a liderança da Fretilin.

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Artigo e Entrevista a RH

Ponto Final – 6/02/07 - 14:47
Ai, Timor!
Paulo A. Azevedo, enviado a Timor Leste

Os números da pobreza mostram um país de rastos. Entre o optimismo de uns e o pessimismo de outros, o retrato de Timor Leste no ano de novas eleições para as chefias do Estado e governo.

Maio de 2002. A euforia generalizada após a independência fez por momentos esquecer o martírio de décadas, o desaparecimento de milhares, os horrores vividos por todo um povo. Com a independência, a terra regressava finalmente aos legítimos donos após séculos de colonização e tudo parecia correr pelo melhor, com o apoio das Nações Unidas.


Mas a ONU saiu cedo de mais do território, assumem hoje quase todos, e aquela que prometia ser a melhor das histórias de sucesso rapidamente entrou em declínio e os avanços alcançados em várias frentes – das infra-estruturas à agricultura e educação – esbarraram na crise de Abril de 2006 da qual Timor ainda não recuperou.


Mesmo antes da crise política – ou de um tempo de todas as crises, segundo o próprio Xanana Gusmão – este pequeno país apresenta números assustadores, o que justifica o posto que ocupava o ano passado no Índex de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas - 141ª posição em 177.

O mais pobre país da Ásia vê 40 por cento da sua população viver abaixo da linha da pobreza, que está hoje nos 55 cêntimos de dólar americano por pessoa, por dia.

As condições na educação, de acordo com os estudos efectuados a que o PONTO FINAL teve acesso, e os resultados dos últimos censos (2004), apontam para uma taxa de literacia de 56,3 por cento nos homens e de 43,9 por cento nas mulheres. Em todo o país, entre 10 e 30 por cento das crianças não entra sequer na escola primária. Tanto mais preocupante quanto os números garantem que 60 por cento dos timorenses têm menos de 18 anos, o que não augura nada de bom nas gerações vindouras. E menos de metade das crianças que entram no ensino primário completam seis anos de educação. O secundário é igualmente limitado, com uma taxa de conclusão dos estudos de apenas 30 por cento.

As condições de saúde são também baixas, com a expectativa de vida a ficar-se pelos 54 anos nos homens e nos 56,6 anos nas mulheres. A maior parte da população é ainda muito vulnerável às doenças respiratórias e como se não bastassem a malária, o dengue, a tuberculose e a lepra, a população tem enorme dificuldade no acesso a cuidados de saúde – nomeadamente nos meios rurais – devido ao péssimo estado das estradas, dos transportes e das comunicações.

Segundo vários estudos, que deram um retrato muito pouco alegre, durante os dois dias em que em Díli decorreu, no fim de semana passado, uma conferência sobre a pobreza no país, chegou a confirmação de que metade da população não dispõe de acesso a água potável e 60 por cento não tem adequado saneamento, o que ajuda à propagação de doenças. Tanto mais que, na capital do país, muitas centenas de pessoas, senão milhares, continuam a viver em campos de refugiados, sem quaisquer condições, depois de terem sido obrigadas a fugir das suas casas, a maior parte das quais destruídas durante os confrontos do Verão quente do ano passado.

O desemprego, cuja média nacional subiu de 6,2 em 2001 para 8,9 continua a causar enormes dificuldades. O pior cenário verifica-se em Díli, onde a taxa de desemprego, no mesmo período, saltou dos 21 para os 27 por cento.

Apenas 24 por cento dos nascimentos são acompanhados por pessoal especializado. A juntar às fracas condições de vida, este número explica a maior taxa de mortalidade infantil de todo o Sudeste Asiático.

Optimismo e pessimismo

O retrato do país só é contrariado pela convicção de alguns políticos, nomeadamente a do primeiro-ministro José Ramos Horta (ver entrevista nestas páginas), de que o desenvolvimento está a caminho. Nomeadamente através dos mil milhões de dólares que o Estado arrecadou nos últimos dois anos do fundo do petróleo e que se prepara agora para investir.

Também o bispo da Noruega, Gunnar Stalsett, que nos últimos seis meses já veio a Timor outras tantas vezes, se mostra esperançado, apesar de consentir que o país vive hoje uma “situação dramática”.

“Sinto-me encorajado pela seriedade da resposta à crise, tanto do governo como das Nações Unidas. Nesse aspecto estou optimista de que as próximas eleições irão reflectir não apenas a crise mas também a determinação de seguir em frente numa via de sucesso”, afirmou ao PONTO FINAL.

Para o dirigente da Igreja norueguesa e enviado especial daquele país a Timor, as mudanças que estão lentamente a ocorrer na sociedade local indiciam uma melhoria, “ainda que subsista alguma ansiedade no que toca à segurança, aos distúrbios sociais especialmente entre alguns grupos de jovens. Mas creio que isso pode ser ultrapassado através do diálogo e da cooperação, e pela aplicação da lei”.

Quanto às próximas eleições, o bispo garante não ter dúvidas: “É uma oportunidade de virar uma nova página na história de Timor Leste e de fazê-lo de forma que reflicta a aprendizagem dos erros cometidos, avançando-se nos valores da democracia, da participação, da transparência e da justiça”.

Opinião quase oposta tem o padre Martinho Gusmão, que reivindica para Timor uma “descolonização cultural”, depois da saída de portugueses e indonésios. “Temos de desenvolver a consciencialização deste povo de que é ele quem tem o direito à terra, senão vivemos como bainagan (estrangeiro) na nossa própria terra”, afirmou ao PONTO FINAL.

Para Martinho Gusmão, director da Comissão Justiça e Paz, hoje em dia está em curso uma nova colonização, económica, com “mais de 60 por cento” nas mãos de australianos e indonésios. “E nós, timorenses, levamos apenas os restos que caem da mesa desta gente”, conclui em desânimo.

Ponto Final – 6/02/07 - 14:48

É a última oportunidade para Timor (entrevista de JRH)
Paulo A. Azevedo, enviado a Timor Leste

O primeiro-ministro de Timor Leste acredita que os próximos cinco anos vão ser a segunda e possivelmente a última oportunidade do país consolidar a democracia e a paz. Numa entrevista exclusiva ao PONTO FINAL, José Ramos Horta abre a porta a uma eventual candidatura à Presidência e garante que o país está pronto para investir centenas de milhões de dólares em infra-estruturas


PONTO FINAL: O que é que domina a agenda política até às próximas legislativas?


José Ramos Horta: Temos as presidenciais em primeiro lugar, a 9 de Abril e até lá temos de criar todas as condições para que haja eleições verdadeiramente livres e democráticas. Isto, não apenas no plano da segurança, que penso que Timor está em excelentes condições em todo o território. Em Díli há problemas esporádicos mas as Nações Unidas já organizaram eleições em situações cem vezes mais difíceis do que a que se vive em Díli. Mas digo mais no plano de oportunidade aos pequenos partidos de poderem deslocar-se ao interior, de terem meios logísticos e financeiros para a sua campanha, para que o povo conheça de perto os líderes. Embora cada partido já devesse ter feito isso nos últimos cinco anos mas há partidos que surgiram só agora.


Há uma lacuna grande no acesso aos media, a nossa televisão só é praticamente vista em Díli, as rádios têm pouca cobertura e a Imprensa escrita menos ainda.


É necessária uma intensa campanha de educação cívica.


E depois vamos às legislativas, que penso que serão mais intensas do que as presidenciais. Vão estar em campo mais de dez partidos, o que é salutar para a democracia mas para isso tem de haver muito civismo entre a classe política timorense. Por isso estamos a trabalhar num código de conduta que venha a ser subscrito por todos.


P: As duas eleições podem ser uma nova oportunidade, um virar de página na história recente de Timor?


J. R. H.: Exacto. Os próximos cinco anos serão a segunda e provavelmente última oportunidade para Timor Leste consolidar a paz e democracia e fazer o grande arranque no plano económico.
E isto depende muito do comportamento da classe política timorense, da elite política, de cada um de nós. Se contribuirmos todos para que as eleições decorram com total transparência e harmonia, se produzirem um resultado claro que garanta estabilidade governativa e parlamentar, creio que temos condições.


Porque ao longo destes meses de crise viajei por todo o país e a grande lição é a de que temos um povo excepcional, a esmagadora maioria não quis a violência e daí que não tenha havido uma guerra civil. Porque se o povo fosse violento e guerreiro como se diz teríamos tido uma guerra civil sem parar até hoje, mesmo com intervenção internacional.

P: Os analistas internacionais aqui em Timor têm dito que é preciso actuar agora, rápida e eficazmente. Mas há também a sensação de que escasseia alguma massa crítica, nomeadamente na estrutura política do país?


J. R. H.: Temos tido mais de dez partidos na liça nos últimos cinco anos, não temos tido falta de políticos e de politiqueiros nem de intelectuais, embora eu também ache que os partidos políticos precisam de mais apoio, mais educação, mais meios. Tenho defendido que o apoio não deve ser apenas material, com cartazes e computadores mas também algum dinheiro de forma a poderem empregar pessoas. A maioria dos partidos não tem dinheiro. A Fretilin tem dinheiro, não muito, obviamente, é um partido organizado ao longo de 30 anos, tem grande base de apoio e muitos amigos fora de Timor Leste, portanto está à partida em posição de muita vantagem em relação a todos os outros.


P: Vai aproveitar esta entrevista para anunciar formalmente a sua candidatura às presidenciais?


J. R. H.: Bom, a sua pergunta pressupõe que eu já tenha decidido candidatar-me. Eu continuo a hesitar muito. Se surgirem outros candidatos melhores e se o povo ficar satisfeito com essas candidaturas eu não avanço. Tomarei uma decisão mais lá para o prazo limite da entrada das candidaturas. Até lá vou continuar a aconselhar-me junto de pessoas amigas, a consultar a Igreja, o presidente Xanana, os partidos políticos para ver se podem surgir outros nomes consensuais.


Eu estou a encorajar outros nomes, a doutora Ana Pessoa, ministra da Administração Estatal; encorajei o general Taur Matan Ruak mas que já me veio dizer que não; o engenheiro Estanislau da Silva, meu vice-primeiro-ministro e o próprio presidente do Parlamento Nacional, Lu Olo.
Se eu me candidatar e perder será um alívio porque pelo menos cumpri com a minha consciência de que me devo oferecer para a chefia do Estado. Se eu me candidatar e for eleito, levarei as funções com muita seriedade porque este povo merece, o país necessita, não tenho dificuldades porque conheço meio mundo, falo com todos os partidos e dou-me bem com todos, conheço o país de lés a lés. Portanto, não tenho grandes dificuldades para o exercício das funções.


P: Preocupa-o o facto de Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin já ter dito que não concorda com as datas previstas paras as legislativas e que em última análise, senão aceitar as explicações do presidente Xanana, avança para o Tribunal de Recurso?


J. R. H.: Bom, cada um de nós pode fazer uma interpretação demasiado rígida ou académica da Constituição ainda que seja o Tribunal de Recurso quem tem competência para o fazer com neutralidade. E eu creio que não é necessário chegarmos até aí, tenho conversado com o doutor Mari Alkatiri e com o resto da liderança da Fretilin, sei que já houve um encontro entre o senhor Presidente da República e o presidente e o secretário-geral do partido, que decorreu em ambiente frutuoso, por isso creio que entre o PR e os partidos políticos e em particular o partido maioritário, pode haver uma solução de compromisso que respeitando o espírito da Constituição possa ser flexível quanto à realização das Legislativas.


P: O bispo da Noruega avisou que o petróleo pode ser uma bênção mas pode também ser uma maldição, dando o exemplo de outros países como Angola, Nigéria, Venezuela. Numa altura em que Timor Leste ainda dispõe de cinco blocos offshore livres e se prepara para concursos internacionais nos blocos de gás e petróleo em terra, qual é a estratégia do governo para esta fonte de riqueza?


J. R. H.: Sabemos que o petróleo não resolve as questões de subdesenvolvimento e da pobreza, é preciso é saber investir o dinheiro que vem do petróleo e do gás em infra-estruturas que são indispensáveis para o desenvolvimento da economia e que ao mesmo tempo crie empregos aos milhares e reduza a pobreza.


Vamos investir centenas de milhões de dólares nos próximos anos em estradas, estamos em negociações com o fundo do Kuweit, com o Millenium Challenge Count para centenas de quilómetros de estradas de duas vias e outras secundárias que vão criar milhares de postos de emprego nos próximos anos.


Estamos em negociações com outros investidores para hotéis, alguns vão já começar este ano. Portanto, o importante é não fazermos como Salazar, que guardava o dinheiro debaixo da cama e os mais de mil milhões de dólares [americanos] de que dispomos hoje, em apenas dois anos do fundo do petróleo, que sejam investidos com audácia, aceitando riscos necessários para o país poder arrancar.


P: E para quando a entrada de Timor Leste enquanto membro de pleno direito na ASEAN?


J. R. H.: Eu quero apostar para daqui a cinco anos. Em que função estiver, depois de Maio, estarei activamente ligado à preparação de Timor Leste para a entrada na ASEAN. É de suma importância para o nosso país.

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Jaime Magalhães, vai visitar o contingente da GNR que se encontra em Timor-Leste

Diário Digital / Lusa
06-02-2007 13:43:39

O secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Jaime Magalhães, vai visitar o contingente da GNR que se encontra em Timor-Leste entre 14 e 16 de Fevereiro, anunciou hoje fonte do ministério.

«O principal objectivo da viagem é visitar os elementos da GNR que se e ncontram no território no âmbito da missão das Nações Unidas», disse fonte do gabinete de imprensa do ministério da Administração Interna, admitindo que poderá ser abordado o pedido da ONU para o envio de mais forças policiais portuguesas.

O secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna vai acompanhado do Comandante Geral da GNR, Mourato Nunes.

Portugal mantém actualmente em Timor-leste uma força da GNR, com cerca de 140 elementos, posteriormente integrada na Polícia das Nações Unidas (UNPOL).

Além de contactos com várias autoridades timorenses, Jaime Magalhães vai ainda encontrar-se com o representante do secretário-geral das Nações Unidas no território.

O anúncio desta medida surge um dia depois de o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, ter proposto o prolongamento da missão da ONU em Timor-Leste (UNMIT) por mais 12 meses e o estacionamento de mais uma unidade policial portuguesa em Dili.

Em resposta a esta eventualidade, fonte do Ministério da Administração Interna disse à Lusa que «se houver um pedido formal das Nações Unidas (para o envio de uma nova unidade policial), Portugal não deixará de o analisar».

Esta fonte referiu-se ainda ao facto de Portugal estar «muito desagradado com a forma como as Nações Unidas têm gerido a presença da GNR no território».

«Primeiro, porque ainda não foi possível assinar o acordo entre as Nações Unidas e Portugal em relação à presença da GNR no território», desde Junho de 2006, referiu.

A mesma fonte lembrou que apesar de as Nações Unidas terem «obrigado» os primeiros elementos da GNR a permanecerem no território seis meses, mais dois que o previsto, «Portugal ainda não foi ressarcido pelas Nações Unidas».

As Nações Unidas ainda «não pagaram nenhuma despesa» correspondente à integração da GNR em Timor-Leste no seio da ONU, referiu a fonte, acrescentando que compete à organização pagar 60% das despesas da presença portuguesa no território.

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ONU disposta a ficar mais um ano em Timor-Leste

Público
7.02.2007

A situação da segurança continua volátil em Timor-Leste e o clima político está constantemente a mudar, declarou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, num relatório enviado ao Conselho de Segurança e ontem conhecido. Tendo em conta esses factos, recomendou que a missão da ONU naquela antiga colónia portuguesa (Unmit) seja prorrogada por mais um ano.

“Ainda há muito a fazer”, sintetizou o secretário-geral, que apoia o pedido do Governo de Díli para que seja enviada mais polícia das Nações Unidas encarregada de controlar a situação durante os próximos actos eleitorais: as presidenciais de Abril e, algum tempo depois, as legislativas.

“Se houver um pedido formal das Nações Unidas (para o envio de uma nova unidade policial), Portugal não deixará de o analisar”, disse à Lusa fonte do ministério português da Administração Interna, depois de se saber que que Ban Ki-moon encarava a hipótese de mais agentes a enviar por Lisboa.

No fim de Janeiro, a Unmit era constituída por 156 funcionários administrativos estrangeiros, 382 timorenses e 1.313 polícias, bem como por 33 militares. E o presente relatório irá ser analisado pelo Conselho de Segurança em 12 de Fevereiro, oito dias antes de expirar o prazo para a apresentação de candidaturas à presidência de Timor-Leste.

O “clima político fluido” a que se refere o secretário-geral inclui o facto de o Ministério Público, em Díli, ter concluído que Mário Alkatiri, enquanto era primeiro-ministro, “não pactuou com eventual iniciativa que pudesse pôr em causa” o respeito pelos princípios democráticos.

Ouvidas pela justiça as pessoas incubidas pelo então ministro do Interior, Rogério Lobato, de em Maio do ano passado entregarem armas ao grupo liderado por Vicente da Conceição (“Rai-Los”), não afirmaram que Alkatiri tivesse conhecido do acto. Razão pela qual o secretário-geral da Fretilin se encontra agora livre para uma candidatura presidencial. J.H.

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Former ETimor PM considers suing Australia media

ABC Radio Australia
Last Updated 07/02/2007, 14:49:24


East Timor's former Prime Minister, Mari Alkatiri, says he is considering legal action against some Australian media outlets, claiming they put pressure on him to resign last June.

East Timor's Prosecutor-General has dropped investigations into the allegations that Dr Alkatiri set up a hit squad to eliminate his political opponents.

The allegations, aired on the ABC's Four Corners program - the parent organisation of Radio Australia - contributed to the intense pressure for his removal as Prime Minister.

Dr Alkatiri says the allegations were broadcast with extreme political bias and ill-will, but were found to be baseless. He says the prosecutor's decision clears the way for him to seek legal redress for the injustice against him.

He also wants an apology from President Xanana Gusmao and Prime Minister Jose Ramos Horta for using the allegations to demand his resignation.

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Timor deal backdown

The Australian

February 07, 2007

FOREIGN Minister Alexander Downer has withdrawn plans to invoke a rarely used national-interest exemption clause to fast-track ratification of the Timor Sea Treaty through parliament.

Mr Downer on Monday advised members of the Joint Standing Committee on Treaties that he wanted to rubber-stamp the Treaty on Certain Maritime Arrangements in the Timor Sea, signed more than a year ago.


A meeting scheduled for 7pm yesterday in which Mr Downer was to have explained his reasons for invoking the clause was cancelled late yesterday afternoon by the Foreign Minister.

It followed a report in The Australian yesterday in which Woodside chief executive Dan Voelte said early development of the lucrative Greater Sunrise oil and gas prospect had been dashed because of civil strife in East Timor.


Concerns have been raised on why no progress has been made on tabling the treaty since its signing.

Under CMATS, East Timor's revenue share of the Greater Sunrise oil and gas prospect straddling the boundary of the Joint Petroleum Development Area could be as much as $19 million.

Timorese critics have accused Canberra of sitting on its hands after promising the deal would be quickly ratified.

Mark Dodd

Timor Sea's oil and gas treaty closer

AAP - Tuesday February 6, 08:30 PM

Australia has moved to fast-track ratification of a treaty with East Timor which covers revenues from the Timor Sea's oil and gas reserves.

An analysis of the treaty between the two nations, signed a year ago in Sydney, was tabled in the Senate on Tuesday.

The document says the federal government now wants to bring the treaty into force as soon as possible, citing a rarely used "national interest" clause as justification for the sudden push to ratify the deal.

The Certain Maritime Arrangements in the Timor Sea (CMATS) Treaty will enable exploration of the Greater Sunrise gas reservoir, a long-time subject of dispute between Australia and its northern neighbour.

"It is in Australia's interest to create a long-term stable legal environment for the exploration and exploitation of petroleum resources in the Timor Sea between Australia and East Timor without prejudicing either country's maritime claims in the Timor Sea," the analysis of the treaty states.
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Indonesian captain 'shot Balibo Five'

6th February 2007, 19:35 WST

An Indonesian special forces commander - later to become the country's minister for information - would have been the first soldier to open fire and kill one of the Balibo Five journalists in East Timor, a coronial inquest has been told.

An inquest into the death of one of the five journalists, cameraman Brian Peters, began in Sydney this week, more than 30 years after his death.

Mr Peters and four other journalists - Greg Shackleton, Gary Cunningham, Tony Stewart and Malcolm Rennie - were killed during an attack by Indonesian special forces troops on the Timorese border town of Balibo on October 16, 1975.

Official reports say the men were killed in crossfire between Indonesian troops and Timorese militia, but their families insist they were murdered.

The inquest on Tuesday heard evidence from an East Timorese witness who had trained with the Indonesian military, known only by the code name "Glebe 2". He said he saw four of the journalists raise their arms in the air "as though asking for mercy" from invading Indonesian soldiers.

He said Captain Mohammad Yunus Yosfiah, who became Indonesia's minister for information in the Habibie government in 1998, was the first to start shooting the men.

Counsel assisting the inquest, Mark Tedeschi, QC, asked Glebe 2: "Was Yunus Yosfiah the first soldier to shoot?"

Glebe 2 replied through a translator: "Yes, he was the first to open fire".

Later, during cross examination, the witness admitted he had not actually seen Mr Yosfiah start the shooting or kill Mr Peters.

But he told Mr Tedeschi that after Mr Yosfiah had opened fire, the other soldiers started shooting the men for two or three minutes.

Mr Yosfiah on Tuesday denied having anything to do with the killings, and called those making accusations against him "big liars".

"I never met the journalists," Mr Yosfiah told ABC Radio from Indonesia.

"It's a very, very, very bad if those journalists were killed on that time.

"It wasn't me. I never asked and I never ordered (the killings)."

Mr Yosfiah said he did not seek to appear at the inquest "because I know what I did and what I didn't do".

He said he had answered plenty of questions about the killings.

"There have been questions so many times before this," he told AAP.

During cross examination by John Stratton, SC, who is representing Mr Peters' sister Maureen Tolfree, Glebe 2 said while he did not actually see Mr Yosfiah open fire, Mr Peters was shot first.

When asked by Mr Stratton who he believed shot Brian Peters, Glebe 2 replied: "According to Indonesian military rules the commander has to fire first and then his men fire after, and I believe Yunus killed Brian Peters".

The witness said he was "fairly certain" that Mr Yosfiah was responsible for Mr Peters' death because the cameraman had been standing directly in front of Mr Yosfiah and was the first to fall.

The witness said senior military officials warned him not to tell anyone about the shooting of the journalists, telling him it was "top secret".

Glebe 2 said he was forced to issue false press releases and to lie to Australian investigators about the incident, but he finally told the truth to an Australian journalist in 1999 when he couldn't hold his silence any more.

"Because in East Timor I saw a lot of injustice and massacres and as an East Timorese I couldn't support that anymore," Glebe 2 said.

The inquest also heard evidence from a second East Timorese eyewitness, code named "Glebe 4", who said he saw Indonesian soldiers shoot three of the journalists at close range inside the house where they were staying.

The inquest before NSW Deputy State Coroner Dorelle Pinch continues on Wednesday.

Meanwhile, East Timor's Prime Minister Jose Ramos-Horta said there was no doubt the journalists were deliberately killed by Indonesian forces, and urged Indonesia to come clean and allow the reporters' families to move on.

"At least, let the truth emerge ... for the tranquillity of the families of these five newsmen," Mr Ramos-Horta said.

AAP
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Durão Barroso já comunicou decisão às autoridades timorenses

União Europeia vai abrir embaixada em Timor-Leste
06.02.2007 - 09h00 PUBLICO.PT

A União Europeia prepara-se para abrir uma embaixada em Timor-Leste. A decisão já está tomada e já foi comunicada por Durão Barroso às autoridades timorenses, avançou hoje a TSF.
O presidente da Comissão Europeia defende que Timor precisa da ajuda humanitária e do apoio da União Europeia para o desenvolvimento social e económico. O representante especial da Comissão Europeia para Timor, Miguel Amado, disse à TSF que a localização do país na geopolítica internacional também contribuíu para a decisão.


"A presença europeia aqui também é uma presença geoestratégica; porque num país que é metade de uma ilha, como Timor, que partilha a ilha com a Indonésia e que está entre a Austrália e a Indonésia, a presença europeia torna-se fundamental. E uma voz forte, sobretudo, para haver um equilíbrio geoestratégico.”

Neste momento, estão a ser programados projectos no valor de 100 milhões de euros. No futuro, espera-se o reforço das iniciativas europeias também a nível político.

"Nós não só queremos desenvolver com os timorenses projectos como seja a agricultura, a capacidade institucional, como seja a justiça, como também ter os olhos e os ouvidos abertos para as questões de conflito, do diálogo político e, na medida do possível, dar ajudas e conselhos também nesta área".

O embaixador da União Europeia deverá ser nomeado em meados de Abril e a embaixada deverá abrir portas depois das eleições presidenciais.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.