terça-feira, agosto 29, 2006

Dos leitores

Quem gosta de apontar as asneiras grossas deveria começar por apontar as suas.

O comportamento dos "peticionários" configuraria em Portugal os crimes de deserção qualificada (pena de 1 a 4 anos de prisão, agravada de um terço), o de insubordinação por desobediência (pena de 1 a 4 anos de prisão, agravada de um quarto do seu limite máximo) e o de insubordinação colectiva (pena de 2 a 8 anos para os instigadores e pena de 1 mês a 2 anos para os outros, estando armados, e com redução a metade se desarmados). E isto para nos ficarmos por aqui. Do Reinado então, é melhor nem falar...

Porém, estes crimes, pelo facto de o serem, não têm nada que ver com o RDM.

E se é certo que em Portugal a competência para julgar crimes de índole militar passou para os tribunais civis, salvo em casos excepcionais, não nos podemos esquecer de que Timor-Leste há muito deixou de ser uma Província ultramarina portuguesa e que neste país vigora o Direito timorense. A Constituição da RDTL estatui os Tribunais Militares (artº 123, nº 1- c)), conferindo-lhes competência exclusiva para "julgar em primeira instância os crimes de natureza militar" (artº 130, nº 1). Enquanto os TM não forem criados por lei específica, vigoram as normas legais subsidiárias, etc, etc, etc.

h correia.

Comunicado - PM

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

INFORMAÇÃO À IMPRENSA


Seis postos permanentes de polícia criados em Díli

O primeiro-ministro, José Ramos-Horta, promoveu esta segunda-feira, 28 de Agosto, uma reunião alargada sobre segurança na qual participaram o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, Sukehiro Hasegawa, o novo comissário da Polícia das Nações Unidas (UNPol), o português Antero Lopes, representantes dos vários comandos militar e policiais das forças internacionais presentes em Timor-Leste, além do vice-primeiro-ministro Rui Araújo, o ministro do Interior, Alcino Baris, o vice-ministro do Interior, José Agostinho Sequeira “Somotxo”, e o Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro.

No encontro, o primeiro-ministro chamou à atenção para a necessidade de as condições de segurança melhorarem substancialmente, após mais um fim-de-semana em que bandos de jovens tornaram a atacar alguns bairros da capital timorense, incendiando casas e promovendo desacatos. José Ramos-Horta reafirmou o papel de coordenação do Governo nas áreas da defesa e da segurança, em sintonia com o Presidente da República, mas sublinhou também que, face à resolução 1704 aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, na sexta-feira, “há uma maior necessidade de coordenação do Governo com as forças internacionais”. Nesse sentido, o primeiro-ministro insistiu na “urgência da criação de postos permanentes de polícia, 24 sobre 24 horas, nos bairros mais problemáticos da cidade de Díli”.

O comissário que acaba de assumir a liderança da polícia internacional, Antero Lopes, assumiu esta questão como prioritária, tendo garantido que em breve vão ser criados seis postos de polícia na capital timorense. Em coordenação com o ministro do Interior, o comissário Antero Lopes revelou que os postos policiais vão ficar localizados no subdistrito Dom Aleixo (orfanato), em Comoro (na antiga esquadra de polícia), em Bebonuk, em Bidau/Akadiru Hun, no Mercado Central e no bairro do Matadouro (em Manu Metan Rai Hun). Enquanto não forem criados os postos, o comissário asseverou que vão ser intensificadas as patrulhas móveis nestes bairros, “sem descurar o patrulhamento ostensivo da restante capital”. Por fim, revelou ainda que assim que a polícia internacional dispuser de mais recursos em Timor-Leste, o número de postos fixos será aumentado.

O primeiro-ministro referiu ainda a importância de as forças internacionais manterem operações de recuperação de armas, nomeadamente das que se sabe que ainda estão na posse de elementos que integravam a Polícia Nacional de Timor-Leste, que não as devolveram voluntariamente nem se apresentaram no Quartel-General.

Comando da PNTL suspende funções

O primeiro-ministro anunciou, entretanto, que o comando da PNTL se autosuspendeu de funções. O superintendente Paulo Martins e os adjuntos Ismael Babo e Lino Saldanha apresentaram ao primeiro-ministro a sua autosuspensão de funções, enquanto decorrerem os trabalhos da Comissão de Avaliação da PNTL. A comissão foi criada pelo Conselho de Ministros na semana passada e destina-se a verificar quem, dos 800 elementos da polícia timorense que actuavam em Díli, está apto a regressar em breve às suas funções e quem terá de ser alvo de processo disciplinar ou criminal.

José Ramos-Horta elogiou a atitude dos comandantes da PNTL.


Díli, 28 de Agosto de 2006

Dos leitores

A moldura

Não quero ser a linda moldura,
Que faz a fronteira entre esta tela e o nada.

Não quero ser a linda moldura,
Que rouba da tela seu real sentido.

Quero simplesmente ser a tela, simples e pura.
Onde o meu povo livremente se expressa em borrões de liberdade, de raiva, de angústia, de tudo!

Quero ser a pintura abstracta que é o que o povo espera dos governantes, quero mostrar as cores do que o meu povo quer, num degradê de sentimentos opostos, de paralelos e contradições.

Quero ser a pintura abstracta, que toca cada um de vocês de maneira diferente, mas que ao menos vos toca.

Governar não é nada mais, nada menos do que interpretar esta tela, que é a aspiração de um povo, cada um interpreta como a vê! Mas por de trás de cada interpretação estão as fundações do que são os que hoje nos governam.

Pela pátria ou pelo prestígio? Horta, como interpretas as cores que vez? Serás tu a tela ou a moldura, que se troca de uma tela para outra?

Mau Seran

East Timor's Last Hero Faces a Daunting Task

Latimes.com


After years of efforts to win freedom for his people, a Nobel laureate now finds himself trying to keep his new nation from unraveling.
By Joel Rubin, Times Staff Writer
August 28, 2006


DILI, East Timor — At times, it seems Jose Ramos-Horta thinks he can solve East Timor's problems one person at a time.

Winding his way through the inhospitable mountains of his troubled nation recently, the new prime minister ordered his driver to stop. A frail, elderly man approached, bowing deeply. He asked for nothing, but Ramos-Horta pressed $10 into his bony hand. He turned to a group of women, and bought three heavy sacks of beans from them — $60 worth.

An hour farther down the washed-out road, Ramos-Horta gave the beans to a mother sitting in a thatched hut with her children and blind father.

"It's incredible," the 56-year-old said in a deep baritone shot through with a strong Portuguese accent. "Look at these people, they are so poor and yet they ask so little. And even that little, we are not giving them."

But the man is also tired. He wishes East Timor didn't need him again.

Twenty-four years in exile spent roaming the world's corridors of power trying to win freedom for his tiny nation have left him weary. What he wants now, he says, is to sleep late and pass lazy days at the beach.

"I am scared by their trust. I know my weaknesses," said Ramos-Horta, who has never been accused of having a small ego. "They think I am a genius, they think I am a prophet, when I am really a sinful character. But somehow, because of the way I am, they trust me…. I feel the weight of the country on my shoulders, and how can I now say no to the common people?"

Ramos-Horta, who shared the 1996 Nobel Peace Prize with Bishop Carlos Ximenes Belo for their efforts to bring freedom to their homeland, has been drawn back into the role of savior as East Timor threatens to unravel four years after it became the world's newest nation.

After centuries as a Portuguese colony, East Timor was invaded by Indonesia in 1975. Days before, a young, ambitious Ramos-Horta fled to Australia, sent by East Timor's political elite to serve as the country's link to the outside world. Four of Ramos-Horta's nine brothers and sisters were among the 200,000 people who Amnesty International estimates were killed or died prematurely during the occupation.

Indonesian rule came to a jarring end in 1999 when the government allowed East Timorese to vote on independence. The referendum sparked a horrific spasm of violence as militias aided by the Indonesian military killed more than 1,000 people and laid waste to villages and towns. With East Timor in shambles, the United Nations took control for 2 1/2 years, maintaining order and struggling to build a foundation for self-rule.

This summer, political chaos and rioting returned to this capital city. As the unrest toppled the government and threatened to send the country into free fall, the parliament selected Ramos-Horta to take over as prime minister.

Though his adversaries grumble about the political jockeying that led to Ramos-Horta's appointment, critics and allies agree that he was the only choice to assume control at this volatile crossroads. The country's beloved president, Jose Alexandre "Xanana" Gusmao, who led an armed resistance against Indonesia, is tiring of his public role.

Ramos-Horta is East Timor's last hero.

"There are only two people on this island who the people know and trust," said Gelasio da Silva, a parish priest in the devoutly Roman Catholic nation. "He is one of them."

In many ways, Ramos-Horta is an anomaly in his country. His hand-tailored shirts and sport coats are a rarity among the ragged clothes most East Timorese wear. On an island where few have ever stepped off its shores, Ramos-Horta's impressive thatched villa is filled with gifts from world leaders: a large box of cigars from Fidel Castro, a bust of his hero, Robert F. Kennedy, given to him by the family.

His shelves are lined with books in five languages, in a country where about 45% of adults are illiterate. And despite a strict Catholic education, Ramos-Horta is no longer particularly religious.

His skin is lighter than that of most East Timorese, a reflection of his mixed background: His father was a lieutenant in Portugal's navy until he was banished to East Timor for taking part in an ill-fated mutiny.

Since its emergence as a nation, East Timor has struggled under the heavy expectations of an international community eager for proof that nation-building can work.

"There is a good argument to be made that they've got one more chance to get it right," U.S. Ambassador Grover Joseph Rees said. "And that's the problem, because a lot of us have been hoping and expecting that East Timor would be the example for the developing world — that it would be the case that proves that freedom, independence and a free economy are not just the playthings for rich countries."

Ramos-Horta is familiar with rich countries. After fleeing East Timor, he served as its champion. Bouncing from Washington to New York to Geneva, he lobbied world leaders to apply pressure on Indonesia.

Now, far away from the glass offices of the United Nations and comfortable couches of senators' offices, he insists that if he is going to be involved in the rebuilding of East Timor, he is content to leave the traveling behind.

"Being here surrounded by these wonderful people — majestic, natural … I would have to be an incredible hypocrite, cynical, to be insensitive and miss the glamour of life as a diplomat, a foreign minister, elsewhere," he said. "In the last years I have been everywhere around the world, in palaces with kings, with queens and with millionaires…. Here I am dealing with real people who test my own humanity."

Still, at times Ramos-Horta seems to go a bit stir-crazy within the small, unrefined confines of the island that his nation shares with the Indonesian province of West Timor. He talks excitedly about an upcoming gathering in the U.S. with several other Nobel laureates. He waxes nostalgic about sipping cappuccinos in Rome and Paris.

And he is fond of telling stories from the old days: how he stumbled and slipped as he walked in snow for the first time on his way to address the U.N. General Assembly in New York; the day in 1993 when he sneaked into the bathrooms at the World Congress on Human Rights in Vienna to plaster the stalls with stickers reading, "Free Xanana, Boycott Bali"; and how he refused to buy more than one fork and plate when he rented an apartment in New York.

"I wanted the illusion that I was in transit," he recalled. "I wanted to think that I would return home soon."

Today, Ramos-Horta is under pressure to restore a sense of calm and stability to Dili. The rioting by gangs and renegade troops, touched off by his predecessor's controversial firing of 600 disgruntled soldiers, has largely subsided, but not before at least 30 people were killed, scores of homes torched and government offices ransacked.

Amid the chaos, Ramos-Horta ventured into neighborhoods and hospitals in the middle of the night in an attempt to ease tensions. Later, when he announced an amnesty for people who handed in their weapons, he gave his cellphone number, offering to collect the arms himself.

He has demanded that the U.N. return in force to help secure the country. In recent weeks he has criticized the world body sharply, saying it has abandoned East Timor too quickly. Last week, the U.N. Security Council approved plans to send about 1,600 police officers to the island for at least six months but refused to approve Secretary-General Kofi Annan's request to bolster the new force with hundreds of peacekeeping soldiers.

But many East Timorese are looking to Ramos-Horta to do more than bring peace to the country. They want a better life.

In East Timor's few years as a sovereign nation, the government has made little headway on that front. Although millions of dollars in revenue from oil fields have begun to flow in, the country still has a severe shortage of capable people. Most ministries are woefully lacking in staff and training needed to undertake the basics of governing.

For example, welfare and pension systems have not been established, while unemployment among young men in Dili hovers at 40%. No formal penal code has been adopted, and the country's few operating courts — staffed almost entirely by foreign judges and lawyers because there are too few qualified East Timorese — are helplessly backlogged. Roads are in disrepair, and electricity outside Dili is usually cut at night.

Ramos-Horta promises improvements. In speeches and in interviews, he says often that he wants to help the poor. When villagers at a meeting in a remote mountain town complained about feeling isolated, for example, he said he would look into providing televisions for each of the country's roughly 400 villages. He says money already has been set aside to build new offices for hundreds of villages.

But some who know Ramos-Horta fear he doesn't understand how hard it is to turn words into action in such an undeveloped land. That, mixed with his high hopes for the country and his image as savior, could be setting the country up for another fall.

Ramos-Horta readily acknowledges that he has only a fleeting interest in and a weak grasp of the intricacies of running a government. He relied heavily on two vice prime ministers to guide him through parliament's recent budget debates.

"He talks about his dreams for this country, and I just hope his dreams do not become nightmares," said Ana Pessoa, a respected minister in the government who was briefly married to Ramos-Horta and is the mother of his only child. "We have asked him to refrain from dreaming without first pondering … because when you speak in a way that people believe you are promising to do something tomorrow, it can be tricky when tomorrow comes."

"If he fails, we have no else to turn to. We have no one else."

Dos leitores

A verdade tem que ser apurada, e a dignidade das F-FDTL restaurada!

Se assim o PR primeiramente como o Comandante Supremo das Forças Armadas e o PM o quisessem, já o tinham feito. Como não têm mostrado interesse nem dado passo algum nesse sentido, só resta a concluir que o seu objectivo é fazer as populações, actualmente talvez apenas uma fasquia de população, a crer que as F-FDTL foram principalmente culpadas para toda a tragédia que actualmente se vive no país, mantendo assim as Falintil-FDTL acantonadas e de maõs atadas para poderem intervir na estabilização da situação. Só assim fica o espaça aberto para as forças australianas. Só acantonando as F-FDTL podia garantir-se que estas não intervinham na defesa da SOBERANIA, da LEGALIDADE e LEGITIMIDADE DEMOCRÀTICAS enquanto se desenrolava o golpe de destituição do Primeiro-Ministro e do derrube do Governo.

É urgente fazer um inquérito a todos os envolvidos e garantir que as autoridades políticas garantam um julgamento, com maior celeridade possível, em tribunais competentes de desertores e criminosos, como sejam Reinado, Salsa, Railos e outros.

Os apedrejadores das Falinti-FDTL, em tentativas de tanto agradar a correntes políticas actuais, fazem realmente tudo para enxovalhar, injuriar e difamar as Falintil-FDTL. Só fossem minimamente imparciais e realistas haviam de julgar o acto premeditado do Reinado em ter atirado de sangue frio para um dos camaradas das F-FDTL, avisando antes de iria contar até dez antes de disparar, através de um crime de sangue frio premeditado, além de cumulação de muitos outros, sem agora alargar a exposição.

Se realmente há alguma culpabilidade por parte de alguns elementos das Falintil-FDTL, estes têm que ser responsabilizados e culpabilizados em vez de satanizar toda a força de defesa da SOBERANIA do país.

Assim é que devia ser feito num ESTADO DE DIREITO.

Afinal, quem recorre à praça pública, à arbitrariedade sem legalidade e calúnias, são vocês que bem sabem que a lei não está do vosso lado, nem verdade, nem justiça, nem humanidade, nem dignidade. Assim, a única maneira é atirar com aquilo que defenda a SOBERANIA para o lamaçal.


Lafaek.

Começou a competição para a liderança da ONU

Tradução da Margarida.


Por Emrah Ulker, New York
Domingo, Agosto 27, 2006
zaman.com


[NEWS ANALYSIS] –Apesar de não ter capturado o interesse do público, já começou a competição para ver quem substituirá o Secretário-Geral da ONU Kofi Annan, cujo mandato expira no final de 2006.

Há almas disponíveis que querem liderar a ONU, que foi criticada depois da guerra do Iraque e perdeu o seu prestígio devido à crise Libanesa, bem como os que têm esperança de serem destacados para a posição.


O candidato primeiro tem de ter o apoio de quatro membros temporários e cinco permanentes do Conselho de Segurança da ONU, depois tem de ser aprovado por todos os países na Assembleia Geral. O novo chefe da ONU liderará a organização com 192 membros e um orçamento de multi-biliões de dolares.

As eleições do Secretário-Geral do Conselho será observado diferentemente desta vez, o oposto de anteriores eleições sem ocorrências especiais. A guerra do Iraque e os eventos no Líbano trouxeram outra vez o estado a ONU para a ribalta. Quando rebentaram os eventos no Líbano, esperava-se que a ONU atirasse o seu peso para a paz e o cessar-fogo, ou pelo menos que apoiasse alguma tentativa.

Contudo, a ONU nem sequer emitiu uma condenação pelos seus observadores assassinados na região. Em contraste, trabalhadores da organização não só em New York, mas também à volta do mundo, revoltaram-se quando a organização se fechou enquanto os seus amigos estavam a ser mortos em serviço.

A primeira ronda de contactos já começou para eventualmente determinar o novo secretário-geral, que ocupará o cargo em Janeiro de 2007. Toda a ONU espera alguém que possa melhorar a imagem manchada da ONU.

O Conselho de Segurança da ONU prefere um Candidato de Países Pequenos

Os debates sobre o novo secretário-geral da ONU nunca começaram tão cedo antes das eleições. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança no passado discutiam os nomes trazidos à agenda imediatamente antes da eleição oficiai. Apesar de algumas objecções pequenas, o nome escolhido no Conselho era geralmente aprovado.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança têm o cuidado de não seleccionar um candidato dos seus próprios países. Como a balança muda quando esses países que adquirem direito de veto introduzem um secretário-geral, o Conselho de Segurança geralmente prefere seleccionar um secretário-geral de um país pequeno.

O Egípcio Boutros-Ghali, o Peruviano Perez De Cuellar, o Austríaco Kurt Waldheim e Bermant U Thant, previamente escolhidos secretários-gerais, são exemplos claros.

O Ganense Kofi Annan recebeu bastante apoio por vir de um pequeno país que era um membro da ONU. Foi especialmente apoiado pelos USA na sua nomeação.

OS USA observam de perto a selecção do novo líder da ONU

A postura que o Secreário-Geral da ONU Kofi Annan manteve antes da guerra do Iraque enfureceu a administração da ONU. Annan não favorecia uma resposta militar porque pensava que todas as alternativas pacíficas para a guerra não tinham sido consideradas. Em resposta, os USA fizeram o seu melhor para travar a eficência da ONU.

Washington encarregou John Bolton, o corrente enviado dos USA na ONU, de fazer declarações controversas contra a ONU antes da sua nomeação, particularmente a que se o edifício de 38 andares da ONU “perder 10 andares hoje, não faria nenhuma diferença.” Também bloqueou movimentos de reforma que a organização tinha começado.

‘‘Notáveis capacidades administrativas’’ é a primeira das qualificações que os USA procuram no novo Secretário-Geral. A administração dos USA providencia quase um quarto do orçamento da ONU e presta muita atenção à directoria do secretário-geral.

Favorecendo qualquer candidato da Ásia, que é o próximo continente na fila para receber a posição rotativa de secretário-geral da ONU, os USA qualificaram a sua posição anunciando que se os candidatos forem correctamente qualificados, ‘‘apoiaremos um candidato, mesmo da Europa do Leste.’’ Alguns observadores acreditam que os USA apoiam secretamente a candidatura do antigo Presidente Polaco Aleksander Kwasniveski.

José Ramos Horta está no topo da lista dos USA dos candidatos da Ásia. A Grã-Bretanha tem a mesma visão da dos USA.

A França, contudo, requer que o novo secretário-geral seja capaz de falar Francês, o que lança uma luz favorável no Vice Primeiro-Ministro Tailandês Surakiart Sathirathai, que se encontrou na boa graça da França depois duma apresentação que fez em Paris em Francês.

A Rússia apoia qualquer um dos países Asiáticos rotativos para o posto de secretário-geral, enfatizando que vetará qualquer candidato nomeado da Europa do Leste.

Em adição aos cinco países membros permanentes, Argentina, Congo, Dinamarca, Gana, Grécia, Peru, Qatar, Eslováquia e Tanzânia provavelmente apoiarão qualquer candidato da Ásia.

O Japão, membro temporário, contudo, não avançou com um candidato apesar de ser um país Asiático, porque trouxe para a agenda do Conselho a sua proposta de ser aceite como membro permanente.
.

Polícia da ONU vai criar postos fixos em 6 bairros problemáticos

Díli, 28 Ago (Lusa) - O comandante das forças policiais da ONU estacion adas em Timor-Leste, Antero Lopes, anunciou hoje a criação de seis postos polici ais fixos nos bairros mais problemáticos de Díli, segundo um comunicado do gabin ete do primeiro-ministro timorense.

Numa reunião com José Ramos-Horta, Antero Lopes não deu um prazo para a instalação dos postos policiais, mas disse que iriam ser criados nos bairros Do m Aleixo, Comoro, Bebonuk, Bidau/Akadiru Hun, Mercado Central e Matadouro, lê-se no comunicado.

De acordo com o gabinete de Ramos-Horta, enquanto não forem criados os postos policiais será intensificado o patrulhamento naquelas zonas, consideradas as mais problemáticas de Díli, embora Antero Lopes tenha garantido que essa int ensificação iria ser feita "sem descurar o patrulhamento ostensivo" do resto da cidade.

Antero Lopes indicou também que à medida que o contingente policial int ernacional for sendo reforçado, o número de postos policiais fixos serão aumenta dos.

Ramos-Horta, segundo o comunicado, "chamou à atenção para a necessidade de as condições de segurança melhorarem substancialmente, após mais um fim-de-s emana em que bandos de jovens tornaram a atacar alguns bairros da capital timore nse, incendiando casas e promovendo desacatos".

O líder do Governo timorense "reafirmou" o papel de coordenação do Gove rno nas áreas da defesa e da segurança, em sintonia com o Presidente da Repúblic a, embora, depois da aprovação da resolução 1704 das Nações Unidas, haja "uma ma ior necessidade de coordenação do Governo com as forças internacionais".

Ramos-Horta considerou ainda importante que as forças internacionais co ntinuem as operações de "recuperação de armas", nomeadamente das que "se sabe qu e ainda estão na posse de elementos que integravam a Polícia Nacional de Timor-L este, que não as devolveram voluntariamente nem se apresentaram no Quartel-Gener al".

Na reunião participaram ainda o representante especial do secretário-ge ral da ONU para Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa, representantes dos vários comand os militares e policiais das forças internacionais, o vice-primeiro-ministro Rui Araújo, o ministro do Interior, Alcino Baris, o vice-ministro do Interior, José Agostinho Sequeira "Somotxo", e o Procurador-Geral da República, Longuinhos Mon teiro.

JCS.

Comando da polícia autosuspendeu-se de funções - primeiro-ministro

Díli, 28 Ago (Lusa) - O comando da Polícia Nacional de Timor- Leste (PNTL) autosuspendeu-se de funções, anunciou hoje o primeiro- ministro José Ramos-Horta durante um encontro com os responsáveis da ONU.

De acordo com um comunicado do gabinete do Chefe do Governo, o superintendente Paulo Martins e os Adjuntos Ismael Babo e Lino Saldanha, que integravam o comando da PNTL, "apresentaram ao primeiro- ministro a autosuspensão de funções enquanto decorrem os trabalhos da Comissão de Avaliação da polícia".

A Comissão de Avaliação foi criada pelo Governo e aprovada em Conselho de Ministros e visa apurar quais os elementos que devem ou não regressar às fileiras da força policial.

Antero Lopes, que comanda, ao serviço da ONU, as forças policiais internacionais previstas na resolução aprovada sexta-feira pelo Conselho de Segurança, disse, em entrevista à Lusa, que o processo de avaliação da PNTL vai permitir aferir a integridade e a competência e aptidão de cada agente.

"Será uma triagem com base em critérios de integridade mas também de competência e aptidões tendo como produto final a certificação dos agentes com base em critérios internacionais ajustados à realidade timorense", disse Antero Lopes.

O mesmo responsável garante que "não há loromonos ou lorosais na polícia e que este vai ser um corpo de polícia uno e íntegro em defesa dos Direitos e Liberdades Fundamentais dos cidadãos timorenses".

Durante os conflitos de Abril e Maio em Timor-Leste, a PNTL deixou de actuar com os seus membros, inclusivamente o comando, a deixarem de aparecer nas esquadras.

Agora, a triagem que será feita com o apoio da ONU vai permitir saber quem - dos 800 elementos da polícia timorense que actuavam em Díli - "está apto a regressar em breve às suas funções e quem terá de ser alvo de processo disciplinar ou criminal", refere o comunicado do gabinete de Ramos-Horta.

O primeiro-ministro timorense elogiou ainda a atitude dos comandantes da polícia timorense ao abandonarem por si a cadeia de comando que ficará numa primeira fase sob a responsabilidade da ONU que vai acompanhar todo o processo de reactivação da força.

JCS.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.