sexta-feira, junho 30, 2006

LUSA


Alkatiri promete vitória em 2007 e pede regresso a casa de apoiantes

Díli, 30 Jun (Lusa) - O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, pediu hoje aos apoiantes que se manifestam em frente do palácio do governo para volta rem para casa e prometeu dedicar-se ao partido para ganhar as eleições de 2007.

Dirigindo-se aos cerca de 4.000 apoiantes que desde quinta-feira se manife stam em frente do Palácio do Governo, Mari Alkatiri, primeiro-ministro demission ário, pediu para não se afligirem com a sua demissão.

As palavras do até agora primeiro-ministro e secretário-geral do maior par tido timorense parecem ter surtido efeito e os manifestantes estão agora a deixa r o Palácio do Governo.

Mari Alkatiri fez um discurso voltado para o futuro, acentuando a necessid ade de o partido se preparar para as eleições, e sublinhou a importância de todo s os militantes e simpatizantes da Fretilin manterem a disciplina e não responde rem à violência.

Mari Alkatiri, que estava acompanhado pelo presidente do partido, Francisc o Guterres Lu Olo, apelou aos manifestantes para que regressem hoje aos seus dis tritos, o mesmo fazendo de seguida Lu Olo.

O presidente do partido destacou o legado histórico da Fretilin, que disse ser um partido "responsável e civilizado".

"Foi uma longa luta até chegarmos ao Estado independente e soberano. Temos de nos organizar para demonstrar que continuamos fortes", disse.

Lu Olo referiu-se ainda à violência e destruição verificada na capital nas últimas semanas e defendeu a disciplina de todos os militantes e simpatizantes.

"A Fretilin não pode tocar no cabelo de alguém. Temos de demonstrar que so mos ordeiros e disciplinados", frisou. EL/FP.

Lusa/fim

Xanana Gusmão apupado na manifestação da Fretilin

Díli, 30 Jun (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, estev e hoje junto ao Palácio do Governo, em Díli, onde se manifestam milhares de apoi antes da Fretilin, mas acabou por ser apupado.
Cerca de quatro mil apoiantes do principal partido timorense e que deté m a maioria no Parlamento, a Fretilin, estão a manifestar-se desde a tarde de qu inta-feira em frente do Palácio do Governo, em Díli.
Num gesto de boa vontade, o Presidente começou a sua intervenção com ap elos ao respeito pela Constituição e à legalidade, e esteve cerca de 45 minutos no local.
Xanana Gusmão envolveu-se depois em diálogo com alguns militantes da Fr etilin, que questionaram a razão porque exigiu a demissão do primeiro-ministro e nada fez para acabar com actividade dos maltratam os militantes do partido.
Um dos manifestantes, que falava a partir de um carro de som colocado n o meio da manifestação, chegou mesmo a acusar Xanana Gusmão de ter distribuído a rmas, ao que o Presidente respondeu que, se a investigação que vai ser feita por uma comissão internacional concluir pela sua culpabilidade, está pronto a ir pa ra a prisão.
Outro militante questionou Xanana Gusmão sobre as declarações que profe riu na mensagem em que considerava ilegítima a direcção eleita pelo congresso da Fretilin (17 a 20 de Maio passado).
Nessa declaração Xanana Gusmão afirmou que a eleição da direcção não re speitou a lei dos partidos políticos e a Constituição, por ter sido eleita de br aço no ar, pelo que a considera ilegítima.
"Não fui eu quem escreveu a Constituição. Não sou eu que faço as leis d o Parlamento. Quem tem a maioria no Parlamento é a Fretilin. Foi a Fretilin que fez aprovar as leis", respondeu o Presidente.
Antes de deixar o local, o secretário-geral adjunto da Fretilin, José R eis, que estava ao lado de Xanana, também num carro com sistema de som, entregou -lhe uma declaração que os manifestantes quinta-feira já lhe tinham querido entr egar no Palácio das Cinzas (residência oficial) mas que militares australianos q ue garantem a segurança ao edifício impediram.
O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, e o presidente, Francisc o Guterres Lu Olo, deverão falar ainda hoje de manha aos manifestantes, que cheg aram quinta-feira a Díli para uma manifestação de três dias.
Os manifestantes da FRETILIN pretendem ficar até sábado em Díli e defen dem a anulação da demissão do primeiro-ministro Mari Alkatiri. Em frente do Palá cio do Governo, provenientes de distritos do leste do país, os manifestantes apo iam o governo e a liderança de Mari Alkatiri.
EL/FP Lusa/fim

Ao Presidente

The situation in Timor Leste has dramatically changed in the last few days. Two days ago 28 June 2006, we all witnessed dramatic events where internally displaced people (refugees) women and children alike being set upon by "anti-Alkatiri" protestors, an attempted attack on RTTL installations (Television station) by "anti-Alkatiri" supporters, the burning of property including the homes of FRETILIN members evidence of those have been perpetrating arson and violence in recent months "anti-Alkatiri" supporters. It is ironic that after the "anti-Alkatiri" supporter's left Dili yesterday morning on your wise command there were no arson and calm seem to have prevailed for now. However it is clear that the "people" supporting the President and the ousting of the Prime Minister unlike FRETILIN militants and sympathiser who allowed for free expression of "Anti-Alkatiri" supporters earlier tried to intimidate and disrupt the convoy. Credit is to be given to FRETILIN/Alkatiri supporters that they maintained discipline although being continually being tested throughout the day.



Yesterday 29 June 2006 we observed a peaceful motorcade of countless motorcycles cars including a convoy of 200 trucks and buses full of "people" rallying behind the "ousted" Prime Minister Mari Alkatiri and FRETILIN the main Political Party in Timor Leste. Conservative estimates suggest that there were 5000 supporters, it would be best however to ask the President of RDTL as to how many people there actually was. It would not be surprising to imply that the President knows there was a proportional higher turnout of "people" then those supporting the removal of the Prime Minister. For FRETILIN the number of supporters is irrelevant, what is important is that FRETILIN and Mari Alkatiri is not done yet and noticeably showed that it has strong support contrary reports from international media, President Xanana and Ramos Horta the men of the so called "people".



It is time that the President of RDTL came of his senses and consider the exigencies of FRETILIN whom have shown they have support of a large proportion of your "people". Do not be afraid of your "people" because FRETILIN is genuine unlike many of those groups who have rallied behind the President.



The President said on his speech about the souls and blood of those who fought for the country, please honour them and accept the demands of those who are true living testimonies of FRETILIN martyrs whom you know so well. Don't be saddened because of their martyrdom, their blood that have been spilled and their courage and spirit whom you mentioned in your speech of 22 June 2006 live in the veins and souls of the protesters and members of FRETILIN. Please President Xanana understand this Nicolau Lobato, Sahe, Carvarino, Hamis Basarewan, César Mau Laka, Hélio Pina, Inácio Fonseca, Mau Hudo, Konis Santana including all the members of Central Committee of FRETILIN who died for us, all have family, they have brothers, sisters, cousins, sons, daughters, mothers and fathers but even we whom their blood flow in us are afraid to use their names for such purposes as yours.



But is important is that lets honour them, lets use their names for good of of our country.

Let's work together to resolve this issue, many of us in FRETILIN have forgotten your speech of the 22 June 2006. We still have confidence in you as the President because our chosen dignified Prime Minister became ready to resign in order for you to remain and resolve the situation. Today is a new day, lets not think of the past, please accept FRETILIN's DEMANDS and we will work together to find a peaceful solution and together and ensure what you crave for unity, but only in the confines of Democracy and respect of the Constitution. Lets not complicate things.

Alkatiri e Lu'Olo falam aos manifestantes



Mari Alkatiri e Lu'Olo falaram aos manifestantes que agora começam a sair de Díli.

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quinta-feira, junho 29, 2006

Presidente Xanana fala com os manifestantes

O Presidente fala neste momento com os manifestantes da Fretilin em frente ao Palácio do Governo.

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LUSA

Manifestantes ficam até sábado e querem anulação demissão PM


Díli, 29 Jun (Lusa) - Os manifestantes da FRETILIN pretendem ficar até sábado em Díli e entregar sexta-feira ao Presidente Xanana Gusmão um documento e m que defendem a anulação da demissão do primeiro-ministro Mari Alkatiri, disse hoje à Lusa fonte do partido.

Segundo o secretário-geral adjunto da FRETILIN, José Reis, o documento não foi entregue já hoje porque militares australianos impediram uma delegação d os manifestantes de se aproximar do Palácio das Cinzas, sede da Presidência da R epública.

"Os militares australianos não receberam instruções para nos deixaram p assar e impediram-nos de entrar", afirmou José Reis.

"Esperamos poder entregar o documento amanhã [sexta-feira]", acrescento u.

A Lusa contactou a Presidência da República, e Agio Pereira, chefe de g abinete de Xanana Gusmão, confirmou que o documento será entregue sexta-feira.

Segundo José Reis, a FRETILIN inclui no documento uma referência à demi ssão de Mari Alkatiri, segunda-feira, e defende que o Presidente da República re considere a aceitação da resignação do chefe do governo "Sim, é por isso que que remos entregar a carta", disse José Reis à Lusa.

Os militantes e simpatizantes da FRETILIN, que ao entrarem em Díli a me io da tarde de hoje (hora local) provenientes de distritos do leste, depararam c om alguns grupos hostis, desejam expressar o seu apoio ao governo, ao partido e à liderança do secretário-geral Mari Alkatiri.

A concentração-comício que estava agendada para o Palácio do Governo, p ara assinalar a entrada dos manifestantes, foi entretanto anulada, devendo Mari Alkatiri e o presidente do partido, Francisco Guterres "Lu-Olo", falar sexta-fei ra às cerca de quatro mil pessoas que entraram na cidade.

O número de manifestantes da FRETILIN não é consensual.

Fontes militares internacionais disseram à Lusa que os manifestantes, q ue se fazem transportar em cerca de 200 viaturas, entre camiões de caixa aberta, carros particulares e pequenos autocarros, totalizam quatro mil, mas José Reis garantiu que o número "varia entre 10 mil e 15 mil".

Quarta-feira, fonte da FRETILIN dissera à Lusa que eram esperadas 30 mi l pessoas na manifestação.

Contactada hoje pela Lusa, a mesma fonte atribuiu o menor número de man ifestante a dificuldades logísticas e ao receio de serem recebidos em Díli com a ctos de violência.

Os manifestantes encontram-se agora concentrados à volta do quarteirão formado pelo Palácio do Governo e Parlamento, junto das suas viaturas, preparand o-se para pernoitar no local.

A segurança na zona está a ser assegurada por veículos militares, inclu indo blindados australianos, cujo comando dispensou entretanto os efectivos da G NR que acompanharam os manifestantes na entrada em Díli e se posicionaram para r epelir alguns contra-manifestantes.

O comandante operacional da GNR, capitão Gonçalo Carvalho, confirmou qu e o comando australiano, responsável pela segurança na zona central de Díli, dis pensou a presença da força portuguesa por não verificarem incidentes.

"Caso seja necessário para manter a ordem, seremos chamados", acrescent ou Gonçalo Carvalho.

Durante a entrada dos manifestantes registaram-se pelo menos dois incid entes, num dos quais foram detidos três jovens.

Num outro incidente, no bairro Mascarenhas, a GNR foi obrigada a interv ir para dispersar jovens que apedrejaram os apoiantes da FRETILIN.

EL.

Lusa

Austrália desmente envolvimento na queda de Mari Alkatiri
Camberra, 29 Jun (Lusa) - A Austrália desmentiu hoje qualquer envolvimento na demissão do primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, rejeitando alegadas ingerências na política interna do país.
"É absolutamente falso que a Austrália tenha tido uma intervenção seja por que modo fosse nos assuntos políticos de Timor-Leste", afirmou o ministro das F inanças, Peter Costello, numa entrevista a uma cadeia de televisão australiana.
Costello respondia às acusações de apoiantes do primeiro-ministro demissio nário, segundo as quais a queda de Mari Alkatiri, após algumas semanas de violên cia no país, teria sido orquestrada por Camberra e pelas forças militares austra lianas destacadas para Timor-Leste.
"As nossas forças militares estão lá (em Timor-Leste) a convite do preside nte e do então primeiro-ministro, Mari Alkatiri. Foram eles que nos pediram para ir para lá", recordou.
Mari Alkatiri demitiu-se no início da semana, no fim de um braço de ferro com o presidente Xanana Gusmão, que ameaçara resignar ao cargo se o primeiro-min istro não abandonasse o cargo.
Apesar do Comité Central da Fretilin ter recusado o pedido de demissão de Alkatiri, apelando à continuação do diálogo entre o presidente e o primeiro-mini stro para resolver a crise política, o chefe do governo e secretário-geral do pa rtido no governo acabou por se demitir para, nas suas palavras, impedir a resign ação do presidente da República.
Alkatiri vai responder sexta-feira às acusações de ter ordenado a distribu ição de armas a civis para assassinar adversários políticos.
A Austrália tem sido frequentemente acusada de ingerência nos assuntos int ernos de Timor-Leste e de ter instigado a queda de Mari Alkatiri.
JPA.
Lusa/fim

Alkatiri diz que se demitiu para evitar vazio inconstitucional - Visão

Lisboa, 29 Jun (lusa) - O líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, afirmou à V isão que se demitiu do cargo de primeiro-ministro para evitar um "vazio instituc ional" em Timor-Leste, face a informações de que o presidente Xanana Gusmão iria resignar ou dissolver o Parlamento.

"Havia a informação de que o Presidente poderia resignar a todo momento ou dissolver o Parlamento. Qualquer uma dessas hipóteses seria pior do que a mi nha demissão", disse Alkatiri, entrevistado em Díli pela Visão terça-feira passa da, um dia depois de ter cedido à exigência de Xanana Gusmão para deixar a chefi a do governo.

"Foi o dia mais difícil da minha vida", admitiu Alkatiri, frisando que decidiu demitir-se por entender que "não devia atiçar ainda mais os ânimos".

A demissão de Mari Alkatiri, 56 anos, ocorreu um dia depois de o comité central da FRETILIN ter renovado a confiança no seu líder para que continuasse a chefiar o governo.

"Não tive a aprovação de todos, mas todos procuram compreender a minha posição", disse Alkatiri.

Sobre a posição de Xanana Gusmão de considerar ilegítima a liderança do partido maioritário por ter sido eleita por braço no ar no congresso de Maio, A lkatiri começou por dizer que não prevê uma repetição do escrutínio, mas depois admitiu essa possibilidade, "se isso ajudar a resolver algum problema".

"Mas não se organiza um congresso em poucos dias", frisou.

Alkatiri disse querer ver esclarecidas as acusações sobre o seu envolvi mento numa alegada distribuição de armas a civis para eliminar adversários polít icos, mas admitiu que a sua audição pelo Ministério Público, prevista para sexta -feira, possa ser adiada.

"Fui eu que pedi que se acelerasse essa audiência. Quanto mais se demor asse, pior ficava a minha imagem. No entanto, estou ainda à espera de um advogad o de fora e ela pode ser adiada", disse, sublinhando estar de "consciência tranq uila".

Alkatiri disse preferir "não falar mais, agora", sobre as suas denúncia s anteriores de que foi vítima de um golpe de Estado constitucional e recusou pr onunciar-se sobre se se referia à Austrália quando implicou interesses externos a Timor-Leste na actual crise no país.

"Não retiro uma vírgula, mas não vou insistir mais. Não porque tenha me do. É tempo de reflectir sobre o que se passou", respondeu.

Mais adiante, ao referir-se às futuras negociações com as companhias pe trolíferas, sublinhou que "onde há petróleo, há problemas".

Na entrevista à Visão, Mari Alkatiri admitiu que "houve erros" por part e do seu governo nos conflitos institucionais e que a crise o fez conhecer "melh or muitas pessoas", incluindo alguns dos seus ministros.

Sobre José Ramos-Horta, ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, que em várias ocasiões fez declarações contraditórias em relação às do primeiro -ministro, comentou: "Num governo normal, em qualquer parte do mundo, [isso] ser ia inadmissível".

"Mas ele teve um papel de diálogo positivo. Prefiro, neste fase, destac ar só os melhores aspectos", acrescentou.

Mari Alkatiri recusou pronunciar-se sobre qualquer nome para o substitu ir na chefia do governo, mas garantiu que "quem for", terá o seu apoio.

A eleição de Rogério Lobato para vice-presidente da FRETILIN depois de se ter demitido do cargo de ministro do Interior foi considerada por Alkatiri co mo "mais uma prova de que o partido e o governo são órgãos diferentes".

"Quero que fique claro que não foi o secretário-geral da FRETILIN que d esignou Rogério Lobato para o cargo [vice-presidente do partido]. Ele foi propos to pelo presidente [Francisco Guterres "Lu-Olo"]. Mas já sei que, neste país, a culpa é sempre minha", afirmou.

Alkatiri disse ainda concordar com a presença em Timor-Leste de uma for ça da ONU "com uma componente policial mais substancial do que a militar", pelo menos durante um ano, em que defende um envolvimento de Portugal.

"Não tenho dúvidas de que Portugal terá um papel importante nas duas [c omponentes militar e policial da força da ONU]", frisou.

O líder da FRETILIN e primeiro-ministro demissionário disse igualmente confiar no envolvimento de Portugal na discussão diplomática sobre a futura miss ão das Nações Unidas em Timor-Leste.

"Já se provou, no passado, a importância da diplomacia portuguesa, ao c riar uma dinâmica institucional própria em conjunto com a CPLP [Comunidade dos P aíses de Língua Portuguesa, de que Timor-Leste faz parte] e assim afirmar uma ou tra influência", sublinhou.

Mari Alkatiri negou "terminantemente" que a FRETILIN utilize o Estado p ara os seus interesses partidários e garantiu que o seu partido vai ganhar de no vo as eleições.

"Esta crise foi criada para não permitir a vitória do partido. Mas não tenho dúvidas de que vamos ganhar, mesmo com os prejuízos que nos causou", afirm ou.

Na sequência da crise que afecta o país desde o final de Abril, e que j á provocou três dezenas de mortos e mais de 145 mil deslocados, as autoridades t imorenses solicitaram a intervenção de uma força policial e militar de Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia.

PNG.


GNR dispersa jovens que apedrejavam manifestantes FRETILIN

Díli, 29 Jun (Lusa) - Efectivos da GNR foram hoje obrigados a intervir no bairro Mascarenhas, perto do antigo mercado municipal de Díli, para dispersar grupos de jovens que apedrejaram a caravana de manifestantes da FRETILIN.

Alguns dos manifestantes saíram das viaturas e responderam aos atacante s arremessando pedras.

A caravana dos apoiantes da FRETILIN integra viaturas de militares aust ralianos e da GNR e o incidente no bairro Mascarenhas coincidiu com a passagem d e uma viatura dos efectivos portugueses.

Os militares da GNR dispersaram os atacantes e obrigaram os manifestant es a voltar para as suas viaturas.

Um helicóptero militar australiano Black Hawk tem estado a sobrevoar a baixa altitude a zona por onde vai passando a caravana de manifestantes da FRETI LIN.

Os partidários do primeiro-ministro demissionário e líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, dirigiram-se para o bairro Caicoli, onde se situa a Presidência d a República, para entregar um documento a Xanana Gusmão, cujo teor ainda não foi divulgado.

No entanto, militares australianos impediram o acesso ao Palácio das Ci nzas, obrigando os manifestantes a prosseguir a sua marcha pela cidade.

EL.

Lusa/Fim

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Manifestação da Fretilin - exemplo de democracia

Apesar de terem sido provocados inúmeras vezes por pequenos grupos que gritavam "Morte a Alkatiri" e "Viva Xanana", os manifestantes, transportados em cerca de 200 viaturas, respondiam com "Viva Alkatiri e Lu'Olo" e ... "Viva Xanana"!

É a diferença.

Mais tarde pomos fotografias.

Forças australianas bem durante o percurso. Quando começaram as provocações, senão fossem os Bravos a salvarem a situação, nossos GNR, tinha dado para o disparate.

P.S. Comando australiano dispensou ao fim do dia a GNR porque a zona onde os manifestantes pernoitam, junto do Palácio do Governo, é da responsabilidade das forças australianas.

Esperemos que consigam controlar os pequenos grupos de provocadores, que usam camisolas coma fotografia de Xanana.

O Presidente numa mensagem ao país pede calma e fim da violência, e que todos têm direito a manifestar-se.

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Até já.

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165 camiões e microletes

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Manifestantes começam a sair de Metinaro

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Manifestação da Fretilin hoje em Dili

Aguarda-se a saída de Metinaro dos manifestantes da Fretilin. Serão escoltados pelos militares australianos e kiwis, e por 50 soldados da GNR.

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It is alarming that the President was not able to control his own protesters.

Recebido por email:


What we saw was evidence of who was behind the recent violence, links between supporters of the President (not the President) and violence was evident. Yesterday 29 June 2006 we saw a President of the "people" unable or unwilling to stop the violence perpetrated by his own supporters. These are the same supporters who earlier this week defiantly stood side by side with President calling for the resignation of the so called "criminal" Mari Alkatiri. It was disheartening that the President of the Republic was standing next to insurgents, manipulators and real criminals calling for the resignation of a constitutionally legitimate Prime Minister. He has achieved his goals amongst "people" that are not legally representatives of all citizens of Timor Leste.


The President of the Republic has shown he has no control over his own "people". How can there be claims that he can maintain control of Timor Leste when his own supporters burn the homes of those representing the Political Party that has the majority in Parliament. It becomes more evident the President is not the unifying soul or saviour that the media reports put him out to be, his supporters attacked innocent people women and children amongst them, mainly from the East is an example of the disunity created by his supporters. The President of the Republic has no control over all citizens of Timor Leste and he MUST be responsible for the violent acts committed so openly by his supporters.


Blame has been put on Mari Alkatiri's speech, but it is less inflammatory than the Presidents speech on the 22 June 2006. FRETILIN showed great maturity in not reacting, there were no homes of the opposition being burned, there were no attacks on innocent refugees, there were no shootings after the speech.


FRETILIN has shown in Metinaro that it does have a large support base that cannot be ignored. If the President wishes to dissolve Parliament or chose a Government without the explicit contribution of FRETILIN then he runs the risk of creating more chaos in this country. The President continues to irresponsibly challenge the patience of FRETILIN. His decisions have already been recipe for disaster and on the verge of complete incompetence.


FRETILIN has shown great tolerance, its supporters are massing still at Metinaro, and have being blocked from entering the city in the last few days by foreign intervention forces, mainly Australian troops. As they are still held up at Metinaro and have not entered Dili because of strict control of the area by Australian forces, no fault can be attributed to FRETILIN supporters.


No justification can herald the shameful actions over the past few months of the President of the Republic, in shaming the nation by requesting the Prime Ministers resignation with an enclosed video tape of allegation produced by foreign media outlet. What was more ignorant and offensive was his speech on the 22 June which also showed his immaturity and desperation by offering his own resignations if the Prime Mister did not do so. He has already the Prime Ministers resignation and yet his supporters initiated another wave of violence.


Serious questions now have to be raised about the Presidents involvement and that of other supportive leaders of the President over their mishandling of the overall crisis. The President and his supporters are now walking on very thin ice.

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Dos leitores

De facto é escandaloso mas também significativo que dos cinco media de referência da UNOTIL, quatro sejam da Austrália e um dos USA!

Mas o que me está a espantar ainda mais é que com tanta ONG sediada em Timor-Leste, com tantas workshops e acções de "formação" que por lá desenvolvem, com tantos activistas dos direitos humanos, ainda não haja denúncia, nem uma para exemplo, dos cobardes ataques à sede da Fretilin que ardeu completamente, a casas dos seus dirigentes e deputados, ao campo de deslocados perto do porto de Timor que abrigava mulheres e crianças só porque a maioria dos deslocados eram do leste de TL e dos ataques à Rádio e Televisão de TL que feriu e causou o pânico dos seus trabalhadores.

Dá que pensar não dá, tantas ONG's sediadas em Timor-Leste, supostamente para defenderem causas humanitárias e o respeito pelos direitos humanos e numa ocasião concreta onde tantos desses direitos foram violados, nem uma delas levantou a voz para denunciar os crimes praticados e os direitos violados!

esta é a questão que está a provocar o golpe de Estado...

Do Cacau Branco:

Esta é a grande questão que motiva a ira australiana e a ambição da oposição:

"Pouco depois do anúncio da existência de acordo, no final de Novembro, o primeiro-ministro apelidou de positivo o entendimento a que chegaram os dois Estados:

"Este é um bom acordo para Timor-Leste mas é também um bom acordo para a Austrália."

E considerou que o acordo abre também caminho "para garantir a construção de um gasoduto entre o Greater Sunrise e Timor-Leste e a consequente instalação de uma refinaria no país, dando-se assim início à actividade petrolífera em solo timorense".

O acordo prevê a divisão em partes iguais dos recursos petrolíferos do campo Greater Sunrise. Além disso, na Área de Desenvolvimento Conjunto Petrolífero, Timor-Leste recebe 90 por cento dos recursos e a Austrália os restantes 10 por cento.""

9 de janeiro de 2006

O governo Australiano avança com planos para dominar Timor-Leste

Tradução da Margarida:


Por Peter Symonds via sam
Quarta-feira, Junho 21, 2006 at 12:53 PM

Nem Horta nem os seus apoiantes Australianos querem testar o seu “tremendo apoio” nas eleições do próximo ano. “O problema é, obviamente, pode o país suportar os próximos seis, os próximos nove meses com esta pressão continuado sobre o primeiro-ministro para resignar?” perguntou Horta. “Podemos suportar esta crescente perda de credibilidade do governo e a má imagem do país? Ou deve o primeiro-ministro dizer, ‘Bem, eu saio no interesse do meu próprio partido. Parece que eu sou uma desvantagem para o meu próprio partido, se não para o país’.” A ameaça de acusações criminais é obviamente maquinada para obrigar Alkatiri a tomar aquela decisão.

Tendo estabelecido um exército de ocupação em Timor-Leste, o governo Australiano engajou-se numa luta política corrente em várias frentes para garantir o seu domínio sobre metade da ilha. Nas Nações Unidas, diplomatas Australianos estão a pressionar para garantir que Canberra retém o controlo sobre a nova missão da ONU. Como parte dessa ofensiva, os media Australianos conduzem uma campanha sem paragem contra o Primeiro-Ministro Mari Alkatiri, que é visto como demasiado próximo do rival Portugal e portanto um obstáculo aos interesses Australianos.

Os Australianos de Murdoch mais uma vez esboçaram a agenda a maioria deles abertamente. Num comentário no Sábado, o editor dos assuntos estrangeiros Greg Sheridan argumentou que enquanto outros países precisavam de contribuir para o re-estabelecimento duma força de polícia em Timor-Leste, Canberra tinha que reter, sobre tudo o controlo. “O Conselho de Segurança da ONU está a considerar Timor-Leste e os requerimentos do seu policiamento futuro agora mesmo É uma tarefa vital para a diplomacia Australiana obter a fórmula certa disso,” declarou.

Sheridan declarou que era vital que “A Austrália desempenhe a tarefa sozinha” no treino da polícia. “A ONU em Timor tem sido um caminho para a confusão e disfunção. Em particular tem sido um caminho para a influência Portuguesa, um negócio de mão-cheia, na verdade.” No princípio deste mês, Sheridan classificou Portugal como o “inimigo diplomático da Austrália em Timor-Leste” e identificou Alkatiri como “a chave para a influência deles”.

Enquanto que o governo de Howard não se pode dar ao luxo de ser tão aberto, com o apoio de Washington, está envolvido numa ofensiva diplomática para garantir que a Austrália lidera a operação da ONU em Timor-Leste. A manobra é particularmente cínica porque os USA e a Austrália têm-se oposto sistematicamente a pedidos feitos pela ONU, Timor-Leste e Portugal para uma extensão da presença da ONU no país. Tão recentemente quanto no início de Maio, Canberra e Washington opuseram-se vigorosamente a qualquer extensão da missão da ONU.

As diferenças vieram à superfície abertamente no Conselho de Segurança da ONU na semana passada quando o Embaixador Australiano Robert Hill se opôs a uma proposta do Secretário-geral da ONU Kofi Annan de uma operação formal de capacetes azuis para tomar o lugar da presente força militar liderada pelos Australianos. O plano do governo de Howard, modelado conforme a ocupação liderada pelos Australianos das Ilhas Salomão, é reter o controlo militar exclusivo ao mesmo tempo que preside sobre uma força policial multi-nacional e instala funcionários Australianos em postos administrativos chaves. Hill argumentou que estrangeiros deviam ser postos à frente da força policial Timorense, e privadamente sugeriu o antigo Comissário da Polícia Federal Australiana Mick Palmer para o lugar.

Portugal e a Malásia que têm ambos contingents policiais em Timor-Leste, apoiaram o pedido de Annan para a ONU tomar a completa responsabilidade do controlo da presença militar e policial. O Embaixador de Portugal João Salgueiros disse ao Conselho de Segurança: “Timor-Leste é um filho das Nações Unidas. Por isso precisa da universalidade e imparcialidade das Nações Unidas, que deve uma vez mais tomar o papel liderante.”

Uma reunião de ministros dos estrangeiros da CPLP no Domingo decidiu enviar uma missão a Timor-Leste para avaliar a situação. O Ministro dos Estrangeiros Português Diogo Freitas do Amaral declarou: “Timor-Leste não é um Estado falhado. Temos de defender a necessidade de enviar uma força das Nações Unidas na qual todas as nações membros participem activamente.” Na semana passada a Comissão Europeia, que foi apoiada pelas ambições de Portugal em Timor-Leste, assinou um acordo com o governo de Alkatiri para providenciar 18 milhões de euros em ajuda com um foco na “construção de capacidade institucional,” bem como no alívio da pobreza.

Ontem o Embaixador dos USA John Bolton entrou na cena diplomática apoiando o pedido de controlo para Canberra. Opondo-se a “uma presença da ONU para sempre” em Timor-Leste, argumentou que era necessário “apoiar os Australianos e Neozelandezes que estão lá”. Obviamente, se a intervenção nas Ilhas Salomão é um guia, o governo de Howard tem a intenção de ficar em Timor-Leste não somente meses, mas anos.

Esta luta de braços diplomática reflecte o agudizar de antagonismos inter-imperialistas, não só sobre Timor-Leste, mas internacionalmente. Em jogo está o controlo sobre significativas reservas de petróleo e de gás no Mar de Timor bem como a posição estratégica de Timor-Leste na Ásia do Sudeste, a meio-caminho de estradas navais chaves. O governo de Howard explorou conflitos de facções no governo e nas forças de segurança de Timor-Leste para começar a destacar 1,300 tropas Australianas para a ilha em 24 de Maio. A última preocupação de qualquer das potências em competição é a luta dos Timorenses atingidos pela pobreza, muitos dos quais fugiram para campos de deslocados.

A Campanha contra Alkatiri
As divisões na OBU têm um paralelo na luta de facções no próprio Timor-Leste, onde os aliados Australianos— o Presidente Xanana Gusmão e o Ministro dos Estrangeiros José Ramos Horta— estão engajados numa mal disfarçada campanha para expulsar Alkatiri. Segundo a constituição do país, o presidente não tem o poder de despedir o primeiro-ministro sem um voto de não confiança no parlamento, onde o partido Fretilin de Alkatiri tem uma maioria absoluta. Como resultado disso, os media Australianos têm procurado inventar bases para acusações criminais contra Alkatiri, que o forçariam a sair.

O último tiro na campanha foi disparado ontem à noite no programa “Four Corners” da Australian Broadcasting Corporation. Numa peça de propaganda desavergonhada, a repórter da ABC Liz Jackson tentou demonstrar que Alkatiri, juntamente com o antigo ministro do interior Rogério Lobato, tinha entregue armas a antigos guerrilheiros da Fretilin para formar um esquadrão de ataque contra os seus opositores políticos. Desdenhando abertamente de Alkatiri e da sua negação de qualquer acção errada, Jackson apresentou, sem contraditório, um mosaico de comentários e de documentos, todos fornecidos pelos inimigos políticos do primeiro-ministro e apresentados fora do contexto.

Deve ser lembrado que as alegadas más acções tiveram lugar no meio da luta faccional incipiente, na qual 600 soldados rebeldes, a que se juntaram secções da força de polícia, ameaçavam lançar uma guerra civil war se Alkatiri não saísse imediatamente. Mesmo se isso fosse completamente verdade, o que toda a “evidência” demonstrava é que Alkatiri e Lobato, como os rebeldes, estavam a armar os seus apoiantes. O lado parcial do programa da ABC tornou-se uma farsa quando Jackson pressionou Alkatiri sobre a ilegalidade de “armar os civis,” ao mesmo tempo que ignorava o facto de, os que ela caracterizou como “os heróis da luta anti-Alkatiri” serem, em termos estritamente legais, culpados de motim e traição.

Nos seus esforços para apresentar Horta como o popular próximo primeiro-ministro, “Four Corners” talvez revelou mais do que tinha a intenção de revelar. Horta tem tentado apresentar-se a si próprio como estando acima dos políticos em luta — o homem para reunir todas as facções juntas. Mas a cobertura da ABC da sua reunião com os líderes rebeldes em Gleno, imediatamente antes de uma concentração da oposição em 6 de Junho em Dili, mostrou Horta a fazer trabalho de facção abertamente com forças anti-Alkatiri. Ao ser-lhe perguntado acerca desta actividade, Horta declarou desavergonhadamente: “Em todos os sítios para onde tenho ido — Baucau e todos os lugares — eu tenho tido tremenda simpatia, apoio, calor das pessoas aos milhares, às centenas. E eu sinto-me ultrapassado, talvez porque elas estão desesperadamente à procura de liderança, à procura de gente em quem possam confiar.”

Nem Horta nem os seus apoiantes Australianos querem testar este “apoio tremendo” nas eleições previstas para o próximo ano. “O problema é, obviamente, pode o país suportar os próximos seis, os próximos nove meses com esta pressão continuado sobre o primeiro-ministro para resignar?” perguntou Horta. “Podemos suportar esta crescente perda de credibilidade do governo e a má imagem do país? Ou deve o primeiro-ministro dizer, ‘Bem, eu saio no interesse do meu próprio partido. Parece que eu sou uma desvantagem para o meu próprio partido, se não para o país’.” A ameaça de acusações criminais é obviamente maquinada para obrigar Alkatiri a tomar aquela decisão.

De acordo com o jornal The Age baseado em Melbourne na Segunda-feira, o Presidente Gusmão está a considerer usar os seus poderes constitucionais para lançar um inquérito judicial sobre as alegações da ABC e doutros media Australianos. Horta estava a considerar uma visita ao alegado líder do esquadrão de ataque, Vincente “Railos” da Conceição, para reunir evidência e levá-la para Gusmão. “O presidente não é indiferente, pelo contrário. Está atento a estas alegações, e... está a juntar toda a informação disponível, e agirá na altura devida se tiver de,” explicou Horta.

Estas sórdidas maquinações politicas iluminam o absurdo da assim chamada independência proclamada em 2002 como um passo em frente para o povo Timorense. Numa era de produção globalizada, a pequenina meia-ilha nunca será independente dos poderes globais e regionais, ou das instituições financeiras internacionais como o Banco Mundial e o FMI. Longe de gozar paz e prosperidade, Timor-Leste tornou-se uma outra área para rivalidades imperialistas, na qual cada clique local procura garantir a sua posição política pela obtenção do apoio de um ou de outro dos poderes em competição. Longe de pôr fim ao conflito em Timor-Leste, a intervenção Australiana está a construir a base para uma futura guerra civil pois Canberra pretende instalar os seus próprios clientes.

http://www.melbourne.indymedia.org/news/2006/06/115261.php

Parlamento Nacional/Assembleia Constituinte


De um leitor:

Este Parlamento deve ser visto como uma ilegalmente prolongada Assembleia Constituinte do que um Parlamento propriamente dito.

Um Parlamento propriamente dito deve ser formado por vias do:

Artigo 93.º
(Eleição e composição)
1. O Parlamento Nacional é eleito por sufrágio universal, livre, directo, igual, secreto e
pessoal.
2. O Parlamento Nacional é constituído por um mínimo de cinquenta e dois e um
máximo de sessenta e cinco deputados.
3. A lei estabelece as regras relativas aos círculos eleitorais, às condições de
elegibilidade, às candidaturas e aos procedimentos eleitorais.
4. Os Deputados do Parlamento Nacional têm um mandato de cinco anos.


Resposta (pela Margarida):

Chamo-lhe a atenção para o facto de todos os 88 deputados terem aprovado. ... deite então s.f.f a responsabilidade da "ilegadidade" aos 88 deputados que subsescreveram a Constituição da RDTL de que lhe lembro os seus últimos artigos:

(…)
Artigo 168.°
(Transformação da Assembleia Constituinte)
1. A Assembleia Constituinte transforma-se em Parlamento Nacional com a entrada em vigor da Constituição da República.
2. O Parlamento Nacional tem no seu primeiro mandato, excepcionalmente, oitenta e oito
Deputados.
3. O Presidente da Assembleia Constituinte mantém-se em funções até que o Parlamento Nacional proceda à eleição do seu Presidente, em conformidade com a Constituição.

Artigo 168.°
(II Governo Transitório)
O Governo nomeado ao abrigo do Regulamento da UNTAET n.° 2001/28 mantém-se em funções até que o primeiro Governo Constitucional seja nomeado e empossado pelo Presidente da República, em conformidade com a Constituição.

Artigo 169.º
(Eleição presidencial de 2002)
O Presidente da República eleito ao abrigo do Regulamento da UNTAET n.º 2002/01 assume as competências e cumpre o mandato previsto na Constituição.

Artigo 170.º
(Entrada em vigor da Constituição)
A Constituição da República Democrática de Timor-Leste entra em vigor no dia 20 de Maio de 2002.

Aos 22 de Março de 2002, a Assembleia Constituinte da República Democrática de Timor-Leste, eleita em 30 de Agosto de 2001, aprovou a presente Constituição, a qual vai ser assinada pelos seus oitenta e oito Deputados:

Presidente da Assembleia Constituinte,
Francisco Guterres ‘Lú-Olo’
(Fretilin)
Vice-Presidente,
Francisco Xavier do Amaral
(ASDT)
Vice-Presidente,
Arlindo Marçal
(PDC)

Deputados

ASDT
Afonso Noronha
Feliciano Alves Fátima
Jacinto de Andrade
Maria da Costa Valadares
Pedro Gomes

FRETILIN
Adalgisa Maria Soares Ximenes
Adaljiza Albertina Xavier Reis Magno
Adérito de Jesus Soares
Alfredo da Silva
Ana Maria Pessoa Pereira da Silva Pinto
António Cardoso Machado
António Cepeda
Arão Nóe de Jesus da Costa Amaral
Armindo da Conceição Freitas
Augusto da Conceição Amaral
Cipriana da Costa Pereira
Constância de Jesus
Elias Freitas
Elizario Ferreira
Flávio Maria da Silva
Francisco Carlos Soares
Francisco Kalbuadi Lay
Francisco Lelan
Francisco M.C.P. Jerónimo
Francisco Miranda Branco
Gervásio Cardoso de Jesus da Silva
Gregório Saldanha
Jacinto Maia
Jacob Martins dos Reis Fernandes
Januário Soares
Jerónimo da Silva
Joaquim Amaral
Joaquim Barros Soares
Joaquim dos Santos
José Andrade da Cruz
Josefa A. Pereira Soares
José Maria Barreto Lobato Gonçalves
José Maria dos Reis Costa
José Soares
José Manuel da Silva Fernandes
Judit Ximenes
Lourdes Maria Mascarenhas Alves
Luisa da Costa
Madalena da Silva
Manuel Sarmento
Marí Alkatiri
Maria Avalziza Lourdes
Maria Genoveva da Costa Martins
Maria José da Costa
Maria Solana da Conceição Soares Fernandes
Maria Teresa Lay Correia
Maria Teresinha da Silva Viegas e Costa
Mario Ferreira
Miguel Soares
Norberto José Maria do Espírito Santo
Osório Florindo
Rosária Maria Corte-Real de Oliveira
Rui António da Cruz
Vicente Soares Faria

Independente
António da Costa Lelan

KOTA
Clementino dos Reis Amaral
Manuel Tilman

PD
Aquilino Ribeiro Fraga Guterres ‘Ete Uco’
Eusébio Guterres, SH
Samuel Mendonça
Ir. Mariano Sabino Lopes ‘Assa Nami’
Paulo Alves Sarmento ‘Tuloda’
Dr. Paulo Assis Belo ‘Funu Mata’
Rui Meneses da Costa, SE ‘Lebra’

PDC
António Ximenes

PL
Armando da Silva

PNT
Aires Francisco Cabral
Aliança da Conceição Araújo

PPT
Ananias do Carmo Fuka
Jacob Xavier

PSD
Fernando Dias Gusmão
Leandro Isac
Lucia Maria Lobato
Mario Viegas Carrascalão
Milena Pires
Vidal de Jesus “Riak Leman”

PST
Pedro Martires da Costa

UDC/PDC
Vicente da Silva Guterres

UDT
João Viegas Carrascalão
Quitéria da Costa

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Our friends...

Voz da América vai encerrar emissões em português

Washington, 28 Jun (Lusa) - A emissora oficial dos Estados Unidos, Voz da América, vai suspender as emissões em português para Timor-Leste, disseram hoje fontes daquela estação emissora.
A emissão em português deverá ser transmitida pela última vez no próxim o domingo, mas como as emissões de fim-de-semana são gravadas antecipadamente o programa termina com efeito na sexta-feira.

As fontes disseram que a decisão não se deve à actual situação politica em Timor-Leste e estava a ser ponderada há muito tempo por razões logísticas.

O ano passado uma decisão de encerrar as transmissões foi adiada devido a oposição dos jornalistas responsáveis pela emissão e de protestos de diplomat as timorenses, acrescentaram.
O português é língua oficial de Timor-Leste, a par do tétum.

A Voz da América iniciou as transmissões em português para Timor-Leste há pouco mais de cinco anos, tendo desde então transmitido diariamente um progra ma de 30 minutos ao início da manhã (hora local).

O programa é retransmitido em directo por uma estação emissora timorens e ligada à FRETILIN, a Voz da Esperança, que para poder captar e transmitir o pr ograma recebeu equipamento da Voz da América.

O programa, com notícias e reportagens, tem sido elaborado por jornalis tas do serviço em português para África que segundo as mesmas fontes luta com fa lta de pessoal e fundos.

Os jornalistas que asseguram diariamente o programa nunca visitaram Tim or-Leste e nunca tiveram meios para contratar um correspondente em Díli, elabora ndo as notícias sobre Timor-Leste com base nas agências noticiosas internacionai s e nas notícias publicadas em jornais australianos.

Actualmente, a Voz da América transmite em português para África um tot al de duas horas de programação diária, sendo 30 minutos dedicados especialmente a Angola num programa elaborado totalmente com base em reportagens de jornalist as angolanos baseados no país, mas apresentado por um locutor/jornalista em Wash ington.

Dos restantes 90 minutos, 30 minutos são transmitidos pela manhã (hora africana) e 60 minutos ao início da noite.

As fontes disseram que o programa especialmente dedicado a Angola estev e recentemente em risco de ser encerrado, o que poderá acontecer a "médio prazo" .

O serviço em português da Voz da América conta actualmente com nove jornalistas/apresentadores divididos em dois turnos e dois técnicos de som.
JP.
Lusa/Fim

Maioria parlamentar legítima, também?!

De um leitor:

A direcção da Fretilin... se aceitarmos a sentença do Presidente Xanana... poderá ser ilegítima,

MAS os 55 deputados eleitos pela FRETILIN, que tem MAIORIA ABSOLUTA no Parlamento Nacional foram eleitos DEMOCRATICAMENTE pelo POVO, e não podem ser ignorados, nem colocados ao mesmo nível dos pequenos partidos da oposição.

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Comissão Europeia atribui apoio de 3 milhões euros para deslocados

Bruxelas, 28 Jun (Lusa) - A Comissão Europeia disponibilizou hoje três milhões de euros para apoiar "as vítimas do conflito interno" em Timor-Leste, especificando que esta ajuda humanitária se destina aos cerca de 140.000 deslocados e respectivas famílias de acolhimento.

"A Comissão Europeia tem assistido Timor-Leste ao longo dos últimos anos com ajuda humanitária e para o desenvolvimento, e claro que contribuiremos para dar resposta às necessidades mais básicas da população afectada por esta terrível vaga de violência", afirmou hoje o comissário europeu responsável pela Ajuda Humanitária, Louis Michel.

O executivo comunitário indica, em comunicado, que os fundos, destinados a serem usados nos próximos seis meses na resposta às necessidades mais básicas, serão canalizados através do departamento da Comissão para a ajuda humanitária, sob a responsabilidade do comissário Louis Michel.

No comunicado, a Comissão indica que na sequência da vaga de violência que atingiu o território, cerca de 140.000 pessoas deixaram as suas casas, em Díli, um número que representa aproximadamente 15 por cento da população total de Timor-leste.

Ainda segundo o executivo, cerca de 70.000 dos deslocados sobrevivem em campos de emergência improvisados nos arredores de Díli, enquanto outras 70.000 pessoas fugiram para áreas rurais, sendo na sua maioria acolhidas por familiares e amigos.

Bruxelas sublinha que o saque de armazéns e lojas deixou a população com pouco acesso a alimentos e outros bens.

A Comissão indica que a ajuda a Timor-Leste é prestada sob a forma de alimentos, abrigo, acesso a água potável e sistemas sanitários e cuidados de saúde apropriados, mas também se traduz em apoio psico-social às crianças.

ACC.

Dos leitores

…Este artigo entre outros encontra-se publicado no site da UNOTIL http://www.unotil.org sob o título

"INTERNATIONAL DAILY MEDIA REVIEW
Tuesday 27 June 2006
International Media Reports"

No final é dito:

"These Items Do Not Reflect the Position or Views of the United Nations. UNOTIL Public Information Office"

O estranho é que o "International Media Reports" se limite aos seguintes media:

The Australian
Radio Australia
ABC Australia
New York Times
Sydney Morning Herald

Será que só os media australianos publicam noticias sobre a actual crise de Timor?

É esta a imprensa internacional para as Nações Unidas em Timor?

Ou será porque o "Public Information Officer" da UNOTIL é Australiano?

Ian Martin vai ter que estar muito atento ou a próxima missão das Nações Unidas será mais um falhanço a acrescentar à actual UNOTIL.

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quarta-feira, junho 28, 2006

Ana Pessoa "muito preocupada" com formação novo governo

Lisboa, 28 Jun (Lusa) - A número dois do governo demissionário timorens e, Ana Pessoa, manifestou-se hoje "muito preocupada" com o processo de formação do novo executivo, afirmando que "até ao momento", não houve qualquer contacto e ntre Xanana Gusmão e a direcção da FRETILIN.

"Não tem havido qualquer contacto do Presidente da República com a direcção da FRETILIN. Uma delegação nomeada pelo Comité Central está desde domingo à espera de uma reunião com o presidente Xanana Gusmão para analisar a situação a ctual", disse à Lusa.

Contactada telefonicamente em Díli, Ana Pessoa, ministra de Estado e da Administração Estatal, referiu que no domingo passado, através da missão da ONU em Timor-Leste, tinha ficado acordada a realização da reunião segunda-feira.

No entanto, referiu, apesar de numerosos contactos com a Presidência da República, esse encontro "ainda não foi agendado".

Ana Pessoa admitiu que Xanana Gusmão possa estar já a contactar individualmente membros do governo ou elementos da FRETILIN, garantindo, no entanto, que "isso não significa contactos com a direcção da FRETILIN".


"Vejo esta situação com muita preocupação, particularmente pelas declar ações do Presidente da República que aludiu à possibilidade de dissolução do Parlamento Nacional e a convocação de eleições antecipadas", afirmou.

"Do meu ponto de vista é inconstitucional agir nestes moldes e falar-se de governos de iniciativa presidencial", sublinhou.

Num comunicado divulgado hoje à noite, Xanana Gusmão defendeu que a cri se em Timor-Leste só será "completamente ultrapassada" com eleições a realizar " logo que possível" e anunciou ter iniciado diligências para a formação de um novo governo com a "maior urgência".

"Estou consciente de que a crise actual só poderá ser completamente ultrapassada através de eleições livres a realizar logo que possível", lê-se no documento da Presidência da República.

"Mas o país precisa, entretanto, de ser governado com eficácia e justiç a, no respeito pela Lei Fundamental, até estarem criadas condições para marcar a data do acto eleitoral e chamar o povo a decidir", sublinha Xanana Gusmão.

Por isso, refere, é "da maior urgência a formação de um novo governo", frisando que está a realizar diligências nesse sentido "no actual quadro parlamentar", em que a FRETILIN detém 55 dos 88 lugares do Parlamento.

Fonte oficial disse hoje à Lusa que Xanana Gusmão iniciou o processo de consultas aos partidos terça-feira, depois do Conselho de Estado, com uma reunião com o presidente da FRETILIN, Francisco Guterres "Lu-Olo".

Ana Pessoa disse que segundo os dados de que dispõe, Xanana Gusmão terá já contactado elementos do executivo demissionário, incluindo Rui Araújo (ministro da Saúde), Arsénio Bano (Trabalho e Solidariedade) e José Ramos-Horta (Negócios Estrangeiros e Defesa).

ASP.

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Eleições na primeira semana Novembro se Parlamento for dissolvido

Díli, 28 Jun (Lusa) - Timor-Leste poderá ter eleições legislativas ante cipadas na primeira semana de Novembro, caso fracassem as diligências do Preside nte da República, Xanana Gusmão, para formar um novo governo no actual quadro pa rlamentar, disse hoje à Lusa fonte oficial.

A fonte, que solicitou o anonimato, acrescentou que Xanana Gusmão "prossegue quinta-feira o processo de consulta aos partidos políticos com representaç ão parlamentar".

Este processo, referiu, iniciou-se já terça-feira, no final do Conselho de Estado, com uma reunião com o presidente do partido maioritário, a FRETILIN, Francisco Guterres "Lu-Olo".

"A audição dos partidos políticos com representação parlamentar decorre das obrigações constitucionalmente previstas, quer para a formação de um novo governo quer para a dissolução do parlamento", adiantou a mesma fonte.

O processo corre em paralelo para que não se perca tempo e seja possível formar um novo governo ou dissolver o parlamento, tendo em conta a situação de crise que o país atravessa, acrescentou.

Caso o Presidente da República opte pela dissolução do Parlamento, o Conselho de Estado será convocado expressamente para esse efeito.

As eleições legislativas estão previstas para o primeiro trimestre de 2007.

A Presidência da República distribuiu hoje à noite (hora local) uma Declaração Presidencial, em que Xanana Gusmão defendeu que a crise em Timor-Leste s ó será "completamente ultrapassada" com eleições a realizar "logo que possível" e anunciou ter iniciado diligências para a formação de um novo governo com a "maior urgência".

"Estou consciente de que a crise actual só poderá ser completamente ult rapassada através de eleições livres a realizar logo que possível", lê-se na Declaração Presidencial.

"Mas o país precisa, entretanto, de ser governado com eficácia e justiç a, no respeito pela Lei Fundamental, até estarem criadas condições para marcar a data do acto eleitoral e chamar o povo a decidir", sublinha.

Por isso, refere, é "da maior urgência a formação de um novo governo".

"No âmbito dos poderes que me são conferidos pela (...) Constituição, j á encetei diligências adequadas para, no actual quadro parlamentar, procurarmos uma solução estável de governação que se mostre apta a restaurar a paz e a confi ança do nosso povo nas instituições democráticas por cujo funcionamento sou eu, como Presidente da República, o primeiro e último responsável", sublinha.

"A aceitação pelo Presidente da República do pedido de demissão do Prim eiro-Ministro [Mari Alkatiri] implica, automaticamente, a queda do governo que c essa as suas funções com a nomeação e tomada de posse do novo", lê-se ainda na D eclaração Presidencial.

EL/PNG.

FRETILIN diz ter 30 mil pessoas prontas para entrarem em Díli

Díli, 28 Jun (Lusa) - Mais de 30 mil militantes e simpatizantes da FRET ILIN estão preparados para entrar em Díli, mas a chegada à capital apenas deverá ocorrer quinta-feira de manhã, disse hoje à Lusa fonte do partido maioritário e m Timor-Leste.

A decisão decorre de uma reunião realizada hoje à tarde (hora local), e m Díli, entre representantes da FRETILIN, das forças militares internacionais e da GNR, tendo ficado concertado que a entrada dos manifestantes na cidade será e nquadrada por efectivos australianos e portugueses, segundo a mesma fonte.

Os manifestantes, "que se fazem transportar em muitas centenas de viatu ras, não devem vir hoje", por ser já de noite em Díli (mais oito horas do que em Lisboa, acrescentou.

O presidente da FRETILIN, Francisco Guterres "Lu-Olo", e o secretário-g eral adjunto do partido, José Manuel Fernandes, deslocaram-se ao fim da tarde (h ora local) a Metinaro, 45 quilómetros a leste da capital, onde os manifestantes estão concentrados, para coordenar a sua partida para Díli.

Carta de um leitor ao Presidente

Tradução da Margarida:

"Apelo ao Presidente da RDTL para parar a continuação da violência em Timor"
De um leitor:

Apelo ao Presidente da RDTL para parar a continuação da violência em Timor. Ao contrário do que V. Excelência previu a resignação do Primeiro-Ministro não só não resolveu nenhuma questão em Timor-Leste como somente complicou a situação.

Continua o queimar de casas em Dili. A maioria das casas que estão a ser queimadas são, como deve estar ciente, propriedade de simpatizantes e militantes da FRETILIN. Apelo-o a não agravar a já delicada situação. Há milhares de pessoas a manifestarem-se a favor do Primeiro-Ministro a quem o Ministro dos Estrangeiros acusa de ser impopular. Vossa Excelência, por favor mostre as suas capacidades de liderança e o seu respeito pelas Democracia e não prejudique a entrada dos manifestantes que apoiam o Primeiro-Ministro. Vossa Excelência tem autorizado e apoiado as concentrações dos que reclamam acções de Vossa Excelência que podem violar a Constituição e fazer perigar a Democracia em Timor-Leste.

A FRETILIN tem mostrado tolerância, por favor não continue a testá-la no interesse da nossa nação. A FRETILIN tem mostrado que quer resolver a questão, mesmo apesar do pedido para a resignação dum legítimo Primeiro-Ministro ter sido uma decisão que Vossa Excelência tomou à margem do respeito dos limites da Constituição; O nosso Primeiro-Ministro respondeu a esse pedido no interesse da nação, por favor respeite este princípio.

Peço a Vossa Excelência que assegure que haja um diálogo adequado e consideração pela FRETILIN e que respeite o Parlamento.

Peço a Vossa Excelência que assegure que todas as facções rebeldes conhecidas como os “Peticionários” incluindo o Major Tara e as alegadas milícias sejam mantidas aquarteladas à guarda das forças de segurança estrangeiras na RDTL para que as suas queixas e alegações possam ser investigadas. Isso garantirá que as pessoas de Ermera possam ter alguma segurança e às de Dili regressarem à suas casas.

Peço ao Presidente da República que não se esqueça que a FRETILIN tem 55 membros no Parlamento. Peço ao Presidente para não se esquecer que o povo mostrou confiança nas recentes eleições locais de 2005 livres e justas onde a FRETILIN ganhou a maioria dos votos.

Bastante é bastante. Por favor aprenda e lembre-se dos erros do passado porque a violência só traz violência.

Continuo a ser um cidadão orgulhoso de Timor-Leste.

E com tanta pressa que se esqueceu de ouvir o partido mais votado e já começou a convidar ministros...


Será que Ramos-Horta já foi convidado para PM?

Será que os ministros que se demitiram também?

Será que um deles até já ligou para as direcções gerais a dizer que a partir de agora quem manda sou eu?...

Shame on you...



PR vai nomear com urgência novo governo para preparar eleições

Díli, 28 Jun (Lusa) - O presidente Xanana Gusmão declarou hoje que a cr ise em Timor-Leste só será "completamente ultrapassada" com eleições a realizar "logo que possível" e que iniciou diligências para a formação de um novo governo com a "maior urgência".
"Estou consciente de que a crise actual só poderá ser completamente ult rapassada através de eleições livres a realizar logo que possível", lê-se num co municado do presidente timorense divulgada em Díli.
"Mas o país precisa, entretanto, de ser governado com eficácia e justiç a, no respeito pela Lei Fundamental, até estarem criadas condições para marcar a data do acto eleitoral e chamar o povo a decidir", sublinha.
Por isso, refere, é "da maior urgência a formação de um novo governo".
"No âmbito dos poderes que me são conferidos pela (...) Constituição, j á encetei diligências adequadas para, no actual quadro parlamentar, procurarmos uma solução estável de governação que se mostre apta a restaurar a paz e a confi ança do nosso povo nas instituições democráticas por cujo funcionamento sou eu, como Presidente da República, o primeiro e último responsável", sublinha.
"A aceitação pelo Presidente da República do pedido de demissão do Prim eiro-Ministro [Mari Alkatiri] implica, automaticamente, a queda do governo que c essa as suas funções com a nomeação e tomada de posse do novo", lê-se ainda no c omunicado de Xanana Gusmão.
No documento, Xanana Gusmão refere-se também às medidas de excepção que decretou a 30 de Maio, à remodelação governamental que promoveu a 3 de Junho, c om a posse de novos ministros da Defesa (José Ramos Horta, em substituição de Ro que Rodrigues) e do Interior (Alcino Baris, em vez de Rogério Lobato), e ao plan o de acção que apresentou ao Conselho Superior de Defesa e Segurança.
"Foram instrumentos indispensáveis para assegurar o mínimo de operacion alidade dos serviços públicos essenciais na resposta à situação de catástrofe so cial e política então iminente", sublinha.
"Ouvido o Conselho de Estado, no dia 27 de Junho, prorroguei por mais 3 0 dias as medidas de excepção em vigor, a fim de prosseguir a urgente reposição da ordem pública e o socorro de emergência às populações deslocadas", acrescenta .
As medidas anunciadas por Xanana Gusmão a 30 de Maio, para vigorar dura nte 30 dias, incluem "a apreensão de armas, munições e explosivos", "a vigilânci a de pessoas, edifícios e estabelecimentos" e a "exigência de identificação de q ualquer pessoa que se encontre ou circule em lugar público ou sujeito a vigilânc ia policial".
Timor-Leste vive uma situação de crise político-institucional desde o f inal de Abril, que levou as autoridades de Díli a solicitarem a intervenção de f orças policiais e militares de Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia.
A violência ocorrida desde então provocou três dezenas de mortos e mais de 145 mil deslocados.
Hoje mesmo, diversas casas e lojas foram queimadas em Díli por grupos d e jovens, antes de milhares de manifestantes que exigiam a demissão de Mari Alka tiri da chefia do governo e a dissolução do Parlamento Nacional terem abandonado a cidade.
A FRETILIN, que tem a maioria no Parlamento (55 dos 88 deputados), anun ciou que 30 mil militantes e simpatizantes do partido deverão chegar quinta-feir a de manhã a Díli para expressar o seu apoio a Mari Alkatiri.
PNG/EL.

Suspensas emissões de rádio e TV após ataque a instalações RTTL

Lisboa, 28 Jun (Lusa) - A Rádio e Televisão de Timor-Leste (RTTL) suspe ndeu hoje as suas emissões por razões de segurança, na sequência de um ataque às suas instalações por um grupo de jovens, disse à Lusa o director-geral da estaç ão.

"Após um encontro entre a direcção e as redacções da televisão e da rád io, decidimos suspender as emissões, porque alguns dos nossos jornalistas e func ionários foram ameaçados e estão em pânico", disse Virgílio da Silva Guterres, c ontactado telefonicamente em Díli.

"As emissões só serão retomadas quando as forças internacionais garanti rem a segurança das instalações", referiu.

O incidente ocorreu cerca das 10:30 locais (02:30 em Lisboa), quando de zenas de jovens apedrejaram e tentaram invadir as instalações da RTTL em Caicoli , centro da cidade, aparentemente em retaliação pela transmissão, terça-feira à noite, de uma notícia sobre a concentração de milhares de apoiantes da FRETILIN nos arredores de Díli, em que alegadamente o Presidente da República, Xanana Gus mão, terá sido injuriado.

Apesar de ser uma área de actuação das tropas australianas, uma patrulh a da GNR, cujo quartel se situa nas proximidades, interveio e conseguiu dispersa r os atacantes, tendo detido o líder do grupo, segundo o comandante operacional do contingente português em Timor-Leste, capitão Gonçalo Carvalho.

Virgílio da Silva Guterres disse à Lusa que cinco pessoas que se encontravam nas instalações da RTTL durante o incidente sofreram ferimentos ligeiros, ao tentarem fugir por uma zona em que havia arame farpado.

Na altura do incidente, estavam no edifício cerca de 50 pessoas, entre jornalistas e familiares de funcionários que ali têm estado nos últimos dias, po r razões de segurança, disse.

Virgílio da Silva Guterres, que é presidente da Associação de Jornalist as de Timor-Leste, condenou o incidente, salientando que a notícia transmitida t erça-feira sobre a intervenção do líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, junto dos se us apoiantes se limitou a "relatar o que aconteceu".

"A nossa notícia não tinha qualquer comentário. Apenas imagens e o discurso de Mari Alkatiri", sublinhou.

Virgílio da Silva Guterres referiu que informou José Ramos Horta, ministro demissionário dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, e o comando das forças australianas sobre a decisão de suspender as emissões da rádio e televisão da RT TL.

"Comunicámos a José Ramos Horta a nossa posição e também às forças aust ralianas, às quais fizemos um pedido oficial para que garantam a segurança das n ossas instalações", disse.

"Só voltaremos a emitir quando a situação estiver normalizada em Díli o u se houver segurança nas instalações", frisou.

às 19:45 locais (11:45 em Lisboa), a RTTL estava a transmitir a emissão da RTP-I, em vez da sua programação habitual.

Virgílio Guterres admitiu que a RTTL poderá retomar pontualmente as emi ssões para transmitir comunicações do Presidente da República, Xanana Gusmão, ou de quaisquer outros dirigentes timorenses, se for garantida a segurança dos fun cionários.

"Se for garantida a segurança do edifício, poderemos retomar a transmis são de programas", disse ainda, admitindo alguma dificuldade em mobilizar os jor nalistas para trabalhos no exterior.

"Alguns deles estão em pânico", justificou.

A suspensão das emissões afectará a transmissão dos jogos do campeonato mundial de futebol a decorrer na Alemanha, porque os técnicos da RTTL não compa recerão nas instalações da televisão, acrescentou Virgílio da Silva Guterres.

A RTTL tem cerca de uma centena de funcionários, incluindo 36 jornalist as de televisão.

...
PNG/EL.

Violência de gangs ataca Dili

Tradução da Margarida:

Jane Holroyd
Junho 28, 2006 - 1:08PM

Um gang violento em Dili atacou mulheres e crianças num campo de deslocados perto do porto principal da cidade.

Um grupo de cerca de 70 ou 80 homens atirou pedras e ameaçou matar os deslocados, que se abrigaram debaixo de um muro baixo enquanto as tropas Australianas tentavam manter os seus atacantes à distância.

O correspondente do The Age em Timor-Leste Lindsay Murdoch, disse que a violência tinha rebentado em Dili, durante a noite depois do deposto Primeiro-Ministro Mari Alkatiri ter feito um discurso inflamatório a milhares dos seus apoiantes que se juntaram no exterior da capital, ontem.

O discurso do Sr Alkatiri foi passado na televisão, e agora milhares de manifestantes anti-Alkatiri estão a lançar o caos em Dili.

A estação de televisão que transmitiu a reportagem foi atacada, enquanto cerca de 20 casas pertencentes a políticos e outros associados do Sr Alkatiri foram alvo de incendiários durante a noite e esta manhã.

Alkatiri, que resignou como primeiro-ministro esta semana, debaixo de intense pressão política e pública, disse a cerca de 2,000 apoiantes perto da cidade, hoje, que deviam ser mais fortes e melhores que os seus detractores, a quem acusou de pilhagens e de queimarem casas durante violentos levantamentos na capital no final de Maio.

"Eles destruíram a cidade de Dili, queimaram, pilharam e mataram a nossa gente, e depois eles acusaram-me de ser um terrorista, comunista e um assassino," disse.

Murdoch disse que o gang que tacou o campo de deslocados acreditavam que as mulheres e as crianças eram do leste do país, onde a maioria dos apoiantes do Sr Alkatiri estão localizados.

"É uma coisa terrível ver mulheres e crianças com medo," disse Murdoch, que estava a metros de distância quando começou o atirar das pedras.

"Algumas choravam. Estavam realmente assustadas. Estavam lá garotos pequenos e mães com bébés ao colo."

Ontem ao fim do dia Alkatiri pediu aos seus apoiantes para se manterem for a da cidade pelo menos até Sexta-feira quando vai ser interrogado por procuradores.

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Entre as casas incendiadas esta manhã está a de José Reis, um dos ajudantes mais próximos de Alkatiri.

A resignação de Alkatiri na Segunda-feira foi vista por muitos como uma chave para acalmar meses de tensões politicas e desassossego na mais jovem nação da Ásia.

O Presidente Xanana Gusmão anunciou ontem planos para formar um governo interino mas não disse quem substituiria Alkatiri. Muitos acreditam que José Ramos Horta, o vencedor do prémio Nobel da paz e ministro dos estrangeiros, será nomeado para o cargo.

Gusmão disse que os poderes de emergência serão prolongados às forças de segurança por um mês para prevenir grandes ajuntamentos, perseguir suspeitos e confiscar.

Como cumpriram para entrar...

Manifestantes cumprem ordens de Xanana e saem de Díli


Díli, 28 Jun (Lusa) - Os manifestantes que desde quinta-feira passada s e concentraram em Díli para exigir a demissão do primeiro-ministro Mari Alkatiri e a dissolução do Parlamento saíram da capital timorense cumprindo ordens do pr esidente Xanana Gusmão, disse o líder dos contestatários.

Segundo o major Alves Tara, coordenador-geral da autodenominada Frente Nacional Justiça e Paz, que falava em conferência de imprensa, a saída dos manif estantes correspondeu a "ordens do Presidente".

Sobre o que vai fazer a seguir, o major Alves Tara disse que vai aguard ar 30 dias, o novo prazo que deu para que a dissolução do Parlamento Nacional de Timor-Leste seja concretizada.

"Recebemos uma declaração do Presidente sobre a formação do novo governo, do governo transitório, e vamos esperar 30 dias para saber o resultado", afir mou.

Relativamente aos actos de violência registados terça-feira à noite e hoje tarde em Díli, o major Alves Tara ilibou os seus manifestantes.

"Nenhum dos meus homens esteve envolvido. Ontem à noite houve alguns di stúrbios em Díli. Não sei qual foi o grupo, mas correram informações que o prime iro-ministro [Mari Alkatiri] foi atiçar o grupo de FRETILIN e muita gente ficou descontente", explicou.

O major Alves Tara referia-se à ida de Mari Alkatiri, que é também secr etário-geral da FRETILIN, acompanhado do presidente do partido, Francisco Guterr es "Lu-Olo", a Hera, a 12 quilómetros de Díli, para dissuadir os seus militantes e simpatizantes de entrarem na capital.

"Muita gente ficou descontente com as palavras do primeiro-ministro, qu e disse que os 'loromonu' (naturais dos 10 distritos mais a ocidente do país) é que tinham queimado as casas", acrescentou o major Alves Tara.

A saída dos manifestantes contribuiu para fazer diminuir o clima de ten são na capital, marcada durante a noite de terça-feira e a manhã e tarde de hoje (hora local), com confrontos entre grupos rivais, pró e contra Mari Alkatiri, e a destruição de cerca de 20 casas e lojas, maioritariamente pertencentes a timo renses "lorosae", ou naturais dos três distritos da parte leste do país (Baucau, Lospalos e Lautém).

Destes incidentes resultaram mais de 20 detenções.

EL.

Vergonhoso! Desinformação. Hasegawa mente. (tradução da Margarida)

Tradução:

AVISO DE SEGURANÇA DA ONU – QUARTA-FEIRA 28 JUNHO

Conforme se temia ontem no relatório de Segurança, a entrada de um grande número de simpatizantes pro-Alkatiri resultou em numerosos incidentes de segurança durante a noite incluindo um número de ataques incendiários.

Esta manhã foral relatados distúrbios violentos no campo de deslocados no Aeroporto e perto do Hotel Timor o que indica que o potencial para confrontos entre grupos rivais permanece elevado.

São repetidos os avisos anteriores para limitar viagens essenciais somente, para combinar movimentações com a SOD e para evitar multidões. Em adição, lembra-se aos membros do pessoal que devem regressar às suas casas antes da noite e lá permanecer e somente fazerem deslocações essenciais durante a noite.

Foi-nos dito pelo CTF que ontem à noite um veículo ou veículos da ONU, foi observado com condução irregular na vizinhança dos manifestantes localizados perto do CPA e, como resultado, foi apedrejado. Parece que o veículo estava sem autorização e que o comportamento do condutor foi tal que causou uma reacção adversa e violenta do grupo.

Tal comportamento é perigoso, pode resultar num assalto ou num acidente de carro que tenha o potencial de causar estragos nas relações entre a ONU e a população de Timor-Leste, e assim pôr em perigo todos os membros do pessoal.

É provável que os distúrbios continuem por alguns dias. Lembra-se aos membros do pessoal que Timor-Leste está na Fase Três, que devem tomar muita atenção com a sua segurança pessoal e seguir todas as orientações de segurança.


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Todo Timor estava ocupado. Todo, não...

No ano de 2006, quando todo o Dili estava em caos, tomado pelas tropas australianas, um cantinho da cidade resistia agora e sempre ao invasor... a aldeia da GNR...

Nessa aldeia, onde todos viviam felizes, comiam o seu arroz e descansavam a sombra dos coqueiros havia um grupo de guerreiros IRREDUTIVEIS!!!!! que so tinham medo de uma coisa: que um helicóptero australiano lhes caísse na cabeça! Por TOUTATIS!!!!

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120 GNR fazem 7 detenções. Milhares de polícias e militares australianos fazem... 6.


13 detidos nos actos de violência registados hoje

Díli, 28 Jun (Lusa) - Treze pessoas foram detidas no âmbito dos confrontos e saques verificados registados hoje em Díli, em que há a registar incêndios que destruíram pelo menos seis casas e duas lojas.

Os actos de violência ocorreram sobretudo no centro da cidade, embora se tenham iniciado logo de manhã (hora local) junto à rotunda de Comoro, com a destruição pelo fogo de três casas, entre as quais a sede da Fretilin, partido governamental, do "suco" (aldeia) de Comoro.

A meio da manhã a violência surgiu junto ao campo de refugiados instalado no Jardim dos Heróis, a cerca de 50 metros do Hotel Timor e defronte do porto de Díli.

Grupos de jovens, que gritavam palavras de ordem contra Mari Alkatiri, arremessaram pedras contra outros jovens apoiantes do primeiro-ministro demissionário, que se encontravam no interior do campo, que ripostavam igualmente com pedras.

A chegada de militares australianos e malaios permitiu interromper as h ostilidades, que cerca de duas horas depois se repetiram no mesmo local.

Nesta ocasião, os militares australianos detiveram seis pessoas envolvidas na troca de pedras e reforçaram o cordão de segurança para prevenir que centenas de pessoas, concentradas defronte da Igreja de Motael, voltassem a atacar o campo de refugiados.

Depois, ao final da manhã, foram registados focos de incêndio na avenid a Nicolau Lobato, que liga a rua Agapito José de Carvalho, no bairro de Lecidere , ao Palácio do Governo, em três casas e duas lojas pertencentes a timorenses na turais da parte leste do país, e a cerca de 150 metros da Embaixada de Portugal.

As restantes detenções, sete, foram efectuadas pelos militares da GNR.

Segundo o comandante operacional do subagrupamento Bravo, capitão Gonçalo Carvalho, numa das intervenções foi detido o líder do grupo de dezenas de jovens que tentava assaltar as instalações da Rádio e Televisão de Timor-Leste, no bairro de Caicoli, numa área de acção das tropas australianas.

As restantes detenções foram feitas na zona controlada pelos militares portugueses, com quatro pessoas a serem detidas no mercado de Comoro, por se ter em envolvido numa rixa, e dois porque foram encontrados no interior de uma casa, preparando-se para a saquear.

EL.

Nota: E segundo o aviso da UN são manifestantes pró-Alkatiri. Os tais que não entraram na cidade... e que queimaram casas dos membros da Fretilin.

Está na hora de Kofi Annan ter um representante especial à altura.

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SENEC João Gomes Cravinho acredita que desacatos vão terminar

Díli, 28 Jun (Lusa) - A instabilidade em Timor-Leste deverá terminar em breve, dado o compromisso dos líderes timorenses em acabar com a actual situaçã o de desordem pública, afirmou hoje em Díli o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal.

O optimismo de João Gomes Cravinho, que hoje deixa Díli após uma visita de trabalho de quatro dias, foi todavia desmentido nas ruas, com a repetição do s incidentes ocorridos a meio da manhã no centro da capital timorense.

Pelo segundo dia consecutivo, grupos de jovens arremessaram pedras uns aos outros e, noutros pontos da capital, registaram-se focos de incêndio em casa s e lojas pertencentes a timorenses naturais dos três distritos da parte leste (Baucau, Viqueque e Lautém).

O governante português comentou os acontecimentos de hoje em declarações à imprensa, na unidade hoteleira em que ficou alojado, a cerca de 50 metros da área que foi palco de confrontos.

"Estou convencido que os desacatos que vimos ontem (terça-feira) à noite e hoje vão rapidamente terminar. São os momentos finais de uma desordem pública que vivemos nos últimos dias, nas últimas semanas", sustentou.

João Gomes Cravinho reconhece que a existência de um "grande número de jovens desempregados (...) facilmente mobilizáveis" ajuda a explicar a instabilidade em curso, e que é a mais grave das últimas duas semanas.

O trabalho de manutenção da ordem pública que está a ser efectuado pelo s militares da GNR foi, por outro lado, elogiado pelo governante.

"Na zona em que está a actuar a GNR, no bairro de Comoro, estes desacatos foram muito rapidamente dominados. A GNR está a fazer um excelente trabalho e conseguiu dominar a situação de uma forma extremamente rápida", afirmou.

João Gomes Cravinho notou que fora da zona da GNR existem apenas forças armadas (da Austrália, Malásia e Nova Zelândia), que disse não terem os mesmos meios de intervenção, dada a natureza diferente da sua missão.

EL.

Vergonhoso! Desinformação. Hasegawa mente.

UN SECURITY ADVISORY – WEDNESDAY 28 JUNE

As feared in yesterday’s Security Update, the entry of large numbers of pro-Alkatiri sympathizers resulted in numerous security incidents during the night including a number of arson attacks.

This morning violent disturbances have been reported at the IDP Camp at the airport and near the Hotel Timor which indicates that the potential for clashes between the rival groups remains high.

Earlier warnings to limit travel to essential journeys only, check movement with the SOC and to avoid crowds are repeated. In addition, staff members are reminded that they should return to their homes before dark and remain there with only essential night-time movement to be undertaken.

We have been advised by the CTF that late last night a UN vehicle, or vehicles, was observed driving recklessly in the vicinity of the demonstrators located near the CPA and, as a result, was stoned. It would appear that the vehicle was present without authority and the behaviour of the driver was such as to cause an adverse and violent reaction from the group.

Such behaviour is dangerous, could result in an assault or a vehicle accident which has the potential to damage the relationship between UN and the population of Timor-Leste, and thus endanger all staff members.

It is likely that disturbances may continue for several days. Staff members are reminded that Timor-Leste is in Phase Three, that they must be very aware of their personal security, and follow all security directives.

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Fresh violence erupts in Dili

By Jill Jolliffe
June 28, 2006

RENEWED violence was sweeping East Timor's capital with sporadic shooting, hit-and-run arson raids and attacks on minority ethnic groups from its east.
Around 26 buildings have been destroyed in Dili since last night.

Stone-throwing mobs have also attacked with refugee camps sheltering easterners also being attacked.

They also attacked the national television station but were quickly repelled by Australian and Portuguese peacekeepers.

Anger at a television broadcast showing outgoing prime minister Mari Alkatiri meeting several thousand supporters yesterday at Hera, 10km east of Dili, sparked the attacks.

He asked them to abandon immediate plans to enter the capital, where peacekeepers feared clashes with anti-Alkatiri forces, but told them to return in one or two days.

The demonstrators bore banners describing president Xanana Gusmao as communist and accusing Australia of being behind Dr Alkatiri's fall.

The incidents come only two days after Dr Alkatiri said in his resignation speech he would work to calm the current situation.

Minutes after the broadcast shots rang out round Dili and some residences of leaders of Alkatiri's Fretilin Party and people of eastern origin were torched.

Peacekeepers were kept busy throughout the night chasing arsonists.

An Australian foot patrol in the central Kampung Alor district called in support from a Black Hawk helicopter which hovered overhead until four suspects it was chasing were seized and paraded ostentatiously through the neighbourhood.

The house of Jacob Fernandes, a Fretilin official who was with Dr Alkatiri at Hera was in flames minutes after the broadcast ended.

Soon after daybreak today the residence of Jose Reis, another senior party leader, was also torched.

A mob later burned down a Fretilin suburban headquarters and four houses at Comoro near Dili airport, where Australian Federal Police charged a youth with arson.

Bystander Carlos Fernandes said the Comoro attack occurred because "we don't want communists in this country. A lot of people are going crazy about the news broadcast. It attacked Australia and praised Dr Alkatiri."

This morning anti-Alkatiri demonstrators threw rocks at eastern refugees sheltering in Dili port area, following a similar incident at Fatu-Meta seminary the evening before.

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Escandalosa desinformação australiana!

Mob rampage rocks Dili
Jane Holroyd
June 28, 2006 - 1:08PM

An angry mob in Dili has attacked women and children at a refugee camp near the city's main port.

A group of about 70 or 80 men threw rocks and threatened to kill the refugees, who huddled behind a low fence while Australian troops attempted to keep their attackers at bay.

The Age's East Timor correspondent Lindsay Murdoch said violence had erupted in Dili overnight after deposed Prime Minister Mari Alkatiri made an inflammatory address to thousands of his supporters who assembled on the outskirts of the capital yesterday.

Mr Alkatiri's address was televised, and now thousands of anti-Alkatiri protesters are wreaking havoc in Dili.

The television station that aired the footage was attacked, while about 20 houses belonging to politicians and others associated with Mr Alkatiri were targeted by arsonists overnight and this morning.

Alkatiri, who resigned as prime minister this week, under intense political and public pressure, told about 2,000 supporters in a nearby city today that they should be stronger and better than his detractors, whom he accused of looting and burning homes during a violent uprising in the capital in late May.

"They destroyed Dili town, burned, looted and killed our people, and then they accuse me of being a terrorist, communist and a killer," he said.

Murdoch said the mob attacking the refugee camp believed the women and children to be from the east of the country, where most of Mr Alkatiri's supporters are based.

"It's a terrible thing to see women and children cowering," said Murdoch, who was just metres away when the rock throwing began.

"Some of them are sobbing. They are really frightened. There are young kids and mothers holding babies."

Late yesterday Alkatiri called on his supporters to stay out of town at least until Friday when he is to be questioned by prosecutors.

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Among houses set on fire this morning was Jose Reis, one of Alkatiri's closest aides.

Alkatiri's resignation on Monday was seen by many as a key to easing months of political tensions and unrest in Asia's newest nation.

President Xanana Gusmao yesterday announced plans to form a caretaker government but did not say who would replace Alkatiri. Many believe that Jose Ramos Horta, the country's Nobel prize-winning foreign minister, will be nominated for the office.

Gusmao said emergency powers would be extended to security forces for one month to prevent large gatherings, search suspicious persons and confiscate weapons.

theage.com.au, with AAP


ESCÂNDALO!
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Até já.

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Why are Xanana's supporters burning and attacking people?

Xanana please control them they were at your rally to support your request for the PM's resignation. You have it Please stop burning and the violence.

People have seen already who attacked the refugees.

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Conferência de Imprensa - Vicente Maubesse Ximenes

Vicente Maubesse Ximenes, do grupo de dissidentes no último congresso da Fretilin dá conferência de imprensa no Hotel Timor.

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RTTL em perigo de parar transmissão

Colaboradores da RTTL (Rádio Televisão de Timor-Leste) estão reunidos para decidirem se podem continuar a trabalhar dadas as precárias condições de segurança garantidas pelos militares australianos.

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A estratégia das ultimas horas...

Recebido do Cacau Branco:

Dissolução à vista... destruição total para a provocar

O Presidente da República, disse ontem que só não dissolverá o Parlamento Nacional se não o conseguir.

Xanana Gusmão não quer um governo FRETILIN, pese embora ter dado na sua curta comunicação que privilegia um Governo de iniciativa parlamentar. Mas está incontactável para receber a proposta que a FRETILN lhe tem para apresentar. O presidente não quer mais governos da FRETILIN - daí toda esta situação de caos provocado. Xanana Gusmão quer a iniciativa presidencial...

Xanana Gusmão e José Ramos Horta têm tudo definido e pode perceber-se mais uma vez nas declarações do seu porta-voz - também ministro da Defesa, também ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação -, à infame ABC australiana.

Confrontados com a mobilização da FRETILIN, às portas da cidade, partiu-se para a estratégia da queimada geral e do caos social nas ruas da capital. Tudo isto serve para responsabilizar a FRETILIN a não levar os militantes a entrar na cidade.

No entanto, os militantes vão entrar e fazer a entrega do documento com as suas exigências ao presidente da república. Na nossa opinião devem ficar em Dili, tal como os outros, mas sem praticar a violência. As tropas internacionais só terão que garantir a ordem e a separação dos grupos criando perímetros de segurança. Aí a cidade acalmará.

Neste momento Xanana Gusmão não consegue aos olhos do mundo esconder a sua incapacidade (ou estratégia) de não controlo dos grupos que já assumiu como sendo "do seu lado" e organizados por pessoas que estão como desertores e como tendo praticado crime de lesa pátria.

Resta a Xanana Gusmão, para dissolução do parlamento Nacional, a promoção deste ambiente que se vive em Dili com as queimadas, os ataques e as provocações. Desta forma as instituições ficam em definitivo paralisadas e o país espreita um clima de confrontação virtual apenas e só na cidade de Dili - aliás como tem vindo a acontecer nas ultimas semanas. Mas este ambiente na cidade, com a ajuda de alguma comunicação social, com a Agência LUSA e a ABC participantes activos - a passar a ideia de confrontos entre apoiantes de um e outro lado -, vai acabar por assumir internacionalmente a proporção de pré-guerra civil, ou já em marcha. Não é verdade.

A Mari Alkatiri e a Francisco Lu'olo resta-lhes neste momento a coragem e determinação na defesa da Constituição da República, através da afirmação da FRETILIN, do governo e do Parlamento Nacional.

A Mari e a Lu'olo resta-lhes a obrigação de informar os países amigos do que realmente se passa em Timor-Leste, a nível político e a nível social.

Importa neste momento que os países amigos, na esfera da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e no circuito asiático façam sentir à ONU que sabem e se preocupam com a participação australiana em todo este processo e a forma como as suas tropas se comportam - cumprindo ordens claras - no terreno.

Estes países têm de fazer sentir que sabem que a integridade física dos membros do Governo, nomeadamente, de Mari Alkatiri e família, correm riscos sérios, apesar da "protecção" dos militares australianos - assim como o povo indefeso nos campos do medo e os militantes e simpatizantes da FRETILIN.

A saída para esta crise passa por um elemento chave: o respeito pela Constituição da República.

Mas a verdade é outra, a Constituição da República está a ser violada de forma vil e ultrajante, para o Povo de Timor-Leste, desde a primeira hora deste golpe de Estado anedótico - seria assim se o povo não estivesse a sofrer tão intensamente as consequências do mesmo.

Não vale a pena apelar mais a Xanana Gusmão ou a José Ramos Horta, a agenda está assinada pelos dois. Há um fim a alcançar e os dados estão lançados, assim como os posicionamentos.

Neste momento a inviabilidade do Estado começa a ser evidente, parece-nos que a não haver uma acção determinada na correcção da situação, então aí o melhor será a anulação do país enquanto isso mesmo e começar de novo. E começar de novo significa na nossa opinião não devolver ao Povo o país nos próximos vinte anos. Mas esta leitura última é a útopia a funcionar. Claro que essa não é a saída. Timor-Leste é um Estado Soberano e Independente que está a sofrer as consequências da ambição desmedida de líderes de frustração ao limite.

A saída é devolver a palavra ao Povo e imediatamente.

As nações Unidas devem entrar já para preparar com carácter de urgência eleições antecipadas.

Aí, em segurança, o povo irá dizer uma vez mais o que quer. O depois, bem, depois a segurança terá de ser praticada e assegurada internacionalmente, mas nunca com a coordenação dos australianos, pois estes já deram provas bastas das suas intenções para com o "sonhado protectorado".

Que possa valer a Xanana Gusmão um relampo de racionalidade que lhe corrija o rumo.

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E Timor's 'wrong kind of leader'

E By Jonathan Head
South East Asia correspondent, BBC News


It was with a characteristically unemotional performance that Mari Alkatiri announced the end of his - and East Timor's - first prime ministerial term.

Mari Alkatiri has been blamed for all that has gone wrong"Having reflected deeply on the present situation prevailing in the country, assuming my own share of responsibility for the crisis, I am ready to resign from my position as prime minister," he told a press conference in Dili.
This, after weeks of pressure, during which he had repeatedly insisted his resignation would solve nothing, and had received the full backing of his party, Fretilin, which holds a majority of the seats in parliament.

So why the change of heart?
Mr Alkatiri referred to his desire to avoid a threatened resignation by President Xanana Gusmao - but that threat was made last week, and then withdrawn, so it is difficult to understand why it would have changed his mind now.
More likely it was the continued discussions with his colleagues in government on how to get East Timor out of the mess it is in that persuaded Mr Alkatiri to go.
He has long been indifferent to his own unpopularity, but in the current chaos the country needs a less divisive leader.
There was jubilation over the decision across the capital, Dili, and probably in many other areas of East Timor.
Mr Alkatiri has become a hate-figure, blamed for everything that has gone wrong in the country, and it was hard to see how rebuilding confidence and stability after the traumatic events of the past few weeks could start while he remained in office.

But was he really so bad?

Brusque manner You hear many complaints about Mr Alkatiri, some of them obviously
unjust.
I have often heard young people complain that he is a Muslim, as though that is a crime in a supposedly democratic and tolerant country.

President Gusmao has a popularist touch

They also accuse him of being a communist, because of his left-wing views and his long years living in Mozambique.
But these may at times have served East Timor well. His instinctive mistrust of Western help led him to drive a very hard bargain with Australia over East Timor's rights to oil and gas in the Timor Sea, helped by his skills as a negotiator.
It is unlikely anyone else could have done as well for the country.
He also has a deep personal commitment to the sustainable development of his country, and has tried hard to avoid too much aid dependency - ideas formed during his African exile.
Much of his unpopularity is due to his brusque, business-like manner.
He is an intellectual, impatient with people who express poorly thought-out ideas.
He has never seemed able to empathise with the suffering experienced by much of the population during the Indonesian occupation, or to find the right words to comfort those who are often unable to articulate what they feel about those years.
By contrast, President Gusmao is a master of the art of healing.
With a few simple words, or just a hug, he can move crowds to tears.

Shortage of talent

The two men who have been running the country since independence could hardly have more different styles, and they have had a very uneasy relationship with each other.
Much of that goes back to Mr Gusmao's distrust of the Fretilin party, which he blames for harsh treatment of its rivals during the bitter struggle against Indonesian rule.
Mr Alkatiri is a consummate party man - Fretilin reaffirmed its backing for him three times in recent weeks, the last time less than 24 hours before he resigned.
The party remained loyal to the end, but he was arguably the wrong kind of leader for a country as traumatised as East Timor.

Crowds have been calling for Mr Alkatiri to go for weeks

More serious are the charges against Mr Alkatiri of corruption, and abuses of power.
Some of these will now be examined by an internationally-supervised investigation, as East Timor's infant judiciary is not up to the job.
Some corruption is perhaps inevitable, given the traditions of patronage and money-politics that prevail elsewhere in the region, but the charges of abusing his power are more serious.
A documentary by the Australian Broadcasting Corporation's Four Corners programme claims to have documentary evidence that Mr Alkatiri tacitly approved of the distribution of police weapons to civilians - a charge that has already led to the arrest of former
Interior Minister Rogerio Lobato, at one time an ally of the prime minister.
Mr Alkatiri has denied the charges, and the prosecutor-general says he has not yet uncovered any evidence against him. Certainly the murky events leading up to and after the fateful decision by Mr Alkatiri to endorse sacking more than a third of the army earlier this year need more investigation.
The fact that he was re-elected at the Fretilin party congress last month by a show of hands, rather by a secret ballot, does not reflect well on his democratic values.
But it is also worth remembering that East Timor has few capable leaders.
Education levels are among the world's lowest, and the long years of conflict under Indonesia's occupation, and Indonesia's chaotic withdrawal in 1999, left few local people with experience of government.

Mari Alkatiri is among the best they have. The country can ill-afford the loss of his abilities.


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Mais uma casa a arder.



Entre o campo de refugiados em frente à sede da UN e Vila Verde.


Militares australianos só chegam agora.

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E onde estão os senhores organizadores e líderes partidários que organizaram a manifestação anti-Alkatiri?

Depois de terem organizado uma manifestação tão organizada, onde não faltaram meios e recursos, onde se meteram eles?

Porque não controlam agora os seus manifestantes???

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Onde estão os milhares de militares australianos e as centenas de polícias australianos?

Comoro:

Manifestantes pró-Xanana atacam homem, que se encontra gravemente ferido, perto do mercado de Comoro. GNR procedeu a detenções.

Centro da Cidade:

Deflagraram dois incêndios na rua do City Café e ouviram-se tiros. Será que houve distribuição de armas aos manifestantes anti-Alkatiri?

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Fretilin e Mari Alkatiri mostram que o seu partido ainda está vivo

DN

João Pedro Fonseca
Em Díli

Para quem tivesse dúvidas, a Fretilin provou ontem ser ainda um partido com muitos militantes e que apoiam o seu secretário-geral, Mari Alkatiri.

Ontem , em Hera, o presidente da Fretilin, Francisco Guterres (Lu- -Olo) e Mari Alkatiri provaram também que lideram o partido e que os militantes os respeitam: travaram milhares de pessoas, evitando que elas entrassem em Díli. Pelo menos, por um ou dois dias...

Mais de mil pessoas deslocaram-se de Baucau, Lospalos e Manatuto para a capital. Só para mostrarem que estão com Alkatiri.

Pararam em Metinaro, a cerca de 40 quilómetros de Díli, e ali esperaram. Com ordens para não avançarem. Mas, ontem à tarde, Lu-Olo e Alkatiri tiveram que se deslocar ali rapidamente porque aqueles milhares de pessoas (transportadas em 350 camiões) ameaçavam deslocar-se até à capital. Não é que tivessem intenções violentas, mas em Díli ainda estão talvez uns três mil manifestantes que se opõem à cúpula da Fretilin. E o cenário de confronto directo entre os dois grupos poderia ser desastroso.

O primeiro-ministro demissionário e o presidente do Parlamento subiram então para uma camioneta, pegaram no megafone e mostraram que estavam muito felizes por verificar que os militantes da Fretilin estão com o partido, e deixaram recados para todos aqueles que diziam que a Fretilin fora esvaziada. Nomeadamente após a declaração duríssima do Presidente Xanana Gusmão em que arrasou a actual classe dirigente do partido. "Há muito tempo que não conseguia estar com militantes da Fretilin, não podia trabalhar, não podia dormir, fico muito feliz por estar aqui convosco", disse Mari Alkatiri.

A multidão intercalava cada frase de Alkatiri com o grito "Vamos para Díli". O político portou-se como um estadista, apelou à calma, disse mesmo que "a Fretilin é um partido da democracia, de paz", lembrando que "os outros é que destruíram, queimaram, mataram."

Tentou também destruir essa divisão criada recentemente de lorosae/loromono. "Isso não existe, somos todos timorenses." Paralelamente, atacou aqueles que "andam a dizer que foram os loromonos que queimaram e destruíram, não é verdade, foi um pequeno grupo".

A mensagem de Alkatiri e também de Lu-Olo foi muito virada para a necessidade de se respeitar os valores democráticos. "Porque começaram com a violência? Será que estavam com medo de perder as eleições em 2007?", questionou Alkatiri, pedindo aos militantes para não terem medo, para continuarem vigilantes e para não acreditarem nos rumores mas para manterem a sua actuação sem violência. "As nossas armas são as nossa cabeças" e, por isso, a "Fretilin tem de mostrar que não é um partido violento."

Este discurso foi muito bem aceite, mas o mais difícil foi convencer o povo a voltar a Metinaro e a aguardar ali ordens para então entrar em Díli de forma pacífica. Alkatiri prometeu negociar com as forças internacionais um plano de entrada em Díli, mas que antes vai reunir todos os militantes da Fretilin da região ocidental para "mostrarmos que Timor é um só, não tem divisões" e depois, sim, avançam para a capital de forma ordeira.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.