quinta-feira, junho 29, 2006

It is alarming that the President was not able to control his own protesters.

Recebido por email:


What we saw was evidence of who was behind the recent violence, links between supporters of the President (not the President) and violence was evident. Yesterday 29 June 2006 we saw a President of the "people" unable or unwilling to stop the violence perpetrated by his own supporters. These are the same supporters who earlier this week defiantly stood side by side with President calling for the resignation of the so called "criminal" Mari Alkatiri. It was disheartening that the President of the Republic was standing next to insurgents, manipulators and real criminals calling for the resignation of a constitutionally legitimate Prime Minister. He has achieved his goals amongst "people" that are not legally representatives of all citizens of Timor Leste.


The President of the Republic has shown he has no control over his own "people". How can there be claims that he can maintain control of Timor Leste when his own supporters burn the homes of those representing the Political Party that has the majority in Parliament. It becomes more evident the President is not the unifying soul or saviour that the media reports put him out to be, his supporters attacked innocent people women and children amongst them, mainly from the East is an example of the disunity created by his supporters. The President of the Republic has no control over all citizens of Timor Leste and he MUST be responsible for the violent acts committed so openly by his supporters.


Blame has been put on Mari Alkatiri's speech, but it is less inflammatory than the Presidents speech on the 22 June 2006. FRETILIN showed great maturity in not reacting, there were no homes of the opposition being burned, there were no attacks on innocent refugees, there were no shootings after the speech.


FRETILIN has shown in Metinaro that it does have a large support base that cannot be ignored. If the President wishes to dissolve Parliament or chose a Government without the explicit contribution of FRETILIN then he runs the risk of creating more chaos in this country. The President continues to irresponsibly challenge the patience of FRETILIN. His decisions have already been recipe for disaster and on the verge of complete incompetence.


FRETILIN has shown great tolerance, its supporters are massing still at Metinaro, and have being blocked from entering the city in the last few days by foreign intervention forces, mainly Australian troops. As they are still held up at Metinaro and have not entered Dili because of strict control of the area by Australian forces, no fault can be attributed to FRETILIN supporters.


No justification can herald the shameful actions over the past few months of the President of the Republic, in shaming the nation by requesting the Prime Ministers resignation with an enclosed video tape of allegation produced by foreign media outlet. What was more ignorant and offensive was his speech on the 22 June which also showed his immaturity and desperation by offering his own resignations if the Prime Mister did not do so. He has already the Prime Ministers resignation and yet his supporters initiated another wave of violence.


Serious questions now have to be raised about the Presidents involvement and that of other supportive leaders of the President over their mishandling of the overall crisis. The President and his supporters are now walking on very thin ice.

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9 comentários:

Anónimo disse...

You can add Jose Ramos Horta to that list of incompetent leaders handling the crisis with the President.

However, there shouldn't be violence from the FRETILIN supporters. If the situation is controlled properly the FRETILIN supporters will protest peacefully.

Anónimo disse...

FRETILIN has not antagonised nor has it incited any Violence. Lets hope the X, RH and others respect those attending the rally.

Anónimo disse...

Antes de todos disse se Mari renunciasse então não ha mais violência em Timor. Agora que está ido é o pessoa que disse que aquele palavras é esses estão queimar as casas e atacar os refugiado… Que Ironico..porque? Que você quer?

Anónimo disse...

Tradução:

É alarmante que o Presidente não tenha tido a capacidade para controlar os seus próprios manifestantes
Recebido por email:


O que vimos foi uma evidência de quem esteve por detrás da recente violência, as ligações entre apoiantes do Presidente (não o Presidente) e a violência foi evidente. Ontem 29 de Junho 2006 vimos um Presidente de "gente" incapaz ou sem vontade de parar a violência perpetrada pelos seus apoiantes. Estes são os mesmos apoiantes que mais cedo, esta semana, desafiadoramente, estiveram ao lado Presidente apelando à resignação do então chamado "criminoso" Mari Alkatiri. Era desalentador que o Presidenta da República estivesse próximo dos insurgentes, manipuladores e verdadeiros criminosos exigindo a resignação dum Primeiro-Ministro constitucionalmente legítimo. Ele atingiu o seu objectivo entre "pessoas" que não são legalmente representantes de todos os cidadãos de Timor-Leste.


O Presidente da República mostrou que não tem controlo sobre a sua própria "gente". Como pode haver declarações que ele pode manter o controlo de Timor-Leste quando os seus próprios apoiantes queimam as casas dos representantes do Partido Político que tem a maioria no Parlamento. Torna-se mais evidente que o Presidente não é a alma unificadora ou o salvador que as reportagens dos media dizem ser, os seus apoiantes atacaram gente inocente, mulheres e crianças entre ela, principalmente do leste, o que é um exemplo da desunião crida pelos seus apoiantes. O Presidente da República não tem controlo sobre todos os cidadãos de Timor-Leste e ele DEVE ser responsável pelos actos violentos cometidos tão abertamente pelos seus apoiantes.


Foi posta a culpa no discurso de Mari Alkatiri, mas é menos inflamatório do que o discurso do Presidente em 22 Junho de 2006. A FRETILIN mostrou uma grande maturidade em não reagir, não houve casas da oposição a serem queimadas, não houve ataques contra refugiados inocentes, não houve tiroteios depois do discurso.


A FRETILIN mostrou em Metinaro que tem uma grande base de apoio que não pode ser ignorada. Se o Presidente deseja dissolver o Parlamento ou escolher um Governo sem o contributo explícito da FRETILIN então ele escolhe o risco de criar mais caos no seu país. O Presidente continua irresponsavelmente a desafiar a paciência da FRETILIN. As suas decisões já foram receita para o desastre e aproximam-se da completa incompetência.


A FRETILIN tem mostrado grande tolerância, os seus apoiantes ainda se juntam em Metinaro, e têm sido bloqueados e impedidos de entrar na cidade nos últimos dias por forças de intervenção estrangeira, principalmente tropas Australianas. Como estão ainda presas em Metinaro e ainda não entraram em Dili por causa do estricto controlo da área por forças Australianas, nenhuma culpa pode ser atribuída aos apoiantes da FRETILIN.


Nenhuma justificação pode servir de desculpa às vergonhosas acções dos últimos meses do Presidente da República, ao envergonhar a nação quando requereu a resignação do Primeiro-Ministro com uma cassete de vídeo com alegações produzidas por media estrangeira. O que foi mais ignorante e ofensivo foi o seu discurso de 22 de Junho que também mostrou a sua imaturidade e desespero ao oferecer a sua própria resignação se o Primeiro-Ministro assim não o fizesse. Ele já tem a resignação do Primeiro-Ministro e contudo os seus apoiantes iniciaram outra onda de violência.


Agora devem-se levantar sérias questões sobre o envolvimento do Presidente e dos outros líderes apoiantes do Presidente sobre a sua má condução da crise acima de tudo. O Presidente e os seua apoiantes estão agora a caminhar em cima de gelo muito fino.

Anónimo disse...

Diário de Notícias, 29/06/06, Entrevista feita por Armando Rafael a Nuno Saraiva

Nuno Antunes tem 42 anos; foi assessor jurídico de Mari Alkatiri, tendo participado nas negociações sobre os recursos do mar de Timos; está na Miranda, Correia, Amendoeira & Associados desde Maio
Nuno Antunes trabalhou de perto com Mari Alkatiri, tendo ajudado a consolidar o Fundo Petrolífero do país. Para onde são canalizadas todas as receitas da exploração do mar de Timor e que contém uma regra essencial: Díli só pode gastar parte dos rendimentos do fundo. Se a regra não for alterada, os timorenses continuarão a beneficiar destas receitas muito para além do ciclo normal de exploração: 30 anos.

Planos de Alkatiri prejudicariam Territórios do Norte da Austrália

Armando Rafael : Que importância tem o petróleo na crise timorense?

Nuno Antunes: Sou avesso a teorias da conspiração. Agora, tenho é poucas dúvidas de que as declarações de apoio a Xanana Gusmão e a Ramos-Horta por parte da Austrália em geral têm muito a ver com o facto de o primeiro- -ministro timorense ser quem é.

Armando Rafael : A Austrália não perdoa o acordo que Mari Alkatiri conseguiu obter...

Nuno Antunes: Não, não, não! O que está em causa são os projectos que Mari Alkatiri tinha para o futuro...

Armando Rafael : O que é quer dizer com isso?

Nuno Antunes: Bem gerido, o petróleo permitirá a Timor-Leste colocar-se numa situação de relativa independência perante a Austrália e a Indonésia. Especialmente se o gasoduto do Greater Sunrise for construído para o lado timorense, e não para Darwin, como os australianos pretendem...

Armando Rafael : Os australianos e algumas petrolíferas envolvidas no projecto...

Nuno Antunes: A Osaka Gas, que integra a joint- -venture do Greater Sunrise, chegou a dizer isso mesmo, quando Mari Alkatiri visitou o Japão. E o que ele respondeu foi muito simples: a menos que lhe demonstrassem que a solução Timor-Leste era inviável, comercial e tecnicamente, ele faria tudo para os contrariar.

Armando Rafael : Como?

Nuno Antunes: O primeiro-ministro timorense tem alguns poderes ao nível regulador que podem atrasar ou, pelo menos, condicionar o desenvolvimento desses projectos, impedindo que o gás vá para Darwin. E o argumento que Alkatiri usava, era razoável: se a Austrália já beneficiava do gás de Bayu-Undan, seria normal que Timor-Leste retirasse benefícios do Greater Sunrise.

Armando Rafael : A distância é mais pequena...

Nuno Antunes: Muito mais. O único problema é que o fundo do mar é razoavelmente plano até Darwin, o que não acontece no trajecto para Timor-Leste, em que é necessário ultrapassar a fossa do mar de Timor que vai até aos três mil e poucos metros de profundidade, embora seja possível cruzá-la a um nível próximo dos dois mil metros ...

Armando Rafael : E do lado australiano qual é a profundidade?

Nuno Antunes: Cem, cento e poucos metros.

Armando Rafael : Qual é o custo desses gasodutos?

Nuno Antunes: No caso de Timor-Leste, creio que são dois mil milhões de dólares.

Armando Rafael : E do lado australiano?

Nuno Antunes: Ligeiramente menos, dado que a Austrália já possui algumas infra- -estruturas: portuárias, redes viárias e de electricidade...

Armando Rafael : Que os timorenses não têm...

Nuno Antunes: Mas esse era um dos grandes objectivos do primeiro-ministro, que percebia que um projecto destes faria disparar os investimentos nas infra-estruturas. Quem perderia seriam os Territórios do Norte [Austrália], que veriam comprometidos os seus planos de desenvolvimento.

Armando Rafael : Que planos?

Nuno Antunes: Há cinco anos, li um estudo feito por australianos segundo o qual o desenvolvimento associado daquela região à construção das diversas instalações de gás em Darwin rondaria os 20 mil milhões de dólares.

Armando Rafael : Que quantidade de petróleo ou de gás existe em Timor-Leste?

Nuno Antunes: É muito difícil dizê-lo. Mas atenção: Timor-Leste não é o Koweit, nem o Brunei. Não é disso que estamos a falar. O que estamos a falar é de um país que, tendo em conta os acordos já celebrados com a Austrália e com o preço do barril de petróleo nos 50 dólares, iria receber cerca de 25 mil milhões de dólares nos próximos 25 a 30 anos. Ou seja, mil milhões de dólares por ano. Se pensarmos que o orçamento timorense para este ano anda nos 200 milhões de dólares, é fácil fazer as contas e perceber o que isto representa. E só estou a falar de Bayu-Undan.

Armando Rafael : Ou seja, ainda falta o Greater Sunrise na zona de exploração conjunta com a Austrália. Existe alguma estimativa do petróleo e do gás que possam existir na zona exclusiva de Timor-Leste?

Nuno Antunes: Quanto ao onshore [em terra], ninguém sabe. Até porque há sempre sedimentações a correr ao longo da inclinação da ilha que dificultam as medições. Relativamente ao offshore [no mar], é preciso separar a zona de exploração exclusiva e a zona de exploração conjunta com a Austrália. Quanto à parte exclusiva timorense, sabe-se pouco. E o que se sabe é por associação ao que se conhece da zona de exploração conjunta.

Armando Rafael : E o que se sabe sobre a zona de exploração conjunta?

Nuno Antunes: Bayu-Undan, o campo que alimenta neste momento as receitas de Timor-Leste, tem reservas confirmadas de 3,4 TCF [trillion cubic feet, sendo que cada TCF corresponde a 167 milhões barris de petróleo]. Além disso, Bayu-Undan tem 400 milhões de líquidos [combustíveis] que poderiam ser explorados.

Armando Rafael : O que existe é, portanto, essencialmente gás...

Nuno Antunes: Essencialmente. O que não quer dizer, no entanto, que não exista petróleo. Mas o essencial é gás.

Armando Rafael : E os outros campos?

Nuno Antunes: O Greater Sunrise tem à volta 8 TCF e 300 milhões de barris de condensados. Ou seja, as suas reservas de gás representam mais do dobro de Bayu-Undan, ainda que o Greater Sunrise seja mais seco. Mas, nos termos do acordo celebrado no início deste ano, as receitas do Greater Sunrise serão dividas ao meio entre Timor-Leste e a Austrália.

Armando Rafael : E ainda existem outros campos...

Nuno Antunes: Mais pequenos. Com excepção do Fénix, que poderá ter cerca de 3 TCF, tanto o Chuditch, como o Jahal Add Kuda-Tasi, entre outros, terão menos de um TCF cada.

Ligações do primeiro-ministro assustavam Camberra e Jacarta

Armando Rafael : Qual é, na sua opinião, o valor geoestratégico de Timor-Leste?

Nuno Antunes: Do ponto de vista da Austrália e da Indonésia, Timor-Leste só tem duas opções: ou fica na esfera de influência de Camberra ou de Jacarta. E esse foi o problema deste primeiro Governo timorense: não quis ficar na esfera de influência nem dum, nem doutro, razão pela qual tentou atrair outros parceiros para Timor-Leste.

Armando Rafael : Assustando a Austrália…

Nuno Antunes: Só o facto de se ter falado que a China podia ficar com exploração do petróleo onshore em Timor-Leste já deixou muita gente assustada. E ainda existem ligações à Malásia – que não causam problemas à Indonésia, mas que já assusta a Austrália pelo facto de ser um país muçulmano – e à CPLP, que é muito mais forte do que normalmente pensamos por causa da ligação ao Brasil.

Armando Rafael : Mas Timor-Leste não tem peso…

Nuno Antunes: Em si mesmo, não tem peso nenhum. O país só se torna mais relevante pelo embaraço que as suas ligações podem causar à Austrália e à Indonésia. Sobretudo se ele conseguir desenvolver-se de uma forma totalmente independente.

Armando Rafael : Em que termos?

Nuno Antunes: Naquela região, Indonésia e Austrália falam um com o outro e decidem tudo sem consultar ninguém. É como se fossem os EUA e a URSS, no período da Guerra Fria. No caso particular de Mari Alkatiri, e para além das relações que tentou estabelecer com a Malásia, a CPLP e a China, existia também uma ligação com o Médio Oriente. E, em especial, ao Koweit, o que era igualmente perturbador para Jacarta e Camberra…

Armando Rafael : Que também já estavam preocupados com os médicos cubanos…

Nuno Antunes: Com Mari Alkatiri era muito simples: detectado um problema, tentava perceber quem podia ajudar a resolvê-lo. Se fosse Cuba, era Cuba. Se fosse Portugal, era Portugal. Ou o Banco Mundial ou o Brasil, a Malásia ou o Koweit… Só esta atitude é mais do que suficiente para deixar a Indonésia e a Austrália desconfortáveis.

Anónimo disse...

Hussi Povo, Ho Povo, Ba Povo – Do Povo, Com o Povo, Para o Povo

COMUNICADO
O Conselho Superior Político da UDT foi ontem surpreendido pela comunicação social com a alegada tomada de posição de seis partidos no Parlamento Nacional.

Reunido o seu Gabinete de Crise, o Conselho Superior Político da UDT, independentemente das tomadas de posição de outros partidos, declara que não esteve presente na reunião e na conferência de imprensa que se lhe seguiu onde foram tomadas as decisões publicitadas pela imprensa.

O Conselho Superior Político da UDT reitera as tomadas de posição decididas no seio deste Conselho e tornadas públicas nos comunicados de 20 e 26 de Junho corrente.

Assim e, por decisão do Conselho Superior Político da UDT, esclarecemos que o seu Presidente enviou ao Presidente do Parlamento Nacional uma carta dando conta da suspensão desse Parlamento dos deputados substitutos, Quitéria da Costa e Dr. Alexandre Corte-Real, com efeitos imediatos a partir do dia 21 de Junho.

Chamamos a atenção para os mais recentes comunicados da UDT onde está inequivocamente explícita a orientação política deste partido.

O Conselho Superior Político esclarece que a UDT não faz juízos de valor individuais, antes orientando as suas decisões no estrito plano político.

O Conselho Superior Político da UDT repudia energicamente as posições tomadas e lamenta que tenham falado em nome da UDT, extravasando claramente as suas competências.

A UDT está confiante na maturidade do povo e dos quadros políticos timorenses e acredita que o bom senso prevalecerá exortando a uma resolução rápida da crise política que vivemos com vista à reposição da tranquilidade, da segurança e da paz.

Díli, 28 de Junho de 2006
O Presidente do Conselho Superior da UDT,
João Viegas Carrascalão

Assinado por:



Eng. Luis Vaz Rodrigues
Secretário-Geral da UDT,

Mata Hari

Anónimo disse...

Timor
Conspiração em marcha

Por: Albano Nunes, Avante, 29/06/06

Este artigo é datado. Manhã de segunda-feira dia 26 de Junho. Quando, na sequência de um estranhíssimo discurso/ultimato do chefe de Estado timorense, o Comité Central da Fretilin acaba de confirmar a sua confiança no Primeiro Ministro que, surpreendentemente, se declararia pouco tempo depois pronto a resignar para facilitar a solução da crise.

Os riscos de escrever sobre Timor-Leste em tão volátil situação são muito grandes. A situação está recheada de surpresas e reviravoltas e marcada por um vendaval de boatos, intrigas, pressões e práticas golpistas que obscurecem a compreensão do essencial. É porém claro como a água o que está no centro da profunda crise política e institucional timorense. O imperialismo e a reacção internacional não podem admitir que haja países que não se submetam à globalização imperialista, que decidam trilhar o seu próprio caminho de soberania e progresso social, que recusem render-se perante multinacionais e potências regionais que cobiçam as suas riquezas. E é isto que está em causa em Timor-Leste, país que ainda por cima dispõe de grandes reservas de gás e petróleo e tem uma posição geo-estratégica muito apetecível. Foi isto que, com o beneplácito dos EUA, levou a Indonésia a invadir e a praticar em Timor-Leste os crimes mais monstruosos. É isto que leva hoje a Austrália a ingerir-se com arrogância na situação interna deste país soberano e a comportar-se como autêntica força de ocupação. É isto que leva Kofi Annan e outros guardiões da «nova ordem» imperialista, a defender o envio para Timor-Leste de uma força de segurança «robusta» e a alimentar a teoria do «Estado falhado» com o fito de transformar este país soberano num submisso protectorado.

A crise política e institucional timorense é no fundamental expressão desta realidade e não tem nada de surpreendente que, reflectindo aliás a agudização da luta de classes, existam forças e personalidades políticas timorenses que participam activamente na conspiração imperialista contra os interesses e a soberania do seu próprio povo. Desde a primeira hora da libertação, ainda não tinha sido formalmente proclamada a independência nem nascido o novo Estado independente, e já uma chusma de “conselheiros” internacionais procuravam impor ao povo timorense a língua oficial que deveria usar ou o tipo de Constituição que deveria adoptar, exigiam a dissolução das heróicas Falintil, procuravam que o Governo incluísse colaboracionistas das forças de ocupação. A tudo isto o povo timorense respondeu com uma dignidade exemplar. E a Fretilin juntou à sua incontestável legitimidade revolucionária a legitimidade democrática que eleições livres lhe conferiram, tornando-se maioria parlamentar e Governo com grande base popular. Repetidas e sofisticadas tentativas para a subverter, dividir e afastar do poder têm fracassado. Uma nova e talvez decisiva tentativa está hoje em marcha com uma descarada e a muitos títulos inédita interferência nos seus assuntos internos em que, significativamente, é visível o anti-comunismo.

É do interesse do povo timorense e de todos os povos do mundo impedir a vitória da conspiração. Para tanto é necessário desenvolver a solidariedade para com o povo timorense, exigir o respeito pela sua Constituição e pela sua soberania, desmascarar a descarada ingerência nos seus assuntos internos e alertar para projectos de tutela colonialista, com ou sem o aval da ONU, em que Portugal não pode deixar envolver-se.
Por conhecidas vicissitudes da História, Portugal e os portugueses têm uma importante palavra a dizer em relação a Timor-Leste.. É boa ocasião para ver quem é quem numa questão que no passado suscitou grande comoção nacional e aparente consenso. Pelo seu lado o PCP está onde sempre esteve: com o povo timorense e a Fretilin na sua luta pela soberania e o progresso social.

http://www.avante.pt/noticia.asp?id=14971&area=24

Anónimo disse...

João Carrascalão é o único homem credivel e de bom senso da oposição.
Quando li a noticia de que a UDT se associava à posição dos outros partidos ia tendo um ataque cardiaco.
Felizmente João Carrascalão mantém-se igual a si mesmo.
Um homem de grande nível politico e pessoal.
Parabéns UDT!

Anónimo disse...

Joao Carrascalao so tem monstrado, desde a data que o seu "grande" partido obteve somente duas cadeiras na Assembleia Constituinte, ser um GRANDE lambe-botas.
Nao tem brio nenhum. Quem e que nao testemunhou as suas contorcoes vergonhosas perante Mari para ganhar uma posicao no governo? So para depois levar uma bofetada sem mao do Mari.
Ele e outro mini ditador que desfalcou o seu partido de quadros jovens e formados pela sua insistencia em menosprezar esses quadros e agarrar-se ao cargo de Presidente da UDT. Nao tem vergonha nenhuma.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.