domingo, maio 28, 2006

Dos leitores (4)

"Timorenses

Desde há mais de uma vintena de anos que estou com a causa de Timor.

Força Timor, a paz será reimplantada e Timor desenvolver-se-á com a ajuda dos Países amigos.

Portugal, contrariamente ao verificado em tempos idos estará na primeira linha.

Como todos sabemos o PS mudou de atitude para bem dos nossos dois povos.

Um Português que vive o dia a dia de Timor.

Rogélio Almes
Aires - Palmela"

Dos leitores (3)

"Como católico apelo a SS o Papa para, na próxima nomeação de Bispos para Timor, tirar primeiro a medida da cabeça (percebem o que quero dizer) dos candidatos para ver se serve para (dignidade e responsabilidade) da mitra que vão usar. "

Dos leitores (2)

"Um grande abraço para todos. Há quatro dias (e noites)que não largo este blog. Coragem para todos! Estou convosco ainda que a 3000 kms de distância.

Malai em Sydney"

Presidente da República e Primeiro-Ministro estão reunidos em Balibar

Presidente da República e Primeiro-Ministro estão reunidos em Balibar, na residência de Xanana Gusmão.

Aguardam-se desenvolvimentos (com esperança).

Dos leitores (1)

"O Mari tem razão, está mesmo a haver um golpe, ou se calhar são vários ao mesmo tempo, com os jovenzinhos das artes marciais a aproveitarem para molharem a fruta.

Mas ex.mos srs. políticos timorenses, e depois passam a ter um golpe todas as semanas ? Sempre que alguém não estiver satisfeito, vai de soltar os animais e cá vai mais um golpinho?

Como é possível governar sem estabilidade? Ainda não percebi aquela das «forças de intervenção» não querem tomar posição por nenhum dos lados.

Mas por acaso não há um governo em Timor Leste, que por sinal até foi quem accionou os mecanismos de vinda dessas mesmas forças? E que lados são esses?

Governo versus Presidente versus Salsinha versus Alfredo versus ... "

Agora, neste momento

Ainda estão casas a arder na rua entre o Mercado Lama, Quintal Bot, e a Igreja de Balide.

Os portugueses estão bem.

Peticionários exigem demissão de Mari Alkatiri e de todo o Governo

Díli, 28 Mai (Lusa) - O porta-voz dos militares peticionários timorenses, Gastão Salsinha, exigiu hoje a demissão do primeiro- ministro Mari Alkatiri e de todo o governo de Timor-Leste, após uma reunião com os restantes líderes militares contestatários.

Em declarações à agência Lusa, o ex-tenente Gastão Salsinha ameaçou "organizar o povo em manifestações pacíficas", caso o primeiro-ministro permaneça no governo.

A exigência de demissão foi comunicada após a reunião entre líderes militares contestatários, que hoje se realizou em Ermera, mas não foi possível confirmar com os restantes participantes se se trata de uma reivindicação unânime.

Gastão Salsinha afirmou que a demissão do primeiro-ministro se deve seguir à recolha das armas ilegais, uma tarefa que atribui ao "Presidente Xanana Gusmão e às forças internacionais" presentes em Timor-Leste.

Segundo o ex-tenente, os participantes na reunião concordaram nestas duas exigências: o desarmamento geral, a cargo do Presidente da República e das forças internacionais, e a demissão de Mari Alkatiri e de todo o governo.

RBV/TD.

Comentário de fim de tarde (6)

"O Bispo de Dili é mais outro que tem contas a ajustar com o Mari...

O palerma é muito democrático mas lá quanto a decidir se os filhos dos timorenses devem ter aulas de religião e moral ou não, a democracia parou...

Para ele os pais não devem ter o poder de decisão. Quem o deve ter é... o Governo, i.e., o Mari, ao tornar obrigatória a frequência das mesmas.

Como se todos não soubéssemos que 99,9% dos pais vão decidir que sim! Mas é uma decisão deles e não do Mari...

O Mari não se quiz substituir aos pais e por isso é... anti-democrático. Este bispo faz-me rir!... Abençoados os pobres de espírito porque deles será o reino dos céus!... "

Comentário de fim de tarde (5)

Sr. Bispo,

Como católico, sinto-me ultrajado por estar a fazer (má) política a partir do púlpito.

Nao percebe que está a ser usado? Nao quero acreditar que a Igreja, que sempre esteve com o povo de Timor na Resistencia, queira agora que o País se torne num Estado dependente da Austrália.

Afinal, serao os gangues, os clubes de artes marciais e os Majores Reinados que estao mais proximos de Deus? E a democracia já nao conta ? "

A César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".

Chegou equipa da GNR para instalar contingente

Díli, 28 Mai (Lusa) - A equipa da GNR que vai avaliar as necessidades para a instalação, a partir da próxima semana, de uma companhia daquela força militarizada em Díli, chegou hoje à capital timorense.

Os três elementos da GNR, que se escusaram a prestar declarações à Lusa, chegaram à capital timorense acompanhados de mais oito agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE), da PSP, para reforçar os oito que já se encontram em Díli há três semanas.

Os oito elementos dos GOE têm garantido o reforço da segurança nos bairros da Vila Verde e da Cooperação, onde estão alojados cooperantes portugueses, incluindo professores.

A sua missão compreende ainda a protecção dos cidadãos portugueses que, residindo nos bairros mais afastados do centro da cidade e que têm sido palco desde quarta-feira de violentos confrontos entre grupos de civis com armas de fogo e armamento tradicional, solicitam protecção e evacuação para áreas mais seguras.

A agência Lusa testemunhou hoje duas bem sucedidas operações de evacuação de dois cidadãos portugueses residentes em Aimutin, bairro onde a presença das forças internacionais é nula, deixando o campo aberto a grupos, aparentemente descontrolados, que incendeiam casas e viaturas.

Ao final da manhã, os armazéns situados nas traseiras do Tribunal Regional de Díli e do Ministério da Agricultura, no bairro do Fomento, foram saqueados, com muitos timorenses a aproveitarem para se apropriarem dos mantimentos, designadamente arroz, que aí se encontravam armazenados.

A situação em Díli ao princípio da tarde voltou a caracterizar- se pela repetição de actos de vandalismo e saque, sem que as forças internacionais interviessem, nos bairros de Balide, Bécora, Comoro e Bidau, com civis a dispararem armas de fogo e a incendiarem casas.

Devido ao encerramento do comércio e de dois dos três maiores supermercados de Díli, começam a escassear alimentos e água potável.

O único supermercado que ainda funciona, o Landmark, apenas deixa entrar cerca de 10 clientes de cada vez, por uma porta das traseiras.

O combustível começa também a escassear, devido à continuação do encerramento das bombas de combustível existentes.
EL.

More pressure on East Timor PM to resign (Bispo de Dili)

"The Bishop of Dili, Dom Alberto Ricardo, says the only solution to the current crisis is East Timor is to remove the government.

Peter Cave reports from Dili, that the bishop's comments are adding to increasing pressure on the Prime Minister, Mari Alkitari, to resign.

He reports: 'Speaking to the ABC after conducting mass at the Catholic Cathedral Bishop Dom Alberto Ricardo described the situation in East Timor as dangerous and deeply saddening.

The influential bishop says the only solution is to change the government.

Foreign Minister Jose Ramos Horta, who is aligned with President Xanana Gusmao, has postponed a news conference at which he was expected to call for the removal of the government.'

ABC Asia Pacific TV / Radio Australia"


Foi na residência oficial deste senhor, o Bispo de Díli, que que ano passado, aquando da manifestação da Igreja contra o Governo, dois portugueses ficaram retidos, foram espancados e sujeitos a um tribunal popular.

Shame on you!

Foreign troops should have stayed in East Timor, says former commander

AP , SYDNEY Sunday, May 28, 2006
Foreign troops were too quick to leave East Timor after it gained independence, the former deputy commander of a UN peacekeeping mission there said yesterday.

Retired Major General Mike Smith, now the chief executive of an Australian charity, said UN troops should have remained in East Timor beyond their withdrawal last year.

Australia led a multinational peacekeeping force involving more than 5,000 troops after East Timor voted to break free from Indonesia in 1999, triggering a wave of violence by Indonesian troops and their proxy militias in which about 1,500 people were killed and 300,000 left homeless.

The UN administered the territory until it formally became independent in 2002, and Australia withdrew the last of its troops in June last year.

"As much as the departure of international forces and particularly Australian forces was graduated and was based on good reason, the fact of the matter is that security has been wanting since that departure," Smith told the Australian Broadcasting Corp yesterday.
"I think it would have been much better for a UN military force to have remained here, because I think that would have provided much greater reassurance," he added.

At least 23 people have been killed in four days of fighting between rival police and military factions that was triggered by the firing in March of more than 40 percent of the country's 1,400-strong army.

Comentário de fim de tarde (4)

E hoje, as mesmíssimas cadeias internacionais, BBC, CNN, Euronews continuam a mostrar as mesmíssimas cenas de jovens a destruíram e a incendiarem as mesmíssimas casas de ontem, numa mal encenada mostra de vingança, "puxando" por eles para eles dizerem que é por "vingança" que estão a fazer isso!

E o "jornalista" da BBC que se esforça por encontrar estas razões é o mesmíssimo que ontem ao "entrevistar" o Alkatiri insistia que ele "falhou", que ele tinha de se demitir...

E de repente lembrei-me de já ter visto repetidamente este filme, na Bósnia, no Kosovo, na Chechénia, onde quer que "eles" tenham interesses para preservar e um governo que não alinha submissamente.

Regime change, novamente, agora à moda da social-democracia portuguesa para levar a água ao moinho dos australianos? Shame on you Mr. Gusmão e a todos os que alinharem nesta golpaça!

Durão Barroso enaltece esforços de Portugal na estabilização

Viena, 28 Mai (Lusa) - O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, enalteceu hoje o papel de países como Portugal pelo apoio na estabilização de Timor-Leste, nomeadamente através do envio de forças militares ou militarizadas.

"É importante que aqui na União Europeia se manifeste essa solidariedade, se apoie os esforços de países como Portugal que já disponibilizaram algumas forças militares ou militarizadas para ajudar a estabilizar a situação", disse Durão Barroso antes do início de uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 25 nos arredores de Viena.

O presidente do executivo comunitário afirmou que os europeus continuam, no entanto, "bastante preocupados" com os acontecimentos dos últimos dias em Timor-Leste.

"É verdade que estes recentes acontecimentos nos fazem lembrar outros acontecimentos trágicos na história de Timor-Leste", recordou Barroso, acrescentando "acreditar" não se tratar de uma "viagem ao passado" mas sim de dificuldades no processo de consolidação de um estado.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE emitiram sábado, no primeiro dos dois dias em vão estar reunidos, uma declaração política onde apelam ao fim dos actos de violência.

"A União Europeia está preocupada com a deterioração da situação de segurança em Timor-Leste", diz o texto da declaração da presidência austríaca da UE, em nome de todos os Estados-membros.

Os 25 pedem a "todas as partes envolvidas" que se abstenham de realizar mais actos de violência e contribuam no sentido do restabelecimento da ordem pública e tranquilidade.

A UE congratula-se ainda com a "resposta positiva" dos governos de Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia ao pedido das autoridades timorenses para o envio de forças de defesa e segurança para restaurar e manter a segurança no país, diz ainda o texto.

Os europeus saúdam, por outro lado, as iniciativas do secretário-geral das Nações Unidas, Kofy Anan, incluindo a decisão de ter mandado para Timor-Leste um enviado especial para facilitar o diálogo político entre todas as partes.

Segundo a declaração aprovada, os Estados-membros da UE vão continuar a acompanhar "de perto" a situação em Timor-Leste.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral, tem informado os seus homólogos europeus dos últimos desenvolvimentos da situação em Timor-Leste.

Os responsáveis pela diplomacia da UE estão reunidos nos arredores de Viena para preparar as decisões sobre o "Futuro da Europa" que os chefes de Estado e de Governo irão tomar a 15 e 16 de Junho próximo.
FPB.

45 Australian police to be deployed in Timor-Leste soon

A team of 45 Australian police will be deployed in Timor-Leste on Monday morning in order to help stabilize the violence-torn country, the Australian Federal Police (AFP) said on Sunday.
The team will be in addition to a six-member AFP advisory group which arrived in Timor-Leste's capital of Dili Sunday.
The Australian police will be assessing the situation in Timor- Leste and give advice to the 1,300-strong Australian soldiers who are already there on a peace-keeping mission in response to the request of the local government, said the AFP in a press release.

Source: Xinhua

Comentário de fim de tarde (3)

"Queria estar aí de novo, em Timor, ao pé de voces.

O que se esta a passar e vergonhoso, o uso dos Reinados made in Australia, a tentativa de golpes constitucionais quando deveriam esta unidos...

Espero que a força da opiniao pública consiga convencer o Governo Portugues de que tem uma missao inadiavel, que nao se resume a mandar 120 GNRs, por muito útil que isso possa ser."

Comentário de fim de tarde (2)

""O responsável militar australiano afirmou que, para já, a operação Astute (nome de código da intervenção australiana) tem efectivos suficientes, garantindo que "se for necessário, virão mais".

Horas antes, o representante especial do secretário- geral das Nações Unidas em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa, tinha afirmado que são necessárias mais forças de paz para conter a onda de violência na capital timorense".

Mick Slater apelou aos timorenses para que voltem para as suas casas, a firmando: "se regressarem, podemos apoiá-los e fornecer segurança".

Na BBC as imagens são de grupos de jovens a destriur casas e com os militares australianos parados a assistir.

De Mick Slater e Sukehiro Hasegawa, face aos altos cargos que ocupam esperava-se um pouco mais de seriedade! "

Comentário de fim de tarde (1)

...

"O Presidente da República tem de dialogar. Não pode continuar nesta posição autista (como um leitor do blog referia há umas horas atrás).

Só mantém diálogo com assassinos? E com os seus irmãos? Não sabe o que é a solidariedade institucional? O Senhor é um Chefe de Estado! Não tem sentido de estadista? Não respeita as instituições ou, na sua cabeça e com os movimentos do golpe que está a dar, já ficou claro que as instituições/órgãos de soberania já não existem ... só existem na cabeça de quem continua a recusar ver que está a dar um golpe!!??

O jogo com os media também é revelador: Não diz nada mas anuncia com 48 horas de antecedência que vai falar ao país: técnica conhecida para criar expectiva e aumentar o impacto!

Conhecia-o como herói, como líder, como estratega na causa nobre de defesa de \'Pátria/Povo\' - agora conhecemo-lo como Golpista - que desejo de concentrar o poder nas suas mãos! Como permitiu consumir-se de tanta animosidade, Senhor Presidente?!

Violência em Díli é obra de marginais, diz Ramos-Horta

28-05-2006 8:46:00
Díli, 28 Mai (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Ramos-Horta, considerou hoje que os actuais episódios de violência em Díli se devem à actuação de grupos de marginais.

"A questão agora é de lei e de ordem, são marginais que estão a causar os distúrbios, o que torna a situação mais difícil de controlar por parte do exército," disse Ramos-Horta, falando aos jornalistas no bairro de Becora, na capital timorense.

Ramos-Horta efectuou hoje duas visitas ao bairro, que foi durante o dia alvo de actos de violência, quando grupos de civis armados com armas de fogo, catanas, arcos e flechas e zagaias atacaram diversas residências no local, incendiando diversas casas."

O Presidente da República, Xanana Gusmão, vai hoje encontrar- se com o comandante das forcas australianas em Timor-Leste, para avaliar quais as condições para que a polícia de Díli possa voltar ao trabalho, ao lado das forças australianas," disse o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense.

Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade próxima de uma dissolução do parlamento e de demissão do governo, Ramos-Horta preferiu não responder.

Díli vive hoje o quarto dia de violência, com grupos armados a atacar diversos bairros, cujos moradores organizaram também mílicias de defesa, armados com armas tradicionais.Civis armados atacaram hoje de manhã o Bairro Delta-Comoro, na parte oriental da capital timorense, provocando pelo menos dois mortos, segundo os habitantes do bairro.

Os confrontos registam-se também em outros bairros de Díli, nomeadamente Becora e Bairro Pite com a destruição e saque de residências e confrontos entre grupos armados.

RBV Lusa/Fim

Estamos de volta

Cláudio Ximenes, Presidente do Tribunal de Recurso, encontra-se em Timor-Leste e em funções.

Comandante australiano diz que está a fazer desarmamento dos grupos

Lisboa, 28 Mai (Lusa) - O comandante das tropas australianas em Timor-L este, brigadeiro Mick Slater, afirmou hoje em Díli que os seus efectivos estão a tentar desarmar os grupos envolvidos nos confrontos.

"As únicas pessoas com armas em Díli, quando terminarmos isto, serão os elementos da força internacional. Já começámos a desarmar", sublinhou, em confe rência de imprensa.
"A mensagem para o povo timorense é que estamos a avançar tão dura e tã o rapidamente como podemos para lhes garantir a segurança nas suas casas", disse .
O responsável militar australiano afirmou que, para já, a operação Astu te (nome de código da intervenção australiana) tem efectivos suficientes, garant indo que "se for necessário, virão mais".

Horas antes, o representante especial do secretário- geral das Nações U nidas em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa, tinha afirmado que são necessárias mais forças de paz para conter a onda de violência na capital timorense.

Mick Slater apelou aos timorenses para que voltem para as suas casas, a firmando: "se regressarem, podemos apoiá-los e fornecer segurança".

Os comentários do responsável australiano contradizem, porém, a informa ção prestada pelo governo e por residentes de alguns dos bairros afectados, que acusam as tropas de não actuarem perante a destruição das casas e ataques à popu lação.

Em declarações à Agência Lusa vários habitantes do bairro Delta-Comoro, onde hoje morreram duas pessoas, segundo residentes, mostraram-se indignados co m o que disseram ser a "imobilidade" dos soldados internacionais, a quem acusam de nada fazer, ao mesmo tempo que pedem a presença urgente da GNR portuguesa.

Inácio Moreira, professor universitário, 44 anos, morador no bairro, fo i peremptório nesse pedido (presença da GNR), acusando as forças australianas de não estarem a "proteger a população".

"Os australianos têm armas e não fazem nada, não ajudam, só estão a aju dar os criminosos", afirmou.

Outro dos moradores do bairro, um jovem de 24 anos, cuja casa ardeu e q ue se disse familiar de uma das vítimas mortais, deixou ainda um recado: "digam ao Xanana (Presidente da República), digam ao Ramos-Horta (ministro dos Negócios Estrangeiros), digam ao Alkatiri (primeiro-ministro), para mandar embora as tro pas australianas".

A liderança militar australiana espera que até meio do dia de hoje já e stejam no terreno a totalidade da força de 1.300 militares, apoiados por tanques , helicópteros e comandos especiais.
O governo timorense reactivou já a Comissão de Apoio Humanitário, sob r esponsabilidade do secretário de Estado do Trabalho e Solidariedade, Arsénio Ban o, que tem estado envolvido na coordenação do apoio humanitário básico aos deslo cados.

Entretanto, em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro Mari Alkati refere ter recebido várias expressões de solidariedade para com o povo timorense , entre eles do presidente moçambicano, Armando Gebuza, e dos primeiros-ministro s português, José Sócrates, e cabo-verdiano, José Maria das Neves.

"Todos expressaram a sua profunda tristeza pelo que está a acontecer em Timor-Leste e reafirmaram o seu total apoio ao povo timorense", refere o comuni cado.
"Expressaram a sua solidariedade e vontade de assistir o Governo e o Es tado timorense na procura de uma solução duradoura e estável para o país, que pa sse pelo reforço da solidariedade institucional dos órgãos de soberania de Timor -Leste", conclui a nota de imprensa.
ASP.

Portugal warns of civil war outbreak in East Timor

Portugal warns of civil war outbreak in East Timor

date: 27 05, 2006

Vienna, May. 27, (BNA)

Portugal warned of the eruption of civil war in East Timor if the country's leaders rushed to handle political issues before trying to defuse the acts of violence.

Portuguese Foreign Minister, Diogo Freitas Do Amaral, who was attending a ministerial meeting for EU foreign Ministers in Vienna said in a statement that is important for East Timor leaders to focus on restoring peace and order in the country before turning dividing authority between President of East Timor, Kay Rala Xanana Gusmao and the Premier, Mari Bin Amude Al Katiri.

Freitas criticized the Australian Premier, John Howard, who said that he expected from East Timor to conduct political changes in exchange for the military aid Australia had provided, considering the Howard's remarks, interference in the internal affairs of East Timor.

Bairro Central

Pegaram fogo a uma loja no Bairro Central. Tropas australianas no local. Não há distúrbios. Não há feridos.

Sirenes e Tanque

Ouvem-se muitas sirenes e uma testemunha diz estar a passar um tanque.

Comentário (9)

"Freitas conseguiu entretanto que os australianos se retratassem... Depois de tanto Flop, eis que este polémico MGE que é Freitas consegue alguma coisa... Ainda que apenas no domínio do "verbo"... Faltaria contudo mais "músculo" na presença portuguesa... Nomeadamente uma companhia de forças especiais para retirar ainda mais Soberba a estes Aussies que estão em Timor para o tornar um Protectorado colonial de onde extraem o petróleo que Alkatiri lhes ofereceu. "

Casa a arder no Bairro Central

Comentário (8)

"Timor quase repete a sua história recente.

Enquanto os timorenses se matam, as instituições se agridem e lutam entre si pelo poder as grandes potências "amigas" controlam mais uma vez o destino histórico do pais.As Nações Unidas retiram os seus funcionários do pais. As Nações Unidas também não confiam na sua própria força de segurança?

Militares especializados munidos de alto aparato bélico não conseguem controlar timorenses não preparados militarmente e fisicamente debilitados?

Onde está a Igreja de Timor? E a oposição?

Enquanto morrem civis, policias e militares inocentes perante, mais uma vez, a passividade dos australianos discute-se a boa governação em lugar da soberania de um país?

Será que Timor não é capaz de manter as suas instituições democráticamente eleitas e dizer ao mundo que são capazes de conduzir o seu próprio destino?

As boas ou más governações são "julgadas" em eleições livres e democráticas.O momento agora é de unidade e não de "braços de ferro" entre PR e PM.O povo chora e é por ele que foram eleitos!O povo quer paz!

Os vários orgãos de soberania aos serem eleitos devem ao povo a estabilidade, a tranquilidade e a paz.Permitam ao povo tomar decisões através de eleições e não pela vontade individual de responsáveis politicos, pressões externas ou violência. "

3 oficiais da GNR chegaram no mesmo avião que os GOEs

Para preparar a chegada dos restantes 120.

Obrigado! Mais funcionários da UN decidem ficar para garantir funcionamento de Tribunais e Procuradoria

1 Juiza Tribunal Distrital - Brasil
1 Juíza do Centro Formação Judicial - Portugal
2 Procuradores - Portugal
1 Defensora Pública - Brasil

Obrigado. Orgulhamo-nos do vosso gesto. Sabemos que vos foi dito pela UN que estavam por vossa conta e risco.

Comunicado do World Bank

WASHINGTON, May 25, 2006 – World Bank President Paul Wolfowitz issued the following statement today on the current security situation in Timor-Leste.

“My colleagues and I are deeply saddened by the current crisis in Timor-Leste. On behalf of our staff and our board, I would like to express the World Bank’s sincere hope that the situation will soon be resolved and peace and tranquility restored.

Timor-Leste has made tremendous strides in the very short time since its first free elections in 2001.

Quick action on the part of the Timorese leadership is needed to resolve the current conflict in a peaceful and constructive way to ensure that the progress that has been made is not lost.

The World Bank stands ready to support the people of Timor-Leste to continue its path of peace and continued development.

“As I said during my visit there in April, Timor-Leste has achieved much thanks to the country’s sensible leadership and sound decision making which have helped put in place the building blocks for a stable peace and a growing economy.

It seemed to have achieved a degree of social and political harmony and stability that was remarkable against the background of the country’s tragic history. I hope that the current situation will be resolved soon so that Timor-Leste’s future can be one of hope, opportunity, and peace. ”

Comentário (7)

"...portanto os " delicados desinteresseiros" devem adaptar o tradicional ritmo de "devagar, devagarinho e parado" acompanhado de muito, muito,muito debate e criticas àqueles que fizerem alguma coisa...este filme já nós vimos em 99. "

Cidadão português retirado por GOE de bairro, segundo no mesmo dia

Por Eduardo Lobão, da Agência Lusa Díli, 28 Mai (Lusa) - Um cidadão português foi hoje retirado da sua residência no bairro de Aimutin, ocidente de Díli, devido ao crescendo de violência nas proximidades, numa operação bem sucedida conduzida por agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP.

Foi a segunda operação de resgate conduzida hoje de manhã em Díli pelo GOE.
O alerta da necessidade de intervenção foi transmitido pelo cidadão português para a Agência Lusa, que depois de contactar o gabinete do Adido de Segurança acompanhou os agentes do GOE na identificação do local de residência.

O acesso, a partir da Avenida dos Direitos Humanos, que liga o aeroporto de Comoro ao centro da cidade, foi feito normalmente, mas a partir da entrada em Aimutin, numa estrada de terra batida, foram avistadas barreiras formadas por pedaços de árvores e pedras, a tentar impedir a progressão.

Com o auxílio de alguns populares, foi possível desmantelar essas barreiras e a aproximação à residência do cidadão português decorreu sem quaisquer problemas.

Chegados à casa, um dos agentes do GOE acompanhou o cidadão português, na viatura que este conduziu, seguida pela dos restantes agentes, onde seguia a reportagem da Lusa.

Antes de se entrar numa rua paralela à Avenida dos Direitos Humanos, a chamada "Banana Road", foi possível avistar várias casas e viaturas a arder, e grupos de jovens, com catanas e outro armamento tradicional, como azagaias e arcos e flechas, a prepararem novos saques a casas particulares.

Foi também possível ao GOI apreender uma catana a um popular, gesto aplaudido por um grupo a poucas dezenas de metros.

Uma vez iniciada a progressão na "Banana Road", em direcção à Sé Catedral, ao longo do bairro Pité e da Vila Verde, dezenas de casas destruídas e carros ainda fumegantes eram o testemunho da violência protagonizada pelos vários grupos que, quando avistavam as duas viaturas, a do português e a dos GOE, rapidamente fugiam, penetrando na alta vegetação que rodeia a estrada.

Neste trajecto, muitos gritavam "são os GNR, são os GNR", e enquanto uns fugiam, outros batiam palmas.

Ao longo do percurso são inúmeras as barreiras levantadas com auxílio de pneus a arder, pedras e outro tipo de obstáculos.

Durante o trajecto, que terminou junto ao Hotel Timor, já no centro da cidade, não se viu nenhum militar australiano, das forças armadas timorenses ou do que resta da polícia timorense, no que constitui a prova de que aquela área está sob controlo dos grupo de civis armados.
Lusa/Fim

Comentário (6)

"Diga-se ou faça-se o que se fizer, o carinho que o povo português sente por Timor é enorme. Estamos connvosco e lutaremos para que a paz se viva em Timor.

A história repete-se em Timor, aqui em Portugal também, como sempre estamos solidários. As imagens que nos chegam tocam-nos como se do povo português se tratasse. Força irmãos! "

Comentário (5)

"Daqui a pouco, quando for manhã em Portugal, junta-se em Tomar o, assim designado, "37º Encontro Nacional de Expedicionários a Timor". Há, pois, 37 anos que o fazem, sempre com Timor no coração e um brilho maubere nos olhos.

Como será, este ano? Por mim, que, depois da primeira vez, em 1971, voltei a Timor por mais duas vezes, a última das quais para lá trabalhar entre Novembro de 1973 e Novembro de 1974, bem gostaria de poder transmitir aos meus companheiros daquele encontro, uma palavra de esperança. Mas essa palavra tem de vir de Timor.

Sei que é difícil nas condições actuais. Também não sei quem é o/a "Malai Azul". Mas seja quem for, talvez possa pedir aí que nos enviem a tal palavra de esperança. Uma vez mais, a vida timor, impõe que se recorde o último verso do soneto Pátria, de Xanana:

"Pátria... é do futuro a esperança!". Eu sei que já correu sangue demais. Eu sei que se acumularam outras raivas difíceis de conter. Eu sei que há sempre montanhas para esperar um tempo nem sempre bom.

Eu sei que o que é hoje oeste, amanhã poderá ser leste. Mas, ao lado das armas estranhas e dos interesses alheios, é preciso que chegue uma palavra de esperança. Meus queridos irmãos timorenses! "

Comentário (2)

"Concordo com os anteriores comentaristas.

Os embaixadores dos EUA, Australia...sao arrogantes e estao sempre a "picar" os dirigentes deste pais....

Vivemos neste pais, acompanhamos todo o processo e vemos quais as suas actuacoes."

Líderes militares contestatários encontram-se hoje em Ermera

Díli, 28 Mai (Lusa) - Os quatro líderes das facções militares dissidentes baseados nas montanhas timorenses vão encontrar-se hoje em Ermera, após uma reunião com a força australiana no país, disse à Lusa Gastão Salsinha, um dos líderes rebeldes.

"Confirmo que eu, o major Alfredo Reinado, o major Tillman e o major Alves +Tara+ nos vamos encontrar aqui em Ermera, depois de uma reunião que vou ter hoje também com os representantes da força militar internacional australiana", disse Gastão Salsinha.

Gastão Salsinha é o líder do grupo de ex-militares que se auto- denominam de "peticionários" e que se refugiaram nas montanhas após os confrontos de Díli no final de Abril.

O ex-tenente, que não adiantou quem será o enviado australiano nem a agenda dos dois encontros, garantiu ter ainda consigo uma força de 600 homens, ou 40 por cento do total do exército timorense, "pronta a entrar em acção a qualquer momento".

"Tenho os meus homens em todo o país, como em Gleno, Ainaro, Oecusse, Maliana, Suai, e Aileu", disse Gastão Salsinha, em declarações via telefone à Agência Lusa, a partir de um local não especificado no distrito de Ermera.

Os ex-militares liderados por Salsinha foram os responsáveis pela manifestação de 24 de Abril na capital timorense, um movimento de protesto que cinco dias depois degenerou em violentos confrontos, provocando cinco mortos e mais de 80 feridos, segundo números do governo.

Na base da convocação da manifestação e no texto da petição que assinaram figuram queixas de discriminação com reflexos no acesso a promoções.
RBV.

Comentários (1)

"Isto nunca devia ter chegado aqui.

Agora é um problema e uma ferida aberta que vai custar a sarar, e se os senhores que mexem cordelinhos, com interesses pessoais e externos a conjugarem-se, deixarem, porque me parece que está tudo à bica a ver se o Mari cai! É lamentável!

Considero que o Governo cometeu erros, pela política, eu diria, excessivamente austera e rude que prossegue, com os melhores objectivos, eu compreendo, mas esquecendo o país que herdou, o povo que constitui o Estado.

Agora é tempo de os verdadeiros amigos de Timor, os verdadeiros e de sempre, porque os novos não são muito fiáveis, se unirem em torno da paz e da fraternidade, sem petróleo em troca!O apelo deve ser feito ao Mari para ter mais humildade e sensibilidade, mais flexibilidade, se ceder, é claro, e ao Xanana para que não sirva, mesmo que não goste do caminho seguido pelo Governo, os interesses dos compatriotas governantes da sua esposa, nem outros, porque também há outros que operam na escuridão, mais lestos do que os próprios "gatos" timorenses. Há muitos interesses por detrás disto tudo! E isso é muito triste. Este mundo anda às avessas!

Timorenses,meus irmãos, abram os olhos e entendam-se de uma vez por todas. Deixem-se lá de meter na cabeça de jovens ignorantes e embrutecidos essa história dos Kaladi e dos Firaku, porque isso há-de ser a lenha com que outros vos queimarão! Cuidado!Devo dizer por experiência própria que ouvi muita gente com responsabilidades brincar com o tema!Se há responsabilidade neste jogo cobarde, também é preciso dizer que quem tem o poder tem mais responsabilidade em eliminar as suas causas, porque tem o poder do seu lado.

Os outros, e conheço alguns, estão por fora a aproveitar estas fragilidades de forma vergonhosa! Não é este o caminho!Porém, é preciso que o círculo de poderes se abra mais aos externos à Fretilin, sem policiamento moral e político à antiga, porque isso mostra um caminho perigoso de exclusão das ideias diferentes, o que não abona em favor de um Estado democrático.

Todos têm de ceder um pouco.

Alguns têm de ser responsabilizados pela jogo cobarde para que empurram inocentes, excluídos e perdidos, e meros criminosos. Deviam ter vergonha estes sanguessugas da desgraça.Haja paz, que os timorenses bem precisam e merecem. O povo timorense que conheci não é aquilo que querem fazer dele. É bom, fraterno, amigo, e não vale a pena virem com umas teorias da treta sobre uma cultura de morte, bla-bla-bla...

Abraço amigo, com o desejo profundo que se encontre uma paz duradoura, com as instituições a funcionar de forma solidária, sem permitir jeitos a certos interesses e o sofrimento dos timorenses.Um abraço aos portugueses que aí aguentam de pe´, como as árvores! "

"De Filipa

Mais uma vez os interesses de uns se querem fazer prevalcer sobre os dos outros...

Aqui está um exemplo do que não é democracia!

Sem grande saber e conhecimento do que se tem vivido nesse lado do mundo, apenas posso dizer que desejo que muito brevemente possam viver de forma livre. Sem medo do que se possa dizer, sem ter de estar sempre a olhar pelo canto do olho para ver quem está por perto...Viver e conviver com as diferenças de cada um, sem armas, catanas ou camuflados.

Aproveitando o saber de cada um, numa verdadeira sociedade consciente das diferenças mas que sabe dar valor que cada ser merece.

Aqui fica a minha esperança, o meu sonho de nestes dias ver o Vosso Povo a crescer em democracia, liberdade e paz.

Não deixem de lutar, nuncam desistam de sonhar!

Lisboa 28 de Maio de 2006"

Oito timorenses e dois indonésios feridos transportados para Darwin

"Darwin, Austrália, 28 Mai (Lusa) - Oito timorenses e dois indonésios gr avemente feridos nos confrontos dos últimos dias em Díli vão ser evacuados hoje à tarde para a cidade australiana de Darwin, confirmou hoje um porta-voz do Roya l Darwin Hospital.

Os dois feridos mais graves vão ser transportados num primeiro voo, num avião fretado pelo governo australiano, e os restantes oito num C-130 da Força Aérea australiana.

Len Notaras, porta-voz daquela unidade hospitalar, disse que os feridos incluem homens e mulheres que apresentam ferimentos de balas e de estilhaços, e xplicando que os feridos, na sua maioria, poderão ser polícias timorenses.

"Os ferimentos são os que encontramos tradicionalmente em conflitos vio lentos. Ferimentos de guerra", disse Notaras, explicando que há ferimentos grave s provocados por balas.

Ao que tudo indica, os feridos estavam integrados no grupo de policiais que foi alvejado durante o ataque ao quartel da PNTL, na quinta-feira.

O Royal Darwin Hospital foi um das principais unidades envolvidas no ap oio a timorenses feridos durante o período de confrontos pós-referendo de 1999.
ASP."

Comentários dos leitores (8)

"Tenho seguido com muita atenção as declarações dos governantes da Austrália e não gosto do que ouço.Eu não sou da FRETILIN nem faço parte do Governo de Mari Alkatiri, nem integro os quadros do Estado. Mas sou timorense e, como tal, não posso deixar de manifestar a minha estranheza com o atrevimento do Sr. Howard. Não gostei do tom utilizado pelo senhor australiano.

Porque, se bem ouvi e se bem li, o conjunto dos órgãos de soberania de Timor-Leste limitaram-se a pedir apoio para a restauração da segurança no país.

Não tenho ideia que tenham falado em pedido de apoio na governação.Diz Howard que a governação é má. Alguém terá de dizer ao senhor Howard que essa é uma questão a ser resolvida por nós, timorenses, quando for tempo disso, nas eleições de 2007.É um problema interno, nosso, que terá de ser resolvido pela via democrática.

Nunca como agora, com tanta morte, tanta destruição que só prejudicam o país! Perdemos uma boa fatia da nossa independência ,mas não me parece que algum timorense tenha pedido a integração na Austrália. Para além do mais porque tenho a certeza de que, mais ou menos pró australiano, todos nós queremos continuar a ser um país independente.

Nenhum de nós quer deixar de ser timorense!

Sandra Oeiras "

Comentários dos leitores (7)

"Só acredito na boa vontade portuguesa.

São os únicos que nos ajudam desinteressadamente.

Pelo afecto e pela História comum. "

In Sydney Morning Herald

Sunday, May 28, 2006

'I think these Australians they are not independent...why don't they shoot?'
By Tom Allard

The 3rd Battalion's Delta company came face-to-face with the reality ofDili's descent into chaos yesterday.It began as a routine patrol, with the 70-strong company fanning out from itsbase at Dili airport to secure the Australian embassy down the road, wherethe throngs of refugees escaping the bloodshed had begun to gather.The plumes of billowing smoke were the first warning, then came a flood ofpanicked residents down Banana Road in the suburb of Delta-Comoro, where arsonattacks and incursions, by forces linked to rebel leader Major Alfredo Reinadoand gangs from the west of the country, had terrorised residents for days.

On Banana Road, Delta company encountered a stand-off between about 50 armedrebels and hundreds of furious locals wielding machetes, spears, slingshotsand handmade clubs studded with rusty nails."They burned down my house. All I have are the clothes I'm wearing," Domingos Sarmento told The Sun-Herald, a machete resting between his knees.

The commander of Delta company, a major who was named only as Shane, sent ateam to begin negotiations with the rebels."Everything is on edge . . . wind it back," was the commander's directive tohis platoon leaders.It was a command in synchronisation with the rules of engagement for theAustralians: make no attempt to disarm either side; and stay neutralat all times.

As soon as this reality dawned on the locals of Delta-Comoro, there was blindfury. "Go back to your own country," one man screamed.

Another began beating his chest hysterically. "If you don't shoot them, wecan't live in this place.

They will come down again from the hillsand burn downmore of our houses.

"In the end, the rebels retreated back to the hills, their weapons still intheir possession. The locals returned to sift through the charred remains oftheirhomes, still smoking amid the neatly tended gardens and vegetable plots.

In Público

Ana Sá Lopes

Kirsty manda

Uma terrível caricatura do conflito timorense foi a entrevista que Kirsty Sword-Gusmão deu à rádio australiana ABC. Kirsty é a mulher de Xanana Gusmão e, até ver, não tem legitimidade institucional de espécie alguma.

No entanto, Kirsty, alcandorada a uma espécie de porta-voz autorizada do Presidente da República, praticamente demitiu Mari Alkatiri aos microfones da rádio australiana. A cisão entre o Presidente da República e o primeiro-ministro timorenses fica clara das palavras da timorense-australiana Kirsty Sword-Gusmão: "Penso que vamos assistir a mudanças significativas. Acho que o Governo perdeu a confiança da população."

À hora em que este jornal sai para a rua, é provável que Mari Alkatiri já não seja primeiro-ministro de Timor-Leste. Se, tal como afirmou Kirsty, Xanana Gusmão "continua claramente a ser uma figura de autoridade e as pessoas esperam que ele exerça a sua autoridade neste momento decisivo", o passo seguinte no desenrolar do conflito será a entrega da cabeça de Alkatiri.

Os últimos dias em Timor-Leste vieram fazer disparar, da maneira mais violenta, o mal-estar no país mais jovem do mundo.

Há tensões e clivagens que vêm de longe, dos tempos da Resistência. Xanana Gusmão versus Alkatiri, Ramos-Horta versus Alkatiri, católicos contra laicos (ou, pior, muçulmanos laicos como Alkatiri).

Houve até agora um milagre timorense: desde 1999, o país foi-se construindo em relativa acalmia - consideradas as divisões internas da Resistência, os conflitos entre timorenses registados em 1975, a presumível dificuldade de reconciliação entre quadros da antiga administração indonésia e resistentes, a adopção da língua portuguesa só conhecida por maiores de 40 anos (a única língua que unifica todos os habitantes de Timor-Leste nem sequer é o tétum, mas o bahasa indonésio), a coexistência entre um país fortemente dominado pela Igreja Católica e um primeiro-ministro laico e muçulmano, a mais absoluta pobreza em que vive o povo, o analfabetismo, a falta de elites e, entretanto, o progressivo abandono das Nações Unidas.

Perante o caos instalado, quatro países, incluindo Portugal, voltam a entrar em Timor-Leste para "repor a ordem". O terrível desta imagem é que foi esse precisamente o argumento da invasão indonésia em 1975, aliás operada também com a cumplicidade de timorenses. É, agora como antes, a viabilidade do Estado que está em causa.

Acabaram de chegar mais 8 elementos dos GOEs ao aeroporto

Bravo. Comentário de um leitor.

Como é possível estarem centenas de militares fortemente armados em Díli e não conseguirem parar a violência? Chegam mais notícias de violência em bairros diferentes e em pontos distintos da cidade. Estão a fintar os militares internacionais e a conseguir.Qual é o papel dos militares internacionais: proteger o que resta da ONU? Fingir que protegem as instalações dos órgãos de soberania?

O Sr. Primeiro Ministro, na declaração proferida ontem, declara assumir a responsabilidades dos erros cometidos.

O que faz o Presidente da República? Continua calado, utiliza porta-vozes para voltar a incendiar, quando a situação começava a acalmar! Não assume também responsabilidade sobre o que se passa?

Está a tentar provar "constitucionalmente" que é o Comandante Supremo das Forças de Segurança ... se esperar demasiado tempo não só não será Comandante de nada pois nada haverá a comandar como nem povo terá, em Díli, sobre a qual exercer a autoridade que muitos ainda proclamam que tem.

Se a tem,exerca essa autoridade sobre os gangs que estão a matar, a destruir e a aterrorizar!Pare com este terrorrismo se é que tem ainda a capacidade de 'comunicar com o Povo', autoridade e influência sobre os timorenses!

O Sr. Alfredo Reinado começou a violência, o Presidente quis apoiá-lo, sustentá-lo para se reconciliar ... agora tem estes 'grupos'/gangs descontrolados - que estranhamente não tocam nem referem o Senhor Alfredo - e nada faz para parar! Se tem a PNTL consigo como afirma o Senhor Comadante-Geral Paulo Martins, se tem o contacto com o Sr. Reinado, se tem a autoridade sobre o Povo, porque não pára isto?

Se comanda as forças, nomeadamente as internacionais - como afirmou a sua esposa, reiterando as palavras do Sr. Hermenegildo - como é que não está a coordenar com as forças australianas para pararem este terrorrismo?

Exerca a sua autoridade, inicie o diálogo, tome a iniciativa sem o orgulho autista de estar a 'ceder'.

Afinal todos disseram sempre - e muitos continuam a dizer - que o Sr. Primeiro Ministro é o 'inflexivel', 'arrogante', 'orgulhoso' e 'intransigente' entre outros adjectivos ... mas as únicas propostas de solução, as únicas propostas de diálogo, as únicas propostas construtivas para que exista respeito institucional, são do Sr. Primeiro Ministro.

Todos quiseram e se esforçaram por acreditar nos seus princípios e processo de reconciliação, porque acreditavam que o \'sacrifício\' de pisar os princípios básicos da justiça exercida e partilhada em todo o mundo, nomeadamente o que defende os direitos humanos, traria os benefícios a médio e longo prazo, da estabilidade, do sarar de feridas, do desenvolvimento e da Paz.Mas começa a ser insuportável verificar que aperta a mão e alinha-se com assassinos, em nome do futuro estável e pacífico do país e, em simultâneo, vira a cara e as costas e insulta aqueles que lutaram ao seu lado pela liberdade da Pátria, que partilharam um ideal e uma vida por um Povo que amam!Como dizia o editorial de um influente jornal portugues, há 48 horas:

caiu o mito!

E muitos milhares pelo mundo fora sentem hoje profunda tristeza por esta constatação, pois é o Povo que está a sofrer ... novamente!

Comentários dos leitores (7)

"Mensagem para o pessoal português que está aí: Sei que é fácil quem estar fora falar, mas meus caros compatriotas, agora é que os timorenses (e nós) precisam de vocês, que vocês aguentem aí na medida das vossas possibilidades e não os deixem sózinhos.

Firme pessoal enquanto não chega o resto da tropa (ainda não percebi o timing do Sócrates em relação ao envio da GNR, nem os comentários de que a Guarda não vai restaurar a ordem, só vai mantê-la... custa-me a entender estes eufemismos.

Por outro lado a presença dos Goes aí até que não foi mal pensada. Bom, mas isto é conversa para portuguesinho discutir.

O que interessa agora é permanecer firme (na medida das possibilidades) e não ceder à intimidação. Vão para aeroporto, para a porta da embaixada da Austrália, etc., mas recusem-se a sair daí (sem ofensa para o pessoal que não tiver condições para o fazer).

Somos todos timorenses! "

"Vive-se uma situação de muita aflição" , ministra Ana Pessoa

Lisboa, 28 Mai (Lusa) - Várias zonas de Díli continuam a viver hoje uma situação de "muita aflição", com acções violentas, saques e destruição de casas e lojas, agravando a situação humanitária que se vive na capital timorense, dis se a ministra Ana Pessoa.

"A situação é de muita aflição. A situação está muito grave", disse à L usa a ministra de Estado na Presidência do Conselho de Ministros.

Civis armados atacaram hoje de manhã o Bairro Delta-Comoro, na parte or iental da capital timorense, provocando pelo menos dois mortos segundo os habita ntes do bairro.

Pelo menos três casas estão a arder no bairro, constatou a Agência Lusa no local, onde estão também soldados da Malásia e da Austrália.

Há ainda relatos de confrontos noutros bairros de Díli, nomeadamente Be cora e Bairro Pité, com a destruição e saque de residências e confrontos entre g rupos armados.

Ana Pessoa considerou que parte da instabilidade se deve ao facto das t ropas australianas não terem ainda conseguido estabelecer um perímetro de segura nça em torno da cidade.

"Apenas estão a patrulhar as estradas principais, não entram no interio r dos bairros e quando entram, assistem impávidos ao queimar das casas e aos saq ues", referiu.

"Em alguns sítios estão a desarmar os grupos mas a sua acção é ainda li mitada. Recebemos constantemente pedidos de auxílio e pedimos para que coloquemo s as nossas forças no terreno", sublinhou.
ASP.

Comentários dos leitores (6)

"Nâo creio que Xanana Gusmão apoie o golpe em marcha mas receio que não tenha a necessária firmeza ou capacidade para resistir às muitas e poderosas pressões dos que querem ver este governo pelas costas.

Pressões australianas, das multinacionais do petróleo e dos que internamente se disporão a gerir o dossiê a contento destes. O petróleo é um bolo demasiado grande para se deter perante "ninharias" como isso da legalidade democrática.

O 1ºM australiano não esconde o seu desejo de afastar o governo de Mari Alkatiri que foi firme e competente a defender os interesses de Timor não se submetendo à sua gula petrolífera. Há também demasiado gente a querer colocar no mesmo pé as instituições democraticas eleitas e esse major golpista e com aspecto "australiano". É muito importante conseguir a unidade dos órgãos eleitos do Estado e das suas principais figuras. "

Comentários dos leitores (5)

"As imagens que estão a passar na BBC World são impressionantes: jovens a atacar, atterrorizar e queimar - e os militares australianos a olhar, parados, impassíveis! "

Comentários dos leitores (4)

"Até um cego vê que o PM e o MNE foram os unicos que demonstraram seriedade e empenho na manutenção da paz em Timor-Leste!Pena é que sejam os únicos!! "

Editorial do Jornal Público, sexta-feira, 26 de Maio de 2006:"

"O mundo é sempre mais difícil do que se pensaA interrogação é inevitável: será que, depois de tanta luta e tanto sofrimento para obter a sua independência, Timor-Leste se pode transformar num Estado falhado? Será que não bastava a pobreza, também tinha de regressar a divisão e pairar a ameaça de guerra civil?

Todos desejamos que este prognóstico sombrio não se cumpra, mas o que se está a passar em Timor-Leste deve obrigar-nos a maior frieza e a muito mais cepticismo e determinação quando se lida com países tão frágeis.

Na verdade a primeira indicação que podemos tirar dos acontecimentos dos últimos dias é que quase todos se enganaram quando traçaram um retrato cor-de-rosa do "milagre" da transição timorense. Que muitas vezes quisemos fechar os olhos às tensões que afloravam aqui e além, acreditando mais depressa na "bondade" natural do povo e na sua insuperável "coragem". Estes retratos voluntaristas, mesmo que alimentados por uma história a todos os títulos exemplar, cegam-nos para os problemas que construir um país - e era disso que se tratava - sempre implica.

Timor-Leste era e é pobre; não possui uma elite nem política, nem económica, a maioria da população é muito jovem, não tem trabalho e possui a agressividade natural de quem atravessa esse período da vida; os poucos quadros existentes nutrem ódios antigos, inimizades com décadas, desejos de desforra que, de resto, radicam na cultura local; há mais diferenças entre as suas comunidades (no pequeno território falam-se 19 dialectos diferentes) do que as recomendáveis para construir depressa uma identidade nacional que não radicasse apenas na oposição ao ocupante; e alguns dos heróis da luta pela independência têm defeitos a que se fechou os olhos por compaixão ou admiração cega.

Com este quadro era preciso mais do que um milagre para que do caos nascesse um país, sobretudo em tão pouco tempo. Para esse mais do que milagre teria sido muito importante que as Nações Unidas não tivessem retirado de Timor tão cedo, não por pensarem genuinamente que tudo estava bem, mas porque a comunidade internacional tinha perdido a paciência para mais investimentos e a opinião pública virara-se para outras parte do mundo. O erro cometido noutros países pelas Nações Unidas - o erro da pressa - não ajudou Timor-Leste nem serviu de amparo a líderes que ainda necessitavam de ajuda, conselho e incentivo.

Agora que, depois de uma confusa acumulação de diferentes mal-estares, o barril parece à beira de explodir, a Austrália precipitou-se, o Conselho de Segurança recordou-se e até Portugal tratou de regressar a correr. Tudo isso pode ajudar a impedir a catástrofe - mas não nos deve inibir de olhar para o que se passou e pedir também responsabilidades aos líderes timorenses.

Isso custa, porque isso implica questionar antes do mais Xanana Gusmão. Presidente da República, não manda no país e sabe que detesta o primeiro-ministro, Alkatiri. Contudo, se a este sobra inteligência e determinação, falta-lhe aquilo que só Xanana possui: magnetismo pessoal, capacidade para, com uma palavra, um discurso, um gesto, dizer alto ao desvario e ser ouvido pelos desvairados. Por que é que o não fez? Por que é que parece ter preferido assistir ao martírio do homem que abomina? Por que é que, ao fazê-lo, não entendeu que Timor-leste pode cair com Alkatiri, não por causa deste, mas da sua inacção?

Custa distanciarmo-nos de um ídolo, interrogarmo-nos sobre o lado menos nobre de um herói. Mas sem o fazermos podemos voltar a cair nos mesmos erros, e em Timor eles passaram por certo por não se entender que mais do que de homens grandiosos, um país, um povo e uma democracia necessitam de leis justas e de uma tradição de respeito pelos outros.

Porque a democracia é o governo dos homens banais, o governo que dispensa heróis e iluminados, antes serve a todos."

Comentários dos leitores (2)

"Ainda preocupante a situaçao em Timor/Dili. Parece que as tropas da Australia estao deixando o "circo pegar fogo".

Ao menos é o que me parece. Nao se intimidem em pedir apoio a CPLP, particularmente ao Brasil que tem condiçoes de, se autorizado, chegar a Dili em 72 horas.

A populaçao pode pressionar.O Brasil tem interesses diferenciados da Australia, p. ex.

Manter o Estado de Direito deixará Timor mais forte perante a opiniao publica e nos paises que tem na democracia uma forte referencia.
Um golpe de estado seria uma tragédia, além da inaceitavel perdas de vidas.

Acredito que a sociedade civil deveria se manifestar com bandeiras brancas e de Timor nas janelas, especialmente nos prédios públicos e na firme cobrança das forças militares que ai estao com o único objetivo de trazer a segurança para a populaçao.

Nao se deixem abater!!!!SaudaçoesAlfredo (Brasil) "

SMS da embaixada portuguesa

"Hoje, encontro Embaixador residente Dili no bairro da cooperação - FUP pelas 15:00"

Representante de Kofi Annan diz que são necessárias mais forças paz

Díli, 28 Mai (Lusa) - O representante especial do secretário- geral das Nações Unidas em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa, disse hoje que são necessárias mais forças de paz para conter a onda de violência na capital timorense.

As declarações surgem num dia em que grupos armados circulam pela capital timorense, queimando casas e escritórios. Segundo relatos da Associated Press também são audíveis armas de fogo.

Uma fonte governamental disse hoje à Lusa que há confrontos em pelo menos três bairros de Díli, Surik Mas, Bairro Pité e Becora, com casas incendiadas e ataques a civis.

"Estão a incendiar casas e a perseguir pessoas em Becora, em frente à cadeia de Becora", disse a fonte.

A fonte afirmou que as tropas australianas no terreno "estão a desiludir", afirmando que os militares "não actuam" limitando-se a "ver" o que está a ocorrer.
FP/ASP.

Comentários dos leitores (1)

"O Conselho de Segurança da ONU aprova a entrada de força militar internacional em Timor-Leste.
O Exército Australiano, da Nova Zelandia e Policia da Malásia já se encontram no território.
A caminho a GNR portuguesa.O Conselho de Segurança da ONU apela ao bom entendimento entre as instituições e Kofi Annan envia Ian Martin.
O PR solicita a presença urgente do constitucionalista português Prof. Pedro Bacelar.
A UNOTIL ordena agora a evacuação dos funcionários das Nações Unidas num cenário em que a segurança está acautelada pelos militares internacionais e num momento em que é mais necessário do que nunca o seu apoio técnico.
Porquê?!..........
Porquê?!............ "

Dois mortos no bairro Delta, em Díli, população indignada

Díli, 28 Mai (Lusa) - Civis armados atacaram esta manhã o Bairro Delta-Comoro, na parte oriental da capital timorense, provocando pelo menos dois mortos segundo os habitantes do bairro.

Pelo menos três casas estão a arder no bairro, constatou a Agência Lusa no local, onde estão também soldados da Malásia e da Austrália.

Segundo diversos habitantes, o ataque foi feito por cerca de 300 pessoas, usando armas tradicionais, duas espingardas automáticas AK47 e quatro pistolas.

Em declarações à Agência Lusa vários habitantes do bairro mostraram-se indignados com o que disseram ser a "imobilidade" dos soldados internacionais, a quem acusam de nada fazer, ao mesmo tempo que pedem a presença urgente da GNR portuguesa.

Inácio Moreira, professor universitário, 44 anos, morador no bairro, foi peremptório nesse pedido (presença da GNR), acusando as forças australianas de não estarem a "proteger a população".

"Os australianos têm armas e não fazem nada, não ajudam, só estão a ajudar os criminosos", afirmou.

Outro dos moradores do bairro, um jovem de 24 anos, cuja casa ardeu e que se disse familiar de uma das vítimas mortais, deixou ainda um recado:

"digam ao Xanana (Presidente da República), digam ao Ramos-Horta (ministro dos Negócios Estrangeiros), digam ao Alkatiri (primeiro-ministro), para mandar embora as tropas australianas".

RBV/FP.
Lusa/fim

Casas de membros do governo e de deputados incendiadas

Díli, 28 Mai (Lusa) - As casas de pelo menos dois membros do governo e de dois deputados da Fretilin foram incendiadas nas últimas horas, com confrontos graves nas zonas de Becora e no Bairro Pité, confirmaram fontes do governo.

Contactada telefonicamente, uma fonte do governo disse à Lusa que há ainda notícias de confrontos, envolvendo grupos rivais de jovens, em Surik Mas e Cacaulirun, além de saques e destruição de casas em Udilaran.

As casas do secretário para os Veteranos, David Ximenes (em Cacaulirun), a do secretário de Estado para a Coordenação da Região 1, José Reis, e a de pelo menos dois deputados da Fretilin, foram queimadas, disse a fonte do executivo timorense."

A situação continua grave", disse a fonte, aludindo em particular às situações em Becora e na zona do Bairro Pité que tinha já no sábado sido uma das zonas de confrontos mais intensos."Em Becora várias casas foram destruídas, a população está em fuga.

"É preciso que a GNR venha rapidamente", disse fonte do gabinete do chefe do governo, Mari Alkatiri.Os indivíduos envolvidos nos ataques usam tanto armas brancas, como catanas, arcos e flechas e espadas, como, em alguns casos, armas de fogo.

Em alguns pontos da cidade vêem-se colunas de fumo, o que confirma a destruição de propriedade, havendo informações que apontam ainda para saques a comércios e para a destruição de algumas viaturas.

A actuação de vários grupos armados, alguns à civil, outros com fardas de militares, tem vindo a intensificar-se nas últimas 48 horas, provocando um número determinado de baixas.Grande parte dos actos são descritos por residentes contactados pela Lusa como "acções de vingança" enquanto outros falam de ataques "que visam alguns objectivos precisos", sejam familiares de timorenses naturais da parte leste do país, de militares ou de polícias.

Uma fonte do gabinete do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, afirmou hoje que as tropas australianas no terreno "estão a desiludir", afirmando que os militares "não actuam" limitando-se a "ver" o que está a ocorrer."A situação piorou desde que os australianos entraram. Eles assistem, vêm o que se passa e não actuam. Os helicópteros sobrevoam as zonas onde há confrontos mas depois não actuam", afirmou."Isto é uma desilusão esperávamos mais dos australianos. Eles parecem estar só a assistir. As pessoas são perseguidas e atacadas mesmo à sua frente e os australianos não fazem nada", disse.

Uma notícia da edição de hoje do jornal australiano "Sydney Morning Herald usa mesmo como título a expressão de um residente de Díli: "Penso que estes australianos não são independentesÓ porque é que não disparam?".

O artigo relata um incidente no sábado no bairro de Delta- Comoro, na parte oriental da cidade, quando efectivos da companhia Delta do 3RAR australiano se confrontaram "com um grupo de 50 rebeldes armados e centenas de residentes locais com armas brancas".

Os residentes explicaram que os atacantes tinham destruído várias casas, mas, explica o jornal, depois de inicialmente enviar mediadores, o responsável militar australiano no local mandou recuar.

"Foi um comando em sincronização com as regras de actuação para os australianos: não fazem qualquer tentativa para desarmar qualquer dos lados, ficar sempre neutro", escreve o jornal.

Essa decisão, explica, provocou insultos de muitos dos residentes, um deles afirmando: "se não dispararem contra eles não conseguiremos viver aqui".

ASP.Lusa/Fim

Comunicado à Imprensa - PM

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

INFORMAÇÃO À IMPRENSA


Alguma imprensa australiana distorce declaração do primeiro-ministro

Alguns órgãos de comunicação social australianos relataram que o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, implicara o chefe de Estado, Xanana Gusmão, na tentativa de golpe de Estado que estaria em curso em Timor-Leste. Tal associação nunca foi feita pelo primeiro-ministro, nem na conferência de imprensa que deu neste sábado, 27 de Maio, nem em qualquer outra declaração anterior ou posterior.

Na conferência de imprensa, perguntado expressamente por vários jornalistas se o Presidente da República estaria implicado na tentativa de golpe de Estado, o primeiro-ministro disse sempre e peremptoriamente que não.

Não deixa de se estranhar que haja quem tenham distorcido, com duvidosas intenções políticas, as palavras do chefe de Governo numa conferência de imprensa em que estiveram presentes mais de 50 pessoas. Estas reportagens são um exemplo acabado da falta de rigor e de ética jornalística, que não se pode dissociar de uma certa campanha existente para descredibilizar o Governo e o Estado timorense.

“Ninguém me conseguirá pôr contra o sr. Presidente da República. Tenho dito sempre, e ainda ontem o repeti, que o sr. Presidente da República é essencial à manutenção da unidade do Estado. E que, por nós, deveria continuar a ser chefe de Estado, candidatando-se a um novo mandato nas eleições do próximo ano, pois o seu contributo mantém-se essencial para o desenvolvimento de Timor-Leste”, diz o primeiro-ministro, Mari Alkatiri.

Sinal de que a coordenação entre o primeiro-ministro e o Presidente da República é efectiva, Xanana Gusmão, a pedido de Mari Alkatiri, convocou ontem o Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa e Segurança. As reuniões destes dois órgãos de consulta do Presidente da República estão marcadas para esta segunda-feira, 29, em Díli. A agenda destas reuniões tem como ponto único a análise da situação vigente em Timor-Leste.

Solidariedade internacional

O primeiro-ministro, Mari Alkatiri, tem recebido várias expressões de solidariedade da comunidade internacional para com o povo de Timor-Leste. Nas últimas horas foi nomeadamente contactado por telefone pelo Presidente da República de Moçambique, Armando Gebuza, e pelos primeiros-ministros de Cabo Verde, José Maria das Neves, e de Portugal, José Sócrates. Todos expressaram a sua profunda tristeza pelo que está a acontecer em Timor-Leste e reafirmaram o seu total apoio ao povo timorense e expressaram a sua solidariedade e vontade de assistir o Governo e o Estado timorense na procura de uma solução duradoura e estável para o país, que passe pelo reforço da solidariedade institucional dos órgãos de soberania de Timor-Leste.


Díli, 28 de Maio de 2006

Líderes timorenses, ONU, Camberra criticados na imprensa Austrália

Lisboa, 28 Mai (Lusa) - A actual crise que se vive em Timor-Leste é um resultado directo de "falhas espectaculares múltiplas" da liderança timorense, das Nações Unidas e da Austrália, de acordo com o editorial do jornal australiano Sunday Age.
O jornal refere um relatório de 2002 do Australian Strategic Policy Institute, que já antecipava, na altura, problemas nas forças de defesa e segurança de Timor-Leste que "podem desenvolver-se de formas indesejáveis".
É no entanto à liderança política e militar timorense que o Sunday Age atribui a "principal responsabilidade" pela actual crise, considerando que não souberam responder adequadamente à situação criada pelos soldados peticionários que foram, posteriormente, demitidos das F-FDTL, e por não terem "nem vontade nem capacidade para definir um papel para o seu exército".
Enumerando vários líderes timorenses, o jornal considera que perante o desenvolvimento da crise, o Presidente da República, Xanana Gusmão, "pareceu tímido e desligado, emocional e fisicamente imobilizado na sua residência nas montanhas frescas sobre o Díli quente".
Sobre Mari Alkatiri, o jornal considera que tem sido "provocador e inflexível, indiferente às queixas dos soldados e cego à crise de segurança criada pelas deserções", considerando que o ministro da Defesa, Roque Rodrigues, foi "fatalmente incompetente, ignorando conselhos que poderiam ter prevenido o desastre".
Relativamente ao ministro do Interior, Rogério Lobato, o jornal refere que se mostrou "empenhado na intriga, explorando a deslealdade e os protestos enquanto procurava moldar a polícia nacional como um feudo pessoal".
O Sunday Age critica ainda Ramos-Horta notando que o chefe da diplomacia timorense "falhou em avaliar a amplitude da crise", e recordando que há duas semanas o próprio rejeitou a necessidade de apoio militar ou policial internacional.
No que toca à ONU, o jornal refere que a crise representa "o colapso da sua montra de sucesso na criação de uma nação", em particular pelos compromissos falhados com que criou o exército timorense.
ASP.

Mais cedo

Grupos armados provocaram distúrbios e incendeiam casas em Becora, Surikmass e Bairro Pité.

Leitores (14)

"Portugal tem demonstrado - como é notório - que está atento e empenhado em garantir a toda a ajuda e assistência a Timor-Leste, mas fá-lo no quadro do Direito Internacional e no respeito pelo desejo dos legitimos representantes do povo timorense.

Nesse ponto não devemos confundir o interesse 'desinteresseiro' de Portugal, com a interesseira grosseria de Camberra que considera Timor o seu 'back-yard', à moda dos EUA na America Central, das ocupações de Granada e do Panamá.

Têm os meios, como ficou demonstrado nos últimos dias, e vontade não lhes falta como demonstram quase todos os dias os governantes de Camberra.

Ai Timor - se não tivesses petroleo - estou certo que os kangurus se estavam nas tintas... "

Os australianos não estão sós

Segundo as conversas de dia-a-dia que presenciamos, apesar de estarmos sempre a acusar a Austrália, convém deixar claro que a vontade de correr com o Primeiro-Ministri alastra aos Estados Únidos da América, ao Reino Unido, à Nova Zelândia e à Indonésia, cujos diplomatas não se inibem de o comentar em público.

São duas e três minutos

Não há confrontos nem distúrbios por aqui.

Foi um dia longo.

Até já.

Timor-Leste visto pelo Presidente do Banco Mundial. Há um mês atrás.

Timor-Leste a Leader Among Post-War Countries; Challenge Now to Keep Peace, Use Petroleum Funds Well

http://www.worldbank.org

by Paul Wolfowitz
World Bank President
Dili, Timor-Leste

April 9, 2006

Thank you for the opportunity to address you today. It is a great pleasure to be in Timor-Leste and to see the remarkable achievements of this new country first hand.

And it really is a remarkable story. In just a few years, the people of Timor-Leste have built a functioning economy and a vibrant democracy from the ashes and destruction of 1999.

To do this, while maintaining peace and stability is a great testament to the spirit and perseverance of the Timorese people and their leaders.

Most post-conflict countries relapse into violence within five years. Though you have had difficult moments and times of tension, you have opted for peace. You have come together as a nation where so many other countries fall apart in factions.

According to the World Bank's Post-Conflict Performance Indicators, Timor-Leste leads a group of nine post-conflict countries on almost every indicator-public security; disarmament and demobilization; management of inflation; education; health; and budgetary and financial management. At the same time, inflation has been brought under control and has been very low for the past two years.

Child and infant mortality rates, while still worryingly high, have slowly improved. School enrolment rates have increased.

We at the World Bank are proud to have been a small part of this story so far, and we look forward to doing whatever we can to be of assistance as you face the challenges ahead.

A Critical Moment
The considerable achievements since 1999 - and the determination you have shown in the years before that - augur well for the future.

The country is at a critical moment, as you know, with the first oil revenues starting to flow and the promise of more to come in the years ahead. The stark reality is that in almost all cases, oil wealth has been a curse for developing nations more than it has been a blessing.

It has often been associated with corruption, entrenches social divisions, increased poverty, even violence.

Again, I am pleased to say, this country stands out as an exception.

Petroleum Revenue Arrangements

The Government has introduced safeguards to ensure that revenues flowing from petroleum benefit the people of Timor-Leste and bring a better future for their children - particularly important in a country where half the population is under 18 years of age.

This money can build roads, deliver reliable electricity and water, and provide better education and health. It can support school feeding programs, grants to schools, scholarship programs and local development funds - programs that are all now being piloted.

We are ready to help assess these pilots and work with the Government to find ways to implement them on a larger scale.

I cannot stress enough how important these decisions and these safeguards are.

In country after country, we see great opportunities being lost, people's lives being harmed, and poverty being deepened by corrupt practices and bad governance. It is a story all too common across the developing world, and today hundreds of millions of people suffer deprivation because of it.

I am determined that the World Bank will fight this wherever we can, and work with governments who want to do the right thing by their people.

As you enter this critical time ahead, please know you can count on us 100 per cent to help you continue doing the right thing, setting an example for other countries to follow. I mean that sincerely.

Private Sector Development

Good governance will also help strengthen the investment climate - which is essential to creating jobs for the large number of young people entering the workforce each year. The petroleum industry itself will not create a large number of sustainable jobs.

Timor-Leste can expand its private sector by developing simple rules for doing business that encourage investment. Again this is an area in which our private sector arm - the International Finance Corporation - has considerable experience. We are eager to help in any way we can.

Keeping Vigilant

Finally, let me say this: thanks to the commitment and vision and hard work of many of the people gathered here, the building blocks for a stable peace and a growing economy are in place.

This is an enviable position to be in after such a short time, but, of course, the need to strengthen governance, human rights and justice is now as great as ever.

I have been impressed by the excellent progress made by the Provedor de Direitos Humanos e Justica [Office of the Ombdusman for Human Rights and Justice] in setting up a channel for citizens to report alleged abuses.

Equally impressive are the efforts of the Inspector General in investigating corruption and publicizing the results of its investigations. It's important too that the Justice Sector, especially the Office of the Prosecutor, actively and publicly pursues cases of corruption as they arise.

During my visit, I have been fortunate enough to meet with members of your very active and energetic civil society. With an upcoming election and a growing petroleum budget, a free press and an active civil society will be essential in holding the government accountable to its people and keeping the people aware of the processes and decisions of their government.

Thank you again Prime Minister for your very kind invitation to visit your wonderful country. Congratulations to you and all those who have participated in Timor-Leste's dramatic steps forward.

Portugal deu um exemplo ao mundo

Tantos interesses que te afogam, Timor-Leste. E Portugal, de longe, pequeno, está ao teu lado.

Faz-me lembrar quando Portugal teve a coragem de se impor, incomodando a maior parte dos países europeus, e de colocar insistentemente Timor na agenda.

Agora novamente, cabe a todos não desistir. De exigir dos governantes timorenses que saibam negociar entre eles o melhor para os seu país.

Pelos homens e pelas mulheres de Timor-Leste.

A história não perdoa a traidores.

Leitores (13)

Desejo sinceramente que segunda-feira traga o necessário sentido de união que foi uma marca de orgulho para o povo de Timor por tantos anos. Borja da Costa deixou-nos um apelo duradouro nesse sentido:"Kdadalak"

Regatos convergindo transflormam-se em rios
Os rios juntando-se qual a força que se lhes opõe
Assim os timores devem juntar-se
Devem unir-se para se oporem ao vento que sopra do mar
O vento que sopra do mar fustiga o kabala
Fere a vista e martiriza o dorso
Faz as lágrimas e o suor rolarem pelo chão
Suga a gordura da nossa terra e dos nossos corpos
Regatos convergindo transformando-se em rios
TIMORES UNIDOS ERGAMOS A NOSSA TERRA

União Europeia vai apelar à paz, fim da violência e diálogo

Viena, 27 Mai (Lusa) - A União Europeia, preocupada com a situação em Timor-Leste, vai apelar à paz, ao fim da violência e ao diálogo numa declaração política que está a ser ultimada em Viena, revelou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros português.

O projecto de comunicado da presidência austríaca da UE, em nome dos 25, que será divulgado "hoje ou domingo", também apoia a declaração do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação em Timor-Leste, disse Diogo Freitas do Amaral em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

O ministro português informou entretanto a sua homóloga austríaca sobre os últimos desenvolvimentos em Timor-Leste e está preparado para voltar a abordar a questão num jantar de trabalho que os ministros terão hoje.

No projecto de declaração que ainda pode sofrer alterações antes da aprovação final, a UE afirma estar preocupada com a "deterioração" da situação de segurança em Timor-Leste.

No texto a que a Lusa teve acesso, os 25 congratulam-se com a "resposta positiva" dos governos de Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia ao pedido das autoridades timorenses para o envio de forças de defesa e segurança.

Os europeus afirmam ainda que vão continuar a acompanhar "de perto" a situação em Timor-Leste.
Os responsáveis pela diplomacia da UE estão reunidos até domingo nos arredores de Viena para preparar as decisões sobre o "Futuro da Europa" que os chefes de Estado e Governo irão tomar a 15 e 16 de Junho próximo.

Segundo Freitas do Amaral começa-se a desenhar um "consenso" para se prolongar o actual período de reflexão sobre como ressuscitar o projecto de Constituição Europeia.
FPB.

Leitores (12)

"Ai-manas"!Se você conhecesse, como eu conheço, alguns dos pontos de exame elaborados pelo dito César das Neves fugia a bom fugir.

O homem é um primário disfarçado de intelectual... O que a maior parte da comunicação social adora! Adoro estes especialista em tudo.

Faz-me lembrar de uma figura típica da minha terra que tinha um cartão profissional que antes de listar 32 profissões diferentes começava por dizer "operário especializado em trabalhos não especializados"... "

Leitores (11) - Novo Mundo

"Porquê?

Para todos nós que assistimos, emocionados e solidários, a luta dos Timorenses pela liberdade, magoa e choca o que vem acontecendo nos últimos meses.

E a pergunta que se põe é: porquê?

Andamos distraídos, completamente alheios à realidade timorense de hoje, como sempre andamos? Ou algo de novo aconteceu, ameaça surgida de algum obscuro interesse externo com ramificações internas? Ou é sina deste povo (como tantos outros, se calhar) deitar a perder as oportunidades históricas para determinar o seu futuro?

O atrito entre a Igreja timorense e o Governo, algum tempo antes, era sinal de alguma coisa. Hoje impressiona-me aquilo que me parece ser o silêncio e passividade da Igreja perante esta violência. Ou, se calhar, nem silêncio, nem passividade, eu é que não consigo descortinar os sinais.

A demissão de um terço(!) dos efectivos do exército timorense, num país muito pobre, sem oportunidades de trabalho, parece um desafio ao bom senso. E o facto do presidente Xanana ter manifestado o seu desacordo também parece ser sinal de qualquer coisa.

E, de repente (pelo menos, para mim), começam-se a queimar edifícios e a matar pessoas. Em Dili o povo volta a "fugir para as montanhas", expressão que recorda os piores anos da Resistência. O Governo tem de apelar ao regresso de forças militares estrangeiras, desta vez para conter o que parece ser a eminência duma guerra civil (e aqui me vem à memória a comparação com a desgraçada sina da Guiné).

Por duas vezes neste texto utilizei a palavra "sina", porém, uso-a como artifício literário, sem lhe dar o valor que aparenta ter: não acredito em povos predestinados, malditos, eleitos ou condenados. Estou convencido, o que é diferente, é que a "repetição" da História é um fenómeno aparente, resultante de se voltarem a reunir condições idênticas ou semelhantes a outras do passado. E que uma sociedade só amadurece se enfrentar os seus problemas e conseguir ultrapassa-los com genuíno entendimento colectivo: penso como, a seguir ao 25 de Abril, Portugal passou da euforia à eminência duma guerra civil, logo resolvida com um processo algo longo que culminou com a entrada do país na Comunidade Europeia; todos os que vivemos esses anos, se recordarmos partidos políticos e individualidades, se calhar muitas das nossas próprias convições e atitudes desses tempos, veremos como todos nos tornamos mais tolerantes, mais consensuais, mais pragmáticos.

E, no caso de Timor, parece estar completamente ausente o factor externo, a tentativa de minar o país por parte de terceiros países. Ou será que não?

Ao ler aqui , ali e acoli (este último via timor on-line), confesso que sosseguei um pouco mais: a ser assim, o tempo e o bom senso podem ser suficientes, ainda que já de nada valha para quem foi morto."

Leitores (10)

"O que o MNE português disse só peca por tardio, mas antes tarde que nunca. Vivam os timorenses! "

Órgãos consultivos do PR convocados para 2/feira - enquadramento

Lisboa, 27 Mai (Lusa) - O Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa e Segurança de Timor-Leste, que deverão reunir-se segunda-feira, são os órgãos consultivos do Presidente da República para as questões políticas e "assuntos relativos à defesa e soberania".

A convocação urgente dos dois conselhos foi proposta hoje pelo primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, ao Presidente, Xanana Gusmão, que aceitou, disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Ramos-Horta.

Foi Ramos-Horta quem entregou ao Presidente a carta do primeiro-ministro, saída da reunião do Conselho de Ministros de hoje.

Uma fonte do gabinete de Alkatiri disse posteriormente que a reunião decorrerá na segunda-feira.

Segundo a lei número 1-2005, promulgada a 03 de Fevereiro de 2005, que estabelece o Conselho de Estado, este é o órgão de consulta política do Presidente da República.
No seu preâmbulo, a lei diz que a Constituição dá ao Presidente da República "poderes extraordinários para resolver situações de extrema gravidade, quer no plano interno quer no plano externo, que possam afectar a normal convivência democrática ou ameaçar a independência nacional ou a unidade do Estado".

"Considerando o carácter extraordinário destas circunstâncias, a Constituição determina que a decisão presidencial é precedida da audiência do Conselho de Estado", acrescenta.

Entre as competências do órgão, contam-se o aconselhamento do Presidente da República sempre que este o solicitar e o poder de se pronunciar sobre a dissolução do Parlamento Nacional, sobre a demissão do Governo e ainda "sobre a declaração do estado de sítio ou do estado de emergência".

As decisões do Conselho de Estado, segundo a lei, são tomadas por maioria absoluta dos votos, não sendo admitida a abstenção.

O actual Conselho de Estado, presidido pelo Presidente Xanana Gusmão, inclui, segundo o artigo 91 da Constituição timorense, antigos presidentes da república, o presidente do Parlamento Nacional, Francisco Lu'Olo, o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, e cinco cidadãos eleitos pelo parlamento e mais cinco designados pelo chefe de Estado.
Mário Viegas Carrascalão, Aniceto Guterres, Avelino Coelho, João Saldanha e Benjamin Corte-Real são as personalidades nomeadas pelo Presidente, cabendo a Gustavo Manuel Mota o cargo de secretário do órgão.

Promulgada também a 03 de Fevereiro do ano passado, a lei número 2 de 2005, que estabelece o Conselho Superior de Defesa e Segurança, indica que a "instituição concreta desta órgão revela-se indispensável ao cabal exercício das competências constitucionais do Presidente da República, como garante da independência, da unidade do Estado e (enquanto) Comandante Supremo das Forças Armadas".
Atribuindo a definição, composição, organização e funcionamento do órgão ao legislador, a lei pretende "garantir ao mais alto nível a articulação estratégica das forças defensivas e de segurança, prevenir eventuais conflitos de competências, fomentar a solidariedade institucional entre os órgãos de soberania e destes com as outras autoridades representantes no Conselho".
Isso - nota o preâmbulo da lei - contribui "para o indispensável reforço e credibilização das forças armadas e das forças de segurança".

A lei define que lhe cabe, em termos de competência, aconselhar o Presidente da República em temas de "política de defesa e de segurança", na análise da legislação e implementação de leis relativas à organização, funcionamento e disciplina das forças de segurança.
Os pareceres deste órgão abrangem ainda a assinatura de acordos internacionais na área de defesa e segurança, a decisão sobre a declaração de estado de sítio ou de emergência e a nomeação e exoneração dos dois responsáveis máximos das forças armadas.

Igualmente presidido por Xanana Gusmão, o Conselho Superior de Defesa e Segurança, definido no artigo 148 da lei-base timorense, integra o chefe do governo e os ministros ou secretários de estado responsáveis pelas áreas da Defesa, Justiça, Interior e Negócios Estrangeiros.
Integra ainda três representantes do parlamento nacional, o chefe estado-maior general das forças armadas, ou quem desempenhar essas funções, o comandante-geral da política nacional de Timor-Leste (PNTL), o responsável nacional pela segurança do estado e dois cidadãos nomeados pelo chefe de Estado.

No caso destes dois últimos, as escolhas de Xanana Gusmão recaíram sobre Jacinto Alves e Dionísio Babo, enquanto Álvaro da Costa ocupa o cargo de secretário do Conselho.

A lei timorense prevê que ambos os conselhos sejam convocados com três dias de antecedência.
ASP."

Leitores (9)

"Órgãos consultivos do PR convocados para 2/feira - enquadramento

Lisboa, 27 Mai (Lusa) - O Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa e Segurança de Timor-Leste, que deverão reunir-se segunda-feira, são os órgãos consultivos do Presidente da República para as questões políticas e "assuntos relativos à defesa e soberania".

A convocação urgente dos dois conselhos foi proposta hoje pelo primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, ao Presidente, Xanana Gusmão, que aceitou, disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Ramos-Horta.

Foi Ramos-Horta quem entregou ao Presidente a carta do primeiro-ministro, saída da reunião do Conselho de Ministros de hoje.

Uma fonte do gabinete de Alkatiri disse posteriormente que a reunião decorrerá na segunda-feira.
Segundo a lei número 1-2005, promulgada a 03 de Fevereiro de 2005, que estabelece o Conselho de Estado, este é o órgão de consulta política do Presidente da República.

No seu preâmbulo, a lei diz que a Constituição dá ao Presidente da República "poderes extraordinários para resolver situações de extrema gravidade, quer no plano interno quer no plano externo, que possam afectar a normal convivência democrática ou ameaçar a independência nacional ou a unidade do Estado".

"Considerando o carácter extraordinário destas circunstâncias, a Constituição determina que a decisão presidencial é precedida da audiência do Conselho de Estado", acrescenta.

Entre as competências do órgão, contam-se o aconselhamento do Presidente da República sempre que este o solicitar e o poder de se pronunciar sobre a dissolução do Parlamento Nacional, sobre a demissão do Governo e ainda "sobre a declaração do estado de sítio ou do estado de emergência".

As decisões do Conselho de Estado, segundo a lei, são tomadas por maioria absoluta dos votos, não sendo admitida a abstenção.

O actual Conselho de Estado, presidido pelo Presidente Xanana Gusmão, inclui, segundo o artigo 91 da Constituição timorense, antigos presidentes da república, o presidente do Parlamento Nacional, Francisco Lu'Olo, o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, e cinco cidadãos eleitos pelo parlamento e mais cinco designados pelo chefe de Estado.
Mário Viegas Carrascalão, Aniceto Guterres, Avelino Coelho, João Saldanha e Benjamin Corte-Real são as personalidades nomeadas pelo Presidente, cabendo a Gustavo Manuel Mota o cargo de secretário do órgão.

Promulgada também a 03 de Fevereiro do ano passado, a lei número 2 de 2005, que estabelece o Conselho Superior de Defesa e Segurança, indica que a "instituição concreta desta órgão revela-se indispensável ao cabal exercício das competências constitucionais do Presidente da República, como garante da independência, da unidade do Estado e (enquanto) Comandante Supremo das Forças Armadas".
Atribuindo a definição, composição, organização e funcionamento do órgão ao legislador, a lei pretende "garantir ao mais alto nível a articulação estratégica das forças defensivas e de segurança, prevenir eventuais conflitos de competências, fomentar a solidariedade institucional entre os órgãos de soberania e destes com as outras autoridades representantes no Conselho".
Isso - nota o preâmbulo da lei - contribui "para o indispensável reforço e credibilização das forças armadas e das forças de segurança".

A lei define que lhe cabe, em termos de competência, aconselhar o Presidente da República em temas de "política de defesa e de segurança", na análise da legislação e implementação de leis relativas à organização, funcionamento e disciplina das forças de segurança.

Os pareceres deste órgão abrangem ainda a assinatura de acordos internacionais na área de defesa e segurança, a decisão sobre a declaração de estado de sítio ou de emergência e a nomeação e exoneração dos dois responsáveis máximos das forças armadas.

Igualmente presidido por Xanana Gusmão, o Conselho Superior de Defesa e Segurança, definido no artigo 148 da lei-base timorense, integra o chefe do governo e os ministros ou secretários de estado responsáveis pelas áreas da Defesa, Justiça, Interior e Negócios Estrangeiros.

Integra ainda três representantes do parlamento nacional, o chefe estado-maior general das forças armadas, ou quem desempenhar essas funções, o comandante-geral da política nacional de Timor-Leste (PNTL), o responsável nacional pela segurança do estado e dois cidadãos nomeados pelo chefe de Estado.

No caso destes dois últimos, as escolhas de Xanana Gusmão recaíram sobre Jacinto Alves e Dionísio Babo, enquanto Álvaro da Costa ocupa o cargo de secretário do Conselho.
A lei timorense prevê que ambos os conselhos sejam convocados com três dias de antecedência.
ASP."

Leitores (8)

"Força rapaziada, assim é que é falar. Pois eu ia agora para aí. E eu também tenho mais orgulho em Portugal por pessoas como vocês, que não fogem a correr.

Quem me dera estar ai convosco.

Abraço de força."

Leitores (7)

"Viva e Viva a Portugal pais pequeno em tamanho mas grande em coracao historia e tudo o resto. Sim Senhor "

Portugal contra ingerência externa, convocados órgãos PR- SÍNTESE

"Lisboa, 27 Mai (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros português acusou o governo australiano de "ingerência nos assuntos internos" de Timor-Leste, onde hoje o Presidente e o primeiro-ministro acordaram na convocação urgente dos conselhos de Estado e de Defesa.
Depois de cinco dias de violência, que levou à fuga de milhares de pessoas da capital timorense e provocou pelo menos 25 mortes e dezenas de feridos, o primeiro-ministro Mari Alkatiri propôs ao Presidente Xanana Gusmão a convocatória urgente daqueles dois órgãos, para "analisar a situação actual".
Fontes próximas do Presidente da República disseram à Lusa que o próprio Xanana Gusmão, "já tinha a intenção" de convocar os dois órgãos, que deverão reunir-se de urgência na segunda-feira.
A convergência entre os dois líderes timorenses surge depois de declarações do primeiro-ministro australiano, John Howard, sobre a existência de um "problema significativo de governação em Timor-Leste" e que hoje mereceram a crítica do chefe da diplomacia portuguesa.
"Considero uma ingerência nos assuntos internos de Timor-Leste e, pela nossa parte, discordamos desse tipo de declarações por parte de países estrangeiros", afirmou Freitas do Amaral à entrada para a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, em Viena.
O primeiro-ministro timorense tinha já manifestado "confiança" no Presidente da República, ao rejeitar hoje uma eventual responsabilidade de Xanana Gusmão numa alegada tentativa de golpe de Estado, e ao destacar "a coordenação que continua a existir" entre os dois órgãos de soberania.
Numa conferência de imprensa, hoje no Hotel Timor, Mari Alkatiri afirmou que o Presidente Xanana Gusmão "não deixará de respeitar a Constituição que jurou cumprir" e atribuiu a responsabilidade pela onda de violência a "insurrectos armados" que "tentam controlar instituições do Estado", acentuando a "motivação política".
A conferência de imprensa ficou marcada por mais um incidente no exterior, quando as forças australianas desarmaram meia centena de civis armados de machetes, de um grupo de 150, que marchava em direcção ao Hotel Timor.
Os confrontos têm sido uma constante nos últimos dias em Díli e, depois de quatro indivíduos armados de catanas terem sido hoje detidos no bairro dos professores, um primeiro grupo de 15 portugueses saiu para Darwin, em transporte facilitado pelo governo português.
O Governo "continua a não fazer um apelo para que os portugueses saiam, mas tem todas as condições criadas para que, os que querem sair, o façam", afirmou à Lusa, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros.
Entretanto, organizações humanitárias em Díli alertaram para sinais de carências alimentares em Timor-Leste, onde existem milhares de deslocados, muitos fora de casa há mais de um mês, em campos de acolhimento temporários ou em estruturas da Igreja e de solidariedade."

Leitores (6)

"Tenho de concordar com o Manuel Leiria de Almeida, eu também nunca deixei de ter, mas às vezes falhamos nas horas da verdade, e esta do Freitas esteve à altura! "

Leitores (5 )

Ok Concordo que devemo ter orgulho em Portugal. Mas devo reconhecer que é uma pena que Portugal tenha uma postura de remediar e não prevenir.

Porque raio demoram tantos dias a chegar as forças de intervenção portuguesas? E porque será que nunca actuamos independentemente dos outros, temos sempre que esperar que os aussies actuem primeiro para irmos com eles. Claro que estas coisas depois acontecem. O John Howard a bom português "esticou-se um bocadinho", e a declaração de Freitas do Amaral é merecida, mas infelismente é apenas um tentativa de remediar a situação.

Será que algum dia teremos um postura preventiva?!!!!

Leitores (4)

Ai como me sinto confortada por esta reacçao oportuna do Prof. Freitas do AmaralTambém eu não gostei, mesmo nada!

Não gostei do sentido da comunicação de John Howard. Colocar um homem, que de Timor só quer o petróleo, a dizer que Timor é mal governado, no mínimo só pode levantar suspeita.

Suspeita sobre a veracidade da afirmação de John Howard, claro.Vamos separar as águas!

Mari Alkatiri teve culpa em ter menosprezado os clamores crescentes dos antigos guerrilheiros insatisfeitos, por um motivo, ou por outro.

Porque não foram integrados nas FDTL. Porque foram integrados, mas não com o estatuto de dignidade de quem tornou a guerrilha maubere numa lenda! Enfim, e com certeza motivos ainda mais complicados.

Mas Mari Alkatiri é um homem sério. Um homem com sentido de Estado. Um homem honesto. Isto há que dizê-lo. Não porque o conheça, mas porque esta é a apreciação imparcial que dele fazem pessoas de todos os quadrantes que com ele têm ou tiveram o privilégio de conviver.Ora é esta seriedade que não agrada a John Howard. Poque tem um rival à altura na discussão sobre o petróleo.

Porque não encontra nele espaço para negócios menos claros. Por isso manda tropas, OK! Não convém de facto uma guerra. Isso ficaria muito mal face à comunidade internacional. Afinal com uma potência poderosa ali tão perto, mal seria. Mas um golpe de Estado ou que se fale muito disso?

Aaaaaaaaaah isso sim, isso viria a calhar. De preferência ganho por um militar fajuto qualquer, que se deixa filmar à boa maneira que agrada aos media (maldita televisão... dá ideias!) .Militar que não sofreu as agruras da guerrilha, mas que foi treinado com bons propósitos pelas forças internacionais.

Pois agora é este militar fajuto que parece querer brincar à guerra. Afinal andou a aprender estratégia e a usar armas para quê?Um destes militares assim serve a John Howard e a toda a oposição que quer derrubar Mari Alkatiri. O petróleo, meus senhores, o petróleo e o poder!Ai Timor se a ganância chega ao poder. Mari Alkatiri pode não ser perfeito. Não é! Mas tem qualidades que permitem Timor prosperar.

Sobretudo, é incorrupto. Ele ... e Xanana Gusmão.
Por isso não me venham com patranhas. Os jornalistas que se informem, antes de fazerem deste cenário, um cenário muito pior.

Mas que ideia esta de só verem o lado errado das coisas!Lukutassi

Por isso não me venham com patranhas. Os jornalistas que se informem, antes de fazerem deste cenário, um cenário muito pior. Mas que ideia esta de só verem o lado errado das coisas!Lukutassi

Leitores (3)

"È justíssima a posição de Freitas do Amaral ao condenar a apreciação do Primeiro Ministro australiano acerca do Governode Mari Alkatiri.

É uma ingerência intolerável que denuncia bem tudo o que está por detrás da agitação dos últimos dias.

Aliás fico na dúvida se os militares vieram para ajudar a repor a normalidade ou se para ajudar a derrubar o Governo que tanto os incomoda."

Leitores (2)

ta mto bem Sr. Freitas do Amaral... ta sendo aplaudido.. a declaracao k fez face a John Howard foi mto bem dita...parabéns

Dos leitores (2)

"Não. Ainda há um mês o Banco Mundial considerou o caso Timor como exemplo! Timor está a tentar erguer-se, tem de ser ajudado (e tem de se ajudar ele próprio!) "

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.