sexta-feira, julho 14, 2006

De um leitor - Tradução da Margarida:

Penso que ambos concordamos num ponto que Mari tem o direito de continuar o seu trabalho na política dependendo dos resultados das investigações ou de qualquer acção do tribunal. Se a FRETILIN o escolhe como candidate nas próximas eleições é escolha deles. Acredito que ainda tem a confiança e que ganhou grande respeito de muitos membros da FRETILIN goste-se ou não.

Também gostava de realçar que as FFDTL têm estado engajadas na questão dos Peticionários desde Janeiro de 2006. As FFDTL depois de esgotarem todos os esforços para resolverem a questão despediram os Peticionários, citando muitas questões relevantes como a disciplina, envolvimento de alguns membros em actividades ilegais e a de maior importância que os Peticionários tinham abandonado os seus quartéis (deserção) o que está sujeito a penalizações sérias nas forças militares. Depois de ter considerado a tentativa das FFDTL para encontrar uma solução e a necessidade de preservar a autonomia da tomada de decisão no interior das forças armadas, o Governo apoiou a decisão das forças armadas.

A única pessoa que não apoiou essa decisão foi o Presidente, que também durante a crise desencadeou o desassossego étnico ao fazer observações inflamadas. O Presidente nunca agiu no interesse da nação ao nunca se engajar e participar em nenhuma das iniciativas para resolver a disputa. O Presidente permaneceu silencioso no período de desenvolvimento da questão apesar de ter sido ele quem primeiro recebeu da petição dos Peticionários e ser o "Comandante Supremo das Forças Armadas ".

O Presidente lidou com a questão precáriamente. Tentou lidar com as questões à margem dos limites da constituição e mesmo assim não teve êxito. Ele não podia demitir o Primeiro-Ministro (só recebeu a resignação de Mari), nem remover o Governo na sua totalidade, nem dissolver o Parlamento. O Presidente já não tem a imagem de símbolo de unidade que uma vez teve.

Talvez que você possa informar sobre as acções do Presidente durante a crise.

Major Alves Tara dá benefício da dúvida a novo governo

Díli, 14 Jul (Lusa) - O major Alves Tara, que prometeu uma manifestação nas ruas de Díli para exigir a dissolução do Parlamento, disse hoje à Lusa que vai dar o benefício da dúvida ao executivo hoje empossado, liderado por José Ram os-Horta.

"Gostei das palavras do primeiro-ministro em Liquiçá, e por isso vou da r o benefício da dúvida a este governo", afirmou.

O major Alves Tara, que abandonou a cadeia de comando das forças armada s timorenses no início de Maio, referia-se à intervenção de Ramos-Horta na cerim ónia realizada terça-feira em Liquiçá, onde um alegado "esquadrão da morte" entr egou armas automáticas ao Ministério Público.

Aquele oficial, que coordena a Frente Nacional Justiça e Paz, que patro cinou no final de Junho manifestações contra o I Governo Constitucional e a favo r da dissolução do Parlamento Nacional, ameaçou com novas manifestações quando o Presidente da República, Xanana Gusmão, anunciou ter optado pela nomeação de um II Governo.

"Desistimos, para já, de realizar novas manifestações, mas, se for prec iso, voltamos a Díli, se [o ex-primeiro-ministro] Mari Alkatiri não responder em tribunal", disse Alves Tara.

"Mas vamos estar atentos ao novo governo", acrescentou.

Mari Alkatiri, que se demitiu da chefia do governo no passado dia 26 de Junho, é acusado de ter ordenado ao então ex-ministro do Interior Rogério Lobat o a distribuição de armas a civis, veteranos da luta de resistência contra a ocu pação indonésia.

Um dos grupos que alegou ter recebido armas, liderado por Vicente da Co nceição "Railos", entregou terça-feira as 11 armas automáticas que disse ainda d ispor ao Ministério Público, por constituírem prova do alegado crime cometido po r Alkatiri e Lobato.

Alkatiri vai prestar declarações sobre o assunto no próximo dia 20, e L obato, que já foi ouvido duas vezes pela juíza de investigação, encontra-se pres entemente em casa, sob a medida de coacção de interdição de se ausentar da resid ência, por razões de segurança pessoal, segundo determinou a juíza.

Segunda-feira, Xanana Gusmão deu posse ao novo primeiro-ministro, José Ramos-Horta, e aos vice-primeiros-ministros Estanislau da Silva e Rui Araújo.

A maioria do restante elenco foi hoje empossado por Xanana Gusmão, mas alguns dos membros do novo executivo assumirão funções nos próximos dias, como é o caso de José Luís Guterres, que vai assumir a pasta dos Negócios Estrangeiros .

EL.

Australian Travel Advice

"Aust travel advice for East Timor has changed. Overall level reduced to reconsider yournedd to travel at this time because of uncertain security situation"

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Governo de Ramos-Horta repete Executivo de Alkatiri

DN
14.07.2006
Armando Rafael

A esmagadora maioria dos ministros timorenses que hoje deverão tomar posse, e que integram o Executivo do primeiro-ministro Ramos-Horta, transita do elenco governativo liderado por Mari Alkatiri.

Ao que o DN apurou, as únicas novidades que estão previstas prendem-se com as pastas dos Negócios Estrangeiros (onde o embaixador José Luís Guterres deverá substituir o próprio Ramos-Horta), além dos Transportes e da Educação, uma vez que a Fretilin não aceitou a recondução dos anteriores titulares, sublinhando que eles se demitiram em ruptura com Mari Alkatiri.

É isso que explica que Ovídio Amaral seja substituído nos Transportes e Comunicações por Antoninho Bianco, que irá acumular com a Presidência do Conselho de Ministros, e que Armindo Maia ceda a Educação à vice-ministra, Rosália Corte-Real.

Situação diferente é a que se verifica nos Recursos Naturais, uma pasta que era anteriormente acumulada pelo próprio primeiro-ministro Mari Alkatiri. Com a sua saída, Ramos-Horta optou por promover também o anterior número dois do ministério, José Teixeira.

Com Ramos-Horta a acumular as suas novas funções com a pasta da Defesa, e com os vice-primeiros-ministros Estanislau da Silva e Rui Araújo a manterem também as pastas da Agricultura e da Saúde, o resto do elenco não sofre alterações.

Nas Finanças mantém-se Madalena Boavida e na Administração Estatal Ana Pessoa. À semelhança do que irá suceder nas pastas do Interior (Alcino Baris), Trabalho (Arsénio Bano), Justiça (Domingos Sarmento), Desenvolvimento (Arcanjo da Silva) e Obras Públicas (Odete Víctor).

Pelo que a presença de José Luís Guterres acaba por ter um significado especial, uma vez que o embaixador de Timor-Leste na ONU tentou, recentemente, candidatar-se à liderança da Fretilin, não tendo, depois, concretizado as suas intenções.

Embaixador na Austrália, Hernâni Coelho terá chegado a ser ponderado para o lugar, hipótese que não se confirmou.

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Xanana Gusmão quer mais solidariedade institucional e mais justiça


Díli, 14 Jul (Lusa) - A necessidade de reforçar a solidariedade institu cional e apostar na reconciliação nacional, partindo da verdade e da aplicação d a justiça, foram votos do Presidente timorense no discurso que proferiu hoje dep ois de empossar o II Governo Constitucional.

"Hoje, com a tomada de posse do II Governo Constitucional, encerramos u m ciclo da crise profunda que ameaçou as instituições do Estado de Direito Democ rático e sujeitou o nosso povo a sofrimentos e angustias imprevisíveis e injusta s", começou por afirmar o Presidente da República de Timor-Leste, Xanana Gusmão.

Depois de criticar os que "precipitadamente" anunciaram que Timor-Leste se iria transformar num Estado falhado e os que "choraram lágrimas de crocodilo ", insinuando que o país tinha ficado refém de "poderosos interesses globais, po líticos, militares ou económicos", Xanana destacou os "muitos que continuaram a acreditar" nos timorenses.

"Porém muitos continuaram a acreditar em nós porque sabem que um povo q ue resistiu mais de duas décadas a todas as formas de intimidação - desde a subj ugação mais brutal até à sedução mais maliciosa. Porque sabem que um povo como o nosso nunca desiste", afirmou.

Referindo-se aos milhares de deslocados provocados pela crise em Timor- Leste, "que ainda receiam regressar às suas casas, uns com medo de novas represá lias, outros, porque nada sobrou dos seus parcos haveres, destruídos e vandaliza dos, a não ser as paredes calcinadas", o Presidente disse que a posse do novo go verno constitui "um passo modesto" na resolução dessa mesma crise.

"Em definitivo só encontraremos resposta para esta crise tão grave e do lorosa quando devolvermos a voz ao povo soberano, para o povo se pronuncie sobre o modo como foi governado e escolha aqueles em quem pode confiar", salientou.

Para tal, importa antes socorrer as populações deslocadas, repor a orde m nas ruas e assegurar o funcionamento dos serviços públicos.

"Será então a hora de nos prepararmos para as eleições que são o meio a dequado para resolver pacificamente os conflitos e para vencer as crises, reforç ando o Estado de Direito e consolidando a democracia constitucional", frisou.

Xanana Gusmão considerou ainda que o governo hoje empossado "toma sobre os seus ombros um pesado fardo".

"Para reconciliarmos todos os timorenses e sararmos as feridas que nos dividiram, temos um enorme esforço a fazer. Mas não há reconciliação sem verdade e a verdade exige justiça para que o mal não se repita, confiante na impunidade ", defendeu.

A cerimónia decorreu no terraço do Palácio das Cinzas, sede da Presidên cia da República, perante dezenas de convidados, em que o Presidente da Repúblic a foi o único a discursar.

Na passada segunda-feira tinham já tomado posse o primeiro-ministro Jos é Ramos-Horta e dois vice-primeiro-ministros, Estanislau da Silva e Rui Araújo.

EL.

Honestidade política e cooperação institucional, pede Xanana Gusmão


Díli, 14 Jul (Lusa) - Xanana Gusmão pediu hoje ao novo governo timorens e "honestidade política" e "cooperação institucional" para se enfrentar e ultrap assar a actual crise político-militar.

Questionado sobre o que esperava do II Governo Constituconal, liderado por José Ramos Horta, em declarações à Lusa no final da cerimónia de posse do II Governo Constitucional, Xanana respondeu que tinha pedido "honestidade política ". "Pedi ao novo governo honestidade política para compreender que neste c urto período de tempo, para enfrentarmos o processo de solução da crise, tem de haver uma maior cooperação institucional", afirmou.

"Não significa interferência minha nos actos do governo, mas a crise me rece uma atenção especial de todos os órgãos de soberania. A Constituição diz qu e o governo responde perante o Presidente. Há maior necessidade de sermos guiado s pelo princípio da honestidade política, falarmos com franqueza uns com os outr os sobre problemas de interesse nacional e de haver maior interacção conjunta", acrescentou.

Para aumentar os níveis de confiança da população timorense, da qual 15 por cento do cerca de milhão de habitantes está deslocada em campos de acolhime nto, Xanana Gusmão lamentou o ainda reduzido número de polícias internacionais n o país.

"Segurança não é só colocar pessoas (nos locais). A segurança implica t ambém o esforço de criar nas comunidades um espírito de maior confiança. Não é f ácil", disse, referindo-se aos encontros que patrocinou quinta-feira com jovens ligados aos grupos de artes marciais e com as autoridades locais da capital timo rense.

"Temos problemas provocados pelo ainda pequeno número de polícias inter nacionais. Estamos à espera da polícia das Nações Unidas, que só chega talvez de ntro de mais de um mês", adiantou.

Xanana salientou ainda que nos encontros de quinta-feira lhe foi coloca do o problema que persiste na divisão no seio da Polícia Nacional.

"Há todo um processo para se rever, para se afinar, para que a presença da polícia internacional e timorense apoie e ajude no aspecto da segurança e au mente a confiança nas populações", vincou.

O novo governo timorense apresenta várias novidades, a começar pelo pre enchimento do cargo de vice-primeiro-ministro, que embora previsto na lei orgâni ca do governo, nunca tinham sido ocupados.

A chamada de José Luís Guterres, que integrou como vice-ministro dos Ne gócios Estrangeiros o I Governo Constitucional, criado em Maio de 2002, represen ta uma abertura da FRETILIN, partido maioritário e que indicou a esmagadora maio ria dos membros deste executivo.

José Luís Guterres, que depois de sair do governo foi colocado na embai xada de Washington e na chefia da missão timorense na ONU, foi o rosto do desafi o à liderança de Mari Alkatiri no recente congresso da FRETILIN, embora tenha de sistido de ir a votos, invocando as alterações estatutárias que permitiram a ree leição da anterior direcção partidária pelo método de braço no ar.

Relativamente ao anterior executivo de Mari Alkatiri, o governo hoje em possado apresenta ainda como novidades a entrada de Inácio Moreira, reitor da Es cola Politécnica, para a pasta dos Transportes e Comunicações, que substituiu no cargo Ovídeo Amaral.

Inácio Moreira é irmão de César Moreira, antigo vice-ministro das Obras Públicas de Mari Alkatiri até à remodelação de Julho de 2005, e que não foi rec onduzido no cargo.

Por outro lado, a não recondução de Armindo Maia, que tutelava a Educaç ão e Cultura no I Governo, implicou a promoção de Rosália Corte-Real, que era su a vice-ministra da Educação e Cultura.

Como o primeiro-ministro José Ramos-Horta anunciou que pretendia convid ar alguns dos anteriores ministros para postos diplomáticos, é de crer que Ovíde o Amaral e Armindo Maia venham a ser sondados para ocupar algumas das novas repr esentações diplomáticas que o governo pretende abrir, como são o caso do Vatican o e Banguecoque, além da rotação que deverá verificar-se nas embaixadas de Lisbo a, Washington, Bruxelas e Maputo.

Outra novidade do executivo hoje empossado foi a autonomização da pasta dos Recursos Naturais, Minerais e da Política Energética, que deixa de estar na dependência do chefe do governo, como sucedia com Mari Alkatiri, e passa a ter um ministro a tempo inteiro, cargo para o qual foi nomeado José Teixeira, que er a vice-ministro nessa área.

Finalmente, as restantes alterações dizem respeito ao grupo as cinco se cretarias de Estado regionais, criadas em Julho de 2005, e para as quais foram a penas reconduzidos dois responsáveis: José Reis e Albano Salém.

José Reis, que é secretário-geral adjunto da FRETILIN, vai continuar à frente da secretaria de Estado para a Coordenação da Região I, que engloba os tr ês distritos do leste, Lautém, Baucau e Viqueque, e Albano Salem mantém-se como secretário de Estado residente em Oecusse.

Nas restantes três pastas deste grupo de cinco, há dois novos secretári os de Estado para as regiões II (Manatuto, Manufahi e Ainaro) e IV (Liquiça, Bob onaro e Covalima), para as quais foram respectivamente empossados Adriano Corte- Real e Lino Torrezão.

Por preencher ficam apenas os cargos de vice-ministro do Interior, dos Transportes e Comunicações, da Educação para o Ensino Técnico e Superior e da Ju stiça, e os secretários de Estado da Cultura e de Coordenação da Região III (Díl i, Aileu e Ermera).

No total, o II Governo Constitucional, que tem o mandato de conduzir o país até às eleições de Abril ou Maio de 2007, passa a contar com 40 pastas, menos três que a anterior composição do I Governo.

EL.

Estado

De um leitor:

Será que um País com um Presidente da República que se tem revelado de forma peculiar, e uma oposição que pretende dissolver um parlamento num país que ainda não tem lei eleitoral tem alguma probabilidade de sobrevivência como Estado soberano?

Partindo é claro da própria definição de

Estado

é uma comunidade organizada politicamente, ocupando um território definido, normalmente aonde a lei máxima é uma Constituição escrita, e dirigida por um governo, também possuindo soberania reconhecida internamente e externamente. Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um território". O Estado é responsável pela organização e pelo controle social, pois detem o monopólio legítimo do uso da força.

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Dos leitores

I think we both agree on one point that Mari has the right to continue his work in Politics pending the results of investigations or any court actions. Whether FRETILIN chooses him as a candidate in forthcoming elections it is as agreed ultimately their choice. I believe he still has confidence and has won greater respect from many members of FRETILIN whether any one likes it or not.

I also would like to point out that FFDTL had been engaged in the Petiosioner issue since January 2006. The FFDTL after exhausting all efforts to resolve the issue dismissed the Petiosioners, citing many relevant issues such as discipline, involvement of some members in illegal enterprises and most importantly that the Petitioners abandoned their barracks (desertion) that carries serious penalties in the Military. After considering the attempt of the FFDTL to find a solution and the need to preserve a form of autonomy within the army in its decision making the Government supported the decision of the Military.

The only person not supporting that decision was the President, who also during the crisis triggered the ethnical unrests by making inflammatory remarks. The President never acted in the interest of the nation by not engaging or participating in any dispute resolution initiatives. The President had remained silent over the course of the issue even though he was one of the first recipients of the Petition from the Petitioners and the "Supreme Commander of the Armed Forces".

The President has dealt with the issue precariously. He had tried to resolve the issues outside the confines of the constitution yet he was unsuccessful. He could not dismiss the Prime Minister (only received Mari's resignation), remove the whole Government from office nor dissolve the Parliament. The President is looking less like the unifying symbol that he once was.

Maybe you could shed some light into the Presidents actions during the crisis.

II Governo Constitucional

Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa - José Ramos-Horta

1º Vice PM e Ministro da Agricultura, Florestas e Pescas - Estanislau Aleixo da Silva
2º Vice PM e Ministro da Saúde - Rui Maria Araújo

[Ministros]

Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação - José Luís Guterres (Toma posse posteriormente)
Ministra do Plano e das Finanças - Madalena Brites Boavida
Ministra da Administração Estatal - Ana Pessoa (Toma posse posteriormente)
Ministro do Interior - Alcino Barris
Ministro na Presidência do Conselho de Ministros - Antoninho Bianco
Ministro dos Transportes e das Comunicações - Inácio Moreira
Ministra da Educação e da Cultura - Rosália Corte-Real
Ministro do Trabalho e da Reinserção Comunitária - Arsénio Paixão Bano
Ministro da Justiça - Domingos Sarmento
Ministro do Desenvolvimento - Arcanjo da Silva
Ministra das Obras Públicas - Odete Victor
Ministro dos Recursos Naturais, Minerais e da Política Energética - José Teixeira

[Vice Ministros]
Vice-Ministra dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação - Adalgisa Magno
Vice-Ministra do Plano e das Finanças - Aicha Bassarewa
Vice-Ministro da Administração Estatal - Valentim Ximenes
Vice-Ministro da Administração Estatal - Filomeno Aleixo
Vice-Ministro do Interior - (Toma posse posteriormente)
Vice-Ministro dos Transportes e das Comunicações - (Toma posse posterio rmente)
Vice-Ministro da Agricultura, Florestas e Pescas - Francisco Tilman de Sá Benevides
Vice-Ministro da Educação para o Ensino Técnico e Superior - (Toma poss e posteriormente)
Vice-Ministra para o Ensino Primário e Secundário - Ilda da Conceição
Vice-Ministro da Saúde - Luis Lobato
Vice-Ministro da Justiça - (Toma posse posteriormente)
Vice-Ministro das Obras Públicas - Raul Mousaco
Vice-Ministro do Desenvolvimento - António Cepeda

[Secretarios de Estado]
Sec. de Estado do Conselho de Ministros - Gregório de Sousa
Sec. de Estado para a Coordenação Ambiental, Ordenamento do Território e Desenvolvmento Físico - João Batista Alves
Sec. de Estado da Juventude e Desporto - José Manuel Fernandes
Sec. de Estado da Cultura - (Toma posse posteriormente)
Sec. de Estado dos Assuntos dos Veteranos e Antigos Combatentes - David Ximenes

[Secretarios de Estado Regionais ]
Sec. de Estado para a Coordenação da Região I - José Reis (Toma posse posteriormente)
Sec. de Estado para a Coordenação da Região II - Adriano Corte-Real (T oma posse posteriormente) Sec. de Estado para a Coordenação da Região III - (Toma posse posterior mente)
Sec. de Estado para a Coordenação da Região IV - Lino Torrezão (Toma posse posteriormente)
Sec. de Estado Residente em Oe-cusse - Albano Salem (Toma posse posteriormente).

Quatro novos ministros e sete mulheres no novo governo

Díli, 14 Jul (Lusa) - O II governo constitucional de Timor-Leste tomou hoj e posse em Díli e terá 40 elementos, dos quais sete mulheres, e como novidade qu atro novos ministros.

O governo, dirigido por José Ramos-Horta, foi hoje empossado pelo Presiden te da República de Timor-Leste, Xanana Gusmão.

Além de José Luís Guterres, na pasta dos Negócios Estrangeiros, surgem no novo governo os ministros Inácio Moreira, nos Transportes e Comunicações, Rosáli a Corte-Real, na Educação e Cultura, e José Teixeira, como ministro dos Recursos Naturais, Minerais e Política Energética.

Os vice-primeiros-ministros Estanislau da Silva e Rui Araújo acumulam as p astas da Floresta e Pescas e Saúde, respectivamente.

O primeiro-ministro, José Ramos-Horta optou por reconduzir grande parte do executivo do I governo constitucional, chefiado por Mari Alkatiri, que se demit iu no final do mês passado na sequência de uma crise político-militar que se arr astava desde Abril.

Num comunicado de imprensa, o gabinete do primeiro-ministro salienta que o executivo "reflecte o talento e capacidades que já existem a nível ministerial, bem como a necessidade de manter no seu cargo ministros que já conhecem bem as suas pastas".

Referindo-se ao tempo que medeia entre a posse de hoje e as eleições de 20 07, Ramos-Hora acrescenta: "nove meses são um período muito curto para pôr em pr ática o plano de acção do meu governo, e assim sendo, quantas menos alterações m elhor".

"Estou seguro de que os novos ministros trarão novas competências para est e governo. Em conjunto com os seus colegas mais experientes são essenciais para a regeneração da administração e para a prossecução dos meus objectivos para Tim or-leste nos domínios da segurança nacional, desenvolvimento económico e estabil idade social", diz o comunicado.

O primeiro-ministro, José Ramos-Horta, e os dois vice-primeiros-ministros, Estanislau da Silva e Rui Araújo, foram empossados na passada segunda-feira. EL/FP.

Sem compromisso

Resposta da Margarida a um comentário de um leitor “...Quem foi que decidiu mandar fora 591 militares?”.

...Não quer mesmo perceber que quem se pôs fora foram os próprios e que a hierarquia castrense se limitou a sancionar essa decisão dos próprios.

...deixo o link ao site da UNOTIL onde encontrará lá esta notícia (nos relatos dos Media Nacionais de 18-20 de Março de 2006) que eu já traduzi e que aqui coloco:

“Não Compromisso na Decisão: Ruak

O Brigadeiro General das F-FDTL Taur Matan Ruak alegadamente disse aos media que não há mais compromissos no seguimento da decisão de despedir os 591 soldados mesmo que o Presidente Gusmão, Supremo Comandante das F-FDTL, discorde.

Taur disse que a decisão de não os aceitar de volta é para evitar abrir um mau precedente no futuro. “Reparem nas condições dos veteranos da guerra; muitos deles estão ainda mal. Se os admitíssemos de regresso, podiam repetir o mesmo. É melhor não os re-admitir, porque a nossa intenção é, seja quem for que se incorpore nas F-FDTL é para servir a nação e o povo. A posição nos altos cargos das F-FDTL não é adequada para quem quer enriquecer,” disse Ruak.

E sublinhou que os oficiais foram expulsos por terem saído do quartel-general da instituição e não por terem assinado a petição, acrescentando que as forças armadas são compostas por voluntários.

O brigadeiro general das F-FDTL explicou que em 11 de Janeiro recebeu uma petição anónima à qual o Presidente Gusmão por carta respondeu que o assunto devia ser resolvido tão cedo quanto possível.

De acordo com Rauk, em 2-3 de Feverero ele convocou um encontro com soldados e sargentos no quartel em Baucau para discutir a petição mas quando o assunto foi levantado alguns dos soldados disseram que era um assunto que somente o Presidente tinha competência para resolver.

O Chefe das Forças Armadas insistiu que o assunto fosse tratado no interior da instituição mas acrescentou que depois do seu regresso a Dili em 4 de Fevereiro, muitos dos membros tinham fugido do quartel de Baucau e do Centro de Treino de Metinaro para se encontrarem com o Presidente Gusmão em 8 de Fevereiro.

E acrescentou que desde então, ele fez várias propostas para os que tinham assinado a petição tais como estabelecer um batalhão ou um programa.
Ruak disse que eles recusaram cooperar com o processo de investigação e que quando foram autorizados a sair dos quartéis em 18 de Fevereiro e escalados para regressar em 20 de Fevereiro eles não regressaram.

STL relata o Brigadeiro General como tendo dito que os que foram demitidos devem evitar usar qualquer tipo de medidas para lhe porem pressão porque isso não resultará. Em vez disso, sugeriu que seria melhor que dessem ideias para uma solução.



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Quando deito a cabeça no teu colo, Camarada

Quando deito a minha cabeça no teu colo, Camarada,

A confissão que fiz eu reafirmo, o que eu te disse ao ar livre eu reafirmo:

Eu sei que sou inquieto e torno os outros assim;

Eu sei que minhas palavras são armas, cheias de perigo, cheias de morte;

(Na verdade eu próprio sou o verdadeiro soldado;
Não é ele, ali, com a sua baioneta, e não é o artilheiro enfaixado de vermelho;)

Pois eu enfrento a paz, a segurança, e as leis enraizadas para as desenraizar;

Eu sou mais determinado porque todos me negaram, mais do que teria sido se todos me tivessem aceite,

Eu não ligo, e nunca liguei, quer a experiências, cautelas, maiorias, ou ao ridículo;

E a ameaça a que chamam inferno é pequena ou nada para mim

E a promessa a que chamam paraíso é pequena ou nada para mim;

… Caro camarada! Eu confesso que te incitei a ir em frente comigo, e ainda te incito, sem a mínima ideia de qual é o nosso destino,

Ou se vamos sair vitoriosos, ou totalmente vencidos e derrotados.


Walt Whitman

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As I lay with Head in your Lap, Camerado

AS I lay with my head in your lap, Camerado,

The confession I made I resume—what I said to you in the open air I resume:
I know I am restless, and make others so;

I know my words are weapons, full of danger, full of death;

(Indeed I am myself the real soldier;
It is not he, there, with his bayonet, and not the red-striped artilleryman;)

For I confront peace, security, and all the settled laws, to unsettle them;

I am more resolute because all have denied me, than I could ever have been had all accepted me;

I heed not, and have never heeded, either experience, cautions, majorities, nor ridicule;

And the threat of what is call’d hell is little or nothing to me

And the lure of what is call’d heaven is little or nothing to me;

...Dear camerado! I confess I have urged you onward with me, and still urge you, without the least idea what is our destination,

Or whether we shall be victorious, or utterly quell’d and defeated.


Walt Whitman
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Parlamento Nacional adia férias devido crise institucional e social

Díli, 13 Jul (Lusa) - O Parlamento Nacional de Timor-Leste aprovou hoje , por maioria, o adiamento das férias parlamentares devido à "crise institucional e social" no país, prorrogando os trabalhos por mais um mês.

Segundo um comunicado do Parlamento enviado à Lusa, a decisão foi aprovada por 58 deputados, dois votaram contra e quatro abstiveram-se.

A decisão foi justificada por ainda se encontrarem pendentes iniciativa s legislativas em fase de discussão e se aguardar a entrada de outras, "essenciais para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas".

As férias parlamentares deveriam iniciar-se a 15 de Julho (sábado).

Os deputados decidiram ainda prorrogar novamente os trabalhos parlamentares se os 30 dias de trabalho suplementar hoje aprovados não forem suficientes.

A decisão foi tomada no plenário extraordinário de hoje, marcado pela descida à Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias dos projectos sobre legislação que regulamenta a eleição do Presidente da República e do Parlamento Nacional, escrutínios a realizar em 2007.

O anterior governo, liderado por Mari Alkatiri tinha já enviado ao Parl amento Nacional as suas propostas de lei sobre as duas eleições, mas a demissão do primeiro-ministro, a 26 de Junho, fez cair aquelas iniciativas, agora retomadas por um grupo de deputados.

Outra proposta de lei que caiu com a demissão do anterior governo foi a do Orçamento de Estado, que deverá ser entretanto recuperada, com algumas alterações, pelo II Governo Constitucional, liderado por José Ramos-Horta.

O novo executivo terá pela primeira vez dois vice-primeiros-ministro, Estanislau da Silva e Rui Araújo, que foram empossados segunda-feira passada, juntamente com o primeiro-ministro, pelo Presidente da República, Xanana Gusmão.

O restante elenco governativo será empossado sexta-feira de manhã.

...

EL.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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