sexta-feira, março 23, 2007

Fretilin não quer voltar para 1975 - "Lu-Olo"

Díli, 22 Mar (Lusa) - Francisco Guterres "Lu-Olo" afirmou, em entrevista à Lusa, que o seu partido, a Fretilin, "não vai voltar para trás" e pretende "olhar para a frente" e "abrir-se um pouco ao mundo".

"Lu-Olo", presidente do Parlamento Nacional, é o candidato número um nos boletins de voto para as eleições presidenciais de 09 de Abril, a que concorre com o apoio da Fretilin.

"Não voltamos para 1975. Queremos olhar um pouco para o mundo, um mundo globalizado", declarou à Lusa o candidato presidencial do partido maioritário timorense.

"Lu-Olo" faz um balanço positivo da primeira legislatura sob liderança da Fretilin, no parlamento e no Governo.

"Serei Presidente de todos e para todos" é o mote da candidatura do presidente da Fretilin à chefia do Estado.

"Vou continuar a ser presidente da Fretilin, mas não é por isso que vou ser um Presidente da Fretilin" se for eleito, declarou "Lu-Olo" quando lançou a sua candidatura.

Francisco Guterres nasceu em 1954 em Ossú, distrito de Viqueque, no sul do país.

Quando a Indonésia invadiu Timor-Leste, a 7 de Dezembro 1975, Francisco Guterres "decidiu fugir para o mato, onde viria a juntar-se ao pelotão comandado por Lino Olokassa, no Monte Perdido - Ossú", segundo a nota biográfica oficial do candidato presidencial.

Em Julho de 1976, Francisco Guterres foi nomeado vice-secretário da zona costeira Leste, em Matebian.

Nas duas décadas seguintes, ocupou diferentes cargos na resistência armada timorense.

Em 1997, "Lu-Olo" assumiu o cargo de secretário da Comissão Directiva da Fretilin, após a morte de Konis Santana.

No mesmo ano, foi criado o Conselho Nacional da Resistência Timorense, na qual "Lu-Olo" ocupou vários cargos.

Francisco Guterres foi eleito presidente da Fretilin no primeiro congresso do partido, em Julho de 2001, e reeleito em Maio de 2006.

Foi presidente da Assembleia Constituinte em 2001 e 2002.

"Como candidato da Fretilin, regresso às origens e revejo o passado de sofrimento por que passámos", declara "Lu-Olo" no manifesto de candidatura, em que também afirma ir buscar inspiração aos heróis de Timor-Leste "desde Nicolau Lobato a Nino Konis Santana".

"Ao longo dos vinte e quatro anos da ocupação, tive sempre o privilégio de estar ao pé do nosso Povo, para sentir a sua determinação em vencer", refere ainda no manifesto, acrescentando: "Vivi e sofri com eles".

"Tenho consciência plena que venho de gente humilde, a quem aprendi a servir nos momentos mais difíceis, com a mesma alegria e coragem que eles próprios me transmitiram", explicou Franciso Guterres quando anunciou a sua candidatura ao lado do secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri.

"Lu-Olo" afirma-se como "católico convicto" e rejeita a "acusação" de comunista para si e para o seu partido.

"Lu-Olo" tem um blog no endereço http://luolo.blogspot.com.

PRM-Lusa/Fim

Proibição da utilização da sigla e do símbolo do CNRT

Os regulamentos da UNTAET proibiam a utilização da sigla e dos símbolos do CNRT para as eleições. Regulamento esses aprovados por todas as forças políticas e por Xanana Gusmão.

Há mais alguma coisa a dizer sobre a burla do CNRT de Xanana?

Xanana Gusmão sabe que o seu nome não vale junto do eleitorado por si só. Não só é uma burla mas uma tentativa de passar um atestado de ignorância ao povo.

Pfff...

Avisos a jornalistas menos atentos...

NÃO EXISTEM SONDAGENS OU "ENQUETES" OU INQUÉRITOS REALIZADOS EM TIMOR-LESTE SOBRE AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS.

OS JORNALISTAS QUE INSISTEM EM AFIRMAR IRRESPONSAVELMENTE QUE RAMOS-HORTA ESTÁ EM VANTAGEM NAS SONDAGENS REALIZADAS MENTEM.

Mais de uma centena de soldados australianos regressam a casa

Lisboa, 23 Mar (Lusa) - Mais de uma centena de soldados australianos regressaram hoje à Austrália após seis meses de comissão em Timor-Leste, devendo a sua substituição ocorrer ao longo da próxima semana, noticia o diário Sydney Morning Herald.

A grande maioria dos soldados que regressou pertence ao 6º Batalhão do Real Regimento Australiano (6-RAR), com base no Aquartelamento do Exército em Enoggera, em Brisbane.
Recebidos pelas respectivas famílias no aeroporto de Brisbane, os soldados constituíram o "núcleo" do Grupo de Combate Anzac, integrados na Operação Astuto, destinada a ajudar a restaurar a paz e a estabilidade em Timor-Leste.

A Austrália mantém em Timor-Leste um contingente militar de cerca de 800 efectivos, integrados nas Forças de Estabilização Internacionais (ISF), tendo reforçado o seu contingente a partir de segunda-feira, dia em que os soldados do 1º Batalhão do Real Regimento Australiano (1-RAR) começado a patrulhar as ruas de Díli.

O 1-RAR, que seguiu para Díli no quadro do reforço da segurança para o período de campanha eleitoral das presidenciais de 09 de Abril, é considerada a unidade de infantaria com mais preparação das Forças de Defesa Australianas (ADF), com um nível de exigência próximo do das tropas especiais.

As operações de patrulhamento são feitas pela Companhia Charlie, uma das quatro de infantaria do Grupo de Combate Anzac, que integra também 180 militares neo-zelandeses, todos incluídos nas ISF, sob comando australiano.

Também segunda-feira, o governo da Nova Zelândia anunciou o envio de mais 32 militares para Timor-Leste, bem com de dois helicópteros das Forças de Defesa do país, que chegaram terça-feira a Díli para aumentar a capacidade das ISF durante a campanha eleitoral e ao longo dos próximos seis meses.

Com o mesmo objectivo, Portugal tem em Timor-Leste um contingente de 140 homens da Guarda Nacional Republicana (GNR), que, no início de Abril, será reforçado com mais 60 a 80, segundo revelou quinta-feira o ministro da Administração Interna português, António Costa.
JSD/PRM-Lusa/Fim

Militares da GNR partirão no início de Abril – António Costa


Lisboa, 22 Mar (LusaTV) - O Ministro da Administração Interna, António Costa, afirmou hoje que os militares da GNR partirão para Timor-Leste logo que as Nações Unidas assegurem o alojamento, o que deverá acontecer no início de Abril. "A GNR tem o pessoal preparado, aguardamos neste momento que as Nações Unidas assegurem o transporte, quer do pessoal, quer do equipamento, e que seja assegurado localmente as instalações para os militares terem onde se instalar quando chegarem", afirmou António Costa.

De acordo com o titular da Pasta da Administração Interna, as informações de que o Governo dispõe indicam que "no início de Abril essas condições estão verificadas e que nessa altura poderão partir esses dois pelotões" de 80 homens.

"Aliás, será nessa altura a data limite, visto que as eleições estão marcadas para 09 de Abril e mais adiamentos seria prejudicial", considerou.

Relativamente à assinatura do acordo com a ONU, António Costa informou que este "já foi assinado na semana passada em Nova Iorque, pelo embaixador português junto das Nações Unidas".
SMS-LusaTV/Fim

Blog candidatura Lu-Olo

Blog Lu-Olo Ba Presidente - 23 Março 2007

Iniciou-se hoje a campanha para eleições Presidenciais.

Camarada Lu Olo escolheu a sua terra natal, Ossu, para dar o ponto de partida a sua campanha eleitoral, onde contou com a participação de mais de 10 mil pessoas.

Além de ser a terra onde nasceu, Ossu foi também onde se tornou um jovem guerrilheiro para servir ao Povo Timorense, sendo assim um local de grande valor sentimental para Lu Olo.

No seu discurso, Lu Olo disse que será um Presidente de todos e para todos, prometendo que tornará Timor-Leste:

- numa nação livre da pobreza e analfabetismo
- Numa nação democrática e próspera, onde a paz fará parte da cultura do nosso povo
- Numa nação com um sistema de educação grátis para todos
- Numa nação com um sistema de saúde aberto e grátis
- E onde os veteranos e os idosos possam ter uma vida de qualidade

Lu Olo falou também que a actual crise no país foi provocada por pessoas que querem fazer parecer que a FRETILIN não tem capacidade para governar.

Lu Olo disse que quando a FRETILIN iniciou o governo, não havia dinheiro, e agora tal dinheiro existe no Fundo do Petróleo, que por se ter esse dinheiro, os outros querem acabar com a FRETILIN, acusando também o Secretário-Geral da FRETILIN de distribuição ilegal de armas.

Lu Olo disse que não querer ser um Presidente que vai a Televisão falar mal do Governo, e não querer ser um presidente que se junta à oposição.

Na continuação do seu discurso, Lu Olo estar consciente de que algumas pessoas não querem que ele se torne Presidente da República, mas Lu Olo está pronto ao diálogo com essas pessoas para poder esclarecê-las.

Lu Olo disse ser corajoso para se tornar um Presidente que ficará com o Povo.

“Os quartos pilares mais importantes da nação são órgãos de soberania, e estes pilares não devem estar em conflito, senão a crise continuará”, disse Lu Olo ao reforçar que tudo fará para que a autoridade volte ao país e que a justiça seja feita.

Lu Olo falou também da sua experiência como Presidente do Parlamento, e que muito aprendeu durante o seu mandato, nunca criando quaisquer conflitos.

Durante o comício, houve também um representante da família do Camarada Lu Olo que contou como Lu Olo teve que deixar a família para juntar-se à guerrilha, em 1975. Disse também que em 1999 a família esperava que Lu Olo voltasse para Ossu para ajudar na agricultura e outros trabalhos familiares, mas entenderam que havia sido chamado para servir mais uma vez a Pátria, fazendo parte da liderança do país. Agora que Lu Olo irá tornar-se Presidente da República, a família diz dar todo o seu apoio e apelam a todos militantes e simpatizantes da FRETILIN para que dêem o seu apoio e votem em Lu Olo.

Conferência de Imprensa realizada hoje - 23 Março 2007

Hoje, cerca das 15 horas, a FRETILIN realizou uma conferência de imprensa sobre o lançamento da campanha eleitoral do Camarada Lu Olo, em Ossu.

A conferência teve lugar na sede do Centro de Informação da FRETILIN, na sede do partido em Comoro, Dili, e teve como porta-vozes os Camaradas José Manuel Fernandes, Filomeno Aleixo e Arsénio Bano, na presença de jornalistas nacionais e internacionais, representantes do corpo diplomático e militantes e simpatizantes da FRETILIN.

Na conferência de Imprensa, José Manuel Fernandes disse que a FRETILIN acredita que Lu Olo tem todas as capacidades e credenciais para ser Presidente da República.

“Ele foi um guerrilheiro, é um líder politico, pai de família, Presidente do Parlamento Nacional e, acima de tudo, um homem do povo, de origem humilde”, disse o Secretário Geral Adjunto e Representante do Presidente Lu Olo na CNE, José Manuel Fernandes.

José Manuel falou também sobre a abertura da campanha que ocorreu em Ossu, na presença de 10 mil pessoas, demonstrando o apoio que o candidato da FRETILIN tem.

Após ter anunciado alguns pontos do discurso proferido pelo Camarada Lu Olo, em Ossu, José Manuel Fernandes reforçou que a FRETILIN tem orgulho em poder apresentar o seu Presidente para Presidente da República, de 2007 a 2012, e que a FRETILIN está certa da sua vitória.

Notícias - 23 de Março de 2007

Associated Press - Friday, March 23, 2007
Campaigning kicks off for East Timor polls
[A mesma notícia foi publicada pelo International Herald Tribune, sob o título: Campaigning kicks off for East Timor polls amid a backdrop of violence]

Dili: Campaigning for presidential elections in East Timor or Timor Leste kicked off Friday, with eight candidates vying for the top job as the new nation struggles to contain sporadic outbreaks of violence.

The man seen as favorite in the April 9 polls, Nobel Prize winner Jose Ramos-Horta, said he would liberalize investment laws, boost ties with neighboring countries and improve the lives of the country's 900,000 people, who remain the poorest in Asia. "If elected president it will be my mission to help those who for centuries had very little or nothing at all, to eradicate needless poverty and suffering, to lend an ear to the oppressed and to be their voice," he told a poorly attended rally at a sports hall in the capital Dili.

East Timor won independence from neighboring Indonesia in 1999 in a UN sponsored independence ballot.

Last year, the country was thrust into crisis when factional fighting broke out between police and army forces, which was followed by looting, arson and gang warfare that left 37 dead and sent 155,000 people fleeing their homes.

International peacekeepers succeeded in stemming the unrest, but occasional flare ups have occurred in recent weeks and there are fears rebel soldiers wanted for their roles in the 2006 violence may try and disrupt the polls.

Current president and independence hero Xanana Gusmao is not running for re-election, but there is speculation he will form a political party and contest parliamentary polls later in the year.

***

BBC – Friday, 23 March 2007, 07:11 GMT

Campaigning begins in East Timor

Campaigning is officially under way for East Timor's presidential election in April - the first since the fledgling nation declared independence in 2002.

Prime Minister Jose Ramos-Horta is seen as the favourite to win, but he faces seven other candidates.

Due to fears of violence, thousands of police officers have been mobilised to secure polling stations. Fears of violence mainly centre on the fact that a renegade soldier, Major Alfredo Reinado, is still at large. He is being hunted by an international security force, but has so far evaded capture, and is said to have some public support.

Weak institutions

The eight candidates are all seeking to replace incumbent President Xanana Gusmao, who has long signalled his intention not to stand for re-election. All eight have reportedly signed a code of conduct designed to ensure the poll is free, fair and peaceful.
Atul Khare, who heads the UN mission in East Timor, said it was essential that the campaign was carried out "freely, fairly and without violence, without intimidation and without misuse of state resources."

He also told reporters he was pleased that, so far, voter registration had gone calmly and "without major security incidents".

But there are still concerns about security in this young, impoverished nation, which descended into factional fighting in the middle of last year and had to ask Australian-led peacekeepers to intervene to restore order.

Mr Ramos-Horta admitted on Friday that East Timor was still a fragile country. "Its institutions are still weak. Poverty is still widespread. Justice has not yet been served," he told the French news agency AFP.

***

Aljazeera - Friday, March 23, 2007, 12:34 Mecca Time, 9:34 GMT

East Timor election campaign begins

Campaigning has begun in East Timor's second presidential election with candidates competing to replace Xanana Gusmao amid ongoing violence.

Eight candidates are in the race for the April 9 election in East Timor, which has been hit by violence since last year after protests by soldiers sacked in a row over pay.
Jose Ramos-Horta, the prime minister and favourite to win the poll, said on Friday at a rally in Dili that East Timor was still a fragile nation. "Its institutions are still weak. Poverty is still widespread. Justice has not yet been served," he said.
Ramos-Horta became prime minister after his predecessor, Mari Alkatiri, quit following last year's violence.

He also promised future oil and gas revenues and a new tax system that would benefit the poor in the tiny country gripped by poverty and youth unemployment that fuelled recent unrest.

Security fears

Last year at least 37 people were killed in unrest following the soldiers' sacking. About 150,000 people fled their homes in violence that led to the dispatch of an Australian-led international peacekeeping force to the country.

The renegade soldier's leader, Major Alfredo Reinado, is still being hunted by the international security force and is believed to have some popular support.

Security has been increased amid fears that violence could erupt during the election.

Other presidential candidates include Francisco Gutteres, the parliamentary head of the ruling Fretilin party and veteran politician Francisco Vaxier do Amaral, who lost to Gusmao in the 2002 race. Gusmao has decided to retire from the presidency after being in power in East Timor since it formally became independent in 2002.

The country gained independence from Indonesia in a UN-administered referendum in 1999.

***

Agência EFE – 23/03/07 - 01:08

Começa campanha eleitoral no Timor Leste

Díli - A campanha para as eleições presidenciais no Timor Leste, marcadas para 9 de Abril, começou hoje oficialmente, com oito candidatos disputando a sucessão do carismático líder Xanana Gusmão, que não vai tentar a reeleição.

O representante especial do secretário-geral da ONU no Timor Leste, Atul Khare, anunciou a sua satisfação ao constatar que o processo de registro de eleitores transcorreu em calma "e sem incidentes graves de segurança".

Durante duas semanas haverá manifestações, comícios e propaganda dos candidatos nos 13 distritos do país. A campanha vai até 6 de Abril.

As eleições presidenciais são consideradas decisivas para o futuro do Timor Leste, que ainda se recupera da crise do ano passado. O país esteve à beira da guerra civil devido às disputas no interior das forças de segurança, e ao descontentamento social.

"É muito importante para esta democracia emergente que a campanha se desenvolva com liberdade, justiça e sem violência, sem intimidação e sem um mau uso dos recursos do Estado", comentou o representante da ONU.

O atual primeiro-ministro, José Ramos-Horta, favorito ao cargo, anunciou hoje que passa suas funções à frente do Governo e do Ministério da Defesa ao vice-primeiro-ministro, Estanislau da Silva, durante as duas semanas de campanha. Ele pretende evitar qualquer vantagem sobre seus adversários. Prêmio Nobel da Paz, Ramos-Horta anunciou que não utilizará em sua campanha nenhuma instalação governamental nem veículos oficiais.

Toda a campanha eleitoral será supervisionada pela Comissão Nacional Eleitoral e vigiada por observadores locais e internacionais.

As enquetes apontam como favorito Ramos Horta, que assumiu o cargo no ano passado, substituindo Mari Alkatiri, que renunciou em consequência da onda de violência provocada pela crise política.

***

Radio Austrália – 23/03/2007, 17:41

Ramos Horta launches presidential campaign

East Timor's Prime Minister, Jose Ramos Horta, has launched his presidential election campaign with a plan to overhaul the country's tax system.


Campaigning began on Friday for the election on April the 9th.

Dr Ramos Horta says the country is spending more trying to collect taxes than the amount raised.

He says with oil and gas revenues of more than $US1 billion there is no need to collect taxes from the poor or small business.

Dr Ramos Horta says, if elected, he will also make East Timor's accession to ASEAN a priority.

He says East Timor deserves a share of the trading block, which represents close to $US1000 billion US dollars.

The prime minister says he believes joining ASEAN will greatly benefit East Timor and he hopes to achieve that within five years.

Dr Ramos Horta has been officially announced as one of eight candidates for the election.

***

Jornal de Notícias - Sexta-feira, 23 de Março de 2007

TIMOR: Oito na luta pelo lugar de Xanana

Orlando Castro

"A independência não se consegue, ou não se constrói, com um simples içar da bandeira. É preciso trabalhar muito. É preciso estar preparado", afirmou ao JN em 13 de Fevereiro de 1999, três dias depois de ter deixado a prisão de Cipinang para passar a viver numa casa-prisão, em Salemba, no centro de Jacarta, o ainda presidente da República de Timor-Leste, Xanana Gusmão.

Oito anos depois e em vésperas de eleições presidenciais - a campanha arranca hoje e o acto eleitoral realiza-se no próximo dia 9-, o país continua numa encruzilhada política, social, económica e de segurança interna. E se, do ponto de vista político e institucional, o país vai funcionando, as restantes questões continuam por resolver.

Os timorenses continuam a ser um povo que apenas consegue sobreviver graças, sobretudo, à ajuda internacional. Apesar das riquezas naturais, como o petróleo, a economia ainda está numa fase embrionária de desenvolvimento.

Do ponto de vista da segurança é que a situação é bem pior. Sucedem-as os actos de violência, os confrontos entre militares, as deserções, as ameaças de novas guerrilhas. A tal ponto a estabilidade degenerou que foi preciso a comunidade internacional enviar militares e polícias, entre os quais portugueses, para tentar controlar os focos de violência.

Xanana Gusmão, que abandona agora a Presidência, confessou recentemente que foi mais difícil exercer as funções de chefe de Estado do que de comandante da guerrilha.

Apesar dessas dificuldades - ou, se calhar, por causa delas -, oito candidatos (ver infografia) vão disputar a Presidência, sendo o actual primeiro-ministro, Ramos-Horta, e o presidente do Parlamento, Francisco Guterres "Lu-Olo" - apoiado pela Fretilin -, os favoritos.

Entre os previsíveis temas em discussão na campanha estará a crise de segurança, nomeadamente a situação do major Alfredo Reinado (ver caixa) que se encontra a monte.

Também a governação de Mari Alkatiri, ex-primeiro-ministro e secretário-geral da Fretilin - partido maioritário no Parlamento e histórico da luta pela independência -, estará na mira dos candidatos.

Embora Ramos-Horta concorra como independente, as sondagens apontam-no como favorito e os seus adversários colocam-no com principal alvo, sobretudo por ter sido membro do Governo de Alkatiri.

Com excepção de "Lu-Olo", os restantes concorrentes vão trazer para a ribalta da campanha o caso de Rogério Lobato, ex-ministro do Interior que no dia 7 deste mês foi condenado a sete anos e seis meses de prisão por quatro crimes de homicídio. O tribunal deu como provado que Lobato entregou armas a civis, nomeadamente ao grupo de Vicente da Conceição "Rai Los", "para eliminar líderes da Oposição" em Abril e Maio de 2006.

José Ramos-Horta vai jogar o seu prestígio internacional e as boas relações com Xana que, aliás, se prepara para ser o futuro primeiro-ministro, nas eleições legislativas do próximo ano, através da fundação de um novo partido, o Conselho Nacional da Reconstrução de Timor (CNRT).

***

Público – 23.03.2007

Ameaça de boicote às presidenciais em Timor-Leste

Cinco dos oito candidatos às presidenciais de 9 de Abril, em Timor-Leste, entre eles o chefe do governo e Nobel da Paz, José Ramos-Horta, ameaçaram boicotar as eleições, caso não seja alterada a lei que autoriza os candidatos a inserirem insígnias de partidos no respectivo boletim de voto, noticia a AFP em correspondência de Díli.


O presidente do parlamento nacional, Lu-Olo, afirmou-se já disposto a usar os símbolos deste partido, maioritário no país. "não sou um candidato independente, represento a Fretilin, por isso usarei os símbolos e a bandeira do meu partido", disse à agência efe.

Num comunicado à imprensa, ontem, o primeiro-ministro, José Ramos-Horta, anunciou que seria substituído nas funções governativas pelo vice-primeiro-ministro, Estanislau da Silva, durante a campanha eleitoral, que começou hoje.

Chegou ontem a Díli o eurodeputado espanhol Javier Pomes Ruiz, que chefia uma missão de mais de 35 analistas e observadores, enviada pela união europeia.

O deputado independente Leandro Isaac declarou, por seu lado, que não volta a Díli "enquanto estiver perseguido" pelos australianos. O major rebelde Alfredo Reinado, junto de quem se manteve durante o cerco das forças internacionais em Same, em Fevereiro passado, "está noutro sítio", disse o deputado durante um breve contacto telefónico com a delegação da agência Lusa na capital timorense.

Ridículo e patético. Da primeira à última frase. Para inglês ver...

Nobel da Paz
ba
PREZIDENTE
José Ramos-Horta

SPEECH BY DR JOSÉ RAMOS-HORTA
CANDIDATE FOR PRESIDENT, DRTL
Dili, March 23, 2007
My friends,
Over the past ten months, my resolve to serve my people has been strengthened.
It was strengthened by the crisis
…by the overwhelming challenge to deliver the fruits of independence to our people.
It was strengthened by the early challenges of nation building
…the economic and social depression caused when the international community left our shores.
And it was strengthened during the 24 years of occupation
…the bloodshed and the pain
…and the loss of life.
I have drawn from the good example
…of Our Savior and of our people
…and found in adversity
…my calling.
My Friends ,
On 20 May in the year 2002 of Our Savior Jesus Christ, our nation acceded to independence
…and Timor-Leste was born.
It was to be a nation forged not by trauma, pain and colonial chains
…but through a democratic referenda.
We assumed our historical destiny
…an ethno-linguistic mosaic wedged between Southeast Asia and Oceania
…and a people of peace and justice.
With the affirmation of the people and the steadfast support of the international community
…four centuries of foreign rule dissolved
…and a new voice was heard.
We formed, from the grass roots,
…a Government, a bureaucracy, a treasury, an economy
…and a thing of great beauty began to take flight
…and assert itself in our region.
Over the coming two years, we earned by inches the quiet confidence of the international community
…and our near neighbors.
We restored relations with Indonesia.
We renegotiated economic ties with Australia.
We maintained our historical connection to Portugal.
It was not to be an easy journey
…mistakes would be made,
…lessons would be learned.
There would be heart breaks
…and there would be set backs.
There would be blood and toil
…and tears and sweat.
My friends,
Let April 9, 2007, be recorded
…as a new day in the history of our nation and our people.
Let it be recorded as the day we began a new dialogue about our future
…to culminate in the election of a new President.
At the cusp of this two week election campaign, I join with my colleagues
…drawn from across our nation
…seven men, one woman, ages ranging from 41 to 70
…all of whom have served our nation in various roles and positions
…to begin this debate.
I am honored to call each of my colleagues “my friend”.
Upon returning to Timor-Leste in 1999,
…first as a CNRT leader,
…later as Minister for Foreign Affairs,
…and in recent months as Prime Minister and Minister for Defence,
…it has been my honor to travel far and wide
…to each of the 13 districts in our nation.
I enjoy being in the rural areas.
I particularly enjoy travelling to these villages in the interior in a private capacity, in my spare time.
I enjoy my conversations and discussions there
…drawing on the patient reflections of our wise people.
I now believe that I can say, without hesitation, that most of our people know me.
They know what I have done for this country
…my role during the 24 years of our struggle for freedom.
They know what I have done as Foreign Minister
…and what I have done as Defence Minister and Prime Minister,
…in the last 10 months.
Most importantly they also know that I am with them.
They know that I was with them in May, June, July 2006
…during the worst months of the recent crisis.
Two weeks is too short for me travel to all districts
…to meet them again
…and to share my vision and my plans, if elected President, for our beloved Nation.
My campaign has lasted six years…and, in some ways, my whole life.
That is why I can say with confidence
… that I know well, my ‘well loved’ land,
…from end to end, ash to ash, dust to dust. And my ‘well loved’ land knows me.
I have seen her at her greatest
…when she rose from bloodshed

…and to lay aside past grievances
…to forge the world’s newest nation.
And I have seen her when she almost slipped back to a darker age
…a cycle we hoped had passed.
During May, June, July and August 2006, the worst months of crisis, I was with the people.
On the evening of the April 28, 2006, I was with the first Internally Displaced Persons (IDP’s) at the airport area.
Day and night, I travelled the streets of Dili
…and the outer regions.
I visited the suburbs.
During the most difficult days, the days of fire and ash
…in which our sons and daughters in F-FDTL (Timor-Leste Defence Force) and PNTL (Timor-Leste Police Force) were injured
…I was with them in hospital.
I also visited
...Alieu, Same, Alas, Maubisse, Gleno, Emera, Lete’Foho, Atsabe, Maliana, Liquica, Suai, Oecussi, Manatuto, Lakluba, Soibada, Baucau, Laga, Lospalos, and Lore.
I visited isolated villages.
I visited police posts on the border.
I spoke with men, women and children.
I spoke with youth, street vendors, and fishermen.
I spoke with gang members.
I spoke with police officers and soldiers.
I spoke with the much respected Bishops, Priests and Nuns.
I spoke with non-government organisations, political parties, and business community.
In the midst of this trauma, I was drafted for the position of Prime Minister.
I accepted this most thankless and difficult task
…as the dust from the weeks of crisis gathered in the air
…like a cloud that would not burst.
Our country was in crisis.
Our hard fought-for institutions were beginning to disintegrate.
Our people were suffering.
I responded to their call…
…and accepted the position of Prime Minister
…for ten months.
In 2000 and 2001, I had already travelled the country
…helping to explain to the people about the new opportunity of nationhood
…and about the UNTAET mandate
…and I helped to mobilise the democratic voice of the people.
I helped to establish dialogue in several areas in our nation where some groups were in discord.
And I never sought to be a candidate for a position of power.
I accepted the invitation made to me by the winning party of the 2001 elections for the portfolio of Foreign Affairs and Cooperation.
That was my job.
As part of the first Constitutional Government, I helped to build a modest but active Ministry of Foreign Affairs and Cooperation.
I continued my work of twenty-four years,
…projecting and promoting Timor-Leste to the world.
Following the restoration of independence, I led the process of establishing diplomatic relations with more than 100 countries.
We consolidated relations with our Asia and Pacific neighbours..
…Timor-Leste’s relations with Indonesia, the other ASEAN countries, Australia, New Zealand, China, Japan, The Republic of Korea, India.
The foundations for long standing relations with these nations has now been laid.
FOREIGN RELATIONS IN THE FUTURE
A small and vulnerable country needs a dynamic, creative and pragmatic foreign policy, inspired by our national interests.
National interests are not an abstract academic matter.
They are real issues that are related to our internal and external security, peace and stability, and economic well-being of our nation.
We are not alone in this world; we are part of an increasingly globalised world, interconnected by investments, tourism, trade, knowledge, information, science, technology, and diseases.
We have two neighbors, Australia and Indonesia, who have been good friends to us.
Both are democratic countries, and we share with them land and sea boundaries, airspace, and a long history that is both rich in what is positive and negative, painful and liberating.
The two countries are very different.
Indonesia, an Asian country, with 240 million people, with the largest Islamic faith in the world, still poor, though generously endowed by God with vast natural resources, a creative people, many are highly educated.
Australia is one of the richest industrialized countries in the world, with only 20 million people, a rock solid democracy and a bastion of Christianity, an open and tolerant country, founded by convicts, many innocently convicted by the Crown.
Australians, by their very origin, as sons and daughters whose ancestors were unjustly deported into exile in that vast and hostile environment, are very attached to the ideals of justice and freedom.
Australians are instinctively sympathetic to the weak and persecuted.
We East Timorese are lucky to have such great neighbors and the recent years of our independence have shown how our two neighbors have been supportive of our new state.
As President I shall continue the policies of the recent past of enhancing further our existing relations with our two neighbors at official level as well as at people to people level.
Timor-Leste is now preparing to join the Association of South East Asian Nations over the coming five years
…and to share in the fruits of a trading block representing close to a trillion dollars
…and 500 million people.
The opportunities are numberless, and the time is soon.
If elected I shall make it a priority our accession to ASEAN. Timor-Leste is part of Southeast Asia.

…It is here that we belong.
…hence we must worker harder and faster to join this region of the world, integrating ourselves into this dynamic economic community of more than 500 million people.
In the matter of foreign policy I have been always inspired by the best interests of our country,
…consolidating existing friendly relations
…harnessing good will
…forging new allies and potential trading partners.
The record speaks for itself.
For example, Timor-Leste now has excellent relations with both the United States of America and Cuba,
…two countries who have had difficult relations for over half a century,
…with vastly different regimes, dimensions and resources.
I strongly believe in our relationship with China, Japan, Republic of Korea, India.
…I will continue to enhance such relationship that can only serve our best national interests.
I am proud that I have contributed to our special relationship with the countries of the European Union.
Over the years I visited every single Western European country and developed close personal ties with leaders and peoples from Portugal to Spain, France, Germany, Italy, the UK, Ireland, Sweden, Norway, Finland.
The European Union is the single most important regional economic and diplomatic power bloc in the world.
Because of our shared history of centuries,
…shared beliefs in human rights,
…democracy
…and justice,
the Europeans have a deep understating and sympathy towards peoples in all continents.
The US remains the sole economic and military super-power
…, a continent on its own, that will continue to lead for many decades … in the fields of innovation, creativity, science and technology.
The US produces more Nobel Laureates in Sciences than any country in the world. That’s why I say they will continue to lead for many decades more.
We have many friends in the US and if elected President I will make it a priority to continue this special relationship based on shared values and beliefs.
In regards to our relationship with Cuba, let me be very frank, open about it.
The special program of Cuban doctors working and teaching in our country and our students studying medicine and other related subjects in Cuba is of enormous value to us, to our people.
If this program continues, and even if only 50% of our students are graduated with good marks, Timor-Leste will have several hundred medical doctors in 10 years from now, resolving one of the most basic needs of our people: access to doctors.
So as President I shall continue to support this program.
THE UNITED NATIONS
I will say a few words about the United Nations.


This multilateral organization of which we are the 191st member is vital and indispensable for the entire world,
…for large and rich,
…for poor and small nations.
We are in a globalised world where people and diseases travel almost freely.
No country is immune from certain diseases that travel from one country to another, from one air traveller to another.
This is only a small illustration of how our planet has become smaller and how we have become interconnected through science and technology, international trade and tourism.
To address issues of poverty and diseases we need the joint efforts of the international community.
To advance into the 21st century of the digital knowledge we need the know-how and technology of others.
To improve the lives of our poor rural people, we need them to improve their productivity and quality of products and then find markets abroad for these goods.
The United Nations is vital to all of us and specially to small countries like Timor-Leste.
The U.N. can give us a larger space where our voice can be heard.
… the U. N. can be a sympathetic and neutral force that give us more power where we can negotiate with larger powers.
The United Nations have been in the forefront in assisting us through our many conflicts and crises of the past,
…helping us winning our freedom,
…helping us building up our new nation.
Let’s show gratitude to the U. N..
…and one way to show our gratitude is to support the U. N. personnel in Timor-Leste to do the job they were mandated to do here.
They are not the new colonisers as some radical elements in our society might say.
A coloniser usually stays in a colony for several centuries.
The U. N. usually stays in a country for a few years, too few.
So let’s be intelligent and pragmatic, let’s try to get hem to stay here for many years,
…so that they help us build our institutions,
…provide us with security,
…let them spend money in our hotels and restaurants, rent our houses, employ our people, etc.
The U. N., like any big organisation, with many thousands of people serving in it,
…it has good people with dedication and competence,
…it has also many who are lazy and incompetent.
Look at our Public Administration.
…Some of our own civil servants are dedicated and competent;
…some are lazy, incompetent and dishonest.
That’s how we all are, as human beings, with qualities and sins.
I am about to complete my mandate as Prime Minister the Second Constitutional Government, the Government of the Poor.


As a Presidential candidate, during the whole period of the campaign, I will take temporary leave from the Office of Prime Minister.
I will not use government property for my campaign.
As a candidate, I will seek higher office as a common citizen.
I invite the other candidates, the political parties, the State Inspector General, the Provedor of Human Rights, to monitor my activities.
If you notice any mistake or abuse on my part do not hesitate in denouncing me
…or in making any transgression public.
In Government, I have enjoyed close friendships across the political spectrum.
The Government over which I preside since July 2006 is a Government of Fretilin,
…the majority party of the parliamentary elections.
I always tried to respect the majority party.
…Being a non-elected Prime Minister
…borne out of a crisis
….with a mandate of less than a one year
…I would have many limitations placed upon me.
I believe I have cooperated loyally with my government colleagues.
And I share with my colleagues the small victories registered during my short term in office.
With humility, I must assume responsibility for the failures.
For these failures, I apologise to you and all of our long suffering and dignified people.
But our passage has not been without achievement.
When I was sworn-in as Prime Minister, I said that the Government I was going to lead would try to serve the best interests of the poor.
It was going to be the government for the poor,
… at the forefront in the fight against poverty.
Given the time constraint I could not deliver change to effectively affect the lives of the Timorese. I will pursue that in the Presidency.
NEW FISCAL POLICY
Upon coming to office, I promised to use existing money to dignify the human being,
…to give them hope, to give them food and clothing
…and to give them a roof.
That’s my first priority.
One way to help the poor is to energise our weak economy.
That is why I led a review of our tax system.
We are spending more trying to collect taxes and duties than the amount we actually collect!
With oil and gas revenues over US$1 billion, I thought that one way to help stimulate the economy was to put some money in the pockets of the people.
After extensive consultation, debate and thought, last week I proposed a new tax system for Timor-Leste.
It is based on three principles.
First, it will be pro-poor.
Timor-Leste has significant oil revenue, so it should not be collecting any tax from the poor or from small businesses.

Under my plan, anyone earning less than US$1000 a month will not pay tax.
After that they will pay only 10 percent.
Second, it will be pro-business and pro-development.
Timor-Leste needs to encourage the development of a strong private sector.
That means encouraging the creation of new domestic businesses and encouraging foreign businesses to set up in our country.
Third, it will be simple.
Timor-Leste should not tie up its own human resources in tax collection or tax compliance. Both the government and the private sector should have the burden of complex taxation systems removed from them.
These ideas on tax reform have been discussed with President Xanana Gusmão. He agrees in general with such ideas.
We both believe that the proposed new tax system is the right one for Timor-Leste
…that it is much needed for the good of our nation.
If we are to maintain any taxes, it should only be on goods or industries that cause any environmental and health harm.
That is my commitment to the people in this election.
TELECOMMUNICATIONS
Fewer than three in 100 Timorese - including almost the entire rural population – has access to telephone and internet.
The community deserves better. The Government has to act.
We must move to provide services to the sub-districts or villages.
We must provide strict obligations to roll-out network infrastructure or to expand the coverage of its service.
That is why we must establish a new telecommunications policy framework based on current international standards.
That is why we started a program of telecommunications regulatory reform.
The new policy will be aimed at promoting fair competition and private investment in the telecommunications sector.
It will mean rural and remote access to telecommunications services, cheaper and accessible internet to businesses and students.
Under my leadership we have entered into discussions with Timor Telecom to resolve this situation.
These discussions will continue if I am elected
…and we will be in a position to deliver change.
INVESTMENT
In today’s globalised economy, the competition for the foreign investment is intense.
That’s why we must work to improve conditions to attract investment – both national and foreign. It is a critical area of the nation’s economic policy.
In a study of the World Bank, Timor-Leste was listed last year as one of the most difficult countries of the world to be able register a company.
Among 175 countries, Timor-Leste was in 174. Only Congo is worse.
As Prime Minister, I promised to amend this.
To help the Government with the efforts of changing the investment legislation, the International Financial Corporation has suggested some changes to commercial laws.


These changes will radically improve the ranking of Timor-Leste in respect to Easiness to start a Business by 98 positions (from 141st to 43rd place), and 11 positions overall.
This was ready to go to the Council of Ministers in September 2006. But for some unexplained reason it was only presented in December. It has not been approved yet. Is it that someone does not want Timor-Leste to rise in the ranks of Easiness of Doing Business under my leadership? One wonders.
If elected President, I will not rest until Timor-Leste is listed with the easiest countries in the world to do business and create opportunity.
We are also reviewing all legislation dealing with both domestic and foreign investment.
PROGRESS MADE
Nonetheless some progress was made.
Upon being sworn-in as Prime Minister I met with a group of key public servants who deal with investors.
Our aim was to simplify procedures, making it easier to invest in Timor-Leste.
I must now report that investors started to show interest in Timor-Leste. Since I took office, 34 companies have been granted the status of foreign investors as compared with only 12 in 2002-2006. Of those, 15 are new projects worth almost US$112 million that are estimated to create 4897 jobs. If we add to this the $80 million project from Thailand for green power generation, it is almost $200 million in new projects in just 8 months.
The investors are from Japan, Korea, Australia, Portugal Kuwait, Singapore, Indonesia and Thailand. These are projects aimed at developing the important sectors of tourism, infrastructure, energy, fishing and agriculture, and will be located in Dili, Com, Lospalos, Liquica, Maliana, Baucau, Loes and Hera. The investors are just waiting for certainty in the political situation so that they can kick-start the projects. Under the right climate, it all augurs well to Timor-Leste.
OTHER INVESTMENT
My Government is also negotiating with the Kuwait Arab Economic Development Fund for investment in the construction of projects worth up to US$600 million. The projects include roads, bridges, refineries and hotels.
As well, the US Millennium Challenge Corporation (MCC) recently selected Timor-Leste as an eligible country for funding in the next fiscal year 2007. There is now a plan to develop with MCC a five-year program of development assistance, with particular emphasis on infrastructure and private sector.
This will include an investment of US$180 million in the power sector
…to supply electricity to the entire country
… and to bring down the cost of electricity.
Widespread access to inexpensive electricity will have a major impact on the business environment.
The program will include US$160 million invested in the transport sector to improve our 3.000 kilometers of national and district roads, and Dili Airport. It is expected that by 2015 a majority of the population have access to safe water and sanitation.
SIMPLIFICATION OF PROCUREMENT
I have found Procurement, as it is functioning currently, to be a deterrent to development. They are a law onto themselves.


I must confess that it has been one of my failures not being able to ‘fix’ this area. However it will change. I will pursue it to ensure it does. Having projects for road building, etc. sitting there for over one year is scandalous.
Nonetheless, to honour the pledge I made during my swearing-in as Prime Minister in July when I said I would “investigate the complaints about the non-payment of bills by the Government,” I made a surprise visit one morning and demanded a report explaining the government’s non-payment of accounts – some dating back to 2004 – to several companies and that those debts be settled immediately.
The private and enterpreneurial sector is an indispensable element of our country. They provide a service and they should be paid promptly.
Some millions have since been paid but unfortunately there continue to be unjustifiable delays that hinder development of infrastructure and other development.
As President I will press for a complete overhaul of the procurement system.
IMMIGRATION
We have been able to remedy some ongoing problems with immigration.
Humanitarian workers previously had to renew their tourist visas every 30 days.
Under these burdens, every 30 days they had to pay $US35.
Under this mountain of red tape, some even had to travel to the border to be processed.
People recommended for residency status were waiting up to two years for their application to be processed.
It was ridiculous.
That’s why as Prime Minister I have initiated the process of eliminating these anomalies. I will pursue this from the Presidency if elected.
BETTER CUSTOMS’ SERVICES
We have demonstrated the political will to reduce onerous rules relating to customs.
Only my intervention led to the ‘liberation’, three years after arriving at the Port of Dili, of a container with goods for poor Timorese.
The container, with used clothing, furniture, food and even two wheelchairs, had been sent from Australia, to help some of the poor of Timor-Leste.
I must say though that, in the past few months, the port and customs’ operations have somehow improved.
Now import of humanitarian goods has no duty and a 48 hour turn around.
Import of commercial goods now has a five day turn around.
I’ll be pursuing this area with a plan for the overall of the operations. Unnecessary bureaucracy has to disappear.
HEALING THE WOUNDS OF F-FDTL AND PNTL
If I am elected President I will continue to follow the good example of President Xanana Gusmao, hero-son of our people.
In his footsteps, when I became Minister for Defence, I said I would me more like a chaplain to the armed forces than a minister,
…that I would help lift morale and to heal wounds,
…and to re-establish the pride of a liberation army whose soul seemed to have been lost.
Together with President Xanana, we did the same with PNTL.


And it was with tears in their eyes, that soldiers and police embraced each other as they gathered for an historic ceremony at the Palacio do Governo in mid November.
As hundreds of spectators packed the Palacio grounds and the national anthem was played, the President of the Republic Xanana Gusmão called on the youth of the country to collaborate with the army and police in the process of peace.
We watched with emotion as members of the F-FDTL and PNTL lined up alongside each other in a display of solidarity and trust.
Traffic along the main ocean-front boulevard was brought to a stop. Bunches of flowers were handed out to the country’s army and police forces and as they raised them above their heads the crowd cheered.
The head of the armed forces, Brigadier Taur Mata Ruak shook hands and embraced many of the police at the rally.
The then Commander of the Police Paulo Fatima Martins walked among soldiers shaking hands and greeting friends.
The demonstration of comradeship and trust between the F-FDTL and PNTL has given encouragement to many people in the Internally Displaced People’s camps to return to their homes.
The “peace rally” followed extraordinary meetings held between the President of the Republic, Xanana Gusmão, myself and leaders of Timor-Leste’s army and police.
These meetings were followed by larger gatherings involving the President, myself and all senior and middle-ranking army and police officers.
Today F-FDTL and PNTL, side by side, shoulder to shoulder, support each other in re-establishing with success law and order in Dili.
I will continue his historic program promoting a culture of peace, tolerance and non-violence across the country.
ASSIST THE POOR
As President I will also devote my attention and energy to assisting the poor.
That is why I intend to establish a Presidential Task-Force on Poverty
…to be co-chaired by the Head of State, the Speaker of National Parliament and the Prime Minister.
I will invite experienced members of the civil society to be part of the task-force
…including the Non-Government sector and the Catholic Church.
It will review past government policies and failures in the area of poverty reduction.
It will propose new strategies and budgets.
The fight against poverty must be a national rallying point.
I will support a combination of immediate cash transfers to the poorest households.
I will support quick-impact programs,
…expanding the cash for work program beyond street cleaning into small projects
…such as rural roads maintenance, repair and or maintenance of schools, hospitals, and clinics.
PENSIONS TO THE POOR
If elected I will propose a tight pension plan to help our poorest and most disadvantaged.
I have worked closely with some of the world’s top economists on this matter.
I think we can make it work.


The country can afford to budget up to US$40 million to pay out at the monthly amount of US$40
…targeting the100,000 poorest individuals, elderly, handicapped, war widows and veterans.
The payments should be done on quarterly basis
…saving on administrative costs.
It will be done on location through the government and church network.
HOUSING FOR THE POOR
Immediately, if elected President, I will propose an ambitious project:
…housing for the poor
…for public servants
…members of PNTL
…teachers
particularly for those serving the people, educating our children, in the border areas, in the remote villages of our nation.
This is the right thing to do
…as the poor cannot afford a roof over their heads
…and if we want our policemen and women,
…teachers
… and public servants
to have the basic conditions to work, to serve our people, in the most remote and poor areas.
It will also foster the decentralization and development of those less fortunate, accessible areas of Timor-Leste.
LAND, WATER AND FOREST PRESERVATION PROGRAM
In parallel, I will advocate the launching of a major land, water and forest preservation program to save our land and create jobs.
We must remember that Timor-Leste is a relatively arid island with very little rivers and lakes.
With population growth the available land and water will shrink further in the next twenty years.
If we do not launch an ambitious program to replant trees, to preserve water and to care for our environment, in 20 years from now we will be having wars over water and land.
This is a problem in many parts of the world.
We cannot let it happen here.
I will advocate an ambitious 20-year program investing at least US$10 million a year on tree planting and water preservation.
We can plant trees that grow fast for fire wood.
We can plant trees that grow fast such as bamboo for export and earn income for villagers.
We can also plant trees that will take 20 to 30 years to mature such as teak and sandal wood.
Such a program can inject millions of dollars into our economy every year.
HELPING STUDENTS AND YOUTH


Young people are our future.
That is why we must spend an additional US$10 million for students and youth.
I would propose that US$5 million be allocated in the form of scholarships for secondary and university students.
This will enable the poorest families to provide their children with an additional income to buy clothing, food and books.
Public schools are free but this is not enough if a student cannot afford to buy food and books.
The other US$5 million would to set up Youth Centers with sports facilities and Internet in all districts.
JUSTICE
I will now talk about the complex and sensitivity issue of justice.
I have said many times that no one should put pressure on the justice system,
…that we should avoid demonstrations to put pressure on the judges.
Our justice system is under a lot of pressure because of the crisis.
… pressure because of the many cases in front of them,
…lack of information and evidence,
…shortage of experienced personnel, etc.
Recently the Dili District Court passed a significant judgement on the case of Mr. Rogerio Lobato with a 7 ½ year prison sentence.
Most people we surprised with this heavy sentence.
…those who were critical and suspicious of our courts seemed to have been pleased with the verdict.
I can only say again,
…let us all be patient
…let the judges handle all the cases without pressure from the government
…and from the public.
CHURCH
Timorese people are a people deeply spiritual whose day to day is inspired and influenced by the spirits of the past and by supernatural beliefs that are fused with Christian beliefs.
For that reason we cannot import or impose modern beliefs from that secularism or European culture that would disturb the symbiotic relationship of Timorese and Catholic Church culture.
The Timorese Catholic Church is the only continuous institution, solid, that has absorbed the fabric of Timorese.
In partnerhsip with our young State, it has helped us in this crisis,
…it is helping us heal the wounds.
I salute with reverence and friendship our two Bishops, Dom Ricardo and Dom Basilio, and through them all the Timorese and foreign clerics serving in Timor-Leste.
The Church must continue to help us better serve the people of Timor-Leste in all areas,
…social,
…educational,
…cultural,
…spiritual and moral.
I favour that the State should provide adequate funding to the Catholic Church

…so it can more efficiently
…assume a bigger role in the the spiritual and moral guidance of our people
…in education
…in health
…in the development of our youth
…in the fight against poverty.
The State must make available to the Church, namely the Dioceses, at least US$10 million to cover the expenses associated with its activities.
It is not a favour.
…it is an obligation of the State towards the oldest and most credible institution in our Nation.
GOD
GOD, is the Creator and Lord of heaven and earth.
…He is also, in the words of the Vatican Council, "omnipotent, eternal, immense, incomprehensible, infinite in intellect and will and in every perfection".
Timor-Leste is a Catholic Nation.
…the Timorese love and fear God.
…pray to God
…to thank Him for the small mercies and to seek His help in times of need.
Still, our Constitution has but two mentions to God, the Almighty and the Merciful, in its Preamble,
…one says that “interpreting the profound sentiments, the aspirations and the faith in God of the People of Timor-Leste”,
…the other, in the oath of the President of the Republic – “I swear to God…”
I defend that there should be an amendment to our Constitution so that a meaningful reference to God, to the moral and spiritual values that He teaches us because, after all, He is the definition of that which is pure and righteous in all the universe.
MY ROLE AS PRESIDENT
The President, as you know, is not responsible for the day to day management of the economy.
But the President has the duty and the right to speak out,
…to advocate,
…to propose ideas based on solid evidence.
If elected President it will be my mission
…to help those who for centuries had very little,
…or nothing at all.
It will be my mission
…to eradicate needless poverty and suffering
…to lend an ear to the oppressed
…and to be their voice.
I passionately believe that a President cannot stay silent on issues of poverty.
If we all agree that fight against poverty is a national cause, then the President must lead the fight.
He must summon all the people of this country to wage this war,

…the only war that is moral and ethical.
I regret that in the 10 months that I have served as Prime Minister I have not been able to do more do help the poor
…just as I regret that our government has done little to help the poor over the last five years.
But the time for regrets has now passed, and it is time to move forward
…to seize new challenges
…together.
We must keep in mind
…that a government cannot be irresponsible and spend money it does not have
…and that we cannot make promises that we cannot keep.
The policy prescriptions I am advocating are the product of serious though,
…of careful consideration.
They are affordable and the result of evidence-based approaches.
It should also be remembered that it is only in 2004 that we began to see our budget increase.
Many criticize the government for poor budget execution.
This is true.
Our budget execution is very low.
That is why I will continue the struggle to remove the complex regulations that our foreign advisers imposed on us
…the last of our chains.
CONCLUSION
On Sunday, 25 February,
…it was my great honor
…to put myself forward to the Presidential elections.
It was the culmination of a life-long commitment to my people, to my country.
I did it with the people of Laga
…the poorest of the poor villages in Timor-Leste
…and one of my childhood homes.
I was deeply humbled to be there.
I know that I have the capacities and capabilities to assume the highest office in the land
…and the deep support of so many small villages
…like Laga.
Our nation is still fragile.
Its institutions are still weak.
Poverty is still widespread.
Justice has not yet been served.
I accept the call of the people
…across the country and in Laga
…to be the candidate to succeed Xanana Gusmão,
…hero-son of our people.
Whatever happens on April 9 I will never abandon them.
May God, the Almighty and the Merciful bless you all.

Fotografias do comício da FRETILIN em Lospalos

Fotos da Consolidacao em Lospalos.

Consolidação da FRETILIN em Los Palos

Realizou-se ontem, 21 de Março de 2007, a Consolidação da FRETILIN em Los Palos, Distrito de Lautém.

Apesar de ter sido realizada sob muita chuva, estiveram presentes cerca de 7 (sete) mil pessoas que mantiveram-se concentradas no local a partir das 14h30 até as 21h00.

Durante o encontro, o Secretário-Geral do Partido, Dr Mari Alkatiri, apelou aos militantes e simpatizantes do partido para que estejam atentos às manobras e a continuicao de tentativas de enganar o povo, dando como exemplo a recriação do CNRT.

O Presidente da FRETILIN, Francisco Guterres "Lu Olo", falou sobre a necessidade de por fim a crise e repôr a Autoridade de Estado.

O processo de consolidação do Partido irá continuar, tendo hoje lugar em Laga, distrito de Baucau.

Notícias - traduzidas pela Margarida

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA - Quarta-feira, 21 Março 2007
Relatos dos Media Nacionais

Três candidatos Presidenciais não entregaram os seus calendários de campanha

Em três dias os candidatos à Presidência da RDTL começarão a sua campanha. Até ontem a CNE só tinha recebido os calendários de cinco candidatos. Os outros três, Lucia Lobato, Manuel Tilman e Avelino Coelho ainda não tinham entregue à CNE os seus.

A CNE não tinha anunciado os calendários das campanhas dos candidatos presidenciais por causa destes três. Os outros cinco calendários das campanhas dos candidatos presidenciais na CNE são por isso considerados como calendários temporários. (STL)

Horta: a situação beneficia o processo eleitoral

De acordo com a reunião do Comité de Alto Nível, a situação de segurança no país antes das eleições presidenciais permite a todos os Timorenses irem à votação no dia das eleições.

A reunião semanal de alto nível realizada no Palácio das Cinzas (20/3) teve a participação do SRSG Atul Khare e do seu vice Fin Rieske Nielson, Brigadeiro Taur Matan Ruak, Brigadeiro General Mal Rerden, Procurador-Geral Longuinhos Monteiro, Primeiro-Ministro José Ramos Horta e Presidente da República Xanana Gusmão.

O porta-voz do comité de alto nível, José Ramos Horta disse que a reunião tratou da assistência logística que foi preparada para as eleições. As próximas eleições são a grande preocupação da Comissão Eleitoral. Disse que cada Ministério tem de mandar um funcionário para a CNE para trabalhar no processo.

Em resposta sobre segurança adicional e sobre a situação, acrescentou que o Estado e o governo estão a avaliar o reforço da UNPol em Dili. Para assegurar as próximas eleições as coisas estão bem organizadas e é necessário a colaboração entre a PNTL, UNPol e as F-FDTL. (STL)

PSHT e 77 outra vez em conflito, 3 casas queimadas e 1 destruída

Membros da PSHT e da 77 (sete-sete) estiveram em conflitos outra vez ontem à tarde às 1:00 pm em Kampung Baru, Comoro. Três casas do PSHT foram queimadas e 1 casa e 2 quiosques em frente da igreja de Comoro foram destruídas. O conflito inicial partiu da provocação entre membros dos dois grupos que se apedrejaram. Nenhum dos suspeitos foi preso. (STL)

Timorenses no exterior têm direito a votar

O Presidente da East Timor People Actions (ETPA) Cecílio Caminha Freitas disse que os Timorenses que vivem no exterior têm direito ao voto. Mais ainda, disse que de acordo com o artigo 35 da lei das eleições presidenciais têm o direito de votar. De facto, o Governo e o STAE têm de lhes dar os meios para votar criando assembleias de voto em todas as embaixadas no estrangeiro. (STL)

Horta: “A decisão do Estado para capturar Alfredo não mudou.”

Na 6ª reunião de alto nível no Palácio das Cinzas, que também discutiu Reinado, Ramos Horta disse que a decisão não mudou. Se o Alfredo não se entregar e não desistir das armas, a ISF continuará a procurá-lo. (DN)

Observadores das eleições locais obtém treino

Funcionários do Provedor de Direitos Humanos e Justiça (PDHJ), outras organizações da sociedade civil e estudantes universitários treinaram-se para serem observadores das eleições presidenciais e parlamentares no gabinete do PDHJ, Caicoli Dili de 15 a 21 de Março de 2007. Esta informação foi reunida pelo DN numa conferência de imprensa.

O treino teve o objectivo de melhorar o conhecimento dos observadores locais para monitorizarem as eleições. (DN)

Partido do Presidente Xanana vai ter a sua Conferência Nacional em 28 de Março

O Congresso Nacional Reconstrução Timor (CNRT) está a planear realizar a sua conferência nacional em 28 de Março de 2007.

Duarte Nunes, Secretário do Comité Nacional do CNRT (20/3), no seu escritório no Bairo dos Grilhos, disse que em 26/3 o Comité apresentará uma proposta para Kayrala Xanana Gusmão resignar de presidente e tornar-se o presidente do CNRT para concorrer nas eleições parlamentares. Pedirão a Xanana para dirigir o partido mutuamente. (TP)

Horta: será reforçada a segurança na capital

A UNPOL relatou que o volume da violência diminuiu significativamente desde 17/03.

Ramos Horta disse que Timor-Leste reforçará a segurança no país, especialmente em Dili para as próximas eleições gerais em 09/04/2007 de modo a prevenir provocações e distúrbios. (TP)

Candidatos Presidenciais podem usar qualquer símbolo

O Vice-Presidente do PN, Jacob Fernandez disse que qualquer candidato presidencial
pode usar qualquer símbolo nas suas campanhas de competição democrática para as próximas eleições presidenciais 09/04/2007.

TVTL- Títulos das Notícias
Segunda-feira, 20 Março de 2007

É provável que as F-FDTL apoiem a ISF

O apoio da Unidade Intervenção Rápida (UIR) e das F-FDTL durante as eleições
presidenciais foi um dos tópicos discutido durante a reunião semanal de alto nível hoje entre o governo de Timor-Leste, a ONU, a ISF, os Presidentes da República e do Parlamento Nacional. O Primeiro-Ministro Ramos-Horta disse que se processa ainda a discussão sobre a assistêmcia das F-FDTL
durante as eleições presidenciais dado que a UNPOL e mais de 700 oficiais da PNTL já estão no activo. (RTTL)

Lei Eleitoral revista

Os Artigos 1, 2 e 3 da lei eleitoral nº. 7/2006 em relação à contagem dos votos, registo de votos e verificação dos votos foi revista hoje no Parlamento e aprovada com 61 votos a favor. Foi a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) que solicitou a revisão. (RTTL e STL)

Diocese de Baucau celebra o 10º aniversário

A diocese de Baucau celebrou o seu 10º aniversário hoje com uma missa atendida pelo bispo da diocese de Dili, bispo Ricardo, Primeiro-Ministro
Ramos-Horta, alguns membros do Corpo Diplomático e pessoas de distritos diferentes. Depois da missa, o Primeiro-Ministro Ramos-Horta, o bispo da diocese de Baucau Basilio do Nascimento e o bispo da diocese de Dili plantaram uma árvore como símbolo da paz. Foi levada terra de vários distritos por representantes da comunidade especificamente para plantar a árvore. (RTTL)

Ramos-Horta rejeita acusações

O candidato presidencial, Ramos-Horta rejeitou a acusação de outra candidata, Lucia Lobato (PSD) de que já tinha começado a sua campanha acrescentando que a população sabe que a campanha presidencial só começa a 23 de Março, por isso não há razão para fazer campanha agora. (RTTL)

Jovens apoiam Amaral

A organização da juventude da Associação Social Democrata Timorense (ASDT) apelou a todos os jovens para apoiarem o candidato presidencial Francisco Xavier do Amaral dado que ele pode ajudar a resolver a situação do país se se tornar presidente. (RTTL)

Relatório sobre corrupção nalguns ministérios do governo

O Provedor de Direitos Humanos e Justiça já tem pronto um relatório para apresentar a alguns ministérios do governo incluindo o ministério dos recursos naturais e o ministério das finanças. O relatório será apresentado aos respectivos ministérios para mais acções.
José Teixeira, Ministro dos Recursos Naturais e Energia, saudou o relatório dizendo que o seu ministério cooperará com o gabinete do Provedor, estudará o relatório com cuidado e tomará as medidas apropriadas. (RTTL)

Protecção do Ambiente

Uma ONG nacional, Fundasaun Haburas, juntamente com jovens de Lecidere, Bidau e o Departamento das Florestas plantaram cerca de 100 árvores ao longo da frente do oceano como modo de educar a juventude e proteger o ambiente. (RTTL)

A Fretilin lança centro de informação

O Comité Central da Fretilin lançou hoje o centro de informação do partido em Comoro, Dili. O centro estabeleceu também o website do partido que está em três línguas,; Tétum, Português e Inglês. (RTTL)

***

Timor-Leste pede à RI para abrir a fronteira

Kupang, East Nusa Tenggara, March 22 (Antara): O governo de Timor-Leste pediu à Indonésia para abrir a fronteira entre os dois países, que foi fechada no princípio do mês passado, diz um diplomata Timorense.

O cônsul Timorense em Kupang, Caetano de Sousa Guterres, disse que o seu governo tinha pedido oficialmente ao governo Indonésio para abrir a fronteira desde 1 de Março. "Mas, a Indonésia considera que o desassossego em Timor-Leste pode afectar a estabilidade nas áreas da fronteira," disse na Quinta-feira Caetano citado pela agência de notícias Antara.

A Indonésia fechou a fronteira entre a Indonésia e Timor-Leste desde 26 de Fevereiro, depois do roubo de armas por amotinados liderados pelo major Alfredo Reinado.

Um grande número de tropas Indonésias foram colocadas nas áreas da fronteira para prevenir qualquer intrusão por amotinados Timorenses no território Indonésio.

Caetano disse que o seu governo pode compreender que a Indonésia não abra a fronteira. Ele, contudo acredita que a segurança há-de recuperar em breve depois das eleições presidenciais no próximo mês de Abril.

***

Ramos-Horta prepara-se para eleições
AFP – Março 21, 2007 12:00

De correspondentes em Dili

O Primeiro-Ministro Timorense José Ramos-Horta tirará duas semanas de licença para fazer a sua campanha para as eleições presidenciais. “Tirarei duas semanas a começar em 23 de Março,” disse hoje o Sr Ramos-Horta depois de se encontrar com o Presidente Xanana Gusmão, que não se recandidatará em 9 de Abril.

O Sr Ramos-Horta, visto como o favorito para ganhar, disse que o seu vice Estanislau da Silva “governará e ocupará o meu cargo como ministro da defesa”.

A eleição presidencial será a primeira desde que a antiga colónia Portuguesa alcançou a independência em 2002 depois de 24 anos de governação Indonésia. Mas há receios que o desassossego possa prejudicar a votação numa das mais pobres nações do mundo.

Novo embaixador de Timopr-Leste em Portugal


Manuel Soares Abrantes (ex-Vice-Ministro da Justiça), entregou as suas cartas credenciais ao Presidente português, Aníbal Cavaco Silva.


Timor-Leste: Regresso à normalidade é prioridade, diz novo embaixador em Lisboa

Lisboa, 21 Mar (Lusa) - O novo embaixador de Timor-Leste em Lisboa afirmou hoje que uma das prioridades das suas novas funções é garantir a continuação do apoio de Portugal, de forma a permitir o regresso à normalidade no país.

Numa entrevista à Agência Lusa, Manuel Soares Abrantes, que entregou de manhã as suas cartas credenciais ao Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, escusou-se, contudo, a tecer quaisquer comentários sobre o actual momento político e militar que se vive no seu país.

"Um dos primeiros passos a dar em Lisboa é garantir a continuação do apoio de Portugal à estabilidade em Timor-Leste, nomeadamente na ajuda e no reforço da componente da segurança e uma melhor interacção" com as autoridades locais, afirmou o diplomata timorense.

A esse nível, Soares Abrantes destacou o papel "desde sempre importantíssimo" que Portugal tem desempenhado em Timor-Leste e elogiou o "empenhamento e profissionalismo" demonstrado pelos elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR), considerando-o "um exemplo".

"(Os 140 elementos da GNR) constituem um exemplo de profissionalismo, que pode e deve servir de padrão a toda a comunidade internacional", afirmou o diplomata timorense, lembrando que, em breve, Portugal vai enviar para Díli mais dois batalhões, que juntarão cerca de 60 a 80 novos elementos.

Natural de Díli, onde nasceu a 07 de Dezembro de 1958, Soares Abrantes escusou-se, porém, a pronunciar-se sobre questões políticas e militares em Timor-Leste, alegando tratarem-se de assuntos que não são da sua responsabilidade.

No entanto, e questionado pela Lusa sobre se o antigo chefe da Polícia Militar timorense, major Alfredo Reinado, actualmente em fuga, pode prejudicar de alguma forma o processo eleitoral que se avizinha em Timor-Leste (presidenciais a 09 de Abril e legislativas talvez em Junho), Soares Abrantes respondeu que cabe ao Estado timorense "criar condições para cumprir a agenda política já determinada".

"Há um plano que foi estabelecido. Há oito candidatos (às presidenciais) e agora cabe ao governo, ao Estado, executar e cumprir a agenda política já determinada", afirmou o diplomata timorense, que substitui no cargo, desde hoje, Pascoela Barreto, que irá representar Timor-Leste na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O segundo embaixador da história de Timor-Leste em Portugal sublinhou que as prioridades dos quatro anos do seu mandato passam sobretudo pela execução de cinco outras "premissas fundamentais", com destaque para a promoção, no seu país, da Língua Portuguesa.

"O meu país necessita de uma maior difusão e de uma consolidação da Língua Portuguesa, factor que é transversal a todos os sectores da sociedade, sobretudo nos domínios da Educação", sublinhou o embaixador timorense, que foi vice-ministro da Justiça no primeiro governo constitucional de Timor-Leste (2002/06).

Além do reforço da cooperação na Educação, Soares Abrantes tem também instruções para promover mais e melhores acções na área da Justiça, destacando que Portugal, "mais uma vez", tem estado na primeira linha e que, por via disso, já foi possível ao país, em quatro anos, a formação de inúmeros quadros.

"Já temos 22 magistrados, nove juízes, sete procuradores e um número apreciável de advogados, que, graças a Portugal e ao PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) vão assegurar o futuro do país", sustentou.

No quadro da cooperação empresarial, Soares Abrantes disse estar instruído para promover o investimento junto do empresariado português em Timor-Leste, utilizando também as inúmeras associações e organizações não governamentais e católicas.

"Será bom para Timor-Leste porque vai ajudar também a combater a pobreza e o nosso governo está empenhado nisso mesmo, em erradicar a pobreza no país", acrescentou.

Além de Soares Abrantes, entregaram hoje as cartas credenciais a Cavaco Silva os novos embaixadores Omer Kaya Turkmen (Turquia), com residência em Lisboa, e os não residentes Soutsakhone Pathmmavong (Laos), Federico Edjo Ovono (Guiné Equatorial), Dato Subramaniam (Malásia), Hassan Kibelloh (Tanzânia) e Mohamed Jaham Al-Kuwari (Qatar).

JSD-Lusa/Fim

Timor-Leste: Embaixador luso considera existir segurança e rejeita alarmismos

Díli, 22 Mar (Lusa) - O embaixador de Portugal em Timor-Leste disse hoje à agência Lusa que estão criadas as condições de segurança para a realização das eleições presidenciais e rejeita o alarmismo que foi provocado pelos recentes distúrbios em Díli. "Não há razões para alarmismo, nem se calhar haveria tantas razões para alarmismo na situação que se viveu há umas semanas.

Era uma situação perigosa, houve tentativas de impedir o acesso a determinadas ruas", admitiu o embaixador João Ramos Pinto. "Houve uma certa tensão mas também foi uma situação que as forças das Nações Unidas rapidamente dominaram, controlaram e no dia seguinte foi rapidamente resolvida", acrescentou.

A estrutura das Nações Unidas em Timor-Leste e as forças internacionais concentradas, sobretudo, na cidade de Díli são para o diplomata português garantia de segurança para que se possam realizar as eleições, marcadas para 09 de Abril próximo. "Acredito que, com as estruturas existentes, com o apoio na área da segurança quer por uma missão bastante musculada das Nações Unidas, na área policial, quer pela presença de tropas internacionais, da Austrália e da Nova Zelândia, e também pelas próprias Forças Armadas timorenses, que já estão a retomar as suas funções no sentido de assegurar a segurança em alguns ministérios, creio que há condições objectivas para manter uma condição segura para a realização de eleições", afirmou.

Apesar do major Alfredo Reinado, militar que se evadiu de uma cadeia da capital em 2006 e que se encontra na posse de armas ilegais na região de Same, o embaixador de Portugal em Díli vê o assunto como um caso de Justiça que não perturba o processo eleitoral. "É uma questão de segurança interna, uma questão de Justiça. Não tenho visto que haja relação directa com a segurança em termos de eleições, até este momento", sublinhou, defendendo que uma das situações mais preocupantes está relacionada com os deslocados.

"Uma das preocupações em termos de eleições é a situação dos deslocados. Não vão votar nas condições ideais, não estão na sua própria casa.

Há uma parte da população que se encontra em campos de deslocados. Essas situações estão todas previstas, mas são condições difíceis, que vão ser resolvidas, mas que não deixam de ser difíceis para os próprios", sustentou. Sobre a campanha para as presidenciais, que começa sexta-feira em vários pontos do país, Ramos Pinto adiantou que, politicamente, o processo eleitoral é irreversível. "Para haver eleições é preciso haver duas coisas e uma delas é a vontade política para as realizar, e eu não tenho dúvidas de que existe. Todos os partidos querem que as eleições se realizem e estão empenhados nisso", afirmou.

"Por outro lado, é necessário haver segurança. Eu acho que apesar das crises e das situações menos seguras que se têm vivido, até este momento, nunca vi nenhuma situação que impedisse a realização de eleições", acrescentou.

Em Timor-Leste vivem 500 portugueses, 120 dos quais são professores.

PSP-Lusa/Fim

Blog Lu-Olo Ba Presidente

22 Março 2007

Consolidação da FRETILIN em Laga - Baucau

A FRETILIN realizou hoje a Consolidação do Partido em Laga (Distrito de Baucau), com a participação de mais de 6 (seis) mil pessoas.

Laga, local onde Ramos-Horta anunciou a sua candidatura a Presidente da República na presença de não mais de 300 (trezentas) pessoas, demonstrou estar pronta para continuar a trabalhar com a FRETILIN.

No encontro, o Secretário-Geral do Partido, Dr Mari Alkatiri, disse que “o CNRT de agora é o filho da crise para perpetuar a crise”.

Alkatiri disse também que alguns dos candidatos a Presidente da República, por aquilo que prometem, não conhecem a Constituição de Timor-Leste nem quais são as suas competências.

“Se forem eleitos irão interferir nas competências do governo, gerando novos conflitos”, disse Alkatiri.

O Presidente do Partido, Francisco Guterres “Lu Olo”, tal como em Los Palos, falou sobre a necessidade de por fim a crise.

Presidente Lu Olo insistiu na necessidade de repor a autoridade de Estado, e que tal só será possível com a vitória da FRETILIN nas duas eleições (presidencial e legislativa) com maioria qualificada de votos.

Blog João Carrascalão Para Presidente

Quinta-feira, 22 de Março de 2007

Contagem decrescente

Depois de amanhã, vamos para o terreno. Ermera é o ponto de partida. Será a primeiro dos 13 distritos. Finalizaremos a campanha no dia 4, em Díli, devido à Semana Santa.

Itinerário Da Campanha

23-3-2007 ERMERA

Saída de Díli às 7h e comício às 10 horas. Depois do comício regresso a Díli.

24-3-2007 LOSPALOS

Saída de Díli às 7h e campanha às 14h. Depois da campanha regresso e pernoita em Baucau.

25-3-2007 VIQUEQUE

Saída de Baucau às 7h. e comício às 10h. Depois do comício retorno e pernoita em Baucau.

26-3-2007 BAUCAU

Campanha às 10h e partida para Manatuto

26-3-2007 MANATUTO

Comício às 14h; regresso novamente à Díli. Se houver oportunidade a comitiva pode ir até a Lacló.

27-3-2007 AILEU

Saída de Díli às 7horas. Campanha às 10 horas; partida para Same com pequena paragem em Maubisse. Pernoita em Same.

28-3-2007 SAME

Campanha às 9h30m; partida rumo a Ainaro.

28-3-2007 AINARO

Campanha às 14h30m; partida para Suai e pernoita aí.

29-3-2007 SUAI

Campanha às 10 horas; partida para Liquiçá e pernoita na Fazenda Algarve.

30-3-2007 LIQUIÇÁ

Comício às 10 horas; partida de seguida rumo a Maliana e pernoita aí.

31-3-2007 MALIANA

Campanha às 10 horas e regresso de seguida à Díli.

1-4-2007 Descanso (Domingo de Ramos); Programa religioso

2 a 3-4-2007 Oé-Cussi

Campanha ainda com hora indeterminada *

4-4-2007 Díli

10H00 – Debate na RTTL entre os oito candidatos

Comício às 14h no Campo da Democracia.

5 e 6-4-2007 Descanso (Semana Santa)

7 e 8-4-2007 Período de pausa e reflexão (Sábado Santo e Domingo da Ressurreição).

* Sujeito a mudança. Se a ONU facilitar o transporte aéreo, o dia livre será aproveitado para acções de campanha na cidade.

Candidatos presidenciais pedem mudanças na lei eleitoral do Timor-Leste

Agência EFE – 21 de Março de 2007, 10:36

Díli - Cinco dos oito candidatos oficiais às eleições presidenciais do Timor-Leste, convocadas para 9 de abril, entre eles o primeiro-ministro e prêmio Nobel da Paz José Ramos-Horta, pediram hoje mudanças na lei eleitoral para tornar a votação mais imparcial.

"Pedimos ao presidente da República, Xanana Gusmão, e ao presidente do Tribunal Supremo do Timor-Leste que intervenham no projeto de lei aprovado ontem, principalmente no que concerne aos candidatos à Presidência, se não, boicotaremos as eleições", disse Avelino Coelho em entrevista coletiva em Díli.

Além de Coelho estiveram presentes Ramos-Horta, Francisco Xavier do Amaral, Fernando "Lasama" de Araújo e Lúcia Lobato.

"Rejeitamos a revisão do artigo número 38 da lei aprovada pelo Parlamento na terça-feira e que estipula que os candidatos podem incluir sua bandeira e insígnia na cédula de voto", disse Coelho.

O presidente do Parlamento, Francisco Guterres, disse à agência Efe que pensa em utilizar os símbolos de seu partido, a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), pelo qual concorre à chefia do Estado. "Não sou um candidato independente, represento a Fretilin, por isso usarei os símbolos e a bandeira do meu partido", afirmou Guterres.

A Fretilin é a formação política com o maior número de filiados do Timor Leste e a que conquistou mais cadeiras parlamentares nas eleições do 2002.

A campanha eleitoral às presidenciais começa na sexta-feira.

Ramos-Horta prepares for election

AFP – March 21, 2007 12:00

From correspondents in Dili

East Timorese Prime Minister Jose Ramos-Horta will take two weeks' leave from his job to campaign for the presidential election. “I will take two weeks off from my work starting March 23,” Mr Ramos-Horta said today after meeting with President Xanana Gusmao, who will not be standing for re-election in the April 9 poll.

Mr Ramos-Horta, seen as the favourite to win, said his deputy Estanislau da Silva would “govern and fill in my position as minister of defence”.

The presidential poll will be the first since the former Portuguese colony achieved independence in 2002 after 24 years of Indonesian rule. But there are fears that unrest could mar the vote in one of the world's poorest nations.

Timor-Leste: "Não volto para Díli enquanto estiver perseguido" - Leandro Isaac

Díli, 21 Mar (Lusa) - Leandro Isaac, deputado independente, presente em Same quando do cerco ao major Alfredo Reinado, disse hoje à Lusa que continua "no interior", não regressando enquanto continuar a ser perseguido pelos militares australianos, das Forças de Estabilização Internacionais.

"Continuo no interior a fugir dos australianos que me querem prender. Fazem buscas nos mercados de Same e perguntam pelo meu nome.

Não volto para Díli enquanto estiver a ser perseguido", disse Leandro Isaac durante um breve contacto telefónico com a agência Lusa em Timor.

O deputado independente, encontrava-se em Same no sul do país, a 26 de Fevereiro, dia em que as tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais cercaram o major Alfredo Reinado, militar fugido à Justiça e que se evadiu de uma prisão de Díli em 2006.

Leandro Isaac, durante o contacto telefónico, disse que não se encontra na companhia do major Alfredo Reinado.

"Ele está noutro sítio, longe de mim", afirmou.

O presidente da Assembleia Nacional, Francisco Guterres "Lu Olo", disse à Lusa que Leandro Isaac vai ter de enfrentar a Justiça e que a imunidade parlamentar não o protege neste caso.

"Devo dizer que os deputados têm as suas próprias competências, têm as suas funções. Têm imunidade, mas a imunidade é aqui no Parlamento Nacional. Ele aliou-se ao grupo de Alfredo Reinado e terá de, naturalmente, enfrentar a Justiça".

Francisco Guterres afastou a hipótese de criação de uma comissão parlamentar sobre o assunto apesar de condenar os actos do deputado.

"Naturalmente o parlamento não poderá admitir uma pessoa que se alia a um grupo rebelde" e acrescentou, "a situação dele está claríssima e compete agora aos órgãos judiciais investigar.

O procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, afirmou à Lusa no dia 16 de Março que até aquela data não existia qualquer mandado contra Leandro Isaac.

PSP-Lusa/Fim

East Timor asks RI to open borderline

Kupang, East Nusa Tenggara, March 22 (Antara): East Timor's government has asked Indonesia to open the borderline between the two countries, which was closed early last month, an East Timorese diplomat says.

The East Timorese Consul in Kupang, Caetano de Sousa Guterres, said that his government has officially demanded the Indonesian government to open the borderline since March 1. "But, Indonesia considers that unrest in Timor Leste may affect stability in the border areas," Caetano was quoted by Antara news agency as saying Thursday.

Indonesia closed the borderline between Indonesia and East Timor since Feb. 26, following seizures of weapons by rebels led by Maj. Alfredo Reinado.

Large number of Indonesian troops were placed in the border areas to prevent any intrusion by East Timorese rebels to Indonesian territory.

Caetano said his government could understand that Indonesia had not opened the borderline. He, however, believed that security would soon recover after the presidential election in next April.

PRIMEIRO-MINISTRO DR. RAMOS-HORTA SAÚDA O COMPACT

GABINETE DO PRIMEIRO MINISTRO

informação à comunicaçÃo social 22 March 2007

“REÚNE NUMA CAUSA COMUM OS QUE SE PREOCUPAM
COM O DESENVOLVIMENTO E O FUTURO DE TIMOR-LESTE”

O Primeiro-Ministro Dr. José Ramos-Horta saudou hoje o Compact, por ser uma plataforma de unidade entre Timor-Leste e a comunidade internacional.

“O Compact reúne numa causa comum toda a gente que se interessa pelo desenvolvimento e pelo futuro de Timor-Leste”, afirmou o Primeiro-Ministro.

“De um modo geral, está concebido para aproveitar as competências e as boas vontades de todos os que estão envolvidos a longo prazo em Timor-Leste e para garantir que os dirigentes de Timor-Leste reflectem maduramente nas razões porque a crise ocorreu”,, declarou o Dr. Ramos-Horta.

O Compact será um acordo subscrito pelas Nações Unidas, o Banco Mundial, os países doadores, as agências internacionais, a Igreja e a sociedade civil, que assenta numa abordagem unificada dos problemas comuns, para deixarmos para traz o passado e concentrarmo-nos no dia de hoje e na construção do futuro”, disse.

“Unidade é precisamente o que as pessoas querem e nos pedem. Elas têm razão. É tempo de unidade nacional não apenas nas palavras, apesar de serem importantes, mas também nos actos.”, continuou o Dr. Ramos-Horta.

“Que melhor maneira de alcançar isso do que incorporar esse modo de funcionamento nos próprios programas de desenvolvimento e de governação e gestão?”, explicou.

O Primeiro-Ministro disse que muitos dos programas dos doadores e do governo antes da crise abordavam os desafios principais da redução da pobreza e da construção institucional, pelo que são uma boa base de partida a ser desenvolvida.

Estes programas e os mecanismos desenvolvidos para os aplicar podem ser mantidos.

“No entanto, o Compact nasceu porque ser necessária uma reflexão que tire lições do que funcionou e do que não funcionou e avalie novas prioridades que surgiram da crise, incorporando isso numa plataforma comum para a recuperação”, disse o Dr. Ramos-Horta.

O Primeiro-Ministro disse que está muito ciente do facto de que construir uma sociedade democrática estável requer um esforço concertado para responder às causas profundas do recente tumulto.

O Dr. Ramos-Horta considera que todos os estudos apontam para a importância de aspectos como a redução da pobreza, a melhoria da alimentação e a segurança de rendimentos, a criação de empregos e o reforço das capacidades institucionais do país, incluindo especialmente as forças nacionais de segurança, o sistema judicial e a resolução de conflitos em torno da terra e da propriedade, lado a lado com a manutenção da ênfase na melhoria das infra-estruturas, dos serviços de saúde e educação.

A melhoria da comunicação interna nos serviços do governo e da comunicação entre estes, na sociedade, entre os doadores e a sociedade civil são vistos como essenciais, sendo muito deficientes, tal como é a capacidade para usar as verbas orçamentadas, um factor crítico na insuficiência de serviços acessíveis aos cidadãos, especialmente fora de Díli.

O antigo Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, num relatório dirigido ao Conselho de Segurança, referiu que um Compact (acordo) entre todos os intervenientes – incluindo o governo, a Missão das Nações Unidas, e os protagonistas da cooperação bi-lateral e multi-lateral – era a plataforma adequada a uma transição orientada e um quadro de actuação para a recuperação.

“Concordo com este ponto de vista e promovi a ideia e o processo no sentido de tornar o Compact realidade”, disse o Primeiro-Ministro.

“Seguidamente, deleguei os procedimentos necessários no Vice Primeiro-Ministro Estanislau da Silva e agradeço-lhe por todo o esforço que dedicou ao assunto”, afirmou.

“O Compact tem avançado bem”, continuou o Dr. Ramos-Horta.

A comissão do Compact teve a sua primeira reunião para consultas a 6 de Fevereiro, tendo sido então enunciadas as prioridades do Governo, como “as prioridade das prioridades”, a concentrarem as atenções (recursos, vontade política, aplicação) ao longo dos dois anos do Compact:

-Eleições;

-Reforço do Sector Público (incluindo formação dos recursos humanos, descentralização, melhoria da execução orçamental);

-Emprego dos jovens e formação vocacional;

-Reforço do sistema de Justiça;

-Reinserção social (incluindo habitação e abrigo, assistência humanitária, aceitação mútua, recuperação de traumas sociais e apoio a grupos vulneráveis.

“As prioridades acordadas até este momento são as que a comunidade manifestou com clareza, que o governo e todos os doadores e apoiantes devem responder”, declarou o Primeiro-Ministro.

“Antes de chegar a um acordo final , será necessária uma nova consulta à sociedade civil e à Igreja”, afirmou.

Temos de assegurar que as suas necessidades estarão plenamente reflectidas na aplicação do Compact”, explicou o Dr. Ramos-Horta.

“Para desenvolver com êxito e aplicar os programas nestas cinco “prioridades das prioridades”, para garantir que a sociedade tem serviços, tem acesso à informação, tem uma palavra acerca da forma como é governada, independentemente do Governo no poder, é necessário um quadro de referência de unidade nacional”, considerou o chefe do Governo.

“Esta é a grande lição a retirar da crise e uma lição que todos temos de ter presente nas próximas eleições”, concluiu. – Fim.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.