quinta-feira, março 29, 2007

Se for eleito no Timor-Leste, Ramos Horta diz que governará para os pobres

EFE - 29 de Março de 2007- 09:17
Florentino Goulart

Díli - O primeiro-ministro do Timor-Leste e principal candidato nas eleições presidenciais do país, marcadas para 9 de abril, José Ramos Horta, afirma que, se vencer o pleito, será "os olhos, ouvidos e boca dos pobres para falar ao Governo".

"Aceitei concorrer com muitas reservas. Após 30 anos de trabalho ininterrupto pelo país, com vários desafios, preferiria sair da política. Mas, devido à crise e às dificuldades enfrentadas pela nação, não acho que seria justo", disse Ramos Horta em entrevista à Efe, em Díli.

O vencedor de um Nobel da Paz, que após lutar durante 24 anos no exílio contra a ocupação indonésia retornou ao Timor Leste em 1999 para se transformar em ministro de Exteriores do primeiro Governo de transição.

Em julho do ano passado, Ramos Horta foi nomeado primeiro-ministro, depois da onda de violência que deixou o país à beira da guerra civil e acabou com o Governo de Mari Alkatiri.
"Acho que a crise que vivemos é o resultado da frustração de toda a sociedade timorense e, especialmente, dos jovens de 15 a 30 anos, que não vêem perspectivas em suas vidas, que não têm carreiras, nem trabalhos nem dinheiro", disse Ramos Horta.

Reconheceu que os motivos que levaram à onda de violência de há um ano - a divisão étnica entre os lorosae (oriundos do leste) e os loromonu (do oeste), assim como dentro das Forças Armadas - não foram superadas, por isso acredita que apenas uma mudança de Governo poderá fechar as feridas.

Por isso, confia na vitória do atual presidente, o carismático Xanana Gusmão - que comandou de dentro do país a resistência à ocupação -, nas eleições gerais que serão realizadas meses depois das presidenciais com o novo partido que será formado.

"Há poucas pessoas no país que tenham tanta confiança da nação.
Uma delas é Xanana (...). E não há ninguém no país, nem mesmo eu, que conheça tão bem o povo como ele", afirmou.

Ramos Horta não acredita que o major Alfredo Reinado, que liderou a rebelião militar depois da demissão de 600 soldados no ano passado, e que continua nas montanhas, possa influenciar nas eleições presidenciais.

"Muitas coisas negativas podem ser ditas sobre ele, mas acho que ele tem senso de responsabilidade e não acredito que queira desestabilizar o país", afirmou.

"Reinado pede justiça, e está muito indignado com a distribuição de armas entre os civis feita por certos membros do Governo (de Alkatiri), e só quer que a verdade seja dita nos tribunais", disse Ramos Horta.

Ramos Horta lembrou que o então ministro do Interior, Rogelio Lobato, já foi condenado a sete anos e meio de prisão por homicídio e por fornecer armas a grupos civis durante os distúrbios que mataram 37 pessoas e deixaram 100 mil deslocados.

Concorrendo como independente às eleições, Ramos Horta considera pouco realista achar que as tropas estrangeiras - na maioria australianas - que chegaram ao país no ano passado para conter a violência possam ir embora em breve.

"Devemos ser realistas e prudentes. Eu diria que precisamos que as forças militares internacionais e da ONU permaneçam pelo menos mais cinco anos para nos ajudar a reconstruir nossas instituições", afirmou.

"Não devemos nos apressar, nem ser ultranacionalistas e acreditar que a ONU e os países aliados estão aqui para nos colonizar. Estão aqui para nos ajudar, e devemos trabalhar com eles e mantê-los aqui por quanto tempo pudermos", insistiu.

Disse que, se for eleito presidente, prestará atenção especial a dois grupos especialmente vulneráveis: "as crianças de Díli que vão atrás das tropas da ONU pedindo dinheiro, e os idosos, que não têm condições de comprar comida e remédios".

Notícias - 27 de Março de 2007

(Tradução da Margarida)

The Yomiuri Shimbun – Março 27, 2007

Monitores eleitorais vão ser enviados para Timor-Leste

O governo decidiu despachar uma equipa de monitorização para as eleições presidenciais em Timor-Leste agendadas para 9 de Abril. A questão será finalizada numa reunião do Gabinete hoje.


A decisão é uma resposta a um pedido da ONU. Será desenvolvida de acordo com a Lei das Actividades de Cooperação de Manutenção da Paz da ONU.

A equipa de monitorização é composta por mais de uma dúzia de funcionários do Quartel-Geral da Cooperação Internacional para a Paz do Escritório do Gabinete e do Ministério dos Estrangeiros. Assumindo a possibilidade de a eleição levar a um seguimento, a equipa estará activa até Julho.

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The Jakarta Post (web site) - Terça-feira, Março 27, 2007

Habibie testemunha acerca da violência pós-votação em Timor-Leste

Jacarta: O antigo Presidente B.J. Habibie na Terça-feira testemunhou sobre a violência em Timor-Leste depois da maioria dos Timorenses terem votado pela independência da Indonésia em 1999.


O Presidente da Comissão da Verdade e Amizade (KKP) Benyamin Mangkoedilaga disse que Habibie respondeu a todas as cinco perguntas durante o interrogatório feito por membros da Comissão no edifício do Centro Habibie.

"O Sr. Habibie cooperou. Respondeu a todas as perguntas sem tentar tapar certas coisas," disse Benyamin conforme foi relatado pela rádio de notícias Elshinta depois do interrogatório.

Contudo, recusou-se a entrar em detalhes, dizendo que daria uma conferência de imprensa acerca do interrogatório mais tarde.

A comissão foi estabelecida por ambos, Indonésia e Timor-Leste para ouvir testemunhos de algumas figuras como o antigo ministro dos estrangeiros Ali Alatas e o bispo Timorense Carlos Filipe Ximenes Belo.

Timor-Leste votou preponderantemente para acabar um quase quarto de século de governação Indonésia num referendo público há oito anos que desencadeou uma explosão de mortes, pilhagens e fogos-postos.

Só uma pessoa foi punida pela violência que deixou mais de 1,000 mortos, e líderes políticos de ambas as nações parecem relutantes em pressionar para mais julgamentos. A ONU disse que podia considerar a montagem de um tribunal internacional se não fosse feita justiça.

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Catholic Telecommunications - 27 Mar 2007

Milícias Indonésias arrasaram igrejas, lembra o bispo de Timor

Testemunhando na Comissão Indonésia-Timor-Leste da Verdade, o antigo bispo de Dili Carlos Belo disse que as forças Indonésias e as milícias suas aliadas tinham arrasado sistematicamente o complexo da diocese bem como outras igrejas, matando vários clérigos e um número desconhecido de outros.

A Deutsche Presse Argentur relata que o bispo Belo, que liderou a Arquidiocese de Dili durante a fúria de 1999, foi a testemunha estrela quando a Comissão da Verdade Indonésia-Timor-Leste recomeçou as audições públicas na capital Indonésia Jacarta.

Falando em Português, a língua oficial do agora independente Timor-Leste, o bispo Belo lembrou calmamente como milícias Timorenses treinadas pelas forças militares praticaram sistematicamente a destruição e as mortes em Dili e em dois distritos.

A carnificina, na qual pelo menos 1,500 foram mortos, começou imediatamente depois dos eleitores em Timor-Leste, uma antiga colónia Portuguesa invadida pela Indonésia em 1975, ter votado predominantemente pela independência num referendo conduzido pela ONU em 30 de Agosto de 1999.

O bispo Belo disse que em 4 de Setembro, "as milícias e os militares Indonésios já tinham atacado a diocese", quando padres lá dentro abrigavam refugiados civis. "Não sabemos quantas pessoas eles mataram."

O bispo disse no interrogatório feito pela comissão de 10 membros que ocorreram grandes violações de direitos humanas, mas pediu aos países para "esquecerem o passado e olharem para o futuro".

"Se olharmos para o passado, abriremos velhas feridas e recuamos no ódio," disse o bispo Belo, um Timorense que vive agora no estrangeiro, no seu testemunho.

A comissão quer estabelecer a verdade por detrás da violência e clarificar a história dos dois países, bem como investigar as acções dos militares Indonésios quando se retiraram do território e as dos grupos de milícias locais.

Os cinco membros Indonésios da comissão passaram a sessão da manhã de Segunda-feira a questionar a exactidão do testemunho do bispo Belo. Perguntaram se a ONU tinha "feito batota" na condução da votação, se a igreja católica si tinha posto ao lado dos movimentos pró-independência e se a violência foi unicamente praticada por Timorense zangados com o resultado do referendo.

Um membro da comissão perguntou se o bispo Belo podia ter começado o fogo na sua própria casa - quando estava lá dentro - quando foi cercado por bruta-montes das milícias que mais tarde a arrasaram até aos alicerces.

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Xinhua - Março 27, 2007 - 07:50

Gusmão torna-se presidente do Congresso da Reconstrução Nacional de Timor-Leste

O Presidente de Timor-Leste Kay Rala Xanana Gusmão concordou em tornar-se o presidente do Congresso da Reconstrução Nacional de Timor-Leste, depois de membros do novo partido político lhe terem entregue uma petição na Segunda-feira, de acordo com relatos dos media.

A cerimónia teve lugar na residência presidencial em Dili, capital de Timor-Leste, com mais de 200 representantes de todos os 13 distritos do país, do partido acabado de nascer.

Gusmão disse que esperava que os partidos e os políticos de Timor-Leste ganhassem apoio e confiança do povo para reconstruirem melhor o país.

Apesar de o partido não ter sido ainda registado formalmente no departamento judiciário, recolheu 6,250 assinaturas de apoiantes.

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The Age (Melbourne) - Tuesday, March 27, 2007
Por: Lindsay Murdoch, Darwin

Reinado envia conselho eleitoral do seu esconderijo de Timor-Leste

O líder amotinado foragido Alfredo Reinado humilhou outra vez as tropas Australianas que o perseguem nas montanhas de Timor-Leste, emitindo desta vez uma carta onde diz aos seus apoiantes como devem votar nas eleições presidenciais.


Na carta, Reinado pede aos apoiantes para não votarem no Primeiro-Ministro José Ramos Horta, dizendo que o seu governo tinha falhado desde que ele assumiu a responsabilidade no meio da explosão violenta de Junho passado.

Reinado, o antigo responsável da polícia militar de Timor-Leste que está a ser procurado desde um assalto frustado à sua base por soldados Australianos em 4 de Março, disse ainda aos seus apoiantes para não apoiarem o antigo combatente da resistência Francisco Guterres, o candidato do partido no poder, a Fretilin. Disse que o Sr Guterres tinha falhado como presidente do Parlamento de Timor-Leste.

As tropas Australianas têm sido incapazes de encontrar o foragido amotinado nas montanhas do centro do país, apesar do facto de se ter encontrado com vários grupos dos media, incluindo uma equipa do programa da ABC, Correspondente Estrangeiro.

Funcionários da ONU avisaram que Reinado, um herói de culto para muitos Timorenses, representa uma séria ameaça para as eleições presidenciais marcadas para 9 de Abril. Mas na carta dada a um jornalista do jornal Timor Post no último fim-de-semana, o Reinado de 39 anos de idade disse que não tinha nenhuma intenção de perturbar as eleições.

Há oito candidatos nomeados para substituírem o Presidente Xanana Gusmão, que planeia ser nomeado para o cargo mais poderoso de primeiro-ministro nas eleições gerais em meados do ano.

Reinado disse que aguarda lidar com o novo presidente.

No mês passado o Sr Gusmão ordenou que Reinado fosse procurado depois de ele e de um grupo pesadamente armado terem assaltado um posto da polícia da fronteira e roubado armas de alta potência.

Reinado, que disparou os primeiros tiros na violência que levou a crise a Timor-Leste, tem andado foragido desde que liderou uma fuga da prisão principal de Dili em Agosto passado. É procurado por acusações de homicídio e de rebelião.

As eleições serão as primeiras desde que Timor-Leste alcançou a independência em 2002. O Sr Ramos Horta, o candidato de perfil mais alto, prometeu liberalizar leis de investimento, reforçar os laços com a Austrália e a Indonésia e melhorar as vidas das pessoas mais empobrecidas do país.

Railos, mais um bandido à solta

Railos, o autor material de vários crimes de homicídio, dos quais Rogério Lobato, ex-Ministro do Interior, já foi condenado, por lhe ter facultado as armas, continua à solta, sem acusação formada e aparece como grande apoiante da candidatura de Ramos-Horta e do CNRT de Xanana Gusmão.

Mais do mesmo...


Volta rapidamente Alkatiri, estás perdoado.

UNMIT - security situation

This is a broadcast of the UN Police in Timor-Leste to provide you with information about the security situation around the country.

Thursday, March 29, 2007

The situation in Dili has been calm over the past 24 hours.

Today UNPOL attended nine incidents. The only significant disturbance was a rock fight between a group of young men and students at the Junior High School in Fatumeta. UNPOL dispersed the crowd and there were no serious injuries. By 4pm today, UNPOL had conducted a total of 37 patrols.

In the districts, an assault case has been reported at a village in Bobonaro. An elderly man and a five-year-old girl were injured in a knife attack when a gang of five men entered their home. Both victims have been sent to Maliana hospital.

In Viqueque, supporters of Presidential candidate Ramos-Horta were stoned in the village of Biatsu. In a subsequent scuffle between supporters and villagers, one of the supporters was injured and has been taken to Viqueque hospital.

Back in Dili, the UNPOL Vulnerable Persons Unit is planning a meeting with the Prosecutor to discuss legal frameworks around domestic violence, child victims, and the right to make a complaint. Clarification of the age of consent and sexual crimes against minors will also be sought.

The Police advise that you should avoid traveling during the night to the most affected areas. Contact the police if you see anything suspicious or any kind of problems, and avoid remaining near any disturbances. Call 112 or 7230365 to contact the police 24 hours a day, seven days a week.

This has been a daily broadcast of the UN Police in Timor-Leste, for the people of Timor-Leste

UNMIT – MEDIA MONITORING - Thursday, 29 March 2007

National Media Reports

Presidential Candidates Start Insulting each other

Silveiro Pinto, the Assistant to the Director of Provedor Direitos Humanos said that some presidential candidates tended to insult others when giving out their programs, as reported by PDHJ.
He also said that insulting may not educate the voters but showing their incapability.
“We already met the president of CNE to explain the issue’,” Pinto said. (TP)

Government Transferring US$ 20,000 to Candidates

The Interim Prime Minister, Estanislao da Silva, during the Press Conference at his office (Wednesday28/3) in Fomento, stated that the government has transferred US$ 20,000.00 to each candidate by bank transfer. He also stated that other funds have been allocated to CNE to pay its officers.

He added that the assistance provided by UNDP is US $80 million and had been transferred. In addition, the plan of government is that CNE will get 15 cars to facilitate its activities during the election period. (TP)

Xanana is Ready to Be the Prime Minister

The Former Commander of Falintil and recent president of Timor-Leste, Kayrala Xanana Gusmão told Journalists on Wednesday (28/3) at Xanana Reading Room in Lecidere that he is ready to run for Prime Minister if CNRT are victorious in the legislative election. (DN)

Thomas Cabral: STAE remain impartial

Answering the statement of Father Martinho, the Spokesperson of CNE about the STAE’s impartiality, Thomas Cabral, the Director of STAE, reportedly said on Wednesday (28/2) that STAE remains impartial and transparent. (DN)

Ballots papers will be Printed in Dili

The Director and Secretary of STAE, Thomas Cabral, at the STAE office on Wednesday (28/03) reportedly said that the ballot papers will be printed in Dili and the ISF will provide major security for this.
(DN)

Avelino in Vemasse: “Not Using Violence to Solve Problems”

The presidential candidate, Avelino Coelho from PST faced provocation from unidentified groups on his fifth day campaign in the Sub-district Vemasse, Baucau on Wednesday (28/03).

In answering the provocation, Avelino said that people have the right to hear the other presidential candidates’ programs because people want to exert their fundamental right to elect a good president to serve and rule this country. (DN)

Tilman in Ermera: “I will reconstruct the PNTL and the F-FDTL”

The presidential candidate of KOTA, Manuel Tilman at his sixth campaign in Gleno, Ermera District on Wednesday (28/03) said that if he is elected he will rebuild the PNTL and F-FDTL institutions professionally to deal with any kind of violence in the country. (DN)

Horta in Viqueque: “I will pay attention to the Veterans”

The presidential candidate Jose Ramos Horta at his sixth campaign in Viqueque District on Wednesday 28/03 presented one of his programmes, namely that he will pay attention to all veterans who resisted for 24 years during the occupation period. (DN)

CNE Approved symbols used on the ballots papers

At the Press Conference held at the CNE office in Quintal Boot, Dili (Wednesday 28/3) the Spokesperson of CNE, Father Martinho Gusmão, reportedly said that currently CNE has approved the symbols being used on the ballot papers of presidential candidates. (DN)

Joaquim: “CNE is competent to deal with the electoral process”

In answering to the statement of the spokesperson of CNE, Father Martinho Gusmão, who said that CNE is not competent to talk with the Government about financial aid, the NP member of Committee A, Joaquim dos Santos, at National Parliament on Wednesday (28/03) stated that CNE has the right and is fully competent to do everything necessary for the success of the election as stated in their job description, including coordinating financial issues with the existed government. (DN)

One Week into the Presidential Campaign, the Situation in the Capital remains Calm

The presidential candidates’ campaigns have been going for one week in Dili and across the districts and sub-districts. The situation in the capital remains calm, and no significant conflicts or incidents have taken place. (DN)

Former Bishop Belo calls for Reconciliation in Timor Leste

The Former Bishop Belo on the Truth and Friendships Commission between Republic Indonesia (RI) and Timor Leste in Jakarta on Monday 26/03 called for reconciliation in Timor Leste to create peace in the country.

“As a Timorese I say that reconciliation is best and very important for Timor Leste and it must start from within Timor Leste itself.” (STL)

Railos: even if Rogerio were imprisoned for 50 years, the crisis would not be resolved

Even if the Ex Minister of Interior Rogerio Tiago Lobato were sentenced to 50 years prison, the crisis would not be resolved, Vicente da Conceicao Alias Railos told journalists when attending the National Conference of CNRT at Xanana Reading Room Lecidere on Wednesday 28/03.

Railos added that the best alternative is to make Maputo’s Group disappear (Alkatiri’s group in Fretilin) by gaining victory in this election. (STL)

Government Allocated URP at Dili Port Security Station

The Ministry of Interior, Alcino Barris said that starting from yesterday the Unidade Reserva Polisia (URP) had been deployed to at Dili Port Security station to guarantee the security of all businessmen’s goods.

“Actually we are ordered here by the Ministry of the Interior. We call for all businessmen exporters and importers for not to doubt the security because we will guarantee security,” said the Commander of URP Andre Martins at Dili port on Wednesday (28/03).

He added that they also will coordinate with UNPOL if any disturbances occur outside of Dili Port and that people who want to enter Dili port will have to bring complete documentation. (STL)






















TVTL News
28 March, 2007

Election Campaign


Xavier do Amaral did not campaign in Viqueque as scheduled due to distance and time. He was represented by Maria Valadares. Many people did not participate in the political gathering due to threats and intimidation. Amaral will campaign in Lautem on Thursday.

There were some provocations during candidate Avelino Coelho campaign in Vemasse, Baucau district. Coelho told participants in his gathering that violence would not help and those people creating confusion should present the reason for their problems and try working it out adding the citizens had the right to listen to all the candidates before exercising their rights

TVTL repeated Lucia Lobato, Joao Carrascalão and Lu-Olo campaign which were broadcasted on Wednesday evening edition.

Ramos-Horta said he was saddened with the incident in Lospalos between Fretilin and Fretilin Mudansa and appealed for national unity. He said the attack on Fretilin Mudansa is being investigated by UNPOL adding he is sad that Fretilin is divided and welcomes everybody that supports him.

Manuel Tilman campaign in Betano/Same by pledging to use the revenues of Timor Sea to provide assistance to the elders noting that the country is rich but the people are not benefiting from it. One of the population present as Tilman to assist the agriculturist and help their children education. His next campaign is in the west.

Xavier Amaral in Manufahi focuses on Dom Boaventura as the national symbol and said he is ready to continue the efforts of Dom Boaventura. Amaral and sympathizers traveled around the city and stopped at the local market place for the gathering. Many national and international observers are following the campaign.

Fernando Araújo Lasama told those present in Aileu during his campaign that his aim is to focus on humanity laws, love and mutual respect and Timor-Leste culture. His convoy traveled around the center of Aileu. Lasama said if he becomes the president he would push the government to authorize the catholic or protest church to be in charge of the primary school as they are the ones prepared.

On his 5th day campaign in Baucau, Avelino Coelho told TVTL that the medals awards to former combatants of the resistance is worthless as they continue to live in poor condition and without financial assistant and continue to be unemployed and there are no benefits for their children as well. He says if he wins the election he will create a pension system for the former combatants.

President Gusmão Participation in the Congress
President Gusmão participated about one hour in CNRT congress on Wednesday and express his willingness to be part of the new political party put their trust on him in order to give hope to the people. Gusmão said he is sad for not being able to bring national unity during his mandate as president of the country.

Subsidies for Candidates
Interim Prime Minister Estanislau da Silva, said US$7500 has been transferred from Banking Payments Authority (BPA) to the presidential candidates. Da Silva further said another US$12,000 will be transferred for them and the State is also providing vehicles to CNE during the election.

Government and UNICEF Signs Agreement
The Government and UNICEF signed an agreement in establishing ‘Centro Escola Amigas’/ Friendly School Centre with the aim to train teachers and have a center where the teachers can access information and take part in other programs as well.

CNE Approves Ballot Symbols
Speaking during a press conference, CNE spokesperson, Fr. Martinho Gusmão said following extensive discussion a decision was reached on the ballot symbols and that the candidates are free to choose their symbols. Presidential candidates chosen their own symbols are Francisco Guterres Lu-Olo and Manuel Tilman would use their political party symbol, Ramos-Horta, Francisco Xavier Amaral and Lucia Lobato would use the RDTL symbol and Fernando Araújo Lasama and Joao Carrascalão would not use any symbol.


International Media Reports

Militia Commander Says Sorry To Jakarta
March 29, 2007


The only Indonesian jailed over the violence surrounding East Timor's historic 1999 independence vote has apologized to Indonesia for the unrest that tainted its international image.

Pro-autonomy militia commander Eurico Guterres also called on the people of East Timor to unite and move past the violence of the past, in order to build a strong independent nation.
He said he hoped to one day travel to the tiny nation to personally apologize to victims' families, adding he was ready to face justice in East Timor.

"Let us leave the past behind, let's look to the future," Guterres told an East Timor-Indonesia commission into the 1999 violence.

"Leave behind all the egos, all the hatred we have accumulated over 24 years.
"I hope there will be no more deaths, no more victims, no more tears in this independence ... build on this independence so it can be a strong independence."

The East Timor-Indonesia Commission of Truth and Friendship (CTF) is holding a series of public hearings as it seeks to establish the truth behind the violence before and after the 1999 poll, in order to aid reconciliation between the two nations.

Some 1,500 people were killed and hundreds of thousands displaced when pro-Indonesia militia linked to the Indonesian army went on a killing and arson spree across the tiny nation.

In 2002 Guterres, the former head of the Aitarak militia was sentenced by a special Jakarta human rights court to 10 years' jail for his role. He began serving his sentence in May last year.

He was accused of causing dozens of deaths by allowing his militia gang to go on a rampage after the overwhelming vote in favor of independence.
Guterres on Wednesday said he did not kill anyone, but accepted responsibility for the deaths.

"I didn't kill people," he told the packed hotel conference room.

"(But) what I have been accused of, and found guilty of ... in my capacity as the vice commander, I am responsible for the actions of my men."

Outside the hearing, he told reporters he did not expect to receive amnesty for his testimony.

In an at times rambling but passionate address to the commission, Guterres described the violence that shook East Timor eight years ago as a "tragedy of humanity", and said people on both sides - pro-independence and pro-Indonesia - were killed and committed violence.
With distinctive long curly hair, and dressed in a black suit and bright red tie, Guterres also read an "open letter to the nation of Indonesia" apologizing for tarnishing its image in the international community.

"On behalf of the pro-integration (East Timorese) and their families, we extend our apologies from the deepest depths of our heart to the Indonesian nation," he said.

But he said Indonesia was not without blame for the carnage, saying the governments of Indonesia and Portugal, as well as the United Nations, was at fault for handing East Timor the divisive vote without first ensuring the environment was secure.

Guterres said all three should apologize to East Timor "for the neglect of the situation and their irresponsibility".

He was also scathing in his criticism of the CTF as a body to seek the truth, saying it should be expanded to investigate the litany of violent episodes in East Timor outside 1999.

"If the CTF ... only limits itself, the truth, reconciliation and friendship - we will never find it."
© 2007


Reinado Hunt to Continue As East Timor Election Looms
Wednesday, March 29, 2007 (AEST)

Australia's military commander in East Timor, Mal Rerden, says the hunt for fugitive rebel leader Alfredo Reinado has not been put on hold in the lead-up to the country's elections.
Official campaigning has started ahead of presidential elections on April 9.

Brigadier Rerden says security forces are not sure where Major Reinado is, but they are committed to ensuring the elections run smoothly.

"It's important for the security of the elections that there isn't seen to be any armed group who can interfere with the elections, so we'll continue with our operations to locate him and apprehend him," he said.

"I think he's got a very good opportunity to resolve this situation by giving himself up to the authorities."



Timor's Gusmao confirms he'll run for PM
Wednesday, 29 March 2007

East Timor's outgoing president, Xanana Gusmao, on Wednesday confirmed he will stand in elections for the next prime minister later this year, in an attempt to take power from the troubled nation's dominant political party.

Gusmao will lead a new party, the Congress for the National Reconstruction of East Timor, during the parliamentary elections scheduled to take place before September 15.

"I am ready for the post of the prime minister if people choose my party," Xanana told reporters in the capital.

© 2007


Xanana Launches Political Party in Bid To Become Prime Minister
March 29, 2007

DILI (AP): East Timor's outgoing president, Xanana Gusmao, said Wednesday he will contest elections later this year that could see him installed as prime minister, in an attempt to take power from the troubled nation's dominant political party.

Xanana said he would lead a new party, the Congress for the National Reconstruction of East Timor, in parliamentary elections scheduled to take place before Sept. 15.

"I am ready for the post of the prime minister if people choose my party," he told reporters in the capital. "I will make changes in the government and bring new hope to the people of East Timor."

Xanana, who led East Timor's resistance movement against Indonesian rule, remains widely popular.

His party would run against the dominant left-wing Fretilin party of former Prime Minister Mari Alkatiri, who resigned last year amid a wave of violence that left at least 37 people dead and drove 155,000 others from their homes.

Xanana's major political ally, Nobel Peace Prize winner Jose Ramos-Horta, was installed as prime minister when Alkatiri stepped down in June. He will run for president in elections on April 9 and is seen as the favourite.

East Timor won independence from Indonesia in 1999 following a UN ballot. The vote triggered violence by Indonesian troops and pro-Jakarta militias that only ended with the arrival of foreign peacekeepers. Despite abundant offshore gas reserves, it remains the poorest country in Asia. (**)







Eurico Gutteres Pessimistic KKP To Unveil Truth
March 29, 2007

JAKARTA (JP): Former East Timor militia leader Eurico Gutteres has expressed his pessimism that the Commission on Truth and Friendship (KKP) would be able to unveil truth about the post-referendum in East Timor

Eurico gave his testimony before members of Commission's members about the violence in East Timor or Timor Leste after majority of its citizens voted for separating from Indonesia in 1999 referendum.

Eurico, who was jailed for the incident, said KKP would not be able to take fair conclusion from testimonies because each of parties had their own version about the incident, Metro TV television reported.

KKP had questioned many other figures from both countries including former President B.J. Habibie, former foreign minister Ali Alatas, and East Timorese Bishop Carlos Filipe Ximenes Belo.

The commission was established by both Indonesia and East Timor, which voted overwhelmingly to end nearly a quarter century of Indonesian rule in a public referendum eight years ago. It triggered a burst of killing, looting and burning.

Only one person has been punished for the violence. Political leaders in both nations appear reluctant to press for more trials. The United Nations has said it would consider setting up an international tribunal if justice was not done. (**)

Recenseamento aplaudido, preocupação com quadro legislativo

Notícias Lusófonas
29.03.2007

A campanha para as presidenciais em Timor-Leste está a decorrer sem incidentes graves, tendo o recenseamento decorrido "muito bem", mas persistem preocupações no quadro legislativo, que garanta um escrutínio credível, afirmaram hoje responsáveis da missão internacional no país.

Finn Reske-Nielsen, vice-representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, declarou que o recenseamento eleitoral "superou as expectativas", com o registo de meio milhão de eleitores, embora o número final oficial de votantes das presidenciais de 09 de Abril próximo ainda não tenha sido divulgado.

Finn Reske-Nielsen e o chefe da missão internacional (UNMIT), Atul Khare, referiram que o processo eleitoral não está posto em causa por questões logísticas, de segurança ou legislativas.

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), com o apoio da UNMIT, identificou e avaliou 504 mesas de voto nos 13 distritos e concluiu que 71 seriam de acesso muito difícil e 34 não podem ser atingidas por terra.

Nos próximos dez dias, a UNMIT apoiará a entrega de material eleitoral nos distritos, incluindo as áreas menos acessíveis, com quatro helicópteros, estafetas e cavalos.

As eleições serão acompanhadas por mais de mil observadores timorenses e por cerca de 100 internacionais, cuja formação é assegurada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O PNUD apoia também os oito candidatos à Presidência através do Centro de Recursos de Candidatura, não através de apoio financeiro, "mas com a distribuição de material de campanha no valor de 10 mil dólares (cerca de 7.700 euros)", anunciou Finn Reske-Nielsen.

Atul Khare afirmou que o apoio financeiro do governo a cada candidato, 7.500 dólares (5.780 euros), "vai ser pago a partir de hoje", segundo informação prestada quarta-feira ao chefe da UNMIT pelo primeiro-ministro em exercício, Estanislau da Silva.

Do lado do quadro legislativo e regulamentar surgem razões de preocupação, que levaram Atul Khare a escrever ao Presidente da República, ao presidente do Parlamento e ao primeiro-ministro.

"Encorajámos o governo a seguir recomendações da equipa de certificação para assegurar eleições credíveis. Foram introduzidas algumas alterações mas muito mais precisa ser feito", explicou Atul Khare.

O quinto relatório da equipa de certificação eleitoral da ONU, divulgado esta semana, reitera a existência de falhas no corpo legislativo, "que podem comprometer a qualidade do processo eleitoral" se não forem colmatadas.

A Comissão Nacional de Eleições, diz o relatório, "ainda não foi capaz de desempenhar em tempo útil a sua função crítica e essencial de elaborar o quadro legal das eleições", constatou o grupo de certificação.

Um dos exemplos é a regulamentação sobre votação e contagem que, a 16 deste mês, ainda não tinha sido publicada, "53 dias depois da data em que legalmente deveriam ter sido feitos, e apenas a 24 dias das eleições".

Nos quatro relatórios anteriores, a equipa de certificação insistiu em insuficiências de mecanismos de transparência e controlo no corpo da legislação eleitoral. O quinto relatório alerta para a permanência da maior parte dessas insuficiências.

"Nada foi feito" em relação a quatro das 13 recomendações do anterior relatório, nota o documento. Três das medidas adoptadas para responder a essas recomendações não terão o resultado pretendido.

Quatro das recomendações tiveram como resposta medidas que "talvez sejam suficientes" para suprir as falhas e apenas uma recomendação do quarto relatório foi claramente resolvida com nova legislação ou regulamentação, nota o documento.

Referindo-se às limitações apontadas no relatório, Finn Reske-Nielsen declarou, na conferência de imprensa semanal da UNMIT, que uma das alterações aprovadas pelo Parlamento "toma em conta a contagem de votos na mesa de voto".

"Preparámos mais um pacote que está a ser considerado pelo governo, mas temos de ser realistas" em relação à possibilidade da sua aprovação em tempo útil porque, disse Finn Reske-Nielsen, "todos estão muito ocupados" na montagem do processo eleitoral.

Finn Reske-Nielsen adiantou que, dada a proximidade das eleições, "o STAE e a CNE poderão aprovar regulamentos em vez de leis", cuja aprovação seria mais morosa.

Os responsáveis da UNMIT notaram "o reforço do secretariado da CNE na última semana".

Finn Reske-Nielsen afirmou que a segurança em Díli é uma preocupação, mas mostrou-se confiante em que a melhoria registada nas últimas três semanas continue.

Dos leitores

Comentário sobre a sua postagem "Assessment of E Timor's upcoming elections":

Sr Loro Horta... recordo-me de um outro artigo seu escrito no ano passado, onde atacava Alkatiri e a FRETILIN... porque a mudanca agora? mas pelos vistos nao acredita que Alkatiri voltara a ser primeiro-ministro... meu caro... melhor preparar-se, porque senao tera a surpresa de seus sonhos nao serem realizados.

..e pelo o que me dizem, nao esteve em TImor-Leste desde que a crise comecou, mas mesmo assim ainda tem a ousadia de escrever sobre ela?Realmente, o fruto nunca cai longe da arvore...

sugestao: va a timor-leste, abra os olhos, fale com os timorenses, e aprenda sobre a realidade...

Incompetência ou de propósito?!

O "Auto de Notícia" que a PNTL e a UNPOL deveriam ter realizado sobre os assaltos de Alfredo Reinado em Fevereiro, aos postos fronteiriços de onde roubou mais de 20 armas automáticas, ainda não.. existe.

Nem a UNPOL, nem a PNTL fizeram o tal "auto de notícia" sobre este crime. Por isso, Reinado continua impune e sem acusação sobre mais um dos seus crimes...

Esquecimento?...

Assessment of E Timor's upcoming elections

RSIS. Copyright (c) 2007 S Rajaratnam School of International Studies, Nanyang Technological University

After months of speculation and postponement, the Timorese government and the United Nations had finally agreed upon a date for the hosting of the country's first elections since independence 5 years ago. From RSIS.

By Loro Horta for RSIS (29/03/07)

Many hope that the ballot may finally put an end to the ongoing political crisis that has rocked the nation to its foundations. Because the upcoming elections may prove decisive for the future stability of Timor Leste, they are therefore relevant for the overall security interests of neighbouring countries.

The elections are likely to center on a contest between two major political forces, both in turn being supported by a vast array of small social and civic organizations. On one side of the spectrum will be the current President Xanana Gusmao making a bid for the post of Prime Minister and his ally, Ramos Horta, the current PM, aiming for the post of President. Their most serious opponent will most certainly be former Prime Minister Mari Alkatiri and Fretilin.

To run for PM, Gusmao has recently formed his own political party, the CNRT. His party is likely to form a coalition with various minor parties, such as the Democratic Party (PD) and the Social Democratic Party (PSD). Gusmao can also most likely count on the support of the influential Catholic Church and its powerful bishops. The power of the Church is overwhelming.

Its priests and nuns are present in every aspect of native life down to the smallest social issues. Another source of immense power available to the Church are its various charities and schools, allowing it significant levers for social mobilization.

While Gusmao may face the greatest challenge to his hope of becoming PM, Horta too will have his challengers. Francisco Guterres (Loholo), Fretilin's president, will be challenging Ramos Horta for the presidency. While a relatively obscure figure, he is known for his modesty and dedication to the party. Like Alkatiri he has as his main weapon Fretilin's well disciplined machinery.

The other side

At first glance it may seem that the elections are a foregone conclusion - that the nation's most influential leaders such as Gusmao and Horta and its most powerful social organizations like the Catholic Church have joined forces to deal with the "communist devil" Alkatiri once and for all.

However, Alkatiri seems unimpressed by the powerful coalition amassed against him. In early February, in his typical confrontational style, Alkatiri announced that he was running for prime minister and was going to once and for all show who the people of Timor supported. He vowed to defeat his opponents resoundingly and to put an end to "hypocrisy."

While it seems unlikely that Alkatiri will be able to defeat the powerful coalition arrayed against him, we should expect him to do much better than from someone as isolated as him. A combination of factors, some residing in the man's personal qualities, and others the result of chance and circumstance, may just see him survive again.

As a person Alkatiri is far from being your likeable character, always with a serious expression and a rather offensive sense of humor. However, he is still in control of Fretilin, the country's only real political party. Regardless of the controversy surrounding his re-election last year with 98 percent of the vote at the party's last congress, Alkatiri still remains Fretilin's secretary general. Due to its role in the struggle for independence, the party still retains a considerable following. In 2005 the party won 31 out of the 32 areas contested in regional elections.

Owing to its 24-year struggle as a guerrilla force against Indonesian occupation, Fretilin has developed a party structure unmatched by any other force in the country. The party apparatus runs all the way to the village level with political cadres present even at the smallest villages. Only the Catholic Church comes close to such an organization. Fretilin's years of struggle and hardship have given its members a strong and tenacious sense of belonging and loyalty. Like other leftwing former guerrilla movements, Fretilin is a far more disciplined and organized force than any of the other parties. Its machinery can become a powerful asset in the hands of a skilful, albeit not very popular leader.

Alkatiri is known for his remarkable organizational qualities and discipline. Long working hours are one of his trade marks. While East Timor's incompetent opposition leaders spent their time in Dili's cafes, Alkatiri has moved on the offensive. At the end of February, well before the elections, Alkatiri has toured nearly all of the country's 13 districts galvanizing the masses and mobilizing party members.

Alkatiri has in his hands a powerful weapon forged during 24 years of war at the cost of 200,000 lives. Gusmao and Horta, on the other hand, will be supported by an array of small and incompetent parties that are likely to ride on the charisma of the two leaders. However, both men have no choice but to enlist their support and hope that the parties just stick to the formality.

A new factor that may improve Alkatiri's chances is the regional issue of the east-west divide that emerged with a vengeance after the military crisis of April 2006. Fretilin has traditionally had a strong following in the eastern side of the island where most of the fighting for independence took place. After the military crisis many in the east felt that President Gusmao was sympathetic to the mainly western rebel soldiers. This perception may have a negative effect on Gusmao's election, by leading certain sections of easterners to vote for Fretilin out of retaliation for Gusmao's perceived bias.

Alkatiri is also likely to get some support from the most radical and nationalist Timorese by portraying himself as a patriot fighting for the interests of the people against Australia and its local puppets. Indeed, in recent times Alkatiri has adopted an increasing nationalistic rhetoric, claiming that he was toppled in a conspiracy orchestrated by foreign and domestic actors. Considering the significant levels of anti Australian sentiment among many Timorese, such tactics should not be discounted.

The power and reputation of Fretilin and Alkatiri's energetic leadership are such a powerful combination that many opposition parties and pseudo political groups have been formenting violence in an attempt to postpone the elections. Reinaldo's attacks on police stations and the subsequent riots triggered in Dili by the Australian operation to capture him may be part of such attempts.

Conclusion

While it's very unlikely that Alkatiri will be back as prime minister of tiny troubled Timor –Leste, it is also quite improbable that he will go out without a fuss. Many are furious at what they perceived to be his irresponsible and selfish act of contesting the election. His candidature may turn the election into chaos and violence all because of his ego, some cry. But, in the end, in a true democracy, Alkatiri has all the right to run for office. Gusmao and Horta better get ready for a fight, for they have a serious opponent to confront.

Channel 9 crew helped UN influence E Timor vote, hearing told

ABC - Thursday, March 29, 2007. 7:46am (AEST)
By Geoff Thompson

The former head of Indonesian military intelligence has cited an Australian 60 Minutes television crew as an example of the United Nations trying to influence the outcome of East Timor's independence referendum in 1999.

Major General Zacky Anwar Makarim is a former member of Kopassus and chief of Indonesian military intelligence.

Speaking at a hearing of the Commission of Truth and Friendship in Jakarta, he named a Channel Nine 60 Minutes crew led by the late Richard Carleton in a list of examples of alleged United Nations' bias towards a pro-independence outcome in the 1999 referendum.

He accused the crew of joining Australian election observers in the town of Liquica and actively guiding voters to choose independence.

Major General Zacky said UN officers let the activity continue until it was stopped by what he called "protesting locals", a reference to local militias.

E Timor militia leader ready to apologise

ABC - Wednesday, March 28, 2007. 11:00pm (AEST)
By Geoff Thompson

The jailed East Timorese militia commander, Eurico Guterres, says he is prepared to apologise for the violence of 1999, if East Timor guarantees it will accept his apology.

Guterres is currently serving a 10-year sentence for human rights abuses.

Supporters applauded often as Eurico Guterres spoke rapidly, passionately and continuously before another sitting of East Timor and Indonesia's Commission of Truth and Friendship (CTF).

The CTF was warned by the former Aitarak militia commander to prepare for failure because he says human rights abuses in East Timor date back much further than 1999.

Eurico Guterres was embraced by the commission's chairman as he offered an open letter to Indonesia in which he apologised for tarnishing the nation's human rights image, suggesting sarcastically that perhaps he should have supported East Timor's secession and burned the Indonesian flag.

Jailed militiaman calls for closure on Timor chaos

By Telly Nathalia

Jakarta, March 28 (Reuters) - The only Indonesian jailed for involvement in the violence surrounding East Timor's 1999 freedom vote, militia leader Eurico Guterres, said on Wednesday an investigation into the events would do more harm than good.

He was speaking during a public hearing by a truth commission set up by Indonesia and East Timor to examine what happened around the bloody August 1999 referendum.

The commission's second series of hearings began on Monday, with ex-Dili bishop and Nobel Peace Prize winner Carlos Belo saying Indonesian soldiers had taken part in attacks on church property and clergymen before and after the vote.

In testimony on Tuesday, B.J. Habibie, who as Indonesia's president at the time gave the green light for an independence referendum in mainly Catholic East Timor, blamed the United Nations for helping to stir violence.

The U.N. estimates that about 1,000 East Timorese died during the post-vote mayhem, which was blamed largely on pro-Jakarta militias backed by elements of the Indonesian army.

Guterres, who led the notorious Aitarak militia gang that wreaked havoc in the East Timor capital Dili, told the commission it would fail, especially when it was looking at just one specific period.

"The commission will only prolong, sharpen and add to the pain, hatred and hostility among the East Timorese people," said Guterres, an East Timor native who chose Indonesian citizenship after the referendum and who was later convicted of leading gangs responsible for violence and death.

"I believe we no longer need to dig up the past misery suffered by the East Timorese people that has been buried by time. We will never find truth by blaming others and searching for the mistakes of others, especially when we limit ourselves to a certain period," said the bearded, long-haired Guterres.

He wore a red tie and white shirt, Indonesia's national colours, but despite that display of patriotism, he put some of the blame for the 1999 chaos on the Indonesian government.
Guterres said blame must also be shared by the United Nations and by Portugal, which ruled East Timor as a colony for centuries before abruptly pulling out in 1975 amid revolution at home.

Critics said Portugal had done little beforehand to build the territory's infrastructure and administration, leaving behind a power vacuum that invited trouble.

Indonesia annexed East Timor later that year and made it a province, maintaining a huge and sometimes harsh military presence and fighting rebels for more than two decades.

The United Nations, Indonesia and Portugal all bore responsibility for the violence, Guterres said, "because they did not ensure the referendum was conducted in a normal and conducive situation".

East Timorese voted overwhelmingly to split from Indonesian rule but some pro-Jakarta voters say the referendum was rigged by the U.N., despite the presence of numerous independent observers who concluded the ballot was largely fair.

East Timor became fully independent in May 2002 after a U.N. transitional administration.
Guterres began serving a 10-year sentence at a Jakarta jail in May 2006 following a lengthy judicial process.

Some of the 17 other defendants over the 1999 events received jail sentences at certain court stages, but all were eventually acquitted by the appellate court or Indonesia's Supreme Court.
Critics of the truth commission say it is toothless because it lacks the power to punish those found responsible for abuses.

Gusmão Pede Votos Para Seu Novo Partido No Timor Leste

EFE - 28/03/2007 - 05h15m

Díli - O presidente do Timor Leste, Xanana Gusmão, que está prestes a chegar ao fim do seu mandato, anunciou hoje sua intenção de chefiar o Governo após as eleições legislativas.

"Estou preparado para assumir o posto de primeiro-ministro se o povo eleger o meu partido", afirmou Gusmão em Díli, após participar do primeiro congresso do CNRT (Conselho Nacional de Reconstrução do Timor), que ele acaba de fundar.

No dia 9 de Abril serão realizadas as eleições presidenciais. Depois será eleito um novo Parlamento bicameral.

Gusmão é a figura política mais respeitada pelos timorenses, por causa dos seus sofrimentos durante a resistência contra a ocupação da Indonésia (1975-1999). Ele admitiu que como chefe de Estado não soube manter a união nacional.

"Estou feliz como presidente, mas também me sinto descontente e triste porque não consegui proteger nossa união nacional. A união nacional foi rompida pela crise nas Forças Armadas", disse.

A onda de violência que sacudiu o país no ano passado, e cujas sequelas ainda preocupam a população, começou com a expulsão de 599 militares que pediam melhoras trabalhistas.

"Qualquer que fosse o programa que eu sugerisse ao Governo, era sempre rejeitado", lembrou Gusmão, numa crítica clara ao Governo do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri e da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin).

O Fretilin venceu as eleições legislativas anteriores, com 57,3% dos votos válidos.

"Se o CNRT ganhar, levarei novas esperanças ao povo do Timor Leste", prometeu Gusmão.

Indonésia reabre fronteira com o Timor-Leste após um mês

EFE – 29 de Março de 2007

Díli - A Indonésia reabriu hoje a fronteira com o Timor-Leste, a pedido do Governo timorense, considerando que o ex-comandante rebelde Alfredo Reinado deixou de constituir uma ameaça à segurança nacional e para facilitar a movimentação antes das eleições presidenciais de 9 de Abril.

"O presidente timorense, Xanana Gusmão, disse que o ex-comandante Alfredo Reinado é um problema interno e em consequência a fronteira deveria ser reaberta para o bem dos dois povos", explicou aos jornalistas em Díli o embaixador da Indonésia, Sofwan.

O diplomata lembrou que a fronteira foi fechada em 26 de Fevereiro a pedido do Timor-Leste, depois de o major rebelde e seus homens assaltarem dois postos fronteiriços e roubarem as armas dos agentes.

Em entrevista coletiva em Díli, o chefe da Força de Estabilização Internacional (ISF, sigla em inglês), o general-de-brigada Malcolm Rerden, confirmou a posição de que "Reinado não representa mais uma ameaça significativa".

"Ele ficou reduzido a pequenos grupos com muito pouca mobilidade e apoio. A ISF, com o Governo do Timor-Leste e a ONU, pede a Reinado que se entregue e permita que o povo timorense solucione suas diferenças de maneira democrática e pacífica", disse.

O general australiano afirmou que, além da busca dos rebeldes, seus homens efetuam "operações de segurança em todos os distritos, em coordenação com o Governo e a UNMIT, para garantir um ambiente seguro durante a realização das eleições".

O Conselho de Segurança das Nações Unidas criou a Missão Integrada no Timor-Leste (UNMIT, sigla em inglês) em Agosto de 2006, para ajudar aos timorenses a restabelecer a ordem. São 1.608 policiais e 34 militares.

Reinado foi um dos 599 militares expulsos do Exército no ano passado por exigir melhores condições trabalhistas.

Blog Lu-Olo ba Presidente – 28 de Março de 2007

Ontem, 27 de Marco de 2007, realizou-se uma conferência de imprensa no Centro de Informação da FRETILIN para Campanha de 2007, em Comoro, onde esteve como porta-voz o Presidente do Partido e Candidato a Presidente da Republica, Francisco Guterres Lu Olo.

Lu Olo, que havia regressado da Campanha em Liquiça, juntamente com a sua comitiva, abordou os seguintes assuntos:

1. A sua campanha tem sido um sucesso. Em Ossu - Viqueque (sua terra natal) estiveram presentes mais de 10,000 pessoas, em Laclubar-Manatuto mais de 2,000 pessoas, em Gleno - Ermera mais de 6,000 e em Liquiça mais de 3000.

Nesses locais, Lu Olo diz ter sentido o amor do Povo em relação a ele como líder da FRETILIN, e também a confiança do Povo para que ele se torne Presidente da RDTL. "É uma grande honra para mim. Eu estou pronto a servir o meu povo" disse Lu Olo.


2. Em relação à decisão do Tribunal de Recursos, sobre a legalidade da utilização da bandeira, Lu Olo disse que a FRETILIN aceita a decisão do Tribunal com muita alegria.

O Tribunal de Recurso deu o seu parecer que a utilização da bandeira dos Partidos no boletim de voto não viola a constituição da RDTL.

Lu Olo disse que a decisão é acertada, porque Lu Olo participa nas eleições como candidato do partido FRETILIN.

"Alguns dizem que a FRETILIN ira perder as eleições porque não tem apoio nas bases, mas, estas mesmas pessoas têm medo que o candidato da FRETILIN use a bandeira no boletim de voto", comentou o Presidente da FRETILIN.

3. Lu Olo falou também sobre os comentários que a CNE tem feito em relação a FRETILIN.

Padre Martinho Gusmão, como porta-voz da CNE, fez comentários contra o Secretário-geral da FRETILIN, Dr. Mari Alkatiri, querendo dar uma lição ao partido sobre como a mobilização de eleitores deve ser feita.

Lu Olo afirmou que o Secretário-geral da FRETILIN nunca insultou ninguém nem nenhum partido, em nenhum lugar. Lu Olo questionou sobre o facto do Padre Martinho Gusmão ter feito os comentários mesmo antes de alguma queixa ter sido apresentada. "Tal comportamento não é apropriado para um membro e porta-voz da CNE", disse Lu Olo.

Lu Olo acrescentou que tal tipo de comentários politizam a CNE, o que não é positivo para o processo eleitoral que está em andamento neste momento. A CNE deve medir a sua competência, de acordo com a lei eleitoral número 5/2006.

Lu Olo disse também que o Padre Martinho Gusmão deve somente ajudar a CNE a exercer as suas funções, observar o processo eleitoral e ajudar os problemas que apareçam, e não lançar a confusão e comentários sem fundamento.

"Se o Sr Padre quer fazer comentários políticos, então será melhor que deixe a CNE para outras pessoas, que sejam independentes, façam o serviço." disse Lu Olo.

Lu Olo pediu ao Padre Martinho Gusmão para que não perca tempo a dar lições ao Partido FRETILIN, porque a FRETILIN já sabe o seu dever e cumpre com todas as leis de Timor-Leste.

4. O último ponto foi a utilização de símbolos nacionais no boletim de voto

Lu Olo disse ter recebido informações do Director Nacional da Campanha da FRETILIN, Sr José Reis, que alguns candidatos querem usar a bandeira da RDTL como seus símbolos no boletim de voto.

"Rejeitamos completamente a proposta de utilização da bandeira da RDTL", afirmou.

Lu Olo explicou que tal rejeição deve-se aos factos de que:

- a bandeira ser um símbolo do Estado de Timor-Leste, e não de cada candidato.

- os candidato apresentaram-se como independentes ou como candidatos dos seus partidos.

- o Artigo 14 do Regulamento para Campanha Eleitoral (STAE/III/2007) diz que os partidos políticos e as coligações não podem usar símbolos ou nomes de instituições de estado nas suas actividades, materiais de campanha e propagandas eleitorais.

- a politização da bandeira nacional e um grande erro.

- a tentativa de usarem a bandeira nacional só demonstra que os proponentes só causam confusões e não ajudam o povo a votar com consciência.

Na conferência de imprensa, estiveram também presentes, o Secretário-geral da FRETILIN, Dr Mari Alkatiri, os Secretário-geral Adjuntos, José Reis e José Manuel Fernandes, membros do Comité Central da FRETILIN, militantes e simpatizantes do partido, e jornalistas nacionais e estrangeiros.

Acusa ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri

Correio da Manhã, 2007-03-29 - 00:00:00

Alkatiri contra partido de Xanana

O antigo primeiro-ministro timorense Mari Alkatiri afirmou ontem que o novo partido CNRT, que será liderado pelo presidente Xanana Gusmão, “não passa de um ninho de mentirosos”.


“Temos de estar atentos porque o CNRT engana as pessoas”, afirmou Alkatiri durante uma visita a um campo de refugiados. O ex-primeiro--ministro não esclareceu o que queria dizer, mas esta não é a primeira vez que ele critica a escolha da sigla do novo partido. Recorde-se que CNRT quer dizer Conselho Nacional da Reconstrução de Timor, mas Alkatiri alega que o nome foi propositadamente escolhido para aproveitar a sigla do antigo Conselho Nacional da Resistência Timorense, confundindo desta maneira os eleitores.

Acrescente-se que o ainda presidente Xanana Gusmão assumirá a liderança do novo partido após as presidenciais e já admitiu candidatar-se a primeiro-ministro nas próximas legislativas.

Eurico Guterres acusa Portugal por incidentes de 1999

Diário Digital / Lusa
29-03-2007 9:24:38

O ex-líder de milícias pró-indonésias Eurico Guterres responsabilizou os governos de Portugal e da Indonésia, bem como a ONU, pela violência registada em Timor-Leste em 1999, ao permitirem o referendo da independência sem garantir condições de segurança.

O único detido após um julgamento relacionado com os actos de violência que assolaram Timor-Leste antes e depois do referendo da independência, disse que Lisboa, Jacarta e as Nações Unidas deveriam, pedir desculpas àquele país «pela negligência e pela irresponsabilidade» então demonstrada.

Citado hoje pelo diário australiano Sydney Morning Herald, o líder das milícias Aitarak, principal grupo integracionista timorense, reconheceu, todavia, que Díli foi palco de uma «tragédia da humanidade» e pediu desculpa à Indonésia por «manchar internacionalmente o nome do país».

Testemunhando quarta-feira na Comissão da Verdade e Amizade (KKP), Eurico Guterres apelou também à população timorense para se reconciliar e relegar o sucedido para o passado, para que possa construir um país independente «forte».

As declarações de Eurico Guterres foram feitas durante a segunda fase das audiências da Comissão, iniciada segunda-feira em Jacarta, destinada a esclarecer a responsabilidade pelos actos de violência que antecederam e se seguiram ao referendo da independência de Timor-Leste.

Lu-Olo em Maliana

Decorreu hoje o comício do Presidente Lu-Olo em Maliana, distrito de Bobonaro, onde se encontravam presentes cerca de 8 mil pessoas.

Notícias - 26 de Março de 2007 - traduzidas pela Margarida

The Australian – Março 26, 2007

Horta: Australianos têm de ficar

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta quer que tropas Australianas fiquem no país durante cinco anos para ajudarem a garantir a estabilidade.

A fazer campanha para as eleições presidenciais, o Sr Ramos Horta pediu a presença a longo-prazo da ONU e das forças de segurança Australianas.

"Se for o presidente deste país, quero que a ONU fique cá cinco anos," disse na cidade de Ermera no Sábado. "Quero que as tropas Australianas fiquem cinco anos."

O Ministro da Defesa Brendan Nelson disse que o Governo não estabelecerá datas-limite para a retirada das forças Australianas.

OUTRAS NOTÍCIAS

Associated Press - Março 26, 2007

Vencedor do prémio Nobel testemunha sobre a violência de 1999 em Timor-Leste

Jakarta, Indonesia: O bispo Carlos Filipe Ximenes Belo, cuja resistência à governação Indonésia lhe fez ganhar um prémio Nobel, descreveu na Segunda-feira como milícias apoiadas por Jacarta queimaram igrejas e mataram padres depois do voto pela independência da sua pequena nação.

Disse à Comissão da Verdade e da Amizade, estabelecida por ambos os países para ouvir testemunhos acerca da violência de 1999, que, conquanto preferisse olhar para o futuro era importante não esquecer o passado.

"É importante reconhecer que, como seres humanos e cidadãos, falhámos em manter os direitos humanos, tolerância e solidariedade," disse Belo ao painel, que tem sido extensamente criticado por grupos de direitos de ser um instrumento para branquear o papel da Indonésia no derramamento de sangue. "Isso não significa que queiramos abrir feridas antigas e estimular o ódio," disse.

Timor-Leste votou poderosamente para pôr fim a quase um quarto de século de governação Indonésia num referendo público há oito anos que desencadeou uma explosão de mortes, pilhagens e fogos-postos por soldados Indonésios e seus aliados próximos.

Somente foi punida uma pessoa pela violência que deixou mais de 1,000 mortos, e líderes políticos em ambas as nações parecem relutantes em pressionar por mais julgamentos. A ONU disse que consideraria estabelecer um tribunal internacional se não se fizesse justiça.

Belo falou calmamente e com pouca emoção e descreveu como tropas Indonésias e as suas milícias próximas mataram padres, atacaram igrejas e destruíram documentos religiosos. Em 6 de Setembro de 1999, atiraram bombas de petróleo contra a sua própria casa, onde se abrigavam refugiados, disse.

"Havia tiros a virem de todas as direcções e depois gritaram," disse Belo ao painel, composto por cinco Indonésios e cinco Timorenses. "Vi parirem-se os vidros das janelas e cairem no chão. Vi o fogo na sala ... a porta a arder."

Disse que ele e os outros que estavam na casa escaparam pela entrada do norte. "Vi no portão da frente tropas Indonésias vestidas à civil," disse Belo, que partilha o prémio Nobel da paz de 1996 com o Primeiro-Ministro José Ramos-Horta. "Quando me viram limitaram-se a baixar os olhos."

***

Deutsche Presse-Agentur - Março 26, 2007, 6:47 GMT

Bispo de Timor-Leste descreve ataques por tropas e milícias Indonésias

Jacarta – O bispo Carlos Belo de Timor-Leste testemunhou na Segunda-feira que as forças militares Indonésias e as milícias suas próximas promoveram massacres contra membros da igreja católica e contra civis durante e depois da votação pela independência, no território, em 1999.

Belo, que liderava a Arquidiocese de Dili durante a fúria de 1999, foi a testemunha estrela quando a Comissão de Verdade e Amizade Indonésia-Timor-Leste recomeçou as audições públicas, na capital da Indonésia, Jacarta.

Falando em Português, a língua oficial do agora independente Timor-Leste, Belo lembrou calmamente como milícias Timorense treinadas pelas forças armadas e soldados Indonésios arrasaram sistematicamente o complexo da arquidiocese, outras igrejas, casas de padres, e mataram vários membros do clérigo na capital Dili e em dois distritos.

A carnificina, na qual pelo menos foram mortas 1,500 pessoas, começou imediatamente depois dos eleitores em Timor-Leste, uma antiga colónia Portuguesa invadida pela Indonésia em 1975, ter votado maciçamente pela independência num referendo conduzido pela ONU em 30 Agosto de 1999.

Belo disse que em 4 de Setembro, 'as milícias e os militares Indonésios já tinham atacado a diocese,' onde padres abrigavam refugiados civis. 'Não sabemos quantas pessoas foram mortas.'

Belo disse no questionamento pela comissão de 10 membros que ocorreram grandes violações dos direitos humanos mas pediu aos países para 'esquecerem o passado e olharem para o futuro.' 'Se olharmos para o passado, abriremos feridas antigas e recuamos para o ódio,' disse Belo, um Timorense que vive agora no estrangeiro, no seu testemunho.

A comissão tem o objective de estabelecer a verdade por detrás da violência e clarificar a história dos dois países, bem como investigar as acções dos militares Indonésios quando retiraram do país e dos grupos de milícias locais.

A comissão tem sido criticada por grupos de direitos humanos porque falta-lhe capacidade para processar membros de topo das Forças Armadas Indonésias por terem ordenado às milícias apoiadas pelos militares para massacrarem civis Timorenses e arrasarem aldeias inteiras.

Vários generais de topo das forças armadas e da polícia Indonésios foram inocentados de qualquer envolvimento na violência em julgamentos na Indonésia, e o governo de Jacarta recusou-se entregar qualquer suspeito a um tribunal dirigido pela ONU sobre Timor-Leste.

Timor-Leste tornou-se uma nação independente em 2002 depois de ter sido administrado pela ONU durante mais de dois anos, e tem agendado realizar as suas segundas eleições presidenciais em 9 de Abril.

Falta ver se a comissão descobrirá a verdade por detrás da fúria, que foi mostrada ao vivo em televisões internacionais.

Os cinco membros Indonésios da Comissão passaram a sessão da manhã de Segunda-feira a questionar a precisão do testemunho de Belo. Perguntaram se a ONU tinha 'aldrabado' na condução da votação, se a igreja católica tinha tomado o partido dos movimentos pró-independência, e se a violência tinha sido praticada somente por Timorense preocupados com o resultado do referendo.

Um membro da comissão perguntou se Belo podia ter incendiado a sua própria casa – quando estava lá dentro – quando é que foi cercada por criminosos das milícias que mais tarde a arrasaram até aos alicerces.

A Indonésia ocupou Timor-Leste durante 24 anos, e tantos quantos 200,000 civis morreram nesse período. Jacarta nega ter cometido qualquer atrocidade durante a ocupação e tem afirmado que a violência não foi organizada pelas suas forças armadas.

A primeira audição da comissão realizou-se em Bali no mês passado, durante a qual vítimas civis testemunharam ter sido atacadas por soldados da Indonésia e por milícias.

Está previsto que figures importantes compareçam perante o painel da comissão incluindo o antigo presidente Indonésio B.J Habibie, e vários militares de alto nível e oficiais da polícia que alegadamente estiveram envolvidos.

O painel de 10 membros inclui peritos legais e de direitos humanos, líderes académicos e religiosos da Indonésia e de Timor-Leste. Submeterá as suas conclusões a ambos os governos, e pode recomendar amnistias para perpetradores se se concluir que eles 'cooperaram totalmente' com a comissão.

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Radio Australia - 26/03/2007, 21:06:36

Antigo bispo de Timor-Leste acusa soldados Indonésios

A comissão que está a analisar a violência mortal em Timor-Leste em 1999 ouviu que soldados Indonésios estiveram envolvidos em muitos dos incidentes.

Carlos Belo, o antigo bispo de Dili a capital de Timor-Leste, testemunhou que milícias pró-Indonésias e soldados Indonésios, em uniforme ou à civil, foram parte de muito do desassossego.

"O estabelecimento desses grupos começou a criar um clima de intimidação e de violência em todo o território," disse, referindo-se às milícias.

Belo, que ganhou o prémio Nobel da Paz pelo seu trabalho em Timor-Leste, disse que membros das milícias e soldados atacaram uma igreja cheia de refugiados, matando cinco pelo menos em Abril de 1999 em Liquica, a oeste de Dili.

"Milícias e membros do commando military de Liquica atacaram a igreja," disse, por intermédio de um tradutor.

Belo disse que as milícias e os soldados entraram em fúria quando foram anunciados os resultados do referendo da independência em Setembro de 1999, e que a diocese de Dili foi incendiada no dia a seguir.

Cerca de 1,400 pessoas foram mortas durante a votação pela independência administrada pela ONU em 1999, depois de uma maioria de Timorenses escolher a auto –determinação depois de 24 anos de ocupação pela vizinha Indonésia.

A Comissão Indonésia-Timor-Leste pela Verdade e Amizade, que teve a sua primeira audição no mês passado, tem o objectivo de estabelecer a verdade acerca da violência.

A comissão, em Jacarta, é previsto ouvir o presidente da Indonésia na altura, B J Habibie, na Terça-feira.

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Radio Australia - 26/03/2007, 21:06:37

Presidente de Timor-Leste lidera novo partido

O Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão concordou liderar um novo partido político.


O Presidente Gusmão assumirá o cargo depois do seu mandato de primeiro presidente de Timor-Leste terminar em Maio.

Está agendado Timor ir a votos pata eleger o seu Segundo presidente em 9 de Abril.

O novo partido politico é chamado Congresso para a Reconstrução Nacional de Timor-Leste (CNRT).

Partilha a sigla com significado histórico com um dos primeiros movimentos de resistência de Timor-Leste, o Conselho Nacional da Resistência de Timor.

O Primeiro-Ministro, José Ramos Horta, afastou-se do seu cargo para lançar a sua campanha para as eleições presidenciais do país.

O Sr Ramos Horta diz que se for eleito, dará prioridade ao acesso de Timor-Leste à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

Diz que Timor-Leste merece uma parte do bloco comercial, que representa perto de $US1,000 bilião.

O Primeiro-Ministro diz que acredita que a integração na ASEAN beneficiará bastante Timor-Leste e tem esperança de alcançar isso dentro de cinco anos.

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Novo Livro: Mapa prova que os Portugueses descobriram a Austrália
Quarta-feira, Mar 21, 2007 6:25AM EDT
Por: Michael Perry

SYDNEY (Reuters) – Um mapa marítimo do século 16 (que estava) na cave duma livraria em Los Angeles prova que aventureiros Portugueses, não Ingleses ou Holandeses, foram os primeiros Europeus a descobrir a Austrália, diz um novo livro que detalha a descoberta secreta da Austrália.

O livro "Para além do Capricórnio" diz o mapa, que com exatidão marca locais geográficos ao l,ongo da costa leste da Austrália em Português, prova que o navegante Português Christopher de Mendonca liderou uma frota de quatro barcos até à Baía de Botany Bay em 1522 – quase 250 anos antes do capitão Britânico James Cook.

O autor Australiano Peter Trickett disse que quando aumentou o pequeno mapa pode reconhecer todos os cabos e baías na Baía Botany em Sydney – o local onde Cook reclamou a Austrália para a Grã-Bretanha em 1770.

"Era mesmo de tal modo exacto que descobri que conseguia desenhar nele as pistas do aeroporto moderno, fazer escala no sítio certo, sem qualquer problema," disse Trickett à Reuters na Quarta-feira.

Trickett disse que deu com uma cópia do mapa quando passeava numa livraria de Canberra à oito anos atrás.

Disse que a loja tinha uma reprodução do Atlas Vallard, uma colecção de 15 mapas desenhados à mão completadas antes de 1545 em Françae. Os mapas representavam o mundo conhecido dessa época.

Dois dos mapas chamados "Terra Java" tinham uma extraordinária semelhança com a costa leste da Austrália excepto num ponto da linha de costa que sobressaía em ângulos rectos em 1,500 km (932 milhas).

"Havia algo de familiar neles mas não estavam totalmente bem – esse era o embaraço. Como é que tinham todos esses nomes Portugueses nos locais?," disse Trickett.

Trickett acreditava que os cartógrafos que tinham desenhado os mapas Vallard tinham erradamente alinhado duas cartas Portuguesas donde estavam a copiar.

É vulgarmente aceite que os cartógrafos Franceses usaram mapas e "cartas de marinhagem" adquiridos ilegalmente de Portugal e de navios Portugueses que tinham sido capturados, disse Trickett.

"As cartas de marinhagem originais teriam sido desenhadas em pergaminho de cobertura animal, geralmente pele de carneiro ou de cabra, de tamanho limitado," explicou. "Para uma linha da costa leste da Austrália, de cerca de 3,500 kms, teriam de ter de 3 a 4 cartas."

"O cartógrafo de Vallard juntou essas cartas individuais como um puzzle. Sem claras marcações a compasso é possível juntar a carta do sul de duas maneiras diferentes. A minha teoria é que as juntaram de modo errado."

Usando um computador Trickett rodou a parte sul do mapa de Vallard 90 graus para fabricar um mapa que desenha com exactidão a costa leste.

"Fornecem uma prova impressionante que os barcos Portugueses fizeram essas audazes viagens de descoberta no início dos anos 1520s, poucos anos depois de terem passado pelo norte da Austrália para alcançar as Ilhas da Pimenta -- as Molucas. Isto foi um século antes dos Holandeses e 250 anos antes do Capitão Cook," disse.

Trickett acredita que as cartas originais foram feitas por Mendonça que partiu da base Portuguesa de Malaca com quatro barcos numa missão secreta para descobrir a “Ilha do Ouro” de Marco Polo a sul de Java.

Se Trickett estiver certo, o mapa de Mendonça mostra que ele velejou desde a Ilha de Fraser na costa nordeste da Austrália, até à Baía Botany em Sydney, para sul para a Ilha Kangaroo no sudeste da Austrália, antes de regressar a Malaca via ilha do norte da Nova Zelândia.

A descoberta de Mendonça foi mantida secreta para prevenir que outros poderes Europeus alcançassem a nova terra, disse Trickett, que acredita que a sua teoria é apoiada por descobertas de artefactos Portugueses do século 16t nas costas Australianas e da Nova Zelândia.

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ABC - Domingo, Março 25, 2007. 10:26am (AEST)

Ramos Horta pede que a ONU fique em Timor-Leste

O candidato presidencial Timorense José Ramos Horta diz que se for eleito, pedirá que a ONU fique outros cinco anos no país.


Os oito candidatos presidenciais de Timor-Leste foram para o terreno há dois dias na campanha de duas semanas e farão visitas nos distritos no exterior da capital Dili.
O Sr Ramos Horta falou para uma pequena mas adorável multidão perto de Ermera no Sábado, prometendo que vai pedir à ONU para alargar a sua estadia por outros cinco anos.
"Se for o presidente deste país, quero que a ONU fique aqui cinco anos, quero que as tropas Australianas fiquem cinco anos," disse.
"Se não consigo garantir a segurança do meu povo – o que é o mais importante para mim – mais importante do que as chamadas questões de soberania e nacionalismo para mim é que as pessoas comuns sejam capazes de dormir em paz à noite."
Mais de 3,000 polícias locais e internacionais estão a fazer segurança na campanha e na votação em 9 de Abril, apoiados por uma força militar liderada pelos Australianos.

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Special Broadcasting Service (SBS) [Australia] Março 24, 2007 - -transcrições-

José Ramos Horta faz campanha pela presidência Timorense

O candidate presidencial de Timor-Leste José Ramos Horta fez da cura nas relações danificadas com a Indonésia uma promessa eleitoral. Quer ainda melhorar a sorte do seu povo empobrecido abrindo ao investimento estrangeiro. Dos oito candidatos, José Ramos Horta é o favorito para saltar de Primeiro-Ministro a presidente da pequena república em 9 de Abril.


Num comício da campanha na capital, Dili, o apoio do Presidente Xanana Gusmão que está de saída, foi selado com um beijo da primeira dama, Kirsty Sword. Agora que a campanha oficialmente está em curso, desde ontem, ele deu a si próprio um conjunto de objectivos, incluindo a reconstrução de pontes.

JOSÉ RAMOS HORTA, candidato presidencial Timorense: Continuarei a perseguir o objectivo de curar as feridas com a nossa força da polícia, as nossas forças armadas. Sob a minha liderança fizeram-se progressos entre essas duas instituições.

Foi uma ruptura nessas relações que terminou o mandato de Mari Alkatiri como primeiro-ministro há nove meses atrás. Ele era visto como o arquitecto das lutas presentes de Timor-Leste que virou os militares contra eles próprios e contra a polícia. O desassossego subsequente levou Ramos Horta a projectar-se, relutantemente, de ministro dos estrangeiros a Primeiro-Ministro. Nunca quis o último cargo, e no mês passado tornou-se candidato presidencial sem o querer ser.

JOSÉ RAMOS HORTA: Se o país estivesse livre, pacífico, próspero, estável, nunca me candidataria. Mas como está numa situação crítica, se não concorresse, muita gente no país sentia-se traída.
Livre, sim. Pacífico, próspero e estável, não. Ramos Horta prometeu que a sua missão seria erradicar a pobreza e o sofrimento. Sucesso nas eleições do próximo mês significam para ele uma oportunidade para melhorar as falhas do passado, mesmo nas relações externas.

JOSÉ RAMOS HORTA: Continuarei a trabalhar ainda mais os nossos laços e ligações muito importantes com a Indonésia.

E com o benfeitor do seu pequeno país, a Austrália, disse – apontando que ambos os países são muito importantes para o bem-estar de Timor-Leste. Vic Caruso, World News Australia.

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AAP – Março 25, 2007

Audições à violência em Timor começa esta semana

Por: Karen Michelmore em Jacarta

O antigo presidente Indonésio BJ Habibie enfrentará questionamento numa audição pública em Jacarta, esta semana sobre a violência à volta da votação histórica para a independência de Timor-Leste em 1999.

A comissão Indonésia-Timor-Leste da Verdade e Amizade (CTF) ouvirá também o laureado do Prémio Nobel da Paz Carlos Ximenes Felipe Belo, bem como o único homem que está na prisão por causa da violência, o líder da milícia Eurico Gutterres.

Ao todo, espera-se que 17 pessoas testemunhem durante a audição de cinco dias, na segunda sessão da comissão, quando tenta estabelecer a verdade por detrás da violência numa tentativa de aumentar a reconciliação entre os dois países e ultrapassar recriminações do passado.

Cerca de 1500 pessoas foram mortas quando gangs de milícias ligados aos militares Indonésios entraram numa espiral de fogos-postos e mortes em Timor-Leste antes e depois da votação pela independência em Agosto de 1999.
A audição inaugural da audição de dois dias da comissão realizou-se em Bali no mês passado e foi descrita como um "processo de aprendizagem " pelo seu co-presidente.

O comissário da CTF Achmad Ali disse que a primeira audição foi produtiva, mas espera que a segunda “será melhor”.

Disse que o Sr Habibie será questionado na Terça-feira, enquanto que Guterres que tem uma autorização especial para sair da prisão de Cipinang, será interrogado na Quarta-feira. "Espero que possamos desenterrar toda a informação possível de todas as partes... de modo a podermos alcançar ...a verdade final e assim podermos fechar este problema e os dois países poderem avançar para o futuro com amizade."

Isto acontece quando as forças armadas Indonésias na semana passada deram o seu apoio à comissão, com quatro generais das TNI que se espera testemunhem esta semana.

"As TNI concordaram e estão abertos a apoiar medidas da CTF por que é um acordo entre os dois países para pôr termo a problemas do passado de modo a que (depois) de tudo terminar nos possamos desenvolver," disse o porta-vos do quartel-general das TNI Coronel Ahmad Yani Basuki ao site de notícias detik.com.

A comissão foi estabelecida há dois anos atrás pelos presidentes da Indonésia e de Timor-Leste para fomentar a reconciliação e a amizade.

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Comissão da Verdade Indonésia-Timor reúne na próxima semana

Jacarta, Março 24 (Reuters) – Uma comissão da verdade montada pela Indonésia e Timor-Leste fará a sua segunda audição pública na próxima semana numa tentativa para descobrir os factos que cercaram a sangrenta votação pela independência em Timor-Leste em 1999.

"Esta audição tem o primeiro objectivo de saber o que é que aconteceu exactamente ... se houve ou não houve violações de qualquer dos direitos humanos ou não," disse aos repórteres no Sábado Benjamin Mangkoedilaga, co-presidente da Comissão da Verdade e da Amizade.

"O segundo, obviamente, serão feitas perguntas sobre as razões dos incidentes que ocorreram ...e investigar quem é que deve ser responsabilizado."

É esperado que o antigo presidente B.J. Habibie testemunhe na Terça-feira mas a sessão será à porta fechada. Uma outra sessão ouvirá testemunhas de vítimas de três incidentes de violência.

A ONU estima que cerca de 1,000 Timorense foram massacrados por milícias pró-Jacarta quando a antiga colónia Portuguesa votou preponderantemente pela independência.
As milícias, apoiadas por elementos nas forças armadas Indonésias, destruíram a maioria das infra-estruturas de Timor-Leste.

Na maioria católica, Timor-Leste tornou-se completamente independente em Maio de 2002 depois de ter sido administrada pela ONU durante 2-1/2 anos que se seguiu à ocupação brutal Indonésia.

Críticos dizem que a comissão é impotente porque lhe falta o poder de punir os que descobrir serem responsáveis pelos abusos.

As segundas eleições presidenciais de Timor-Leste têm lugar em 9 de Abril para encontrar um substituto para o herói da independência Xanana Gusmão.

Oito candidatos estão na corrida num país com menos de 1 milhão que tem sido atingida por violência ocasional desde Maio depois do despedimento de 600 soldados amotinados da região do oeste.

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The Jakarta Post - Domingo, Março 25, 2007

Habibie vai à CTF em privado

M. Taufiqurrahman , The Jakarta Post, Jakarta

Apesar do compromisso de ser transparente, a Comissão conjunta Indonésia-Timor-Leste para a Verdade e Amizade (CTF) ouvirá o testemunho do antigo presidente B.J. Habibie numa sessão à porta-fechada.

O co-presidente da Comissão Benjamin Mangkoedilaga da Indonésia disse que a CTF tinha acordado ouvir o relato de Habibie sobre o referendo de 1999 numa sessão à porta-fechada, dobrando-se a um pedido do antigo presidente.

"As leis em vigor da Comissão permitem-nos ouvir testemunhos em sessões à porta-fechadas," disse Benjamin numa conferência aos media no Sábado.

A sessão para ouvir o testemunho de Habibie realiza-se no gabinete da sua instituição, o Centro Habibie, em Kemang, Jacarta do Sul, em vez de no Hotel Crowne Plaza onde se espera se façam as audições a generais reformados das forças militares e a outras figuras chave da violência em Timor-Leste.

A sessão de Habibie está agendada para Terça-feira.

A CTF conduzirá esta segunda fase de audições entre Segunda e Sexta-feira para ouvir testemunhos de decisores de topo Indonésios da altura da tragédia. A comissão ouvirá ainda de figuras chave da então província do leste de Timor.

Na Segunda-feira, a comissão ouvirá o testemunho do antigo responsável da igreja católica de Timor-Leste o bispo Carlos Felipe Ximenes Belo.

No terceiro dia das audições, a CTF espera ouvir os testemunhos do líder da milícia pró-Indonésia Eurico Guterres e do Maj. Gen. Zacky Anwar Makarim que foi um oficial das Forças Armadas Indonésias que serviu como oficial de ligação para a Missão da ONU para Timor-Leste (UNAMET).

Outras figuras chave incluem o Maj. Gen. Suhartono Suratman, o antigo chefe do comando militar de Dili, aparecerá na Quinta-feira enquanto que o Maj. Gen. Adam Damiri, o antigo chefe do Comando Militar de Udayana, estará numa audição na Sexta-feira.

Outras além das figuras chave, algumas testemunhas e vítimas da violência que ocorreu depois do referendo de 1999 em Timor-Leste darão ainda testemunhos.

A CTF convidou também alguns oficiais da UNAMET incluindo o antigo chefe da agência Ian Martin, mas nenhum estava disponível nas datas designadas.

O antigo chefe das Forças Militares Indonésias (TNI) Gen. Wiranto não atenderá a sessão e espera-se que testemunhe durante a terceira sessão de audições em Abril.

"Wiranto tem expressado repetidas vezes, a sua intenção de vir, mas acordámos ouvir o seu testemunho na terceira sessão," disse Benjamin.

Benjamin disse também que as TNI assistirão nas investigações da comissão.

"O próprio chefe das TNI disse que entregaria documentos importantes relativos ao referendo patrocinado pela ONU e dará a localização de pessoal militar envolvido no activo ou reformado," disse Benjamin.

O membro da comissão de Timor-Leste Jacinto Alves disse que o novo governo que se formar depois das eleições presidenciais continuará a apoiar a CTF apesar da sua postura amigável sobre a Indonésia.

"Aprendemos que uma postura de confronto com os nossos vizinhos não nos lega a sítio algum," disse.

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De: ETAN - Março 24, 2007

[Nota: Apesar de estar datado de 14 de Março, acabámos de receber esta carta hoje]

Carta da Amnistia Internacional, Observatório dos Direitos Humanos, Progressio e TAPOL, a Campanha da Indonésia para os Direitos Humanos:

Francisco Guterres (Lu’Olo) Presidente do Parlamento Nacional
Parlamento Nacional
Dili, Timor-Leste
14 Março 2007

Caro Sr Guterres,

Em 28 de Novembro de 2006, Chega!, o relatório da Comissão para a Recepção, Verdade e Reconciliação em Timor-Leste (CAVR), foi lançado no Parlamento do Reino Unido num evento patrocinado pela nossas organizações Carta da Amnistia Internacional, Observatório dos Direitos Humanos, Progressio e TAPOL, a Campanha da Indonésia para os Direitos Humanos em conjunção com o Grupo Parlamentar dos Direitos Humanos de todos os partidos.

O propósito deste evento foi reconhecer as realizações muito significativas da Comissão e iluminar a necessidade urgente para a devida consideração do relatório por governos relevantes e corpos internacionais, como um passo crucial para alcançar a justiça para o povo de Timor-Leste, que está tão atrasada.

As nossas organizações estão muito preocupadas porque o Parlamento Nacional de Timor-Leste ainda não considerou formalmente o relatório. Como patrocinadores do lançamento no Reino Unido, como companheiros há muito tempo dos direitos humanos para os Timorenses, pedimos ao Parlamento Nacional para agendar o relatório para ser formalmente considerado na oportunidade mais próxima, e para assumir a principal responsabilidade pela monitorização e fiscalização da implementação das recomendações chave conforme proposto no relatório. Pedimos-lhe particularmente para dar todo o apoio possível às recomendações que dizem respeito à responsabilização dos perpetradores e à justiça para as vítimas das violações graves dos direitos humanos.

As nossas organizações estão profundamente impressionadas pelas realizações notáveis da CAVR ao documentar a verdade acerca das violações extensas e sistemáticas de direitos humanos perpetrados entre 1974 e 1999. Contudo, o relatório da Comissão de modo algum marca a conclusão do processo. A devida consideração do relatório pelas partes relevantes, e a implementação das recomendações chave relacionadas com direitos humanos, são estágios igualmente importantes. A necessidade de justiça para as pessoas cujas experiências estão documentadas no relatório tem sido ignorada há demasiado tempo pelo seu próprio governo e pela comunidade internacional. O relatório conclui “que não têm havido medidas de justiça adequadas para os crimes contra a humanidade cometidos em Timor-Leste durante o período de 25 anos do mandato.”

Acreditamos que a cultura de impunidade que tem prevalecido em Timor-Leste pelas sérias violações dos direitos humanos cometidos durante os 24 anos da ocupação da Indonésia, e na proximidade e após o referendo organizado pela ONU em 1999, é um factor que contribuiu para a recente fractura na lei e ordem no país. A violência e o desassossego nos últimos meses re-enfatizaram a necessidade para os que agora estão no poder em Timor-Leste aprenderem as lições do relatório da CAVR e reconhecerem e agirem sobre elas como assunto de urgência.

A devida consideração do relatório e a implementação das recomendações chave relacionadas com direitos humanos, ajudarão a garantir que os erros do passado são serão repetidos e terão uma parte importante na construção de uma nação baseada na justiça e na verdade.

Ficámos muito encorajados com uma mensagem do Primeiro-Ministro José Ramos-Horta gravada para o lançamento no Reino Unido e para um recente evento similar na Austrália. Nessa mensagem o Primeiro-Ministro reconhece a natureza de longo alcance das recomendações da CAVR e tomou em nome do governo e do parlamento o esforço de implementar as recomendações tão longe quanto possível.

A necessidade de o Parlamento Nacional considerar o relatório na oportunidade mais cedo possível, torna-se ainda mais urgente pelo facto de outro conjunto de recomendações chave no relatório se dirigirem - a membros da comunidade internacional, incluindo o governo do Reino Unido e da ONU – terem expressado a sua intenção de adiarem a consideração do relatório e tomarem acção sobre essas recomendações dirigidas a eles, até as opiniões dos representantes eleitos democraticamente do povo de Timor-Leste serem conhecidas. É imperativo que o Parlamento Nacional de Timor-Leste tome acção urgentemente para considerar o relatório, tome um compromisso público em apoio das recomendações, e comece o processo da sua implementação.

O atraso na decida consideração do relatório da CAVR, e o atraso subsequente na implementação das suas recomendações, são no detrimento dos Timorenses e são um motivo de grande preocupação. As nossas organizações pedem ao Parlamento Nacional para reconhecer a necessidade dessa gente ao reconhecer as suas experiências e o direito à justiça, através de uma consideração rápida e rigorosa do relatório.

Por favor diga-nos se podemos assistir o Parlamento Nacional de qualquer modo a preencher as suas responsabilidades com respeito ao relatório.

Ficamos a aguardar a sua resposta.

Sinceramente,
Paul Barber TAPOL, e em nome de:

Natalie Hill, Vice-Director do Programa Asia & Pacific Programa
Amnesty International
Brad Adams Director para a Ásia do Human Rights Watch
Rod MacLeod IDirector de programas nternacionais da Progressio

Cópias para: Jacob Fernandes, Vice-Presidente, Parlamento Nacional; Vicente Faria, Presidente, Comissão A, Parlamento Nacional; Mariano Sabino Lopes, Secretário-Geral PD, Parlamento Nacional; João Gonçalves, Partido Social Democrata (PSD), Parlamento Nacional; Arianca Araujo, Vice-Presidente e líder Parlamentar do Partido Nacionalista Timorense (PNT), Parlamento Nacional; Senhora Quiteria da Costa, Uniao Democrática Timorense (UDT), Parlamento Nacional; Manuel Tilman, Klibur Oan Timor As’wain (KOTA), Parlamento Nacional; Clementino Amaral, KOTA, Parlamento Nacional; Antonio Ximenes, Presidente, Partido Democrata Cristão (PDC), Parlamento Nacional;

Ramos-Horta não comparece a comício?

Porquê? Já tem vergonha do escasso número de apoiantes que lhe aparecem nos comícios?...

Tudo na mesma...

Alfredo e sus muchachos a passearem-se por Timor-Leste (só os militares australianos de cabeça enfiada na terra, não sabem onde se encontram e apenas encontram militantes da FRETILIN mui perigosos); imprensa estrangeira, aparte algumas excepções lusas, apenas dá notícias da campanha de Ramos-Horta; presidente da CNE continua campanha anti-FRETILIN; generais indonésios continuam a negar as acusações de violação dos direitos humanos; campanha de Lu-Olo soma e segue com demonstrações de verdadeiro apoio popular (por que será que as outras campanhas não mostram uma única fotografia?)...

Aguardamos serenamente os resultados de dia 9 de Abril.

E depois Sr. Presidente Xanana? Será que quando perceber que o candidato da FRETILIN venceu as eleições presidenciais, que nem com a muleta do CNRT terá hipóteses de ganhar as legislativas, vai marcar rapidamente as próximas eleições?

Ou vai continuar o golpe?...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.