terça-feira, outubro 23, 2007

Oficial português difere de CEMGFA timorense sobre massacre

Diário Digital / Lusa
23-10-2007 15:39:00

Um oficial português das Nações Unidas apresentou hoje um testemunho diferente do comandante das Forças Armadas timorenses sobre o incidente mais grave da crise de 2006.
O comissário Nuno Anaia, oficial da Polícia de Segurança Pública ao serviço da Polícia das Nações Unidas (UNPol) em Timor-Leste, declarou hoje que o brigadeiro-general Taur Matan Ruak concordou com um cessar-fogo na manhã de 25 de Maio de 2006.

Nesse dia, militares das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) dispararam sobre uma coluna de 103 elementos da Polícia Nacional (PNTL) desarmados e sob escolta das Nações Unidas.

«Sei que o coronel Fernando Reis chegou a acordo com o brigadeiro-general Taur Matan Ruak para um cessar-fogo com algumas condições», declarou hoje o comissário Nuno Anaia no Tribunal de Recurso, em Díli.

«As condições eram que os PNTL entregassem as armas, que saíssem do quartel-general da Polícia a pé e que saíssem com as Nações Unidas», explicou o comissário da UNPol.

O oficial português referia-se ao contacto entre o coronel português Fernando Reis, assessor das F-FDTL, e o comando das Forças Armadas timorenses, no antigo quartel da missão internacional (PKF), em Caicoli.

O brigadeiro-general Taur Matan Ruak, ouvido há uma semana no mesmo processo, afirmou que o tiroteio em Caicoli, junto ao ministério da Justiça, parou a pedido do coronel Fernando Reis e elementos da ONU, porque elementos das PNTL desejavam render-se.

«Os membros das Nações Unidas não pediram ou não ordenaram às F-FDTL para se desarmarem e retirar do Ministério da Justiça e outros locais», explicou o brigadeiro-general Taur Matan Ruak ao colectivo de juízes.

«Continuavam a dizer que a PNTL desejava render-se, sem explicar os pormenores da rendição», acrescentou Ruak.

«Os dois membros da ONU seguiram para o quartel-general da PNTL, dei ordens aos membros (das F-FDTL) para pararem os tiroteios e assim aconteceu», referiu o chefe do Estado-Maior das F-FDTL.

Nuno Anaia, que encabeçava a coluna dos PNTL ao volante de uma viatura da ONU, é o único dos 17 elementos das Nações Unidas presentes no tiroteio que ainda permanece em Timor-Leste.

O oficial saiu ileso do tiroteio mas a sua viatura esteve sob fogo cruzado das F-FDTL e foi atingida por duas balas.

O comissário da UNPol foi ouvido pelo Tribunal de Recurso como «lesado» no incidente de 25 de Maio de 2006, após ter sido autorizado a testemunhar pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

No final da audiência, o juiz-presidente Ivo Rosa informou o comissário Nuno Anaia de que «não existe nenhuma imunidade» que impeça um elemento da ONU de testemunhar em tribunal.

Um parecer da assessoria legal da missão da ONU em Timor-Leste (UNMIT) alegou esse tipo de imunidade, até Ban Ki-moon autorizar o comissário da UNPol a comparecer no Tribunal de Recurso.

Os doze arguidos no processo do massacre dos oito polícias timorenses são acusados de homicídio pelo Ministério Público.

STATEMENT TO PARLIAMENT BY FRETILIN MEMBERS

STATEMENT TO PARLIAMENT BY FRETILIN MEMBERS
ARSENIO BANO, CIPRIANA PEREIRA AND OSORIO FLORINDO

(Dili, 23rd of October 2007)

Good Morning Mr. President and Distinguished Members one and all.

We the following members undersigned wish to raise the following in relation to two issues:

A. With regard to the statements by the President of the Republic is response to FRETILIN statement to the parliament more than one week ago in relation to the call for the dismissal of the Prosecutor General of the Republic, Mr. Longuinhos Monteiro.

We are extremely concerned with His Excellency the President of the Republic, Mr. Jose Ramos-Horta's response to the Statement in the parliament by FRETILIN last week calling on the dismissal of Mr. Longuinhos Monteiro, Prosecutor General of the Republic. We believe that the National Parliament is obligated to continue to scrutinize this case, because we all want to ensure that justice moves along in our country with neutrality and free of political interference.

We also accept the calls to initiate an investigation into the telephone recording which has been circulating in public and which the FRETILIN parliamentary group itself was also able to obtain a copy. It is not necessary to drag this issue of whether to investigate or not the circumstances of the making of the recording, and we want to make it clear that we support first of all an investigation of Mr. Longuinhos Monteiro, Leandro Isaac and Herminigildo Pereira as to which one of the three himself recorded the conversation and who initiated its distribution to the public, and to ascertain the extent of the involvement of Mr. Herminigildo Pereira and the former President of the Republic in this recording.

We also believe that the substance of this recording is extremely important and we express our disappointment that the President of the Republic has not given due importance to the substance of the recording of the conversation which is an issue being closely followed by the public itself. We believe that the moving forward of this issue should not be left with the Prosecutor General who is responsible for investigating criminal cases but who instead undertakes investigative services in the political interests of politicians as has been shown in the recorded conversation. It is because of this that the statement by the FRETILIN parliamentary group last week calling for the removal of Mr. Longuinhos Monteiro as Prosecutor General of the Republic remains valid. We ask that this parliament to second our urgings to the President of the Republic to dismiss Longuinhos Monteiro as Prosecutor General of the Republic in order to restore the credibility of the work of the Prosecutor General in our country.

B. Following we want to raise the case of Major Alfredo Reinado.

Mr. President and distinguished Members,

We all and the Timor-Leste people have constantly heard of the dialogue which this de facto government is engaging in with Major Alfredo Reinado in order to seek a just solution.

We hear that in the coming days the dialogue is going to occur, but until now we still do not know what options the de facto government will take with them to the dialogue with Major Alfredo. We want to ask the government whether it is seriously looking to resolve the case of Major Alfredo or not?

We know that some cases have been subjected to the justice process, some are still proceeding, such as the case of Abilio Mesquita who right now is serving his prison sentence for the attack on the home of Brigadier General Taur Matan Ruak last year, as well as Rogerio Lobato for distributing arms. Railos is undergoing the justice process, some members of the F-FDTL who are undergoing the justice process for allegations of shooting police officers on 25 May 2006.

We want to ask the government to tell us whether in the eyes of Justice Major Alfredo's case differs from the other above mentioned cases or not?

We do not disagree with the dialogue which is about to commence with Major Alfredo and although not having heard what the government's position is regarding this issue, we want to put forward the following options to seek solutions to be used during the dialogue which the government is about to initiate with Major Alfredo so as that in future impunity is established as the practice for this illegal government;

1. Appoint Major Alfredo Minister for Defence and Security

2. Appoint Major Alfredo as Defence Attaché for some Timor-Leste embassy overseas

3. Appoint Major Alfredo as ambassador to Australia, Indonesia or Portugal

4. Appoint Major Alfredo as Ermera District Administrator

5. Appoint Major Alfredo as commander of PNTL (Timor-Leste National Police) Baucau District

6. Perhaps seek that Major Alfredo pays for his wrongs in the assault at Fato Ahi on 23 May 2007 or other wrongs with forced labour at Weberek for 15 years

7. Cantonement for him but with a free movement pass for his whole life as Railos was able to obtain from the former President of the Republic and former PNTL Commander

8. Ask other countries such as Australia, Portugal and Indonesia to give Major Alfredo political exile

9. Grant him an amnesty to give him full freedom

10. Ask other countries to give him a scholarship to study overseas for five years

11. The last option is to make Major Alfredo respond for his actions through justice, law and order as applies in our country, in the Dili District Court, as others such as Abilio Mesquita, Rogerio Lobato, the Members of the F-FDTL and Railos are through court proceedings in the Dili District Court.

Finally we also ask the President of the National Parliament to communicate our recommendations to the de facto government and the President of the Republic who are holding ongoing dialogue with Major Alfredo Reinado.

We await that Major Alfredo Reinado is able to obtain our recommendations of the options to seek a just solution for his case.

We await that whatever solution is reached to resolve his case does not create impunity from justice in our country.

Thank you Mr. President.

We the undersigned make this statement;

Arsenio Bano
Cipriana Pereira
Osorio Florindo

TRADUÇÃO:

DECLARAÇÃO DE MEMBROS DA FRETILIN AO PARLAMENTO
DECLARAÇÃO AO PARLAMENTO DOS MEMBROS DA FRETILIN ARSÉNIO BANO, CIPRIANA PEREIRA E OSÓRIO FLORINDO


(Dili, 23 de Outubro 2007)

Bom dia Sr. Presidente e a todos e cada um dos Distintos Membros.

Nós os membros que abaixo assinamos queremos levantar o seguinte em relação a duas questões:

A. Em relação às afirmações do Presidente da República em resposta à declaração da FRETILIN ao parlamento há mais de uma semana atrás em relação com o pedido de demissão do Procurador-Geral da República, Sr. Longuinhos Monteiro.

Estamos extremamente preocupados com a resposta de Sua Excelência o Presidente da República, Sr. José Ramos-Horta à Declaração no parlamento da FRETILIN na semana passada pedindo a demissão do Sr. Longuinhos Monteiro, Procurador-Geral da República. Acreditamos que o Parlamento Nacional está obrigado a continuar a escrutinar este caso, porque queremos todos assegurar que a justiça se move no nosso país com neutralidade e livre de interferências políticas.

Aceitamos ainda os pedidos para se iniciar uma investigação à gravação telefónica que tem andado a circular em público e de que o próprio grupo parlamentar da FRETILIN conseguiu obter uma cópia. Não é necessário arrastar esta questão de se dever investigar ou não as circunstâncias da feitura da gravação, e queremos deixar claro que apoiamos primeiro que tudo uma investigação do Sr. Longuinhos Monteiro, Leandro Isaac e Herminigildo Pereira dos quais um dos três gravou a conversa e sobre qual deles iniciou a sua distribuição publicamente, e averiguar da extensão do envolvimento do Sr. Herminigildo Pereira e do antigo Presidente da República nesta gravação.

Acreditamos ainda que a substância desta gravação é extremamente importante e expressamos a nossa desilusão por o Presidente da República não ter dado a devida importância à substância da conversa gravada que é uma questão que está a ser seguida de perto pela própria população. Acreditamos que o avançar desta questão não deve ser deixado ao Procurador-Geral que é responsável pela investigação dos casos criminosos mas que em vez disso usa os serviços de investigação para os interesses políticos de políticos com quem foi mostrado na conversa gravada. É por causa disto que a declaração do grupo parlamentar da FRETILIN na semana passada pedindo a remoção do Sr. Longuinhos Monteiro de Procurador-Geral da República se mantém válida. Pedimos a este parlamento que apoie os nossos pedidos ao Presidente da República para demitir Longuinhos Monteiro de Procurador-Geral da República de modo a restaurar a credibilidade do trabalho do Procurador-Geral no país.

B. A seguir queremos levantar o caso do Major Alfredo Reinado.

Sr. Presidente e distintos Membros,

Todos nós e o povo de Timor-Leste ouvimos constantemente do diálogo com que este governo de facto se engaja com o Major Alfredo Reinado de modo a arranjar uma solução justa.

Ouvimos que nos próximos dias vai ocorrer o diálogo, mas até agora não conhecemos que opções vai tomar o governo de facto no diálogo com o Major Alfredo. Queremos perguntar ao governo se está seriamente a ver como resolver o caso do Major Alfredo ou não?

sabemos que alguns casos foram sujeitos ao processo da justiça, alguns estão já resolvidos, como é o caso de Abílio Mesquita que agora mesmo está a cumprir a sua sentença de prisão pelo ataque contra a casa do Brigadeiro General Taur Matan Ruak no ano passado, bem como o de Rogério Lobato por distribuir armas. O processo de justiça de Railos está em curso, bem como o de alguns membros das F-FDTL por alegações de disparos contra oficiais da polícia em 25 Maio 2006.

Queremos pedir ao governo para nos dizer se aos olhos da Justiça o caso do Major Alfredo difere dos outros casos acima mencionados ou não?

Não discordamos do diálogo que está prestes a começar com o Major Alfredo e apesar de não termos ouvido qual é a posição do governo em relação a esta questão, queremos avançar com as seguintes opções para serem usadas durante o diálogo que o governo está prestes a iniciar com o Major Alfredo para que no futuro a impunidade seja estabelecida como a prática deste governo ilegal;

1. Nomear o Major Alfredo Ministro da Defesa e Segurança

2. Nomear o Major Alfredo como encarregado de Defesa nalguma embaixada de Timor-Leste além-mar

3. Nomear o Major Alfredo como embaixador na Austrália, Indonésia e Portugal

4. Nomear o Major Alfredo como Administrador do Distrito de Ermera

5. Nomear o Major Alfredo como comandante da PNTL (Polícia Nacional de Timor-Leste) do Distrito de Baucau

6. Talvez procurar que o Major Alfredo pague pelo mal que fez no assalto em Fato Ahi em 23 Maio 2007 ou outros males com trabalho forçado em Weberek durante 15 anos

7. Acantonamento para ele mas com uma licença de livre circulação para toda a vida como aquela que Railos conseguiu obter do antigo Presidente da República e do antigo Comandante da PNTL

8. Pedir a outros países como Austrália, Portugal e Indonésia para darem exílio político ao Major Alfredo

9. Conceder-lhe uma amnistia para lhe dar total liberdade

10. Pedir a outros países para lhe darem uma bolsa de estudo para estudar além-mar durante cinco anos

11. A última opção é para obrigar o Major Alfredo a responder pelas suas acções através da justiça, lei e ordem conforme se aplica no nosso país, no Tribunal do Distrito de Dili, dado que outros como Abílio Mesquita, Rogério Lobato, os Membros das F-FDTL e Railos foram processados judicialmente no Tribunal do Distrito de Dili.

Finalmente pedimos também ao Presidente do Parlamento Nacional para comunicar as nossas recomendações ao governo de facto e ao Presidente da República que realizam o diálogo em curso com o Major Alfredo Reinado.

Esperamos que o Major Alfredo Reinado seja capaz de obter as nossas recomendações das opções para procurar uma solução justa para o seu caso.

Esperamos que seja qual for a solução que se alcance para resolver o seu caso que não crie impunidade da justiça no nosso país.

Obrigado Sr. Presidente.

Nós os abaixo-assinados fizemos esta declaração;

Arsénio Bano
Cipriana Pereira
Osório Florindo

Ainda o julgamento das F-FDTL

Depois do braço de ferro entre o Tribunal e as Nações Unidas, o elemento da UNPOL testemunhou hoje no julgamento dos F-FDTL.

Só falta o testemunho de Paulo Fátima Martins, que nem coragem tem para se deslocar ao Tribunal, e prefere testemunhar por escrito. Não vá saber ao vivo quais as "respostas" certas.

Assim, Xanana sempre pode dar-lhe as respostas por escrito.

Impressionante como tantos outros o fizeram, como o General Matan Ruak neste caso ou de Mari Alkatiri como testemunha no caso de Rogério Lobato, ou no mesmo julgamento o testemunho de Ramos-Horta, que era Primeiro-Ministro na altura, mas o senhor Paulo Fátima Martins não é capaz de o fazer...

Paulo Fátima Martins vai testemunhar por escrito

Os comparsas deputados de Paulo Fátima Martins "autorizaram" que ele testemunhasse por escrito.

Só pode ser para que outros respondam por ele às perguntas do Juiz...

UN staff member testifies before Court in Timor-Leste

UNMIT

Today, the United Nations police officer, Nuno Anaia, will testify at the Dili District Court trial in the case of the shooting deaths of eight PNTL officers on the 25 May 2006.

The testimony has been made possible because the UN Secretary-General, Ban Ki-moon, at the recommendation of his Special Representative for Timor-Leste, Atul Khare, has waived the immunity that Mr Anaia enjoys as a staff member of the United Nations.

Mr Anaia was originally requested to testify before the Court on Tuesday of last week but his testimony was delayed due to the time needed for his immunity to be waived.

In accordance with UN Conventions, the Secretary-General is the only person who is able to waive the immunity of UN personnel.

The United Nations Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT) remains committed to strengthening the rule of law in Timor-Leste. The granting of the waiver of immunity, which allows the testimony, is yet another expression of this commitment.

“Effective and quick follow-up of all recommendations of the Independent Special Commission of Inquiry report is essential to deal with the causes and consequences of the crisis of last year,” Mr Khare said.


NOTA DE RODAPÉ:

É mentira que seja necessário que para um colaborador das Nações Unidas testemunhar em Tribunal, tenha de haver uma expressa autorização do Secretário-Geral das Nações Unidas.

Todos os dias, elementos da UNPOL testemunham em tribunal...

“Juntos, trabalhando para o futuro de Timor-Leste”

O REPRESENTANTE ESPECIAL DO SECRETÁRIO-GERAL PARA
TIMOR-LESTE

MENSAGEM SOBRE O DIA DAS NAÇÕES UNIDAS

24 DE OUTUBRO DE 2007

Ao comemorarmos o Dia das Nações Unidas, estamos todos unidos pela meta comum de “trabalharmos juntos para o futuro de Timor-Leste”.

A Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste tem uma ampla escala de tarefas ao procurar produzir as metas expressas nas Resoluções 1704 e 1745 do Conselho de Segurança nas áreas de segurança, desenvolvimento sócio-ecónomico, direitos humanos, lei e ordem e, fortalecer as instituições de estado.

Na escala global, as exigências sobre os recursos das Nações Unidas estão a crescer tal como o multilateralismo crescente é a abordagem preferida em ajudar as nações a alcancarem independência, estabilidade, desenvolvimento e integração global, conforme expresso e encorporado pelos 192 estados membros.

Por sua vez, Timor-Leste está a dar a sua contribuição na escala global conforme demonstrado pelos oficiais da Polícia de Timor-Leste que estão agora a trabalhar em Kosovo assim como os cidadãos timorense que estão a trabalhar como voluntários das Nações Unidas noutras operações de manutenção de paz.

O trabalho das Nações Unidas em Timor-Leste é uma expressão concreta da vontade colectiva da Comunidade Internacional em avançar os objectivos nobres de palavras para acção.

Como Nações Unidas em Timor-Leste, estamos dedicados em cumprir com o mandato a que nos foi confiado pelos estados membros das Nações Unidas: promoção da paz, democracia e direitos humanos, ao apoiar os esforços para assegurar a alimentação, água limpa, o direito a educação e emprego para todos.

Continuaremos a trabalhar árduamente para fazer estas metas uma realidade para todos os cidadãos timorenses.

Juntos, trabalhando para o futuro deste País.

Agendas - Parlamento Nacional

Secretariado
Gabinete de Relações Públicas

Agenda no. 27/II - Reunião Plenária de Segunda-Feira, 22 de Outubro de 2007

A Sessão Plenária de hoje foi presidida pelo Presidente do Parlamento Nacional, Sr. Fernando La Sama de Araújo, em conjunto com a Vice-Presidente, Sra. Maria da Paixão de Jesus da Costa e as Vice-Secretárias, Sra. Maria da Costa Exposto e a Sra. Teresa Maria de Carvalho.

As informações do Período de Antes da Ordem do Dia são as seguintes:

Informação sobre a justificação antecipada de faltas dos Srs. Deputados: Aniceto Longuinhos Guterres Lopes e Ângela M. Corvelo de A. Sarmento;

Informação sobre a justificação de faltas do Sr Deputado Eduardo de Deus Barreto;

Criação de Comissão Eventual e Modernização do Parlamento Nacional;

Depois de fazer os comentários e dar as suas opiniões sobre a criação da Comissão Eventual e Modernização do PN os Srs. Deputados estabeleceram a lista seguinte:

No Nome Bancada
1 José Manuel C.V. Carrascalão ASDT
2 Arão Noé de Jesus CNRT
3 Francisco Branco Fretilin
4 Manuel Tilman KOTA
5 Rui Meneses da Costa PD
6 Jacob Xavier PPT
7 Fernanado Dias Gusmão PSD
8 Fernanda Borges PUN
9 Faustino do Santos UNDERTIM

Informa aos Srs. membros da Mesa das Comissões Especializadas Permanentes sobre uma reunião com a Mesa do Parlamento Nacional, que terá Lugar no dia 23 de Outubro de 2007 na sala das conferências pelas 15h00;

Leitura da carta dirigida a Sua Exelência o Presidente do Parlamento Nacioanl, pela população da Aldeia Xamatana, Suco Bairro-Pite relativa a intimidação pelo grupo PSHT/SH;

Apresentação dos candidatos para Conselho de Estado, em substituição da Sra. Milena Pires.

Informações do período da Odem do Dia

Anúncio e apreciação do Relatório e Parecer da Comissão de Regulação Interna, Ética e Mandato dos Deputados, relativa a comparência do Sr. Deputado Paulo Fátima Martins como testemunha de um processo no Tribunal.

O Parlamento Nacional autorizou o Sr Deputado Paulo Fátima Martins para fazer o depoimento em escrito para o Tribunal. Os Deputados aprovaram esta autorização com 39 votos a favor, 0 contra e 2 abstenções.

Eleição para o Conselho de Administração do Serviço Público de Radiodifusão.

Foram 2 os candidatos para a eleição do Conselho de Administração do Serviço Público da Radiodifusão, o Sr. António Maria da Conceição Moniz Mali (Cesar) e o Sr. Domingos Belo (Daki).

Os Deputados apresentaran duas listas para a eleição:

Lista A com os seguintes Deputados proponentes:
Aderito Hugo da Costa (CNRT)
Arão N. De Jesus da Costa Amaral (CNRT)
Paulo de Fatima Martins (CNRT)
Romeu Moises (CNRT)
Gertrudes Moniz (PD)
Vital do Santos (PD)
Gabriel Ximenes Fitun (PD)
Duarte Nunes (CNRT)
Brigida A Correia (CNRT)
Rui Meneses (PD)
Fernando Dias Gusmão (PSD

Lista B com os seguintes Deputados proponentes:

Inácio F. Moreira
Francisco M. Branco
Ilda Maria da Conceição
Aniceto L. Guterres

Procedeu-se a eleição que obteve o seguinte resultado:

O Sr. Domingos Belo (Daki) obteve 25 votos;
O Sr. António Maria da Conceição Moniz Mali (Cesar) 29 votos (candidato eleito);
Voto nulo 1.

***

Secretariado
Gabinete de Relações Públicas

Agenda no. 28/II Reunião Plenária de Terça-Feira, 23 de Outubro de 2007

A Sessão Plenária de hoje foi presidida pela Vice-Presidente, Sra. Maria da Paixão de Jesus da Costa e as Vice-Secretárias, Sra. Maria da Costa Exposto e a Sra. Teresa Maria de Carvalho.
As informações do Período de Antes da Ordem do Dia são as seguintes:

Informação aos senhores Deputados sobre o Relatório de Actividades do mês de Setembro de 2007 da Comissão de Regulação Interna, Ética e Mandato dos Deputados;

Informação sobre o Relatório de Actividades da Comissão de Negócios Estrangeiros, Defesa e Segurança Nacionais relativo ao mês de Setembro de 2007;

Informação aos Srs. Deputados sobre o Relatório da Comissão de Economia, Finanças e Anti-Corrupção relativa ao Seminário que se realizou em Maubisse, Distrito de Ainaro;

Informação aos Srs. Deputados sobre Parecer no. 1/2007 da Comissão de Saúde, Educação e Cultura relativa a petição subscrita pelo cidadão Sancho Xavier;

Declaração política dos Srs. Deputados Arsénio Paixão Bano, Cipriana Pereira e Osório Florindo.
Período da Ordem do Dia com a seguinte informação:

- Eleição para o membro do Conselho de Estado em substituição da Sra. Milena Pires.

Para a realização da eleição os Deputados proponentes :

Fernando Dias Gusmão (PSD)
Adriano do Nascimento (PD)
Natalino dos Santos (CNRT)
Cecílio Caminha (CNRT)
Domingos da Costa (ASDT)
Eduardo D. Barreto (CNRT)
Vidal de Jesus “Riak Leman” (PSD)

apresentaram o Sr. Francisco Martins “Teki Liras” a ser candidato para Membro do Conselho de Estado, o qual através da eleição, foi eleito com 41 votos a favor, 2 contra e 6 abstenções.

Turismo no Timor é alternativa a petróleo, diz especialista

22-10-2007 12:43:42

Dili, 22 out (Lusa) - O turismo no Timor Leste "é uma alternativa ao petróleo" e pode servir de complemento a grandes destinos regionais como Bali, afirmou à Agência Lusa Christine Cabasset, economista francesa especializada em turismo na Indonésia e no Sudeste Asiático.

Christine Cabasset defendeu que "o investimento de pequena escala deveria ser o caminho para o setor turístico timorense". Apesar disso, ela notou que "para o Estado timorense, é atraente a idéia de começar por grandes projetos e grandes investimentos".

"Por enquanto, nota-se uma distância entre a fraca iniciativa do Estado no setor do turismo e o dinamismo de certas pessoas que envolveram comunidades locais", relata, destacando que o trabalho local e da população seria um investimento importante, mas que ainda não foi feito.

A fragilidade do investimento turístico é confirmada pelo orçamento da Direção Nacional do Turismo timorense, que ficou em apenas US$ 68 mil em 2006, "incluindo salários", afirma Christine Cabasset em sua visita ao Timor, país cuja evolução acompanha desde antes de sua independência definitiva, em 2002.

Ainda assim, Cabasset defende que "é possível afirmar o Timor Leste como extensão ao destino de massa que é Bali" e salienta que "há nichos importantes de mercado viáveis para o país". No entanto, para que possam ser explorados, "é preciso assegurar estruturas de transportes, de alimentação, entre outras".

As atividades de mergulho, o montanhismo e a observação de pássaros são três exemplos de atividades com potencial turístico no Timor. Para Cabasset, estes são nichos "menos vulneráveis a flutuações da procura", seja por motivos econômicos, seja por políticos.

"A Ilha das Flores não sentiu a crise no setor turístico na região, enquanto que Bali é fortemente afetada pela queda da procura após 2002", ano marcado por atentados contra lugares freqüentados por turistas ocidentais.

Investindo na China

Timor Leste participa, até 23 de outubro, de uma feira internacional de ecoturismo em Nanchang, província de Jiangxi, na China. O esforço de Timor Leste de se promover como destino turístico começou em 2003, com sua participação em uma feira anual do setor, em Bali.

Com a presença do Timor na feira de Nanchang, a embaixada timorense em Pequim faz seu segundo esforço para posicionar o país como alternativa de ecoturismo no Sudeste Asiático, afirmou o embaixador na China, Olímpio Branco, em um comunicado. Com isso, o Timor pretende também "atrair potenciais investidores chineses" para o setor turístico.

Em junho, o Timor havia participado da Feira Internacional de Turismo de Pequim, mas sofisticou sua participação no evento de Nanchang. "Enquanto na Feira de Pequim participamos só com um pavilhão normal, para Nanchang decidimos apresentar Timor Leste de forma mais animada e tradicional", disse o representante da embaixada em Pequim, Tony Duarte.

Durante os três dias de feira, na tradicional casa timorense que a embaixada montou em seu pavilhão, os visitantes receberão brochuras de destinos e programas turísticos amigos do meio-ambiente no Timor Leste, bem como livros e um CD de promoção turística.

A China não atribuiu ao Timor Leste o estatuto de destino turístico aprovado, que permite aos cidadãos chineses viajar em grupo sem a necessidade de pedir autorização governamental de saída do país.

Timor Leste escolheu, no entanto, apostar na promoção na China devido ao grande número de operadores turísticos internacionais que visitam as feiras no gigante asiático, já que o número de turistas chineses no exterior registra constante expansão graças ao crescimento econômico do país e às políticas de reforma e abertura ao exterior.

A China assumiu, em 2006, a posição de maior mercado emissor de turistas em toda a Ásia, com 34,5 milhões de chineses visitando o exterior, 11% a mais que em 2005.

A Organização Mundial do Turismo prevê que em 2020 a China seja o maior mercado emissor de turistas do mundo, com cerca de 100 milhões de pessoas viajando para fora todos os anos.

Galp prevê a prazo uma produção de 80 mil barris petróleo/dia

Diário Digital / Lusa
22-10-2007 19:23:00

A Galp Energia prevê atingir, a longo prazo, um pico de produção de petróleo na ordem dos 80 mil barris por dia com o actual portfólio, prevendo em cinco anos uma duplicação da produção para 34 mil barris diários.

O forte crescimento da produção de petróleo deverá ser retirado do actual portfólio de exploração e produção com 4 blocos em Angola, 13 blocos no Brasil, 7 blocos em Portugal, 5 blocos em Timor-Leste e 1 bloco em Moçambique, refere o documento sobre as perspectivas estratégicas da empresa revelado no «Investidor Day».

O objectivo da Galp é, no entanto, alcançar a longo prazo os 150 mil barris diários de produção de petróleo, com uma cobertura de refinação de 50%, revela o documento.

As perspectivas da empresa são ainda, face aos investimentos a realizar nas refinarias de Sines e do Porto, de aumentar a margem de refinação em mais 65% até 2011, dos actuais 5,4 dólares por barril de petróleo para 8,9 dólares por barril de petróleo.

Em termos de quota de mercado na distribuição de combustível, a Galp diz que há espaço para crescer no mercado espanhol.

No final de 2006, a Galp vendia um total de 9 milhões de toneladas de combustível, repartidos em 46% para o mercado português e 3,6% para Espanha.

O objectivo da empresa é atingir um total de vendas a curto prazo de 11,6 milhões de toneladas, repartidos a 55% em Portugal e 45% em Espanha, obtendo uma quota de mercado ibérico de 12%.

A longo prazo, a Galp Energia pretende vender 13,6 toneladas de combustível no mercado ibérico.

Em termos de volume de vendas, a Galp prevê que a compra dos postos de combustível da Agip possam aumentar em 7% a quota de mercado da petrolífera em Espanha, passando de 222 para 543 postos de combustível.

No gás natural, a Galp prevê um aumento de 40% no consumo na Península Ibérica.

Em Portugal a empresa espera um crescimento de 11% ao ano até 2012 e em Espanha de 5% ao ano.

Na electricidade, a Galp espera atingir uma capacidade instalada de 1.200 megawatts (MW) em 2012, repartidos entre 800 MW para as centrais de ciclo combinado, 160 MW para energia eólica, 160 MW para novas cogerações e 80 MW em actuais centrais de cogeração.

A empresa tem, contudo, um objectivo mais vasto em termos de capacidade instalada, para o qual conta com a energia hídrica.

O presidente-executivo da empresa, Ferreira de Oliveira, já tinha anunciado que vai concorrer à construção e exploração de todos os concursos que forem lançados para novas barragens.

Timorenses, que mais nos irá acontecer?

Blog Timor Lorosae Nação - Domingo, 21 de Outubro de 2007
Ana Loro Metan

O Jaco é um ilhéu que é reserva natural e que até pelos portugueses, que nos colonizaram, foi sempre devidamente preservado, os próprios indonésios acabaram por o deixar incólume.

A soberba australiana considerou por bem dar inicio à sua destruição. Vai daí, o comando australiano deu luz verde para que as suas tropas pomposas, ISF, fossem exercitar-se para aquele santuário da natureza. Tropas neozelandesas, sob o comando de Hutcheson, serviram-se do Jaco para brincar aos índios e cowboys.

Patente ficou a insensibilidade dos que nos estão a ocupar o país sob a capa de cordeiros mas com atitudes de ferozes lobos.

Se por agora é assim, futuramente pior será!

Quando a tristeza invade os portugueses, cantam o fado. Há mesmo um fado cantado assim, um fado antigo, da minha meninice e que o meu pai comprou na Kota, que era o único sítio onde podíamos comprar aqueles ep's e lp's - discos de vinilo.

Quando a tristeza invade os timorenses, melhor será irmos para o Ramelau e trautear a ladainha do mesmo nome.

Verdadinha, é que nota-se a tristeza de muitos nós espelhada nos olhos. Tristeza cujas causas são equações mal contidas sobre o futuro do nosso país. Sobre para onde irão levar o nosso Timor. Sobre a confiança depositada em homens que talvez não a mereçam. Em indivíduos indignos que esquecem que neste pequeno país tudo se sabe com muito mais rapidez de que noutro país qualquer.

A novela diária em Dili e um pouco por todo o Timor celular - como diz uma professora brasileira minha amiga - anda ao rubro por causa de uma conversa em que os intervenientes são figuras de destaque das nossas elites.

Imaginem Longuinhos Monteiro posto a nu e a comprovar aquilo que muitos sempre afirmaram: Longuinhos golpista.

Por arrasto, Longuinhos traz Xanana a reboque, mais Agio Pereira, mais Leandro Isaac, mais Alfredo Reinado, e outros, e outros... e Horta!

Porque não Horta? Quem nos garante que Horta não está metido em tudo isto?

Os rumores, aquilo a que chamaram rumores e que Xanana desmentia está a comprovar-se corresponder à realidade.

Então Xanana é mesmo responsável moral por dezenas de mortes e destruições! E Horta? Porque não Horta?

Os rumores têm vindo a comprovar corresponderem à realidade. Abençoados rumores, que vão desmascarando estes personagens de elite que não têm um pingo de vergonha e são capazes de prosseguir no exercício de cargos que lhes foram confiados por vontade soberana dos eleitores - no caso de Horta, porque no de Xanana... nada disso!

Que se demitam! Que tenham vergonha na cara! Que se vão!

Jaco é para destruir, timorense para levar porrada, mulher para abusar!

O empertigado brigadeiro Hutcheson, comandante de tropas muito mal educadas, racistas e que nos deixam a sensação de estarem a ocupar o nosso país, parece que vai na senda dos governantes e presidente timorenses optando pela mentira e omissão.

Omite aquilo que se passou com as tais bombas que estavam a preparar nas suas instalações junto à embaixada - nem a UNMIT se dignou explicar abertamente a situação.

Se bem que seja compreensivo que não é para qualquer um dar explicação de umas bombitas que "estávamos a preparar para dar uma festa".

Athul Kahre demonstra estar a ser um senhor muito vergonhoso, comprometido...

Hutcheson, o boçal militar mentiroso das tropas ocupantes. veio a terreiro mentir e defender por via da mentira militares que comanda e que comprovadamente nos espancam, assassinam e violam - há casos calados de violações!

A realidade quotidiana timorense está a ficar insustentável e em vez de percebermos que temos um governo e um presidente que nos defendem, deparamos com um governo e um presidente subservientes perante uma potência estrangeira vizinha que cada vez mais vem demonstrando estar a ocupar o nosso país.

Compreende-se que elites políticas despojadas de dignidade, como se está a comprovar, tenham dificuldade em fazer-se ouvir perante os seus amos, mas será que eles se importam que estejamos a ser desrespeitados?

Comments on Timor Leste AMP tax reform proposals

By way of John M Miller/ETAN - 20 October 2007
Tim Anderson

The Tax Reform Proposals from the AMP government are a derivative set of ideas, borrowing from the Washington based investor lobby headed by the IMF-World Bank Group. The three-way presentation (IMF, President Jose Ramos Horta, AMP Tax Committee) gives the apearance of broad consensus, but it is mostly a reflection of the well known 'Washington consensus'.

This 'Washington consensus' was a package of policies adopted in IMF-WB 'structural adjustment programs' (SAPs) across the developing world in tne 1980s and 1990s. SAPs became so unpopular that the banks abolished this name in September 1999. However all the major elements of SAPs were rapidly resurrected under 'poverty reduction' and 'good governance' programs.

The current tax proposals thus have their origin in the claims of private investor lobby groups. The Ramos Horta version appears to be the 'ambit claim' (the most enthusiastic overstatement) while the Committee pulls back a bit from this extreme version towads the original IMF version; otherwise the three suggestions are fairly consistent. However the existing tax system is not debated, the various 'reform' proposals are not real alternatives, and they are not linked to the particular conditions of Timor Leste.

The main part of the proposals comprise: (a) abolition of the progressive income tax, replacing it with a low (or zero) flat rate income tax, (b) abolition or reduction of already low tariffs to a even lower (or zero) level and (c) abolition or strong cuts in service taxes (tourism, transport, telecommunications).

No argument is given for any of these 'reforms', but we can infer that they represent an attempt to encourage or induce private investment, or at least to impress investor groups. The problem is that such attempts to impress may not lead to the expected inflow of cash, but may instead cause lasting structural damage, weakening the new state's capacity.

The current income tax system does not affect the vast majority of East Timorese people, so a flat tax rate of between 5 and 15% is clearly not aimed at them. President Ramos Horta's threshhold for income tax emeption ($1,000 per month) is higher than the average *annual* income in Timor Leste. Abolition of the existing progressive tax rate (where those with greater capacity pay a greater proportion) and its replacement with a flat tax would shift the tax burden away from those with economic resources onto the broader population, and onto the patrimony of the petroleum fund. The flat and low tax proposal would diminish state capacity by narrowing the tax base. In the current RDTL system the highest income tax rate (30%) is still quite low and the corporate ('legal person') rate appropriately taxes commercial operations.

A low, flat tax is a major concession to a small group of high income people, but it is not clear that it would attract more foreign investment. Timor Leste does not have highly competitive manufacturing industries that might be influenced by a lower tax rate than applies in other countries. The factors that might influence new investment in Timor Leste are more likely to be: political stability, stable and consistent foreign investment rules, improved infrastructure, and improved public health (e.g. control of malaria and dengue).

Given that the major opportunity for non-oil foreign investment in Timor Leste is in tourist services - a luxury service industry which thrives on reputation and exclusivity - slashing income and service taxes seems irrelevant at best and a 'pre-emptive strike' on state revenues at worst. It would weaken state capacity and increase reliance on the petroleum fund. In respect of future investment in tourism, the existing corporate income tax and the services tax on tourism seem highly appropriate.

The tariff proposal is not in response to any international pressure (e.g. from the WTO) although Australia did apply some moral pressure in 2005, when it abolished all tariffs for a range of 'least developed' countries including Timor Leste. This was part of an 'Australian consensus' to unilaterally reduce tariffs and then refer to this example in international arguments, particularly over agriculture. There is no direct pressure on the RDTL to respond, but there is some implicit pressure for reciprocity. However as Australian exports to Timor Leste are several dozen times Timor's exports to Australia it is a highly asymmetrical suggestion.

Tariffs serve a distinct function in developing countries, where these taxes on imports are relatively easy to administer, can be targeted at luxuries and can make a significant contribution to state revenues. In a wealthier country with a wider tax base (e.g. with broader income taxes, consumption taxes, service taxes and property taxes), on the other hand, tariffs are usually insignificant for state revenues. Wealthier countries are also much better placed to use subsidies as policy instruments. Poorer countries do not have this option.

The rejection of a consumption tax in Timor Leste seems appropriate, as this would be more difficult to administer and probably (depending on exemptions) highly inequitable. However the proposal for a low and flat income tax with a high exemption threshold would be highly inequitable and would narrow the tax base, weakening state capacity and leading to greater reliance on the petroleum fund. Similarly, cutting service taxes on tourism would seriously undermine the capacity of the state to broaden its tax base and benefit from the country's main potential non-oil growth industry. Unilateral reductions in the country's already low tariffs are unnecessary and would further weaken state capacity.

TRADUÇÃO:

Comentários sobre as propostas de reforma fiscal da AMP de Timor-Leste

Pela via de John M Miller/ETAN - 20 Outubro 2007
Tim Anderson

A proposta de Reforma Fiscal do governo da AMP é um conjunto de ideias derivadas, emprestadas pelo grupo de pressão de investidores com base em Washington lideradas pelo grupo do FMI-Banco Mundial. A apresentação por três vias (FMI, Presidente José Ramos Horta, Comité Fiscal da AMP) dá a aparência de consenso alargado, mas é principalmente um reflexo do bem conhecido 'consenso de Washington'.

Este 'consenso de Washington' era um pacote de políticas adoptados nos “programas de ajustamento estrutural” (SAPs) do FMI-BM para os países em vias de desenvolvimento nos anos 1980s e 1990s. Os SAPs tornaram-se tão impopulares que os bancos aboliram este nome em Setembro de 1999. Contudo, todos os grandes elementos dos SAPs foram ressuscitados rapidamente sob programas de 'redução da pobreza' e 'boa governação'.

As actuais propostas fiscais têm portanto a sua origem nas exigências de grupos de pressão de investidores privados. A versão Ramos Horta parece ser a “exigência limite” (a mais exagerada) enquanto que a do Comité recua um pouco deste versão extrema e se aproxima da versão original do FMI; noutros casos as três sugestão são bastante consistentes. Contudo o sistema fiscal existente não é debatido, as várias propostas de 'reformas' não são alternativas reais, e não estão ligadas a condições particulares de Timor-Leste.

A parte principal das propostas compreendem: (a) a abolição da taxa de rendimentos progressivos, substituindo-a com uma taxa única de rendimentos baixa (ou zero), (b) abolição ou redução das já baixas tarifas, para um nível ainda mais baixo (ou zero) e (c) abolição ou grandes cortes nas taxas de serviço (turismo, transporte, telecomunicações).

Não é dado nenhum argumento para qualquer destas 'reformas', mas podemos inferir que representam uma tentativa para encorajar ou induzir investimento privado, ou pelo menos para impressionar grupos de investidores. O problema é que tais tentativas de impressionar podem não levar ao esperado influxo de dinheiro, mas podem em vez disso causar estragos estruturais duradouros, enfraquecendo a capacidade do novo Estado.

O sistema actual de taxas de rendimentos não afecta a vasta maioria do povo Timorense, por isso uma taxa única de entre 5 e 15% não está claramente dirigida a eles. A percentagem mínima do Presidente Ramos Horta para isenção de taxa de rendimento ($1,000 por mês) é mais alta do que o rendimento médio *anual* em Timor-Leste. A abolição da taxa progressiva existente (onde os que têm maior capacidade pagam numa proporção maior) e a sua substituição com uma taxa única mudará o peso da taxa dos que têm mais recursos económicos para a população mais geral, e para o património do fundo do petróleo. As propostas de taxas únicas e baixas diminuirão a capacidade do Estado ao reduzir a base de taxação. No sistema corrente na RDTL a mais alta taxa de rendimento (30%) é ainda bastante baixa e a taxa das corporações ('pessoas legais') estão aproximadamente ao nível das taxas de operações comerciais.

Uma taxa única, baixa é uma grande concessão a um muito pequeno grupo de gente de altos rendimentos, mas não está claro que vá atrair mais investimento estrangeiro. Timor-Leste não tem indústrias produtivas altamente competitivas que possam ser influenciadas por níveis mais baixos de taxas do que os aplicados noutros países. Os factores que podem influenciar novos investimentos em Timor-Leste são mais provavelmente: estabilidade política, regras estáveis e consistentes para o investimento estrangeiro, infra-estruturas melhoradas, e melhor saúde pública (isto é o controlo da malária e do dengue).

Dado que a maior oportunidade para investimento não-petrolífero em Timor-Leste são os serviços de turismo – uma indústria de serviço de luxo que se afirma na reputação e exclusividade – reduzir taxas de rendimento e de serviço parece ser irrelevante no melhor caso e um 'ataque pre-emptivo' nos rendimentos do Estado no pior caso. Isso enfraquecerá a capacidade do Estado e aumentará a dependência no fundo do petróleo. São altamente adequadas as actuais taxas de rendimentos para as corporações e as taxas de serviço para o turismo no que diz respeito a investimentos futuros no turismo.

A proposta de tarifas não é uma resposta a alguma pressão internacional (isto é da OMC) apesar da Austrália ter feito alguma pressão moral em 2005, quando aboliu todas as tarifas para uma série de países 'menos desenvolvidos' incluindo Timor-Leste. Isto fez parte de um 'consenso Australiano' de reduzir unilateralmente as tarifas e depois transformou este exemplo num argumento internacional, particularmente sobre a agricultura. Não há nenhuma pressão directa sobre a RDTL para responder, mas há alguma pressão implícita para (haver) reciprocidade. Contudo dado que as exportações Australianas para Timor-Leste são várias vezes maiores que as exportações de Timor para a Austrália é uma sugestão altamente assimétrica.

As tarifas servem uma função distinta nos países em vias de desenvolvimento, onde essas taxas em importações são relativamente fáceis de administrar, podem visar bens de luxo e podem trazer contribuições significativas para os rendimentos do Estado. Num país mais rico com uma base mais alargada de taxação (isto é com taxas de rendimento mais alargadas, taxas de consumo, taxas de serviços e taxas de propriedade), por outro lado as tarifas são geralmente insignificantes para os rendimentos do Estado. Os países mais ricos estão muito melhor colocados para usar os subsídios como instrumentos políticos. Os países mais pobres não têm esta opção.

A rejeição de uma taxa de consumo em Timor-Leste parece adequada, dado que isto seria mais difícil de administrar e provavelmente (dependente das excepções) altamente desigual. Contudo a proposta para uma taxa de rendimento baixa e única com uma elevada isenção de percentual mínimo será altamente desigual e reduzirá a base de taxação, enfraquecendo a capacidade do Estado e levando a uma maior dependência do fundo do petróleo. Similarmente, reduzir taxas de serviço no turismo seria minar gravemente a capacidade do Estado em alargar a sua base de taxação e benefícios da principal indústria não petrolífera com potencial de crescimento. Reduções unilaterais nas já baixas tarifas do país não são necessárias e enfraquecerão ainda mais a capacidade do Estado.

District Women Participate in training on Domestic Violence and Gender

Alola Foundation - October 22, 2007

Three day workshops in six districts

The District Support Worker team are flat chat between now and Christmas as they roll out training in response to requests made by women in the Districts.

When our team visited all six districts in August and September the message was loud and clear - we need more information and resources about domestic violence, leadership, gender issues and group management and finance skills.

So, in collaboration with Oxfam Australia and Pradet (Pradet provides mental health services and survivors of sexual assault), Alola is providing six, three day workshops in Ermera, Liquica, Manatuto, Baucau, Lospalos and Viqueque.

11 - 13 October 2007 Gleno, Ermera District

The first workshop was held in Ermera District in the town of Gleno and 30 women participated representing three groups from remote and local sub-districts of Ermera. Two police women from the Vulnerable Person's Unit (VPU) also participated in the workshop. Their contribution was most valuable. The opening of the workshop was covered by both community radio and Radio Timor-Leste.

Domestic Violence - Women in Timor-Leste remain vulnerable

Many of the women reported cases of domestic and sexual violence (or Gender Based Violence, 'GBV') in their communities and also raised concerns about sexual violence against young children. One woman reported that a young child had been attacked in March 2007 but had not received any followup support or intervention since then. Aware of this case, the VPU officers said that like many other GBV reports, cases can wait many months before the Prosecutor General gives the go ahead for an investigation to be carried out. By that stage it is difficult to collect evidence and bring a comprehensive case before the courts to prosecute the suspect.

The VPU police women also talked about the difficulties they face. Currently on very low salaries, they struggle to make ends meet but they often have to pay for fuel or telephone credit out of their own pocket. Prepared to be called out 24 hours a day, these women often go hungry on the long trips to Dili to court, or to investigate a case in remote areas as they cannot afford to buy meals along the way. Without access to a camera and other specialist investigative equipment, it is very difficult to collect evidence.

Too often, communities resort to the traditional justice because the criminal justice system is just too hard and too slow to negotiate. Traditional justice usually means negotiating some kind of compensation for the family of the child or woman who has been attacked. Invariably, that means the father, uncle or older brother receives compensation while the survivor of the attack receives nothing.

The first step is for women to know their rights and to support each other to exercise those rights. The introductory workshop helps women to understand their rights, explore gender issues, learn about support services and networks and to establish groups that will help strengthen their voice in the community and promote economic independence.

Gender Awareness and Economic Independence

The following sessions helped women explore the relationship between leadership, advocacy, gender, culture and economic independence. But it wasn't all serious hard work!

We discussed the cultural practices that descriminate against women like the bride price. In areas where the bride price is high domestic violence rates are high too. The wise woman below suggested reducing the bride price to a much smaller symbolic amount. That way, the cultural tradition is protected but so are the rights of women.

Communique: Pipelife Supports Austrian Red Cross With a EUR 75,000 Donation

Pipelife - October 22, 2007 - 16:49

Wiener Neudorf Austria 22/10 - Financing to Provide Drinking Water for 20,000 Residents in East Timor The mission statements of these two organizations have a common objective: to improve the quality of human life as a prerequisite for well-functioning societies. "In this case, we are talking about clean drinking water for people in East Timor", explained Werner Kerschbaum, Deputy General Secretary of the Austrian Red Cross, on the reasons for this cooperation with Pipelife. "The EUR 75,000 donated by Pipelife will allow us to provide 20,000 people in the poorest country in Asia with access to clean drinking water", added Miguel Kohlmann, CEO of this Austrian based company.

Kohlmann described the company's philosophy by stating that, "One of our key objectives is to improve the quality of life by providing high-quality solutions for the transport and protection of water and energy".From Kohlmann's point of view, the goal to provide "the less fortunate members of society with access to clean water" can be met very efficiently together with the Austrian Red Cross.

For three years, the Austrian Red Cross has been working on the construction of water systems in East Timor. Only one-half of the households in this poorest country in Asia have access to clean drinking water. As a result, thousands of children die each year from water-related diseases such as diarrhea and cholera.

Moreover, the time-consuming search for water often prevents children and young people from attending school on a regular basis. These new water systems and the parallel hygiene training programs will not only improve health standards, but also the quality of life in general.

Pipelife, which is headquartered in Wiener Neudorf, Austria, is represented by plants and sales offices in 30 countries. The Pipelife Group generated pro-forma revenues of EUR 826 million in 2006 with. 3,000 employees.

- Contacts: Pipelife International, Alexander Leutner, Mobil: +43-664/2155062; E-Mail: alexander.leutner@pipelife.com; http://www.pipelife.com

A physical life of some information

Phronesis - Saturday, October 20, 2007

Yesterday I had a meeting at CIDAC in Lisbon. CIDAC began as the Centre for Anti-Colonial Information and Documentation, with AC later coming to stand for Amílcar Cabral, a leader of the revolution in Guinea-Bissau and major contributor to revolutionary theory and strategy.

The musty wooden floors and narrow corridors, filled from the ceiling to the floor with box files full of newspapers and documentation dating back to the '70's took me back to my own politically active days twenty-five years ago. Getting hold of information about Mozambique and other Southern African countries was difficult and a primary aim.

Four walls of one room in CIDAC is devoted to box files of information written by Timorese activists and solidarity groups. "It's their history and doesn't belong to us" I was told, "and one day, when we have funds, we will send all these documents back to Timor, so that Timorese people have access to this part of their history."

At that moment I felt overwhelmed - and humbled - with the idea of boxes of information being physically moved down two flights of stairs onto a transport vehicle and then onto a ship that would take it to Timor, unloaded, and driven to a room in a Library - so that people could access it.

PORQUÊ O PACTO DE SILÊNCIO SOBRE TIMOR-LESTE?

Blog Portugal Diário - Domingo, 21 de Outubro de 2007
TIMOR-LESTE? MAS ONDE FICA ISSO?

Um estranho pacto de silêncio está a ocorrer, sobre Timor-Leste, entre os jornalistas portugueses que são responsáveis pela articulação das notícias que nos chegam aos olhos e ouvidos e que nos permitem andar informados, desinformados ou deformados.

A profissão é nobre, como imensas que existem, mas muito propensa à devassa de situações estranhas - chamemos-lhe assim - que para os comuns mortais não é entendivel.

Têm ocorrido em Timor-Leste algumas cenas, declarações, revelações dignas de serem reportadas e trabalhadas pelos profissionais da informação portuguesa, mas nada. Parece que nada tem acontecido e se assim continuar lá teremos de ouvir um ignorante produzido pelos nossos jornalistas observar: - Timor-Leste? Mas onde fica isso?
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O buzilis da questão esbarra na eventual desculpa de que por lá nada acontece que mereça a atenção dos media portugueses. Desculpem, mas isso é uma desculpa esfarrapada!

Tanto quanto dá para perceber através da Internet registou-se há dias uma explosão que está por explicar. O estrondo foi enorme e toda a cidade de Dìli ouviu. A explosão ocorreu junto à embaixada australiana, num edifício contíguo que serve para os militares e a "secreta" elaborarem os "planos da pólvora" - como dizia Raul Solnado.

Também há dois ou três dias foi divulgada uma conversa telefónica muito comprometedora para o Procurador-Geral, Longuinhos Monteiro, para o ex-deputado Leandro Isaac, para um actual governante xananista chamado Ápio, para Alfredo Reinado, para Xanana Gusmão... e parece que sobrará alguma coisa para Ramos Horta, se bem vasculharem a "crise de 2006".
.
Tudo indica que só estas duas ocorrências dão pano para mangas se um jornalista pegar com gana nas laudas que se vão somando aos créditos que lhe preenchem o vencimento.

Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin, na qualidade de deputado, exigiu no Parlamento Nacional que o PR Horta demita o PGR Longuinhos por participação no golpe de estado que derrubou o governo em 2006.

E mais, muito mais aconteceu e vai acontecendo, mas na comunicação social portuguesa N-A-D-A!
Lá veio hoje, a medo uma notícia sobre futebol. Na Bola, claro está. Timor-Leste perdeu com Hong-Kong para o Mundial de 2010. Teve de ir jogar à Indonésia, a Bali, porque não tem um estádio que preencha as condições impostas pela FIFA.

Bem podíamos oferecer a Timor o Estádio Algarve - aquele Elefante Branco que deve ter dado umas "luvas" de jeito a uns quantos do Euro e correlativos.

O estádio Algarve não nos serve, não é preciso, quase nunca é usado, sai caríssima a sua manutenção e o "Zé Pagante" lá vai sustentando Elefantes Brancos, políticos e outros que tais.
Foi um desabafo, merecido.
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Em, abono da verdade importa referir que o profissional da Lusa, Pedro Rosa Mendes, decidiu despachar por atacado umas quantas notícias sobre Timor-Leste. Isto depois de um razoável período de silêncio.

Até deu para pensar que também ele se tinha vindo embora, por ordens superiores. Como os juízes, como os GNRs, como muitos outros portugueses que vão "entregando" Timor-Leste à Austrália - talvez conforme acordado com João Gomes Cravinho e o ministro Downner.
Coisas... que lá mais adiante certamente virão ao desabafo.

Por agora talvez já chegue.

Postado por Mário Motta at 22:00

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.