sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Comício da FRETILIN com Mari Alkatiri em Same

Amanhã, Sábado 10 de Fevereiro pelas 10:00.

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Grupo de fados de Coimbra a caminho de Timor-Leste

Abaixo segue a nota informativa à imprensa do grupo de fados "Alma deCoimbra" do passado dia 2 a respeito da sua viagem a Timor-Leste.Pela paz em Timor-Leste! Pelo humanismo! Pela harmonia entre osirmãos timorenses!

Esta é também a minha mensagem solidária e fraterna.

Coimbra, 02 de Fevereiro de 2007

ASSUNTO: Coro “Alma de Coimbra”
Deslocação a Timor-Leste – Um contributo para a Paz


Exmo Senhor Director
O "Alma de Coimbra" ( http://almadecoimbra.googlepages.com ) começou
por ser um "grupo de Fados" pela iniciativa de alguns destacados
cultores da música e da canção coimbrã que, no quadro da antiga
tradição académica, encerravam as apresentações dos diferentes
agrupamentos corais a que, enquanto estudantes, pertenceram, com os
Fados e as guitarras de Coimbra.

Mercê da riqueza e da diversidade de timbres das suas vozes e
dispondo de executantes instrumentais de qualidade, têm vindo nos
últimos anos a desenvolver uma acção reconhecidamente meritória e
importante no cultivo e na divulgação deste género musical, com
espectáculos tanto em Portugal Continental, Açores, Canadá, Macau e
Hong-Kong.

A experiência colhida, com os resultados mais animadores, pareceu,
entretanto, em complemento do já existente, sugerir um projecto mais
alargado e motivador. Assim, em 2005 acrescentou-se ao grupo uma
vertente coral.


O Coro (também ele, "Alma de Coimbra"), constituído por cerca de 30
elementos masculinos, possui um repertório afeiçoado a cada tipo de
circunstância, dedicando particularíssima atenção à música e aos
poetas portugueses e da lusofonia, mercê das harmonizações para Coro,
solistas e instrumentos, sobretudo guitarra portuguesa, do maestro
Prof. Augusto Mesquita – figura hoje incontornável no panorama
musical do País.

Em Outubro do ano passado, o Grupo esteve em Macau, a convite dos
Comités Olímpicos de Macau e Portugal, participando nos eventos
culturais que decorreram paralelamente aos "I Jogos da Lusofonia".

Realizou, além disso, concertos na Escola Portuguesa de Macau e nas
Universidades de Macau e Universidade de Hong Kong.

Surge agora a digressão a TIMOR.
Esta visita a Timor reveste um carácter eminentemente humanista.
Preparada, por isso, com rigoroso sentido de responsabilidade:
oportunidade rara – única, talvez... – para levarmos a um Povo que
nos é particularmente caro uma mensagem de fraternal estima; como aos
nossos compatriotas, num abraço solidário, a imagem da Pátria
distante que servem com galhardia.

Coincidindo com um período difícil, desejamos que a nossa presença,
através da música e da relação humana, possa acima de tudo
contribuir para a instalação de um clima de paz e de harmonia entre
os nossos irmãos timorenses.

Ainda recentemente, o responsável pela Segurança da Missão Integrada
das Nações Unidas em Timor, Eric Tan, afirmou numa conferência de
imprensa: “Queremos uma solução cultural, digamos psicológica, para o
problema da violência em Dili”.

A chegada a Dili está prevista para 10 de Fevereiro (sábado),
permitindo a apresentação no Domingo, na Missa, na Catedral. Seguir-
se-ão, ao longo da semana, espectáculos e actuações, na capital como
noutras cidades (designadamente Baucau, no dia 15, a pedido expresso
do Senhor D. Basílio do Nascimento) e para diferentes públicos, de
acordo com o programa definido pela nossa Embaixada.

A deslocação envolve também, no regresso, uma estadia na Indonésia, a
convite da Embaixada deste País, em Lisboa, com a realização de
concertos em Bali e em Jacarta.

A comitiva será encabeçada pelo Eng. Miguel Anacoreta Correia,
Conselheiro de Estado e ex-presidente da Comissão Parlamentar de
Timor, ele próprio, como todos nós, antigo estudante de Coimbra.

A Fundação Oriente, ao assegurar a estadia em Timor, deu um
contributo determinante e valioso.

S. Ex.ª o Presidente da República distinguiu-nos com o Alto
Patrocínio concedido. Alto Patrocínio que solicitámos também junto de
S. Exas. o Presidente da Assembleia da República e o Primeiro-Ministro.

Com os melhores cumprimentos

O Presidente da Associação "Alma de Coimbra"

José de Azevedo Carvalho Vilela

Statement From The United Nations Development Program On International Prosecutors Employed By The Prosecutor-General

UNMIT - 9 February 2007

Dili - Questions have been raised in the public sphere about the status of the international prosecutors working for the Office of the Prosecutor-General of the Democratic Republic of Timor Leste.


From the UN side we would like to clarify that the prosecutors were recruited through the United Nations Development Programme under the Justice Project in agreement with the Office of the Prosecutor-General for the Republic of Timor Leste. Recruitment is based on the highest professional qualifications and personal integrity.


Once selected, the prosecutors are sworn in by the Prosecutor General after which they carry out their functions as independent prosecutors.

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CPLP: Comunidade vai ter representante em Timor-Leste para acompanhar eleições

Lisboa, 08 Fev (Lusa) - A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai nomear um representante em Timor-Leste, tendo em vista a realização de eleições presidenciais e legislativas naquele país, disse hoje à Lusa o secretário-executivo da organização.
Segundo o embaixador Luís Fonseca, a CPLP está a preparar duas acções importantes: a primeira é a criação de uma representação, que permita acompanhar mais de perto a evolução dos acontecimentos e a segunda visa preparar a participação com observadores nos dois processos eleitorais.


"Timor-Leste constitui, sem dúvida, uma das grandes prioridades políticas (da CPLP) e a sua situação tem merecido toda a atenção por parte da Comunidade", frisou.

Luís Fonseca, que falou à Lusa no final da sessão solene de abertura do I Congresso Internacional da Lusofonia, iniciativa da Universidade Lusófona, estabelecimento de ensino universitário privado português, salientou que as eleições em Timor-Leste "irão definir com bastante clareza o futuro" daquele país.

"Todos os países e povos da CPLP estão interessados em apoiar Timor-Leste", garantiu. "Estamos com muita esperança que as dificuldades por que tem passado serão, finalmente, resolvidas e o povo timorense poderá desfrutar do futuro com que sonhou. Sobretudo porque se trata de um pais que dispõe de recursos que a médio prazo lhe permitirão viver sem grandes dificuldades", acrescentou.

Relativamente a quem representará a CPLP em Díli, Luís Fonseca disse que vai ser convidada uma personalidade local. "Vamos avançar com a criação de uma representação, cuja presença física será provavelmente ocupada por uma individualidade local", afirmou.

O secretário-executivo da CPLP referiu ainda que a organização "está a programar deslocações dos seus dirigentes a Díli".

A CPLP criou a sua primeira representação num país lusófono em 2005, na Guiné-Bissau, tendo o cargo sido ocupado pelo diplomata brasileiro Carlos Moura.

A CPLP foi criada em 1996 e inclui os oito países de língua oficial portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste). Da organização fazem ainda parte a Guiné-Equatorial e as Ilhas Maurícias ambas com estatuto de países observadores.

EL-Lusa/Fim

Mau juízo

Ponto Final - 8/02/07 - 16:05

Paulo A. Azevedo

Portugal não apoia os magistrados portugueses que prestam funções em Timor, criticam os juízes. Não bastam as difíceis condições de trabalho, a falta de legislação e quadros como ainda por cima Lisboa “não tem visão nem cria incentivos”. Resultado, não há quem fique mais de seis meses

Nenhum dos quatro magistrados portugueses em serviço em Timor Leste deverá renovar a comissão e permanecer um segundo período de seis meses. Desencantados com a falta de apoio e incentivos por parte de Portugal, dois dos quatro magistrados garantem que, a continuar esta “falta de visão” é o incipiente sistema judicial timorense que vai sofrer as consequências.

Numa altura em que ainda não existe parte dos chamados grandes diplomas, como os códigos penal e civil, e que a inexistência de quadros é dos maiores obstáculos ao desenvolvimento da jovem nação, uma estratégia concertada das autoridades portuguesas é considerada “imprescindível”.


“Não há país melhor colocado para prestar essa formação do que Portugal, há que pôr cá juízes e procuradores para que os tribunais funcionem. O que se nota, no entanto, é que essa ajuda é prestada porque nós individualmente o queremos. Mas isso não resulta da vontade de um país, resulta da nossa vontade”, explica ao PONTO FINAL Jaime Pestana, juiz que exerce funções no Tribunal de Recurso, a última instância em Timor.


“É necessária esta ideia de que estamos aqui em nome de alguém, em representação de Portugal e não de que estamos aqui como três ou quatro mosqueteiros. Cada um de nós quis estar aqui, pela experiência pessoal que nos enriquece mas não há ideia de que representamos um ideal ou um país”, desabafa.


Também Ivo Cruz partilha da mesma opinião. Para o magistrado que tem em mãos o processo que envolve cerca de meia centena de jovens membros dos chamados grupos de artes marciais, detidos após confrontos na semana passada no bairro do Pité, um dos mais problemáticos de Díli, “todos nós sabíamos que as condições de trabalho eram difíceis, mas não haver esta visão nem criar condições para que juízes permaneçam cá é o que me faz regressar a Portugal”, diz.


O curto período de seis meses, acrescenta Ivo Cruz, já mal chega para a necessária adaptação a um sistema que tem parte das leis em bahasa indonésio e traduções em inglês. Além da formação à primeira das fornadas de juízes locais. “Estou cá desde 11 de Setembro, só há dois meses a esta parte é que me sinto minimamente dentro do sistema.


Também estou na formação dos juízes, e só há dois ou três meses é que consegui criar alguma ligação com eles e a ver algum retorno do trabalho efectuado. Se eu me for embora no fim deste contrato obviamente que esse trabalho será colocado em causa”.


Para além da necessidade de sentirem uma visão estratégica por parte de Portugal, a atribuição de incentivos, como acontece noutras áreas profissionais, é vista como importante para a manutenção de juízes, magistrados do Ministério Público e funcionários judiciais. Mas até a nível de vencimentos, afirma, “houve cortes”. No início chegou a haver o pagamento do vencimento em Portugal e em Timor, como acontece nas comissões de serviços de outras profissões. Mas o facto de Portugal ser o maior doador, com três milhões de euros, para o projecto de fortalecimento da justiça em Timor, administrado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), levou Lisboa a considerar que os magistrados não estavam ao serviço de Portugal, logo não deveriam ser pagos pelo país de origem. Resultado, diz Ivo Cruz, no final do contrato já decidiu: regressa a Portugal. Não será o único.

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Comunicado - PM

GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
Díli, 9 de Fevereiro de 2007

PRIMEIRO-MINISTRO, DR. JOSÉ RAMOS HORTA, EM NOVA IORQUE
TEM ENCONTRO COM O CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU


O senhor Primeiro-Ministro, Dr. José Ramos-Horta, viajou para Nova Iorque onde irá falar, 2ª-feira, 12 de Fevereiro, perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Durante a sua deslocação a Nova Iorque, o senhor Primeiro-Ministro irá reunir-se, pela primeira vez, com o novo Secretário-Geral das Nações Unidas, senhor Ban Ki-moon, e com outros dirigentes da organização, para prolongar, por um ano, a actual missão da ONU em Timor-Leste e para reforçar os efectivos do seu contingente de segurança.

O Dr. José Ramos Horta vai também manter contactos com representantes de todos os estados membros do Conselho de Segurança e com representante dos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Na viagem de regresso a Timor-Leste, fará uma escala em Berlim, na República Federal da Alemanha, para encontros com membros do governo alemão, no âmbito das relações bilaterais.
O chefe do Governo aproveitará esses contactos para manifestar ao governo alemão o agradecimento de Timor-Leste pela oferta do navio “Nakhroma”, que entra em operação em breve e vai melhorar significativamente a ligação entre diversas partes do território nacional, beneficiando especialmente as ligações com Oecusse.

A passagem do Dr. José Ramos Horta pela capital alemã permitir-lhe-á também associar-se a uma iniciativa da Amnistia Internacional (AI). Na sua qualidade de laureado Nobel, ele é convidado especial desta organização de promoção dos Direitos Humanos numa sessão em que entregará à actriz Jennifer Lopez um galardão da AI, numa iniciativa que acompanha a realização do Festival Internacional de Cinema de Berlim.

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UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA – Quarta-feira, 07 Fevereiro 2007

A MISSÃO INTEGRADA DA ONU NÃO GARANTE A EXATIDÃO DESTES RELATOS

(Tradução da Margarida)

Relatos dos Media Nacionais

Declaração em Tribunal do PM Ramos-Horta: Rogério distribuiu armas para reforçar a ordem pública

O Primeiro-Ministro Ramos-Horta na sua declaração ao Tribunal de Recurso na Terça-feira 2/2, disse que Rogério distribuiu armas para reforçar a ordem pública por causa, de acordo com ele, depois do incidente em 28 de Abril, viajou toda a noite até manhã à volta da cidade, frente às embaixadas para verificar se a cidade estava protegida pela polícia mas infelizmente não encontrou nenhum. Também, em 29 de Abril muitos oficiais da PNTL abandonaram os seus postos aumentando o risco, de acordo com os rumores, que os peticionários iam atacar edifícios do governo. Disse que a polícia não teria a capacidade para estabelecer a lei e a ordem e que o antigo Ministro do Interior, para evitar que tudo isso acontecesse, deu ordens para entregar armas a civis para restaurar a ordem.

Horta disse que não sabe se as acções de Rogério são políticamente correctas ou incorrectas, mas que se devia olhar com mais proximidade este estágio da situação. Disse também que não acreditava que Lobato tinha intenções para destruir o seu país.

De acordo com Horta, foi somente em 28 de Maio que o Comandante da PNTL Paulo de Fátima Martins o informou que as armas da PNTL usadas pela UIR na fronteira tinham sido transferidas para Dili. Martins não explicou claramente quem deu ordens e para que propósitos as armas tinham sido transferidas para Dili.
Ramos-Horta disse que o incidente de 28 de Abril de 2006 frente ao edifício do Governo (aconteceu) com a intervenção duma terceira parte mas não indicou o nome dessa terceira parte. (Timor Post)


A MUNJ quer que os procuradores da CPLP saiam de TL

Agosto Júnior Trindade, o coordenador do Movimento Nacional de Unidade e Justiça (MUNJ), disse ao STL no local da manifestação que pedirá ao Presidente da República para expulsar os procuradores internacionais Felismino Cardoso e Bernardo Fernandes de Timor-Leste dentro de 24 horas e declará-los “persona non grata”. Disse também que se o Presidente da República, o Ministério Público e a UNMIT não tomarem medidas em relação com isto, que o MUNJ organizará uma grande acção popular. (STL)


Longinhos admite que o caso Alkatiri fechou

O Timor Post relatou hoje que o Procurador-Geral Sr. Longinhos Monteiro numa entrevista com The Age, em Sidney-Austrália, na Segunda-feira (05-02) afirmou que tem conhecimento que o Ministério Público notificou que o ex-Primeiro-Ministro Mari Alkatiri da desistência das acusações contra ele devido a falta de evidência, mas disse que o caso pode ser re-aberto se emergir nova evidência. (TP)

Recomendação da situação actual da ONG Forum

O Timor Post relatou que ontem a ONG Forum em Timor-Leste, FONGTIL, PDHJ e JSMP deram recomendações ao Parlamento Nacional, focando a situação da segurança, assistência às vítimas, processos judiciais incluindo acções disciplinares e administrativas, no seguimento da monitorização da situação actual depois da crise.

Numa conferência de imprensa realizada no gabinete da FONGTIL, Maria Vaconselhos, representante da JSMP afirmou que saúdam a resolução do governo de 13 de Dezembro de 2006 em relação à assistência social ou a uma pensão para famílias de oficiais da PNTL e das F-FDTL que perderam a vida, ficaram feridos ou perderam as suas casas e/ou pertences. A assistência será prestada pelo Ministério do Trabalho e da Reinserção Comunitária.

Em relação ao escrutínio dos oficiais da PNTL, as recomendações foram apresentadas à UNMIT e ao Ministério do Interior para seguirem somente um processo de modo a não confundir o público e os oficiais da PNTL e também para tornar público o processo de escrutínio. Maria afirmou ainda que uma re-evaluação devia ser feita a ambos à PNTL e à F-FDTL para determinar o seu envolvimento na crise. Isto é importante, disse, para ganhar a confiança pública e evitar tratamento discriminatório nessas duas instituições.

Falando aos media, o Sr. Clementino dos Reis Amaral afirmou que a situação no país repousa sobre a Fretilin porque é o partido no poder.

Perguntado sobre o major Alfredo ter saído de in Aifu, Ermera, Clementino disse que este incidente ontem provocou pânico na população mas que é, outra vez, da responsabilidade do Governo, Fretilin, dado que o vice-presidente da comissão B lida com questões de segurança e defesa deste país. Disse que se a situação continuar como está, as eleições gerais que se aproximam serão afectadas.

Questionado sobre a carta de notificação do Procurador-Geral em relação ao caso do antigo Primeiro-Ministro, Clementino disse que a informação vinda do Gabinete do Procurador é confusa mesmo para alguém como ele com conhecimento da lei. (TP)

90 por cento da população em Lospalos passa fome

O membro do Parlamento Nacional, Armindo C. Dias, disse ao STL que 90 por cento da população de Lospalos está a passar fome por causa das culturas como o milho e tapioca terem sido devastadas por ratos e gafanhotos e da falta de chuva. Até agora já morreu uma criança em resultado disto. Acrescentou que as pessoas regressaram ao consumo de cocos e frutos selvagens. Um outro membro do Parlamento, Rui António, também reforçou que este ano a população encontra bastantes constrangimentos em carências alimentares especialmente os que vivem à volta da costa.
Afirmaram que todas as informações que estão a ser apresentadas ao Ministério do Trabalho e Reinserção Comunitária ainda não tiveram respostas. (STL)
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FONTES DE NOTÍCIAS NACTIONAIS:
Timor Post (TP)
Radio Timor-Leste (RTL)
Suara Timor Lorosae (STL)
Diario Tempo (DT)
Diario Nacional
Seminario
Lia Foun (LF)
Televisão Timor-Leste [TVTL]
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Notícias - Traduzidas pela Margarida

ABC Radio Australia - 08/02/2007, 14:21:13

Violência esperada antes das eleições em Timor-Leste

A polícia está a patrulhar as ruas da capital de Timor-Leste, Dili, no meio de receios de manifestantes se juntarem na capital.

Acredita-se que alguns estão a opor-se à decisão do procurador de deixar cair uma investigação sobre o antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri.
O Presidente Xanana Gusmão anunciou que a eleição do novo presidente se realizará em 9 de Abril, e que a data para as eleições parlamentares se realizarão depois disso.
Espera-se que o partido no poder, a Fretilin, anuncie em breve o seu candidato, mas as autoridades em Dili dizem que os partidos políticos já começaram a fazer comícios antes das eleições.
Um porta-voz da ONU disse que pessoas começaram a vir para a capital da cidade do oeste de Liquica, e espera-se que aumente o fluxo nos próximos dias.

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The Jakarta Post – Quinta-feira, Fevereiro 8, 2007

Permutas ainda se fazem na fronteira Maluku-Timor-Leste
M. Azis Tunny, The Jakarta Post, Ambon

A prática tradicional de permutas – pela qual se trocam bens em vez de dinheiro – pode ser uma coisa do passado em muitos sítios, mas é ainda usado por residentes da ilha na fronteira entre Maluku e Timor-Leste.

Uma das ilhas onde a prática continua hoje é na Ilha Kambing (Atauro), Timor Leste. A ilha é o local de permuta entre residentes de Sudeste de Maluku oeste e Timor-Leste.

O comandante militar de Pattimura Brig. Gen. Sudarmaidy Soebandy disse que tais negócios através das fronteiras, apesar de ilegais, ainda permanecem graças à estreita proximidade da área da Ilha Kambing de Timor-Leste.

"Quando estive destacado em Timor-Leste, esta prática era comum e continua ainda hoje," disse.

Disse que tais negócios são comuns entre residentes de Kisar de Sudeste de Maluku oeste e residentes de Tutuala de Timor-Leste, dado que a Ilha Kambing dista somente 19 quilómetros por mar das duas áreas.

Na prática, os residentes trocam bens a bordo dos seus pequenos barcos. "Geralmente, residentes de Wetar, Ilha Lirang e outras ilhas levam gasóleo para ser trocado por arroz," disse Sudarmaidy.

Disse que as permutas ainda existem hoje por causa da falta de desenvolvimento das ilhas remotas do país.

Sudarmaidy disse que lá há educação, saúde e equipamentos de transporte inadequados, nas ilhas remotas de Sudeste de Maluku oeste. "Há escolas lá, mas desde que as abriram servem de para currais de cabras," disse.

Disse que as escolas, como as da Ilha Wetar, têm demasiadamente poucos professores, levando a que o pessoal das Forças Militares Indonésias (TNI) seja destacado como substitutos. Disse que os postos militares foram trazidos para mais próximo das aldeias para ajudar o pessoal das TNI a preencher os lugares vagos nos serviços das aldeias.

O comando militar enviou tropas para vários postos para garantir a segurança das ilhas remotas de Maluku. Foram erguidos três monumentos de fronteira nos pontos mais distantes dessas ilhas - Liran, Wetar e Kisar.

Uma companhia de soldados foi baseada na área desde 2003 e um gabinete militar foi erguido na ilha Wetar.

Com base em arquivos do Gabinete de Pescas da província de Maluku, Maluku tem 812 ilhas, 21 das quais estão incluídas na lista doas 92 mais remotas ilhas do país.

Fora das 21 ilhas mais remotas de Maluku, oito fazem parte da cadeia das ilhas Aru e 13 fazem parte da Sudeste de Maluku oeste. Todas as ilhas estão localizadas na fronteira da Indonésia com a Austrália e Timor-Leste.

Na cadeia das ilhas Aru, só uma está ocupada enquanto que nas Sudeste de Maluku oeste, só oito estão ocupadas.

"As ilhas mais remotas de Sudeste de Maluku oeste estão ocupadas dado que a maioria delas estão localizadas perto de ilhas grandes como Larat, Tanimbar e Wetar," disse o chefe do Gabinete de Pescas Romelus Far-Far.

O secretário de administração de Sudeste de Maluku oeste, Piet Norimarna, disse que os residentes tinham uma forte conexão cultural com Timor-Leste, dado que vêem de tribos similares e usam a mesma linguagem, Tétun.

A ligação cultural, disse, continua apesar de Timor-Leste se ter tornado uma nação independente. "Continuam a relação trocando bens de modo tradicional, sem reconhecer nenhuma linha de fronteira," disse Piet.

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AAP/The West Australian – 8 Fevereiro 2007, 16:26 WST

Testemunha diz que os Cinco de Balibo Five 'em poças de sangue'

Um Timorense chorou no banco das testemunhas quando contou ao inquiridor ter visto os corpos dos jornalistas conhecidos como Cinco de Balibo em poças de sangue.


Os cinco jornalistas e operadores de câmara com base na Austrália - Greg Shackleton, Gary Cunningham, Tony Stewart, Malcolm Rennie e Brian Peters – foram mortos durante um ataque por tropas das forças especiais Indonésias na cidade fronteiriça Timorense de Balibo em Outubro de 1975.

O inquérito de Sydney à morte do Sr Peters é a primeira investigação independente e completamente aberta da Austrália às mortes.

Relatórios oficiais mantém que os cinco foram mortos num fogo cruzado quando faziam reportagem da invasão de Timor-Leste pela Indonésia, mas uma série de testemunhas, com nomes de código para sua protecção, disseram no inquérito que os homens foram executados por tropas.

Um Timorense, conhecido como Glebe 3, que estava com os soldados indonésios invasores, sucumbiu na Quinta-feira quando se lembrava de ter encontrado os corpos dos jornalistas na casa de Balibo onde estavam.

Glebe 3 disse ao Investigador do Tribunal de Glebe que depois das tropas das forças especiais Indonésias terem irrompido em Balibo na manhã de 16 de Outubro de 1975, que ouviu dizer que alguns brancos tinham sido mortos.

Por curiosidade foi à casa onde lhe contaram que encontraria os homens.

"O que é que viu quando entrou em casa," perguntou o advogado júnior que assiste ao inquérito, Naomi Sharp. Glebe 3 sucumbiu quando respondeu: "Quando entrei na casa vi três pessoas a morrer, lá sentadas e duas estavam lá deitadas. "Estavam todas mortas," disse, a limpar as lágrimas.
Disse que todos estavam vestidos com roupas civis e que pensou que eram jornalistas. Quando lhe perguntaram porque pensou isso, Glebe 3 respondeu: "Acredito que gente normal não vinha até lá."

Disse que não sabia como tinham morrido, mas pensou que tinham sido baleados. "Não vi as feridas mas parecia que tinham sido baleados," disse a testemunha ao inquérito. "Só vi o sangue no chão."

Mais cedo nesse dia, o inquérito ouviu que a morte dos cinco jornalistas pode ter dependido do facto de a invasão da antiga colónia portuguesa da Indonésia poder ser encarada como uma guerra internacional.

Uma outra testemunha Timorense, conhecida como Glebe 4, disse que depois dos jornalistas serem mortos um sargento Timorense com as tropas Indonésias disse-lhe que as mortes não teriam sido autorizadas numa guerra internacional.

Um advogado que assiste o inquérito, Mark Tedeschi, QC, leu uma entrevista anterior que Glebe 4 deu sobre uma conversa que teve com o soldado, Sargento João Nascimento. "Ele disse que esta não era uma guerra internacional. Se fosse uma guerra internacional os jornalistas não podiam ser mortos," leu o Sr Tedeschi ao tribunal.

Quando lhe perguntaram se se lembrava do Sargento Nascimento ter dito isso, Glebe 4 disse ao inquérito: "O Sargento Nascimento disse-me que de acordo com uma guerra internacional não devim matar os jornalistas."
Na anterior entrevista Glebe 4 disse: "Eles tinham levantado as mãos e dito que eram jornalistas. Como puderem eles matar estes homens? Não tinham qualquer culpa, não tinham feito nada."
O inquérito perante a vice-investigadora deo Estado de NSW Dorelle Pinch continua na Sexta-feira.

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Catholic Telecommunications - 8 Fevereiro 2007

A comissão Indonésia-Timor promove a reconciliação

Uma comissão conjunta “verdad e amizade” Indonésia-Timor-Leste começou a trabalhar para procurar a verdade sobre eventos em Timorque levaram ao voto para a independência em 1999 e para promover a reconciliação, diz um bispo e membro da comissão Indonésia.


A UCA News relata que a comissão conjunta realizou um fórum público com antigos refugiados de Timor-Leste para obter informação sobre os incidentes violentes que rodearam o referendo de 1999 apadrinhado pela ONU em Timor-Leste.

De acordo com o Arcebispo Petrus Turang de Timor Oeste, que é um dos dez membros da Comissão, que tem cinco membros da Indonésia e cinco de Timor-Leste, o objectivo da Comissão de cerdade e Amizade "é procurar e estabelecer a verdade sobre eventos anteriores e imediatamente depois do referendo de 1999 em Timor-Leste, promover a reconciliação e a amizade, e assegurar que eventos similares não tornem a ocorrer."

A comissão, que tomou posse em Agosto de 2005, é co-dirigida por dois membros – um da Indonésia e um de Timor-Leste.

Timor-Leste tornou-se independente em 20 de Maio de 2002, depois de mais de dois anos de governação transitória pela ONU. A antiga colónia Portuguesa esteve sob controlo Indonésio de 1975 a 1999.
Depois do poderoso grito pela independência de Timor-Leste do referendo de 1999, milícias a favor da governação Indonésia entraram em turbulência, matando centenas e destruindo infra-estruturas e edifícios. Estima-se que 250,000 pessoas fugiram para a Indonésia no meio da violência, mas a grande maioria regressou para Timor-Leste.

Mais de 200 pessoas que participaram no fórum eram antigos refugiados de Timor-Leste que se tornaram cidadãos Indonésios. Outros participantes incluíam líderes religiosos e civis e funcionários do governo.
No fórum, o Arcebispo Turang disse às pessoas que mesmo apesar de muitos terem expressado pessimismo sobre o trabalho da comissão, "precisamos de nos esforçarmos juntos para a verdade e amizade." Pediu às pessoas para cooperarem dando informação relevante à comissão. Mateus Guterres, um antigo refugiado, disse à UCA News que dá as boas vindas ao fórum público. "Para ser frutuoso," disse, "o diálogo deve envolver todos os líderes religiosos Timorenses e a sociedade."

Elio Caetano, um outro antigo refugiado, disse que para descobrir a verdade, a comissão tem de inquirir não só no período imediatamente antes e depois do referendo de 1999 mas traçar eventos anteriores na história do país.

A seguir ao encontro, a comissão autorizou pessoas de organizações não-governamentais e comunidades de antigos refugiados para reunir informação e testemunhos.

De com membros da comissão, a comissão realizará mais fóruns públicos em Denpasar, Dili, Jakarta e Kupang, e diálogos com oficiais de alto nível, incluindo o antigo presidente da Indonésia Bacharuddin Jusuf Habibie e o Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão.
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Transcript of UNMIT Press Conference

8 February 2007
Obrigado Barracks
Dili, Timor-Leste

Allison Cooper OIC and UNMIT Spokesperson:

Good morning everybody and thank for coming today. Today we will be talking
about the protest currently underway in Dili, but before we go on to that I
would just like to give an update on the SRSG’s activities. SRSG Atul Khare
is currently in New York and he’s there to participate in Security Council
(SC) discussions on UN Mission in Timor-Leste. During his time in New York,
the SRSG will be meeting with key Ambassadors and Senior UN officials, and
on Monday he will introduce the Secretary-General’s report to the SC.

The Prime Minister, His Excellency Dr. Jose Ramos-Horta is also expected to
speak. In addition to this the Secretary General has asked the SC for a
twelve month extension of UNMIT’s mandate and for an additional formed
police unit. We will have more on the outcome for you on that particular
subject at a special press briefing in Dili next Friday. That would be an
additional press conference in addition to our regular one next Thursday,
which will still be happening. We are now going to move to Acting SRSG Tan
and he is going to give an update on the protest in Dili. So thank you.

Acting SRSG Tan:

Thank you Allison and thank you everyone for being here this morning. Good
morning.
We will spend some time talking about some of the events happening in Dili
especially relating to a group of demonstrators that came in about the
close of the evening yesterday.

Yesterday evening close to 6pm we were aware that there was a group coming
from the vicinity of Liquiça into Dili. There were a large number of trucks
with people. We understand that they were intending to come to Dili to
stage a demonstration on the matter of justice. The information we received
is that there were many trucks something numbering to 50. The vehicles were
stopped at the police check points just on the outskirts of Dili and
searched for weapons. There were a small number of knives and other sharp
objects that were recovered and I would like to emphasize that they were
very small number and secondly, there were no firearms found in the group.

Because the law requires that all demonstrations must end by 6:30 pm and at
the time it was already very close if not already past that time we had to
decide what to do with this group. So I met with the Commissioner and the
organizer of the group and we convinced them that the best thing to do for
the evening would be to go to the Democracy soccer field. This choice of
Democracy Soccer Field was made in consultation with the government to
locate a place where they could rest and also if they wished to demonstrate
it would not interfere with public activities.

UNPOL then escorted this group to the location and stayed with them through
the night. They are presently there and there have been no incidents
whatsoever related to that group. In the morning we were able to have a
better estimate as to the size and we think there are no more than about
400 of them there. But because it is an open area the figures may go up and
down as people may join them and leave. So what is the aim of the group? It
is in line with freedom of all citizens as mentioned in the law, they may
exercise the right to assemble peacefully and unarmed. They have identified
themselves as MUNJ. Their purpose is to ask for justice. So we met with
them again this morning with the representatives and they made three
requests for the delivery of a document or letter. One is to the President
of the Republic, the second is to UNMIT and the third is to the
Prosecutor-General’s Office. We are now in the process of deciding and
discussing with them how this letter can be delivered. Let me take this
opportunity also to share with you some of the requirements of the law in
relation to the demonstrations and gatherings. I already mentioned that the
demonstrators must be peaceful and unarmed. There are also restrictions
where they can assemble such as not within 100 meters from officers of
organs of sovereignty, residents of office holders and organs of
sovereignty, military and militarized installations, prison buildings,
officers of diplomatic missions, officers of political parties and the list
goes on to include places like telecommunications, power stations and so
on…So there are certain constraints including the timing which is no more
than from 8am to 6:30pm. And lastly before I invite questions, so as to
have some order in the whole process, any demonstrations must have an
initial purpose. If in the process the purpose changes, the police will
have to take actions. In other words, IF it started peacefully but in the
end did not [remain peaceful], we will have to take action. Or, if the
purpose changes such as the objective of the demonstrators is illegal we
also have the right to disperse them. So I will stop here and we can invite
some questions.

Q: The demonstrators need permission or notification?

Acting SRSG Tan: In line with, again, the freedom to gather there is
requirement for notification. Notification has to be given in written form
four days in advance. The notification has to be given to the proper civil
or police authorities. And authorities will respond within two days. And
the law is again fair to general gatherings and if there is no response, it
is assumed it would be allowed to continue. Just one point, if I may add to
that, I mentioned the restrictions of 100 meters to public buildings, you
will recall that in the last few days there was a group in front of the Uma
Fukun building. We had been informed by the government that that building
has become a cultural center. Therefore the 100 meters will apply and
therefore their choice was the Democracy Field.

Q: You said that yesterday there were 50 trucks, so how many people were
there?


If there were 50 trucks we just multiply by a [reasonable] number and we
can get a certain number but we are not sure how many actually turned
around and went back and how many actually came into the city so what we
can be sure of is what we saw this morning which is about 400.

Q: Yesterday evening, around 7pm in the roundabout of the Comoro, near the
airport… you counted about 50 trucks?

UNPOL Commissioner Tor: Yes, yesterday evening there was an estimated
report of about 50 trucks because we had the police in the area but when
they went to the Democracy soccer field, some maybe went to their
relatives’ in Dili and some vehicles may have returned to Liquiça but what
is certain was that this morning, at around 7, very few trucks remained in
the democracy soccer field.

Q: So there was maybe around 40 people in each truck?

Commissioner Tor: Maybe, I’m not sure

Acting SRSG Tan: The trucks are not that big. So, a few hundred I would
say.

Q: Sir, could you be more precise about timing, about the incoming
demonstrators. When exactly yesterday, from the ground were UNPOL forces
alerted or did it come from the authorities that informed you on the ….the
request for the demonstration?


Acting SRSG Tan: If you are inquiring about the notification, there was no
notification for yesterday’s group. But there was a notification for the
first group that was meeting all the time in front of Uma Fukun. And we
know that the groups are similar in origin.

Q: Yesterday when the demonstrators arrived there was a stone fight in
Comoro. Is that true? Second how long are the groups demonstrating, when
are they going to end?


Commissioner Tor: The stone fighting in Comoro is different from the
arrival of the group who will demonstrate. The group of the rally
yesterday, when they finish with the motorcade procession they will go back
to their assembly point at the Democracy soccer field and than stay there
until this afternoon and we will continue to negotiate, talking to them
about their future activities for today, but Mr. Augusto said that today in
the Democracy soccer field they are planning to have some music, a musical
program and maybe invite some people to talk to them there.

Acting SRSG Tan: Can I emphasize just a couple of things? The law requires
them to state the time of the demonstration but there is no requirement to
stay until the end of the demonstration. Secondly, there is a difference
between the original intention of the demonstration. And, if the intention
changes then it changes the nature of the gathering therefore it must be
dealt with differently. So we have to manage that along the way. For
example, if they want to have a musical event that’s different from a
demonstration. The law allows for freedom of demonstration but we have to
also be careful of things like disturbing public order or disturbing public
safety. So along with the freedom to do whatever is allowed, also comes the
responsibility of behavior.

Q: The Commissioner said that the stone fighting in Comoro yesterday is
different from the demonstrators’. Can you explain how different?


UNPOL Commissioner Tor: Well, the reported stone throwing and fight
culminated from the main persons in that area. This group is different;
they just passed on Comoro road coming from Liquiça.

Q: Mr. Tan had mentioned that they had presented a letter. One to UNMIT,
one for Prosecutor’s General and one for the President. What response are
you going to give to them?

Acting SRSG Tan: Thank you. They intend to present the letter. We have not
received the letter and once we have the content we will know what they are
requesting.

Q: Considering that the demonstrators hadn’t, hadn’t given notice for this
particular one, I just want to ask why there weren’t correct numbers
counted upon their entry into Dili. You said you counted them the following
morning. So is there any chance that there is a small representation of who
actually entered Dili. And also not knowing the third demonstration not
even knowing [in audible] could potentially be violent other than
[inaudible] I find it particularly difficult to understand why the correct
numbers aren’t being shared here today.


Acting SRSG Tan: Any group gathering of any kind can have potential
security issues. So the approach we took was to ensure there is UNPOL there
in sufficient numbers supported by ISF security forces. Our priority was
to ensure that they are able to go to a location where we can ensure not
only the public safety but also their own well being during the night.
Then, in the morning we can speak to the leaders and talk about what is
their purpose and sort out the understanding of the legislation. We can be
very legally strict or formal about the requirement of the law but because
this is such a new country I think it is important to allow time to make
these regulations clear and make the requirements clear without
jeopardizing any public safety or security. But we have made it very clear
to the organizers of the group that if there is any illegal activity we
would take swift action.

Q: Sorry, in relation to my question to the number of demonstrators, you
said that security is a priority for UNPOL. I would imagine that the
numbers of demonstrators would have a direct impact on what security
measures apply. Why are the numbers of demonstrators not clear when they
entered Dili, when they have gone through UNPOL roadblock, one truck after
the next being searched? Why isn’t there a figure of the number of
demonstrators entering Dili?


UNPOL Commissioner Tor: The group arrived yesterday and at the check points
there was a counting of about 50 vehicles. So if you have about 25 persons
there, it would be about 1,400 plus some other cars, so the initial report
was about 1400 in fifty trucks. The job of the security police is just to
ensure their safety in one area there is no control of persons. So if these
persons went out of the Democracy field it is their freedom, their right.
If they went to their relatives’ or some other place the police cannot
control their movement. So this morning when I visited the football field
there were not that many, some may have not have returned. So when the
motorcade procession was going to the [government] palace or to visit the
Office of the President, they only had about 20 trucks, so it’s like going
in smaller number. It’s the control of the leaders of the demonstration not
the police.

Acting SRSG Tan: But you can be assured that when the security plan was
made last night it was for 1600 people.

Q: How is the situation? Is it going to violence? Is it going to be a
peaceful demonstration? Are there any measures taken by the UN to warn the
staff not to travel at night time


Acting SRSG Tan: We have been assured by the organizers that the gathering
is peaceful and we routinely send out messages to our staff especially with
regards to gatherings because there are also traffic concerns. So once
again it is our responsibility because UNPOL is the police here in the
country to ensure that there is law and order and security. I’ve been
making you aware of that for a long time.

Q: How much can you tell us about the situation in Dili and the
whereabouts of Major Reinado. This morning’s gossip is that Major Aflredo
is on the outskirts of Dili. Do you have any information regarding this?


DSRSG Tan: Thank you. We have no information that Major Reinado is anywhere
in the area that you mentioned. We are still aiming to, as you know, a
peaceful resolution of the situation and looking forward to the Prosecutor
General’s return from Australia and facilitating the progress of justice,
which may include a hearing to be conducted in Gleno. Can I have one last
question please?

Q: Yesterday in the demonstration, one group was insulting the other group.
If there’s a reaction from the other group who would be responsible.?


Acting SRSG Tan: Well the law clearly states that there is no counter
demonstration. If there is any, then the police would take action if they
know of anything to inform us.

Q: I heard that the east is coming to demonstrate against the
demonstrators…We don’t think that Alfredo is in Dili and he is not in Aifu.
Do you know where he is?


Acting SRSG Tan: We have no information of people coming in from the east
but again I want to emphasize that if a group wants to gather for a
demonstration there must be certain notification and certain actions taken
and as for Major Reinado he has not been seen in Aifu but that doesn’t mean
he is not there. So we still have to watch, we want to work to watch the
meeting that I mentioned with the Prosecutor General when he comes back
from Australia. So I think it is important to emphasize that as we look at
the security situation there must be a proper action taken for appropriate
situations.

Q: Does the mission know the whereabouts of the location of Major Reinado
or not?


Acting SRSG Tan: The whereabouts of Major Reinado is being assisted by the
International Security Force. We have not seen him in Aifu. That does not
mean he is not there and we are still aiming towards arranging for the
meeting.

So thank you very much for being here today. We will of course keep you
informed of any events and you can always our spokesperson at any time. We
are looking forward to the SG report being discussed at the Security
Council and we will update you after that also. Thank you very much.

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UNMIT – MEDIA MONITORING - Wednesday, 07 February 2007

THE UN INTEGRATED MISSION IN TIMOR-LESTE DOES NOT VOUCH FOR THE ACCURACY OF THESE REPORTS


National Media Reports

Rogerio distributed guns to reinforce public order-PM Ramos-Horta’s statement in court

The Primer Minister Ramos-Horta in his statement at the Court of Appeal on Tuesday 2/2, said that Rogerio distributed guns to reinforce public order because, according to him, after the incident on 28 April, he travelled all night until morning around the city, in front of embassies to verify if the city was protected by the police but unfortunately he found none. Also, on the 29 April many PNTL officers abandoned their posts increasing the risk, according to rumours, that the petitioners were going to attack the government buildings. He said that the police wouldn’t have the capacity to establish law and order and that the former Minister of Interior, to avoid all this from happening, gave orders to give guns to civilians to restore order.

Horta said he doesn't know if the actions of Rogerio are politically correct or incorrect, but that a closer look should be taken at that stage of the situation. He also said he didn't believe that Lobato had intentions to destroy his country.

According to Horta, it was only on 28 May that the Commandant of PNTL Paulo de Fatima Martins informed him that the PNTL guns used by UIR on the border had been transferred to Dili. Martins did not explain clearly who gave orders and for what purposes the guns had been transferred to Dili.
Ramos-Horta said that the incident of 28 April 2006 in front of the Government building was with the intervention of a third party but he did not name that third party. (Timor Post)


The MUNJ wants the CPLP prosecutors to leave TL

Agosto Junior Trindade, the coordinator of the Movement of National Unity for Justice (MUNJ), told STL at the demonstration site that he would demand the President of the Republic to expel the international prosecutors Felismino Cardoso and Bernardo Fernandes from Timor-Leste within 24 hours and declare them as “persona non grata”. He also said that if the President of the Republic, the Public Ministry and UNMIT don’t take any measures in this regard, the MUNJ will conduct a huge popular action. (STL)


Longinhos admits Alkatiri case Closed

Timor Post reported today that the Prosecutors General Mr. Longinhos Monteiro in an interview with The Age, in Sidney-Australia, on Monday (05-02) stated that he is aware that the Public Ministry had notified the ex-Primer Minister Mari Alkatiri of the dropped charges against him due to of lack of evidence, but he said that the case can be reopened if new evidence emerges. (TP)

Recommendation of actual situation from NGO Forum

Timor Post reported that yesterday The NGO Forum in Timor-Leste, FONGTIL, PDHJ and JSMP gave recommendations to National Parliament, focusing on the security situation, assistance to victims, judicial processes including disciplinary and administrative actions, following the monitoring of the actual situation after the crisis.

In a press conference held in the FONGTIL office, Maria Vaconselhos, representative of JSMP stated that they welcomed the government resolution of 13 December 2006 regarding social assistance or a pension to families of PNTL and F-FDTL officers who lost their lives, became injured or lost their houses and/or belongings. The assistance will be carried out through the Ministry of Labour and Community Reinsertion.

Regarding the screening of the PNTL officers, the recommendations were presented to UNMIT and the Ministry of Interior to carry out one process only so as not to confuse the public and the PNTL officers and also to make public the screening process. Maria further stated that a re-evaluation should be carried out of both PNTL and F-FDTL to determine their involvement in the crises. This is important, she said, to gain the public trust and avoid discriminatory treatment to those two institutions.

Speaking to the media, Mr. Clementino dos Reis Amaral stated that the situation within the country lies within the Fretilin party because it’s the ruling party.

Asked about Maj. Alfredo leaving his station in Aifu, Ermera, Clementino said that this incident yesterday made the population panic but again it’s the responsibility of the Government, Fretilin, as the vice president of commission B deals with security and defence issues of this country. He said if the situation continue as it is, the up coming general elections will be affected.

Questioned about the notification letter from the Prosecutor-General in regard to former Primer Minister’s case, Clementino said that the information coming from the Prosecutor’s offices is confusing even to someone such as his self with knowledge of the Law. (TP)

90 per cent of the population in Lospalos starving

Member of National Parliament, Armindo C. Dias, told STL that 90 percent of the Lospalos population is starving because their crops such as corn and tapioca has been devastated by mice and grasshoppers and the lack of rain fall. So far a child has died as a result of this. He added that the people are resorting to coconuts and jackfruits for consumption. Another member of the Parliament, Rui Antonio, also reinforced that this year the population find a lot of constraint in food shortages especially the ones living around the coast.
They stated that all the data being presented to the Government through the Ministry of Labour and Community Reinsertion has produced no response. (STL)
...

NATIONAL NEWS SOURCES:
Timor Post (TP)
Radio Timor-Leste (RTL)
Suara Timor Lorosae (STL)
Diario Tempo (DT)
Diario Nacional
Seminario
Lia Foun (LF)
Televisaun Timor-Leste [TVTL]
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China: Procura de café aumentará 40% em 2007

Pequim, 07 Fev (Lusa) - O consumo chinês de café irá aumentar até 40 por cento durante 2007, podendo os valores ascender às 60 ou 70 mil toneladas, informa hoje o jornal oficial chinês "Shanghai Daily".

As cadeias de café presentes na China, como a "Starbucks" e as suas notórias imitadoras locais, popularizaram a bebida nas grandes cidades do país, contribuindo para que o consumo de café tenha atingido entre 40 e 50 mil toneladas durante 2006, disse Zou Lei, representante da Associação Chinesa do Café, citado pelo jornal.

O valor, no entanto, inclui entre 10 e 20 mil toneladas utilizadas pela indústria farmacêutica chinesa, que usa a cafeína para a produção de analgésicos.

A maioria do café consumido na China é proveniente do Brasil, Colômbia, Quénia e Vietname, mas o país tem também plantações próprias na províncias de Hainão, Guangdong e Fujian (sul do país) e Yunan (sudoeste), exportando cerca de 10 mil toneladas por ano para a Europa e Estados Unidos.

Timor-Leste é outro dos países exportadores de café para o mercado chinês, em especial para o sul da China, com as exportações do produto a representar uma parte crescente no comércio bilateral.

RBV/AZL-Lusa/fim

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Notícias

ABC Radio Australia - 08/02/2007, 14:21:13

Violence expected ahead of ETimor elections

Police are patrolling the streets of the East Timor capital, Dili, amid fears of protesters planning to gather in the capital.

It is believed some are opposing a prosecutor's decision to drop an investigation into former Prime Minister Mari Alkatiri.
President Xanana Gusmao announced the election for the new president will be held on April 9, with a date for the full parliamentary election to be set after that.
The ruling Fretilin party is expected to announce its candidate soon, but authorities in Dili say political parties have already begun rallying ahead of the poll.
A United Nations spokesman says people have started coming into the capital from the western town of Liquica, and the influx is expected to grow over the next few days.

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The Jakarta Post - Thursday, February 8, 2007

Bartering Still Thrives on the Maluku-Timor Leste Border

M. Azis Tunny, The Jakarta Post, Ambon

The traditional practice of bartering - in which goods are exchanged rather than money - may be a thing of the past in many places, but it's still used by residents of the islands on the border between Maluku and Timor Leste.

One of the islands where the practice endures today is Kambing Island (Atauro), Timor Leste. The island is the site of bartering between Southeast West Maluku and Timor Leste residents.

Pattimura military commander Brig. Gen. Sudarmaidy Soebandy said such cross-border deals, although illegal, still remain thanks to the close proximity of the area to Timor Leste's Kambing Island.

"When I was still assigned to Timor Leste, this practice was common and it still goes on today," he said.

He said such deals are common among Kisar residents from Southeast West Maluku regency and Tutuala residents from Timor Leste, since Kambing Island sits only 19 kilometers by sea away from the two areas.

In practice, the residents exchange goods while staying on board their small boats. "Usually, residents from Wetar, Lirang Island and other islands carry fuel to be exchanged for rice," Sudarmaidy said.

He said bartering still exists today because of the lack of development of the country's outer islands.

Sudarmaidy said there are inadequate education, health and transportation facilities on the outer islands of Southeast West Maluku. "There are schools there but since they opened them goats have been using them to shelter," he said.

He also said schools, such as on Wetar Island, have too few teachers, leading to Indonesian Military (TNI) personnel being assigned as replacements. He said military posts were moved closer to villages to help TNI personnel fill vacant positions in village services.

The military command has sent troops to several posts to secure Maluku's outer islands. Three border monuments have been erected on the outermost of those islands - Liran, Wetar and Kisar.

A company of army soldiers has been based in the area since 2003 and a military office has been set up on Wetar Island.

Based on data from Maluku province's Fisheries Office, Maluku has 812 islands, 21 of which are included in the list of the country's 92 outermost islands.

Out of Maluku's 21 outermost islands, eight are part of the Aru Islands chain and 13 are part of Southeast West Maluku. All of the islands are located on Indonesia's borders with Australia and Timor Leste.

In the Aru Islands chain, only one island is occupied while in Southeast West Maluku, only eight are occupied.

"The outermost islands of Southeast West Maluku regency are occupied since most of them are located near big islands like Larat, Tanimbar and Wetar," said the fisheries office chief Romelus Far-Far.

Southeast West Maluku regency administration secretary, Piet Norimarna, said the regency's residents had a strong cultural connection to Timor Leste, since they come from a similar tribe and use the same language, Tetun.

The cultural attachment, he said, continues despite Timor Leste becoming an independent nation. "They continue the relationship by exchanging goods traditionally, without recognizing any borderline," Piet said.

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AAP/The West Australian – 8th February 2007, 16:26 WST

Balibo Five 'lay in blood', witness says

An East Timorese man wept in the witness box as he told a coronial inquest of seeing the bodies of the newsmen known as the Balibo Five lying in pools of blood.


The five Australia-based journalists and cameramen - Greg Shackleton, Gary Cunningham, Tony Stewart, Malcolm Rennie and Brian Peters - were killed during an attack by Indonesian special forces troops on the Timorese border town of Balibo in October 1975.

The Sydney inquest into the death of Mr Peters is Australia's first open and completely independent investigation into the deaths.

Official reports maintain the five were killed in crossfire while reporting on Indonesia's invasion of East Timor, but a series of witnesses, code-named for their protection, have told the inquest the men were executed by troops.

An East Timorese man, known as Glebe 3, who was with invading Indonesian soldiers, broke down on Thursday as he recalled finding the bodies of the newsmen in the house in Balibo where they had been staying.

Glebe 3 told Glebe Coroner's Court that after Indonesian special forces troops stormed Balibo on the morning of October 16, 1975, he heard some white people had been killed.

Out of curiosity he went to the house where he had been told the men would be found.

"What did you see when you entered the house," junior counsel assisting the inquest, Naomi Sharp, asked. Glebe 3 broke down as he replied: "When I entered the house I saw three people dying, sitting there and two were lying there. "They were all dead," he said, wiping away tears.
He said the men were all dressed in civilian clothes and he thought they were journalists. When asked why he thought that, Glebe 3 replied: "I believe that normal people wouldn't come up there."

He said he did not know how they had died, but he thought they had been shot. "I didn't see the wounds but it looked like they had been shot," the witness told the inquest. "I only saw the blood on the ground."

Earlier in the day, the inquest heard the killing of the five journalists may have hinged on whether or not Indonesia's invasion of the former Portuguese colony was regarded as an international war.

Another East Timorese witness, known as Glebe 4, said that after the journalists were shot an East Timorese sergeant with the Indonesian troops told him the killing would not have been allowed in an international war.

Counsel assisting the inquest Mark Tedeschi, QC, read a previous interview Glebe 4 gave about a conversation he had with the soldier, Sergeant Joao Nascimento. "He said this wasn't an international war. If it was an international war the journalists could not be killed," Mr Tedeschi read to the court.

When asked if he remembered Sergeant Nascimento saying that, Glebe 4 told the inquest: "Sergeant Nascimento told me according to international war they shouldn't kill the journalists."
In the earlier interview Glebe 4 went on to say: "They had raised their hands and said they were journalists. How could they kill these men? They had no guilt, they had done nothing."
The inquest before NSW Deputy State Coroner Dorelle Pinch continues on Friday.

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Catholic Telecommunications - 8 Feb 2007

Indonesia-Timor commission promotes reconciliation

A joint Indonesia-East Timor "truth and friendship" commission has begun work to search for the truth about events in Timor leading up to the 1999 independence vote and to promote reconciliation, an Indonesian bishop and commission member says.

UCA News reports that the joint commission has held a public forum with former East Timor refugees to get information about violent incidents surrounding the 1999 United Nations-sponsored referendum in East Timor (now Timor Leste).

According to Archbishop Petrus Turang from West Timor, who is one of ten members of the Commission, which comprises five members from Indonesia and five from Timor Leste, the objective of the Commission of Truth and Friendship "is to search for and establish the truth about events prior to and immediately after the 1999 referendum in East Timor, to promote reconciliation and friendship, and to ensure similar events do not recur."

The commission, inaugurated in August 2005, is co-chaired by two members - one each from Indonesia and Timor Leste.

Timor Leste became independent on 20 May 2002, after more than two years of transitional rule by the UN. The former Portuguese colony was under Indonesian control from 1975 to 1979.
Following the 1999 referendum's overwhelming call for East Timor's independence, militias in favour of Indonesian rule went on a rampage, killing hundreds and destroying infrastructure and buildings. An estimated 250,000 people fled to Indonesia amid the violence, but the great majority have returned to Timor Leste.

Most of the 200 people attending the forum were former refugees from East Timor who have become Indonesian citizens. Other participants included local religious and civic leaders, and government officials.
At the forum, Archbishop Turang told the people that even though many have expressed pessimism about the commission's work, "we need to strive together toward truth and friendship." He asked the people to cooperate by providing the commission with relevant information.Mateus Guterres, a former refugee, told UCA News he welcomes the public forum. "To be fruitful," he said, "the dialogue should involve all East Timorese religious and society leaders."

Elio Caetano, another former refugee, said to find out the truth, the commission has to inquire into not only the period immediately before and after the 1999 referendum but trace events farther back in the history of the country.

Following the meeting, the commission authorised people from nongovernmental organisations and communities of former refugees to collect information and testimony.

According to commission members, the commission will also hold further public forums in Denpasar, Dili, Jakarta and Kupang, and dialogue with high-ranking officials, including Indonesia's former president Bacharuddin Jusuf Habibie and Timor Leste's President Xanana Gusmao.

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Editorial JN Semanário

http://www.semanario.tp/nacional%201.htm
JNSemanário
Editorial

Eleições

A marcação das eleições, do seu calendário é um imperativo consagrado na constituição da República e que se esperava. A decisão, tomada pelo Presidente da República, ao marcar as Presidenciais para o início de Abril, cumpre com o “calendário” constitucional. Porém, a possibilidade de apenas anunciar o calendário paras a Legislativas depois da realização das Presidenciais pode violar o consagrado na Constituição. Sabemos que a Lei magna determina o prazo em dias depois do anúncio, a partir do decretado pelo Presidente da República, o que levará as Legislativas sempre para além dia 20 de Maio deste ano de Cristo.

O país está com um Governo de gestão, a prazo e muito foi anunciado que era meramente um Executivo de 9 meses. Pois bem, nove meses passam depressa como podemos facilmente constatar. As eleições fundamentais devem ser todas executadas e não se arranjar desculpas para protelar a realização das mesmas. A futura composição parlamentar tem de ficar definida em tempo útil, assim como a formação do terceiro governo constitucional. As Legislativas têm de ser realizadas dentro do período previsto por Lei, não vale arrastar mais, pois se temos capacidade para executar o escrutínio Presidencial, então sabemos que estamos preparados para as Legislativas. Sabemos que quem de razão não deixará que se cometam atrasos estranhos ao processo que se pretende regular e o mais transparente possível.

Palácio do Governo ou “Palapasso”?

Pela sua localização e importância, deve o palácio do Governo apresentar condições de dignidade e com dignidade. Tudo tem um tempo e o da casa tradicional em frente à fachada do palácio do Governo já terminou. Aquela casa ficará histórica pelo momento ali vivido, mas acabou o seu papel.

Construir a mesma dignificou a nossa história e honrou as nossas raízes, contudo, neste momento mantém apenas um aspecto de pouca dignidade para aquele que é o edifício do Governo.

O Palácio do Governo não pode ser o “PalaPaço”. Só resta saber quanto tempo mais a aquela edificação ali vai estar e as razões para a situação. Será que depois de construído e pago falta agora verba para o desmontar? Esperemos que não.

Filipinas e Brunai

Vão explorar, a convite do Governo, petróleo no nosso país. Assim reza notícia da Agência LUSA, com declarações de responsáveis das Filipinas, como resultado de conversas tidas com o primeiro-ministro em Cebu por ocasião da Cimeira da ASEAN. Parece que terão sido introduzidas alterações à Lei dos Petróleos no que toca à atribuição dos blocos disponíveis. Foram entregues 6 em concurso internacional, sobraram 5. Agora com esta oferta, segundo os filipinos, sobram 4. Será que vamos oferecer um à Indonésia, outro à Austrália, outro à China e por fim, o último, a Portugal?

Entrevista

Coerente Mário carrascalão presidente do PSD. Realista mesmo. Identifica-se preparado para o cargo de Primeiro-Ministro mesmo com a idade que já conta. Esta é a demonstração de sentido de dever e de consagração aos mais velhos. Vai ser uma luta honrada e digna. Contudo, estamos mais em acreditar que Mário Carrascalão estará nas Presidenciais. Porém, por norma, só se pode e deve estar disponível para um de dois cargos – Presidente ou Primeiro-Ministro. Estar disponível para os dois pode ser mal-entendido. No entanto, registamos pela positiva esta demonstração de responsabilidade nacional do presidente do PSD.
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A propaganda anti cubana prejudica os interesses de Timor-Leste

Díli, 8 de Fevereiro de 2007
Artigo de opinião do Primeiro-Ministro, Dr. José Ramos-Horta, publicado na edição de hoje do jornal Suara Timor Lorosae.

Por José RAMOS-HORTA
Prémio Nobel da Paz
Primeiro-Ministro

Escrevo em resposta a uma campanha em curso em certos meios contra as políticas do nosso país relativamente a Cuba, designadamente, quanto à questão dos nossos estudantes de Medicina em Cuba e dos médicos cubanos em Timor-Leste.

Este importante programa entre Timor-Leste e Cuba foi abordado pela primeira vez em Kuala Lumpur entre o Presidente Fidel Castro, o presidente Xanana Gusmão e eu próprio, à margem da cimeira do Movimento dos Países Não Alinhados, em 2003. Fidel Castro disponibilizou-se para acolher 50 estudantes. O presidente Xanana não hesitou e aproveitou a oportunidade. O programa cresceu com a visita do anterior Primeiro-Ministro, Dr. Mari Alkatiri, e a minha a Cuba, em anos seguintes. Não se trata, portanto, de um programa mal concebido, nem orientado ideologicamente para formar “revolucionários”. Os nossos estudantes estão a sair-se muito bem nos seus estudos, sob a rigorosa disciplina cubana, e só têm tempos livres aos Domingos, altura em que, como católicos devotos que são, acorrem às igrejas.

Aqueles que me conheceram, ao longo dos anos, sabem bem que as minhas posições ideológicas e políticas são de Centro-Esquerda, nunca excessivamente esquerdistas ou direitistas. Numa palavra, nunca abracei o Marxismo ou, muito menos, o Comunismo. Tive uma educação católica, continuo a ser católico, sentindo um profundo respeito pelo Papa e pelos meus Bispos, apesar de não ir à missa dominical.

Visitei Cuba duas vezes em 30 anos, a primeira vez em 1977 por ocasião de uma conferência internacional de juventude. Não tive então qualquer reunião com responsáveis oficiais. Era um jovem, desconhecido e sem importância nas relações internacionais. Mas diverti-me, confraternizando com outros visitantes, da Austrália, do Japão, e com alguns, raros, esquerdistas dos Estados Unidos e do Canadá.

A minha segunda visita realizou-se em Junho de 2005. Achei Havana ainda mais decrépita do que há 30 anos e os Cubanos nem mais pobres, nem melhor. Mas Varadero tornou-se um importante destino turístico, com cerca de 2 milhões de turistas a visitarem Cuba, anualmente. Na sua maior parte, vêm do Canadá, do México, da Venezuela, do Brasil, da Europa e do Japão. Cuba vale a visita. Além das praias, do rum, da música e dos famosos charutos cubanos (perguntem a Bill Clinton o que acha deles), acredito que o que mais fascina muitas pessoas é o enigmático Fidel Castro e a muito romanceada Revolução Cubana.

Conto-me entre os muitos admiradores de Fidel Castro? Alimento visões românticas sobre “revoluções”? Tenho, de facto, um cartaz gigante do Che em minha casa, ao lado de cartaz de John Kennedy, de Marlon Brando, de Ella Fitzgerald, de Duke Ellington, de Humphrey Bogart e do Presidente Mao. Colecciono cartazes que me recordam uma época, os grandes anos 60. Nunca teria cartazes de Hitler ou de Osama Bin Laden.

Senti o coração apertado quando visitei Havana, em 2005. A cidade degradada é o símbolo de uma experiência económica fracassada. Não consigo entender as razões da liderança política cubana não adoptar políticas mais pragmáticas, a exemplo dos seus camaradas da China e do Vietname, que conciliaram a abertura económica, com regimes políticos controlados, melhorando em poucos anos e de forma acentuada os níveis de vida dos respectivos povos.

Fidel Castro e a “Revolução Cubana” estão indissociavelmente ligados à trágica relação da América Latina com a super potência vizinha. Compreender a história das relações dos Estados Unidos com a América Latina – marcada por invasões, pelo derrube de governos eleitos, pelo apoio a ditadores brutais e corruptos – ajuda a explicar o ressentimento e a raiva contra os Estados Unidos, em Cuba e noutros países. A Guerra-fria que opôs os Estados Unidos e a União Soviética piorou a situação. Da parte dos Estados Unidos, tornando os seus líderes mais intolerantes face aos movimentos sociais, e da parte dos Latino-Americanos, sentindo-se ainda mais vitimados pelos seus governantes fiéis ao patrono americano.

O Leão cubano está a viver o seu Inverno. O seu legado para o povo cubano e para muitos outros latino-americanos é enorme e não pode quantificar-se em termos meramente materiais. Ousou desafiar a super potência, conquistando auto-estima e dignidade para o seu povo. Não há milionários em Cuba, mas também não há ali pobreza abjecta, ao contrário do que acontece em muitos países capitalistas da América Latina ou em muitas cidades americanas. A má nutrição, a tuberculose, a malária ou a iliteracia foram erradicadas há muito, em Cuba.

Sob Fidel Castro, Cuba “exportou” dezenas de milhar de médicos para a América Latina, a África e a Ásia, para trabalharem em bairros da lata, em condições tão precárias que só têm paralelo naquelas que os missionários costumavam enfrentar no século XIX. Fidel Castro também enviou militares para apoiar o combate anti-colonial em África. Milhares de militares cubanos foram para Angola em 1975, quando Angola foi invadida pelo poderoso exército sul-africano, no tempo do regime de apartheid. Os Estados Unidos e a União Soviética também invadiram inúmeros países, derrubando regimes e impondo outros da sua simpatia. Era a Guerra-fria.

Nelson Mandela e Gabriel Garcia Marquez são alguns dos nomes ilustres que não escondem a sua admiração por Fidel Castro. O Papa João Paulo II visitou Cuba em 1998 e as missas que ali celebrou tiveram a presença de centenas de milhar de fiéis. No seu falecimento, Cuba foi o único país do mundo a observar sete dias de luto oficial, em vez dos habituais três dias.

Há actualmente cerca de 700 jovens de Timor-Leste a estudarem medicina em Cuba. Outros 105 estudam em Timor-Leste ensinados por médicos cubanos. Há 226 médicos cubanos a trabalhar no nosso país, em condições difíceis e precárias, aceitando as dificuldades com uma dedicação que só costumávamos encontrar nos nossos padres e freiras.

Os nossos estudantes aprendem medicina e só medicina. Evidentemente, estudam Espanhol ou história de Cuba. Têm bons resultados, melhores do que os dos estudantes de outros 30 países. Os nossos estudantes são católicos devotos que não faltam à missa dominical. Propus aos nossos bispos que enviem um capelão para apoio espiritual aos nossos estudantes, prontificando-se o governo de Timor-Leste a suportar todos os encargos disso. Queremos que os nossos estudantes continuem fiéis à sua fé e a irem à missa se essa for a sua escolha.

O número de estudantes nossos a aprenderem Medicina em Cuba ou em Timor-Leste sob a orientação de médicos cubanos aumentará até um milhar. Mesmo que apenas metade complete os seus cursos, em 5 ou 10 anos Timor-Leste terá resolvido um dos problemas mais graves que enfrentamos – a quase inexistência de médicos.

Timor-Leste sente gratidão por esta extraordinária generosidade da parte de Cuba. Isto não significa que outros países estejam a fazer menos. Portugal ofereceu ao longo dos anos centenas de bolsas de estudo para os nossos estudantes e enviou muitos professores que trabalham presentemente no nosso país. Desejamos propiciar aos nossos jovens a oportunidade de irem estudar no estrangeiro sempre que possível, sem nos sentirmos obcecados pelo risco de influência política ou cultural. Em Timor-Leste, tivemos dezenas de voluntários do Peace Corps norte-americano a trabalharem em condições precárias em aldeias remotas. Infelizmente, em Maio de 2006 receberam ordem para partir, compreensivelmente, devido à crise política e à violência na capital. Eu e o meu bom amigo Tom Harkin, Senador democrata do Iowa, fomos os responsáveis pela criação de um projecto do Peace Corps norte-americano para Timor-Leste. Vem isto tudo a propósito de mostrar que Timor-Leste, enquanto nação pobre e emergente, está desejosa de aprender com todos os nossos amigos, de receber com humildade e gratidão a sua ajuda generosa à educação dos nossos jovens, à formação profissional dos nossos trabalhadores, independentemente do sistema político dos países em causa.

Saibamos ter o espírito aberto e libertar-nos da mentalidade provinciana, ou pateta, gerada pelo nosso isolamento geográfico e pela propaganda de uma época que já pertence ao passado – a época da Guerra-fria. Saibamos ter a inteligência e o pragmatismo para agarrar cada oportunidade de aprendermos com terceiros. Espero que este artigo possa esclarecer, de uma vez para sempre, a questão da nossa relação com Cuba.
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Dos leitores

Comentário sobre a sua postagem "Noticias LUSA":

1. Uma manifestação contra um ex-primeiro ministro? Mas o que é que pretendem?!!O abismo?! só pode ser...

É um sinal claro de que as acusações que fizeram ao líder de Fretilin sempre tiveram motivações políticas.E de intolerância política religiosa e cívica.

E a política deve ser feita fora dos Tribunais.

Manifestações contra uma decisão de um Tribunal?!!

Num estado de direito as decisões dos tribunais são para cumprir. Quem não concorda recorre. Mas sem gritos e sem violência. Em ordem (que é uma palavra que parece esquecida em Timor Leste).

2. Têm-se lido algumas vozes contra uma "justiça CPLP" em Timor Leste. Não existe tal coisa. Existem juristas brasileiros,portugueses, angolanos, moçambicanos e timorenses que fazem despachos e sentenças em língua portuguesa. Só isso os une. A língua. E alguns princípios de direito universal/internacional.

O direito brasileiro tem uma forte influência anglo-saxónica. E o direito português uma grande influência francesa, alemã e italiana. Portanto quando se acusa que existe uma justiça CPLP em Dili está-se a fazer demagogia e a ser pouco sério. Faz-se política e defendem-se determinados interesses estratégicos, de forma, aliás, (pouco)camuflada.

Os interesses estratégicos dos australianos, vale a pena chamar a coisa pelo nome.

3. Ramos Horta deve avançar. Ramos Horta vai avançar. Tem competência para ser um grande presidente da república de Timor Leste. O Presidente da República tem funções sobretudo políticas e Ramos Horta é um político experiente, experimentado e muito hábil. Só vejo um problema em votar nele: não acredito que cumpra o mandato. Ramos Horta é uma espécie de Durão Barroso timorense. Na primeira oportunidade, e a presidência da república abrirá ainda mais algumas portas, Ramos Horta sairá habilmente para a tão desejada carreira internacional.

Não tenho dúvidas. E Timor Leste não precisa de um presidente a prazo. Precisa de alguém para cumprir um mandato e um programa para cinco anos (senão 10 anos).

4. O presidente da República não é (como pretendem algumas teses que circulam em Dili),e num sistema de governo como o que está consagrado na Constituição timorense o líder da oposição ao Governo e ao partido maioritário no parlamento.

O presidente da república é presidente de todos os timoreses, também os do partido maioritário.

Deve estar acima da luta partidária. Ser imparcial. Ser neutral no jogo político partidário.

O que não significa não ter um programa politico próprio para cumprir. E se tiver que tomar uma decisão contra o Governo deve invocar e estar centrado no interesse nacional e não nos interesses dos partidos minoritários. O presidente da república como líder da oposição conduz à guerrilha institucional e à tragédia como se viu em Abril/Maio de 2006.

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Notícias - Traduzidas pela Margarida

Negócio de Timor voltou para trás
The Australian

Fevereiro 07, 2007

O Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer retirou planos para invocar uma cláusula de dispensa de interesse nacional raramente usada para avançar a ratificação do Tratado do Mar de Timor no parlamento.

O Sr Downer na Segunda-feira aconselhou os membros do Comité Conjunto sobre Tratados que queria que eles assinassem de cruz o Tratado sobre Certos Arranjos Marítimos no Mar de Timor, assinado à mais de um ano.

Uma reunião marcada para as 7 pm de ontem onde o Sr Downer devia explicar as suas razões para invocar a cláusula foi cancelada pelo fim de ontem à tarde pelo Ministro dos Estrangeiros.

Isso seguiu-se a uma reportagem do The Australian de ontem onde o chefe do executivo da Woodside, Dan Voelte, disse que os anteriores desenvolvimentos da prospecção do petróleo e do gás no lucrativo Greater Sunrise estavam deprimidos por causa da luta civil em Timor-Leste.

Têm sido levantadas preocupações sobre as razões porque não se fez qualquer progresso para pôr na ordem do dia a assinatura do tratado desde que foi assinado.

Sob o CMATS, a parte dos rendimentos de Timor-Leste da prospecção de oleo e gás da Greater Sunrise que fica encostada à fronteira da Joint Petroleum Development Area pode ir até aos $19 milhões.

Críticos Timorenses têm acusado Canberra de andar a empatar depois de ter prometido que o acordo seria assinado rapidamente.

Mark Dodd

Mais perto o tratado de petróleo e gás do Mar de Timor

AAP – Terça-feira Fevereiro 6, 08:30 PM

A Austrália mexeu-se para avançar rapidamente na ratificação do tratado com Timor-Leste que cobre os rendimentos das reservas de gás e petróleo do Mar de Timor.

Uma análise do tratado entre as duas nações, assinado há um ano em Sydney, foi posto na ordem do dia no Senado na Terça-feira.

O documento diz que o governo federal quer levar agora o tratado à aprovação tão cedo quanto possível, ao abrigo de uma cláusula raramente usada de "interesse nacional " como justificação para a súbita pressa de ratificar o negócio.

O Tratado sobre Certos Arranjos Marítimos no Mar de Timor (CMATS) tornará possível a exploração da grande reserva de gás da Greater Sunriser, um assunto há longo tempo sujeito a disputa entre a Austrália e o seu vizinho do norte.

"É um interesse da Austrália criar um ambiente legal estável a longo prazo para a sua exploração e a exploração de recursos do petróleo no Mar de Timor entre a Austrália e Timor-Leste sem prejudicar qualquer reivindicação marítima dos dois países no Mar de Timor" afirma a análise do tratado.

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Capitão Indonésio 'alvejou os cinco de Balibo'

6 de Fevereiro 2007, 19:35 WST

Um comandante das forças especiais da Indonésia – que mais tarde se tornou o ministro de informação do país – terá sido o primeiro soldado a abrir fogo e a matar um dos Cinco (jornalistas) de Balibo em Timor-Leste, tem sido dito num inquérito de investigação.

Um inquérito à morte de um dos cinco jornalistas, o operador de câmara Brian Peters, começou esta semana em Sydney, mais de 30 anos depois da sua morte.

O Sr Peters e quarto jornalistas - Greg Shackleton, Gary Cunningham, Tony Stewart e Malcolm Rennie – foram mortos durante um ataque pelas tropas das forças especiais Indonésias na cidade de Timorense de fronteira em 16 de Outubro de 1975.

Relatos oficiais disseram que os homens foram mortos em fogo cruzado entre as tropas Indonésias e a milícia Timorense, mas as suas famílias insistem em que foram assassinados.

Na Terça-feira o inquérito ouviu evidência duma testemunha Timorense que tinha treinado com os militares Indonésios, conhecida somente pelo nome de código "Glebe 2". Disse que viu quatro dos jornalistas a levantarem os braços no ar "como quem pede misericórdia " para os soldados Indonésios invasores.

Disse que o Capitão Mohammad Yunus Yosfiah, que foi o ministro da Informação no governo Habibie em 1998,foi o primeiro a começar a disparar contra os homens.

O advogado que assiste o inquérito, Mark Tedeschi, QC, perguntou a Glebe 2: "Foi Yunus Yosfiah o primeiro soldado a disparar?"

Glebe 2 respondeu através de um tradutor: "Sim, ele foi o primeiro a abrir fogo ".

Mais tarde, no contra-interrogatório, a testemunha admitiu que de facto não tinha visto o Sr Yosfiah a começar o tiroteio ou a matar o Sr Peters.

Mas disse ao Sr Tedeschi que depois do Sr Yosfiah ter aberto fogo, os outros soldados começaram a disparar contra os homens durante dois ou três minutos.

O Sr Yosfiah na Terça-feira negou ter tido qualquer envolvimento nas mortes, e chamou aos que o acusaram de "grandes mentirosos ".

"Nunca encontrei os jornalistas," disse o Sr Yosfiah à ABC Radio da Indonésia.

"Foi muito. Muito, muito mau esses jornalistas terem sido mortos nessa altura.

"Não fui eu. Nunca pedi nem nunca ordenei (as mortes)."

O Sr Yosfiah disse que não procurou aparecer no inquérito "porque sei o que fiz e o que não fiz ".

Disse que (já) respondeu a muitas perguntas sobre as mortes.

"Tem havido perguntas tantas vezes antes disto," disse à AAP.

Durante o contra-interrogatório por John Stratton, SC, que está a representar a irmã de Mr Peters, Maureen Tolfree, Glebe 2 disse que conquanto não tenha visto de facto o Sr Yosfiah a abrir fogo, o Sr Peters foi o primeiro a ser baleado.

Quando o Sr Stratton lhe perguntou quem é que ele acreditava ter baleado Brian Peters, Glebe 2 respondeu: "De acordo com as regras militares Indonésias o comandante é o primeiro a disparar e depois seguem-se os seus homens, e acredito que Yunus matou Brian Peters".

A testemunha disse que estava "bastante certo" que o Sr Yosfiah foi responsável pela morte do Sr Peters porque o operador de câmara estava de pé directamente em frente do Sr Yosfiah e foi o primeiro a cair.

A testemunha disse que oficiais militares de topo o avisaram para não contra a ninguém sobre o tiroteio contra os jornalistas, dizendo-lhe que era um "segredo máximo ".

Glebe 2 disse que foi forçado a emitir falsos comunicados de imprensa e a mentir aos investigadores Australianos sobre o incidente, mas que finalmente contou a verdade a um jornalista Australiano em 1999 quando já não podia mais manter o silêncio.

"Porque em Timor-Leste vi muita injustiça e massacres e como Timorense já não podia mais apoiar isso," disse Glebe 2.

O inquérito ouviu também evidência de uma segunda testemunha Timorense, com o nome de código "Glebe 4", que disse ter visto soldados Indonésios a balearem três dos jornalistas à queima-roupa no interior da casa onde eles estavam.

O inquérito da responsabilidade do Vice-Investigador estatal de NSW, Dorelle Pinch, continua na Quarta-feira.

Entretanto, o Primeiro-Ministro de Timor-Leste, José Ramos-Horta disse que não havia nenhuma dúvida que os jornalistas foram mortos deliberadamente pelas forças Indonésias, e pediu à Indonésia para se limpar e autorizar que as famílias dos repórteres continuem.

"Pelo menos, deixem a verdade vir ao de cima ... para tranquilidade das famílias destes cinco jornalistas," disse o Sr Ramos-Horta.

AAP

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Antigo PM de Timor-Leste considera processar media da Austrália
ABC Radio Australia
Última Actualização 07/02/2007, 14:49:24


O antigo Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, diz que está a considerar acção legal contra alguns media Australianos, afirmaram que eles fizeram pressão para ele resignar em Junho passado.

O Procurador-Geral de Timor-Leste encerrou as investigações às alegações de que o Dr Alkatiri tinha montado um esquadrão de ataque para eliminar os seus opositores políticos.

As alegações, emitidas no programa Four Corners da ABC – a organização responsável da Rádio Austrália – contribuiu para a pressão intensa para a sua saída do cargo de Primeiro-Ministro.

O Dr Alkatiri diz que as alegações foram emitidas com parcialidade politica extrema e má vontade, mas que se concluiu que não tinham qualquer base. Diz que a decisão do procurador abre caminho para ele procurar reparação legal pela injustiça feita contra ele.

Quer ainda um pedido de desculpas do Presidente Xanana Gusmão e do Primeiro-Ministro José Ramos Horta por terem usado as alegações para pedir a sua resignação.
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Manifestantes recebidos por Xanana, continuam em Díli sem incidentes

Díli, 8 Fev (Lusa) - Uma delegação representando manifestantes provenientes da região de Liquiçá, incluindo Vicente da Conceição "Rai Los", foi hoje recebida pelo Presidente timorense, Xanana Gusmão, no segundo dia da sua permanência na capital sob protecção das Nações Unidas.

Centenas de manifestantes - em seis camiões e dez "microletes", carrinhas de transporte colectivo da cidade - aguardaram cerca de duas horas hoje de manhã à frente dos portões fechados do Palácio das Cinzas.

Dentro do Palácio, a delegação do Movimento da Unidade Nacional para a Justiça (MUNJ) foi recebida por Xanana Gusmão e explicou ao Presidente que veio a Díli "exigir a justiça como um todo", segundo declarou no final Teresinha Viegas.

Ao entardecer de quarta-feira, entrou em Díli uma coluna de meia centena de viaturas e um número indeterminado de pessoas - mais de duas mil pelos cálculos de vários jornalistas que, como a Lusa, acompanharam a entrada dos manifestantes na capital.

A coluna protestava contra o arquivamento, anunciado segunda-feira, do processo em que Mari Alkatiri, ex-primeiro-ministro, era suspeito de ligação à distribuição de armas a civis durante a crise militar de Abril a Junho de 2006.

O representante interino do secretário-geral das Nações Unidas em Timor, Eric Tan, admitiu hoje em conferência de imprensa que, na quarta-feira, as forças da ONU "trabalharam com um plano para 1600 pessoas".

A coluna, liderada por "Rai Los", principal testemunha no processo de entrega de armas a civis e constituição de um grupo armado, foi travada por forças da ONU junto ao heliporto e escoltada, após negociações, para o Campo da Democracia.

"O Presidente da República ouviu-nos e disse que, como chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas, espera que se possa acabar esta crise", declarou esta manhã Teresinha Viegas, deputada da Fretilin, sobre o encontro com Xanana Gusmão.

Apesar da sua filiação partidária, Teresinha Viegas disse pretender "justiça no seu todo" e estar contra "a manipulação pelo governo da justiça".

Rai Los não saiu ao mesmo tempo que a restante delegação do MUNJ.

Durante a audiência, a coluna do MUNJ manteve-se ordeira e junto das viaturas, ouvindo a música tocada pelos altifalantes e lançando ocasionais vivas a "Rai Los", sob o olhar atento das forças policiais das Nações Unidas que guardavam o perímetro.

Os manifestantes dirigiram-se de seguida para a sede da UNMIT, onde pretendiam entregar a segunda carta do dia, ao chefe de missão, antes de continuarem para a sua terceira etapa anunciada, a Procuradoria-geral da República.

Estes eram os três locais que o MUNJ pretendia visitar e, segundo Eric Tan, a UNMIT estudou "a melhor forma de as cartas serem entregues".

Eric Tan insistiu que esta manhã apenas se encontravam no Campo da Democracia "não mais de 400 pessoas", ressalvando o facto de "as viaturas andarem de um lado para o outro".

O substituto de Atul Khare - ausente em Nova Iorque para as discussões no Conselho de Segurança da ONU sobre o futuro da UNMIT À explicou longamente as condições em que o MUNJ entrou quarta-feira em Díli.

A meio da tarde de quarta-feira, na aproximação à capital, a coluna foi revistada num posto de controlo da UNMIT, não tendo sido encontradas armas de fogo.

Eric Tan acrescentou que a lei timorense garante a liberdade de expressão e manifestação de forma "generosa".

Os organizadores de uma manifestação precisam apenas de notificar as autoridades competentes - não solicitam de autorização.

As autoridades devem responder em dois dias e se não o fizerem, a notificação é válida na mesma.

A notificação não tem de incluir o tempo de duração da manifestação.

PRM Lusa/Fim

NOTA: Os manifestantes sairam de Díli à tarde.
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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.