terça-feira, dezembro 25, 2007

O NATAL DOS SUBJUGADOS

Blog PORTUGAL DIRECTO

Segunda-feira, 24 de Dezembro de 2007

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POR TIMOR

O processo é sempre simplificado quando recrutam naturais-nacionais para lhes fazer o trabalho sujo. Nesse caso as guerras passam a ser internas e de luta pelo Poder. Quem sofre são os povos subjugados e sempre manipulados por uma facção ou outra, exceptuando os que aparte vão vendo os descalabros. Sofrendo na mesma enormes consequências pela sua independência. Muitas vezes acabam por levar dos dois lados, das duas ou mais facções.

Este é o caso de Timor-Leste, onde há muitos anos foram encontrados os algozes que fazem o trabalho sujo dos EUA usando forças repressoras australianas. Forças que no terreno ocupam-no de forma semelhante aos invasores indonésios mas de modo subtil para darem o menos possível nas vistas.

São esses ocupantes que guardam as costas de Xanana e Horta, os algozes do tal trabalho sujo começado à anos. Começado quando Xanana aceitou e negociou a sua entrega ao inimigo indonésio. Começado quando Horta assimilou as mordomias e bem-estares que lhe foram proporcionados em nome da venda da sua alma ao diabo.

O descrédito dos atribuidores de Nobel, ao mordomear Horta com o Nobel da Paz, foi tentado apagar com a dupla atribuição ao Bispo de Díli Ximenes Belo. Horta foi na leva para curricular e justificar a importância que muitos lhe dispensam por ser um dos operantes da venda do seu país e da luta do seu povo.

Ao outro, a Xanana, sai um Sakarov como prémio dentro de uma caixa de bombons - qual boneco de futebol premiado mas colado no fundo da lata pelos que também lhe compraram a alma.
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Ano chega ao fim em Timor sem resolver heranças da guerra

25-12-2007 09:29:05

Dili, 25 dez (Lusa) - Na virada para 2008, os três problemas de resolução mais urgente em Timor Leste são a herança direta da crise política e militar de 2006: deslocados, rebeldes e o fugitivo Alfredo Reinado.

Nenhum deles parece ter, ou parece admitir, solução a curto prazo, criando bloqueios em diferentes níveis (social, econômico, institucional, político, judicial) com grande potencial desestabilizador.

Um décimo da população local continua deslocada e metade dos residentes da capital pessoas vive de ajuda humanitária.

A radiografia da situação revela uma cristalização preocupante da crise. Não apenas na topografia de uma capital favelada com 30 mil pessoas, um quinto da sua população, em 53 campos de deslocados, envolvida em crônicas disputas de propriedade e de território.

É, também, no tecido e nas dinâmicas sociais, o agravamento de situações, de conflitos e de comportamentos que, por ironia, tornaram alguns setores dos deslocados - o setor politizado, o traficante e o oportunista - na primeira preocupação de segurança nacional.

Um exército informal - 592 peticionários, a maior parte armados, segundo as últimas informações e imagens - continua escondido em algum lugar nas margens do sistema, quase dois anos depois de sua expulsão das Forças Armadas.

Em Dili, Alfredo Reinado, acusado de crimes de homicídio, rebelião e de posse ilegal de material de guerra, continua inacessível para a justiça, mas à mão para a comunicação social.

No país lusófono, Alfredo Reinado se vê e é visto como aquilo que também foi em 2006: o vértice das tensões e o nó que, supostamente, ameaça curto-circuitar as diferentes fraturas de Timor Leste.

De fora, porém, como deixou claro a delegação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon - em particular com os dirigentes partidários -, o major Reinado é apenas mais um álibi para iludir a falha consolidada do Timor Leste independente: a melhoria das condições mais básicas de uma população que vive com 50 centavos por dia, atrasada e destituída.

O balanço de 2007 e a antevisão de 2008 remetem, por isso, para uma desesperante inversão de calendário.

O Estado sobreviveu a seus erros, mas a nação, como projeto coletivo, regrediu pelo menos dois anos com a guerra civil de 2006.

O sucesso de três eleições sucessivas, a normalização da situação de segurança (o ano, convém lembrar, abriu com decapitados no Bairro Pité) e a consolidação, a pulso, do sistema judicial, importantes em uma sociedade faminta também de justiça, não apagam a constatação de que os ganhos são frágeis e superficiais.

Nenhum ganho, aliás, sobreviveria sozinho sem uma forte ajuda internacional.

"Não é inevitável que o resultado seja o mesmo, mas os ingredientes no terreno são hoje semelhantes aos que existiam antes da crise" política e militar, afirmou à Agência Lusa, sob anonimato, um alto responsável da missão internacional das Nações Unidas (Unmit).

No plano político, muitos analistas apontam para a salutar alternância do poder, o ganho de proeminência do Parlamento Nacional, a troca de cadeiras entre José Ramos Horta e Xanana Gusmão (que trocaram de cargos na Presidência da República e na chefia do governo) e a aprovação de um programa de governo e de dois orçamentos do Estado.

Todos concordam, mesmo à boca pequena, no reverso da moeda: o maior partido timorense está na oposição, ressabiado, e não reconhece legitimidade ao 4º Governo Constitucional.

"O país está dividido", constatou o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, que em 2007 foi remetido ao papel de primeiro-ministro-sombra.

A relativa normalidade, nervosa e volátil é, afinal, o verdadeiro consenso entre as declarações oficiais e oficiosas e o vox populi timorense. Os timorenses partilham do mesmo sentimento da comunidade internacional com a lentidão da reconciliação: "impaciência e frustração", avisou Ban Ki-moon em Dili.

Feliz Natal, Timor-Leste!

UNDP Justice System Programme Newsletter - November and December Edition

Highlights of this Edition:

PNTL officers receive training at the Legal Training Centre
The Prosecutor-General's Office, together with the Ministry of Justice, through the Legal Training Centre, launched a training course on the Penal Procedure Code for the National Police of Timor-Leste on 26 November.

Human Rights celebration day at Becora Prison
On 10 December Becora Prison prepared a Ceremony to celebrate Human Rights Day and to present to the guests the vocational training received by the prison population in the manufacture of several products, including carpentry, clothes and Tais confection.

District Courts Statistical Data for 2007
During 2007 the district courts of Dili, Baucau, Suai and Oecusse had been staffed with seven international and eleven national judges.


Merry Christmas and a Happy New Year!

Kind Regards,


Thaiza Castilho
Public Information Officer
UNDP Justice System Programme
E-mail: thaiza.castilho@undp.org

Phone: + (670) 727-5605

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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