quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Gusmao driver tells of headlong flight from ambush

The Australian - Thursday, February 21, 2008
Paul Toohey

DILI -- ADOLFO Suarez dos Santos, Xanana Gusmao's driver since 2002, has no doubt the men who ambushed his boss last week had lethal intentions. The two bullets that lodged in the back of his seat proved that much.

Mr dos Santos has revealed for the first time how he got the East Timor Prime Minister out of harm's way as his motorcade came under heavy fire from four angles by ramming the vehicle in front, tearing down the hill on three tyres and later marching his boss through the jungle to safety.

Speaking to The Australian, he said at about 6.15am last Monday, one of the Prime Minister's advisers, Joaquim Fonseca, called to say that President Jose Ramos Horta's compound was under attack.

Mr Fonseca, who lives near the Ramos Horta villa east of Dili, wanted to warn Mr Gusmao, who lives in Balibar, about 10km up a winding, narrow road in the hills above the capital. But Mr Gusmao decided he would head to his Dili office regardless.

``We readied the cars to go down the hill,'' Mr dos Santos said.

``We heard the shooting. The car in front of us stopped and blocked the road for the Prime Minister's car as the guard returned fire out of his side window. The Prime Minister was trapped behind this car and couldn't get out.''

The attack was aimed mainly at the Prime Minister's car, he said. ``I was working out how to get out of there. I straightened up my car (and) rammed the vehicle in front, which was blocking my way. I hit it hard.''

Mr dos Santos said Mr Gusmao was calm. ``He was just saying, `Take off, go'. The ambushers were positioned in four points on either side of the road. When they saw no one had died inside our vehicle, they started firing low. The front left tyre was shot out as they got past the car in front.

``I could not know how many shots hit the car. Two bullets hit my back seat but didn't go all the way through. The back window was shattered. They were trying to kill me, but they couldn't do it.''

Mr dos Santos said the Prime Minister's car was not fitted with bullet-proof windows. He said Mr Gusmao also never carried a telephone. His own phone battery was too low to call out but even if he could have called, his priority was to get Mr Gusmao to Dili.

They drove the crippled Toyota Prado about 6km down to a spot called Fatunabo, where Mr dos Santos declared the 4WD could go no further. He hailed a truck loaded with people. ``I said to the driver, `Please take the Prime Minister and us to Dili','' he said.

But Mr dos Santos was still worried about the possibility of an ambush on a bend just ahead and realised they might be placing the truck passengers in danger. They asked the truck to take the bend and wait for them on the other side of a valley.

Mr Gusmao, Mr dos Santos and the armed guard walked for about 1km through the jungle as people emerged from scattered shacks and started following them. ``The Prime Minister told them to return to their homes and stay there,'' Mr dos Santos said.

``They said, `Yes, brother'.''

The third vehicle in the convoy had returned to the Prime Minister's residence, where Mr Gusmao's Australian-born wife, Kirsty Sword-Gusmao, and their three children had also been under attack.

The fourth vehicle from the convoy arrived and collected the three men from the roadside. They told the waiting truck they would not need their help and drove to Dili, where Mr Gusmao walked straight into security meetings.

Mr dos Santos did not have time to examine how many bullets Mr Gusmao's car took.

The Australian briefly inspected it before being ordered away and it did not appear to be riddled. But Prosecutor-General Longuinhos Monteiro said the vehicles in the convoy took about 45 bullets, most of them aimed at Mr Gusmao's car.

He said Major-General Alfredo Reinado's second-in-command, Lieutenant Gastao Salsinha, who has strongly denied any involvement, had been positively identified in the events at Balibar.

Mr Monteiro said minutes before the ambush, Lieutenant Salsinha and another rebel had approached Mr Gusmao's residence and pointed their weapons at the police guard
. Mr Monteiro said the guard said to them: ``If you take my weapon, you must kill me.''

``They asked, `Where is the Prime Minister?' They said the Prime Minister had already left. Salsinha seemed to want to go in the back of the house, asking where the Prime Minister's wife and kids were. Suddenly, he turned back and fired once in the air.

What did this mean? It was a signal to the men below to ambush.

``Our conclusion is that if Salsinha had found the Prime Minister in the house, he would have taken him alive. But because he had already left, the decision was to kill him.''

Mr Monteiro also said 11 men, including Reinado, had gone to Mr Ramos Horta's house -- seven with rifles, one with a pistol and three who were possibly drivers. He said there was evidence of 75 shots being fired in the presidential compound but they were ``still counting''.

Reinado was killed in the exchange, which left Mr Ramos Horta fighting for his life in a Darwin hospital.


Tradução:


Condutor de Gusmão conta fuga precipitada depois da emboscada

The Australian – Quinta-feira, Fevereiro 21, 2008
Paul Toohey


DILI -- ADOLFO Suarez dos Santos, condutor de Xanana Gusmão desde 2002, não tem dúvidas que os homens que emboscaram o seu patrão na semana passada tinham intenções letais. As duas balas alojadas nas traseiras do seu assento provam isso mesmo.

O Sr dos Santos revelou pela primeira vez como é que ele tirou o Primeiro-Ministro de Timor-Leste do caminho do perigo quando a sua caravana ficou debaixo de fogo pesado vindo de quarto ângulos ao bater no carro da frente, rasgando monte abaixo em três pneus e mais tarde encaminhando o seu patrão através do mato para a segurança.

Falando ao The Australian, ele disse que por volta das 6.15 am na última Segunda-feira, um dos conselheiros do Primeiro-Ministro, Joaquim Fonseca, lhe ligou a dizer que o complexo do Presidente José Ramos Horta estava sob ataque.

O Sr Fonseca, que vive perto da casa de Ramos Horta a leste de Dili, queria avisar o Sr Gusmão, que vive em Balibar, a cerca de 10 km por uma estrada sinuosa e estreita nos montes acima da capital. Mas o Sr Gusmão decidiu que iria para o seu gabinete em Dili, sem levar isso em consideração .

``Preparámos os carros para descer o monte,'' disse o Sr dos Santos.

``Ouvimos os tiros. O carro que estava à nossa frente parou e bloqueou a estrada para o carro do Primeiro-Ministro quando os guardas responderam com fogo da janela do seu lado. O Primeiro-Ministro estava apanhado numa cilada por detrás deste carro e não pode sair.''

O ataque visava principalmente o carro do Primeiro-Ministro, disse. ``Eu estava a trabalhar para sair de lá. Endireitei o meu carro (e) bati no veículo à frente, que estava a bloquear o meu caminho. Bati-lhe com força.''

O Sr dos Santos disse que o Sr Gusmão estava calmo. ``Ele apenas dizia, `Arranca, vai'. Os que faziam a emboscada estavam posicionados em quarto pontos em ambos os lados da estrada. Quando viram que não tinha morrido ninguém dentro do nosso veículo, começaram a disparar baixo. O pneu esquerdo da frente foi atingido quando ultrapassaram o carro à frente.

``Não podia saber quantos tiros atingiram o carro. Duas balas atingiram a parte detrás do meu assento mas não o atravessaram. O vidro detrás ficou partido. Estavam a tentar matar-me, mas não o conseguiram.''

O Sr dos Santos disse que o carro do Primeiro-Ministro não tinha janelas à prova de bala. Disse que o Sr Gusmão também nunca andava com telefone. A bateria do seu próprio telefone estava tão em baixo para ele ligar mas que mesmo que pudesse ter ligado, a sua prioridade era pôr o Sr Gusmão em Dili.

Eles guiaram o acidentado Toyota Prado cerca de 6 km para baixo até um local chamado Fatunabo, onde, declarou o Sr dos Santos o 4WD já não podia continuar. Ele mandou parar um camião cheio de gente. ``Disse ao motorista, `Por favor leve o Primeiro-Ministro e a nós para Dili','' disse.

Mas o Sr dos Santos estava ainda preocupado com a possibilidade duma emboscada numa curva mesmo à frente e percebeu que podia colocar em risco os passageiros do camião. Pediram ao camião para fazer a curva e que esperasse por eles no outro lado do vale.

O Sr Gusmão, o Sr dos Santos e o guarda armado caminharam durante cerca de 1 km através do mato enquanto pessoas emergiam de cabanas dispersas e começaram a segui-los. ``O Primeiro-Ministro disse-lhes para voltarem para as suas casas e ficarem lá,'' disse o Sr dos Santos.

``Disseram, `Sim, irmão'.''

O terceiro veículo na caravana tinha regressado para a residência do Primeiro-Ministro, onde a mulher Australiana do Sr Gusmão, Kirsty Sword-Gusmão, e os seus três filhos tinham estado também sob ataque.

O quarto veículo da caravana chegou e recolheu os três homens da beira da estrada. Disseram ao camião que esperava que não precisavam de ajuda e guiaram para Dili, onde o Sr Gusmão foi direito para encontros de segurança.

O Sr dos Santos não teve tempo de examinar quantas balas entraram no carro do Sr Gusmão.

The Australian examinou-o brevemente antes de ser mandado embora e ele não parecia ter sido perfurado. Mas o Procurador-Geral Longuinhos Monteiro disse que os veículos da caravana tinham sido perfurados por cerca de 45 balas, a maioria delas visando o carro do Sr Gusmão.

Ele disse que o segundo em comando do Major-General Alfredo Reinado, Tenente Gastão Salsinha, que negou fortemente qualquer envolvimento, tinha sido identificado positivamente, nos eventos em Balibar.

O Sr Monteiro disse que minutos antes da emboscada, o Tenente Salsinha e um outro amotinado se tinham aproximado da residência do Sr Gusmão e apontado as suas armas ao guarda da polícia. O Sr Monteiro disse que o guarda disse a eles: ``Se tiram a minha arma, têm de me matar.''

``Eles perguntaram, `Onde está o Primeiro-Ministro?' Eles disseram que o Primeiro-Ministro já tinha partido. O Salsinha pareceu que queria ir à parte traseira da casa, perguntando onde estavam a mulher e os miúdos do Primeiro-Ministro. De repente, ele voltou para trás e disparou um tiro para o ar.

O que é que isto significa? Isto era um sinal para os homens em baixo (fazerem) a emboscada.

``A nossa conclusão é que se Salsinha tivesse encontrado o Primeiro-Ministro em casa, teria levado ele vivo. Mas como ele já tinha saído, a decisão foi matá-lo.''

O Sr Monteiro disse também que 11 homens, incluindo Reinado, tinham ido à casa do Sr Ramos Horta – sete com espingardas, um com uma pistola e três que possivelmente eram condutores. Disse que havia evidência de terem sido disparados 75 tiros no complexo presidencial mas que estavam ``ainda a contar''.

Reinado foi morto na troca de tiros que deixou o Sr Ramos Horta a lutar pela sua vida num hospital de Darwin.

NOTA DE RODAPÉ:

Engraçado o que Longuinhos Monteiro vê que os militares não conseguem ver... Tantos furos de balas "invisíveis"...

E afinal Salsinha foi antes da emboscada a casa de Xanana? Mas afinal não foi ele que atacou Xanana?...

6 comentários:

Anónimo disse...

Ataques visavam matar Xanana e Ramos-Horta, diz a ONU

Público, 21.02.2008

As investigações preliminares da missão das Nações Unidas em Timor-Leste aos ataques da semana passada contra Ramos-Horta e Xanana Gusmão revelam que terá sido o mesmo grupo a atacar o Presidente e o primeiro-ministro e que o seu propósito era eliminar os mais altos dirigentes do país.
Segundo o correspondente da Lusa em Timor-Leste, citado pela RTP, o relatório do departamento de investigação da missão das Nações Unidas no país fornece informações detalhadas sobre os ataques do passado dia 11.
De acordo com a mesma fonte, o ataque à casa do Presidente timorense terá começado às 06h05, quando "doze a treze pessoas", armadas e com uniformes militares, chegaram ao local em duas viaturas.
O militar das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) que fazia a guarda ao portão principal da residência foi manietado por três dos atacantes, enquanto outros sete, liderados pelo major Alfredo Reinado, entraram no complexo residencial em busca de Ramos-Horta.
Os investigadores adiantam que o grupo de Reinado não conseguiu encontrar o Presidente no interior do complexo e acabaria por ser visado por um outro militar das F-FDTL que fora entretanto acordado por um funcionário da residência.
O militar disparou contra o major Reinado e um outro atacante, que estava encapuzado, tendo matado e desarmado ambos.
Ramos-Horta só foi atingido quando regressava a casa depois de uma corrida junto à praia, na companhia de dois seguranças. Apesar de ter ouvido disparos, que um civil terá atribuído a exercícios das tropas australianas, o Presidente prosseguiu a marcha e só se apercebeu do ataque quando estava a 50 metros da residência, ao ver militares encapuzados na estrada.
O Presidente atirou-se para o chão por indicação de um dos seguranças, mas ainda assim foi atingido com dois disparos "no lado direito do peito", acrescentam os investigadores. A primeira chamada para o Centro Nacional de Operações ocorreu pelas 6h59 e dez minutos depois foi enviada uma ambulância para o local.
O outro segurança abriu fogo contra os atacantes, que fugiram em direcção às montanhas, acrescenta o relatório, dando a entender que só aí se encontraram com a caravana automóvel em que seguia Xanana Gusmão, que saiu ileso da emboscada.
Ontem chegou a Timor-Leste uma equipa de agentes da polícia federal norte-americana (FBI) que irá apoiar a investigação sobre os dois ataques e que ficará sob comando directo da Procuradoria-Geral da República.
Os atacantes terão fugido do palácio de Ramos-Horta em direcção à caravana onde seguia Xanana Gusmão

Anónimo disse...

ONU confirma ligação de ataques a Ramos-Horta e Xanana Gusmão
DN, 21/02/08

Os ataques contra o Presidente Ramos-Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão "estavam relacionados, foram feitos pelo mesmo grupo" e visavam "eliminar" os dois governantes de Timor-Leste.

Esta é a conclusão de uma investigação da Missão das Nações Unidas no território, ontem obtida pela Lusa em Díli, sobre os acontecimentos de 11 de Fevereiro de que resultou a morte do major rebelde Alfredo Reinado, de um dos seus cúmplices e graves ferimentos em Ramos-Horta.

Ontem em Díli, emergiram também novos detalhes sobre os movimentos de Reinado nas horas antes dos ataques. De acordo com fontes da investigação citadas nos media australianos, o líder rebelde esteve reunido com figuras ligadas a partidos políticos e um dos veículos em que estes se deslocavam foi empregue na acção contra Ramos-Horta. O encontro sucedeu em Gleno, a 30 quilómetros da capital, numa casa particular.

Horas depois sucediam os ataques a Ramos-Horta e Xanana, especificando o relatório que Reinado e seis dos seus homens "entraram no jardim do Presidente pelo portão principal", "todos mascarados", com excepção do major. Ao não encontrarem Ramos-Horta, "voltaram ao portão e ficaram na estrada principal", onde se envolvem num tiroteio com a segurança timorense. Aquele e os seus seguranças, apesar de ouvirem os tiros, "continuaram na direcção da residência". A 50 metros desta, apercebem-se da presença dos atacantes, seguindo-se os confrontos em que o Presidente é atingido.

No caso de Xanana, o relatório conclui ter sido a rapidez da acção dos elementos da polícia da ONU integrados na escolta a possibilitar que o chefe do Governo escapasse ao ataque. Segundo a investigação, é à passagem do veículo em que seguia Xanana que vêem "um homem de pé com uma metralhadora" a disparar contra o carro do líder do Executivo. A sua rápida resposta pôs em fuga o atacante, que estava encapuzado.

Anónimo disse...

Reinado terá sido morto depois Horta ser baleado
JN, 21/02/08

O primeiro relatório dos investigadores das Nações Unidas aos acontecimentos do passado dia 11 em Díli, deixa em aberto a hipótese de Alfredo Reinado ter sido morto depois de José Ramos-Horta ter sido atingido a tiro.

O relatório, datado de 12 de Fevereiro, é confidencial e explica detalhadamente os acontecimento do dia do ataque, ressaltando por isso que o presidente timorense terá sido ferido antes de Alfredo Reinado e de um elemento do grupo de atacantes, Leopoldino Exposto, terem sido abatidos.

Realizado pelo Departamento de Investigações Nacionais, o relatório sustenta que tudo terá começado com a chegada do grupo de Alfredo Reinado à casa de Ramos-Horta, em dois veículos.

Um guarda das F-FDTL (Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste) foi imobilizado pelo grupo que parcialmente entrou na casa, não tendo encontrado José Ramos-Horta.

O presidente regressava a casa depois de uma caminhada matinal. "A cerca de 50 metros da residência, o presidente e os seus guardas viram três atacantes de máscara na estrada. Um dos guarda-costas (que estava vestido à civil e sem armas) disse ao presidente para se deitar no chão. Um dos atacantes deu dois tiros na direcção do presidente, que o atingiram no lado direito do peito", diz a investigação. Na apresentação da sequência dos acontecimentos, o primeiro relatório da ONU deixa em aberto a possibilidade de o major Alfredo Reinado ter sido abatido depois de Ramos-Horta ter sido ferido.

Entretanto, Ramos-Horta está a recuperar bem e já falou com a irmã, perguntando como estavam os amigos e a família, mas não fazendo nenhuma referência ao atentado de que foi vítima no passado dia 11, em Díli.

Anónimo disse...

Correio da Manhã, 2008-02-21 - 00:30:00

Timor: Atentados contra Horta e Xanana
Agentes do FBI investigam em Díli

Os agentes do FBI que chegaram ontem a Díli em resposta a um pedido das autoridades timorenses, na sequência dos ataques contra o presidente da República, Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, “vão estar sob o comando directo da Procuradoria-Geral da República”, afirmou o embaixador dos EUA no país, Hans George Klemm.

O diplomata norte-americano explicou que os agentes são “indivíduos altamente qualificados em todas as áreas de investigação, incluindo medicina legal”. Os homens do FBI vão assim dar sequência às investigações que estão a decorrer sob a égide da ONU. Investigações que, de acordo com um relatório confidencial da Organização, obtido pela Lusa, parecem indicar que os ataques “estavam relacionados e tinham o mesmo propósito de eliminar os mais altos titulares”. Ainda no âmbito das investigações, o ex- -ministro da Fretilin José Teixeira foi ouvido ontem na Polícia Nacional. Refira-se que o estado de sítio continua em vigor em Timor-Leste, onde as forças internacionais, incluindo os militares da GNR, reforçam o patrulhamento.

Ontem, o Partido Socialista português rejeitou o reforço da GNR e defendeu que “a presença da GNR poderia ser muito mais útil para as populações se tivesse outra moldura legal”, segundo Renato Leal, deputado e coordenador do PS para a Comissão dos Negócios Estrangeiros, no Parlamento, após uma reunião com o embaixador timorense em Lisboa, Manuel Abrantes.

“PRESIDENTE ESTÁ MELHOR”

O presidente Ramos-Horta começou ontem a falar, “a perguntar pela família e pelas pessoas amigas”, um dia depois de ter sido submetido à quinta cirurgia, afirmou Romana Horta, irmã do Chefe de Estado. “Está muito melhor. Já fala e está lúcido”, frisou.

Anónimo disse...

O motorista afirma não saber quantos tiros atingiram o carro. Ninguém viu buracos de balas. Eu próprio vi na TV apenas um buraco no vidro traseiro (canto inferior direito), que não ficou destruído, ao contrário do que é afirmado.

No entanto, o mesmo motorista conseguiu descobrir que os tiros vinham de quatro direcções diferentes? Isto enquanto estava sob intenso tiroteio e a sua preocupação era proteger Xanana e levar o jipe para local seguro? Tudo isto ao mesmo tempo?

E como é que Longuinhos viu 45 buracos de balas onde mais ninguém viu?

Como é que os australianos não ouviram nenhum desses 45 (ou mais) tiros?

Como diz o Malai Azul, como é que Salsinha estava simultaneamente em casa de Xanana e a atacá-lo na estrada lá em baixo?

Vejamos agora o que diz o motorista sobre telefones:

"Disse que o Sr Gusmão também nunca andava com telefone. A bateria do seu próprio telefone estava tão em baixo para ele ligar"

Lembram-se de que Kirsty disse que quando a casa foi atacada, ela telefonou para Xanana e percebeu que ele estava sob fogo naquele preciso momento? Algo aqui está mal contado.

Lembram-se também da primeira versão que circulou, segundo a qual Salsinha atacou primeiro Xanana à beira da estrada e só depois da fuga deste se dirigiu com o grupo para a casa de Balibar, onde "pediu" uma arma aos seguranças, tendo-se ido embora perante a negação?

Agora já foi ao contrário? Primeiro o "cerco" à casa de Balibar e só depois a "emboscada"?

Aguardam-se respostas.

Anónimo disse...

Fico estúpida a pensar que Margarida escreveu aqui o que escreveu. Acredita nestes tipos da ONU. Uns aldrabões que só sabm inventar versões dos acontecimentos. Porque é que ninguém fala do que Mari disse que os seus seguranças desapareceram na noite anterior aos incidentes. E quem é que lhes deu ordens para abandonar a residência de Mari?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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