quinta-feira, abril 05, 2007

Reuters - Wed 4 Apr 2007 11:02:29 BST
Violence hits Timor campaign as candidate urges unity
By Ahmad Pathoni
Dili - A former East Timorese independence fighter jailed by Indonesia for six years pledged on Wednesday to unite his conflict-torn country and bring justice to its people, as the final day of election campaigning was marred by violence.
Fernando de Araujo, whose nom de guerre was La Sama, is among eight candidates running in Monday's presidential poll.
By the standards of the tiny country's chaotic history, the election campaign has been relatively peaceful, but on Wednesday rock-throwing clashes between supporters of various candidates left some 30 people in need of medical treatment in the capital Dili, according to Reuters eyewitnesses and hospital staff.
Several victims had bleeding head injuries and a nurse said at least one person had been wounded by an arrow.

U.N. police said in a statement "the situation in and around Dili has mostly been calm" but noted two incidents, one brought under control when officers fired two warning shots and another in which five people were taken to hospital with minor injuries.

However, a rally for De Araujo - at 44 the youngest among the candidates and considered by some to be a strong contender - went peacefully.
"La Sama has a good chance of winning. He appeals to young voters who are disappointed with the failure of the older generation," political analyst Julio Thomas told Reuters.

The candidate with the highest profile, however, is Jose Ramos-Horta, who succeeded Alkatiri as prime minister and won a Nobel Peace Prize during the struggle against Indonesia.

About 2,000 people turned up at a Dili soccer field, waving De Araujo pictures and blue flags of the Democratic Party he founded. "I believe the young generation of Timor Leste will unite again," De Araujo told his supporters, who chanted "Viva La Sama".

New Generation

"It's time for young people to replace the old ones, who have brought only chaos to this country," said supporter Leo da Costa, his bare chest emblazoned with the Democratic Party's initials painted in yellow.

De Araujo, whose campaign theme is "It's time for a son of the poor to lead the country," said he would create a legal system free from discrimination. "The current judiciary is trash. Law must not discriminate. It must not only punish people who steal chickens but also those who distribute weapons illegally," said De Araujo, standing on a truck and wearing a colourful traditional scarf around his neck. He did not mention any names.

Former East Timor Prime Minister Mari Alkatiri was accused of giving weapons to supporters to kill political opponents during last year's wave of violence which prompted the government to invite in foreign troops to restore order.

The charges against Alkatiri were dropped earlier this year after authorities said there was not enough evidence.

East Timor became independent in 2002 after a period of U.N. stewardship. It has rich energy resources but has only begun to tap them and most of the country's one million people remain among the world's poorest.

De Araujo spent six years in a Jakarta prison, from 1992 to 1998, for campaigning for East Timor's independence.
He continued his studies after being released and graduated from the University of Melbourne in 2001.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Reuters – Quarta-feira 4 Abril 2007 11:02:29 BST
Violência atinge a campanha em Timor quando os candidatos apelam à unidade
Por: Ahmad Pathoni

Dili – Um antigo combatente da independência Timorense preso pela Indonésia durante seis anos prometeu na Quarta-feira unir o seu país fracturado por conflito e levar a justiça ao povo, quando o último dia da campanha eleitoral foi manchado pela violência.
Fernando de Araújo, cujo nome de guerra é La Sama, está entre os oito candidatos que concorrem à votação presidencial de Segunda-feira.
Pelos padrões da história caótica da pequena nação, a campanha eleitoral tem sido relativamente pacífica, mas na Quarta-feira confrontos de pedras entre apoiantes de vários candidatos deixou 30 pessoas a precisarem te tratamento médico na capital Dili, de acordo com testemunhas da Reuters e dos empregados do hospital.
Várias vítimas tinham cabeças partidas e uma enfermeira disse que pelo menos uma pessoa fora ferida com uma seta.

A polícia da ONU disse numa declaração que "a situação em Dili e à sua volta estava na maioria calma" mas notou que dois incidentes, um posto sob controlo quando oficiais dispararam para o ar dois tiros de aviso e um outro que levou cinco pessoas para o hospital com ferimentos menores.

Contudo um comício de De Araújo – aos 44 anos o mais jovem entre os candidatos e considerado por alguns como um forte candidato – correu pacificamente.
"La Sama tem uma boa possibilidade de ganhar. Ele cai bem nos eleitores jovens que estão desiludidos com o falhanço da geração mais velha," disse o analista político Julio Thomas à Reuters.

O candidato de estatuto maia alto é porém José Ramos-Horta, que sucedeu a Alkatiri como primeiro-ministro e ganhou um prémio Nobel da paz durante a luta contra a Indonésia.

Cerca de 2,000 pessoas apareceram num campo de football em Dili, acenando com fotos de De Araújo e bandeiras azuis do Partido Democrático que ele fundou. "Acredito que a jovem geração de Timor-Leste se unirá outra vez," disse De Araújo aos seus apoiantes que cantavam "Viva La Sama".

Nova geração

"É tempo de os jovens substituírem os velhos, que apenas trouxeram o caos a este país," disse o apoiante Leo da Costa, o seu peito nú decorado com as iniciais do Partido Democrático pintadas em amarelo.

De Araújo, cujo tema de campanha é "è a altura do filho de um pobre liderar o país," disse que criará um sistema legal livre de discriminação. "O corrente sistema judicial é uma porcaria. A lei não deve discriminar. Deve apenas punir as pessoas que roubam galinhas mas também as que ilegalmente distribuem armas," disse De Araujo, de pé num camião e usando um lenço tradicional colorido ao pescoço. Não mencionou qualquer nome.

O antigo Primeiro-Ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri foi acusado de dar armas aos apoiantes para matarem opositores políticos durante a vaga de violência do ano passado que levou o governo a convidar tropas estrangeiras para restaurar a ordem.

As acusações contra Alkatiri foram retiradas no princípio do ano depois das autoridades dizerem que não havia evidência.

Timor-Leste tornou-se independente em 2002 depois de um período de gestão pela ONU. Tem ricos recursos de energia mas somente agora começou a canalizá-los e a maioria do país de um milhão de habitantes permanece entre a mais pobre so mundo.

De Araujo passou seis anos numa prisão em Jacarta, de 1992 a 1998, por fazer campanha pela independência de Timor-Leste.
Continuou os seus estudos depois de ter sido libertado e graduou-se na Universidade de Melbourne em 2001.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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