Díli, 04 Abr (Lusa) - José Ramos-Horta, primeiro-ministro de Timor-Leste e candidato às eleições presidenciais da próxima segunda-feira, pediu hoje que Sexta-Feira Santa fosse um dia de reflexão, "porque é tempo de paz e unidade para o povo" timorense.
"O nosso país sofreu o suficiente durante anos de ocupação e instabilidade política", afirmou José Ramos-Horta durante o último comício da sua campanha, realizado no Estádio Municipal de Díli.
O primeiro-ministro reuniu nesta acção de campanha cerca de 1.700 apoiantes - numa estimativa de observadores eleitorais europeus e de forças de segurança presentes no local -, menos do que as mais de 6.000 pessoas que a FRETILIN conseguiu juntar também hoje, no lado contrário da cidade, no comício de "Lu-Olo", o principal adversário de José Ramos-Horta.
O Presidente Timor-Leste, Xanana Gusmão, chegou ao Estádio de Díli poucos minutos depois de José Ramos-Horta, na mesma altura em que uma caravana de apoiantes ocupava o relvado e as bancadas, agitando bandeiras e envergando camisolas do Congresso Nacional da Reconstrução de Timor (CNRT).
O chefe de Estado discursou antes do primeiro-ministro e saiu antes de o comício acabar.
Além do CNRT, outros grupos marcavam o seu apoio à candidatura de José Ramos-Horta, como a UNDERTIM (Unidade Nacional Democrática da Resistência Timorense), do veterano Cornélio Gama, aliás "L7", o Partido Milénio Democrático e o Grupo Mudança, uma dissidência da FRETILIN, liderada por Vicente Ximenes "Maubocy", que fez de anfitrião.
"Peço ao povo de Timor-Leste que se concentre na reflexão e não nas eleições", afirmou José Ramos-Horta no último comício, antes do encerramento da campanha eleitoral.
"Embora as eleições sejam vitais para o futuro do país, é mais importante a necessidade de nos unirmos e deixar o passado para trás", acrescentou o candidato.
O dia ficou marcado por diferentes incidentes envolvendo apoiantes de diferentes candidatos, quase todos sem gravidade.
Entre as 17:00 e as 18:00 (09:00 e 10:00 em Lisboa) registou-se o incidente mais grave, na zona da embaixada da Austrália, com apedrejamentos à passagem da caravana com apoiantes de Francisco Guterres "Lu-Olo", o candidato da FRETILIN.
Deste incidente resultaram 19 feridos, um deles em estado grave, até à hora de fecho da campanha, 18:30.
Mais tarde, um grupo de apoiantes de José Ramos-Horta foi apedrejado à passagem por Metinaro, cerca de 30 quilómetros a leste de Díli.
Os ocupantes de quatro viaturas estiveram alguns minutos "retidos" junto ao campo de deslocados de Metinaro, segundo fonte policial.
A UNPol, que inicialmente interveio devido a uma queixa de que haveria meia centena de reféns no campo, retirou os apoiantes de José Ramos-Horta do local e escoltou-os até Manatuto.
PRM-Lusa/Fim
quinta-feira, abril 05, 2007
Ramos-Horta pede reflexão Sexta-Feira Santa, PR no comício
Por Malai Azul 2 à(s) 03:46
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Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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