Díli, 04 Abr (Lusa) - Francisco Guterres "Lu-Olo", candidato da FRETILIN, partido maioritário no parlamento timorense, afirmou hoje em Dili, no último comício de campanha, confiar na vitória desta força política, que "é um 'tsunami' que pode liderar o país".
O comício de apoio à candidatura de Francisco Guterres "Lu- Olo", na periferia da capital, juntou milhares de apoiantes que depois seguiram em camiões de caixa aberta para o centro da cidade, numa caravana que, segundo um oficial das forças internacionais de segurança, era composta por "mais de 400 veículos".
Francisco Guterres "Lu-Olo", presidente do Parlamento Nacional e antigo comandante da guerrilha, pediu que fosse cumprido "um minuto de silêncio por Nicolau Lobato e Konis Santana e por todos aqueles que tombaram em defesa da pátria".
Reclamando ser "filho de uma família pobre", "Lu-Olo" recordou, ao longo de uma hora, a história da FRETILIN, desde a formação em 1974 até ao presente, e aproveitou para criticar os outros candidatos à presidência de Timor-Leste.
"Os nossos adversários dizem que se ganharem as eleições o petróleo vai jorrar nas casas de todos os timorenses. Se é assim, eu fico preocupado porque parece que vai haver muitos incêndios em Timor-Leste", ironizou o candidato apoiado pela FRETILIN. Mari Alkatiri, secretário-geral da FRETILIN, que acompanhou o candidato do partido durante a campanha eleitoral e também interveio no comício, declarou que Francisco Guterres "Lu-Olo" vai vencer as eleições e que o partido representa o povo timorense.
"Já temos a vitória garantida, o presidente 'Lu-Olo' já é Presidente da República", afirmou Alkatiri, cuja intervenção se prolongou por duas horas.
Alkatiri afirmou que não tem dúvidas sobre a mensagem da FRETILIN durante a campanha de apoio a Francisco Guterres "Lu-Olo" e que o partido "luta desde 1974" para unir o povo.
"Nós temos a força do povo. Hoje a FRETILIN tornou-se num 'tsunami' de amor e de paz, sem 'loromonu' e sem 'lorosae'", acrescentou o antigo primeiro-ministro referindo-se às alegadas rivalidades entre os timorenses de oeste e de leste, respectivamente.
O secretário-geral da FRETILIN criticou o primeiro-ministro José Ramos-Horta, também candidato à presidência da República, que acusou de não ter resolvido a crise que o país atravessa desde 2006.
"A FRETILIN está triste porque desde Abril do ano passado Timor-Leste está a viver uma crise. Temos pessoas a viver em barracas.
Alguns dizem que é por minha causa. Eu entreguei o meu lugar mas eles não conseguiram resolver os problemas", esclareceu.
"O problema do Alfredo Reinado não está resolvido, os problemas dos deslocados não estão resolvidos e ainda por cima fizeram um jardim em frente do Palácio como se essa fosse a prioridade do país", acusou Mari Alkatiri.
Referindo-se a José Ramos-Horta e ao actual Presidente da República, Xanana Gusmão, o secretário-geral da FRETILIN afirmou que o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), o novo partido que usa a mesma sigla do antigo Conselho Nacional da Resistência Timorense, que apoiará Xanana nas legislativas, não vai prejudicar a FRETILIN.
As eleições legislativas ainda não têm data marcada, mas deverão realizar-se em Junho ou Julho deste ano.
"A luta foi iniciada pela FRETILIN e entre 1975 e 1999 foi criado o Conselho Nacional da Resistência Maubere e o Conselho Nacional da Resistência Timorense, que teve como mãe a FRETILIN e como pai o povo timorense.
Agora temos um CNRT que teve como mãe a crise e como pai o golpe e portanto não devemos acreditar neles", vincou.
"Alguns dizem que eu tenho medo e que estou a tremer de medo por causa do CNRT, mas a única coisa que me faz tremer é a malária", acrescentou.
Sobre o apoio manifestado por Xanana Gusmão à candidatura de José Ramos-Horta, Alkatiri afirmou que o primeiro-ministro e o Presidente da República estão a trabalhar em conjunto como se Timor- Leste "fosse a casa deles".
PSP-Lusa/Fim
quinta-feira, abril 05, 2007
FRETILIN é tsunami que pode liderar país -"Lu-Olo"
Por Malai Azul 2 à(s) 02:27
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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