quinta-feira, janeiro 11, 2007

GNR está preparada para garantir formação da polícia timorense - Mourato Nunes

Díli, 10 Jan (Lusa) - A GNR está preparada para garantir a formação da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), disse hoje em Díli o comandante-geral, general Mourato Nunes.

Mourato Nunes, que terminou hoje uma visita de trabalho de três dias a Timor-Leste, acrescentou que o governo timorense pretende estabelecer, a nível bilateral, um acordo com Portugal para a formação da PNTL.


"Há responsabilidades que pertencem às Nações Unidas e há intenções do governo de Timor-Leste, no âmbito bilateral, no sentido da GNR contribuir com algum as acções de formação", disse.

"O que podemos dizer sobre isso é que tomada a decisão política, a GNR está preparada para dar essa formação", frisou.

O primeiro-ministro timorense José Ramos-Horta disse à Lusa, a 27 de Dezembro, por ocasião de uma visita ao quartel-general da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), que a GNR iria garantir a formação dos efectivos daquele corpo de elite da PNTL.

O processo de selecção dos agentes que vão constituir a nova UIR, reformada após a desintegração de que foi alvo durante a crise político-militar iniciada em Abril de 2006, vai arrancar muito rapidamente, para o que será acelerada a triagem dos efectivos, acrescentou Ramos-Horta.

A formação será feita no quartel da UIR, no bairro de Fatuhada, o mesmo local em que em 2000 a GNR instalou o seu quartel-general.

A PNTL está a passar por um processo de triagem, desenvolvido conjuntamente pela Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) e pelo Ministério do Interior, que visa garantir que cada agente da polícia timorense não tem contra si qualquer processo crime por participação nos actos de violência espoletados em Abril.

Actualmente, cerca de 200 agentes da PNTL que já passaram por esse processo de selecção integram patrulhas mistas com polícias da ONU (UNPOL).

Nas declarações que fez hoje em conferência de imprensa, o general Mourato Nunes falou ainda a eventual vinda de uma segunda companhia da GNR, na sequência do pedido nesse sentido feito pelas autoridades timorenses.

"Houve uma solicitação (do governo timorense) à ONU, com conhecimento ao governo português. Neste momento aguardamos a decisão, por um lado, das Nações Unidas, que formalmente ou não, se o entenderem formalmente, farão a solicitação a o governo português e o governo português tomará a decisão política relativamente ao envio de uma nova companhia da GNR", salientou.

"Mas a decisão transcende-nos. Está ao nível da ONU e ao nível do poder político em Portugal. Mas a GNR não se pode por totalmente de fora e há um aspecto para o qual temos de estar preparados: ter uma companhia para a eventualidade d e ser essa a decisão a ser tomada", acrescentou Mourato Nunes.

Nesse caso, adiantou o general Mourato Nunes, a GNR "responderá como é habitual e enviará a unidade que considerar mais adequada, depois de estabelecidos os contactos com os órgãos da ONU presentes em Timor-Leste".

Durante a terceira visita a Timor-Leste no espaço de quatro meses, o general Mourato Nunes manteve reuniões de trabalho com o primeiro-ministro José Ramos-Horta, com o ministro do Interior, Alcino Baris, e com a Missão Integrada da ON U em Timor-Leste (UNMIT).

Sobre a actual situação de segurança em Timor-Leste, Mourato Nunes manifestou-se satisfeito com o trabalho dos militares da GNR actualmente estacionados e m Díli, que considerou reflectir-se nas melhorias que se registam.

"Seguramente que a intervenção da GNR tem contribuído para o aumento da segurança", destacou.

"Do ponto de vista estatístico, diminuiu de forma substantiva a agitação social em Díli. E tem vindo a diminuir de forma progressiva", vincou o general.

"Há menos casos, embora haja alguns com maior violência, nomeadamente a intervenção com armas de fogo, e por vezes de armas como granadas e mesmo de alguns engenhos explosivos tradicionais. Mas estamos convencidos que (a GNR) tem contribuído de forma significativa para um aumento da segurança", frisou.

A GNR mantém presentemente 143 militares, do segundo contingente do Subagrupamento Bravo, estacionados em Timor-Leste, no âmbito do acordo bilateral que levou à vinda, em Junho, dos primeiros efectivos.

Os primeiros efectivos integraram-se em Agosto na UNMIT, constituindo uma das três Unidades de Polícia Formada.

As outras duas são formadas por efectivos do Bangladesh e da Malásia.
EL-Lusa/Fim
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3 comentários:

Anónimo disse...

A GNR tipo Timor ou a GNR tipo ochoa à toa?

Anónimo disse...

AGNR está prestes a mandar para Timor uma companhia constituida por homens do serviço territorial e nao elementos operacionais . Espero que os nossos impostos nao sejam para gastar mal ,com homens mal preparados .
Quere dizer que deixou de ser importante o resultado final, qualquer coisa serve !.
Então não gastem o nosso dinheiro nessas aventuras...

Anónimo disse...

Os senhores da GNR estão para mandar uma nova companhia para Timor ,mas desta vez vão os barrigudos dos postos e os afilhados ...
Já nao tem mais operacionais , agora funciona a cunha ...
Deve ser porque o resultado final não é importante .
Então parem de gastar o nosso dinheiro , por cá não ha nada para fazer ?
PAGA CONTRIBUINTE !!!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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