quinta-feira, setembro 28, 2006

A intromissão da Austrália em Timor-Leste

Tradução da Margarida.

The Washington Post
Washingtonpost.com

Por Setembro 27, 2006; 8:16 AM ET

Durante a ocupação brutal de 24 anos pela Indonésia de Timor-Leste, o mundo ocidental manteve-se cúmplice na opressão. O corrente Presidente Xanana Gusmão entregou à ONU em Janeiro um relatório que detalhava brutais abusos de direitos humanos durante esses anos.

Alegava que a política deliberada de Jakarta de fome e assassínios custou a vida entre 84,000 e 183,000 pessoas entre 1975 e 1999. Além do mais, os militares Indonésios usaram bombas de napalm fornecidas pelo ocidente durante o seu reinado de terror.

Nenhuma das nações liderantes do ocidente envolvidas -- Austrália, Usa e Grã-Bretanha – aceitaram qualquer responsabilidade pelas suas acções nem ofereceram qualquer compensação. Mais um insulto tem sido a falta de pressão internacional para levar a julgamento por crimes de guerra em Timor e na Austrália, o antigo ditador apoiado pelo ocidente, General Suharto.

Apesar da assistência Australiana ter ajudado a pôr fim à ocupação de Timor em 1999, a mais nova nação do mundo sofreu grande instabilidade nos últimos sete anos.

Dentro da Austrália, desenvolveu-se uma mitologia: a Austrália é vista como o cavaleiro branco que chegou para salvar a alma de Timor. Na realidade – como sublinhou o historiador Australiano Clinton Fernandes no seu livro incendiário de 2004, Salvador Relutante (Reluctant Saviour) -- "A diplomacia Australiana funcionou para apoiar a estratégia Indonésia [para segurar Timor]. Funcionou como um obstáculo à independência de Timor-Leste. Quando o governo de [John] Howard eventualmente foi forçado a enviar uma força militar, fê-lo sob a pressão de uma maré de insultos públicos."

A relação entre Canberra e Dili tem sido sempre complexa mas a luta em curso sobre o Timor Gap – vastas reservas de petróleo e gás no fundo do mar da costa de Timor-Leste (http://www.antiwar.com/orig/pilger.php?articleid=9184) – levou a que a Austrália fosse acusada de explorar a prosperidade económica futura de Timor.

O antigo Primeiro-Minstro do país, Mari Alkatiri (http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/1989267.stm), foi um forte defensor desses recursos naturais, mas a sua popularidade dentro de Timor diminuiu, forçando eventualmente a sua resignação (http://crikey.com.au/Politics/20060912-The-theory-that-Gusmao-supports-Reinado-doesnt-wash.html).

O desassossego recente em Timor resultou em confrontos violentos entre soldados decepcionados e o partido no poder, a Fretilin. Dezenas de milhares de Timorenses foram forçados a fugir das suas casas para campos de deslocados. E a Austrália, mais uma vez, mandou tropas para acalmar os problemas (http://www.alertnet.org/thenews/newsdesk/N25220184.htm), apesar de os exactos detalhes do desassossego permanecerem obscuros.

O novo Primeiro-Ministro do país, José Ramos Horta, tem agradecido à Austrália pela sua assistência e pelo seu papel já criticado na nação em luta. O Ministro dos Estrangeiros da Austrália, Alexander Downer, disse recentemente aos Timorenses que, "têm que encontrar soluções para os seus próprios problemas, e não ficarem apenas à espera que a comunidade internacional indefinidamente resolva todos os problemas deles". É uma declaração tipicamente arrogante de um governo que gosta de manter o controlo sob uma série de nações na região.

Há muitas alegações infundadas de que o governo Australiano instigou o último desassossego em Timor-Leste e de que queria uma mudança de regime. O que é claro, contudo, á que Timor-Leste devia ser autorizada a prosperar numa nação verdadeiramente independente, e a curar de anos de miséria apoiada pelo ocidente.

Antony Loewensteiné um jornalista baseado na Austrália, autor e blogger que escreve sobre relaçõesi nternacionais e o Médio Oriente e pública em numerosos jornais na Austrália e no ultramar.
O seu website é: http://antonyloewenstein.com/

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10 comentários:

Anónimo disse...

Brother and Sister around the world. You can see how we (timorese) are. Fighting in the street with rocks till this blog. Every body claims to be the majority but non of them can prove it untill now.

Timor ...Han malun to mohu ... Mohu hotu tiha mak ema mai tama deit no ocupa ita nia rain tamba ita han malun (hanesan 1975) to mohu!

Ida ne'e mak ita bele dehan: Coitado de Timor.

Sira iha malae nia rain moris nafatin e sira iha Timor sai los sa?

Anónimo disse...

Ita sira nebe hanaran an hanesan intelectuais, iha matenek, (nebe hetan husi Indonesia, Portugal no Australia) tem que aprende controla an (emocao) atu labele han malun, oho malun (direct or indirect), maibe tem que lolo liman ba malun, simu malun hodi hadia ita nia oan sira nia futuro.

TIMOR PRECISA ITA HOTU!!!

Anónimo disse...

Temos todos a tendencia de culpar os estrangeiros da situação em actualmente vivemos em Timor-Lest, facto que não é correcto, e digo o porquê desta minha afirmativa:
Os culpados somos nós próprios por não sermos unidos na reconstrução do nosso país. Estávamos no caminho certo, com altos e baixos, mas por razões óbvias deixamos tudo ir água abaixo. Esquecemos que somos todos timorenses, todos de origens diferentes, afectos a partidos diferentes, com habitos diferentes, etc, etc.
A FRETILIN abanhou-se no governo e fez-se dono da mais nova nação do mundo. Esqueceu-se por completa que a luta foi de todos. A guerra de Timor só foi ganha porque houve várias frentes na luta. No interior , na diáspora, na guerrilha, na funcão publica, no governo indonesio , etc, etc…Uma multifacetada frente em que todos participaram, não foram só os da FRETILIN como erradameste se clama. Ora quando um pais é de todos e só uns é que se armam em donos desse pais tirando as vantagens em todos os campos, claro que o resto que não é envolvido não está feliz. E aí o ovo começa a partir, cada bocado para o seu lado, criando uma situação ideal para os estrangeiro se armarem em salvadores pretendem apanhar os cacos partidos e juntar , mas como não conhecem todos os pedaços do ovo, não encontram o sitio certo e o que acontece , começam a olhar só para os grandes pedaços e o resto que se lixe porque o ambiente já criado para eles desenvolverem o que tinham na memte, simplesmente porque nós não soubemos manter o nosso ovo inteiro por andarmos às turras uns com os outros.

Vamos lá parar com esta salada russa, e trabalhar com o mesmo fito :reconstruir o nosso pais que não é nosso , é dos nossos filhos e dos filhos dos nossos filhos , eles emprestaram-nos temporariamente para vivermos até envelhecermos até a morte, porque o amanhã é deles embora hoje é nosso.

Timor é nosso e dos que amam a nossa terra , não deixemos que os outros interseiros tirem vantagem da nossa fraquesa ' UNIDOS venceremos, quer sejamos da FRENTE, ou do PD , ou UDT, ou Trabalhis, ou PSD, etc...Timor precisa de todos nós...
Kuda Talin (Rebo, Rebo, e que num futuro próximo revelo a minha identidade)

Anónimo disse...

Temos todos a tendencia de culpar os estrangeiros da situação em actualmente vivemos em Timor-Lest, facto que não é correcto, e digo o porquê desta minha afirmativa:
Os culpados somos nós próprios por não sermos unidos na reconstrução do nosso país. Estávamos no caminho certo, com altos e baixos, mas por razões óbvias deixamos tudo ir água abaixo. Esquecemos que somos todos timorenses, todos de origens diferentes, afectos a partidos diferentes, com habitos diferentes, etc, etc.
A FRETILIN abanhou-se no governo e fez-se dono da mais nova nação do mundo. Esqueceu-se por completa que a luta foi de todos. A guerra de Timor só foi ganha porque houve várias frentes na luta. No interior , na diáspora, na guerrilha, na funcão publica, no governo indonesio , etc, etc…Uma multifacetada frente em que todos participaram, não foram só os da FRETILIN como erradameste se clama. Ora quando um pais é de todos e só uns é que se armam em donos desse pais tirando as vantagens em todos os campos, claro que o resto que não é envolvido não está feliz. E aí o ovo começa a partir, cada bocado para o seu lado, criando uma situação ideal para os estrangeiro se armarem em salvadores pretendem apanhar os cacos partidos e juntar , mas como não conhecem todos os pedaços do ovo, não encontram o sitio certo e o que acontece , começam a olhar só para os grandes pedaços e o resto que se lixe porque o ambiente já criado para eles desenvolverem o que tinham na memte, simplesmente porque nós não soubemos manter o nosso ovo inteiro por andarmos às turras uns com os outros.

Vamos lá parar com esta salada russa, e trabalhar com o mesmo fito :reconstruir o nosso pais que não é nosso , é dos nossos filhos e dos filhos dos nossos filhos , eles emprestaram-nos temporariamente para vivermos até envelhecermos até a morte, porque o amanhã é deles embora hoje é nosso.

Timor é nosso e dos que amam a nossa terra , não deixemos que os outros interseiros tirem vantagem da nossa fraquesa ' UNIDOS venceremos, quer sejamos da FRENTE, ou do PD , ou UDT, ou Trabalhis, ou PSD, etc...Timor precisa de todos nós...


Kuda Talin (Rebo, Rebo, e que num futuro próximo revelo a minha identidade)

Anónimo disse...

Kuda Talin (Rebo, Rebo, e que num futuro próximo revelo a minha identidade).

WHO CARES.

Anónimo disse...

Kuda Talin, you could be Kirsty Sword-Gusmão, but


WHO CARES

Anónimo disse...

Exactamente Who cares...pois aqui fica a minha identidade : sou o mate- clamar dos que morreram inocentemente como resultado da ganancia de alguns patricios meus, timorenses . Eu sou apenas um timorense que ama a sua terra...esta é a minha identidade Timorense- voces confundiram quando era isso que eu queria dizer. Calro que enrtendo que não se interessam pelos outros mas sim por voces proprios, por isso que os aussies nos estão a comer a pinha...

Kuda Talin (Rebo Rebo, esta é a minha identidade - TIMORENSE e orgulhoso de o ser )

Anónimo disse...

Kuda Talin,

Forca!! Esses alkatiristas nao gostam de ouvir as verdades mas tem que ser!!

Anónimo disse...

Olarocas, este comment de Quinta-feira, Setembro 28, 2006 7:09:14 PM anda para aqui a saltitar de um lado para o outro...

Vou achar piada é de ver quem é que vai abrir o bico quando houver resultados... Outubro vai sim trazer surpresas.

Quando Xanana Gusmão vos atirou aquele "texto" de 22 de Junho a coisa abanou forte, não foi?

Agora queixam-se por ele estar calado? Não acham que quanto mais ele falar mais vocês abanam? Será isso bom? Até acho que ele pensa muito nisso.

A mama está-se a acabar...

Anónimo disse...

Os Direitos Humanos em Timor-Leste estão a ser violados e os principais responsáveis são os governantes!

São esses que comandam e mandam nas estruturas do Estado!

Não culpem "os outros"!

Foi e é um Parlamento Nacional que tem a obrigação de resolver os problemas. Não é mais ninguém!

Têm de admitir que não foram capazes... apesar da tão propalada maioria (para a Constituinte...), esperam agora virar o bico ao prego? Como?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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