quinta-feira, setembro 28, 2006

Notícias - Traduzidas pela Margarida

Tratado de segurança entre a Indonésia e a Austrália avança
ABC News Online
Setembro 27, 2006. 7:40pm (AEST)

A Indonésia diz que um tratado compreensivo de segurança com a Austrália deverá ser assinado pelo fim do ano.

Um conselheiro do Presidente da Indonésia diz que está a ser feito bom progresso para concluir um tratado que cobre imposição da lei, questões marítimas, contraterrorismo, informações e desastres naturais.

O Dr Dino Patti Djalal diz que o tratado ligará a segurança da Austrália e da Indonésia, mas que não terá a categoria de aliança.

"Será um desenvolvimento importante nas relações entre a Indonésia e a Austrália," disse o Dr Djalal.

”Isso também destacará a mudança na relação geopolítica entre os nossos países.

"O tratado não faz a Indonésia e a Austrália aliadas, porque a Indonésia não pode entrar em nenhuma aliança militar com nenhum país."

O Dr Djalal disse ao Instituto de Política Estratégica Australiana que o tratado mostrará o quanto a Indonésia e a Austrália andaram desde os problemas em Timor-Leste em 1999.

Diz que a relação mudou com o terrorismo, tráfico de pessoas e desastres naturais na Indonésia.

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Timor-Leste diz que eleições credíveis são chave para a reconciliação
International Herald Tribune

The Associated Press
Quarta-feira, 27 Setembro, 2006

NAÇÕES UNIDAS – Timor-Leste precisa de eleições justas, reconciliação e uma grande injecção de ajuda para ultrapassar a violência recente que demoliu a jovem nação, disse na Quarta-feira o Ministro dos Estrangeiros José Luís Guterres.

Dirigindo-se à Assembleia-Geral da ONU, Guterres expressou pesar pela luta entre facções rivais das forças armadas, que abriu caminho para guerra de gangs, fogo posto e pilhagens, como consequência de um governo inexperiente a tactear o seu caminho na via para a democracia.

"Como um país no pós-conflito, experimentámos recentemente um relapso de violência, devido a falhas institucionais da nossa força de defesa e da polícia, alto nível de desemprego e decisões políticas erradas que tomámos como líderes de um novo país," disse Guterres.

O então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri despediu 591 soldados das forças armadas de 1,400 membros em Março depois de terem desencadeado uma greve durante meses de protesto por alegada discriminação entre os militares.

Guterres disse que quase 100 pessoas foram mortas e quase outras 150,000 foram levadas das suas casas em lutas que se seguiram ao despedimento, mas que acalmaram com a chegada de milhares de tropas internacionais e a instalação de um novo governo liderado pelo Primeiro-Ministro José Ramos-Horta.

O ministro dos estrangeiros disse que Timor-Leste saúda uma comissão de inquérito internacional para estudar os eventos que rodearam a crise e as alegações de abusos de direitos humanos."

Uma maior presença internacional liderada pela ONU será necessária no futuro previsto para manter a paz e organizar e supervisionar as primeiras eleições legislativas e presidenciais do país no próximo ano, disse Guterres.

"Eleições livres, transparentes e justas prepararão definitivamente o caminho para um ambiente político e social estável," disse.

Também crucial é encorajar a reconciliação, investigar as causas da violência e bombear fundos de desenvolvimento para criar empregos, tanto nas cidades como nas áreas rurais, disse Guterres.

"O governo está completamente consciente que a reconciliação e a justiça precisam de andar mão na mão com o desenvolvimento," disse.

O orçamento nacional aumentou por 122 por cento neste ano fiscal, focalizando-se na criação de empregos, disse, chamando-lhe "um orçamento pró-pobres."

"Temos esperança que esta nova política económica, combinadas com políticas de reconciliação e diálogo ajudará a neutralizar tensões e trará compreensão comum e revigorará a confiança no nosso futuro comum e partilhado," disse Guterres.

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3 comentários:

Anónimo disse...

"Guterres disse que quase 100 pessoas foram mortas e quase outras 150,000 foram levadas das suas casas em lutas que se seguiram ao despedimento,.."

Pelos vistos eh bem possivel que o numero de mortos eh mais elevado do que declaradas pelas fontes oficiais do antigo governo. Senao como eh que o MNE pode mencionar "quase 100 mortos" num discurso nas Nacoes Unidas e numa altura em que a comissao independente de investigacao esta prestes a publicar os seus resultados???

Sera que era a isso que o antigo SRSG se referia quando ele disse na sua partida que alguns nao iriam gostar e outros iriam chorar??

Fico serenamente a espera dos resultados.

Anónimo disse...

Todos nos sabemos, inclusive o Jose Luis Guterres, que o relatorio das investigacoes vai incluir informacao sobre o possivel numero de vitimas mortais desta crise e que ja nao tarda.

Se ele continua a mencionar "quase 100 mortos" num discurso proferido`a um forum da ONU eh porque ele sabe um pouco mais do que aquilo que o publico sabe.

Realmente o Hasegawa tambem ja tinha feito alguns comentarios gerais quanto aos resultados das investigacoes. Eh obvio que individuos como ele e outros tem um acesso previligiado ao trabalho dos investigadores e sabem muito mais do que nos sabemos antes de o relatorio ser publicado.

Espero que eu esteja errado mas esta declaracao do MNE eh mau sinal.

Anónimo disse...

O metrómeno repete sempre a mesma k7? Assim é uma chatice mesmo tanto mais que se repetem à exaustão aquilo que interessa... o que não convém rapidamente "desaparece da vista"...

Como se viu, quem não percebe de reconciliação é a FRETILIN...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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