domingo, maio 13, 2007

Observadores da CPLP consideram votação livre e genuína

Lisboa, 10 Mai (Lusa) - A missão de observação eleitoral da CPLP à segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste considerou hoje, numa "declaração preliminar", que a votação decorreu "em condições de livre expressão do voto universal".

No documento, enviado à Agência Lusa, os 12 observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) salientam que, numa primeira avaliação do acto eleitoral de quarta-feira, a votação para a escolha de um sucessor de Xanana Gusmão constituiu "um reflexo genuíno da vontade do povo timorense".

"A missão assinala, com agrado, a forma cívica e ordeira como decorreu a campanha eleitoral que antecedeu a votação, que constitui um claro sinal de maturidade e consolidação dos valores democráticos", refere-se no comunicado.

Os observadores de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe destacaram também a melhoria verificada nos procedimentos de votação e contagem dos votos, em comparação com os problemas registados na primeira volta, a 09 de Abril último.

Felicitando o Estado timorense pela organização das eleições, os observadores da CPLP apelam aos candidatos José Ramos-Horta e Francisco "Lu Olo" Guterres, os dois que disputaram a segunda volta, para que "reconheçam as bases de crescimento de uma sociedade democrática, plural e inclusiva".

Nesse sentido, exortam também os dois candidatos a contribuir "activamente" para a estabilidade e progresso em Timor-Leste e expressam "admiração" pela elevada participação no escrutínio e civismo demonstrados no processo eleitoral.

A missão, que chegou a Timor-Leste a 06 deste mês e que abandona o país sexta-feira, lembra que desenvolveu a sua acção nos distritos de Díli, Baucau, Liquiçá, Ermera e Manatuto, tendo sido verificado o decurso do processo em 77 secções de voto.

"A Missão concentrou os seus esforços, uma vez mais, na observação do acto eleitoral e na sua conformidade com os quadros legal e de procedimento definidos pelas autoridades constitucionais, e continua a acompanhar com interesse os termos do processo ainda em curso", lê-se no documento.

Relembrando os "três pilares" que norteiam a CPLP - promoção da Língua Portuguesa, concertação político-diplomática e cooperação entre os seus Estados-membros -, a missão lusófona expressa ainda a solidariedade ao povo de Timor-Leste e o seu inequívoco apoio ao processo de consolidação democrática no país.

Segundo os últimos dados oficiais da votação divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) timorense, contados que estão 90 por cento dos votos, o candidato independente José Ramos-Horta tem 73 por cento dos votos.

Numa declaração lida há momentos em Díli, a porta-voz da CNE, Maria Ermelinda Sarmento, referiu que o candidato da Fretilin, Francisco Guterres "Lu Olo", obteve até agora 27 por cento dos votos expressos nas eleições de quarta-feira.
JSD-Lusa/Fim

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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