Tradução da Margarida.
Australian Broadcasting Corporation
Emissão: 10/10/2006
Repórter: Tony Jones
Tony Jones fala com o Primeiro-Ministro Timorense, José Ramos-Horta.
Transcrição:
TONY JONES: Bem, agora junta-se a nós o Primeiro-Ministro Timorense José Ramos-Horta, e, como viram, acabou de chegar depois de ter dado uma palestra no Hal Wooten na faculdade de direito da Universidade de New South Wales. Como dissemos antes, ele encontrar-se-á com o Primeiro-Ministro John Howard na Quinta-feira. Obrigada por estar aqui connosco, José Ramos Horta.
DR JOSE RAMOS-HORTA: Obrigada, Tony.
TONY JONES: Tenho a certeza que conhece a recente reportagem da SBS television, que deu a dica escura que a Austrália pode ter estado envolvida por detrás da cena num golpe contra o Primeiro-Ministro Alkatiri. Qual é a sua resposta a essas alegações? Ainda não a ouvimos até à data.
DR JOSE RAMOS-HORTA: Bem, isso é uma asneira absoluta. Fui membro do Gabinete de Alkatiri. Conheci muito bem a sua própria liderança, em termos de negociações com a Austrália sobre os arranjos do Mar de Timor. Foi ele quem garantiu o sucesso dos acordos – dois acordos importantes, que nos fornecem rendimentos normais que nos tornam financeiramente independentes. E foi ele quem liderou as negociações do segundo acordo sobre um maior horizonte para a fronteira marítima, e ele foi elogiado por isso. Portanto, não vejo qualquer outra razão – qual a razão porque é que a Austrália quereria que ele saísse. Não, isso é um disparate absoluto.
Digo sempre, sabemos quando falhamos, somos líderes civilizados, devemos ter a coragem e a humildade de o dizer. Portanto falhamos em muitas matérias. Temos sucessos noutras. Mari Alkatiri teve sucessos em muitos aspectos da sua governação nos primeiros quarto anos mas, nas questões dos militares, da polícia, o modo como gerimos os problemas dos peticionários, devíamos tê-los resolvido há dois anos, há três anos – não o fizemos. Houve alarmes no comportamento da nossa polícia, abusos da polícia – tudo isso. Falhámos, e é a acumulação de problemas não resolvidos que levou à violência em Abril, Maio.
TONY JONES: As alegações do programa Dateline da SBS, dito sem papas na língua, é que no ano passado dois oficiais de topo das forças armadas foram contactados por dois Timorenses e dois estrangeiros de língua Inglesa que os encorajaram a montar um golpe para depor o então Primeiro-Ministro Alkatiri. Não dá qualquer crédito a isso?
DR JOSE RAMOS-HORTA: Bem, isso é um disparate absoluto. Obviamente que há muitos indivíduos no país, incluindo na igreja, a igreja poderosa – devemos respeitar a igreja que, em Maio de 2005, montou um protesto durante um mês, querendo a demissão do Primeiro-Ministro Alkatiri. Portanto há um forte ressentimento que cresceu em casa, nativo, para com o nosso governo, para com o Dr Alkatiri em particular. Portanto, isso não é nenhuma novidade. Mas, a partir daí, dizer que alguns indivíduos estrangeiros de língua inglesa, bem, talvez, quem sabe? Podiam ser de qualquer país. Quantos países há no mundo que falam Inglês? Mas apontar o dedo imediatamente à Austrália ou a qualquer outro vizinho nosso, é simplesmente errado. Sou familiar com – teria sabido, sabe, e sei que não houve nenhum envolvimento da Austrália, dos USA ou da Indonésia ou de ninguém nos nossos problemas.
TONY JONES: Na mesma entrevista o Sr Alkatiri sugeriu um motivo. Disse que ia contra os interesses da Austrália ao ter encomendado um estudo independente da praticabilidade de ter um pipeline a levar o gás do campo petrolífero de Sunshine directamente para Timor-Leste e construir uma fábrica de ENG - LPG em Timor-Leste. Sabe alguma coisa disto?
DR JOSE RAMOS-HORTA: Isso é – isso é um disparate absoluto. Bem, yeah, ele não actuou na sua comissão independente – eu actuei na comissão independente. Eu garanti um acordo dos Kuwaitianos para pagarem para a comissão independente. O lado Australiano, ambos o governo bem como a Woodside, Konoko Phillips, todos eles concordaram com esse estudo independente para estabelecer a praticabilidade técnica, a praticabilidade comercial, mas para além da praticabilidade técnica e da praticabilidade comercial de um pipeline que vá quer directamente para Darwin ou Austrália, temos os Timorenses – temos de ser realistas para imaginar se não há preocupações legítimas da parte da Woodside, Konoko Phillips, sobre riscos de soberania.
Se eu fosse um investidor da Austrália ou dos USA e tenho de colocar um investimento em Darwin que é uma pedra sólida e estável e no meu próprio país, Timor-Leste, bem, o que é que eu escolheria? Não é muito difícil. Por isso nós devíamos ser inteligentes e encontrar talvez outros incentivos para trazer o investimento para o nosso país, apesar dos riscos de soberania, em vez de começar a pôr a culpa nalgumas entidades do exterior.
TONY JONES: Assim, está – pelo que disse, aceitará que o pipeline para Timor-Leste não é na verdade praticável?
DR JOSE RAMOS-HORTA: Não. a) Quero que o pipeline venha para Timor-Leste. Porque não? (É) muito mais perto de Timor-Leste. Mas isso é o meu desejo. O meu desejo não significa necessariamente que esta é a melhor opção. É por isso que dizemos vamos a um estudo independente, neutro de Timor-Leste e da Austrália, que determine se é tecnicamente aconselhável? A maioria das pessoas dizem, sim, é possível fazer isso. Mas sendo tecnicamente aconselhado não significa necessariamente que não há riscos. Não conhecemos ainda o conteúdo do subsolo entre a Austrália e Timor-Leste. Mas, para além disso, construir um pipeline para Timor e construir uma inteira infra-estrutura que não existe em Timor para acomodar a fábrica de gás e tudo isso, teria um custo imenso. Por isso, temos de ver e foi por isso que decidimos, nestes tempos, o Dr Alkatiri no passado e eu próprio, vamos aceitar e partir para um estudo independente e depois aceitar as suas recomendações. E assim já decidi, e disse à autoridade do Mar de Timor e outros, os meus colegas, o ministro da energia, com a oferta do Kuwait, para actuarmos com rapidez neste estudo.
TONY JONES: Agora, o que é que vai acontecer no vosso Parlamento com a ratificação de todos estes acordos de petróleo e de gás? Acontece que ainda não foi ratificado em Timor-Leste ou na Austrália. Vai esperar até este estudo da praticabilidade estar completado antes de finalmente ratificar o acordo?
DR JOSE RAMOS-HORTA: Não, não tem de esperar por isso. Já tenho agendado para discussão no meu Gabinete e depois tenho esperança que numa altura em Novembro seja votado no nosso Parlamento Nacional. Este acordo do Greater Sunrise - começámos as negociações sob a liderança de Alkatiri, a liderança da Fretilin, há tempo atrás, há alguns três anos. Não podemos correr o risco de ficarmos totalmente desacreditados internacionalmente - que negociamos um acordo para durar vários anos, com muitos, muitos peritos de topo envolvidos em todos os lados. Trouxemos Noruegueses, Americanos, Portugueses, Malaios, Singapureanos - para nos aconselharem. E depois, no fim, dizemos, "Desculpem, mas assinámos o acordo com o Primeiro-Ministro mas agora mudámos de ideias." Não somos garotos, não somos crianças. Havíamos de parecer absolutamente irresponsáveis. Na região e internacionalmente não confiariam em nós se começássemos a negociar um acordo - assinávamos acordos e depois pensávamos duas vezes e dizíamos, “Bem, lamentamos, não vamos ratificar isso.”
TONY JONES: Está estimado que a parte das royalties de Timor-Leste será de mais de $US20 biliões nas próximas duas décadas. Tem um plano económico específico do que vai fazer com essas royalties?
DR JOSE RAMOS-HORTA: Bem, Tony, se, obviamente, for o Primeiro-Ministro para além de Maio de 2007 –
TONY JONES: Iremos a essa questão dentro de um minuto, porque sei que fez uma declaração sobre isso hoje. Veremos o que tem a dizer sobre isso.
DR JOSE RAMOS-HORTA: Yeah. Bem, o que digo é que temos o dinheiro de - temos $700 milhões de dólares num fundo de petróleo. Somos independentes financeiramente, apesar de ainda termos uma assistência considerável para o nosso desenvolvimento económico. Mas o nosso orçamento é quase financiado a 100 por cento pelos recursos do Mar de Timor. Que teríamos de fazer com isso? A minha crença, a crença dos meus colegas de Gabinete e no país, é que devemos usar o dinheiro do Mar de Timor para combater a pobreza. E como o fazer? Bem, pode-se fazê-lo de duas maneiras. Alinhar toda a gente duma ponta à outra da ilha e começar a distribuir o dinheiro. Não vou fazer isso. Temos de investir mais na educação, na saúde. Isso é parte do desenvolvimento. Temos de investir mais em infra-estructuras, tais como estradas, pontes, um porto novo de que muito precisamos, habitação para os pobres. Há séculos que o nosso povo não tem habitação.
Bem, no outro dia estava a dizer ao meu Gabinete que temos de desenvolver um plano- mestre para construir habitação para os pobres do país, para as viúvas, para os veteranos, para os funcionários civis, e a maioria concordou com isso. Assim, nas próximas semanas, faremos isso, e pedi também ao Banco Mundial e ao FMI para aconselhar o meu governo a rever toda política fiscal, para rever todo o sistema de impostos, torná-lo mais atractivo para os investidores, ambos estrangeiros e locais.
Temos um sistema de impostos incomodativo. Temos uma burocracia muito complicada e regulamentos que na verdade atrasam os esforços para injectar dinheiro na economia. Assim, nas próximas semanas, podemos ver algumas mudanças significativas no modo como governamos o país.
TONY JONES: Um dos problemas, obviamente, para pequenos países que no passado geriram largas somas de dinheiro, e há muitos exemplos disto, é a corrupção e a má administração significar que largas somas desse dinheiro podem ser esbanjadas. Como vai evitar que isso aconteça?
DR JOSE RAMOS-HORTA: Bem, uma coisa a que apelei no congresso de um partido em Dili no outro dia, falando para a nação. Disse, “Eu, José Ramos-Horta - eu posso aceitar quaisquer acusações contra mim como ser um Primeiro-Ministro incompetente, mas ninguém será alguma vez capaz de me acusar de roubar dinheiro do povo.” Assim, lutar contra a corrupção é uma das nossas prioridades e é justo dizer que o meu antecessor Dr Alkatiri, era também muito, muito sério nessas questões. Ao nível do topo da liderança do meu país estamos comprometidos com isto.
O importante é darmos incentivos aos funcionários civis, para que não tenham a necessidade de roubar $50, $100 aqui e ali para alimentar os seus filhos. E logo que fui nomeado chamei o Inspector-Geral. É quem conduz inspecções à prática, ao comportamento das instituições do Estado e dos líderes do governo e disse-lhe, "Não perca tempo com a pequena corrupção de indivíduos na burocracia que temos - que podem arranjar $10 aqui e ali para alimentar os filhos. Presta atenção a nós, ao peixe graúdo. Se há corrupção, corrupção séria, começa sempre pelos que estão no poder. Somos nós que tornamos a corrupção possível, ao fechar os olhos ou por, infelizmente, estarmos envolvidos directamente." Se nós ao nível da liderança – somos muito exigentes nisto, somos capazes de evitar que Timor caia na armadilha da corrupção de muitos outros países desenvolvidos.
TONY JONES: OK, José Ramos-Horta, acabou de estender um plano para um número de anos e contudo tem dito actualmente, e ainda o disse hoje, no programa PM que nem sequer vai concorrer a Primeiro-Ministro nas próximas eleições, no próximo ano. Está a falar a sério?
DR JOSE RAMOS-HORTA: Sim, sou mortalmente sério sobre isso. Sou um individuo, primeiramente com sentimentos, com emoções, e acredito sinceramente que a nova geração do nosso país devia tomar as rédeas do governo do país.
TONY JONES: Mas se a nova geração e o novo partido, que agora está a endossar e de que falou muito apaixonadamente não há muito, lhe pedir para reconsiderar essa posição e concorrer a Primeiro-Ministro porque precisam duma mão experiente, e não de um jovem sem experiência?
DR JOSE RAMOS-HORTA: Bem, primeiro tenho que dizer que não estou envolvido ainda com nenhum partido seja ele qual for, pelo menos. Trabalho com todos eles. Procuro o apoio de todos na criação da campos de jogos nivelados para todos os partidos terem as mesmas oportunidades nas eleições que aí vêem em 2007. Se e é um grande 'se'- num cenário extremo onde de um milhão ou à volta disso de pessoas no meu país não conseguirem encontrar mais ninguém para presidente ou para primeiro-ministro, então eu posso - e enfatizo "eu posso” considerar.
Dei mais de 30 anos da minha vida para o meu país der livre. Há muitos, muitos bons jovens líderes no meu país. Estou impressionado com muitos deles. Pessoas nos finais dos seus 20s, nos seus 30s e depois de tudo, o que é que nós, a geração mais velha mostrámos a eles. Bem, muitos admiram-nos pelo que alcançámos, mas a crise recente, sabe, é da nossa responsabilidade e devem eles continuar a confiar em nós? Ou devem eles serem corajosos, terem uma oportunidade, tomarem a liderança e nós e o Presidente Xanana ficarmos por detrás deles e dar-lhes uma oportunidade, apoiá-los. Essa é a minha preferência.
TONY JONES: Finalmente tenho de lhe perguntar, está a preparar-se para possíveis más notícias do inquérito da ONU? Por isso, quero dizer, está preocupado que aliados políticos seus, está preocupado que pessoas de topo dos militares com quem se associou possam ser implicados na violência pelo relatório da ONU?
DR JOSE RAMOS-HORTA: Bem, há alguns aspectos do relatório, presumo, que não constituirão novidades. A morte dos polícias civis, elementos da polícia civil em Dili - isso foi à luz do dia, toda a gente sabe disso. Isso foi feito pelos militares. Toda a gente sabe da distribuição de armas. Da parte do governo, pelo menos uma pessoa reconheceu que o antigo Ministro do Interior - mas o que não se sabe é se são verdadeiras ou não as alegações que o Dr Alkatiri de facto directamente ou indirectamente esteve envolvido. Eu duvido - disse-o antes e hoje enfatizo isso outra vez. Mas o problema é que há uma certa disponibilidade de percepção no país para julgar um indivíduo particular duma certa maneira, e se o relatório for diferente da percepção deles, dessa expectativa, é quando podem ficar zangados. Mas tenho esperança que todos nós aceitemos o relatório com honestidade, com humildade, porque acredito que o relatório serão muito esclarecedor para nós sobre os nossos erros, a fraqueza das instituições, incluindo das Nações Unidas, e depois deixemos que o sistema judicial siga o seu caminho.
Se há evidência criminosa contra indivíduos particulares, então deixemos o Procurador Geral do tribunal fazer o seu trabalho.
TONY MARTIN: José Ramos-Horta, estamos sem tempo. Podíamos provavelmente falar destes assuntos durante mais tempo. Tenho a certeza que outros falarão consigo sobre eles muito em breve. Agradecemos-lhe muito ter tirado tempo para falar connosco esta noite.
JOSE RAMOS-HORTA: Obrigado.
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quinta-feira, outubro 12, 2006
Tony Jones fala com José Ramos-Horta
Por Malai Azul 2 à(s) 02:57
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Não, com comentário.
Quantas pessoas havia em Timor-Leste para impor aos Australianos o Acordo celebrado quanto ao gás e ao petróleo de Timor? Quantas pessoas havia com capacidade para chegar ao acordo das fronteiras marítimas nos termos em que foi celebrado? Quem conseguiria melhor em tarefa tão dificil e como se vê perigosa?
Quem foi que assegurou a independência financeira do Estado timorense?
Mari Alkatiri.
Quantos há com a preparação e experiência dele? Timor ainda precisa de Alkatiri.
São as pessoas com vinte e tal anos ou trinta e tal anos, que sem experiência de vida ou profissional vão fazer melhor?!Como!??
Quem vai saber impor-se aos poderosos autralianos?
É pura demagogia e populismo o que diz o PM. Essa gente nova quer e tem sangue na guelra, por isso chega a ser desonesto dizer o que Ramos Horta diz da forma leviana como diz!
É claro que pessoas inexperientes com vinte e tal anos a mandar nos fundos do petróleo serão facilmente manobraveis por interesses estrangeiros, e é claro que dará mais um resultado trágico...
O dinheiro que está só agora a chegar não é para gastar sem cabeça. Tem de ser para investir em tudo o que está para fazer. Educar os jovens com qualidade e exigência para que os jovens saiam da escola educados e preparados para a vida (e acabar de vez com o que a Indonésia fez que preparou mal a juventude para o futuro). E criar a autosuficiência energética em termos de energia electrica, por forma a levar luz a todas as casas. E levar água canalizada a todos os lares. E fazer casas de banho em todas as habitações. E fazer estradas boas por todo o País. E fazer hospitais, centros de saúde e maternidades...Está quase tudo por fazer. Portanto todo o dinheiro é pouco para o tanto que há para fazer.
é preciso usar a cabeça. Ser racional. PENSAR.
A Timor Leste hoje a exigência é seriedade, trabalho (muito trabalho), rigor e sentido de Estado. Se não querem depois de tanto sofrimento ser, como já é Xanana, um fantoche manobrado por estrangeiros. Um palhaço iludido e apanhado na armadilha do deslumbramento de um pouco conforto depois de tanta luta e sofrimento. Que não viu que vai perder a guerra do respeito do povo...
Lamento que seja assim.
E hoje é o homem, e espero que amanhã não seja todo o povo e o país que um dia sonhámos todos.
VIVA TIMOR LESTE independente!
Vive Timor Leste livre e não amordaçado por interesses estrangeiros!
Bem, ...., presumo, que não constituirão novidades. A morte dos polícias civis, elementos da polícia civil em Dili - isso foi à luz do dia, toda a gente sabe disso. Isso foi feito pelos militares. Toda a gente sabe da distribuição de armas. Mas o problema é que há uma certa disponibilidade de percepção no país para julgar um indivíduo particular duma certa maneira, e se o relatório for diferente da percepção deles, dessa expectativa, é quando podem ficar zangados.
Parece que o PM Ramos Horta e um dos membros da equipa de CoI, ele sabe bem quem matou quem, quem distribuiu armas, e esta com medo que algumas pessoas que ele sabe bem pode ficar zangados. Ele parece o Juiz que decide coisas antes do tribunal?
O PM podia fazer uma recomendacao ao CoI para dizer tudo aquilo que o Railos e Xanana pensa e o que eles dizem, porque ainda estamos na era da luta armada onde a voz do comando parece a voz de Deus.
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