segunda-feira, abril 09, 2007

Thousands of Refugees Pin Hopes on East Timor's Elections

Voanews.com
By Nancy-Amelia Collins
Dili, East Timor
07 April 2007

Nearly 40,000 people are living in makeshift refugee camps in East Timor, afraid to return home because of violence that has kept this tiny country on edge for most of the past year. As VOA's Nancy-Amelia Collins reports from the capital, Dili, many refugees are hoping that Monday's presidential elections, and parliamentary elections that will follow in a few months, will restore stability, and allow them to resume their normal lives.

Just across from Dili's airport lies a makeshift refugee camp housing around 400 people. This is a common sight here: scores of camps like this one are spread around East Timor's capital.

The residents of the camps live in dismal conditions. The tents are hot, they flood when it rains, and rats and other vermin are a constant nuisance. The people survive on aid from the United Nations, and on whatever tiny amounts they can earn from small businesses some of them have set up.

Still, the refugees prefer to put up with conditions like these, rather than return to homes they do not consider safe.

Telvina da Costa lives with her children and extended family in the camp across from the airport. She is a strong woman, proud to have survived 24 years of harsh Indonesian rule after the territory separated from Portugal in 1975, and the violence that subsequently surrounded East Timor's vote for independence from Indonesia in 1999.

But Telvina is angry. Her home was destroyed a year ago when violence engulfed Dili after the firing of 600 soldiers led to wide-spread rioting. She and her family were forced to flee to this camp.

She says she wants to be able to live freely in her own country. She says that is why she voted for independence. She wants jobs so her family can live decently, and she wants a good education for her children.

There has been sporadic violence in the camps, some of it the result of people living in close quarters, some of it regional: people from one part of the country fighting with those from another.

Still, the camps are situated near areas patrolled by an international security force led by Australia. The residents consider the camps safer than the capital city.

Like so many others here, Telvina is hoping Monday's presidential elections will run smoothly, and bring the stability needed to allow them to return home.

All of the presidential candidates have said that resettling the refugees is a top priority. However, people like Lionel da Cruz, who lost his home during last year's riots and has lived in a camp with his wife for the last year, doesn't believe them.

Da Cruz says he fears violence will erupt again between the political parties no matter who wins the election, and this will keep him in the camp for some time to come.

"According to this situation, I'm still worried, because what I'm thinking, maybe it's getting to be a problem again, because if some of the bigger parties lose in this election, they will fight each other, and after that they talk about [democratization], but the problem is already done," said Da Cruz.

Eight candidates are running for the largely ceremonial post of president. Unless one wins more than 50 percent of the vote, a run-off between the top two contenders will take place in 30 days.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Milhares de deslocados fixam a esperança nas eleições de Timor-Leste
Voanews.com
Por: Nancy-Amelia Collins
Dili, Timor-Leste
07 Abril 2007

Perto de 40,000 pessoas estão a viver em campos improvisados de deslocadosem Timor-Leste, receosos de regressarem a casa por causa da violência que tem mantido este pequeno país à margem a maior parte do ano passado. Como relata Nancy-Amelia Collins da VOA da capital, Dili, muitos deslocados têm esperança que as eleições presidenciais de Segunda-feira e as parlamentares que se seguirão poucos meses depois, restaurarão a estabilidade, e lhes permitirão recomeçar a sua vida normais.

Logo à frente do aeroporto de Dili está um campo de deslocados improvisado que hospeda à volta de 400 pessoas. Esta é uma visão comum por aqui: muitos campos como este estão espalhados pela capital de Timor-Leste.

Os residentes dos campos vivem em condições impressionantes. As tendas são quentes, inundam-se com as chuvas, e ratos e outros animais são um constante incómodo. As pessoas sobrevivem com a ajuda da ONU, e do que conseguem angariar de pequenos comércios que conseguem montar.

Mesmo assim, os deslocados preferem aguentar condições como estas, do que regressar a casas que não consideram ser seguras.

Telvina da Costa vive com os filhos e a família alargada no campo frente ao aeroporto. É uma mulher forte, orgulhosa por ter sobrevivido aos 24 anos da dura governação Indonésia depois do território se ter separado de Portugal em 1975, e da violência que subsequentemente rodeou a votação da independência da Indonésia em 1999.

Mas Telvina está zangada. A sua casa foi destruída há um ano quando a violência invadiu Dili depois do despedimento de 600 soldados ter levado a amplas confusões. Ela e a família foram forçadas a fugir para este campo.

Diz que quer ser capaz de viver livremente no seu próprio país. Diz que foi para isso que votou para a independência. Quer empregos para que a família possa viver decentemente, e quer uma boa educação para os seus filhos.

Tem havido violência esporádica nos campos, alguma como resultado de as pessoas viverem apertadas, alguma regional: pessoas de um lado do país a lutarem com os do outro.

Contudo, os campos estão situados perto de áreas patrulhadas pela força de segurança internacional liderada pela Austrália. Os residentes consideram os campos mais seguros do que a cidade capital.

Como tantos outros, Telvina tem esperança que as eleições presidenciais de Segunda-feira corram bem, e tragam a estabilidade necessária para lhes permitir o regresso a casa.

Todos os candidatos presidenciais disseram que re-instalar os deslocados é uma prioridade de topo. Contudo, gente como Lionel da Cruz, que perdeu a sua casa durante os distúrbios do ano passado e tem vivido desde o ano passado num campo com a mulher, não acredita neles.

Da Cruz diz que receia que a violência irrompa outra vez entre os partidos políticos seja quem for que ganhe as eleições, e isso vai mantê-lo no campo algum tempo ainda.

"De acordo com esta situação, ainda estou preocupado, porque penso que ainda vamos ter problemas outra vez, porque se alguns dos partidos maiores perderem as eleições, lutarão uns contra os outros, e depois falam acerca de [democratização], mas o mal já está feito," disse Da Cruz.

Oito candidatos disputam o cargo largamente cerimonial de presidente. A não ser que um vença com mais de 50 por cento da votação, far-se-à uma segunda volta dentro de um mês.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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