segunda-feira, abril 09, 2007

As Eleições na Imprensa:

Resultados definitivos só a 20 de Abril


Díli, 9 Abr (Lusa) - Os resultados finais oficiais das presidenciais timorenses serão anunciados a 20 de Abril, depois da recontagem dos votos e de apreciados os eventuais recursos e queixas, afirmou hoje a Comissão Nacional de Eleições (CNE).


A contagem dos votos começou logo após o fecho das urnas às 16:00 locais (08:00 em Lisboa) mas até ao momento ainda nem sequer se conhece o número oficial de votantes.
As informações que foram chegando ao STAE e à CNE apontam para uma afluência "grande" e tranquila às urnas.


Só na terça-feira haverá uma primeira leitura parcial dos resultados, com o envio para as 13 sedes de distrito dos votos contados hoje em cada uma das 705 estações de voto a nível nacional.
"A última informação, ainda em actualização, diz-nos que as estações de voto fecharam, a contagem já foi iniciada e que as operações eleitorais correram bem em todo o país", divulgou o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) ao princípio da noite.


Os resultados são afixados à porta de cada estação de voto, à medida que vão sendo apurados.
De diferentes distritos surgem informações muito parciais, e sem confirmação independente.
Durante a votação registaram-se falhas de boletins de voto, situação resolvida com o envio, por helicóptero, de cerca de 5.000 impressos para as poucas estações de voto em que houve mais eleitores do que o esperado.


O porta-voz da CNE, padre Martinho Gusmão, afirmou que apenas se registaram dois incidentes que afectaram o escrutínio.


Um deles ocorreu no distrito de Baucau, a leste de Díli, na aldeia de Vaiaca, onde o ministro Inácio Moreira se viu envolvido numa disputa sobre o local da estação de voto.
A CNE e o STAE estabeleceram uma estação de voto na aldeia de Tekilaumata, mas o ministro tentou, durante a madrugada, mudar o local de votação para a aldeia de Vaiaca, o que provocou uma tentativa de agressão por parte da população.


As autoridades eleitorais recusaram mudar o local da estação de voto, declarou o porta-voz da CNE.
Em quatro estações de voto do distrito de Viqueque, de duas aldeias, não foi possível concretizar a votação porque os boletins de voto não chegaram a tempo.


"Temos até dia 20 de Abril para reabrir a eleição nestas estações", explicou o porta-voz da CNE. "Cancelámos hoje para reabrirmos amanhã, se necessário", acrescentou Martinho Gusmão.
O porta-voz da CNE repetiu nas conferências de imprensa da tarde e da noite que não é possível adiantar hoje quaisquer resultados.


"Estou a receber chamadas de telemóvel e mensagens curtas (sms) que dão a vitória a quatro dos oito candidatos". "Há quatro candidatos que aparecem nestas mensagens: José Ramos-Horta, Francisco Guterres 'Lu Olo', Fernando 'Lassama' de Araújo e Francisco Xavier do Amaral", adiantou o porta-voz da CNE.


"Mas não sei quem envia estas mensagens e nada disto pode ser confirmado", sublinhou, várias vezes, Martinho Gusmão, quando questionado pelos jornalistas.


De acordo com o calendário eleitoral da CNE, os resultados de todos os distritos serão conhecidos na quarta-feira, 11 de Abril.
Nas 72 horas seguintes, ou três dias, todos os votos serão recontados em Díli, acrescentou Martinho Gusmão.


No dia 14 de Abril, os resultados provisórios, resultantes da contagem nacional, serão afixados na sede da CNE em Díli.
As eventuais queixas e irregularidades serão apreciadas no dia 15 de Abril pelo Tribunal de Recurso.


Se não for alegada nenhuma irregularidade, a CNE apresenta dia 16 de Abril o seu relatório ao tribunal, e o presidente do tribunal tem 72 horas para o apreciar.
A CNE pode anunciar os resultados definitivos a partir de 20 de Abril.
PRM-Lusa/Fim

Leandro Isaac não votou, diz que velha guarda tem de ceder

Timor Leste, 09 Abr (Lusa) - O deputado Leandro Isaac, escondido no interior do país desde Fevereiro, disse hoje à agência Lusa que o país precisa de uma nova liderança e que não votou porque os militares australianos lhe "roubaram" o direito de voto.

Timor-Leste: STAE diz que operação eleitoral foi "um sucesso"

Díli, 09 Abr (Lusa) - O director do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral de Timor-Leste (STAE), Tomás Cabral, defendeu hoje que o processo das eleições presidenciais que se realizaram hoje em Timor-leste "foi um sucesso".

Timor-Leste/Eleições:Votação calma, falta de boletins voto solucionada SÍNTESE

Lisboa, 09 Mar (Lusa) - A votação para as eleições presidenciais em Timor-Leste decorreu sem incidentes, a falta de boletins de voto acabou por ser solucionada e entre os candidatos, apenas Francisco Guterres "Lu-Olo" disse acreditar que pode vencer logo à primeira volta.

Timor-Leste/Eleições: "O dia correu bem" para João Carrascalão e Manuel Tilman

Díli, 09 (Lusa) - O candidato presidencial João Carrascalão, apoiado pela União Democrática Timorense, votou em Campo Alor, Díli, e disse hoje à agência Lusa estar convencido de que vai haver segunda volta.


Falta de boletins estende votação

RR - 09-04-2007 8:34

O encerramento das urnas em Timor-Leste poderá ser adiado, uma vez que em alguns locais os boletins de voto não são suficientes. Mari Alkatiri admite recandidatar-se a Primeiro-ministro.

A votação deveria terminar às 16h00 (8h00 em Lisboa), mas, segundo o Padre Martinho Gusmão, da Comissão Nacional de Eleições, poderá durar mais uma hora, devido à grande afluência de eleitores e à insuficiência de boletins em algumas mesas de voto.

A escassez deve-se ao facto de muitos timorenses terem preferido votar nas grandes cidades, como Díli e Baucau, em vez de nos distritos onde vivem. Face às circunstâncias, dois helicópteros das Nações Unidas e das forças militares australianas foram buscar mais cinco mil boletins de voto.

Apesar de não serem conhecidos dados oficiais sobre a afluência às urnas, a mesma fonte, em declarações à Renascença, diz que mais de 80% dos eleitores inscritos já terão votado.

A grande movimentação de timorenses não provocou até agora incidentes, apenas uma pequena confusão quando Francisco Guterres Lu-olo foi votar, devido à concentração de muita gente, entre votantes e jornalistas, num pequeno espaço.

Quanto a resultados, só deverão ser conhecidos no próximo dia 20. O processo de apuramento é muito longo, pois inclui uma contagem distrital seguida de uma nacional, sendo ainda ouvidas as queixas de todos os intervenientes nas eleições antes de divulgados os resultados oficiais.

São oito os candidatos ao lugar até agora ocupado por Xanana Gusmão, que admite candidatar-se, em Junho, às legislativas.

Se assim for, poderá ter o líder da Fretilin, Mari Alkatiri, como rival. Isso mesmo admite o antigo Primeiro-ministro timorense, em declarações esta manhã à Renascença.

Timor-Leste/Eleições: Ninguém detido, incidentes em Bobonaro e Covalima - ONU

Díli, 09 Abr (Lusa) - A missão das Nações Unidas em Timor (UNMIT) revelou hoje que não foram efectuadas detenções durante as eleições presidenciais e deu como bem sucedido o processo de envio de boletins de voto adicionais.

Timor-Leste: Faltam boletins de voto em todos os distritos - CNE

Díli, 09 Abr (Lusa) - O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições de Timor-Leste (CNE), padre Martinho Gusmão, admitiu hoje que faltam boletins de voto em todos os distritos do país, nas eleições para as presidenciais.

Timor-Leste/Eleições:Mesas de voto fecharam em jornada sem incidentes conhecidos

Díli, 09 Abr (Lusa) - As mesas de voto para as presidenciais em Timor-Leste fecharam às 16:00 (08:00 em Lisboa), após nove horas de funcionamento numa jornada eleitoral que, até ao momento, não registou incidentes.

East Timor: Presidential election campaign held under ongoing Australian occupation

WSWS.org
By Patrick O’Connor
9 April 2007

East Timor’s presidential election, due to be held today, takes place under the ongoing occupation of the country by 1,200 Australian and New Zealand soldiers. The Howard government dispatched the troops last May to stamp its domination over the small half island and force out former prime minister Mari Alkatiri. Canberra views the presidential election, and the parliamentary vote due later this year, as a means of further undermining Alkatiri’s Fretilin party and installing a regime amenable to the strategic and economic interests of the Australian ruling elite. The immediate aim is to ensure the defeat of Fretilin’s presidential nominee, Francisco “Lu-Olo” Guterres, at the hands of one of the Howard government’s favoured candidates.

(continua)

Timor/Eleições: Urnas de voto já fecharam

Diário Digital - 09-04-2007 8:08:47

As urnas de voto em Timor-Leste, onde durante o dia de domingo decorreram eleições legislativas, acabam de ser fechadas há poucos instantes, devendo os resultados oficiais ser anunciados quarta ou quinta-feira.


De acordo a SIC Notícias, a grande maioria dos 500 mil eleitores timorenses terão cumprido a sua obrigação, durante um acto eleitoral que, segundo a totalidade dos responsáveis, terá decorrido de forma ordeira e praticamente sem incidentes.

Peace on Dili streets for Kiwis as East Timorese vote

Stuff.co.nz

By COLIN MARSHALL - NZPA Monday, 9 April 2007


New Zealand troops are patrolling the so-far peaceful streets of Dili as East Timor conducts its first presidential election since gaining independence from Indonesia.

About 150 New Zealand troops are stationed in East Timor and defence force spokeswoman Rachel Riley said from Dili they were not having any problems today.

United Nations police and Timorese police were in charge of security at polling booths but New Zealanders were patrolling other areas of Dili and further east in Manatuto.

"They're providing a presence throughout central Dili," Capt Riley said.

"It's been very quiet which is good news, both for the people of Timor and our guys.

"There have been queues of about 15 people at the polling booths but conducted in a really orderly fashion and it just looks like the people of Timor are exercising their right to vote with no sign of coercion or bullying or anything like that."

There were no special plans for the New Zealanders in case violence erupted during the election.

"It's like any day really, you know things in a country like this can turn in a second so they're always ready. They have plans in place and they're ready to go."

She said New Zealand troops were getting a good response from the local population.

Defence Minister Phil Goff on Saturday said New Zealand would probably have to maintain a defence force presence in East Timor for years rather than months.

Capt Riley said the current troops would head home in June but "we're here as long as the government of Timor Leste and the Government of New Zealand want us here. It's just as simple as that for us".

Polls were due to close about 7pm (NZT).

Eleições em Timor-Leste têm decorrido com normalidade

Público - 09.04.2007 - 07h36 Lusa

As eleições presidenciais em Timor-Leste estão a decorrer com tranquilidade. O comandante em exercício da Polícia das Nações Unidas (UNPol) no distrito de Díli afirmou hoje à Lusa que a situação na capital timorense é "muito calma", não havendo, "para já", registo de qualquer incidente.

Segundo o subintendente português Leitão da Silva, em Díli, a abertura das urnas presidenciais decorreu sem problemas e com calma, o mesmo tendo acontecido durante a noite, "que era uma das grandes preocupações" das forças de segurança.

"A noite foi muito calma em Díli e, após a abertura das mesas de voto, não se registaram, para já, cerca de uma hora depois, quaisquer incidentes", sublinhou Leitão da Silva.

Ainda em relação ao início da votação, afirmou uma hora após a abertura das urnas, "já há muita gente" à espera de votar e, nalgumas mesas de voto de Díli, já se registavam filas com cerca de 400 eleitores.

"A situação está muito calma", insistiu, lembrando que a segurança da cidade está garantida em "locais chave" da capital, com efectivos destacados nos locais "mais problemáticos".

"Estamos na Rotunda do Aeroporto, no Bairro de Taibessi (na saída sul da cidade), em Metinaro (na periferia leste), um dos pontos críticos durante estas eleições, no Bairro de Pité, um dos mais problemáticos da cidade nos últimos três meses, e ainda junto ao Palácio do Governo", explicou.

O subintendente português lembrou que, para cada uma das 45 assembleias de voto existentes na capital timorense, há pelo menos dois agentes policiais.

"Há dois elementos da polícia em cada centro de voto (assembleia de voto), ou da UNPol ou da PNTL (Polícia Nacional de Timor-Leste). A excepção é na ilha de Ataúro, onde a segurança nos dois únicos centros de voto é garantida por elementos da PNTL", referiu.

Na capital timorense, adiantou, as forças de segurança montaram uma operação especial de segurança para as eleições, que começou às 9h00 locais de sábado (1h00 do mesmo dia em Lisboa).

"Além do primeiro círculo, criado com a presença de dois agentes da polícia em cada centro de voto, foi também criado um segundo, com patrulhas motorizadas e que conta com 300 homens, 225 da UNPol e os restantes de uma das unidades autónomas de polícia, neste caso o sub-agrupamento Bravo, da GNR", sublinhou.

"Estarão 300 homens em permanência em turnos de 12 horas, o que permite a actuação de 600 homens em 24 horas", acrescentou Leitão da Silva.

O subintendente português adiantou que, sábado, as operações de distribuição do material de voto na capital timorense foram "um sucesso", tendo começado às 13h30 locais (5h30 em Lisboa) e terminado "ainda à luz do dia".

Mais de 520 mil eleitores timorenses estão inscritos para votar nas presidenciais de hoje, a que concorrem oito candidatos.

Timor-Leste/Eleições: "Pequenos problemas são normais", diz chefe observação UE


Díli, 09 Abr (Lusa) - O chefe da missão de observação da União Europeia (UE) às eleições presidenciais de hoje em Timor-Leste afirmou à Agência Lusa que foram detectados "problemas sem importância" após a abertura das urnas, situação que considerou "normal".

East Timor elections 'going smoothly'
The west.com

9th April 2007, 13:02 WST

Elections in East Timor are proceeding peacefully, the commander of the Australian-led international forces says. Brigadier Mal Rerden said he was not aware of any security incidents in Dili or surrounding districts, as East Timorese voters headed to the polls to elect a new president. "It's going very well," he told Sky News. "There's been plenty of people at the polling booth but no problems, no incidents from a security point of view at all. "Things are very calm at the moment."

(ver toda a notícia aqui)

Timorenses acreditam no "dia da ressurreição"

DN

9.04.2007

Paulo Azevedo*, Díli
EPA/Lusa-António Dasiparu (imagem)

Martim habituou-se à tenda branca que serve de refúgio à família - mulher e três filhos -, oferta das Nações Unidas que se perde entre todas as outras, em redor da igreja de Motael. Tendas brancas como a dele e azuis, outras verdes, espaçosas, não fossem os agregados familiares tão numerosos. E o dele é até pequeno, feitas as contas à média das famílias timorenses.

Hoje vai votar nas eleições presidenciais, ainda que disso pouco saiba. Nem tão-pouco conhece todos os candidatos à sucessão de Xanana Gusmão.

Quando lhe é perguntado porque não regressa a casa, diz que a não tem, que foi destruída. Martim não sabe que sobre grande parte dos refugiados em Díli, dezenas de milhares, há muito foi lançado o estigma do oportunismo. Deles é dito que recebem materiais para a reconstrução mas que o vendem, que preferem as tendas porque não pagam renda e recebem alimentos. O que é a verdade num país que chegou a ser catalogado de exemplar, após a dolorosa descoberta da independência, mas não resistiu à saída apressada da ONU?

As consequências, essas, são visíveis. Joaquim Martins, capelão do batalhão da GNR que continua a despertar aqui tanto temor quanto respeito, não resiste à analogia da ressurreição. É Domingo de Páscoa, véspera das presidenciais. É dia da ressurreição de Cristo e pode ser a ressurreição "deste povo que estamos aqui para servir", professa no púlpito da igreja de Motael, santuário de Martim e tantas famílias.

"Este povo também teve o seu calvário", diz o capelão ao DN. "Penso que este acto é motivo de ressurreição e […] as pessoas vão manifestar a sua vontade nos homens que querem para as governar", acrescenta, ainda no ar ecoam os cânticos das freiras timorenses: "Dá--nos a tua paz, Senhor; dá-nos a tua paz."

Campanha positiva

Díli ainda é palco de pequenos conflitos, mas os dias correm mais serenos. Javier Ruis, chefe dos observadores da Comissão Europeia, garante que a campanha correu bem. A equipa assistiu a 74 comícios. Ao todo, explica, "vimos quatro distúrbios". "Correu melhor do que em Moçambique." Por isso, não percebe o retrato "tão negativo" passado por alguma imprensa.

Problemas? "Falta uma infra-estrutura eleitoral porque não houve tempo para a fazer; as instituições não se puseram de acordo e isso vai afectar o processo", mas estas "são as primeiras eleições organizadas pelo Governo timorense", desdramatiza.

Ana Gomes, observadora pelo Parlamento Europeu, concorda. "As dificuldades resultaram dos prazos apertados, da aprovação tardia da lei eleitoral", explica. "As pessoas não estão treinadas, mas não me parece que isso ponha em causa o processo e estou convencida de que vamos ter um dia pacífico e com muita afluência."

Nem 24 horas antes, um dos candidatos salientara o mesmo. José Ramos-Horta usou o exemplo dos 60 anos de independência da Indonésia para pedir que não se exija o céu e a terra em sete anos. Cinco, descontados os dois primeiros, sob governação da ONU.

Como Ramos-Horta, os restantes candidatos - menos o da Fretilin - apontam baterias ao partido que teve maioria absoluta nas últimas legislativas. Hoje, a organização cujo símbolo se confunde com a bandeira nacional enfrenta o maior teste. Se vencer à primeira volta, Francisco Guterres "Lu Olo", antigo guerrilheiro, pode gabar--se de ter mantido intactas as aspirações de um partido sob incontáveis ataques de Xanana Gusmão. E com isso poderá antecipar "sem preocupações", garantem analistas locais, o regresso ao poder nas próximas legislativas, já este Verão. Talvez mesmo o regresso de Mari Alkatiri, que assim conseguirá vingar-se do que apelidou de "golpe de Estado constitucional" que levou à demissão do Governo e à sua substituição por Ramos-Horta.

"Lu Olo" diz ao DN que vencerá à primeira volta. Os rivais afirmam o contrário. Que Timor vai dar uma "bofetada política" no partido "que se recusa a acompanhar os tempos", como afiança a única mulher na corrida. Um deslize e a ida à segunda volta pode ser suficiente para unir toda a oposição.

Longe das contas eleitorais, Martim sabe que há fortes divergências. Pouco mais. Não é o único a sentir-se perdido nos meandos da política. Ao DN, nenhum dos quatro candidatos (dos oito que concorrem) mostrou diferenças substanciais quanto às estratégias dos opositores. Todos querem contribuir para o desenvolvimento, reorganizar a polícia e o exército e impulsionar as relações com Austrália e Indonésia, por um lado, Portugal e CPLP, por outro, sem esquecer a União Europeia e a ASEAN.
*Serviço especial DN/TSF

Timor-Leste/Eleições: Grande afluência em aldeias visitadas pelo chefe da ONU

Pedro Rosa Mendes, da Agência Lusa Díli, 09 Abr (Lusa) - Duas aldeias visitadas hoje de manhã pelo chefe de missão das Nações Unidas revelaram uma votação tranquila e grande afluência às urnas nos distritos de Viqueque, no centro do país, e Manufahi, no sul.

NÚMEROS DE OBSERVADORES, JORNALISTAS E FISCAIS ELEITORAIS (COM CREDENCIAIS): 15.549

Observadores internacionais: 292

Observadores Nacionais: 1854

(789 Observadores independentes + 1065 observadores COMEG – organização que concentra ONGs monitorização eleição geral)

Jornalistas: 404

Cartões VIP: 287

Fiscais electorais (partidários): 12.573

Divididos da seguinte forma:

PDRT: 103 - PD: 2356 - PMD: 56 - PST: 65 - UDT: 204 - Independentes: 33 (não levantados) - PNT: 449 - FRETILIN: 5.525 - ASDT: 1.344 - PSD: 2.026 - UNDERTIM: 406PT: 2 - Outros: 4

DENÚNCIA: ELEMENTOS DA CNE TENTAM MANIPULAR OPINIÃO PÚBLICA SOBRE A LEGITIMIDADE DAS ELEIÇÕES

Segundo fontes próximas, determinados elementos da CNE, Comissão Nacional de Eleições, nomeadamente o seu presidente e o seu porta-voz, Padre Martinho Gusmão, afectos a Xanana Gusmão, tiveram conversas acerca do que fazer para criar dúvidas sobre a legitimidade das eleições, caso o candidato da FRETILIN, Lu-Olo, ganhe à primeira volta.

Estas conversas têm sido ouvidas na CNE por várias fontes que se sentem escandalizadas com a tentativa de manipulação destes elementos da CNE.

Segundo as mesmas fontes apenas as queixas contra a FRETILIN têm sido tidas em consideração, o que se pode confirmar pelas declarações feitas em conferência de imprensa da CNE hoje pelas 9:00 da manhã.

Felizmente, existem milhares de observadores para assegurarem a transparência e validade das eleições de hoje.

Mas é assustador como determinada imprensa australiana tenta ajudar a os opositores da FRETILIN a garantiram que hajam dúvidas caso Lu-Olo ganhe à primeira volta.



STAE - Timor Leste 2007 Eleições Presidenciais: Actualização 9.00 am

Comunicado de imprensa
Dili, 9 de Abril 2007

Duas horas depois da abertura das estações de voto, os eleitores timorenses dirigem-se aos locais de votação para escolherem de entre os oito candidatos, o próximo Presidente da República de Timor-Leste.

Às 9 da manhã, 441 (87,5%) dos 504 centros de votação do país confirmaram ter aberto à hora prevista. Aguardamos ainda confirmação dos restantes centros de votação.

As equipas móveis do governo timorense e da UNMIT estão neste momento em todos os distritos de Timor-Leste a recolher informação, mesmo nas áreas mais remotas, onde existem dificuldades de comunicação (uso de radio).

Todos os centros de votação em Ainaro, Dili, Lautem, Baucau e Liquica confirmaram abertura às 7:00.

Não é ainda possivel fazer uma estimativa do número de eleitores que já exerceram o seu dever cívico, mas todos os distritos reportam que muitos dos 522.903 timorenses recenseados aguardam ordeiramente em filas às portas das estações de voto.

Há registo de casos de filas à porta das estações de voto que anunciam um número de eleitores superior ao estimado, em Lautem, Manufahi e Oecussi.

Durante todo o Domingo de Páscoa e esta madrugada, as equipas do governo e UNMIT trabalharm arduamente para conseguir entregar todo o material necessário à abertura das 705 estações de voto.

Com muitas estradas intrasitáveis, especialmente nas zonas montanhosas do país, 83 centros de votação recebram os materiais eleitorais por carregadores que os transportaram a pé e 44 a cavalo, ao longo de várias horas.

Ontem, 40 voos de helicopteros das Nações Unidas garantiram que o material de votação estaria em outros 44 lugares inacessiveis.

Nova informação actualizada será enviada às 14:30.

Para mais informações por favor contacte: Dulce Junior : 7288425 or Julio da Silva: 7250761 julio.dasilva@undp.org.


Ramos-Horta em desespero de causa.. na CNN

Ramos-Horta acusa a FRETILIN de ameaçar as pessoas com despedimentos se se não votarem no candidato Lu-Olo.

Como apenas 5.000 pessoas, de uma população de 800.000, são funcionários públicos, não valeria de muito, não?

A CNN passa imagens da violência de Junho, a acompanhar a entrevista por telefone a Ramos-Horta, como se se tratassem de imagens da campanha eleitoral ou do dia de hoje.

Manipuladores, vigaristas, aldrabões...

13 comentários:

Anónimo disse...

Ouvi a entrevista mesmo agora directamente de Dili. Vergonhosamente disse o Horta que a "intimidação feita pela Fretilin é bastante espalhada pelo país", que andam secretários de Estado, administradores, funcionários , etc. porta-a-porta a intimidar as pessoas".

Disse ainda que “não podemos ter ilusões de ter eleições limpas e suaves como na Noruega”, que se forem a 80% limpas já era muito bom, que não tem partidos a apoiar a campanha dele, que não procura cargos acabando pateticamente a dizee que TL tem mais de um bilião de dólares no banco e pode governar-se a si própria?


É isto um laureado da paz que no início da votação no dia das eleições anda a dar entrevistas à media estrangeira caluniando não só membros do seu próprio governo como membros da administração local, eleitos pelo povo e funcionários públicos do seu próprio país numa tentativa desesperada de atiçar mais violência deitando mais petróleo na crise?

Com estas manobras desesperadas está o Horta a manipular para que as eleições não sejam consideradas livres, correctas, transparentes e credíveis? Simplesmente incrível esta desesperada e miserável jogada do Horta!

Anónimo disse...

E a CNN está a repetir as bacoradas do Horta todas as meias horas. Bolas que tentaram os golpes todos a começar nas sondagens e a acabar no próprio dia da eleição com esta interferência totalmente abusiva de apoio exclusivo à candidatura do Horta.

Anónimo disse...

Estou a ver que os opositores da Fretilin vão fazer brigas se a aleição não lhes for vaforável. Horta e mais outros estão a plantar "the seeds of doubt." Se Lu Olo ganhar vamos ver mais antigos milicianos pro-Indonêsia trazerem mais violência para Dili.

Anónimo disse...

Não nos deveremos deixar cair no ridiculo. Sempre o mesmo filmes, a FRETILIM a ser acusada de manipuladora e os outros de coitadinhos. Se queriam vencer a FRETILIM porque é que não se coligaram todos e como se diz, a união faz a força? ou será que a ganância fala mais alto e todos querem o cargo? Eu acho muito estranho como é que não existem coligações nesta terra, talvez ninguém queira partilhar a sua parte do bolo com os demais.

Anónimo disse...

Timor/Eleições: «Líderes políticos devem acatar resultados»

O candidato José Ramos-Horta afirmou hoje, pouco depois de votar nas eleições presidenciais que já decorrem em Timor-Leste, que os líderes políticos devem «acatar os resultados com responsabilidade e tranquilidade».
O candidato independente, também primeiro-ministro timorense, falava aos jornalistas momentos após ter votado numa escola primária de Metiauto, na periferia de Díli, onde aguardou na fila para, 15 minutos após a abertura das urnas, exercer o seu direito de voto.
«Tenho esperança que haja paz e tranquilidade e que os líderes políticos acatem os resultados com responsabilidade e fidelidade»«, afirmou o candidato, o primeiro a votar dos oito que concorrem às presidenciais.
Ramos-Horta acrescentou que a votação é »mais uma demonstração de civismo e de responsabilidade do povo«, mas alertou para o facto de as forças de segurança, nacionais e internacionais, estarem em »alerta« para qualquer desacato.
«As polícias nacionais e as forças internacionais estão todos alerta para qualquer desacato que possa haver de agentes provocadores», avisou o também Nobel da Paz e antigo chefe da diplomacia timorense, aludindo à existência, no terreno, de 1.645 polícias das Nações Unidas, 3.000 da polícia timorense e 1.300 das forças de estabilização, na sua maioria militares australianos.
Cerca de 15 minutos após a abertura das urnas, às 07:00 locais (23:00 de domingo em Lisboa), Ramos-Horta desdramatizou, por outro lado, a aparente fraca adesão às urnas, sublinhando que Metiauto é um «bairro pequeno», onde são «poucas as centenas de votantes».
«Hoje não dormi bem. Caiu-me mal alguma coisa no estômago. Mas, em relação ao acto, estou tranquilo, à vontade. É um acto bonito, democrático, que até agora tem decorrido com muita tranquilidade», afirmou Ramos-Horta à saída da Escola Primária nº 1 de Metiauto.
Por seu lado, o candidato da Fretilin, Francisco Guterres »Lu-Olo«, vota cerca das 08:00 locais de segunda-feira (00:00 em Lisboa) numa escola primária do bairro de Motael, onde a Lusa verificou já que existem filas consideráveis de eleitores para votar.
Diário Digital / Lusa
09-04-2007 7:09:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=270679

Anónimo disse...

Tradução:
As Eleições na Imprensa:
Timor-Leste: campanha eleitoral para as presidenciais realizada sob a ocupação Australiana em curso
WSWS.org
Por: Patrick O’Connor
9 Abril 2007
As eleições presidenciais de Timor-Leste, agendadas para se realizarem hoje, realizam-se sob a ocupação do país por 1,200 soldados Australianos e da Nova Zelândia. O governo de Howard despachou as tropas em Maio passado para marcar o seu domínio sobre a pequema meia ilha e forçar a saída do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri. Canberra vê as eleições presidenciais e mais tarde a votação para o parlamento como uma maneira de ainda minar mais a Fretilin de Alkatiri e de instalar um regime influenciável pelos interesses estratégicos e económicos da elite Australiana no poder. O objectivo imediato é assegurar a derrota do candidato presidencial nomeado pela Fretilin, Francisco “Lu-Olo” Guterres, às mãos de um dos candidatos favorecidos pelo governo de Howard.
(continua)

Paz nas ruas de Dili para os Neo-zelandezes quando os Timorenses votam
Stuff.co.nz
Por: COLIN MARSHALL - NZPA Segunda-feira, 9 Abril 2007


As tropas da Nova Zelândia estão a patrulhar as até agora pacíficas ruas de Dili quando Timor-Leste realiza as suas primeiras eleições presidenciais desde que ganhou a independência da Indonésia.

Cerca de 150 tropas da Nova Zelândia estão estacionadas em Timor-Leste e a porta-voz das forças de defesa Rachel Riley disse de Dili que não estavam a ter qualquer problema hoje.

A polícia da ONU e a polícia Timorense têm a responsabilidade da segurança nas assembleias de voto mas os Neo-zelandeses estavam a patrulhar outras áreas de Dili e mais a leste em Manatuto.

"Providenciam uma presença através da central Dili," disse a Capt Riley.

"As coisas têm estado muito quietas o que são boas notícias, tanto para as pessoas de Timor como para os nossos rapazes.

"Têm havido filas de cerca de 15 pessoas nas assembleias de voto de maneira realmente ordeira e parece que o povo de Timor está a exercer o seu direito de votar sem sinais de coerção ou de intimidação ou de qualquer coisa parecida."

Não há nenhum plano para os Neo-zelandeses para o caso da violência irromper durante as eleições.

"Realmente é como qualquer outro dia, sabe que as coisas num país como este podem virar em segundos e estão sempre preparados. Têm planos no lugar e estão preparados para partir."

Disse que as tropas da Nova Zelândia estavam a ter uma boa resposta da população local.

O ministro da Defesa Phil Goff disse no Sábado que a Nova Zelândia provavelmente terá de manter uma força de defesa presente em Timor-Leste durante anos em vez de meses.

O capitão Riley disse que as tropas correntes regressarão para casa em Junho mas "estaremos aqui até que os governos de Timor-Leste e da Nova Zelândia nos quiserem. Para nós é tão simples como isto ".

As urnas encerram às 7pm (NZT).

Anónimo disse...

Timor-Leste: STAE diz que operação eleitoral foi «um sucesso»

O director do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral de Timor-Leste (STAE), Tomás Cabral, defendeu hoje que o processo das eleições presidenciais que se realizaram hoje em Timor-leste «foi um sucesso».
«Em geral, o processo eleitoral do ponto de vista operacional e logístico foi um sucesso, o que provou que o STAE e o governo timorense, com o apoio técnico da UNMIT e o apoio financeiro dos doadores internacionais e do PNUD conseguiram implementar uma complexa operação eleitoral», disse Cabral, numa conferência de imprensa realizada após o fecho das urnas.
As eleições decorreram entre as 07:00 e as 16:00 (menos oito horas em Lisboa) e na abertura das urnas todos os 504 centros de votação e as 705 estações de voto reportaram estarem «abertos à hora prevista, de fora eficiente», acrescentou.
Às 19:00 locais (11:00 em Lisboa), informações ainda em actualização indicavam que as estações de voto já fecharam, a contagem dos votos já foi iniciada e que as operações eleitorais correram bem em todo o país.
«Alguns timorenses aguardavam ordeiramente em filas até ao anoitecer enquanto outros esperavam a chegada de mais boletins de voto», disse o director do STAE.
Pelo menos três centros de votação, dois em Manufahi e um em Lautem aguardaram pela chegada dos boletins de voto até depois da hora prevista para o fecho das portas Tomás Cabral salientou que a organização das eleições foi dificultada pela coincidência com a semana santa.
«O período da Páscoa motivou uma compreensível migração de muitos timorenses», disse, referindo-se à dificuldade de se prever o número exacto de votantes em cada mesa, o que explicará a escassez de boletins de voto em muitas mesas.
Foram impressos 608 mil boletins para um universo de 522 mil eleitores recenseados.
Apenas um pequeno número de centros ficaram sem boletins, situação que foi suprida pelo envio, por helicópteros, de mais impressos para os locais mais remotos.
Nas eleições de hoje, oito candidatos concorreram à sucessão de Xanana Gusmão, primeiro Presidente do país, prevendo-se que a vitória seja decidida entre Francisco Guterres «Lu Olo», apoiado pela Fretilin, e Ramos-Horta, que se apresenta como independente.
Diário Digital/Lusa
09-04-2007 12:34:52
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=270726

Anónimo disse...

Correio da Manhã, 2007-04-09 - 08:24:00

Urnas já fecharam
Timor: Eleições sem incidentes
As mesas de voto para as eleições presidenciais de Timor-Leste fecharam, após nove horas de jornada eleitoral, e, até ao momento, não há registo de incidentes.
A maioria das urnas abriu à hora marcada e foram raras as excepções em que houve atrasos, motivados essencialmente pela falta de material de voto.

José Ramos-Horta, independente, Francisco Guterres “Lu Olo”, apoiado pela Fretilin, e Fernando “Lasama” de Araújo, pelo Partido Democrático, foram os primeiros candidatos a votar, num total de oito.

Os primeiros resultados deverão ser conhecidos entre quarta e sexta-feira.

AUSTRÁLIA MANTERÁ TROPAS

O ministro dos Negócios Estrangeiros australiano anunciou que a força de paz que a Austrália mantém no território timorense se vai manter, pelo menos até à realização das eleições legislativas, previstas para Junho ou Julho próximo.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=237851&idselect=21&idCanal=21&p=200

Anónimo disse...

A chama vacilante
Diário de Notícias, 09/04/07
Por: António Perez Metelo

Não é preciso recorrer a indicadores muito sofisticados para ilustrar a extrema vulnerabilidade económica de Timor- -Leste. A saída das tropas e funcionários da ONU, em 2002, afundou a economia da cidade de Díli, fechando restaurantes, bares, empresas de serviços e acabando com as casas alugadas a estrangeiros a preços proibitivos para timorenses. Nos dois anos seguintes, o produto interno bruto caiu 6,7% e 6,2%. Ficou-se nos 356 milhões de dólares (menos de um dólar por habitante e por dia!), afectado pela crise militar e política que desarticulou o aparelho de Estado em Abril do ano passado. Os investimentos em infra-estruturas, constantes do OE, não saíram do papel; a paralisia dos serviços levou a roturas na importação de arroz com penúria do abastecimento e subidas de preços especulativos.

A consequência mais visível da paralisia económica é a taxa de desemprego de 40% entre os jovens urbanos em Díli e Baucau. Organizados em grupos de artes marciais, estão na base da violência que, num ano, já fez 37 mortes, incendiou 2000 casas e levou à fuga de 160 mil deslocados. 30 mil destes ainda receiam voltar para as suas comunidades. Mas tudo isto passa bastante ao lado da grande maioria da população timorense. São 750 mil camponeses paupérrimos, que vivem de uma agricultura de subsistência, quase sem acesso à economia monetária. Para estes, o que realmente tem contado é o recrudescimento do El Niño, que lhes traz pouca chuva, fazendo estagnar a produção de arroz e diminuindo a de milho nos últimos três anos. Com uma taxa de crescimento demográfico de 3% ao ano (uma das maiores do mundo), a Independência apenas trouxe a estes 3/4 da população cuidados médicos, assegurados por duas centenas de médicos de família cubanos, espalhados pelo território, e instrução básica generalizada e secundária nos 13 distritos, mas de fraco nível pedagógico.

Daí que a maioria dos candidatos presidenciais não se tenha coibido de prometer verdadeiros programas económicos, pensando já nas legislativas de Junho/Julho. Ramos- -Horta prometeu apoiar o próximo Executivo numa reforma fiscal para abolir os impostos de quem ganhe menos de mil dólares por mês. Isto é, de quase todos. Bem como a construção de casas e o pagamento de um subsídio mensal aos 100 mil timorenses mais necessitados. Um outro candidato terá prometido 100 tractores para o distrito que constitui a sua base eleitoral. E Xanana Gusmão, ainda Presidente da República, falando já como candidato a primeiro-ministro, garantiu que seria capaz de trazer para casa os milhões do Fundo Petrolífero, investidos nos EUA. Esta é uma questão crucial: o que fazer com os 1207 milhões de dólares desse fundo: investir em infra-estruturas, equipamentos sociais e desenvolvimento agrícola ao longo de dez anos, como propõe a Fretilin, ou distribuir dinheiro para consumo entre quem carece praticamente de tudo.

Anónimo disse...

A rua, a máquina ou a igreja?
Jornal de Notícias, 09/04/07
Por: Pedro Rosa Mendes, António Cotrim, em Díli

Em Timor-Leste não há sondagens, da mesma forma que não há seguros automóvel ou escolas de condução. Mas há carros e cartas - e eleições. Antecipar o resultado das presidenciais de hoje é um exercício semelhante a adivinhar o resultado de um acidente de viação no cruzamento do Hotel Timor, antigo Makhota, o nervo do trânsito e da política da capital quem vai pagar, quem vai fugir e, eventualmente, quem vai sangrar ou escapar?

O primeiro dado é a extensão do boletim de voto oito candidatos. São muitos, comparando com as eleições que elegeram Xanana Gusmão, em 2002. Na altura, o comandante da guerrilha teve apenas um adversário nas urnas, Francisco Xavier do Amaral, fundador da Associação Social Democrata Timorense e da Fretilin.

No jogo do um contra um, Xavier do Amaral obteve 17% dos votos, a diferença entre a eleição de um presidente e o plebiscito de Xanana.

O cenário é outro em 2007. "Estas eleições são claramente um jogo de sete contra um", afirma um observador internacional às presidenciais timorenses.

"Não estou a ver nenhum candidato que, havendo segunda volta, apoie o candidato da Fretilin", Francisco Guterres "Lu Olo", veterano da Resistência nas montanhas, actual presidente do maior partido timorense e do Parlamento Nacional.

A existência de oito candidatos aumenta, naturalmente, a probabilidade de nenhum deles conseguir obter mais de 50% dos votos à primeira volta.

"A Fretilin e 'Lu Olo' realizaram uma campanha do ou-tudo-ou-nada", acrescenta o mesmo observador, que tem um conhecimento directo da política timorense. "Se 'Lu Olo' tiver de ir à segunda volta, terá contra ele o eleitorado dos outros sete candidatos da primeira volta. Será um combate arriscado".

Os líderes da Fretilin, sobretudo o secretário-geral do partido, Mari Alkatiri, mantiveram uma postura de campanha que não teve outro pressuposto que não o da eleição de "Lu Olo" de uma só vez, hoje.

Em 2002, o chefe de Estado foi eleito depois de haver um Governo. Desta vez, a escolha do presidente antecede as legislativas e funciona claramente como um balão de ensaio e uma oportunidade de posicionamento para os vários líderes e partidos.

Xanana Gusmão poderá convocar para Junho ou Julho as legislativas, em que ele próprio deverá ser um dos concorrentes a primeiro-ministro, com o novo Congresso Nacional da Reconstrução de Timor (CNRT).

Violência acaba ou dispara

A campanha eleitoral diminuiu as certezas sobre favoritismos e sobre o distanciamento inultrapassável dos dois candidatos com funções de Estado (Ramos-Horta e "Lu Olo") em relação aos outros seis. Pelo menos mais duas figuras se afirmaram nas últimas semanas Fernando "Lasama" de Araújo e Lúcia Lobato.

As variantes aumentaram e a equação complicou-se não é apenas a rua ou a máquina partidária que conta para o resultado; o voto da igreja católica - se é que existe um - também, sobretudo para José Ramos-Horta, o único candidato que não é líder ou deputado de um partido político.

"Não é claro que exista um voto, ou algum voto sequer, da Igreja", comenta um jurista português em Díli. "Para quem está mobilizada a máquina da Igreja?"

A omissão política da Igreja, seguindo as declarações de independência da hierarquia eclesiástica timorense, ou a preferência por outro candidato, por exemplo "Lasama", poderiam ser fatais para José Ramos-Horta.

"O apoio que Ramos-Horta sugere ter de amplos sectores da sociedade, incluindo da Igreja, é menos evidente do que parece", diz ainda o jurista português. "Pelo contrário, propostas como a inclusão na Constituição de referências explícitas a Deus ou a atribuição do subsísio anual de dez milhões de dólares à Igreja parecem uma tentativa de Horta obter um acordo na praça-pública sem o negociar".

"Lasama", líder do Partido Democrático e apontado por muitos como o candidato-surpresa desta campanha, pode competir pelo eleitorado de Ramos-Horta. Pode também captar parte do voto jovem urbano da capital, que não se revê na geração de 1975.

"'Lasama' é a face visível do movimento pró-independência que explodiu em Díli após o Massacre de Santa Cruz", nota outro observador. "Foi um movimento que apareceu fora da Fretilin. 'Lasama' pode ser o segundo lugar a 9 de Abril se, por exemplo, a máquina da igreja não funcionar para Ramos-Horta".

"Lu Olo" tem por si duas décadas de luta na montanha representa, numa Fretilin dividida desde o congresso de 2006, aqueles que não saíram de Timor durante a ocupação. "É uma vantagem em relação a Mari Alkatiri, que sempre tem anticorpos e atrai acusações", analisa um observador europeu. "O problema de 'Lu Olo' é o mesmo que Cavaco Silva tinha: ou ganha à primeira ou enfrenta toda a oposição à segunda volta".

Resultado à parte, as presidenciais de 2007 são cruciais para Timor-Leste, escreveu esta semana a socióloga Helen Hill, da Universidade de Victoria, Austrália, "porque colocarão um ponto final nas correntes de violência que afectaram o país durante um ano, ou provocarão uma escalada dessa violência".

Exclusivo JN/Lusa

Anónimo disse...

A nova geração que quer mudar um país
Público, 09.04.2007
Por: Paulo Moura, em Díli

Lúcia Lobato e Fernando La Sama são os candidatos à Presidência da República que assumem a diferença em relação à geração de 75, cujos conflitos minam o país que fundaram

Eram 11 irmãos mas morreram oito. A mãe e o pai também foram assassinados durante a ocupação indonésia. Lúcia foi estudar Direito para Jacarta. Hoje, com 41 anos, é candidata à Presidência da República. Ela e Fernando La Sama de Araújo representam a nova geração de políticos timorenses nas presidenciais de hoje.

Fernando La Sama, de 44 anos, também foi estudar para o país vizinho e inimigo. Literatura indonésia em Bali. Aí fundou a Resistência Nacional dos Estudantes de Timor-Leste. Mais tarde, tornou-se o responsável pelas comunicações da resistência e, depois do massacre de Díli, em 1991, foi preso e condenado a 15 anos, por actividades subversivas. Esteve na mesma prisão de Xanana, de onde ambos dirigiam toda a resistência. Xanana confiava nele ao ponto de lhe pedir que respondesse por escrito às entrevistas. Assinava no fim, sem ler. Considerava La Sama um possível sucessor. Ainda ontem, na véspera das eleições (em que apoia Ramos-Horta), o Presidente da República lhe enviou um sms: "Sempre irmãos."
Mas Xanana é o "irmão mais velho" ou o "grande irmão". La Sama, nome de código que significa "o que não gosta de ser pisado", pertence a uma geração com características diferentes, que se quer agora afirmar na política timorense. "Em Timor, ser jovem significa pertencer à geração pós-80", explica La Sama. "Os que cresceram depois de 1975 não estiveram envolvidos na guerra civil, não foram quadros superiores de nenhum dos partidos daquela época e têm uma mentalidade muito diferente."
A geração pós-80 é, segundo Fernando La Sama, "mais aberta, mais racional. As pessoas podem apoiar partidos diferentes, mas na vida de todos os dias entendem-se, dão-se bem". Não é assim com a geração de 75. "Os velhos da montanhas, os radicais da Fretilin e da UDT, não se falam. João Carrascalão, por exemplo, não consegue ver a cara de Mari Alkatiri."
Essas pessoas nunca conseguirão habituar-se à vida democrática, pensa La Sama. Mas não querem largar o poder. "Acham-se os pais-fundadores, sem os quais o sentimento de indepenência se perderia. Isso não é verdade. Os meus bisavós já tinham esse sentimento. Quando os portugueses aqui chegaram pela primeira vez, em 1511, já houve revoltas contra eles." E também entre os jovens que já cresceram depois da autodeterminação esse sentimento existe. "Reconhecemos valor à velha geração, mas ofende-nos que queiram ter a exclusividade o sentimento de independência."
Lúcia Lobato concorda que são os "problemas" dessa velha geração que estão a minar o país. "Eles merecem todo o respeito. Lutaram tanto pela independência! Não acredito que eles queiram o mal do povo. Vamos assegurar-lhes uma vida mais digna. Alguns, já velhos, só ganham 300 dólares por mês. Nós temos dinheiro, eles não são muitos, uns 200. O Estado deve assegurar-se que eles têm uma boa vida. E assegurar que eles se mantêm longe do poder. Eu, como Presidente, comprometo-me a dignificar essa gente. Incluindo Xanana Gusmão e Matan Ruak."
A crise de 2006 surgiu por causa das rivalidades antigas dos líderes políticos. "Xanana, talvez por causa das relações emocionais que tem com Alkatiri, não teve o comportamento correcto", diz La Sama. E Lobato: "Eles têm problemas pessoais que vêm do passado, rivalidades, interesses. Foi isso que os levou a cometer erros e agora o povo está a sofrer por causa disso. Eu não tenho nada a ver com esses problemas. Pertenço a uma geração virada para o futuro."
Lúcia Lobato e Fernando La Sama não têm dúvidas sobre o que teriam feito se estivessem na Presidência na altura da crise: teriam demitido o primeiro-ministro. De acordo com a Constituição, o Presidente é o comandante supremo das Forças Armadas, por isso deveria ter assumido em pleno essa função, numa situação de emergência.
Como representantes da nova geração, Lobato e La Sama assumem uma nova forma de fazer política e novas preocupações. Para Lúcia Lobato, a transparência na governação deve ser levada a sério. Por exemplo, "eu, como membro do Parlamento, não tenho informações sobre o dinheiro do petróleo. No actual regime, o Parlamento limita-se a votar de braço no ar tudo o que o Governo decide".
No centro da campanha de Lobato estiveram as questões sociais. Principalmente as das mulheres. "Sou a primeira e única mulher candidata. É uma oportunidade para as mulheres votarem em alguém que se preocupe com os seus problemas." A discriminação, a falta de planeamento familiar, a violência doméstica, são alguns desses problemas. Se ganhar, Lúcia promete criar um gabinete especial, com a participação de todos os partidos e sectores da sociedade, para pensar e resolver as questões das mulheres. "Trabalharei de muito perto com a Igreja, que é fundamental para mudar os hábitos e as mentalidades. No tempo da Indonésia, a Igreja permitiu o uso de contraceptivos. Depois houve um retrocesso, mas temos de reabrir esse debate."
Fernando La Sama preocupa-se com o problema da reconciliação entre os timorenses. Tem uma filosofia, a que chama "humanista", que combina princípios cristãos e regras de convívio tradicionais do país. "Os timorenses matam-se uns aos outros, sem escrúpulos. É um problema de amor. Temos de reabilitar o princípio do "amai-vos uns aos outros", combinado com a tradição timorense da família alargada".
La Sama como Lúcia Lobato são adeptos de um maior realismo na abertura de relações comerciais com a Austrália e Indonésia. Mas acreditam no futuro da língua portuguesa em Timor. Há uma geração que se tornou hostil ao português, por culpa as políticas da Fretilin, diz La Sama. "Alkatiri e o seu grupo falam bem português, não têm outra língua. Por isso querem obrigar toda a gente a falar português. Vedaram o acesso aos empregos aos falantes de indonésio e tétum."
Mas esta hostilidade desaparecerá quando as outras línguas começarem a ser aceites e o ensino do português chegar a todos. "Temos no entanto de ser realistas. Muitos jovens estão a ir estudar para a Austrália, fazer mestrados e doutoramentos, e portanto é normal que as novas elites falem inglês", conclui.


Um país preparado para se expressar nas urnas
Público, 09.04.2007

Na véspera das eleições presidenciais, Timor teve ontem um dia calmo, sem incidentes cuja gravidade pudesse pôr em causa o processo, aos olhos de observadores e fiscalizadores.
Houve registo de tiros para o ar em Díli e de algumas pedradas na região de Ermera. Mas o Presidente, Xanana Gusmão, surgiu em público a inspeccionar algumas urnas e boletins de voto e declarou que tudo estava normal e a postos para a eleição.
Nas igrejas, os padres apelaram, durante as missas da Páscoa, à calma e à participação, tendo-se abstido de sugerir o nome de algum candidato. Na Igreja de Motael, de Díli, o sacerdote pediu apenas aos fiéis que elegessem um Presidente que tirasse o país da crise. E acrescentou com um sorriso que, caso não gostassem de nenhum dos oito candidatos do boletim de voto, poderiam sempre votar nele, padre.
Por todo o país, as urnas e todo o material necessário à votação foi ontem levado a cada uma das 705 assembleias de voto, para que nenhum dos 520 mil eleitores deixasse de poder exercer o seu direito. Nalguns locais de acesso difícil, os técnicos eleitorais da ONU tiveram de levar os materiais de helicóptero ou a cavalo.
Os cerca de 150 mil deslocados, devido aos conflitos de Abril a Junho do ano passado, poderão votar longe do local da residência, uma vez que não há listas eleitorais, mas apenas um sistema de tinta indelével para impedir que cada eleitor vote mais do que uma vez. Basta possuir um documento de identificação, para poder votar.
Cada urna é guardada por dois polícias. As forças internacionais, como a GNR e as outras polícias, bem como os cerca de 1700 militares australianos e neozelandeses só actuarão se houver distúrbios graves da ordem.
Sábado, uma juíza brasileira foi esfaqueada durante em assalto em Díli, anunciou ontem em Brasília o ministério das Relações Exteriores. Sandra Aparecida Silvestre de Frias Torres, do Tribunal de Justiça de Rondônia, está no país como observadora internacional das eleiuções.
Levada ao hospital pelo embaixador brasileiro em Díli, António de Souza e Silva, a magistrada foi tratada numa clínica local por médicos portugueses e encontra-se bem, esclareceu o Itamarati. A Rádio CBN, da cadeia Globo, noticiou que teria levado dezenas de pontos nas mãos e nos braços, mas que garantiu que irá continuar como observadora do processo em curso.
Sandra Silvestre, que já de 2004 a 2006 trabalhara em Timor-Leste como juíza, foi abordada por um assaltante frente à embaixada dos Estados Unidos, quando se dirigia a um estabelecimento. Paulo Moura


Camberra dirá mais tarde se aceita coordenação da ONU
Público, 09.04.2007

A Austrália vai considerar depois das legislativas de meados deste ano se deverá ou não ceder às Nações Unidas o comando das forças internacionais destacadas em Timor-Leste, declarou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros, Alexander Downer, citado pelo Sydney Morning Herald.
O primeiro-ministro José Ramos-Horta dissera que tencionava, no caso de ser eleito Presidente da República, pedir aos australianos para ficarem "durante mais alguns anos" em solo timorense. Ao que Alexander Downer reagiu com uma declaração cautelosa: "As tropas estarão decerto lá até ao fim das eleições legislativas, em Julho. Depois, reavaliaremos a situação, não só em termos da força internacional comandada pela Austrália mas também em termos de se saber se poderemos passar para alguma espécie de presença militar centrada nas Nações Unidas".
A Austrália tem um milhar de homens estacionados em Timor-Leste, na sua maior parte enviados o ano passado, durante a crise em que o Presidente Xanana Gusmão obrigou o primeiro-ministro Mari Alkatiri a demitir-se.
O comandante daqueles militares, brigadeiro Mal Rerder, declarou ontem à Sky News que as forças actualmente no terreno são suficientes para apoiar as actividades de Díli e as Nações Unidas, particularmente durante este período eleitoral.

Anónimo disse...

Ainda não há resultados
Administração eleitoral faz "balanço de sucesso" das presidenciais em Timor-Leste
09.04.2007 - 15h35 PUBLICO.PT

O organismo responsável pela realização de eleições em Timor-Leste faz "um balanço de sucesso" das presidenciais realizadas hoje no país.
Num comunicado emitido hoje, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral de Timor-Leste (STAE) sublinha que o escrutínio decorreu de forma pacífica.

"Em geral o processo eleitoral do ponto de vista operacional e logístico foi um sucesso, o que provou que o STAE e o Governo Timorense – com o apoio técnico da UNMIT e apoio financeiro dos doadores internacionais e do PNUD - conseguiram implementar uma complexa operação eleitoral", lê-se no comunicado.

De acordo com o STAE, foi pedido "um número adicional de boletins de voto" por "um pequeno número de estações" entre as 504 espalhadas pelo país. Segundo o mesmo orhanismo, o plano de contingência "foi accionado com sucesso".

O comunicado termina com a afirmação de que "hoje foi, sem dúvida, um dia histórico para Timor-Leste, que é o resultado de muitos meses de trabalho de planeamento e dedicação de muitas pessoas, em Timor-Leste e em tantas outras partes do mundo".
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1290649

Anónimo disse...

Primeiro-ministro reúne maioria dos votos em sete distritos
Timor-Leste: dados provisórios dão liderança a Ramos-Horta nas presidenciais
09.04.2007 - 18h27 PUBLICO.PT

O primeiro-ministro timorense, Ramos Horta, lidera nas eleições presidenciais em Timor-Leste, conseguindo a maioria dos votos em sete dos 16 distritos do país, entre eles Dili e Baucau, segundo dados provisórios avançados poucas horas depois do fecho das urnas.
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições de Timor-Leste disse à TSF que Ramos-Horta e Fernando "Lasama" de Araújo, presidente do Partido Democrático estão “acima de tudo”, de acordo com as informações recolhidas junto das urnas, seguidos de Lúcia Lobato, deputada pelo Partido Social-Democrata, e Francisco Guterres "Lu-Olo", presidente do Parlamento Nacional e da Fretilin.

Em declarações à rádio, Ramos-Horta sublinhou que durante a crise política e militar que o país viveu no ano passado esteve “junto do povo quando ele estava amedrontado e traumatizado” e que o apoio agora recebido é “genuíno” e muito mais importante “do que todos os outros actos eleitorais”.

O actual primeiro-ministro disse ainda que se for eleito essa também será a vitória da Fretilin (Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente), da qual foi o fundador, apesar de o candidato oficial do partido nas eleições ser Francisco Guterres.

Apresentaram-se ainda às eleições de hoje os candidatos Avelino Coelho da Silva (líder do Partido Socialista Timorense); Francisco Xavier do Amaral (fundador e primeiro presidente da ASDT); Manuel Tilman (secretário-geral do KOTA, monárquico) e João Viegas Carrascalão (presidente da UDT).

O organismo responsável pela realização de eleições em Timor-Leste fez já "um balanço de sucesso" das presidenciais. Num comunicado, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral de Timor-Leste (STAE) sublinha que o escrutínio decorreu de forma pacífica.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1290682&idCanal=18

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.