sexta-feira, abril 06, 2007

Notícias - traduzidas pela Margarida

A igreja abençoa candidato presidencial em Timor
Fairfax
Lindsay Murdoch em Dili e agências Abril 5, 2007

A igreja católica fez uma intervenção de surpresa nas eleições presidenciais em Timor-Leste, assinalando o seu apoio ao antigo activista estudantil e preso político Fernando "La Sama" de Araujo.

Nu golpe para os outros oito candidatos, incluindo o laureado do Nobel José Ramos-Horta, o representante da igreja na Comissão Nacional de Eleições, Martinho Gusmão, disse ontem que o Sr de Araujo tinha o "carácter " para liderar Timor-Leste a sair da crise.

O padre Martinho disse aos jornalistas em Dili que os padres e os bispos em mais de 200 igrejas espalhadas pelo país não indicarão um candidato preferido durante as missas do domingo de Páscoa, na véspera da eleição. Mas que mais tarde, fora dos muros das igrejas, os padres seriam livres de dizer aos crentes quem é que acreditam ser o melhor candidato para substituir Xanana Gusmão que não se recandidata. Mais de 95 por cento do 1 milhão de habitantes de Timor-Lete são catálicos, pelo menos de baptismo.

Conquanto o padre Martinho sublinhasse que o Sr de Araujo era a sua escolha "pessoal" para presidente, a sua decisão de o apoiar influenciará fortemente o que os padres disserem na véspera da eleição.

O padre Martinho fez o seu comentário apesar de ser um dos 15 membros da comissão de eleições, o órgão independente que está a supervisionar a condução das eleições. Negou que a sua postura reflicta um conflito de interesses."Gozamos a liberdade de expressar seja o que for que quisermos," disse.

O Sr de Araujo, que lidera o Partido Democrático, tem ainda o apoio do foragido amotinado Alfredo Reinado, um herói de culto para muitos Timorenses, que tem desde há quatro semanas anda a fugir aos soldados Australianos que o procuram nas montanhas rugosas do centro. Reinado, que é procurado por homicídio e rebelião armada, emitiu uma declaração a semana passada dizendo que o Sr de Araujo trará "paz e justiça " ao país, depois do levantamento violento do ano passado que deixou 37 mortos e forçou mais de 100,000 pessoas a saírem das suas casas. Três candidatos emergiram como corredores da frente na primeira eleição a ser organizada por Timor-Leste desde que o seu país ganhou a independência em 2002.

Francisco Guterres do partido no poder atraiu mais de 5000 apoiantes num comício no último dia da campanha em Dili ontem. Milhares também estiveram nos comícios do Sr de Araujo e do Sr Ramos-Horta. A polícia da ONU foi chamada para travar algumas lutas com pedras na cidade que resultaram em vários feridos incluindo dois polícias.

■ Xanana Gusmão ontem apelou à libertação do dinheiro da nação $US1 bilião ($1.3 biliões) do fundo dos rendimentos do Mar de Timor, dizendo que o povo vive na miséria quando a nação poupa para o futuro.

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Candidata presidencial prega paz com esperança

Por: Jill Jolliffe
Dili, Abril 4 (AAP) – Uma cavalgada colorida de jovens quadros à volta de Dili em camiões e motociclos em apoio da única mulher entre oito candidatos nas próximas eleições presidenciais em Timor-Leste.

Lúcia Lobato é uma bem-falante com 41 anos com provas dadas como deputada Social Democrata da oposição.

A sua mensagem para este país que tem visto tanto desassossego e violência é simples – trabalhemos juntos para alcançar a paz.

"As mulheres têm sido as grandes vítimas da crise de um ano," disse Lobato aos apoiantes no último comício da campanha ontem antes da votação de Segunda-feira. "Não trouxe nem paz, nem amor e contudo as mulheres não são violentas. "As nossas crianças estão muito afectadas. Precisamos de uma mulher no poder."

Os corretores do poder político de Timor-Leste tendem a desvalorizar Lobato de ser uma concorrente séria.

Mas ela tem o apoio de muitas mulheres, e apoio nos distritos populosos do oeste do país. Ontem no comício em Dili atraíu 1,500 apoiantes entusiásticos e de bandeira na mão.

Lobato tem ainda alguns amigos influentes.

Entre os que estiveram no comício estava a primeira dama Kirsty Sword Gusmão, a mulher do Presidente que está de partida Xanana Gusmão, que lhe deu um abraço de boa sorte e um ramo de flores.

Para ganhar sem mais a corrida presidencial de Segunda-feira um candidato tem de ganhar 51 por cento dos votos – um resultado improvável dado o número de candidatos, e a força do apoio dos três corredores da frente. Estes são Francisco 'Lu-Olo' Guterres da Fretilin, o partido do governo, o primeiro-ministro e laureado do Nobel José Ramos Horta, e o antigo líder estudantil Fernando Lasama Araújo do Partido Democrático.
Fretilin é o partido histórico da libertação, e ganhou uma maioria de 58 por cento nas eleições de 2001. Mas espera-se que sofra um declínio devido à associação com a violência do ano passado.

Lobato afirma que alguns dos seus comícios de campanha no campo atraíram multidões de 6,000-7,000, e acredita que Ramos Horta está "fora da corrida " depois de pouca gente participar nos seus comícios nas cidades do oeste Ermera, Maubisse, e Ainaro.

Bernabe Araújo, um residente em Ainaro contactado por telefone, confirmou que esteve "muito pouca " gente lá no comício do primeiro-ministro.

Uma carta emitida pelo foragido Alfredo Reinado – pedindo aos eleitores para não apoiarem Ramos Horta ou o candidato da Fretilin candidate porque apoiaram um ataque Australiano ao quartel-general de Reinado em Março – parece estar a ter efeito.

"Não podem ignorar que ele influenciou as pessoas," diz Lobato. "Ele tem muito apoio. "Em todo o lado que vou as pessoas perguntam sempre: 'O que é que vai fazer a Alfredo?'"

O seu sócio Mário Carrascalão, presidente dos Social Democratas, ecoa o sentimento. "A influência de Alfredo é enorme, enorme," diz.

Lobato sublinha que os eleitores podem decidir por si próprios. "As pessoas pensam que ainda somos ignorantes, como em 1974-75, mas somos diferentes," diz. "Ramos Horta foi um grande diplomata, mas falhou como primeiro-ministro."

Lobato é um dos três candidatos com origem do oeste que no mês passado concordaram em re-dirigir os votos dos apoiantes para quem chegar à segunda volta.

Lasama é considerado o mais provável a ter sucesso, mas Lobato mantém um pequeno raio de esperança que possa alcançar o seu sonha de uma mulher a liderar uma nação pacífica.

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UNMIT – situação de segurança – Quinta-feira, Abril 5, 2007
Esta é uma emissão da Polícia da ONU em Timor-Leste para lhe dar informação acerca da situação de segurança no país.


Hoje, a situação no país tem estado calma. Ontem, alguns incidentes relacionados com a eleição ocorreram em Dili e no seu exterior.

A UNPol atendeu oito incidentes hoje, nenhum foi sério. Por volta do meio-dia, a UNPol respondeu a relatos de um bloqueio de estrada na estrada para Metinaro. Contudo não se encontrou qualquer bloqueio de estrada.

Ontem, com quatro candidatos eleitorais diferentes a fazerem campanha em Dili, foram relatados confrontos na Igreja de Balide, Fatuhada, Kampung Alor, Caicoli, Colmera, Rotunda do Aeroporto e Obrigado Barracks. Oito pessoas foram feridas nesses incidentes. A UNPol ao lado de Unidades Formadas de Polícias e da Força de Estabilização Internacional trabalharam arduamente para prevenir a escalada da situação. Depois das 2300 horas, a situação manteve-se calma.

Ontem à noite em Ermera, apoiantes de um candidato presidencial atacaram apoiantes de outro quando a sua caravana chegava a Gleno. Seguiu-se lutas de pedras mas a UNPol e a ISF conseguiu restaurar a ordem na área. Cinco pessoas feridas com dardos de metal foram transportadas para o hospital de Dili.

Separadamente, por volta das 1930 horas em Metinaro, uma caravana com apoiantes foi de modo similar atacada por apoiantes rivais. 15 pessoas foram alegadamente feridas na luta que se seguiu, e quatro camiões foram danificados. Às 2230, a UNPol negociou então a libertação de oito veículos através de bloqueio da estrada. Finalmente uma Unidade Formada da Polícia Portuguesa escoltou toda a caravana através de Metinaro por volta das 2310. Um veículo na caravana foi danificado por pedras bem como dois veículos da ONU num incidente separado.

O Plano de Segurança das Eleições está correntemente na fase dois, que cobre o período da campanha.
Como parte da fase três, que cobre o dia da eleição de 9 de Abril, a UNPol e a PNTL estará destacada em cada assembleia de voto e patrulhas móveis estarão a monitorizar nas áreas à volta. Unidades Formadas de Polícia cobrirão dez assembleias de voto por Unidade e terão capacidade para se deslocar com rapidez em caso de emergência. Estas medidas estão no local para garantir que todos os Timorenses podem votar sem receio de violência ou intimidação.

A Polícia aconselha que devem evitar viajar durante a noite nas áreas mais afectadas. Contactem a polícia se virem algo de suspeito ou qualquer espécie de problemas, e evitem permanecer perto de qualquer distúrbios. Chamem o 112 ou o 7230365 para contactar a polícia 24 horas por dia, sete dias por semana.

Esta foi uma emissão da Polícia da ONU em Timor-Leste, para o povo de Timor-Leste.

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Hugo Chavez? Não. Xanana Gusmão... Separados à nascença?...
The Australian - Abril 05, 2007
Gusmão: Trarei os milhões do petróleo para casa
Stephen Fitzpatrick, Dili, Timor-Leste

O herói da resistência Timorense Xanana Gusmão prometeu que libertará as centenas de milhões de dólares dos rendimentos do petróleo retidos numa conta bancária em Nova Iorque se for eleito primeiro-ministro.

O posto de presidente do Sr Gusmão vai a eleições na Segunda-feira. Ele não concorre ao posto com importância simbólica mas concorrem outros oito candidatos, incluindo o corrente Primeiro-Ministro José Ramos Horta.

A eleição presidencial na Segunda-feira será seguida por eleições parlamentares em meados do ano, incluindo para o posto poderoso de primeiro-ministro – um posto que o Sr Ramos Horta herdou o ano passado depois de Mari Alkatiri do partido do governo a Fretilin, ter sido deposto num episódio de desassossego público sangrento.

Ontem, a campanha em Dili deteriorou-se em violência quando rebentaram lutas esporádicas entre gangs de jovens de partidos rivais. A polícia disparou gás lacrimogéneo e tiros de aviso para separar lutas e ataques de pedras, que deixaram vários feridos, incluu«indo dois polícias da ONU que ficaram feridos durante um confronto perto da embaixada Australiana.

O Sr Ramos Horta atraiu vários milhares de pessoas a um estádio na capital, Dili, ontem à tarde para o evento final oficial da campanha para as eleições de Segunda-feira.

Não serão autorizados mais comícios eleitorais, o que deixa os púlpitos das missas de Domingo de Páscoa como a última oportunidade para indicações políticas neste país devotadamente católico.

O porta-voz da Comissão Eleitoral Martinho Gusmão, um padre católico de topo, disse ontem que os oficialmente não seria dito aos paroquianos em quem deviam votar dado que "pedimos às pessoas para escolher de acordo com a sua consciência".

Contudo o padre Gusmão disse que dos oito candidatos, ele favorece o líder do Partido Democrático Fernando "Lasama" de Araújo "e se alguém me pedir conselho será isso que eu direi".

O padre negou que estava a criar um conflito de interesses ao aparecer a endossar um candidato particular dado que trabalha para a comissão eleitoral, "visto que nós os Timorense de certo modo temos de desenvolver o carácter do nosso estilo político – a cultura dos nossos políticos ".

Falando num fórum público em Dili, o padre Gusmão foi interrompido pelo seu homónimo, o antigo presidente, que disse: "O que ele quer dizer é que, entre os candidatos, Lasama é quem satisfaz a jovem geração – os outros são todos avôs que concorrem à eleição."

A questão de um intervalo de gerações na divisão política de Timor-Leste tornou-me um tema de retórica das eleições, com a demarcação a ver-se entre os que usaram armas contra a ocupação Indonésia e os que não usaram.

O Sr Gusmão, um antigo líder de guerrilha que esteve preso pela Indonésia por causa das suas acções, aparece para passar ao aliado de há muito Sr Ramos Horta os votos dos que lutaram na resistência de 24 anos, ao apoiar pessoalmente a campanha do último.

A mulher do Sr Gusmão, Kirsty Sword Gusmão e os filhos estiveram ontem no comício de Horta, para alegria dos apoiantes.

Num ataque que tinha por alvo o governo corrente – liderado pelo Sr Ramos Horta mas dirigido pela Fretilin – O Sr Gusmão disse ontem que era importante que a próxima administração "ponha os nossos dedos nas muitas coisas que não fizemos de modo correcto ".

Chave, entre estas, disse, foi o falhanço de prestar cuidados de saúde adequados, educação e outras necessidades sociais importantes, "ou mesmo garantir que as pessoas tinham o suficiente para comer ".

"Agora precisamos de ter um plano mestre em como gastar o dinheiro, de modo que em 10 a 15 anos este país viva em condições muito boas," disse.

"Mas a democracia não funcionará se as pessoas tiverem fome. Temos tanto dinheiro numa conta em Nova Iorque, enquanto que aqui em Timor temos gente a lutar e a viver na miséria."

O Sr Gusmão chegou a dizer que será capaz de obter acesso a esse dinheiro.

Um terceiro concorrente com uma possibilidade é Francisco "Lu Olo" Guterres da Fretiilin, que atraiu vários milhares de pessoas num comício em Dili ontem.

Os resultados formais da eleição não se espera serem conhecidos pelo menos dois dias depois do encerramento da votação, o que deixa a possibilidade de mais violência no caso de os resultados serem disputados.

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Reuters – Quarta-feira 4 Abril 2007 11:02:29 BST
Violência atinge a campanha em Timor quando os candidatos apelam à unidade
Por: Ahmad Pathoni

Dili – Um antigo combatente da independência Timorense preso pela Indonésia durante seis anos prometeu na Quarta-feira unir o seu país fracturado por conflito e levar a justiça ao povo, quando o último dia da campanha eleitoral foi manchado pela violência.
Fernando de Araújo, cujo nome de guerra é La Sama, está entre os oito candidatos que concorrem à votação presidencial de Segunda-feira.
Pelos padrões da história caótica da pequena nação, a campanha eleitoral tem sido relativamente pacífica, mas na Quarta-feira confrontos de pedras entre apoiantes de vários candidatos deixou 30 pessoas a precisarem te tratamento médico na capital Dili, de acordo com testemunhas da Reuters e dos empregados do hospital.
Várias vítimas tinham cabeças partidas e uma enfermeira disse que pelo menos uma pessoa fora ferida com uma seta.

A polícia da ONU disse numa declaração que "a situação em Dili e à sua volta estava na maioria calma" mas notou que dois incidentes, um posto sob controlo quando oficiais dispararam para o ar dois tiros de aviso e um outro que levou cinco pessoas para o hospital com ferimentos menores.

Contudo um comício de De Araújo – aos 44 anos o mais jovem entre os candidatos e considerado por alguns como um forte candidato – correu pacificamente.
"La Sama tem uma boa possibilidade de ganhar. Ele cai bem nos eleitores jovens que estão desiludidos com o falhanço da geração mais velha," disse o analista político Julio Thomas à Reuters.

O candidato de estatuto maia alto é porém José Ramos-Horta, que sucedeu a Alkatiri como primeiro-ministro e ganhou um prémio Nobel da paz durante a luta contra a Indonésia.

Cerca de 2,000 pessoas apareceram num campo de football em Dili, acenando com fotos de De Araújo e bandeiras azuis do Partido Democrático que ele fundou. "Acredito que a jovem geração de Timor-Leste se unirá outra vez," disse De Araújo aos seus apoiantes que cantavam "Viva La Sama".

Nova geração

"É tempo de os jovens substituírem os velhos, que apenas trouxeram o caos a este país," disse o apoiante Leo da Costa, o seu peito nú decorado com as iniciais do Partido Democrático pintadas em amarelo.

De Araújo, cujo tema de campanha é "è a altura do filho de um pobre liderar o país," disse que criará um sistema legal livre de discriminação. "O corrente sistema judicial é uma porcaria. A lei não deve discriminar. Deve apenas punir as pessoas que roubam galinhas mas também as que ilegalmente distribuem armas," disse De Araujo, de pé num camião e usando um lenço tradicional colorido ao pescoço. Não mencionou qualquer nome.

O antigo Primeiro-Ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri foi acusado de dar armas aos apoiantes para matarem opositores políticos durante a vaga de violência do ano passado que levou o governo a convidar tropas estrangeiras para restaurar a ordem.

As acusações contra Alkatiri foram retiradas no princípio do ano depois das autoridades dizerem que não havia evidência.

Timor-Leste tornou-se independente em 2002 depois de um período de gestão pela ONU. Tem ricos recursos de energia mas somente agora começou a canalizá-los e a maioria do país de um milhão de habitantes permanece entre a mais pobre so mundo.

De Araujo passou seis anos numa prisão em Jacarta, de 1992 a 1998, por fazer campanha pela independência de Timor-Leste.
Continuou os seus estudos depois de ter sido libertado e graduou-se na Universidade de Melbourne em 2001.

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UNMIT – Conferência de Imprensa - 05 Abril 2007
Obrigado Barracks, Dili

Introdução por Allison Cooper, porta-voz da UNMIT: Boa tarde a todos, obrigado por terem vindo à nossa conferência de imprensa de hoje. Antes de prosseguirmos e de ouviros o SRSG Atul Khare e o Vice-SRSG Finn Reske-Nielsen, quero lembrar o que podem esperar da ONU nos próximos dias e o que iremos fazer.

Primeiro de tudo há vários comunicados de imprensa nesta mesa por detrás de mim. Estão em Inglês, Tétum e Bahasa, por favor levem-nos antes de saírem. Um desses é da Equipa de Certificação Eleitoral em relação à data sobre o próximo relatório.

Uma oitra coisa para anotarem na agenda: haverá um encontro com a imprensa às 4 pm no dia das eleições para uma visão geral da situação de segurança e que se fará nesta sala.

O nosso encontro com a imprensa às 4 pm em 9 de Abril será seguido por outro no dia seguinte ao meio-dia onde ouvirão do SRSG Atul Khare e de outros empregados de topo da ONU.

Enquanto estão todos aqui neste lugar, especialmente para os que acabam de chegar, esta mulher aqui é Mónica Rodrigues, ele é a porta-voz da UNPol e o seu número é o 7230749. Ela deve ser o vosso primeiro ponto de contacto nos próximos dias para tudo o que diga respeito à segurança. Obviamente que estou sempre disponível também e o meu número é o 723 0453.

Quero também ter a certeza que têm o número do Miguel Caldeira. É o conselheiro de imprensa para o STAE e a CNE, é a pessoa para os pôr em contacto com o porta-voz relevante dessas organizações. É o 7266007.

Há um outro porta-voz aqui nos bastidores de camisa azul, ele é o Marcus Prior, é do World Food Program e está no 732 6795.

Anda um papel a circular, se me derem os vossos nomes, números e detalhes dos contactos podemos telefonar-lhes se organizarmos mais encontros de imprensa.

Estamos no processo de organizar duas viagens de helicóptero no dia da eleição. Herá um pool de media a operar em cada um desses helicópteros. Cinco lugares para os internacionais e cinco lugares para os membros nacionais da imprensa. Se quiserem participar fiquem no fim e falem comigo, tenho os papeis relevantes e preciso de resolver quem é que vai onde. A última coisa que quero dizer antes de passar ao SRSG é que o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon está a fazer uma declaração sobre as eleições e isso estará disponível num link da UNIFEED. Todos têm o meu número, por isso contactem-me nos próximos dias e e informá-los-ei se está disponível e a logística de obter essa declaração. Passo agora para o SRSG Atul Khare que fará uma declaração seguido pelo Vice-SRSG Finn Reske-Nielsen e depois passamos para as perguntas. Mais uma vez obrigada por terem vindo.

SRSG Atul Khare: Boa tarde, boa tarde. Obrigada Allison, e obrigada vocês por terem vindo.

Esta manhã a gestão de topo da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste, UNMIT, membros da comunidade Diplomática, e os que representam os países do Grupo Central em Nova Iorque tiveram a experiência inovadora de uma vídeo teleconferência que foi organizada pela primeira vez entre a ONU e os membros residentes do Grupo Central da Comunidade Diplomática em Timor-Leste, com os embaixadores do Grupo Central em Nova Iorque e a liderança de topo da DPKO em Nova Iorque.

É claro para mim que há um forte apoio internacional da ONU e da comunidade internacional para as eleições de Segunda-feira.

Isso será claro para o povo de Timor-Leste e na verdade para o resto do mundo por intermédio de uma declaração do Conselho de Segurança e a declaração do Secretário-Geral, de que a Allison já lhes falou. A declaração do Conselho de Segurança já está disponível aqui e podem levar uma cópia. A mensagem do Secretário-Geral ao povo de Timor-Leste será disponibilizada na manhã de 8 de Abril, Domingo. Quanto aos detalhes da UNIFEED para obter a mensagem em formato de video esses estão disponíveis e podem também levar as cópias.

Claramente, as pessoas deste país têm o apoio de muitos amigos pelo mundo fora, o Secretário-Geral, o Conselho de Segurança e etc,.

A campanha para as eleições Presidenciais concluem-se oficialmente amanhã e estou bastante impressionado com o processo até agora.

Realizaram-se 128 comícios e eventos de campanha desde 23 de Março e de certo modo estou contente que apenas 15 deles – um pouco mais de 10% - foram manchados por incidentes violentos. Assim, no total, 90% dos eventos da campanha não tiveram violência. Apesar disto, os 15 incidentes de violência causaram-me preocupação, porque afectaram praticamente todas as campanhas num momento ou noutro. Felizmente nenhum dos incidentes foi extremamente sério e nenhum evitou que a campanha continuasse. Mesmo assim, condenamos fortemente o uso da violência durante a campanha eleitoral. A polícia tomos as medidas adequadas para concluir a situação e para prender os perpetradores, mas ao mesmo tempo torno a apelar a todas as partes para pedirem aos seus apoiantes para evitar tal comportamento. Tal comportamento, particularmente incidentes de violência, não têm lugar numa sociedade democrática.

Estou também inquieto por saber que ontem houve um incidente onde alguns indivíduos entraram à força no escritório da Comissão Nacional de Eleições. Como sabem o controlo do acesso a este edifício como a outros edifícios tem sido feito por um arranjo de segurança privado, que correntemente está a ser financiado sob um projecto da UNDP. Em adição há ainda oficiais da polícia da ONU nas proximidades e fiquei contente que oficiais da polícia da ONU conseguissem escoltar as quatro pessoas que entraram à força para fora do edifício. Ao mesmo tempo que condeno estes incidentes pedi também ao Comissário da Polícia para reforçar a segurança na CNE. Mas, outra vez, como disse antes, 90% da campanha correu bem e pacificamente.

Esta condução da campanha é em primeiro lugar e principalmente um tributo do povo deste país e em segundo lugar do nível de compromisso de todos os candidatos presidenciais ao Código de Conduta que todos assinaram há algumas semanas,

O órgão que conduz as eleições, o STAE, e a organização que supervisiona as eleições, a CNE, trabalharam bem até agora. E isto mostra que há uma boa capacidade neste país para organizar eleições.

Estou confiante que esta serão eleições pacíficas.

Estou confiante que serão livres, correctas e transparentes.

Estou confiante que o serviço de policiamento, tanto da UNPol como da PNTL, trabalhando numa única unidade – assistidas pela Força Internacional de Estabilização – assegurarão que o espaço para a escolha democrática pelo voto será seguro.

Estou também confiante que os muito diferentes observadores, tanto internacionais como nacionais, farão a observação independente que será necessária para assegurar que o público aceita o resultado seja ele qual for.

Antes de dar a palavra ao Vice.SRSG Finn Reske-Nielsen, deixem-me mencionar uma questão que não tem sido muito mencionada nestas últimas semanas. Como disse na minha primeira conferência de imprensa em meados de Dezembro a justiça é um pré-requisito essencial para a reconciliação. Acredito fortemente que há a necessidade para uma continuação enérgica das recomendações da Comissão Especial Independente de Inquérito aos eventos de Abril-Maio do ano passado. E em relação a isso, gostaria de repetir outra vez, que no que diz respeito ao foragido Major Reinado, ele deve ou submeter-se pacificamente à justiça ou tem de ser trazido à justiça. Justiça, responsabilização e reforço da aplicação da lei, são questões críticas para o governo deste país. Deixem-me agora passar ao Vice-SRSG Sr. Finn Reske-Nielsen.

Vice-SRSG Finn Reske Nielsen: Obrigada, boa tarde, boa tarde.

Gostava de brevemente lhes dar alguns factos e números acerca das preparações para as próximas eleições presidenciais. Deixem-me na abertura anotar, como anotei em muitas ocasiões, que as eleições da próxima semana têm sido organizadas, conduzidas e supervisionadas pelas autoridades nacionais de Timor-Leste. E isto tem sido feito num país que só tem cinco anos – jovem de cinco anos melhor dizendo – e que por isso é uma grande tarefa para as instituições eleitorais desenvolverem e até agora têm-no feito muito bem. Como sabem o governo completou o processo do recenseamento eleitoral a semana passada e resultou disso 522,933 eleitores registados: 51% deles são homens e 49% deles são mulheres. Durante os últimos meses realizaram-se campanhas extensivas de educação dos eleitores pelo país, lideradas pelo governo, mas com forte apoio técnico e logístico da ONU. Tudo isto teve o objectivo de assegurar que os eleitores saibam quando votar, como votar e o que é votar numa democracia multi partidária.

As eleições presidenciais da próxima Segunda-feira serão geridas através de mais de 500 centros de voto e em mais de 700 assembleias de voto pelo país. Esses centros serão dirigidos por mais de 3500 oficiais eleitorais que foram treinados nos procedimentos eleitorais durante a semana passada.

Como sabem os materiais de campanha sensíveis incluindo os boletins de voto foram distribuídos para as capitais de distrito ontem e estão agora a serem re-empacotados e aprontados para serem subsequentemente despachados para os centros de voto e assembleias de voto no Domingo. E tudo isto está a ser feito pelo STAE, o Secretariado responsável pelas eleições, do Ministério da Administração do Estado sob a supervisão da Comissão Nacional de Eleições e com o apoio da ONU. O apoio da ONU incluirá veículos mas no Domingo também usaremos quatro helicópteros para ajudar com a distribuição de materiais sensíveis em lugares que não têm acesso por estradas ou porque são muito remotos ou porque as estradas podem ter desaparecido por causa das últimas chuvas.

O governo usará ainda mais de 400 carregadores e cerca de 90 cavalos para distribuir de maneira económica os materiais sensíveis difíceis de colocar nos sítios.

A segurança como o SRSG mencionou antes, é uma preocupação primária. Até agora as coisas têm corrido bastante bem. Haverá um maior reforço para apertar a segurança no decurso do próprio dia das eleições e no período imediato pós-eleições. Isto é feito em esforços colaborantes entre a UNPOL e a PNTL como uma força para assegurar a toda a gente que estarão protegidas no dia das eleições. Finalmente algumas palavras sobre os observadores eleitorais, nesta altura há mais de 2000 observadores nacionais. Foram todos acreditados pelo STAE e há 232 observadores internacionais de um grande número de países e de agrupamentos regionais. Esses observadores estão a receber apoio da ONU para os ajudar na tarefa nos próximos dias e coordenar as suas actividades de modo a terem a mais alargada cobertura geográfica possível. Muito obrigada, obrigado barrack.

Pergunta: Lindsay Murdock de The Age, Posso perguntar ao Vice-SRSG Finn, se houve questões sérias levantadas pela Equipa de Certificação sobre as eleições. Quantas dessas foram respondidas e quantas é que os organizadores não responderem antes das eleições serem consideradas suficientemente correctas?

Vice-SRSG Reske-Nielsen: Na verdade a Equipa de Certificação já emitiu cinco relatórios. Acabaram de começar a 6ª visita e esperamos o 6º relatório dentro de algum tempo duas ou três semanas depois do fim da visita. E no decurso das cinco visitas até agora fizeram umas tantas observações e algumas recomendações relacionadas com estágios diferentes do processo eleitoral. Fizeram alguns comentários relacionados com [inaudivel] moldura e recomendaram nalguns casos que o Parlamento fizesse legislação suplementar e assinada pelo Presidente. Até agora uma lei suplementar já foi aprovada e assinada. E alguns regulamentos foram emitidos pelo STAE e pela CNE de modo a implementar o melhor possível as recomendações da equipa. Outras recomendações, temos esperança, serão implementadas depois da primeira volta das eleições presidenciais.

Pergunta: Anne Barker da ABC. Pode explicar o processo de determinação dos resultados na Segunda-feira, qual será e que tipo de percentual tem de ser obtido para decidir a segunda volta das eleições?

Vice-SRSG Reske-Nielsen: A votação ocorrerá entre as 7am e as 4pm de Segunda-feira. A contagem será feita [inaudivel] nos centros de voto e nas assembleias de voto. A primeira arrumação em tabelas será feita a nível de distrito imediatamente depois. As caixas de votos e os boletins de voto serão transportadas para Dili e a arrumação final em tabelas será feita pela CNE. E acredito que o plano é que o presidente da CNE anunciará o resultado oficial até ao final da próxima semana.
Em relação à segunda questão, sob a lei da eleição Presidencial haverá necessidade de uma segunda volta se nenhum candidato tiver 50% mais um do total dos votos entrados. Assim se for este o caso haverá uma segunda volta um mês depois de 9 de Abril.

SRSG Khare: Deixem-se acrescentar uma coisa. Depois da CNE anunciar o resultado das eleições, espero e confio que os candidatos aceitarão os resultados das eleições, mas se por hipótese não aceitarem têm a oportunidade de recorrer ao Tribunal de Apelos e o Tribunal de Apelos tem de dar a decisão depois. Assim este é um processo que demorará algum tempo. Confio que todos os candidatos ou aceitarão pacíficamente os resultados das eleições ou as contestarão no Tribunal.

Pergunta: O grupo que entrou à força no escritório da CNE com base em informação que temos traziam com eles pedras e outras armas. Gostaria de perguntar ao Sr. Atul, se foi devido à fraca provisão de segurança que essa gente conseguiu entrar? E se sim se há necessidade de adicional e forte segurança antes das eleições de Segunda-feira?

SRSG Khare: Obrigado. Como disse no princípio, este incidente é um dos que tem de ser fortemente condenado. Já havia segurança para o edifício. Para este edifício, a segurança tem de ser feita por agências de segurança privadas. O UNDP está a ajudar o governo, porque o governo tem de providenciar segurança, mas o UNDP sob o seu programa está a ajudar o governo pagando o custo da segurança de seis pessoas que providenciam segurança 24 horas por dia. Em adição, sendo um caso especial, oficiais da polícia da ONU têm também sido colocados lá. Foi a presença desses oficiais de polícia que asseguraram que essa gente pôde ser imediatamente retirada depois de terem forçado a entrada. Não me disseram que tivessem quaisquer armas. Disseram-me que traziam alguns paus mas obviamente com a acção rápida dos polícias não puderam causar nenhuns estragos e foram retirados do edifício. Dito isto, já pedi ao Comissário da polícia para lá pôr mais oficiais da polícia. Ao mesmo tempo devo dizer que em qualquer país do mundo a polícia só pode controlar os incidentes, como fizeram desta vez – podem conter e controlar. É impossível prevenir todos e qualquer incidente em sítio nenhum do mundo. E penso que no que respeita contenção e controlo que agiram muito bem.

Pergunta: Steven Fitzpatrick do jornal The Australian. Dado que como disse haverá alguns dias entre a votação na Segunda-feira e o anúncio formal dos resultados mais tarde na semana, tem preocupações ou informação específica que grupos ou apoiantes de candidatos possam estar a planear causar problemas ou tenham a capacidade de causar problemas, e que tipo de precauções específicas tem para lidar com isso?

SRSG Khare: A democracia é um processo que requer a interiorização de normas de não-violência e respeito mútuo. Obviamente é preocupante que haja a possibilidade, e há sempre a possibilidade de distúrbios entre agora e o dia das eleições e entre o dia das eleições e o do anúncio dos resultados e mesmo depois do anúncio dos resultados. Não entrarei em detalhes operacionais mas isto tem de ser tratado em três frentes.
A primeira e mais importante a polícia está a reunir a informação para tentar e fazer acções preemptivas e estacionar também as forças com o apoio da ISF conforme necessário para assegurar que quando ocorre um incidente pode ser controlado rapidamente. A segunda, os candidatos têm de apelar aos seus seguidores para respeitarem escrupulosamente o código de conduta, que eles próprios assinaram, e a concepção mais alargada de eleições em qualquer democracia de se restringirem da violência. Sobre isto acabei de fazer um apelo a todos vocês para todos os candidatos e partidos políticos evitarem a violência e encorajarem os seus apoiantes a fazerem o mesmo. Disseram-me ainda que os líderes da igreja e o presidente do país farão apelos similares para a manutenção da paz nos próximos três dias. E finalmente há o papel da comunidade internacional, que está a observar, muito cuidadosamente, e acredito que uma declaração acabada de emitir pelo Conselho de Segurança e a mensagem que vai aser emitida pelo Secretário-geral terá um efeito.

Pergunta: Richard Lloyd, London Times. Ao fazer os seus planos de contingência para o período eleitoral, que grupo ou elementos identificou como mais prováveis de ameaçar a segurança? E outra questão, pode falar dos incidentes de ontem e em [inaudivel] e sei que houve outros. Pode dizer-nos brevemente o que é que aconteceu, que ferimentos houve e quem esteve envolvido, etc.

SRSG Khare: Deixe-me relatar rapidamente os incidentes de ontem. Houve cinco eventos de campanha que se realizaram num dia, o que já é um desafio e tarefa muito fortes. De facto foi-me dito que em todos os eventos de campanha a segurança foi bastante razoável e durante a campanha não ocorreu nenhum incidente maior. Eventos têm ocorrido quando caravanas de apoiantes ou vão ou estão a vir de eventos de campanha. Houve detalhes onde (os da) Fretilin foram vítimas, houve gente do PD que foram vítimas e houve vítimas de apoiantes também de outro partido. Dois dos maiores incidentes são o que teve lugar à noite em Gleno em Ermera onde o curso da situação ficou controlado em pouco tempo mas sei que perto de 20 pessoas foram feridas algumas com rama ambons, dardos de ferro, dois deles, e alguns com pedras. Algumas das feridas foram menores e o número total de feridos aproximadamente vinte, alguns menores e quatro que precisaram de hospitalização. No outro lado de Dili, à noite quando apoiantes de um candidato estavam a regressar de um comício foram apedrejados perto do campo de deslocados de Metinaro e cerca de 15 ou isso foram feridos.
Não entro nos incidentes porque podemos dar-lhe a informação depois da conferência de imprensa e todos pela porta-voz mas quero focar no facto que houve cinco comícios, e apesar de tudo isto os comícios decorreram pacificamente. Quero também esclarecer que tivemos três veículos da ONU com grandes estragos quando tentávamos prevenir esses incidentes e controlar estes incidentes e de facto dois oficiais de polícia da ONU também ficaram feridos. Por sorte foram menores e os oficiais estão tão comprometidos que depois do primeiro socorro continuaram a trabalhar pouco depois.

Pergunta: E a primeira questão, quem é que identificou como potenciais criadores de problemas?

SRSG Khare: Bem, obviamente os detalhes operacionais que temos da polícia e da ISF, não quero partilhá-los num encontro público. Mas o que diria é que uma categoria que identificámos claramente como perpetradores da violência são os que não têm os interesses e o povo deste país no coração. Os que não acreditam na democracia, e os que não têm lugar numa sociedade democrática. Isso claramente significa todos os perpetradores da violência. Obviamente que temos informação específica continuamos a recolher informação específica e controlamos a situação.

Pergunta: Sou Karen, da AAP, não queria falar de todos os incidentes mas perguntava-me se pode confirmar um: na conferência de imprensa da CNE há uma hora disseram que a campanha de Lasama se tinha queixado a eles que alguns dos seus apoiantes foram baleados com armas ontem, pergunto se pode confirmar isso, e dado que a CNE na conferência de imprensa disse que se sentia ameaçada quando pessoas invadiram ontem o seu complexo, porque é que está confiante que as eleições serão livres e correctas?

SRSG Khare: Obviamente não posso confirmar o que Lasama disse ou deixou de dizer à CNE, mas o que posso confirmar é que não houve tiros ontem excepto os feitos pela polícia para acalmar a situação. Como triste, estou bastante triste que apoiantes de todos os partidos políticos pareçam ter-se engajado nalguma violência outros partidos políticos. Em relação à CNE como disse no início não só condeno este incidente e não só pedi mais segurança mas tenho que lembrar que as quatro pessoas não causaram nenhum estrago e a situação foi contida e controlada e foral escoltados para fora do edifício e espero que com o aumento do número de pessoal de segurança no CNE a percepção psicológica de alguns membros da CNE de medo desaparecerá e serão encorajados a fazer o seu trabalho como os outros estão a fazer.

Pergunta: Brian Thomson, SBS. Pode dar-nos uma ideia do número de forças de segurança que tem no terreno aqui. ISF, números de polícia etc…

SRSG Khare: Há 1655 polícias internacionais. Em adição há cerca de 2800 oficiais da polícia nacional a trabalhar em Dili e nos distritos e são apoiados a pedido por perto de 1000 elementos da força internacional de estabilização liderada pelos Australianos.

Porta-voz Cooper: Há alguma pergunta de algum jornalista Timorense?

Pergunta: Sebastião do Daily Telegraph. Apreciaria uma resposta factual e directa. São os apoiantes da Fretilin responsáveis por mais violência do que os apoiantes de qualquer outro partido?

SRSG Khare: Não acredito que algum líder partidário apoie a violência e o que temos visto foi que os apoiantes de todos os partidos foram quem mais sofreu de algum grau de violência neste estágio da campanha, e com base na investigação da política não estou preparada para fazer um julgamento sobre quem foram os perpetradores da violência. O que sabemos é quem foram as vítimas. Lamento não tenho uma resposta de uma palavra.

Pergunta: Pode dizer-nos se houve prisões ontem?

SRSG Khare: Conforme vejo aqui houve perto de 15 pessoas presas ontem em Dili. A maioria delas foi presa por atirarem pedras porque foi este o mecanismo principal pelo qual atacavam os apoiantes de outros partidos. Alguns foram presos também por posse de munições ilegais, balas e outros por comportamento belicoso e finalmente, ao mesmo tempo que a polícia se concentra e focalisa nas eleições, a polícia continua a fazer o seu trabalho normal por isso uma pessoa foi presa por roubo e uma outra no seguimento de uma ordem de prisão emitida pelo Procurador-Geral – um caso de alegada pedofilia. Temos aqui os nomes, mas obviamente trabalhamos na base que estão inocentes a não ser que condenados pelo tribunal não darei os nomes e dado que esta é a última pergunta antes de concluir a conferência de imprensa em nome da UNMIT desejo a todos uma Páscoa muito feliz e eleições pacíficas.

Porta-voz Cooper: Voltamos a ver-nos aqui às 4 horas de 9 de Abril.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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