The Australian
Stephen Fitzpatrick in Dili
April 07, 2007
JOSE Ramos Horta has made a final and powerful bid for the East Timorese presidency, appearing alongside current leader Xanana Gusmao and Bishop of Dili Ricardo da Silva in a Good Friday appeal for votes.
More than 500,000 registered East Timorese voters will elect their new head of state in the country's first independently run polls on Monday. A second runoff election is due next month if, as expected, none of the candidates attracts a majority.
Legislative elections, which could see the dominant Fretilin party ousted from government and Mr Gusmao replacing Mr Ramos Horta as prime minister, will follow mid-year.
Mr Ramos Horta's move yesterday to enlist two of the nation's most important symbols -- its heads of state and church -- could prove decisive.
Hero resistance leader Mr Gusmao spent 20 years in the jungle leading the armed resistance against Indonesian occupation, before being captured and serving jail time in Jakarta; and Bishop Ricardo represents the majority of this former Portuguese colony's dirt-poor Catholic population.
Mr Ramos Horta has in recent days been playing up a perceived antagonism between the church, an institution that still governs the rhythms of daily life for most East Timorese, and the Marxist-based Fretilin party, which was a key political element -- though not the only one -- in the 24-year anti-Indonesian resistance.
"This Sunday is resurrection Sunday, and on Monday we will see the resurrection of democracy for East Timor," Mr Ramos Horta said, after statements by Mr Gusmao and Bishop Ricardo urging a peaceful election.
There have been scattered violent incidents in recent days between groups of various candidates' supporters.
The bloody public unrest last year, in which dozens were killed and seriously injured and which resulted in Fretilin prime minister Mari Alkatiri being replaced as the head of government by Mr Ramos Horta, is lately being characterised by all sides as the fault of their various opponents.
There was no single cause but most observers agree that a confluence of political ambition from a range of players lay at its heart. Many of those players remain intimately connected to the presidential struggle, although the position itself is largely ceremonial.
Monday's poll is the first to be run entirely under East Timorese control; the UN will provide material and logistical assistance.
Of the eight candidates, only three are thought to have a chance: Mr Ramos Horta; Fretilin party head and parliamentary president Francisco "Lu Olo" Guterres; and a distant outsider, Democratic Party chairman Fernando "Lasama" de Araujo.
Policy has played a secondary role to personal point-scoring in much of the campaign, and the strategic support of Bishop Ricardo and Mr Gusmao for the latter's long-time ally, Mr Ramos Horta, attracted scathing criticism from the Fretilin camp yesterday.
"It's easy to understand the symbolism of having them together -- it gives out the message that this is the favourite," the Fretilin candidate, Mr Guterres, said at his home in the leafy harbourside Dili suburb of Farol.
"But for me as a Catholic, this is holy week, a time to reflect seriously on religious life, not to manipulate religion in support of politics," Mr Guterres said.
Mr Guterres also criticised Mr Ramos Horta's use in campaign materials of a photograph depicting the Nobel Peace Prize laureate meeting Pope Benedict XVI last year.
"Do people know whether they are voting for the Pope or for Ramos Horta?" he asked.
Fretilin has been criticised from both within and without for the authoritarian style of its leadership, which includes Mr Guterres and Dr Alkatiri.
East Timor's political landscape is littered with minor opposition parties, including several formed as breakaway movements from Fretilin in the seven years since independence.
Should Mr Guterres succeed in his bid to become president, a reinvigorated Fretilin is likely to then propel Dr Alkatiri back into the prime minister's office after the mid-year legislative elections.
But some believe that failure for Fretilin at the presidential polls could lead to crumbling support for the country's most powerful political organisation, paving the way for Mr Gusmao's ascent to the prime ministership.
In what had the appearance of an early concession of defeat, dark horse Mr de Araujo and fellow candidates Lucia Lobato, Joao Corrascalao and Manuel Xavier do Amaral complained bitterly yesterday of electoral commission irregularities.
They alleged scrutineer identity cards produced by the commission were incomplete and had been issued too late, leaving the powerful Fretilin machine, with its massive grassroots backing across the country, in a stronger polling-day position.
sábado, abril 07, 2007
Ramos Horta calls on powerful friends
Por Malai Azul 2 à(s) 11:53
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
Ramos Horta apela aos amigos poderosos
The Australian
Stephen Fitzpatrick em Dili
Abril 07, 2007
JOSÉ Ramos Horta fez uma tentativa final e forte para a presidência Timorense, aparecendo ao lado do líder corrente Xanana Gusmão e do bispo de Dili Ricardo da Silva num apelo de Sexta-feira Santa para as eleições.
Mais de 500,000 eleitores recenseados Timorenses elegerão o seu novo chefe de Estado nas primeiras eleições do país conduzidas independentemente na Segunda-feira. Está prevista no próximo mês uma segunda volta se, conforme esperado, nenhum dos candidatos tiver uma maioria.
As eleições legislativas, que podem ver o partido dominante, a Fretilin ser expulsa do governo e o Sr Gusmão a substituir o Sr Ramos Horta como primeiro-ministro, seguir-se-ão em meados do ano.
O gesto de ontem do Sr Ramos Horta de alistar os dois mais importantes símbolos da nação – o seu chefe de Estado e a igreja – pode ser decisivo.
O líder herói da resistência Sr Gusmão passou 20 anos no mato liderando as forças armadas da resistência contra a ocupação Indonésia, antes de ser capturado e de cumprir uma pena de prisão em Jacarta; e o bispo Ricardo representam a maioria da população católica desta pobríssima antiga colónia Portuguesa.
O Sr Ramos Horta tem estado a jogar nos últimos no antagonismo percebido entre a igreja, uma instituição que ainda governa o ritmo do dia-a-dia da vida da maioria dos Timorenses, e a Fretilin, o partido com base marxista, que foi um elemento político chave – apesar de não o único – nos 24 anos de resistência anti-Indonésia.
"Este Domingo é Domingo de Ressurreição, e na Segunda-feira veremos a ressurreição da democracia para Timor-Leste," disse o Sr Ramos Horta, depois de declarações pelo Sr Gusmão e pelo bispo Ricardo apelando a eleições pacíficas.
Têm havido incidentes espalhados de violência nos recentes dias entre grupos de apoiantes de vários candidatos.
O sangrento desassossego público do ano passado, no qual dúzias foram mortos e feridos com gravidades e de que resultou a substituição do primeiro-ministro Mari Alkatiri da Fretilin pelo Sr Ramos Horta à frente do governo, ultimamente tem sido caracterizado por todos os lados como causado pelos vários opositores.
Não houve uma única causa mas a maioria dos observadores concorda que uma confluência de ambição política de um conjunto de jogadores está no seu centro. Muitos destes jogadores mantém-se intimamente conectados com a batalha presidencial, apesar de o cargo em si mesmo ser largamente cerimonial.
A eleição de Segunda-feira é a primeira a ser inteiramente conduzida sob controlo Timorense; A ONU prestará assistência logística e material.
Dos oito candidatos, só três são vistos terem uma possibilidade: o Sr Ramos Horta; o presidente da Fretilin e do parlamento Francisco "Lu Olo" Guterres; e um opositor distante, o Presidente do Partido Democrático Fernando "Lasama" de Araujo.
A política tem tido um papel secundário na campanha na maioria de ganhar pontos pessoais e o apoio estratégico do bispo Ricardo e do Sr Gusmão para o há muito tempo aliado do último Sr Ramos Horta, atraiu críticas do campo da Fretilin, ontem.
"É fácil entender o simbolismo deles se juntarem – é para passar a mensagem que este é o favorito," disse o candidato da Fretilin candidate, Sr Guterres, na sua casa coberta de folhas perto do porto no subúrdio de Díli, o Farol.
"Mas para mim, como católico, esta é a semana santa, um tempo para reflectir seriamente sobre a vida religiosa, não para manipular a religião para apoiar políticos," disse o Sr Guterres.
O Sr Guterres também criticou o uso pelo Sr Ramos no material da sua campanha de uma fotografia do encontro do laureado da paz com o para Bento XVI no ano passado.
"Sabem as pessoas se estão a votar para o papa ou para Ramos Horta?" perguntou.
A Fretilin tem sido criticada tanto por dentro como por fora pelo estilo autoritário da liderança, que inclue o Sr Guterres e o Dr Alkatiri.
A paisagem política de Timor-Leste está cheia de partidos da oposição menores, incluindo vários formados por movimentos dissidentes da Fretilin nos sete anos desde a independência.
Caso o Sr Guterres tenha sucesso na sua tentativa de se tornar presidente, é provável que uma Fretilin revigorada projecte então o Dr Alkatiri de volta ao seu gabinete de primeiro-ministro depois das eleições legislativas em meados do ano.
Mas alguns acreditam que o falhanço da Fretilin nas eleições presidenciais possa levar ao desmoronar do apoio à mais poderosa organização política do país, abrindo o caminho para a ascensão do Sr Gusmão ao cargo de primeiro-ministro.
No que teve a aparência de uma aceitação de derrota antecipada, os corredores atrasados, Sr de Araujo e os colegas candidatos Lúcia Lobato, João Corrascalão e Manuel Xavier do Amaral queixaram-se amargamente ontem de irregularidades pela comissão eleitoral.
Alegaram que os cartões de identificação de escrutinadores produzidos pela comissão estavam incompletos e tinham sido emitidos demasiadamente tarde, deixando à poderosa estrutura da Fretilin, com as suas bases massivas em todo o país, numa posição mais forte no dia das eleições.
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