FRETILIN - Comunicado de Imprensa - 7 de Abril de 2007
A FRETILIN, o partido maioritário de Timor-Leste, acusou hoje o Primeiro-Ministro José Ramos-Horta e o Presidente Xanana Gusmão de manipularem a televisão estatal para promover a campanha presidencial de Ramos-Horta.
Francisco Guterres "Lu-Olo", candidato presidencial da FRETILIN, disse que Xanana Gusmão, Ramos-Horta, e o Bispo de Dili, Dom Alberto Ricardo da Silva, apareceram juntos na televisão nacional para transmitirem uma mensagem de Páscoa.
"Como candidato presidencial, Ramos-Horta não deveria transmitir mensagens públicas anunciadas com "Mensagens do Primeiro-Ministro, três dias antes das eleições de 9 de Abril" disse Lu-Olo, que é também Presidente do Parlamento Nacional.
Nas declarações, feitas esta manhã, Lu Olo disse que a utilização de recursos do governo é um abuso de poder por parte de Ramos-Horta, e acrescentou que esta foi a última de várias acções de Xanana Gusmão que visam facilitar a troca de empregos entre Xanana e Ramos-Horta.
"Primeiro, Xanana Gusmão anunciou que irá liderar um novo partido que tem, deliberadamente, o nome de CNRT, de maneira a enganar o eleitorado. Ele está a tentar capitalizar, de forma imoral, as realizações do Conselho Nacional da Resistência Timorense, também conhecido pela sigla CNRT.
"Segundo, Xanana tem feito declarações aos órgãos de comunicação social promovendo o seu partido, e a si próprio para a posição de Primeiro-Ministro, quando continua ainda a exercer as funções de Presidente da República."
"Terceiro, no dia 4 de Abril, Xanana Gusmão participou na campanha de Ramos-Horta, realizada em Dili, e declarou abertamente o seu apoio a candidatura de Ramos-Horta a Presidente da República. Isto é uma tentativa descarada, por parte de Xanana Gusmão, para escolher a dedo o seu sucessor."
"Se a intenção era de transmitir uma Mensagem de Páscoa de paz e conciliação da liderança da Nação, então eu deveria ter sido convidado a juntar-me a eles, como Presidente do Parlamento Nacional, para a transmissão da mensagem à Nação," disse Lu Olo.
Ontem a noite, Lu Olo pediu a TVTL para que pudesse transmitir uma mensagem como Presidente do Parlamento Nacional, e o pedido foi aceite. A transmissão televisiva deverá ter lugar esta noite. Na mensagem pré-gravada, Lu-Olo alertou sobre os políticos "que abusando da sua função de liderança do estado, usam e abusam dos órgãos de comunicação social do estado para, simulando estarem a fazer apelo a calma e tranquilidade durante as eleições, o façam de forma inconstitucional projectando a imagem do seu candidato."
"Lamento este incidente num estado de direito democrático e apelo aos jornalistas nacionais e internacionais para que não se deixem influenciar por estas manobras que têm estado a manchar as nossas eleições. Queremos um jornalismo isento e transparente à causa da nação timorense."
"Aos observadores nacionais e internacionais, apelo que façam a observação com rigor e sentido de responsabilidade."
Lu-Olo apelou ao povo para que não use a violência, e "todo o tipo de provocação e violência deverão ser denunciados à policia."
"Vamos mostrar aos nossos filhos e ao mundo em geral que somos um povo que almejamos a paz e a prosperidade."
Para mais informações, contacte:
José Manuel Fernandes (Representante Oficial do Presidente Lu-Olo para a CNE): +670 - 734 2174 (Dili)
Harold Moucho (Assessor político do Presidente Lu-Olo): +670 - 7230048 (Dili)
Filomeno Aleixo: +670 - 724 3460 (Dili)
Arsénio Bano: +670 - 733 9416 (Dili)
Paulo Araújo: +61 - 424 413 525 (Darwin, Austrália)
sábado, abril 07, 2007
Gusmão e Ramos-Horta abusam da televisão estatal para promover a campanha eleitoral de Ramos-Horta
Por Malai Azul 2 à(s) 20:44
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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