The Courier-Mail (Australia) - Saturday, April 7, 2007
John Martinkus
Two very different men are vying to lead East Timor.
John Martinkus reports from Dili
'The Nobel Peace prize was . . . for us' -- Lu Olo
There was a moment this week in Dili when it looked as though the increasingly bitter race for the presidency would spill over into violence.
On Thursday afternoon, as supporters of Prime Minister Jose Ramos Horta gathered to attend a rally, a convoy of rival Fretilin supporters drove past.
Portuguese riot police frantically waved both convoys away from each other as a few stones began to fly between the two groups. Panicked bystanders began to flee expecting a fight.
But the convoy drove on and the tension subsided.
Inside the Dili football stadium, Mr Ramos Horta addressed the crowd.
He spoke about the dangers of supporting the Fretilin candidate Francisco Guterres, who is known universally as ''Lu Olo'', as President and former resistance leader Xanana Gusmao, watched approvingly from the crowd.
Monday's vote to decide the president is a power struggle with Fretilin, the majority party in East Timor's parliament, on one side.
The other camp is led by Mr Gusmao and Mr Ramos Horta.
The problem for these two high-profile politicians is that they are relying almost entirely on their own personal popularity to win the contest.
Neither has a political party or organisation behind them.
Fretilin, on the other hand, has a political organisation that has survived the Indonesian occupation and formed the Government since Fretilin won the first elections in East Timor in 2001.
''In 2001, we had 270,000 militants and that got us 45 seats in parliament,'' he told The Courier-Mail.
''In the last five years, many of the youth who are sons and daughters of our members can now vote so the figure will be higher.''
Monday's election requires a candidate to obtain 50 per cent of the total vote to be elected president. If no candidate reaches this figure then a run-off election will be held between the two highest polling contenders. The contrast between the two main candidates could not be greater.
Mr Ramos Horta is well know internationally for his role in lobbying successfully around the world for East Timor's independence through the 24 years of Indonesian rule.
Lu Olo spent that period as a resistance fighter in the mountains of East Timor rising to the rank of Chief of Staff of the Falintil resistance army where he oversaw operations against the Indonesian military.
A lifelong Fretilin supporter he was elected as chairman of the Parliament and oversaw the writing of the East Timor constitution. He speaks little English and has been mainly ignored by the foreign press.
Mr Ramos Horta by contrast is fluent in English and openly courts the foreign press. On the last day of the campaign he invited the foreign media to his home to discuss his program. ''Lu Olo is not his own man,'' he told the gathering.
''He is a puppet,'' he said referring to Lu Olo's relationship with ousted prime minister Mari Alkatiri who remains as the Fretilin party's president.
Lu Olo is direct about Mr Ramos Horta.
He praises the man's diplomatic skills that brought a Nobel Peace prize and international profile.
But he adds: ''Ramos Horta became recognised because it was our people fighting in the mountains. The Nobel Peace prize was not for him but for us.''
More than any other issue it is responsibility for last year's violence that remains the central issue for this election. Lu Olo is scathing about President Gusmao's role in the crisis that led to the resignation of Mr Alkatiri.
He says Mr Gusmao's reputation has been burnt by his involvement.
''There were demonstrations here to call for the resignation of Mari Alkatiri,'' he told The Courier-Mail.
''Xanana Gusmao and the first lady participated. He told the demonstrators 'you have to shake the Government'.''
Mr Ramos Horta is perceived in East Timor as the candidate favoured by the international and business community. He promises to kickstart the economy by distributing part of the money accumulating in the Timor petroleum fund and to relax restrictions on foreign investment and tax.
Lu Olo believes these decisions should remain with Parliament and Mr Ramos Horta would be acting outside of his constitutional powers.
sábado, abril 07, 2007
Nobel winner vs former rebel
Por Malai Azul 2 à(s) 20:53
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
Vencedor do Nobel vs antigo rebelde
The Courier-Mail (Australia) – Sábado, Abril 7, 2007
John Martinkus
Dois homens muito diferentes competem para liderar Timor-Leste.
John Martinkus relata de Dili
'O prémio Nobel da Paz era . . . para nós' -- Lu Olo
Houve um momento esta semana em Dili quando parecia que a crescentemente amarga corrida para a presidência transbordaria em violência.
Na Quinta-feira à tarde, quando apoiantes do Primeiro-Ministro José Ramos Horta se juntaram para participar num comício, uma caravana de apoiantes da rival Fretilin passou por eles.
A polícia anti-motins Portuguesa freneticamente acenava a ambas as caravanas para se afastarem uma da outra quando algumas pedras começavam a voar entre os dois grupos. Espectadores em pânico começaram a fugir na expectativa de uma luta.
Mas a caravana passou e a tensão baixou.
No interior do estádio de football de Dili, o Sr Ramos Horta discursava à multidão.
Falou acerca dos perigos de apoiar o candidato da Fretilin Francisco Guterres, que é conhecido universalmente como ''Lu Olo'', enquanto o Presidente e antigo líder da resistência Xanana Gusmão, observava de modo aprovador da multidão.
As eleições de Segunda-feira para decidir o presidente são uma luta pelo poder com a Fretilin, o partido maioritário no parlamento de Timor-Leste num lado.
O outro campo é liderado pelo Sr Gusmão e Sr Ramos Horta.
O problema para estes dois políticos de alto estatuto é que estão a contar quase inteiramente na sua própria popularidade pessoal para ganhar a contenda.
Nenhum deles tem um partido ou organização política por detrás deles.
A Fretilin, no outro lado, tem uma organização política que sobreviveu à ocupação Indonésia e formou o Governo desde que a Fretilin venceu as primeiras eleições em Timor-Leste em 2001.
'Em 2001, tínhamos 270,000 militantes e isso fez-nos obter 45 lugares no parlamento,'' disse ao The Courier-Mail.
''Nos últimos cinco anos, muitos dos jovens que são filhos e filhas dos nossos membros podem agora votar por isso o número será mais alto.''
As eleições de Segunda-feira requerem que um candidato obtenha 50 por cento do total dos votos para ser eleito presidente. Se nenhum candidato alcançar esse número então realiza-se uma segunda volta entre os dois concorrentes mais votados. O contraste entre os dois candidatos principais não podia ser maior.
O Sr Ramos Horta é bem conhecido internacionalmente pelo seu papel de fazer lobby com sucesso à volta do mundo pela independência de Timor-Leste através dos 24 anos de governação Indonésia.
Lu Olo passou esse período como combatente da resistência nas montanhas de Timor-Leste subindo ao posto de Chefe de Estado Maior das Falintil, as forças armadas da resistência onde inspeccionava as operações contra as forças militares Indonésias.
Um apoiante toda a vida da Fretilin foi eleito Presidente do Parlamento e administrou a escrita da Constituição de Timor-Leste. Fala pouco Inglês e tem sido principalmente ignorado pela imprensa estrangeira.
Em contraste, o Sr Ramos Horta é fluente em Inglês e corteja abertamente a imprensa estrangeira. No último dia da campanha convidou os media estrangeiros para sua casa para discutirem o seu programa. ''Lu Olo não é dono de si próprio,'' disse na reunião.
''É uma marioneta,'' disse referindo-se à relação de Lu Olo com o removido primeiro-ministro Mari Alkatirique se mantém como o presidente da Fretilin.
Lu Olo é directo acerca do Sr Ramos Horta.
Louva as habilitações diplomáticas do homem que lhe trouxe um prémio Nobel da Paz e estatuto internacional.
Mas acrescenta: ''Ramos Horta tornou-se conhecido porque o nosso povo estava a lutar nas montanhas. O prémio Nobel da Paz não foi para ele mas para nós.''
Mais do que qualquer outra questão o que se mantém como questão central nestas eleições é a responsabilidade pela violência do ano passado. Lu Olo é crítico sobre o papel do Presidente Gusmão na crise que levou à resignação do Sr Alkatiri.
Diz que a reputação do Sr Gusmao ficou queimada pelo seu envolvimento.
''Houve manifestações aqui a pedir a resignação de Mari Alkatiri,'' disse ao The Courier-Mail.
''Xanana Gusmão e a primeira dama participaram. Disse aos manifestantes 'têm de abanar o Governo'.''
O Sr Ramos Horta é percebido em Timor-Leste como o candidato favorecido pela comunidade internacional e dos negócios. Promete relançar a economia com a distribuição de parte do dinheiro que se acumula no fundo do petróleo do Timor e relaxar restrições ao investimento estrangeiro e impostos.
Lu Olo acredita que essas decisões devem manter-se no Parlamento e que o Sr Ramos Horta não devia actuar fora dos seus poderes constitucionais.
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