Lisboa, 05 Abr (Lusa) - Os partidos políticos portugueses esperam que as eleições presidenciais de segunda-feira em Timor-Leste possam trazer paz e reconciliação ao país, sublinhando que Portugal deve continuar a apoiar a jovem democracia timorense.
Em declarações à Agência Lusa, José Lello (PS), Albano Nunes (PCP), João Semedo (BE) e José Ribeiro e Castro (CDS/PP) manifestaram, por outro lado, a convicção de que Timor-Leste vai sobreviver aos problemas internos que afectaram o país nos últimos tempos.
O secretário para as Relações Internacionais dos socialistas, José Lello, sublinhou, por um lado, o "empenhamento" de Portugal na cooperação para o desenvolvimento e, por outro, no "contributo" para a estabilização do país.
"O que esperamos é que esta crise de juventude da democracia timorense seja ultrapassada com a maturidade de uma estabilização política e que seja confirmada através de eleições regulares e participadas", sublinhou Lello, que salientou o facto de existirem oito candidatos, "sinal de participação cívica e democrática da população timorense".
Para Lello, porém, o amadurecimento da democracia não se esgota em si mesmo, uma vez que não se pode deixar de ter em conta "as preocupações naturais provocadas pela desregulação da ordem interna que se tem assistido".
Por seu lado, Albano Nunes, da Comissão Política do PCP, disse que Timor-Leste "é e continuará a ser uma questão internacional importante", dado que conquistou a independência "após grandes sacrifícios e é um país geograficamente estratégico e apetecível no plano internacional".
"Por isso mesmo, o povo timorense deve poder votar sem qualquer tipo de ingerência externa, que, desde sempre, tem sido preocupante", sublinhou, acrescentando que gostava de ver o candidato da Fretilin, Francisco Guterres "Lu-Olo" vencer as presidenciais.
"Essa ingerência tem duas vertentes: por um lado, temos o imperialismo, nomeadamente a Austrália, que tem ligações aos interesses dos Estados Unidos e do Japão, com os quais assinou vários acordos, sobretudo petrolíferos. Por outro, a Austrália, com uma ingerência que já vem abertamente do passado, juntamente com a da Indonésia, também por causa do petróleo, tudo tem feito para alargar a presença militar em Timor-Leste, através sobretudo de operações de desestabilização", defendeu.
Albano Nunes foi mais longe e criticou a Austrália por, devido ao seu envolvimento, "querer evitar eleições livres e justas", defendendo que o quadro "já está estabelecido, "pois há forças internas que querem afastar a Fretilin do poder.
João Semedo, ex-deputado independente do Bloco de Esquerda (BE) - inscreveu-se quarta-feira no partido -, adiantou à Lusa que as eleições timorenses representam uma "modificação muito significativa na relação entre os principais protagonistas da independência".
"Há uma mudança muito grande no posicionamento e nas lideranças naturais de Timor-Leste. O que era uma relação de entendimento, passou a ser uma relação de divergências, de caminhos diferentes", sublinhou, defendendo, porém, que oito candidatos é sinónimo de um "amadurecimento" da democracia.
"As eleições resultam de se ter quebrado o entendimento comum entre as diferentes personalidades políticas do país. Quebrou-se base política de convivência dos órgãos de soberania e das diferentes personalidades políticas", sustentou.
João Semedo, que gostava de ver "Lu-Olo" também na presidência timorense, referiu que o BE deseja que as eleições decorram "em absoluta tranquilidade e respeito democrático", advertindo que o pior que poderia acontecer era que "os resultados eleitorais ficassem comprometidos por qualquer tipo de incidente que se possa verificar".
"Seria bom que as principais potências da região, a Indonésia e a Austrália, não interferissem directa ou indirectamente no processo eleitoral. Ao longo destes últimos anos, tem havido muitas interferências e, num momento destes, seria bom que não houvesse interferências", acrescentou o deputado "bloquista".
Por seu turno, o líder do CDS/PP, José Ribeiro e Castro, afirmou ter "esperança" de que a votação permita "estabilizar as instituições" timorenses e apelou aos oito candidatos para uma "intervenção positiva".
A par da "esperança", o líder do CDS-PP reconheceu que também segue o processo "com muita atenção e preocupação", face aos "incidentes que têm pontuado a campanha nos últimos dias".
O líder democrata-cristão manifestou ainda o desejo de que o acompanhamento das Nações Unidas ao território se mantenha, argumentando que "as instituições democráticas precisam desse respaldo".
A Lusa tentou ouvir o responsável pela Comissão dos Negócios Estrangeiros do PSD, José Luís Arnaut, o que se revelou impossível em tempo útil.
JSD/VAM-Lusa/Fim
sexta-feira, abril 06, 2007
Partidos portugueses esperançados na estabilidade
Por Malai Azul 2 à(s) 07:02
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
6 comentários:
O teledebate cordial com refugiados em fundo
Público, 06.04.2007,
Por: Paulo Moura, em Díli
Foi o primeiro e único debate televisivo entre os candidatos à presidência. Não todos porque faltou o principal, Lu Olo
Oito púlpitos alinhados em frente a uma audiência, no salão da RTTL (Rádio e Televisão de Timor Leste). Na parede, como fundo, um quadro representando uma cadeira vazia no meio de uma sala e um enorme ponto de interrogação. Quem se sentará naquela cadeira? É a pergunta lançada aos telespectadores. Para já, os candidatos estão em pé. Não os oito: faltaram o veterano Francisco Xavier do Amaral e Francisco Guterres Lu Olo, o favorito, a julgar pela capacidade de mobilização para os comícios. "O programa do candidato não lhe permite estar presente", explicou ao PÚBLICO a sua representante. Lu Olo considerou mais importante um pequeno comício em Ataúro, a terra da mulher.
José Ramos Horta, o outro favorito, ficou sozinho com os cinco candidatos com menos hipóteses. Para os eleitores de Díli, única zona onde chega a televisão, e de todo o país, coberto pela rádio, foi a única oportunidade de ouvir os candidatos confrontar ideias. Ou pelo menos expô-las, uma vez que o rígido formato imposto pelos moderadores convidados dificilmente permitia o debate. Optou-se pelo modelo americano, em que cada candidato tem um tempo limitado, controlado por um cronómetro, para se pronunciar sobre cada um dos temas previamente definidos - Forças Armadas, política externa, questões sociais, etc. Sobre cada um desses temas há um direito de resposta, de dois minutos para cada um, e, a concluir, há as alegações finais.
"A guerrilha tinha uma regra: não haver regras", diz o candidato João Carrascalão. "Não se pode transformar um exército de guerrilha num exército regular. A guerrilha é sempre culpada de crimes", acrescenta. E dá os exemplos de Angola, Guiné e Moçambique, como exemplos a não seguir. Carrascalão refere-se à necessidade de uma reforma das Forças Armadas que não inclua os guerrilheiros da Fretilin.
Ramos Horta declara que é necessário compreender e resolver as causas que deram origem à crise que começou em Abril de 2006. Quando os chamados "peticionários" iniciaram o processo de queixas que levaria à sua demissão e culminaria com a fuga do Major Alfredo Reinado, o então primeiro-ministro, Mari Alkatiri, "não deu a devida importância à crise". O candidato Manuel Tilman concorda que é necessário reformar as Forças Armadas, o que "constitui um problema estrutural do país. A crise dos peticionários é um problema conjuntural, que deve ser resolvido nos tribunais".
Fernando La Sama de Araújo acrescentou algumas sujestões para resolver o problema dos descontentes das Forças Armadas. "É preciso haver respeito pelos veteranos, um aumento dos salários dos elementos das F-FDTL, o direito a casa. A política de divisão é que criou a crise".
Avelino Coelho concordou, explicando a crise com injustiças sociais: "Houve discriminação, e a discriminação levou à divisão."
Ainda a propósito da crise do ano passado, alguns candidados aproveitaram para definir o que entendem ser os poderes do Presidente da República. Lúcia Lobato disse que, se fosse Presidente, na altura, teria demitido o primeiro-ministro.
Em contraste com o clima de confrontação dominante nas campanhas pelas ruas, os candidatos falam entre si com grande cordialidade. Respeitam-se, brincam, trocam elogios e piadas. Ramos Horta chama avô a Carrascalão e este puxa-lhe uma orelha. Lucia Lobato abraça Fernando La Sama. Manuel Tilman dança para Avelino Coelho.
O debate, moderado pelo reitor do Instituto Técnico deDili, foi transmitido em directo pela manhã e em diferido às 21h. A essa hora, no campo de refugiados montado ao lado do Hotel Timor, um dos mais pobres e problemáticos da cidade, e de onde têm partido algumas das acções violentas durante a campanha, não se ouve nada excepto uma televisão no máximo volume.
http://jornal.publico.clix.pt/UL/
Pedras contra quem anda na estrada
Público, 06.04.2007
Meia centena de apoiantes de Ramos Horta foram atacados na estrada. 26 ficaram feridos e precisaram de escolta
Estáquio Amaral, professor, 30 anos, estava ontem a ser suturado na cabeça, no hospital de Manatuto. Cinco pontos, explicou enfermeira de serviço. O professor vinha, de moto, com um colega, de Los Palos para Díli, onde dá aulas, no Colégio de São José. À entrada de Manatuto, a uns 60 quilómetros de Díli, a estrada estava cortada. Um grupo de jovens obrigou-o a parar. "Quem és tu?", perguntaram. "Sou professor. Não tenho nada a ver com política. Dentro da minha sala de aula, todos os alunos são meus filhos." Um dos jovens gritou: "Atira-lhe uma pedra!"
Estáquio lembra-se apenas de ter sentido uma dor intensa na cabeça e de ter acordado no hospital. Um polícia de Manatuto trouxe-o até aqui. Do seu colega e da moto, não sabe nada.
O incidente ocorreu cerca das quatro horas da tarde, sensivelmente a mesma hora a que chegavam a Manatuto 60 soldados australianos e neozelandeses das ISF (Forças Internacionais de Estabilização), dois helicópteros Blackhawk e mais 20 elementos da Guarda Nacional Republicana. A UNPOL local soube ao princípio da tarde que havia incidentes na estrada, e chamou os reforços.
Tudo começou na noite anterior, de quarta-feira, quando uma caravana de apoiantes da candidatura de José Ramos Horta foi atacada na estrada no campo de deslocados de Metinaro, entre Manatuto e a capital.
Meia centena de pessoas, simpatizantes do Partido Milénio Democrático e Undertim, que apoiam Ramos Horta, foram agredidas e ficaram retidas no local, depois de os autocarros (mikroletes) onde seguiam terem sido completamente destruídos.
As forças da UNPOL foram chamadas e escoltaram as vítimas até Manatuto, onde habitam. Vinte e seis pessoas ficaram feridas, cinco das quais com alguma gravidade, e receberam tratamento no hospital da localidade. No dia seguinte, um grupo de jovens de Manatuto decidiu vingar-se. Barricaram a estrada e apedrejaram quem passava.
http://jornal.publico.clix.pt/UL/
Um ferido após corte de estrada em Manatuto
Jornal de Notícias, 06/04/07
Um grupo de habitantes de Manatuto, Timor-Leste, que ontem cortou o acesso à vila, apedrejou uma pessoa que ficou ferida na cabeça e obrigou à intervenção dos soldados das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) e da GNR.
O corte da estrada, que se registou-se às 10 horas (2 horas em Portugal Continental), foi um acto de retaliação pelo facto de apoiantes do candidato José Ramos-Horta, originários de Manatuto, terem sido atacados, anteontem à noite, em Metinaro, a cerca de 30 quilómetros de Díli, na altura em que viajavam em direcção à capital timorense.
Na quarta-feira, as agressões em Metinaro contra o grupo de Manatuto causaram 26 feridos, cinco em estado grave, e sete mini- autocarros foram queimados, disse à agência Lusa um elemento da Polícia Nacional de Timor-Leste.
Ontem, cerca das 10 horas locais, um grupo de habitantes de Manatuto cortaram a estrada de acesso à vila e impediram a circulação na única via que liga Díli a Baucau. Os indivíduos que cortaram a estrada fizeram, pelo menos, um ferido. Trata-se de um professor do Colégio de S. José, em Díli, que seguia numa motorizada em direcção à capital de Timor-Leste e que foi apedrejado na cabeça. A vítima disse, no Hospital de Manatuto, onde ainda se encontra, que tentou explicar que, como professor, não tem ligações políticas mas, mesmo assim, foi atingido com uma pedra na cabeça. A vítima disse que viajava na companhia de um outro professor, jesuíta, "que desapareceu", tal como desconhece o paradeiro da sua moto.
O incidente em Manatuto obrigou ao reforço dos militares da ISF, com 60 soldados da Nova Zelândia e da Austrália, apoiados por dois helicópteros, e, mais tarde, foram enviados para o local 20 soldados da GNR.
Paz e reconciliação
Os partidos políticos portugueses esperam que as eleições presidenciais em Timor-Leste possam trazer paz e reconciliação ao país, sublinhando que Portugal deve continuar a apoiar a jovem democracia timorense.
Em declarações à Agência Lusa, José Lello (PS), Albano Nunes (PCP), João Semedo (BE) e José Ribeiro e Castro (CDS/PP) manifestaram, por outro lado, a convicção de que Timor-Leste vai sobreviver aos problemas internos dos últimos tempos. O responsável pela Comissão dos Negócios Estrangeiros do PSD, José Luís Arnaut.
Para José Lello, a "crise de juventude da democracia timorense" deverá ser ultrapassada com a "maturidade de uma estabilização política", enquanto Albano Nunes sublinhou a importância das eleições decorrerem "sem qualquer tipo de ingerência externa". João Semedo acentuou o "amadurecimento" da democracia, enquanto Ribeiro e Castro colocou a tónica das suas preocupações no problema das "ingerências".
http://jn.sapo.pt/2007/04/06/mundo/um_ferido_apos_corte_estrada_manatut.html
Cortes na estrada de Manatuto obrigam à intervenção da GNR
Diário de Notícias, 06/04/07
Um grupo de timorenses cortou ontem os acessos à vila de Manatuto e apedrejou uma pessoa, obrigando à intervenção dos soldados das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) e dos efectivos da GNR.
O corte desta estrada, que se verificou ao princípio da manhã em Timor-Leste (madrugada em Lisboa), terá, ao que a Lusa apurou, tido origem num gesto de retaliação pelo facto de apoiantes do candidato independente José Ramos-Horta, provenientes de Manatuto, terem sido agredidos na noite de quarta-feira em Metinaro, a cerca de 30 quilómetros de Díli. Numa altura em que estes activistas da campanha do primeiro-ministro viajavam com destino à capital.
Na véspera, os confrontos e as agressões que o grupo proveniente de Manatuto tinha sofrido em Metinaro tinham causado já 26 feridos, cinco dos quais tiverem de ser hospitalizados, sendo o seu estado considerado grave.
Paralelamente, sete mini-autocarros foram queimados, de acordo com as informações proporcionadas à Lusa por um elemento da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL).
Ainda na noite de quarta-feira, as vítimas destas agressões agressões foram escoltados no regresso a Manatuto, tendo os feridos recebido tratamento no hospital local.
Já ontem de manhã, um grupo de habitantes de Manatuto decidiu, então, retaliar contra as agressões da véspera, cortando a estrada de acesso à vila e impedindo, assim, a circulação entre Díli e Baucau, a segunda cidade timorense.
Dando origem a novos incidentes, que provocaram, pelo menos, um ferido, que posteriormente viria a ser identificado como professor do Colégio de S. José, em Díli, que seguia numa motorizada em direcção à capital timorense, tendo sido apedrejado na cabeça.
Em declarações à Lusa, este professor viria a explicar que ainda tentou explicar às pessoas que cortaram a estrada que precisavam de chegar a Díli e que não possuía quaisquer ligações políticas, altura em que foi atingido por um pedra na cabeça, arremessada por um jovem.
Um momento que terá sido aproveitado por um professor, um jesuíta, para desaparecer, desconhecendo-se o seu paradeiro.
Pouco depois, surgiram os efectivos da Polícia das Nações Unidas (UNPol), que assumiram o controlo das operações, acabando, duas horas depois, por solicitar a intervenção de militares da Nova Zelândia e Austrália, apoiados por dois helicópteros, que acabariam por ser reforçados pela GNR, reabrindo a circulação entre Díli e Baucau.
http://dn.sapo.pt/2007/04/06/internacional/cortes_estrada_manatuto_obrigam_a_in.html
Corrioo da Manhã, 2007-04-06 - 00:00:00
Timor-Leste: A escassos dias das eleições
Xanana acusa FRETILIN pela violência na campanha
Por: Paulo Madeira
Xanana Gusmão culpou ontem a FRETILIN pelos violentos confrontos ocorridos a escassos dias das eleições presidenciais da próxima segunda-feira. O presidente de Timor-Leste avisou que haverá “uma espiral de violência” se o candidato da FRETILIN, Francisco Guterres (Lu Olo), for derrotado por José Ramos-Horta.
O presidente timorense referia-se às pelo menos trinta pessoas que ficaram feridas no último dia da campanha oficial, quarta-feira, quando apoiantes dos principais candidatos lançaram pedras entre si. “Agora, o Mundo pode ver que há um partido que, em vez de pedir calma aos seus apoiantes, permite que eles provoquem, atirem pedras e lutem nas ruas”, declarou Xanana Gusmão numa entrevista concedida à Reuters Televisão.
Xanana salientou que o povo timorense está ainda traumatizado pela vaga de violência ocorrida no ano passado e alertou para a forte possibilidade de virem a registar-se novos confrontos. “Se o candidato deles perder haverá uma espiral de violência. Acredito que, se eles sentirem que vencerão através da violência, será a sua destruição, porque nenhum timorense gosta de violência”, advertiu o presidente timorense.
Já ontem, um grupo de habitantes de Manatuto cortou o acesso à vila e apedrejou pelo menos uma pessoa, que ficou ferida na cabeça. O incidente forçou à intervenção dos soldados das Forças de Estabilização Internacionais e da GNR. O corte de estrada foi um acto de retaliação pelo facto de apoiantes de Ramos-Horta, originários de Manatuto, terem sido atacados em Metinaro, a cerca de trinta quilómetros de Díli, quando viajavam em direcção à capital de Timor-Leste.
APELO AUSTRALIANO
Também ontem, o secretário especial e representante das Nações Unidas em Timor-Leste, Atul Khare, considerou que as presidenciais são importantes não apenas para a paz no país, mas também para a estabilidade a longo prazo. Por outro lado, a Austrália, que vai enviar uma delegação de deputados a Timor-Leste para integrar a missão de observação internacional, apelou ontem para que a votação seja “livre e justa”.
Em Lisboa, o novo embaixador de Timor-Leste, Manuel Soares Abrantes, vai reunir-se amanhã com a comunidade timorense radicada em Portugal para se apresentar pessoalmente e, ao mesmo tempo, explicar a importância das eleições presidenciais no país.
Fonte da missão diplomática timorense em Lisboa afirmou que o embaixador de Timor-Leste aproveitará a oportunidade para se inteirar melhor dos problemas que afectam aquela comunidade em Portugal.
SEXTA FEIRA SANTA
SENHOR QUE MORREIS HOJE
TENDE PIEDADE DO MEU POVO
POIS ELE QUE VOS GLORIFICA
PRECISA DE ACORDAR DE NOVO
E EU QUE ATE NAO SOU ATEU
E, ATE AS PAREDES ME CONFESSO
PECO QUE ILUMINAI TODAS CABECINHAS
PRO VOTO NAO SER DE AVESSO
SEI QUE E TODO MESICORDIOSO
E NAO TOMA NENHUM PARTIDO
MAS NA SEGUNDA FEIRA POR FAVOR
FACA GANHAR, O COM MAIS SENTIDO
E JA AGORA QUE ESTOU MENDIGANDO
SO FALTA MAIS UMA COISINHA
DE TAMBEM MUITO,MUITO AMOR
EDUCACAO E TAMBEM MUITA PAZINHA
UM ABRACO
MAU DICK
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