Díli, 18 Out (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, rea firmou hoje "total confiança" no comandante das forças armadas, brigadeiro-gener al Taur Matan Ruak, alvo de uma recomendação da comissão de ONU para que seja re sponsabilizado criminalmente por ter distribuído armas a civis.
Em comunicado enviado à Agência Lusa, José Ramos-Horta, que acumula a chef ia do governo com a pasta da Defesa, salienta que falou com Taur Matan Ruak, que lhe disse aceitar as conclusões da comissão, cujo relatório classificou como "j usto e equilibrado".
"Como ministro da Defesa, regozijo-me em dizer que falei com o general Tau r Matan Ruak e que ele expressou a aceitação do relatório, que classificou como bastante justo e equilibrado", lê-se no comunicado hoje divulgado.
O relatório da Comissão Especial de Inquérito Independente da ONU foi divu lgado terça-feira e contém várias recomendações ao sistema judicial timorense pa ra que proceda criminalmente contra antigos membros do governo, responsáveis das forças armadas e da polícia e também civis.
O relatório passou em revista as razões da crise político-militar desencad eada em Abril e chamou a atenção para as responsabilidades individuais nesses ac ontecimentos.
Relativamente aos factos que a comissão imputou a Taur Matan Ruak, o prime iro-ministro salientou que ao longo da crise o comando das Falintil-Forças de De fesa de Timor-Leste (F-FDTL) "demonstraram zelo e disciplina".
"Sabe-se que a liderança das F-FDTL não esteve envolvida em qualquer encob rimento das alegações sobre a distribuição de armas aos antigos combatentes", pr ossegue o texto do comunicado.
O primeiro-ministro destacou o facto de que quando o comando das F-FDTL re cebeu ordens para desarmar todos os antigos combatentes, que tinham recebido arm as, elas foram cumpridas de imediato.
Ramos-Horta recordou ainda que uma comissão internacional, em que particip aram os adidos de defesa da Austrália, Portugal, Malásia, Nova-Zelândia, Reino U nido e Estados Unidos, "participou na contagem e confirmação das armas atribuída s às forças armadas, verificando que todas estavam acondicionadas em segurança n o arsenal das F-FDTL".
O primeiro-ministro referiu-se ainda ao alegado massacre perpetrado por mi litares em Taci Tolo, a 28 e 29 de Abril que, por ser desmentido no relatório, v eio reforçar a sua convicção de que tal massacre nunca teve lugar.
"Desta forma, uma das principais razões para o ressentimento e desconfianç a para com as F-FDTL foi agora anulada. Acredito que, aos olhos dos timorenses, isso vai ajudar a restaurar o prestígio e a credibilidade das forças armadas", f risou.
Ramos-Horta acrescenta que o relatório da comissão da ONU está a ser anali sado pelos efectivos das F-DDTL e deve ser debatido com "serenidade, coragem e h umildade, para que, aprendendo a partir dos erros cometidos, contribua para que as forças armadas recuperem a glória do passado e prestígio".
EL-Lusa/Fim
.
quarta-feira, outubro 18, 2006
Ramos-Horta reafirma "total confiança" em comandante das forças armadas
Por Malai Azul 2 à(s) 19:56
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
Sem comentários:
Enviar um comentário