REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
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COMUNICADO DE IMPRENSA
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
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COMUNICADO DE IMPRENSA
Dili, 18 de Outubro de 2006
Brigadeiro General Taur Matan Ruak considera o relatório da comissão “justo e equilibrado”
Comunicado do Primeiro-Ministro, Dr. José Ramos Horta
Enquanto Primeiro-Ministro, Ministro da Defensa e cidadão, partilho da opinião do Presidente Xanana Gusmão e do Presidente do Parlamento Nacional Francisco Guterres “Lú-Olo”, que tivemos a oportunidade de expressar na nossa declaração conjunta, que passo a citar:
Louva-se a maneira imparcial e independente com que a Comissão executou o seu trabalho, em conformidade com os padrões internacionais. Realça-se a maneira sensata como a Comissão se orientou, nas suas análises, optando pelo critério de ‘suspeita razoável’. Isso pressupõe que os nossos Tribunais terão que assumir a
. responsabilidade de prosseguir com investigações mais extensas e a
. responsabilidade sobre os processamentos judiciais.
Apelamos a seguir a toda a sociedade civil e aos profissionais da imprensa, para adoptarem um comportamento positivo, também no compromisso de ajudar a estabilizar a ainda difícil situação, sobretudo na capital.
Apelamos a todos os grupos que continuam envolvidos na violência, para pararem com essas acções. Não podemos viver eternamente neste clima de contínuo desrespeito pela vida e bens alheios.
Temos que deixar sistema judicial tomar as medidas que achar convenientes relativamente às recomedações formuladas pela comissão de inquérito.
Falei com o Chefe Supremo das Forças Armadas de Timor-Leste, o Brigadeiro General Taur Matan Ruak e reiterei a minha inteira confiança nele e no seu trabalho. Durante a crise, o Comantante demonstrou zelo e disciplina.
Considerou-se que os lideres das F-FDTL não estavam envolvidos num conjunto de alegações segundo as quais, a liderança das F-FDTL teria entregue armas a antigos combatentes.
Quando a liderança das F-FDTL recebeu ordens para desarmar os antigos combatentes que tinham recebido armas, cumpriu-as prontamente.
Uma comissão internacional de verificação, composta por elementos da Austrália, da Malásia, da Nova Zelândia, de Portugal, do Reino Unido e dos EUA levou a cabo a fiscalização do arsenal das F-FDTL, tendo verificado que todas as armas se encontravam númeradas e armazenadas de forma segura, no armeiro da força militar.
No que respeita ao alegado massacre, supostamente perpetrado por elementos of F-FDTL, a comissão considerou-o sem qualquer base. Isto vem de encontro à opinião que eu já havia formado, após algumas conversas que tive com os então chamados “Peticionários” e com outras pessoas, no sentido de tal massacre nunca ter ocorrido.
Por isso, este relatório vem remover uma das principais razões para o ressentimento e descrença nas F-FDTL. Acredito que este poderá ser uma passo importante para o restabelecimento da confiança e prestigio das F-FTDL aos olhos dos timorenses.
Enquanto Ministro da Defesa, congratulo-me pelo facto de, tendo falado com o General Taur Matan Ruak, também ele expressou ter aceite o relatório, tendo-o considerado muito justo e equilibrado.
Os soldados das F-FDTL estão agora a estudar o relatório, em grupos, tendo indicações da liderança no sentido de fazerem uma análise serena, corajosa e humilde, devendo aprender lições com os erros cometidos, de forma a que as nossas forças de defesa possam recuperar a glória e prestígio do passado.
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