quarta-feira, outubro 04, 2006

Notícias – Traduzidas pela Margarida

Notícias - em inglês
ABC Radio Australia - Asia Pacific - 2/10/2006 2:40:51 PM

ONU perturbada com a revogação da nomeação do novo enviado

A missão da ONU em Timor-Leste está em desordem por ter sido revogada a nomeação do novo chefe. António Macarenhas Monteiro foi nomeado anteriormente o novo Enviado da ONU, para substituir Sukehiro Hasegawa, que estava de partida. Isso deixa Timor sem chefe da missão da ONU e a oportunidade não podia ser a pior, com mais violência nas ruas de Dili esta semana.

Apresentadora/Entrevistadora: Linda LoPresti
Convidado: Finne Reske-Nielson, Enviado da ONU em Timor-Leste em exercício

RESKE-NIELSON: Não estou em posição de lhe dizer seja o que for sobre isso, porque essas são decisões tomadas em New York e eu só tenho a mesma informação que você tem em termos do que é a situação em relação à nomeação do novo representante especial do secretário-geral. Como sabe, Mr Hasegawa, acabou a sua missão aqui na última Sexta-feira e depois o secretário-geral pediu-me que assumisse as funções de representante especial em exercício até à nomeação do representante da ONU, é tudo o que posso partilhar consigo sobre isto nesta altura.

LOPRESTI: Bem, se lhe for pedido, considera ser o enviado permanente da ONU em Timor?

RESKE-NIELSON: Não tenho comentários a fazer sobre isso, porque é uma prerrogativa do secretário-geral fazer essa nomeação e ele pediu-me para ser o representante espacial em exercício e eu assumi essas funções na última Sexta-feira.

LOPRESTI: Está bem, falemos da situação em Timor. Mr Hasegawa na sua última conferência de imprensa avisou que Timor podia ser sugado para um buraco negro de conflito, dada a violência mais cedo este ano e as tensões continuadas em Dili. E mesmo esta semana, houve mais tensão nas ruas de Dili com polícia anti-motim a ser chamada e a usar gás lacrimogéneo para dispersar grupos de jovens. Como vê a situação de segurança em Dili nesta altura?

RESKE-NIELSON: Nos últimos dias, temos visto um aumento do nível da violência e a situação de segurança permanece frágil e volátil, especialmente em Dili. Vimos uma situação onde tem havido confrontos violentos entre facções rivais e isto, suspeito estar em parte relacionado com os gangs e em parte está ligado com a situação política no país.

LOPRESTI: Há ainda uma situação onde há dezenas de milhares de Timorenses em campos de deslocados, ainda demasiado aterrorizados para voltarem às suas casas. O que está a ONU a fazer para acalmar essa situação?

RESKE-NIELSON: Bem, primeiro a preocupação imediata é garantir que seja providenciado suficiente apoio humanitário às pessoas nos campos que ainda temos espalhados por Dili e à volta de Dili. Essa ajuda humanitária tem sido dada há vários meses e faz-se sem percalços e todas as necessidades básicas estão asseguradas.

Quanto a encontrar uma solução para este problema, estamos engajados em consultas com o governo e os outros jogadores de modo a ajudar a facilitar um diálogo que tenho esperança leve à reconciliação tanto a nível da liderança como a nível da comunidade.

LOPRESTI: Não é da opinião que a ONU subiu a sua aposta em Timor, dado que ficou sob críticas pelo modo como geriu a violência mais cedo este ano, mesmo por Kofi Annan. Acredita que agora a ONU está de facto com um maior papel, uma maior responsabilidade?

RESKE-NIELSON: Se voltarmos para o princípio do ano, a decisão que o Conselho de Segurança tomou foi que a missão da ONU devia terminar o seu mandato regular em Maio. Mas a seguir aos eventos de Abril e de Maio, o Conselho de Segurança decidiu aumentar significativamente o nível da missão e dar-lhe um mandato muito mais alargado do que tinha a missão anterior. Portanto não tenho qualquer dúvida que aumentámos a nossa aposta em Timor.

LOPRESTI: Agora, no próximo ano Timor terá eleições presidenciais e parlamentares. Quão envolvida estará a ONU nesse processo de eleições para garantir que há uma nova cultura de governação democrática em Timor-Leste?

RESKE-NIELSON: O mandato que nos foi dado pelo Conselho de Segurança da ONU é para fornecer apoio técnico e logístico, incluindo aconselhamento político no processo eleitoral e fomos também autorizados a verificar ou a certificar as eleições e o modo como isto está a ser operacionalizado, teremos uma componente eleitoral bastante grande na nova missão que compreenderá cerca de 400 conselheiros eleitorais e voluntários da ONU que darão apoio técnico e logístico.

Ao mesmo tempo, espera-se que haja uma equipa de certificação independente com especialistas eleitorais reconhecidos internacionalmente que serão encarregados de monitorizar o processo eleitoral e no fim de cada fase certificar que foi conduzida de acordo com padrão internacionalmente aceites.

LOPRESTI: E dado que Mr Hasegawa já partiu e que a nomeação do Sr Monteiro foi revogada, espera estar em Timor no próximo ano para essas eleições?

RESKE-NIELSON: Bem, espero estar aqui, porque tenho estado neste país desde o início de Setembro quando fui nomeado pelo secretário-geral como vice-representante especial pelo período de um ano, com a responsabilidade particular pelo processo eleitoral.

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Gabinete do Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos (OHCHR) - 29 Sep 2006

A Comissão de Inquérito de Timor-Leste a concluir o trabalho

A Comissão Especial Independente de Inquérito para Timor-Leste concluirá o seu trabalho dentro do período de três meses estabelecido para o seu mandato.

Os Comissários requereram que fosse disponibilizada uma versão em Tétum do relatório para o Parlamento Nacional para o tornar acessível a mais gente. O Tétum é uma das línguas oficiais de Timor-Leste e a mais falada no país.

O relatório será entregue ao Parlamento pouco depois de 7 de Outubro, a data da entrega anteriormente estipulada, devido ao tempo necessário para a tradução.

A Comissão quer registar a total cooperação de todos os indivíduos e instituições que cooperaram com os seus membros.

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Centro de Notícias da ONU
2 Outubro 2006

Enviado da ONU em Timor-Leste sublinha a necessidade de resolver as diferenças nas urnas eleitorais

2 Outubro 2006 – Sublinhando a necessidade de restaurar a estabilidade e a paz em Timor-Leste a seguir à violência mortal que irrompeu mais cedo neste ano, o enviado da ONU na pequena nação disse hoje que todos os Timorenses devem resolver as suas diferenças nas urnas eleitorais e não através do conflito.

No seu primeiro discurso importante como Representante Especial em Exercício do Secretário-Geral, Finn Reske-Nielsen também reafirmou o compromisso da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) em promover a justiça na pequena nação do Sudeste da Ásia bem como nas planeadas eleições parlamentares e presidenciais do próximo ano.

“O foco chave da Missão é assistir este país a regressar à estabilidade e promover a justiça e a paz. Está pois no centro do mandato da Missão ajudar a facilitar o diálogo entre os líderes que dirigirão a reconciliação nacional,” disse numa conferência de imprensa na capital Dili.

“Não vai ser uma tarefa fácil, mas temos instrumentos disponíveis para nos ajudar a desempenhá-la. O papel de bons ofícios da ONU será crítico no nosso sucesso nos próximos meses … Fundamentalmente temos de induzir nas pessoas deste país que o conflito e outras diferenças precisam de ser resolvidas nas urnas de votos e em mais sítio nenhum.”

Mr. Reske-Nielsen disse que uma vez a Missão constituída com todas as suas forças terá cerca de 3,000 pessoas incluindo pessoal civil e com uniforme. Também enfatizou o papel importante da polícia da ONU na reabilitação da força local, que se desintegrou depois da violência de Abril e de Maio que envolveu lutas faccionais com os militares que levaram à morte de pelo menos 37 pessoas e forçou cerca de 155,000 a fugir das suas casas.

A UNMIT está também comprometida, em cooperação com outros parceiros, a fortalecer a integridade do sistema legal, disse, acrescentando que o relatório da Comissão Especial de Inquérito à violência deste ano –– que se espera ser entregue algures neste mês –– será “um passo muito importante na direcção de garantir que há justiça para todos.”

Mr. Reske-Nielsen ocupou o posto de Vice-Representante Especial do Secretário-Geral no princípio do mês passado mas actualmente é o Reprsentante Especial em Exercício depois da partida de Sukehiro Hasegawa no fim de Setembro.

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Outubro 01, 2006 23:47 PM

Parte Segunda-feira o primeiro grupo de polícias para Timor-Leste

KUALA LUMPUR, Out 1 (Bernama) – O primeiro de dois grupos da Força de Operações Gerais da polícia (GOF) partirá para Timor-Leste na Segunda-feira para se juntar à Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT).

A força Malaia terá um total de 140 oficiais e homens, e o primeiro grupo a partir compreende 70 pessoas. Os restantes 70 partirão em 8 de Outubro.

O Vice Ministro da Segurança Interna Datuk Mohd Johari Baharum disse que a missão é completamente patrocinada pela ONU e sob um acordo entre os governos da Malásia e Timor-Leste para ajudar a manter a paz no país.

"Estarão lá entre três e seis meses e estabelecerão uma polícia anti-motim para manter a paz lá," disse depois de se despedir do pessoal das GOF.

O grupo teve um treino intensivo de três meses para se preparar para a nova missão.

O Vice-Ministro disse que visitará a força Malaia em Timor-Leste no próximo mês.

Também no encontro estava o Inspector-Geral da Polícia Tan Sri Musa Hassan e o seu Vice, Datuk Mohd Najib Abdul Aziz.

-- BERNAMA

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ABC – Segunda-feira, Outubro 2, 2006. 10:50pm (AEST)

Funcionários da saúde dos Territórios do Norte lutam contra doenças provocadas por mosquitos em Timor-Leste

Funcionários da saúde dos Territórios do Norte embarcaram numa campanha de educação pública nas províncias de Timor-Leste, ensinando os locais a como monitorizar e controlar doenças espalhadas por mosquitos.

Oficialmente, não há febre de dengue na Austrália, mas do outro lado do Mar de Timor é prevalecente.

O entomologista Peter Whelan diz que os casos muita vezes não são registados. "A febre hemorrágica do dengue pode matar – tem havido bastantes casos, perto de 1000 casos este ano," disse.

Esse número inclui 37 mortes relacionadas.

O Ministro da Saúde dos Territórios do Norte Chris Burns reconhece a ameaça potencial para a Austrália mas diz que o risco em Timor-Leste é bastante maior. "É bastante significativo que cerca de 25 por cento das suas entradas nos hospitais esteja relacionada com doenças provocadas por mosquito," disse.

Uma equipa de quatro trabalhadores de saúde com base em Darwin ensinarão aos Timorenses estratégias simples para controlarem as pragas, como tapar ou esvaziar contentores que recolhem água.

Sem comentários:

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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