quarta-feira, outubro 11, 2006

Líder CDS defende consensos alargados forças políticas timorenses

Díli, 11 Out (Lusa) - As forças políticas timorenses deverão estabelecer "consensos alargados" para alicerçar relações de confiança e de solidariedade na construção do Estado, defendeu hoje em Díli o presidente do CDS-PP, José Ribeiro e Castro.

O líder do CDS-PP, que falava à saída de uma audiência com o Presidente timorense, Xanana Gusmão, referiu que esses consensos "não significam necessariamente coligações forçadas ou governo de unidade nacional".

"Mas a compreensão de que em áreas essenciais da construção do Estado e em políticas de mais longo prazo, é importante que as forças politicas [timorenses] trabalhem no espírito de consensos mais alargados do que as fronteiras de cada partido", salientou.

Ribeiro e Castro terminou hoje uma visita de trabalho de quatro dias a Timor-Leste, no decurso da qual manteve ainda encontros com o primeiro-ministro José Ramos-Horta, o antigo chefe do governo e líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, dirigentes partidários, religiosos e militares e prestou homenagem ao trabalho desenvolvido pelos militares da GNR e agentes da PSP no território.

"Foi uma visita muito intensa, que permitiu uma recolha de informação m uito extensa sobre a situação de Timor. Desejo que se possa superar duradouramente a crise e trabalhar para a consolidação das instituições", vincou.

Ribeiro e Castro reafirmou ainda o apoio do CDS-PP à continuação da presença de militares e polícias portugueses, "na medida em que são solicitados", considerando que a manutenção de sinais "que podem permitir o regresso da instabi lidade" justifica a presença de forças internacionais, entre as quais a GNR.

As forças internacionais encontram-se em Timor-Leste para garantir a segurança na sequência da crise que afecta o país desde Abril.

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2 comentários:

Anónimo disse...

Gosto muito deste blog. É pedagógico. Obrigado.

Anónimo disse...

Toda a história deste blog, vê-se à vista desarmada, a sua génese. O timing em que apareceu, a publicidade que teve nos órgãos de comunicação social (ainda bem), o "apoio" que teve de fazedores de opinião e sobretudo, vê-se, o trabalhinho de formiguinha que uma série de gente "instalada" desde sempre fez e faz no mesmo.

Desde sempre, aqui, se colocou a culpa e "o golpe" nas costas de Xanana Gusmão "vendido" e "eleito pelos australianos". É vergonhoso pois ele sempre disse que antes do que quer que seja é aos Timorenses que dará resposta e eleito, que eu saiba, foi-o esmagadoramente pelos Timorenses! A campanha para a desacreditação de Xanana Gusmão é, esse sim, "o golpe" dos peões ao serviço do núcleo duro da FRETILIN. Veremos qual o resultado desta estratégia. O feitiço pode muito bem virar-se contra o feiticeiro.

Já se questionaram porque razão não tem também este Governo a capacidade de devolver a paz a Dili bem como fazer com que os deslocados voltem a ter uma vida normal? É simples: não têm essa capacidade de facto bem como, não acreditam os deslocados, nos políticos que os comandam. Exceptuando alguns, mantiveram-se os mesmo que não controlaram esta crise na sua origem.
A exemplo, com as devidas distâncias mas talvez bem mais preocupante, como se dizia em 1999 - entregar a segurança do Povo aos "lobos"? Pois o Povo não acredita e não sairá dos abrigos antes de haver "limpeza" total no topo das estruturas do Estado. Vai uma aposta?
Sem falar no óbvio que é - sem segurança os confrontos de arruaça continuarão. As forças da ONU já deveriam estar no terreno em força e em número para que os deslocados não receassem pelas suas vidas e para que toda e qualquer desordem não tivesse possibilidade de se desenvolver.

Lamentavelmente não é assim. Mas vai ter de ser.

Estar a falar-se de soberania, de democraticamente eleitos etc, com o país neste estado é mesmo daqueles que adoram chafurdar na m**** para daí terem dividendos políticos com o sofrimento e a miséria do Povo.

A desordem não é global. É localizada sobretudo em Dili. Isto só pode ser feito porque obviamente a anormalidade dos políticos existentes em Timor-Leste que alinham neste modo de estar não têm de facto a postura para estarem à altura da solução dos problemas levantados. Por isso demitam-se! Não enrolem mais a corda. Ela estica mas vai ter de rebentar. A limpeza tem de ser feita por dentro da própria FRETILIN e não uma vez mais, como se de santinhos se tratassem, no pendurar constante de que em eleições livres é que saberão a escolha certa. Estaria de acordo caso a situação não fosse a que se vive à longos meses.
Será fácil a um partido, o único com muito dinheiro, fazer a sua campanha à sombra de que agora "o ocupante" são "os outros", sobretudo e inacreditavelmente o grande responsável - Xanana, para desferirem nele o golpe que até hoje não se atreveram a fazer pois não terão o apoio popular.

Em caso de dúvida, agita-se, não é? Não é essa a teoria?

Quarta-feira, Outubro 11, 2006 9:39:55 PM

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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