quarta-feira, outubro 11, 2006

Comunicado - FRETILIN

Reunião da Comissão Politica Nacional da FRETILIN

Dili, 9 e 10 de Outubro de 2006

Declaração

A Comissão Política Nacional da FRETILIN reuniu-se nos dias 9 e 10 de Outubro para passar em revista a situação vigente no país com o fim de se definirem posições face às exigências actuais.

A reunião foi co-presidida pelo Presidente e pelo Secretário Geral da FRETILIN, respectivamente Francisco Guterres (LU OLO) e Mari Alkatiri.

Para além dos membros da Comissão Política Nacional, participaram também alguns membros da Comissão Nacional de Jurisdição e da Comissão Nacional de Fiscalização.

Ao debruçar-se sobre a situação prevalecente no país, a Comissão Política Nacional considerou:

1. Absolutamente inaceitável que se adie sistematicamente a entrega do relatório da Comissão Internacional de Inquérito ao Parlamento Nacional. Este facto, longe de contribuir para atenuar o impacto do mesmo e ajudar a melhor gerir as expectativas só pode provocar incompreensões e reduzir a confiança no processo;

2. Totalmente inaceitável que cidadãos e órgãos de informação que nos últimos meses têm usado do boato, da calúnia e da difamação contra a FRETILIN e a sua Liderança, continuem apostados nesta estratégia de desestabilização com o objectivo único de alienar algumas franjas da população timorense e, daí, retirar dividendos politicos.

3. Ser urgente estabelecer uma plataforma nacional, definindo mecanismos permanentes de trabalho para pôr fim a este clima de desestabilização e controlar os seus autores;

4. Ser necessário que toda a Nação defina um programa mínimo de trabalho de modo a :

a. Repor a autoridade do Estado Democrático e de Direito;
b. Defender a Verdade e a Justiça;
c. Devolver a confiança às populações;
d. Normalizar a vida;
e. Garantir todas as condições para o sucesso das Eleições de Abril/Maio 2007.

Assim, a Comissão Política Nacional deliberou:

I. Exigir das Nações Unidas a entrega imediata do relatório da Comissão Internacional de Inquerito ao Parlamento Nacional até ao dia doze do corrente, na sua versão original em lingua inglesa. As traduções poderão ser concluidas e entregues posteriormente;

II. Apelar a todos os apoiantes, membros e quadros da FRETILIN para conservarem a sua postura de grande maturidade política que têm demonstrado nos últimos tempos, antes e durante a crise vigente;

III. Recorrer às estruturas competentes do Sistema Judicial Timorense e processar criminalmente todos aqueles que insistem em querer usar da mentira, da difamação e da calúnia para manchar a imagem da Liderança da FRETILIN e da própria FRETILIN;

IV. Iniciar diálogo com os órgãos de soberania, com todas as forças políticas e organizações da sociedade civil, com a Igreja Católica, e outras Confissões religiosas, com os veteranos e antigos combatentes e todas as forças vivas da Nação e

V. Instruir todas as estruturas da FRETILIN do topo a base, para a adopção de uma postura pro-activa a favor de uma definição de uma plataforma política de entendimento, visando a reposição da paz e da estabilidade, da lei e da ordem, numa palavra, da autoridade soberana do Estado, a nível nacional;


A Luta Continua!

Tolerância Máxima, Vigilância Total!

Dili, 10 de Outubro de 2006.


Pel´A Comissão Política Nacional da FRETILIN


Francisco GUTERRES (LU OLO) Mari ALKATIRI
Presidente Secretário Geral

1 comentário:

Anónimo disse...

Podiam ter decidido mais uma coisa: disponibilizar-se para redigir a versão portuguesa dos comunicados do gabinete do Primeiro-Ministro Ramos Horta...
O coitado só tem australianos no gabinete... Até o português que lá está --- o único engravatadinho de Timor-Leste --- parece que, por viver há tantos anos na Austrália, já esqueceu o português e ninguém lhe pede para fazer traduções.
Meramente por acaso e por maldade do Bom Deus!..

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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