quarta-feira, outubro 11, 2006

Giving jobs to East Timor deserters urgent - ICG

Reuters - 10 Oct 2006 11:58:00 GMT
By Ahmad Pathoni

JAKARTA - Giving jobs to some 600 military rebels whose dismissal triggered deadly violence in East Timor this year is crucial to resolving a crisis there, the International Crisis Group (ICG) said in a report on Tuesday.

The ICG said the critical situation that began with widespread violence in May was not over and the release of a United Nations inquiry into the violence, due this month, was potentially divisive and could lead to fresh trouble.

A series of protests dissolved into chaos and violence, mostly in and around East Timor's capital of Dili, in May after then-prime minister Mari Alkatiri sacked 600 mutinous members of the young country's 1,400-strong army. "Leaving close to 600 soldiers outside the system is a time bomb, even if they are mostly disarmed," said the ICG, a Brussels-based conflict prevention group.

The leaders of the violence should certainly not be allowed to return to the security forces but either military or civilian jobs needed to be found for others who were not involved, the report said.

An estimated 100,000 people were displaced in the violence, which led to the deployment of a 2,500-strong international peacekeeping force before a degree of order was finally restored. Even after it arrived, there have been sporadic outbreaks of arson, and clashes between gangs of youths.

The roots of the violence are complex, with elements of political and regional rivalries involved. Prime Minister Alkatiri resigned under pressure in June. He was replaced by Jose Ramos-Horta, a Nobel Peace Prize winner and East Timor's representative abroad during its struggle to break free of an Indonesian occupation that lasted from 1975 to 1999. Ramos-Horta was seen as acceptable to the international community as well as many in Alkatiri's Fretilin party.

The ICG said the upcoming report of the U.N. inquiry into the violence was expected to name those responsible and recommend prosecutions and would be "explosive" because it would cover the most sensitive cases, including the killings of unarmed police by soldiers. "The U.N., the government, security forces and community leaders all need to have responses ready, including proposals for prosecutions that will ensure fair and reasonably speedy trials," the report said.

Charismatic President Xanana Gusmao and rival former prime minister Mari Alkatiri may need to consider forgoing any role in the 2007 elections to resolve the political impasse and allow new leaders to emerge, the ICG said.

A Portuguese colony for hundreds of years before the Indonesian occupation, East Timor is one of the poorest countries in the world in income terms but has considerable oil and natural gas resources that are just beginning to be exploited.

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2 comentários:

Anónimo disse...

Toda a história deste blog, vê-se à vista desarmada, a sua génese. O timing em que apareceu, a publicidade que teve nos órgãos de comunicação social (ainda bem), o "apoio" que teve de fazedores de opinião e sobretudo, vê-se, o trabalhinho de formiguinha que uma série de gente "instalada" desde sempre fez e faz no mesmo.

Desde sempre, aqui, se colocou a culpa e "o golpe" nas costas de Xanana Gusmão "vendido" e "eleito pelos australianos". É vergonhoso pois ele sempre disse que antes do que quer que seja é aos Timorenses que dará resposta e eleito, que eu saiba, foi-o esmagadoramente pelos Timorenses! A campanha para a desacreditação de Xanana Gusmão é, esse sim, "o golpe" dos peões ao serviço do núcleo duro da FRETILIN. Veremos qual o resultado desta estratégia. O feitiço pode muito bem virar-se contra o feiticeiro.

Já se questionaram porque razão não tem também este Governo a capacidade de devolver a paz a Dili bem como fazer com que os deslocados voltem a ter uma vida normal? É simples: não têm essa capacidade de facto bem como, não acreditam os deslocados, nos políticos que os comandam. Exceptuando alguns, mantiveram-se os mesmo que não controlaram esta crise na sua origem.
A exemplo, com as devidas distâncias mas talvez bem mais preocupante, como se dizia em 1999 - entregar a segurança do Povo aos "lobos"? Pois o Povo não acredita e não sairá dos abrigos antes de haver "limpeza" total no topo das estruturas do Estado. Vai uma aposta?
Sem falar no óbvio que é - sem segurança os confrontos de arruaça continuarão. As forças da ONU já deveriam estar no terreno em força e em número para que os deslocados não receassem pelas suas vidas e para que toda e qualquer desordem não tivesse possibilidade de se desenvolver.

Lamentavelmente não é assim. Mas vai ter de ser.

Estar a falar-se de soberania, de democraticamente eleitos etc, com o país neste estado é mesmo daqueles que adoram chafurdar na m**** para daí terem dividendos políticos com o sofrimento e a miséria do Povo.

A desordem não é global. É localizada sobretudo em Dili. Isto só pode ser feito porque obviamente a anormalidade dos políticos existentes em Timor-Leste que alinham neste modo de estar não têm de facto a postura para estarem à altura da solução dos problemas levantados. Por isso demitam-se! Não enrolem mais a corda. Ela estica mas vai ter de rebentar. A limpeza tem de ser feita por dentro da própria FRETILIN e não uma vez mais, como se de santinhos se tratassem, no pendurar constante de que em eleições livres é que saberão a escolha certa. Estaria de acordo caso a situação não fosse a que se vive à longos meses.
Será fácil a um partido, o único com muito dinheiro, fazer a sua campanha à sombra de que agora "o ocupante" são "os outros", sobretudo e inacreditavelmente o grande responsável - Xanana, para desferirem nele o golpe que até hoje não se atreveram a fazer pois não terão o apoio popular.

Em caso de dúvida, agita-se, não é? Não é essa a teoria?

Quarta-feira, Outubro 11, 2006 9:39:55 PM

Anónimo disse...

Tradução:
ICG – Urgente dar empregos a desertores de Timor-Leste
Reuters - 10 Out 2006 11:58:00 GMT
Por: Ahmad Pathoni

JAKARTA – Dar empregos a cerca de 600 militares amotinados cujo despedimento desencadeou a violência mortal em Timor-Leste este ano é crucial para resolver a crise lá, disse um relatório da International Crisis Group (ICG) na Terça-feira.

O ICG disse que a situação crítica que começou com violência alargada em Maio não tinha acabado e que a saída de um inquérito da ONU sobre a violência, prevista este mês, era potencialmente divisória e que podia levar a mais problemas.

Uma série de protestos dissolvidos em caos e violência, a maioria na capital de Timor-Leste, Dili, e à sua volta em Maio depois do então primeiro-ministro Mari Alkatiri ter despedido 600 membros amotinados das jovens forças armadas do país de 1,400 elementos. "Deixar perto de 600 soldados fora do sistema é uma bomba relógio, mesmo se a maioria está desarmada," disse o ICG, um grupo de prevenção de conflitos com base em Bruxelas.

Os líderes da violência obviamente que não devem ter autorização para regressar para as forças de segurança mas precisa-se de se encontrar empregos ou militares ou civis para outros que não estiveram envolvidos, disse o relatório.

Cerca de 100,000 pessoas foram deslocadas na violência, que levou ao destacamento duma força internacional de 2,500 antes de um certo grau de ordem ser finalmente restaurada. Mesmo depois de chegarem, têm havido explosões esporádicas de fogos postos e confrontos entre gangs de jovens.

São complexas as raízes da violência, e envolvem elementos de rivalidades políticas e regionais. O Primeiro-Ministro Alkatiri resignou sob pressão em Junho. Foi substituído por José Ramos-Horta, um vencedor do Nobel da Paz e o representante de Timor-Leste no exterior durante a sua luta para se libertar da ocupação da Indonésia que durou de 1975 a 1999. Ramos-Horta foi visto como aceitável para a comunidade internacional bem como para muitos do partido de Alkatiri, a Fretilin.

O ICG disse que o relatório da ONU que está para vir sobre a violência é esperado indicar os nomes dos responsáveis e recomendar processamentos e que será "explosivo" porque vai cobrir os casos mais sensíveis, incluindo a morte de polícias desarmados por soldados. "A ONU, o governo, as forças de segurança e os líderes comunitários todos precisam de ter respostas prontas, incluindo propostas para processamentos que garantirão julgamentos justos e razoavelmente rápidos," disse o relatório.

O carismático Presidente Xanana Gusmão e o rival antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri podem precisar de considerar abdicar de qualquer papel nas eleições de 2007 para resolver o impasse político e permitir que apareçam novos líderes, disse o ICG.

Uma colónia Portuguesa durante centenas de anos antes da ocupação pela Indonésia, Timor-Leste é um dos mais pobres países no mundo em termos de rendimentos mas tem recursos consideráveis de petróleo e de gás que estão mesmo a começar a serem explorados

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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