quarta-feira, junho 21, 2006

Dos leitores

Xanana Gusmão... o que dirá a história sobre ele?

Xanana Gusmão deu o pontapé de saída para toda esta crise, cabia-lhe a ele resolver os problemas militares e nunca o fez.

Quando os outros o fizeram veio dizer que estava mal feito. Morreram pessoas, muitas pessoas.

Agora, Xanana vem com base num programa de televisão da ABC exigir a demissão do primeiro-ministro. É ridículo, é o desespero de quem até deixou a sua mulher - australiana - tecer comentários e acusações graves ao Governo de Timor-Leste.

Perguntem ao Pedro Bacelar Vasconcelos se era ou não intenção do Presidente da República demitir Mari Alkatiri quando se analisou a Constituição e a possibilidade de dissolução do Parlamento Nacional.

Perguntem ao Chefe de Gabinete de Xanana Gusmão se não era esse o objectivo, que gorado nessa altura se avançou para novas formas de pressão.

A história da RDTL vai parecer, neste capítulo um livro de anedotas...

tenham juízo de uma vez por todas.

6 comentários:

Anónimo disse...

É mais que óbvio! Quem está por de trás da invenção destes documentos divulgados nos meios de comunicação australiano é o núcleo duro da RENETIL que hoje estão na sua maioria a frente do Partido Democrático (PD)...
Eles sempre defenderam um regime presidencialista.....

Anónimo disse...

Ou seja, no entender do malai azul, tudo o que é contra o PM e tem base em documentos é forjado, os manifestantes sao putos arruaceiros, os peticionários, o alfredo, o tara, o tilman são tudo instrumentos das maquinações estrangeiras, a abc é um instrumento dos interesses australianos e da RENETIL, etc, etc, etc,

so uma questao- no meio de tanto cepticismo, porque uma confiança cega no PM e nas suas declarações, que são apenas isso, declarações.

É fé, é religião, é trabalho?

Porque se for verdade, e admitamos que há 5% de hipóteses que seja verdade que o alkatiri é responsável pela morte de civis, e pela criação de \\\"esquadrões da morte\\\" e pela ordem de que sejam mortas pessoas específicas, deve ser chato para si, malai azul, viver com isso na consciência o resto da vida, viver com o facto de ter sido um -pequeno, é certo- compagnon de route de tais atrocidades. Pense nisso...

Admiro-o, de certa forma. Ter tanta confiança, ter 100% de confinaça em alkatiri, ao ponto de aceitar viver com a sua consciência caso as granves alegações contra alkatirio sejam verdade...

Anónimo disse...

O que fará o Xanana se, chegadas as próximas eleições, a FRETILIN (com Alkatiri) tiver a maioria dos votos?
Ou será que dos actuais actores alguns vão "desaparecer" entretanto?
Palpita-me que o próximo passo é alterar a lei de modo a permitir que ele próprio concorra às eleições legislativas de 2007.
Será?

Anónimo disse...

Ao comentário das Quarta-feira, Junho 21, 2006 7:39:02 PM

O que fará Xanana? Confesso que não sei mas palpita-me que obviamente dará apoio a um governo de unidade nacional que já basta de sectarismos.

Poderá talvez até dar apoio sim a partidos políticos A, B ou C tendo em vista exactamente o equilíbrio de uma classe política que afinal esta que conseguiu ser eleita por uma imensa maioria de eleitores, não soube manter a unidade de um Estado. Essa é a conclusão a tirar.

Se for eleito de novo Mari Alkatiri em 2007? Que seja mas que ponham agora a mão na consciência e não repitam os erros. 30 anos depois de acções massificadas as coisas resultaram no que se vê - milhentas versões. Será que a FRETILIN com Mari Alkatiri à frente irá neste tempo que medeia conseguir convencer o povo de que afinal é de novo para agarrar no barco e ir em frente? Pode ser que sim. Mas realmente só posso pensar que a lição está mal aprendida.

Lamento que tenham chegado a este ponto, única e exclusivamente quem sofre com isto tudo são sempre os mesmos - o povo de Timor-Leste. Só lamento mesmo.

A questão sempre foi política e os próprios políticos nunca estiveram afinal à altura.

Esperemos que não aconteça nada de grave. Vontade não faltará como se tem vindo a constactar por parte de alguns sectores.

Os crimes devem ser punidos, doa a quem doer, só assim todos aqueles que possam ser injustamente apontados como responsáveis pelos mesmos limparão o seu nome.

O respeito pela Constituição deve ser o primeiro princípio porque só assim haverá respeito pelo povo. Mas mesmo nela se encontram coisas que não abonam a seu favor pois foi feita também com algum autoritarismo, no seu preâmbulo.Também na altura o alerta foi dado mas a amioria assim o quiz...

Anónimo disse...

O que dirá a História sobre Xanana Gusmão?

Depende dos historiadores. Esperemos então que existam escribas da História que nos venham mostrar que afinal Xanana é um bicho...

Meus senhores ele sempre disse que "nós errámos" e só para dar um exemplo, ainda não vi a Mari Alkatiri dizer que ""nós errámos" sobretudo na questão de ter atirado fora quase metade da força militar... e pior ainda não ter de imediato resolvido a questão.

Os erros pagam-se caros. Mas errar é humano.

Anónimo disse...

Unidade Nacional? mas isso e que e democracia? entao os partidos que nunca fizeram nada para o bem deste pais, e nao tem representatividade nenhuma, tem direito ao mesmo que aos partidos que sempre estiveram a lutar e em quem o povo confia??? em ingles existe uma expressao muito propicia para este tipo de situacao: "GET REAL!!!"

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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