sábado, outubro 14, 2006

Assessing the ICG report No 120: “Resolving Timor-Leste's Crisis”, Oct 10, 2006

EADG - East Timor Democracy Group
14.10.2006

This report is wildly biased in its approach to Timor-Leste politics, and builds its basic case on crucial points by using either unnamed sources or highly partisan sources.

The bias is clear in its conclusion, on page 20, when it quotes only the critics of FRETILIN as described in the UN Secretary-General's report to the Security Council on August 8, 2006. So the report concludes that “One of the most important steps to ending the crisis is thus one that outside actors have least influence over: reform within FRETILIN”.

Yet there is no evidence that FRETILIN used its parliamentary majority to crush opposition, as for example, the Howard government has done with its recent Senate majority in Australia. The conclusion ignores the UN Secretary-General's balance in acknowledging the FRETILIN view that some opposition parties use undemocratic methods to challenge the 2001 election results.

The ICG underplays the election of 2001, and thus underplays the importance of democratic processes – while at the same time claiming to be deeply concerned about ‘institution-building’.

The report bends over backwards to justify Major Reinado's armed attack on the army near Dili on May 23, mainly by quoting an outlandish story by an NGO-based Human Rights Monitoring Project (p11).

It goes further to argue that Major Reinado should not have been arrested on July 26. The HRMP report acknowledges that its monitors have been ineffective since April 28, but this qualification was ignored by the ICG. HRMP is an anti-FRETILIN player, but this is not acknowledged by the ICG.

The HRMP submission to the UN special investigation was thrown together in mid-September and released just days before the ICG report.

The report's hard line against Rogerio Lobato as someone who politicised the police by creating special units, which were then resented by the army, is based on “communication with Robert Lowry” who was a military adviser to UNTAET (p6).

Lowry has given incendiary speeches in Australia against FRETILIN since the crisis broke out.

The special police units were created under UN command, not by Lobato, and were under the operational command of the Police Commander Paulo Martins.

The report maintains that the FRETILIN elections were illegal, despite the Court of Appeals ruling of August 11, by simply dismissing the panel of three judges as biased or unprofessional.

The report's account of the FRETILIN Congress is a pure echo of a small group of critics, untested by any further investigation.

The report's extensive quotes from President Gusmao's June 22 speech to the nation, which it acknowledged was full of bitterness and recrimination and very damaging were nonetheless accepted as the truth, again without any attempt to check any of the main allegations made.

Former Prime Minister Alkatiri and Paula Pinto, wife of former Defence Minister Roque Rodriguez, have separately criticized the lack of integrity and rigour in the ICG report on issues relating to them.

While the ICG report is harsh on FRETILIN, it absolutely exonerates Indonesia (p13) and Australia (p19) from any sinister role in the events of April and May. These exonerations are again contrary to the evidence, and express ICG political priorities rather than a concern to get to the truth and to really help the Timorese people.

The timing of the ICG report, just prior to the UN special investigation report, smacks of advanced managing the perception of the UN report.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:

Avaliando o relatório do ICG Nº 120: “Resolving Timor-Leste's Crisis”, Oct 10, 2006
EADG – Grupo de Democracia de Timor-Leste
14.10.2006

Este relatório é desordenadamente preconceituoso na sua abordagem à política de Timor-Leste, e constrói os seus casos fundamentais em pontos cruciais usando ou fontes anónimas ou fontes altamente partidárias.

O preconceito é claro na sua conclusão, na página 20, quando cita apenas os críticos da FRETILIN conforme descrito no relatório do Secretário-Geral da ONU para o Conselho de Segurança em 8 de Agosto de 2006. Por isso o relatório conclui que “Um dos passos mais importantes para acabar a crise é portanto um sobre o qual os actores externos têm menos influência: a reforma no seio da FRETILIN”.

Contudo não há evidência que a FRETILIN usou a sua maioria parlamentar para esmagar a oposição, como por exemplo, fez o governo Howard com a sua recente maioria no Senado na Austrália. A conclusão ignora o balanço do Secretário-Geral no reconhecimento da opinião da FRETILIN de que alguns partidos da oposição usam métodos antidemocráticos para contestar os resultados das eleições de 2001.

O ICG desvaloriza a eleição de 2001, e assim desvaloriza a importância do processo democrático – enquanto ao mesmo tempo clama estar profundamente preocupado com ‘construção de instituição’.

O relatório volta atrás para justificar o ataque armado do Major Reinado às forças armadas perto de Dili em 23 de Maio, principalmente ao citar uma estranha história com base numa ONG o Human Rights Monitoring Project (HRMP)(p11).

Vai ao ponto de argumentar que o Major Reinado não devia ter sido detido em 26 de Julho. O relatório do HRMP reconhece que os seus monitores não têm estado efectivos desde 28 de Abril, mas esta qualificação foi ignorada pelo ICG. O HRMP é um jogador anti-FRETILIN, mas isso não é referido pelo ICG.

A entrega (do relatório) do HRMP à investigação especial da ONU foi feita em meados de Setembro e emitida poucos dias antes da publicação do relatório do ICG.

A linha dura do relatório contra Rogério Lobato como alguém que politizou a polícia ao criar unidades especiais, o que foi então ressentido pelas forças armadas, tem por base “comunicação com Robert Lowry” que foi o conselheiro militar da UNTAET (p6).

Lowry fez discursos incendiários na Austrália contra a FRETILIN desde que rebentou a crise.

As unidades especiais da polícia foram criadas sob comando da ONU, não por Lobato, e estavam sob o comando operacional do Comandante da Polícia Paulo Martins.

O relatório mantém que a eleição na FRETILIN foi ilegal, apesar da decisão do Tribunal de Recurso de 11 de Agosto, desvalorizando simplesmente o painel de três juízes e chamando-lhes preconceituosos e não profissionais.

No relatório, a descrição do congresso da FRETILIN é um puro eco de um pequeno número de críticos, não testado por mais nenhuma investigação.

O relatório faz citações extensivas do discurso de 22 de Junho do Presidente Gusmão à nação, que reconhece está cheio de amargura e de recriminações e que (foi) muito destrutivo, e mesmo assim aceita-o como verdadeiro, sem qualquer tentativa, mais uma vez, de checar qualquer uma das principais alegações feitas.

O antigo Primeiro-Ministro Alkatiri e Paula Pinto, mulher do antigo Ministro da Defesa Roque Rodrigues, criticaram separadamente a falta de integridade e de rigor do relatório do ICG em questões relacionadas com eles.

Ao mesmo tempo que o relatório do ICG é duro com a FRETILIN, exonera totalmente a Indonésia (p13) e a Austrália (p19) de qualquer papel sinistro nos eventos de Abril e de Maio. Essas exonerações mais outra vez contrariam as evidências, e expressam as prioridades políticas do ICG em vez da preocupação de chegar à realidade para realmente ajudar o povo Timorense.

A data de saída do relatório do ICG, imediatamente antes do relatório de investigação especial da ONU, é uma gestão para bater em avanço a percepção do relatório da ONU.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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