RR
Ramos Horta mostra-se descontente com os focos de instabilidade que persistem no país
O Primeiro-ministro timorense ameaçou hoje que se demitiria do cargo se persistir a instabilidade no país.
13/09/2006
(07:59) "Não estou agarrado à cadeira do poder. Eu não procurei o lugar de Primeiro-ministro. Aceitei-o perante as responsabilidades que o Presidente me pediu para assumir, mas assim como aceitei, tão prontamente poderei abandonar o posto de um momento para o outro", garantiu Ramos Horta à agência Lusa.
"Aqueles que fazem politiquices caseiras sem pensar em consequências têm depois que assumir as responsabilidades dos seus actos. Aponto o dedo a todos aqueles que em vez de contribuírem para estabilizar, continuam a desestabilizar as instituições do Estado", arguiu.
O Primeiro-ministro timorense falava à Lusa no final da cerimónia realizada hoje defronte do Palácio do Governo, em Díli, que assinalou a passagem de poder da polícia internacional para as forças policias enquadradas pelas Nações Unidas, em que se integram os 127 efectivos da GNR estacionados no país.
Instado a revelar se os cerca de dois meses que leva de chefia do Governo o deixam desanimado ou desapontado, Ramos Horta preferiu responder que as suas declarações constituem uma "salva de aviso" e escusou-se a identificar para já os que fomentam a instabilidade.
Contactado pela RR, o primeiro vice-primeiro-ministro de Timor-Leste mostrou-se surpreendido com as declarações do chefe do Governo, com quem se encontrou esta manhã.
Estanislau da Silva admite, contudo, que existem no território situações de alguma instabilidade, mas desvaloriza, considerando-as pontuais.
Recorde-se que José Ramos Horta substituiu Mari Alkatiri em plena crise político-militar, alimentada pelas manifestações anti-governamentais convocadas pela Frente Nacional para a Justiça e Paz (FNJP), coordenada por Alves Tara, um major que em Maio abandonou a cadeia de comando das forças armadas timorenses.
Hoje, o Primeiro-ministro desloca-se aos Estados Unidos, para participar num encontro alargado com outros galardoados com o Nobel da Paz, regressando a Díli no dia 19.
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quarta-feira, setembro 13, 2006
Ramos Horta ameaça demitir-se
Por Malai Azul 2 à(s) 20:18
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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