terça-feira, setembro 19, 2006

Notícias - Traduzidas pela Margarida

Tradução da Margarida.


TNI vai aumentar a segurança na fronteira com Timor-Leste
Jakarta (ANTARA News) – Os militares Indonésios (TNI) vão aumentar as suas patrulhas de segurança na fronteira com Timor –Leste no seguimento de relatos sobre uma planeada manifestação contra o Primeiro-Ministro Ramos Horta nesse país em 20 de Setembro.

O TNI aumentará as patrulhas de rotina em todos os locais de acesso ao país, disse aqui na Segunda-feira o porta-voz Rear Admitral Sunarto Sjoekronoputra na sede do TNI.

"Não o reforço militar mas somente um aumento no grau de alerta e na frequência das patrulhas ao longo da fronteira," disse.

O Primeiro-Ministro Ramos Horta disse na última Quarta-feira que estava pronto para resignar se as pessoas não o quisessem mais, acrescentando que nunca procurou o lugar em primeiro lugar.

Fez a declaração a seguir a rumores de que os seus opositores políticos lançariam uma manifestação em 20 de Setembro, nos seus esforços para o tirarem do lugar.

O medo sobre uma escalada da ameaça de segurança aumentou depois do líder amotinado Major Alfredo Reinado ter fugido duma prisão em Dili no mês passado com outros 56 presos.

Uma fonte oficial do governo Australiano disse mesmo que os protestos anti-governo e outras actividades de perturbação civil eram esperadas aumentar de 17 a 19 de Setembro e mais tarde (nessa) semana.

A ONU concordou enviar 1,000 elementos da polícia numa nova missão apesar de haver ainda uma disputa sobre se as tropas Australianas lá se mantêm independentes ou se se tornam parte da força da ONU. (*)


Avisos de desassossego renovado em Timor-Leste
New Zealand Herald – Terça-feira Setembro 19, 2006
Por John Martinkus

DILI – A Austrália avisa contra viagens para Timor-Leste, citando um risco aumentado de desassossego civil.

O Departamento de Negócios Estrangeiros e Comércio em Canberra disse que protestos anti-governamentais, manifestações de rua e outros desassossegos civis têm a probabilidade de aumentar nesta e na próxima semana, sem explicar o significado das datas.

Contudo, Dili foi inundada de rumores de protestos contra o Governo do Primeiro-Ministro José Ramos-Horta.

O consultivo de viagem do Governo da Nova Zelândia declara: "Há um alto risco para a vossa segurança em Timor-Leste e aconselhamos contra todos as viagens por turistas e outras não essenciais."

Os conselhos chegam entre afirmações de um antigo oficial da polícia de topo de Dili que a violência que rolou em Timor em Maio e que levou à resignação do Primeiro-Ministro Mari Alkatiri foi parte de um plano instigado pelo Presidente Xanana Gusmão.

Abilio "Mausoko" Mesquita, o antigo vice-comandante da polícia do distrito de Dili, alega que o Presidente Gusmão lhe ordenou para atacar a casa do Brigadeiro das Forças Armadas Taur Matan Ruak em 25 de Maio.

Mesquita foi filmado na cena e detido pelos oficiais da Polícia Federal Australiana em 19 de Junho.

Tinha espingardas automáticas na sua posse.

Numa declaração feita na Prisão Becora em Dili, Mesquita afirma que "durante os confrontos entre a PNTL [a polícia] e as F-FDTL [as forças armadas] e o tiroteio contra a casa do brigadeiro, o Comandante Supremo Sr Xanana deu o comando e ordenou o tiroteio ".

Mesquita disse que então realizou o ataque mas não antes de tr notificado o Brigadeiro Ruak e quatro comandantes de topo nas Forças Armadas das ordens que (recebeu) do Presidente.

Mesquita disse que prestou contas ao responsável da missão da ONU em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa, que o visitou na prisão depois de ter sido preso.

O antigo polícia diz que repetiu as afirmações ao Sr Ramos-Horta quando ele alegadamente visitou Mesquita na prisão em 13 de Agosto.

Mesquita permanece na prisão de Becora, depois de ficar para trás quando o Major Alfredo Reinado e 56 outros se escaparam da prisão, saindo simplesmente a pé em 30 de Agosto.

Foi dito que a declaração foi escrita na prisão e entregue à Embaixada dos Estados Unidos em Dili como um modo de Mesquita questionar a sua detenção e garantir a sua libertação.

Se for verdade, isso implica o Presidente no que foi efectivamente um golpe armado para criar as condições para a resignação do Sr Alkatiri, legalmente eleito.

O Sr Gusmão não respondeu às alegações de Mesquita.

A antiga colónia Portuguesa, que ganhou a independência total da Indonésia em 2002, mergulhou no caos há quatro meses atrás quando protestos sobre despedimentos nas forças armadas se desenvolveram em violência alargada.

Uma estimativa de 100,000 pessoas foram deslocadas na luta, o que levou ao destacamento duma força internacional de 2500 elementos, incluindo 1000 soldados e polícias Australianos.

Na semana passada o Sr Ramos-Horta disse que estava pronto a resignar se as pessoas não o quisessem mais, insistindo que não queria o lugar em primeiro lugar.

Os seus reparos seguiram-se a rumores de que os seus opositores encenariam um protesto amanhã para tentar desalojá-lo e exigir a dissolução do Parlamento.

As Nações Unidas concordaram numa nova missão em Timor-Leste, compreendendo 1600 polícias.

- Relato Adicional pela Reuters

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1 comentário:

Anónimo disse...

Xanana nao responde as alegacoes do Mausoko porque e mesmo dificil para responder porque as evidencias que nos mostra nas gravacoes de video e por escrita sao mesmo chocantes

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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