Semana Informática - Semana nº 814 de 1 a 7 de Dezembro de 2006
De Carlos Marçalo
O concurso internacional lançado pelo Governo deste país asiático foi adjudicado ao consórcio português, constituído pela tecnológica Quidgest e pela empresa de consultoria CESO CI
A tecnológica Quidgest e a empresa de consultoria CESO CI – Consultores Internacionais ganharam o concurso internacional lançado pelo Governo de Timor-Leste, e financiado pelas Nações Unidas, para o desenvolvimento e implementação de um Sistema de Gestão de Recursos Humanos (SGRH).
De referir que este concurso internacional contava na short-list com mais duas empresas internacionais, a australiana Frontier Software e a brasileira Stefanini, mas o desenvolvimento do sistema PMIS (Personnel Management Information System) acabou por ser entregue à Quidgest e à CESO CI.
O PMIS tem como objectivo planear, gerir e formar os 12 000 funcionários do Governo de Timor-Leste, para facilitar a criação de um serviço público baseado no mérito, que retenha e premeie os colaboradores mais capazes. O projecto terá início no próximo mês de Dezembro e conta com uma duração de nove meses. Além do desenvolvimento e implementação da solução de gestão de recursos humanos, também inclui a verificação das condições de hardware e redes, a consultoria para a criação de um conjunto de normas e procedimentos que regulem o funcionamento dos ministérios de Timor-Leste e, por último, a realização de cursos de formação a 85 funcionários públicos.
A empresa portuguesa responsável pela criação desta plataforma está obrigada contratualmente a dar suporte técnico ao PMIS por um período de cinco anos. Os valores do projecto não foram divulgados.
Prevê-se que este projecto tenha grande impacte nas áreas de definição de carreiras, gestão de pessoal, processamento de vencimentos, gestão de concursos e gestão da formação. O resultado será o aumento da capacidade de atendimento e qualidade dos serviços prestados à população, com a reorganização dos processos associados à gestão de recursos humanos.
João Paulo Carvalho, senior partner da Quidgest, reconhece que esta adjudicação é «um passo muito importante na expansão das actividades internacionais da empresa e do reconhecimento da qualidade dos serviços prestados pela Quidgest».
Por seu lado, Helena Valente, directora da CESO CI, empresa vocacionada para a prestação de serviços de assistência técnica para as áreas do desenvolvimento económico, social e organizacional nos mercados internacionais, salienta a importância deste projecto, e o contributo dado para «a estruturação de um Estado de Direito recentemente criado e com ligações tão fortes a Portugal».
Segundo a directora da CESO CI, «esta iniciativa representa a continuação da actividade da empresa na área do reforço institucional da administração pública no continente asiático, no seguimento de um projecto emblemático na mesma área concluído em Macau antes da transferência da soberania para a China e de outros desenvolvidos nas Repúblicas da Ásia Central, no Afeganistão e na Índia». De referir que com este projecto em Timor, a CESO ultrapassa a fasquia dos 70 países nos quais já desenvolveu projectos.
Por outro lado, o responsável máximo da Quidgest considera este plano fundamental para a modernização do referido país asiático, já que «engloba a informatização da maioria dos ministérios através da implementação de um software de elevada complexidade, totalmente adaptado aos processos e legislação desenvolvida pelo Governo de Timor-Leste na área de recursos humanos».
Através dele são esperados desenvolvimentos positivos nas seguintes áreas: definição de carreiras, gestão de pessoal, processamento de vencimentos, gestão de concursos e gestão da formação. Verifica-se ainda um aumento da capacidade de atendimento e qualidade dos serviços prestados à população com a reorganização dos processos associados à gestão de recursos humanos.
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quarta-feira, dezembro 06, 2006
Timor-Leste adopta sistema de gestão de RH
Por Malai Azul 2 à(s) 15:36
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Desejo o mais absoluto sucesso nesta empreitada. Timor renasce para os timorense e para a democracia a partir desta iniciativa.
Parabéns!
Alfredo
Brasil
É um bom sinal sem dúvida, mas a competência do adjudicante não fará milagres num curto prazo de tempo, pois é impossível culmatar as carências relativas à capacidade e à liderança gestacional das agências estatais e do próprio Estado.
Como sempre haja esperança!... Não é tarefa fácil, num ambiente em crise, onde falha a disciplina e a autoridade do Esatdo e das Instituições.
Um ambiente social que tudo faz pela sobrevivência cheio de vícios e de práticas organizacionais ruinosas e ruidosas, onde ser empregado do Estado é a suprema ambição, num ambiente minado pela incompetência sem culpa, porque não há alternativa de melhores recursos, este é o drama de Timor Leste e o berço da crise - por outro lado é uma gestão que está na rua e nos halls dos hotéis... onde se traçam estratégias e se mandam dicas disfuncionais que muitas vezes mais não são que poeira lançada para o ar.
Antes de mais para o sucesso do trabalho é preciso paz, sossego e que todos regressem ao trabalho a tempo inteiro. Os êxitos de Macau do adjudicante não se aplicam em Timor, porque antes de tudo é preciso saber gerir e lidar com a crise que atingiu profundamente as frágeis estruturas organizacionais e de gestão da República e seus Recursos Humanos.
Contudo desejo neste panorama que nada vos faça desistir do projecto e ponham sempre com muita clareza e transparência os problemas e sobretudo evitem deixar só um relatório muito bonito.
Por último:
Macau foi um sucesso porque se trabalhou num ambiente rico e arduamente durante pelo menos um década ... não hajam mais ilusões, pois essas saem muito caras a todos nós que olhamos para Timor Leste ainda com esperança e acima de tudo não contribuem para o desenvolvimento, eliminação da pobreza e do injusto sofrimento desse povo martir.
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