quarta-feira, dezembro 06, 2006

Sobre as patrulhas da UNPOL

Há poucos dias, a UN, em conferência de imprensa, anunciou que tinham aumentado as patrulhas da UNPOL na cidade de Díli.

Hoje à noite percorremos a cidade de Díli exaustivamente entrando nos bairros problemáticos, das 10 horas à meia-noite, como dissemos que o faríamos.

Encontrámos um blindado da GNR e duas viaturas militares da Nova-Zelândia entre Becora e Taibessi (zonas onde têm ocorrido os últimos incidentes), e 3 carros da polícia da UNPOL, a circular no centro da cidade!

É de perguntar onde estão mais de 1.000 elementos da UNPOL. Porque em Comoro, Deltas, Bairro Pité, Bebonuk, Farol, etc, etc, etc, não estavam.

Bem, mas o que seria se não tivessem aumentado as patrulhas...

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4 comentários:

Anónimo disse...

O que fizeram foi verdadeiro serviço público, mas parece que terão que o fazer mais vezes a ver se envergonham as forças de segurança que aí estão. Como é que se compreende que estando por aí uns novecentos e tal Australianos não tenham encontrado sequer uma patrulha deles, ainda por cima numa altura de bastante tensão pública? É simplesmente vergonhoso o que se está a passar em Timor-Leste em geral e em Dili em particular no que se refere ao direito dos cidadãos à ordem e à tranquilidade pública.

Tomas de Torquemada disse...

O comentário da Margarida peca apenas por um pequeno vício: nao conhecer em absoluto qual ou quais os trabalhos que a polícia UNPOL desenvolveu ontem nesse mesmo período. Talvez se tivesse passado na zona de Bidau ao inicio da noite compreendesse que nem sempre o infeliz acaso de não encontrar uma patrulha policial na rua deva ser considerado um desleixo pela segurança.
Como a considero uma pessoa bem informada e que, da sua forma particular, presta um bom serviço informativo aos utilizadores do blog, agradeço que diligencie junto das autoridades judiciarias de TL e faça luz sobre esta materia.
“No news is good news”!

Anónimo disse...

O problema é que há notícias e más, pois nos últimos dias já morreram mais três Timorenses nestas horrorosas lutas de rua. Além dos muitos que ficaram feridos. E isto requer patrulhamentos mais activos, sistemáticos e constantes, requer polícia na rua, bem visível e actuante. Eu não me conformo que morram mais três cidadãos e que tudo fique como estava, ou pior, que se comece a achar normal que mais três, menos três, não fazem grande diferença. Relembro, desde domingo morreram mais três cidadãos em Dili e a isto eu chamo falta de segurança e não é admissível com mais de mil tropas estrangeiras e cerca de 1000 polícias internacionais.

Anónimo disse...

Não faço ideia rigorosamente nenhuma do que se passou ontem em Bidau, nem sequer sei onde fica Bidau, mas o que não deixa de me arrepiar é que em dois ou três dias tenham sido mortos mais quatro cidadãos Timorenses e que mais umas dezenas deles tenham ficado feridos numa cidade onde estão perto de mil polícias estrangeiros e quase mil tropas Australianas. E que semana sim, semana não, haja este mesmo tipo de notícias, de mortes e feridos, de violência nas ruas, nos bairros, que se prolonga horas e de haver ainda em Dili milhares de deslocados só porque não há segurança nas ruas e bairros onde têm as casas. Acho isto um verdadeiro escândalo e incompreensível. E nunca ouvi ninguém nem da ONU, nem do Governo, particularmente o PM, dizer que esta é a PRIORIDADE em Timor-Leste e particularmente em Dili.

Estão à espera de quê para actuarem? Que haja mais mortes, mais feridos e mais deslocados? É simplesmente escandaloso este desrespeito pelo direito à segurança e à tranquilidade dos cidadãos Timorenses. Parece-me que chegou a hora de aumentar a denúncia desta situação.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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